Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 21/11/2018. Alienação parental.

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1 Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 21/11/2018 Alienação parental. Procedimento no CPC da alienação parental. A alienação parental pode ser como inicial ou incidente no caso de incidente vai ser como uma inicial também, contudo, durante um processo. Em caso de alienação o menor deve estar acompanhado de especialista na hora do depoimento, o artigo 699 do código de processo civil aborda diretamente a alienação parental, como segue: Art Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista. Segue o rito do artigo 693 CPC e seguintes, na ação de divórcio os alimentos serão por dependência. Na inicial será o Foro no domicílio do menor. Recebida a inicial, o juiz vai verificar se houver pedido de tutela de urgência (cautelar e antecipada) e evidência, negar ou deferir e determinar a citação do réu para audiência de mediação e conciliação (art.694). Mandato de citação será desacompanhado de cópia da contra fé para não causar mal-estar no réu, este pode verificar no site do tribunal, pois, vem acompanhado de senha (artigo 695 1º). Citação com antecedência mínima de 15 dias, na pessoa do réu (personalíssima) citação por AR é nula, na inicial pedir para ser citado por oficial de justiça. 1

2 Partes deverão estar acompanhadas de advogados na audiência de mediação e conciliação e pode ser dividida em quantas forem necessárias, artigo 696 do CPC, contudo, os fóruns não têm estrutura para realizar várias audiências de conciliação. Artigo 697, após terminada a audiência de mediação e conciliação segue o rito comum do artigo 335 CPC I, 15 dias úteis para contestação (cabe reconvenção junto com a contestação) e 15 dias para réplicas se houver fato modificativo, extintivo, impeditivo de direito ou preliminar arguida na contestação, se não houver nenhuma das hipóteses o prazo da réplica será de 5 dias, oitiva do Ministério Público quando houver interesse do menor. Depois da réplica o juiz despacha para as provas que pretendem produzir: documental, depoimento pessoal das partes, testemunhas, pericias, estudo psicossocial, autor e réu falam o que pretende produzir, justificando-as. Havendo pedido de provas orais o juiz vai marcar audiência de instrução. O juiz pode converter os debates orais em memoriais (artigo 364, 2º CPC) com prazo de 15 dias, prazo comum. Depois dos memoriais sai a sentença, prazo para embargos de declaração (omissão, obscuridade, contraditório) de 5 dias, e após a apelação ser julgada cabe embargos no tribunal também em 5 dias, e do acordão cabe recurso especial ou recurso extraordinário 15 dias de prazo. 2

3 Observar as regras de competência, recebida a inicial é marcada audiência de Conciliação. Art.693 CPC. O juiz manda citar o réu para a audiência, a citação não vai acompanhada de contra fé e tem que ser pessoal. Prazo de 15 dias para contestar, art. 313 e ss CPC. Provas que pretende produzir: oitiva de testemunhas, depoimento pessoal das partes Prazo da réplica 5 ou 15 dias, este será se tiver as hipóteses do art. 337 CPC. Da sentença cabe embargo de declaração e / ou apelação. Alegações finais por escrito no prazo de 15 dias. Observe a peça disponibilizada pelo professor!!! Ação de modificação de guarda com pedido de guarda unilateral e liminar de guarda provisória. Foro competente será sempre domicílio do menor. 3

4 Fundamento. A tutela antecipada de urgência (liminar) com fundamento no CPC e nos princípios da celeridade processual, princípio da razoabilidade e instrumentalidade das formas. A peça de mudança de guarda baseada na alienação parental também deve ser fundamentada na lei /10, na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Dos pedidos. Dentre os pedidos deve ser feito a requisição da tutela de urgência e a diligência do oficial de justiça, bem como os pedidos tradicionais das peças (condenação de honorários e custa, procedência da ação, citação...). Das provas. Protesta provar o alegado por todos os meios da prova admitidos em direito admitido (especificar quais meios pretende utilizar). Valor da causa. O valor da causa será o de alçada. Alimentos. Os alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si. Não é solidário o débito alimentar, são proporcionais aos rendimentos. Trinômio: necessidade X possibilidade X proporcionalidade Em alimentos não tem solidariedade passiva, é em proporção aos recursos, ingressada ação contra um, este pode chamar os outros para integrar a lide 4

