do Sono e Risco Cardiovascular

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "do Sono e Risco Cardiovascular"

Transcrição

1 Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e Risco Cardiovascular José Augusto Barreto-Filho Professor Adjunto de Cardiologia da Universidade Federal de Sergipe Eryca Vanessa S. Jesus Residente Clínica Médica Hospital do Servidor Público Municipal A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada pelo colapso e consequente obstrução da via aérea superior durante o sono, levando a períodos de apnéia ou hipopnéia, com episódios de desaturação de oxigênio e manutenção do esforço respiratório. Nos últimos anos, a SAOS tornou-se uma das principais questões da saúde no mundo ocidental. Além dos problemas relativos ao funcionamento da vida cotidiana, tais como hipersonolência, redução da função cognitiva, risco de acidentes de automóvel e redução da qualidade de vida, a SAOS está fortemente relacionada a doenças cardiovasculares (DCV), cerebrovasculares e metabólicas. (1-3) A suspeita clínica de apnéia do sono é geralmente feita pela presença de ronco e sonolência diurna, apesar de adequada duração do sono (Tabela 1). O padrão ouro para o diagnóstico é a polissonografia. A SAOS é confirmada quando da presença de índice de apnéiahipopnéia (IAH), o número total de eventos obstrutivos por hora de sono, maior ou igual a 05 eventos/hora associado à sonolência diurna ou outra manifestação de fragmentação do sono, como, por exemplo, diminuição da capacidade em se concentrar e de memória, não explicada por outras causas. De acordo com este critério, a apnéia obstrutiva do sono ocorre em 4% dos homens e 2% das mulheres com idade entre 30 e 60 anos. (1-3) Autor para correspondência: José Augusto Barreto-Filho, MD, PhD Divisão de Cardiologia, Univresidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE, Brasil Hospital Universitário Bairro Sanatório Rua Cláudio S/N CEP: BRASIL Fone: (5579) FAX: (5579) jasbf@cardiol.br Tabela 1 Avaliação Clínica na SAOS Sintomas Ronco alto Sonolência diurna excessiva Sono não reparador Relato de despertares noturnos com falta de ar Déficit de concentração ou memória Características clínicas que podem estar associados Obesidade Aumento da circunferência do pescoço Hipotireoidismo Hipertensão Arterial Sistêmica Insuficiência Cardíaca Hipertensão pulmonar Cor pulmonale Sintomas atípicos Palpitação noturna Cefaléia matinal Enurese noturna Refluxo gastrointestinal 20 Recebido para publicação: Fevereiro de 2010 Aceite para publicação: Fevereiro de 2010

2 Revista Factores de Risco, Nº17 ABR-JUN 2010 Pág A apnéia obstrutiva do sono é reconhecida como fator de risco independente para hipertensão arterial sistêmica. Estima-se que 40% dos pacientes hipertensos apresentam SAOS associada, não-diagnosticada e não-tratada. Sessenta por cento dos pacientes portadores de SAOS são hipertensos. Subsequentes estudos têm demonstrado uma clara relação entre a presença e severidade da apnéia do sono e o aumento na incidência de doença cardiovascular. Até o momento, a SAOS é considerada fator de risco independente para Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (2) e Acidente Vascular Encefálico (AVE). (3) Há, contudo, evidências significativas de que a apnéia obstrutiva do sono também esteja implicada na patogênese da doença arterial coronariana (aguda e crônica), insuficiência cardíaca (IC), hipertensão pulmonar e arritmias. (1,4) Os mecanismos fisiopatológicos dessa associação (SAOS-DCV) ainda não foram todos elucidados. Acredita-se que a apnéia do sono esteja relacionada à ocorrência de disfunção endotelial, aumento do estresse oxidativo, ativação do sistema inflamatório, alterações na regulação do automatismo cardiovascular, distúrbios da coagulação, aumento da atividade do sistema nervoso simpático e da pressão arterial durante o sono. (4,5) Estabelecer relação causal direta entre Apnéia do Sono e DCV, entretanto, é difícil devido a co-existência nos portadores de apnéia do sono de fatores de risco como obesidade, hipertensão e resistência à insulina, o que dificulta a interpretação da ação isolada da SAOS sobre o sistema cardiovascular (Figura 1). (6) Figura 1 Mecanismos de ação da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) sobre o sistema cardiovascular e sua interação com a Obesidade e Hipertensão Arterial (HAS). CV: Cardiovascular, VE: Ventrículo esquerdo, FC: Frequência cardíaca, PA: Pressão arterial, AVC: Acidente Vascular Cerebral. 21

3 Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e Risco Cardiovascular SAOS, Obesidade e Síndrome Metabólica Entre os fatores de risco para SAOS, a obesidade é provavelmente o mais importante. Vários estudos têm demonstrado associação entre o peso corporal e aumento do risco para apnéia obstrutiva. A SAOS está presente em aproximadamente 40% dos indivíduos obesos. Setenta por cento dos portadores de Apnéia Obstrutiva do Sono são obesos. (6) A obesidade associada à Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono é tipicamente de distribuição centrípeta (obesidade andróide ou visceral). Sabe-se que a obesidade central é um importante componente da Síndrome Metabólica. Ademais é reconhecido que o acúmulo de gordura na região cervical, especialmente na região submentoniana, propicia o colapso da via aérea e os episódios de obstrução ao fluxo de ar. (4,6) A obesidade visceral é importante nos mecanismos fisiopatológicos da SAOS e está bem estabelecida a sua associação com níveis elevados de citocinas. Também já foi demonstrado que os níveis séricos de algumas citocinas, como interleucina 6 e fator de necrose tumoral alfa, estão aumentados em pacientes com apnéia do sono, mesmo após ajuste para outras variáveis que conferem níveis mais altos dessas citocinas, como a obesidade. Essas citocinas são causa de fadiga e sonolência e são liberadas no fluido intersticial do tecido adiposo. De modo que essas citocinas aumentadas explicam pelo menos parte dos sintomas encontrados na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono. (6) A obesidade associada aos efeitos fisiopatológicos da SAOS, como hipóxia e fragmentação do sono, parece causar e/ou agravar alguns dos fenótipos ligados à Síndrome Metabólica, como, por exemplo, a resistência à insulina e diabetes. Os mecanismos pelos quais a hipóxia agrava a Síndrome Metabólica ainda são incertos e estão sendo ativamente investigados. (4,6) Embora os mecanismos fisiopatológicos ainda não estejam muito bem esclarecidos, tudo indica que há um elo comum entre a SAOS e a Síndrome Metabólica. SAOS e hipertensão arterial sistêmica A apnéia obstrutiva do sono é reconhecida como fator de risco independente para hipertensão arterial sistêmica. Estima-se que 40% dos pacientes portadores de HAS apresentam SAOS associada, não-diagnosticada e não- -tratada. Sessenta por cento dos pacientes portadores de SAOS são hipertensos. Estudos recentes confirmam essa alta prevalência entre ambas as condições e demonstram que, em um período de quatro anos, aqueles indivíduos com um índice de apnéia/hipopnéia maior que quinze por hora de sono têm um risco três vezes maior de (1, 6) desenvolver HAS. A associação entre SAOS e hipertensão é sugerida por uma série de estudos populacionais e coortes, estudos observacionais em pacientes atendidos em clínicas de hipertensão e de sono. Estudo clínico recente demonstrou a relação linear entre HAS e a severidade da apnéia obstrutiva, com cada episódio de apnéia extra (1, 2) aumentando em 1% o risco para hipertensão. A hipertensão arterial associada à SAOS é comumente refratária à terapêutica medicamentosa e possui maior tendência a causar lesão de órgão-alvo, como a hipertrofia ventricular esquerda. Pacientes com SAOS têm grande variabilidade da pressão arterial durante a noite, podendo não apresentar o descenso noturno observado em indivíduos normais, levando a um valor médio noturno elevado, mesmo nas situações em que se observam níveis pressóricos normais durante o dia. (6) A atividade simpática aumentada em condições basais e em resposta à estimulação dos quimioreceptores pela hipóxia e hipercapnia, inclusive durante a vigília, está implicada na fisiopatologia da hipertensão associada a SAOS. Além do envolvimento do sistema nervoso autonômico podem ser destacados outros mecanismos, tais como níveis mais altos de endotelina, peptídeo de ação vasoconstritora, e ação dos peptídeos vasoconstritores do sistema renina-angiotensina-aldosterona. (1,7) SAOS e acidente vascular cerebral Yaggi et al analisando uma coorte de 1022 pacientes, dos quais 697 (68%) tinham Apnéia Obstrutiva do Sono, observaram que a SAOS aumenta significativamente o risco para acidentes vasculares cerebrais ou morte geral (OR: 1,97; IC 95%: 1,12 a 3,48; p=0,01), independentemente de outros fatores de risco. (3) A SAOS contribui para a ocorrência de AVC por vários mecanismos: hipertensão arterial, aumento da agregação plaquetária, hipercoagulabilidade sangüínea, disfunção endotelial, dentre outros. Além disso, durante a apnéia ocorre um decréscimo no fluxo sangüíneo cerebral secundário à redução no débito cardíaco, que pode predispor indivíduos de risco ao AVC, como os portadores de lesões ateromatosas de circulação carotídea e vertebral. Em estudo com ultra-sonografia Doppler transcraniana, o fluxo sangüíneo da artéria cerebral média A hipóxia intermitente gerada pelos episódios de apnéia e hipopnéia reduziria a oferta de oxigênio para o músculo cardíaco. 22