5 diferente do que ocorre na solidariedade passiva que arca com tudo e depois ingressa com ação de cobrança conforme preceitua o artigo 1.698, in verbis: Art Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide. Quando ingressar em face dos avós paternos, quando o pai não paga alimentos, e para que os avós de quem ingressa com a ação de alimento não sejam chamados a lide, devemos pleitear na proporção do valor que se gasta com a criança e o que a parte que está ingressando com a ação ganha, exemplo, mãe ganha R$ 2.000,00, pai R$ , filho gasta R$ por mês, pleitear apenas R$ 1.800,00, pois, os R$ 200,00 é a mãe que arca, informa na inicial que só falta da parte paterna. Solidariedade passiva se dá quando vários devedores são solidários, podendo cobrar a dívida de apenas um, e este tem direito de regresso contra os demais (decorre de lei ou vontade das partes). A lei /2003 no seu artigo 12, estatuto do idoso, trata os alimentos como solidários, não precisa entrar contra todos, quando se trata de alimentos para idoso, como segue: Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores. Espécies de alimentos. Naturais. Naturais ou necessários é aquele que serve para a sobrevivência do ser humano. Pode ser configurado, por exemplo, em até R$ 3.000,00, pois se somar convênio, escola, alimentação, já atinge este valor. 5

6 Sociais. Sociais, cíveis ou côngruos são os alimentos que serve para manter o nível social da pessoa. Exemplo, Baumgart dono do Center-norte R$ 400 mil de alimentos por mês. Alimentos legais. Alimentos legais decorrem da lei, também chamados de legítimos, são os alimentos que decorrem da relação familiar (parentesco ou união afetiva), pelo princípio da solidariedade familiar. Art Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais. A reciprocidade para pedir alimentos só se aplica de pai para filho, e vice e versa. Alimento é subsidiário (complementar) contra os avós. Só cabem alimentos até 2º grau colateral (irmão germano ou unilateral), e em linha reta cabe aos ascendentes e aos descendentes. Art O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. (Grifo nosso). A regra é que o neto pode pedir alimentos para os avós, mas o inverso não cabe. Em caráter de exceção, existe julgados que o juiz determina que o neto pague alimentos aos avós quando provado que o filho de cujus sustentava os pais. Não está na lei, é tese a ser defendida. Também cabe alimentos entre cônjuges separados, entre conviventes separados, e companheiros separados de relação homoafetiva. Se não trabalhava em razão do casamento, normalmente quando a pessoa é nova, o juiz determina o pagamento por 2 anos (temporário). 6

7 Alimentos voluntários. Voluntários são aqueles que são ofertados de forma espontânea. A parte que tem que pagar entra com a ação para cumprir a obrigação, assim não fica à mercê da outra parte no tocante ao valor que esta pretende pleitear. Alimentos indenizatórios. Indenizatórios decorre de ato ilícito (responsabilidade civil). Exemplo, atropelar uma pessoa que tem filho menor com 2 anos de idade, por culpa, e esta vir a óbito, tem que sustentar a criança, até o menor atingir 24 anos (alimentos indenizatórios), condenação na totalidade do valor. Não da prisão apenas penhora. Alimentos Gravídicos. Alimentos gravídicos norteado pela lei /2008. As partes são: a mulher grávida e a pessoa que a engravidou (futuro pai), parte do pressuposto que a mulher está falando a verdade na questão da paternidade. Os alimentos gravídicos englobam consultas médicas, exames, parto, medicamentos, além de enxoval, móveis para o quarto da criança, e ou outras coisas que o médico ou juiz entender necessário. Os efeitos da sentença retroagem a data da concepção, comprovada por laudo médico e ultra som com a data da concepção. Art. 2º. Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, 7

8 considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos. (Grifo nosso). Liminar precisa pedir liminar, pois, caso contrário a criança nasce e perde o objeto da ação. Precisa de forte indícios e convicção que o réu é o pai para o juiz conceder a liminar. É necessário provar a relação com o futuro pai, pode ser por meio de mensagem, Skype, whatsapp. Alimentos gravídicos se converte em alimentos automaticamente após o nascimento da criança, conforme observado no artigo 6º, como segue: Art. 6º Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. Prazo para contestar é de 5 dias corridos. Se o réu só contestar os alimentos e não contestar a paternidade, entende-se que é o pai. Procedimento. Rito especial da lei n.º /08, no que lei for omissa segue o CPC. O réu é citado para contestação no prazo de 5 dia, não tem audiência de mediação. Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Duarrte. 8