4 Revista Factores de Risco, Nº17 ABR-JUN 2010 Pág teve redução de 15% a 20% durante apnéias obstrutivas. Em pacientes com SAOS, evidências sugerem que a autoregulação do fluxo sanguíneo cerebral é anormal e que pode existir diminuição da resposta vasodilatadora cerebral a hipercapnia. (1,4) A apnéia do sono, ao interferir na arquitetura do sono fisiológico, também pode comprometer a cognição nos pacientes com história de AVC prévio, por determinar aumento da sonolência diurna, prejuízo na concentração e memória. SAOS e doença arterial coronariana Do ponto de vista circadiano, o risco de episódio de síndrome coronariana aguda ou de angina, assim como o de morte súbita, é maior nas primeiras horas após o despertar do sono normal. Entretanto, na SAOS, os múltiplos mecanismos fisiopatológicos envolvidos, hemodinâmicos e não hemodinâmicos, estão associados à diminuição da oferta de oxigênio (dessaturação) e ao aumento do consumo miocárdico. Em tese, tal fato pode afetar o ciclo circadiano da ocorrência de eventos coronarianos nas primeiras horas da manhã observado na população geral. Corroborando com essa afirmação, Kuniyoshi et al (8) observaram que pacientes com infarto noturno (notadamente entre meia-noite e às 6 horas da manhã) têm uma probabilidade alta de ter SAOS. Em relação ao papel da SAOS na história natural da DAC, Peker et al (9), em estudo de coorte, observaram que pacientes com síndrome coronariana aguda e SAOS não tratada apresentavam maior mortalidade a longo prazo. Adicionalmemnte, avaliando uma coorte com portadores de SCA, nosso grupo observou aumento de eventos cardiovasculares intra-hospitalares (angina, edema agudo de pulmão, re-infarto e óbito eventos combinados) nos pacientes com alto risco clínico para apnéia do sono. (10) Múltiplos e complexos mecanismos fisiopatológicos ocorrem durante o sono de portadores de SAOS e poderiam explicar a hipótese de eventos isquêmicos noturnos. A hipóxia intermitente gerada pelos episódios de apnéia e hipopnéia reduziria a oferta de oxigênio para o músculo cardíaco. Em contrapartida, as mudanças mecânicas provocadas pela diminuição da pressão intratorácica, devido ao maior esforço respiratório desencadeado pela obstrução das vias aéreas, aumentariam a necessidade de oxigênio pelo miocárdio. (1,8) Estudo experimental do nosso grupo demonstrou que indivíduos portadores de hipercolesterolemia grave, sem doença arterial coronariana clínica evidente, apresentam resposta pressora aumentada e prejuízo na capacidade vasodilatadora do antebraço durante a hipóxia aguda. (11) Tal fato indica que, em indivíduos portadores de fatores de risco para DAC, ainda sem a doença clínica, mas portadores de fatores de risco parta disfunção endotelial, as respostas cardiovasculares podem estar alteradas no sentido de aumento significativo da demanda de oxigênio (aumento do duplo produto em conseqüência ao aumento da PA) e diminuição da oferta de oxigênio em decorrência da diminuição da resposta vasodilatadora nos episódios de hipóxia. Em síntese, os mesmos fatores de risco para DAC prejudicam a resposta cardiovascular durante a hipóxia aguda na direção de aumento da demanda e diminuição da oferta de oxigênio. A hipoxemia noturna responde também por mudanças abruptas no volume sistólico e na ativação simpática. O estímulo simpático aumentado leva a vasoconstricção periférica e a elevação da pressão arterial, com conseqüente aumento da pós-carga ventricular e da necessidade de (4, 5) oxigênio pelo miocárdio. Além do envolvimento do sistema nervoso autônomo, a inflamação e a lesão endotelial, observada na SAOS, poderiam também participar dos mecanismos envolvidos na DAC. A hipóxia favorece a formação de radicais livres de oxigênio e a lesão da parede vascular pela isquemia de reperfusão, que pode ter um papel importante na gênese da aterosclerose. (12) A homocisteína também foi descrita como aumentada nessa síndrome, como resultado de disfunção endotelial combinada com excessiva formação de radicais livres, existindo também relatos de aumento de haptoglobina e proteína amilóide sérica A. A correlação entre o processo inflamatório e as doenças cardiovasculares tem sido sugerida de forma sistemática. Pacientes com SAOS são expostos cronicamente a hipóxia recorrente e a fragmentação do sono, apresentando níveis aumentados de proteína C-reativa e interleucina 6, quando comparados com controles, existindo também a possibilidade do aumento de proteína C-reativa em tais pacientes por causa da obesidade associada. Todas essas alterações endoteliais, da coagulação sangüínea e inflamatórias podem contribuir de algum modo para o aumento do risco cardiovascular e aterogênese em pacientes com SAOS. A agregação plaquetária, os fatores inflamatórios e o nível de catecolaminas aumentam significativamente durante a noite em pacientes com apnéia do sono. Também há evidências de que nesses pacientes existe uma predisposição para trombogênese, devido ao aumento do hematócrito, dos níveis de fibrinogênio e da viscosidade sangüínea. Neste quadro, a SAOS vem sendo cada vez mais estudada como fator relacionado à gênese e/ou fator agravante da doença arterial coronariana, embora não haja um consenso quanto a essas questões. SAOS e insuficiência cardíaca Estudos observacionais têm sugerido a associação tanto da SAOS como da apnéia central do sono com a insuficiência cardíaca. (13) Javaheri e cols. (14) realizaram polissonografia em 81 homens portadores de IC, identificando 23

5 Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e Risco Cardiovascular a síndrome da apnéia obstrutiva em 11% dos pacientes. No estudo Sleep Heart Health (15), detectou-se que em pacientes apnéicos com IAH>11 o risco para desenvolver IC independentemente de outros fatores estabelecidos era de 2,38, excedendo os encontrados para outras complicações cardiovasculares da SAOS, como hipertensão, doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. Cerca de um terço a metade dos 5 milhões de norteamericanos com IC sofre concomitantemente de SAOS, especialmente aqueles com IC grave. Doentes com SAOS possuem 2,2 vezes mais probabilidades de desenvolver IC do que os doentes sem SAOS, e pacientes com IC que desenvolvem SAOS possuem pior prognóstico do que pacientes com IC isolada. (1,4) Estudos com ecocardiografia demonstraram disfunção tanto sistólica quanto diastólica com aumento do IAH. Possíveis mecanismos incluem efeitos da hipóxia (determinando isquemia e prejuízo da contratilidade), injúria dos miócitos (pelo aumento da concentração das catecolaminas circulantes) e mudança repetitiva nas pressões intratorácicas que acompanham os episódios de apnéia (alterando o relaxamento e o volume sistólico e diastólico final do ventrículo esquerdo). (1,4) O diagnóstico dos distúrbios respiratórios do sono em pacientes portadores de IC pode trazer importantes informações prognósticas e uma opção terapêutica potencial para esse grupo de pacientes. Wang et al (16) compararam a mortalidade de pacientes com IC e SAOS como comorbidade com a de pacientes apenas com IC ao longo de um período médio de 33 meses. A mortalidade dos pacientes com IC e SAOS não tratada foi quase 2 vezes maior do que a dos pacientes apenas com IC. Em contrapartida, nenhum dos pacientes com IC e SAOS tratada morreram durante o período de acompanhamento. Acredita-se também que a IC pode colaborar no desenvolvimento da SAOS por dois motivos: diminuição do tônus muscular das vias aéreas superiores durante a fase de repouso da respiração periódica típica da IC, e acúmulo de fluidos em partes moles da região cervical, facilitando a tendência ao colapso das vias aéreas superiores. (16) SAOS e arritmias cardíacas Alterações noturnas do ritmo cardíaco são frequentemente observadas em pacientes com SAOS. Bloqueio átrio-ventricular, bradicardia, fibrilação atrial e extrassístoles ventriculares são descritas nesses pacientes. Nos portadores de SAOS, a bradiarritmia ocorre sem que haja qualquer alteração no sistema de condução cardíaco e, geralmente, são controladas com o tratamento efetivo da apnéia do sono. Acredita-se que essas arritmias resultam da estimulação vagal sobre o coração durante a apnéia. O tônus vagal aumentado causa diminuição do automatismo e da condução atrioventricular e, em doentes com insuficiência cardíaca, taquiarritmias, incluindo fibrilação atrial, são mais comuns em pessoas com SAOS do que naqueles sem SAOS. Adicionalmente, a prevalência de fibrilação atrial (FA) parece aumentar em pacientes com SAOS e revascularização miocárdica recente. (1,4) O desenvolvimento e recorrência de FA em portadores de SAOS parecem estar relacionados a hipoxemia intermitente, ativação simpática e alterações abruptas na pressão arterial. Em um estudo prospectivo, com pacientes referidos para a cardioversão elétrica de FA/Flutter atrial, observaram-se 82% de recorrência nos pacientes com SAOS sem tratamento ou com tratamento inadequado, e 42% de recorrência nos pacientes tratados. Além disso, no grupo de pacientes não-tratados, a recorrência foi ainda maior entre os que apresentavam maior queda na saturação de oxigênio durante o evento de apnéia. Mortalidade associada a Apnéia Obstrutiva do Sono Sucessivos estudos têm asociado a SAOS a um maior risco de morte, principalmente a maior mortalidade cardiovascular. Yaggi et al observaram que a apnéia obstrutiva permanecia como fator de risco para morte e AVC mesmo após ajuste para idade, sexo, raça, nível sócioeconômico, tabagismo, consumo de álcool, índice de massa corporal, bem como a presença ou ausência de diabetes mellitus, hiperlipidemia, fibrilação atrial e hipertensão. Na população geral, a morte súbita de causa cardíaca acontece geralmente entre às 6h e a meia-noite. Gami et al (17) observaram que a morte súbita era mais freqüente durante a noite em portadores de SAOS. Mecanismos envolvidos nesse fato poderiam incluir o infarto do miocárdio, AVC, arritmias, embolia pulmonar, dissecção de aorta ou outra doença cardiovascular. Vários fatores potenciais podem contribuir para maior mortalidade observada nos pacientes com SAOS. Entretanto, a associação da apnéia obstrutiva com doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, AVC, insuficiência cardíaca e aterosclerose seguramente tem um importante papel nessa estatística. Tratamento da SAOS e perspectivas de redução do risco cardiovascular As diversas formas de tratamento da apnéia do sono demostram-se efetivas em reduzir a sonolência diurna e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Entretanto, ainda é incerto se o tratamento efetivo da SAOS é capaz de reduzir o risco cardiovascular inerente a síndrome ou de reverter lesões cardíacas e vasculares instaladas devido a hipóxia/ re-oxigenação intermitentes. Outra dúvida é se o tratamento deve ser oferecido apenas a pacientes com SAOS severa (IAH > 30) e indivíduos sintomáticos, ou deve ser expandido aos portadores de SAOS leve a moderada (IAH ente 5 e 30) e assintomáticos, para os quais a prevalência é particularmente alta. (1-5) 24

6 Revista Factores de Risco, Nº17 ABR-JUN 2010 Pág ainda é incerto se o tratamento efetivo da SAOS é capaz de reduzir o risco cardiovascular inerente a síndrome ou de reverter lesões cardíacas e vasculares instaladas devido a hipóxia/ re-oxigenação intermitentes. Para os pacientes obesos, a instituição de dieta e atividade física com objetivo de perda de peso é terapia de consenso. Além de comprovadamente reduzir o IAH, a perda de peso trás benefícios no controle da HAS, dos distúrbios lipídicos e da resistência a insulina, que geralmente co-existem nos portadores de SAOS. (1-5) Adicionalmente a mudança no estilo de vida, no presente momento, a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é a melhor opção para o tratamento da SAOS. Existem alternativas terapêuticas, como tratamento medicamentoso e dispositivos intra-orais. Mas nenhuma se mostrou tão efetiva em reduzir os sintomas da apnéia obstrutiva. O CPAP é eficaz em evitar o colapso das vias aéreas superiores durante o sono, diminuindo a fragmentação do sono e, conseqüentemente, a sonolência diurna. Já em relação a redução do risco para DCV e morte, os estudos são controversos. (18) Apesar de haver relatos que o tratamento com CPAP reduz o tônus simpático de repouso, não há ensaios clínicos com grande número de pacientes comprovando a eficácia do tratamento da SAOS na redução da pressão arterial. A maioria dos estudos nessa área encontra uma pequena ou moderada redução na PA com o uso do CPAP (meta-análise). Adicionalmente, as evidências atuais também sugerem que o benefício do CPAP é significativamente maior nos pacientes com SAOS grave comparado aos com SAOS leve. (19) Alguns fatores podem confundir a interpretação da ação do CPAP sobre a pressão arterial e a redução de risco cardiovascular. Primeiro, a apnéia do sono está intimamente relacionada à obesidade e à resistência à insulina, co-morbidades que dificultam o controle da PA. Mesmo a perda de peso pode funcionar como fator de confusão. Além disso, o tempo de terapia parece influenciar os resultados do tratamento, sendo os efeitos benéficos do CPAP observados mais freqüentemente a longo prazo. A redução de estresse oxidativo exige terapia eficaz com CPAP pelo menos por 3 meses, enquanto que a defesa anti-oxidante permanece parcialmente prejudicada mesmo após 12 meses de tratamento. (20) O diagnóstico tardio e a má aderência ao tratamento com CPAP também podem contribuir para a parcial reversibilidade das manifestações cardiovasculares da apnéia do sono. A HAS, por exemplo, pode levar a remodelamento vascular e disfunção endotelial, que são mais evidentes em hipertensos de longa data. Mesmo a longa exposição a hipóxia/ re-oxigenação intermitentes pode promover disfunção endotelial. Essa alteração do endotélio pode contribuir para manutenção da hipertensão mesmo com o controle das alterações neurohormonais, inflamatórias e metabólicas da SAOS. (20, 21) A terapêutica com CPAP parece melhorar a função ventricular esquerda e o prognóstico de pacientes com IC e SAOS. Um a três meses de tratamento com CPAP aumenta a fração de ejeção do ventrículo esquerdo e melhora a qualidade de vida nos doentes com IC e SAOS independentemente da presença de sonolência diurna. Dados de pequenos estudos indicam que o tratamento de pacientes com SAOS e doença arterial coronariana está associado a uma redução na ocorrência de novos eventos (22, 23) cardiovasculares. Drager et al (12) demonstraram que, em pacientes com SAOS grave, o tratamento com CPAP por um período de 4 meses reduziu a espessura íntima média de carótida. Além disso, nesse estudo os portadores de apnéia severa apresentaram redução de marcadores inflamatórios relacionados a aterosclerose (proteína C reativa e catecolaminas), demonstrando não só uma provável associação entre apnéia obstrutiva do sono e aterosclerose mas o potencial benefício do tratamento com CPAP, pelo menos nos casos de apnéia grave. Conclusão Evidências crescentes associam a Síndrome da Apnéia do Sono com diversas doenças cardiovasculares. Os mecanismos desencadeados pelos repetitivos episódios de hipoxemia-reoxigenação possuem estreita relação com processos inflamatórios implicados na etiologia da aterosclerose, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial. Além disso, na SAOS o coração é exposto a alterações brusca de pressão intra-torácica, variabilidade do estímulo 25

7 Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e Risco Cardiovascular autonômica e da atividade do sistema nervoso simpático, implicados em alterações do ritmo cardíaco, disfunção endotelial e alterações estruturais cardíacas. Vários estudos observacionais correlaciom a SAOS com aumento da morbi mortalidade cardiovascular. Provar que a SAOS é um fator de risco independente, entretanto, ainda é um desafio devido a freqüente associação de apnéia do sono com co-morbidades como obesidade, diabetes e hipertensão. Apesar disso, à luz dos estudos atuais, o diagnóstico e adequado tratamento da apnéia do sono deve ser encarado com mais uma medida de prevenção e redução do risco cardiovascular. Novos estudos, entretanto, devem ser elaborados não só para elucidar a fisiopatologia implícita na associação SAOS-DCV, mas a fim de definir metas no tratamento da apnéia do sono e qual grupo de pacientes melhor se beneficiaria com a introdução do CPAP. Bibliografia Eryca Vanessa S. Jesus José Augusto Barreto-Filho 1. Jo-Dee L. Lattimore, David S. Celermajer, Wilcox I. Obstructive Sleep Apnea and Cardiovascular Disease. J Am Coll Cardiol. 2003;41: Peppard PE, Young T, Palta M, Skatrud J. Prospective study of the association between sleep-disordered breathing and hypertension. N Engl J Med. 2000;342: Yaggi HK, Concato J, Kernan WN, Lichtman JH, Brass LM, Mohsenin V. Obstructive sleep apnea as a risk factor for stroke and death. N Engl J Med. 2005;353: Shamsuzzaman ASM, Gersh BJ, Somers VK. Obstructive Sleep Apnea - Implications for Cardiac and Vascular Disease. JAMA. 2003;290: Wolk R, Gami AS, Garcia-Touchard A, Somers VK. Sleep and Cardiovascular Disease. Curr Probl Cardiol. 2005;30: Wolk R, Shamsuzzaman ASM, Somers VK. Obesity, Sleep Apnea, and Hypertension. Hypertension. 2003;42: Phillips BG, Somers VK. Hypertension and Obstructive Sleep Apnea. Current Hypertension Reports. 2003;5: Kuniyoshi FHS, Garcia-Touch A, Gami AS, Romero-Corral A, Walt Cvd, Pusalavidyasagar S, Kara T, Caples SM, Pressman GS, Vasquez EC, Lopez-Jimenez F, Somers VK. Day-Night Variation of Acute Myocardial Infarction in Obstructive Sleep Apnea. J. Am. Coll. Cardiol. 2008;52: Peker Y, Hedner, J., Norum, J., Kraiczi, H., Carlson, J. Increased incidence of cardiovascular disease in middle-aged men with obstructive sleep apnea. A 7-year follow-up. Am J Respir Crit Care Med. 2002;166: Barreto-Filho JAS, Jesus EV, Dias-Filho EB, Mota BM, Rocha JBG, Marques-Santos C, Sousa AC. Abstract 2030: Suspicion of Obstructive Sleep Apnea by Berlin Questionnaire Predicts Cardiovascular Events in Patients with Acute Coronary Syndrome. Circulation. 2008;118:S_660-S_ Barreto-Filho JAS C-CF, Guerra-Riccio GM, Santos RD, Chacra AP, Lopes HF, Teixeira SH, Martinez T, Krieger JE, Krieger EM. Hypercholesterolemia blunts forearm vasorelaxation and enhances the pressor response during acute systemic hypoxia. Arterioscler. Thromb. Vasc. Biol. 2003;23: Drager LF, Bortolotto LA, Figueiredo AC, Krieger EM, Lorenzi-Filho G. Effects of Continuous Positive Airway Pressure on Early Signs of Atherosclerosis in Obstructive Sleep Apnea. Am J Respir Crit Care Med. 2007;176: Javaheri S, Shukla R, Zeigler H, Wexler L. Central sleep apnea, righ ventricular dysfunction, and low diastolic blood pressure are predictors of mortality in systolic heart failure. J Am Coll Cardiol. 2007;49(20): Javaheri S, Parker TJ, Liming JD, Corbett WS, Nishiyama H, Wexler L, Roselle GA. Sleep apnea in 81 ambulatory male patients with stable heart failure - Types and their prevalences, consequences, and presentations. Circulation. 1999;99: Nieto FJ YT, Lind BK, et al. Association of sleep-disordered breathing, sleep apnea, and hypertension in a large community-based study: Sleep Heart Health Study.. JAMA. 2000;283: Wang H, Parker JD, Newton GE, Floras JS, Mak S, Chiu K-L, Ruttanaumpawan P, Tomlinson G, Bradley D. Influence of obstructive sleep apnea on mortality in patients with heart failure. J Am Coll Cardiol. 2007;49: Gami AS HD, Olson EJ, Somers VK. Day-night pattern of sudden death in obstructive sleep apnea. N Engl J Med. 2005;352: Shivalkar B, Heyning CVD, Kerremans M, Rinkevich D, Verbraecken J, Backer WD, Vrints C. Obstructive sleep apnea syndrome - More insights on structural and functional cardiac alterations, and the effects of treatment with continuous positive airway pressure. J Am Coll Cardiol. 2006;47: Marin JM CS, Vicente E, Agusti AG. Long-term cardiovascular outcomes in men with obstructive sleep apnoea-hypopnoea with or without treatment with continuous positive airway pressure: an observational study.. Lancet. 2005;365: Bazzano LA, Khan Z, Reynolds K, He J. Effect of nocturnal nasal continuous positive airway pressure on blood pressure in obstructive sleep apnea. Hypertension. 2007;50: Drager LF, Ladeira RT, Brandão-Neto RA, Lorenzi-Filho G, Benseñor IM. Síndrome da apnéia obstrutiva do sono e sua relação com a hipertensão arterial sistêmica - Evidências atuais. Arq. Bras. Cardiol. 2002;78: Milleron O PR, Foucher A, de Roquefeuil F, Aegerter P, Jondeau G, Raffestin BG, Dubourg O. Benefits of obstructive sleep apnoea treatment in coronary artery disease: a long-term follow-up study.. Eur Heart J ;25: Peled N, Abinader EG, Pillar G, Sharif D, Lavie P. Nocturnal ischemic events in patients with obstructive sleep apnea syndrome and ischemic heart disease - Effects of continuous positive air pressure treatment. J. Am. Coll. Cardiol. 1999;34:

Caso Clínico 1. C.M., 36 anos, masculino, IMC: 59,5 kg/m 2 Ex-tabagista. Portador de HAS, DM e dislipidemia Dor torácica típica: ECG na urgência IAM

Caso Clínico 1. C.M., 36 anos, masculino, IMC: 59,5 kg/m 2 Ex-tabagista. Portador de HAS, DM e dislipidemia Dor torácica típica: ECG na urgência IAM O foco do tratamento dos distúrbios respiratórios do sono (DRS) deve ser a hipoxemia, fragmentação do sono ou IAH? III Curso Nacional de Sono Marília Montenegro Cabral Médica da Clínica de Sono do Recife

Leia mais

Dr. Flavio Magalhães da Silveira SBPT Rio de Janeiro, RJ. Centro Médico BarraShopping RJ SLEEP Laboratório do Sono

Dr. Flavio Magalhães da Silveira SBPT Rio de Janeiro, RJ. Centro Médico BarraShopping RJ SLEEP Laboratório do Sono Dr. Flavio Magalhães da Silveira SBPT Rio de Janeiro, RJ Centro Médico BarraShopping RJ SLEEP Laboratório do Sono Doenças cardiovaculares: Hipertensão arterial resistente, Arritmias, Falência Cardíaca,

Leia mais

XVI. Eventos Noturnos: Descrição e Importância no Holter

XVI. Eventos Noturnos: Descrição e Importância no Holter XVI. Eventos Noturnos: Descrição e Importância no Holter EVENTOS NOTURNOS Período noturno Desde crianças, fomos ninados com canções tenebrosas:...nana nenê que a Kuka vem pegar... é o melhor exemplo.

Leia mais

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR Março de 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 3 2. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS... 3 3. ESTRATIFICAÇÃO INDIVIDUAL DE RISCO CARDIOVASCULAR... 4 4. CALCULE O SEU RISCO E DE SEUS

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doença Cardiovascular Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos - A identificação de indivíduos assintomáticos portadores de aterosclerose e sob risco de eventos

Leia mais

Síndrome Overlap: diagnóstico e tratamento. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS)

Síndrome Overlap: diagnóstico e tratamento. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) Síndrome Overlap: diagnóstico e tratamento XIII Curso Nacional de Atualização em Pneumologia MARÍLIA MONTENEGRO CABRAL Professora da Universidade de Pernambuco Médica da Clínica de Sono do Recife Rio de

Leia mais

SÍNDROMA DE APNEIA DO SONO

SÍNDROMA DE APNEIA DO SONO XIX Jornadas de Cardiologia Hospital Santarém SÍNDROMA DE APNEIA DO SONO Cátia Costa Serviço de Cardiologia do Hospital Santarém Novembro 2013 Fisiopatologia e complicações da SAOS Porque é tão importante

Leia mais

APNEIA DO SONO E PATOLOGIA CARDÍACA

APNEIA DO SONO E PATOLOGIA CARDÍACA APNEIA DO SONO E PATOLOGIA CARDÍACA Gustavo Reis S. Pneumologia HDS Pneumologia CUF Apneia do sono e patologia cardíaca Prevalência e Definição Efeitos hemodinâmicos gerais SAOS e consequências Cardiovasculares

Leia mais

XI Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá

XI Encontro de Iniciação Científica do Centro Universitário Barão de Mauá ESTUDOS DE CASOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL REALIZADO EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DO INTERIOR PAULISTA E SUA RELAÇÃO COM A APNEIA DO SONO Juliana Berta 1, José Luiz Ferrari de Souza 2 1,2 Centro Universitário

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Insuficiência Cardíaca: - é uma síndrome clínica na qual existe uma anormalidade na estrutura ou na função cardíaca,

Leia mais

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) COMO TRATAR A SAOS NO PACIENTE COM DPOC? II CURSO NACIONAL DE SONO MARÍLIA MONTENEGRO CABRAL Professora da Universidade de Pernambuco Médica da Clínica de Sono do Recife São Paulo, 24 de março de 2012

Leia mais

O coração e a apneia do sono

O coração e a apneia do sono O coração e a apneia do sono Dr. Fernando Cesar Mariano, otorrinolaringologista especialista em Medicina do Sono e cirurgião de ronco e apneia. Dr. Rodrigo Cerci, cardiologista e diretor científico da

Leia mais

04/07/2014. Apneia do Sono e Hipertensão Resistente Qual a importância?

04/07/2014. Apneia do Sono e Hipertensão Resistente Qual a importância? e Hipertensão arterial resistente (HAR): todo paciente com HAR deve fazer Polissonografia? Gleison Guimarães TE SBPT 2004/TE AMIB 2007 Área de atuação em Medicina do Sono pela SBPT - 2012 Profº Pneumologia

Leia mais

ISQUEMIA SILENCIOSA É possível detectar o inesperado?

ISQUEMIA SILENCIOSA É possível detectar o inesperado? CURSO NACIONAL DE RECICLAGEM EM CARDIOLOGIA DA REGIÃO SUL Florianópolis 20-24 de setembro de 2006 ISQUEMIA SILENCIOSA É possível detectar o inesperado? Celso Blacher Definição Documentação objetiva de

Leia mais

Atividade Física e Cardiopatia

Atividade Física e Cardiopatia AF e GR ESPECIAIS Cardiopatia Atividade Física e Cardiopatia Prof. Ivan Wallan Tertuliano E-mail: ivantertuliano@anhanguera.com Cardiopatias Anormalidade da estrutura ou função do coração. Exemplos de

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doença Cardiovascular Parte 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Para a avaliação do risco cardiovascular, adotam-se: Fase 1: presença de doença aterosclerótica

Leia mais

Coração Normal. Fisiologia Cardíaca. Insuficiência Cardíaca Congestiva. Eficiência Cardíaca. Fisiopatogenia da Insuficiência Cardíaca Congestiva

Coração Normal. Fisiologia Cardíaca. Insuficiência Cardíaca Congestiva. Eficiência Cardíaca. Fisiopatogenia da Insuficiência Cardíaca Congestiva Coração Normal Fisiopatogenia da Insuficiência Cardíaca Congestiva Marlos Gonçalves Sousa, MV, MSc, PhD Fisiologia Cardíaca Desempenho mecânico do coração Envolve a capacidade do coração exercer sua função

Leia mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA. Dr. José Maria Peixoto

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA. Dr. José Maria Peixoto INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FUNÇÃO VENTRICULAR PRESERVADA Dr. José Maria Peixoto Introdução A síndrome da IC poder ocorrer na presença da função ventricular preservada ou não. Cerca de 20% a 50 % dos pacientes

Leia mais

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:

ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358: ONTARGET - Telmisartan, Ramipril, or Both in Patients at High Risk for Vascular Events N Engl J Med 2008;358:1547-59 Alexandre Alessi Doutor em Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do

Leia mais

HIPERTENSÃO ARTERIAL

HIPERTENSÃO ARTERIAL HIPERTENSÃO ARTERIAL HIPERTENSÃO ARTERIAL A pressão arterial VARIA de batimento a batimento do coração, ajustando-se às atividades desenvolvidas ao longo do dia. Tais variações são fisiológicas e imperceptíveis,

Leia mais

Programação Científica do Congresso 10 de setembro, quarta-feira

Programação Científica do Congresso 10 de setembro, quarta-feira 08:30-09:15h COMO EU FAÇO Auditório 10(114) (5995) Abordagem do paciente com insuficiência cardíaca descompensada 08:30-08:45h Uso racional dos diuréticos, vasodilatadores e beta-bloqueadores 08:45-09:00h

Leia mais

Curso de Reciclagem em Cardiologia ESTENOSE VALVAR AÓRTICA

Curso de Reciclagem em Cardiologia ESTENOSE VALVAR AÓRTICA Curso de Reciclagem em Cardiologia SBC- Florianópolis 2006 ESTENOSE VALVAR AÓRTICA Miguel De Patta ESTENOSE AÓRTICA- ETIOLOGIA Em todo o mundo : DR USA/ Europa Válvula aórtica tricúspide calcificada: senil

Leia mais

SAOS. Fisiopatologia da SAOS 23/04/2013. Investigação e tratamento de SAOS nos pacientes com pneumopatias crônicas

SAOS. Fisiopatologia da SAOS 23/04/2013. Investigação e tratamento de SAOS nos pacientes com pneumopatias crônicas Investigação e tratamento de SAOS nos pacientes com pneumopatias crônicas Márcia Gonçalves de Oliveira Médica Pneumologista Doutora em ciências pela UNIFESP Assistente do Amb. Sono Classificação dos Distúrbios

Leia mais

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD 1 Qual é o objetivo funcional do sistema CV? Que indicador fisiológico pode ser utilizado para demonstrar

Leia mais

Insuficiência Renal Crônica

Insuficiência Renal Crônica Eduardo Gomes Lima Médico Assistente da Unidade de Aterosclerose do InCor-HCFMUSP Pesquisador do grupo MASS (Medicine, Angioplasty, or Surgery Study) Diarista da UTI do 9º Andar do H9J São Paulo 2011 Insuficiência

Leia mais

Hipertensão Arterial. Educação em saúde. Profa Telma L. Souza

Hipertensão Arterial. Educação em saúde. Profa Telma L. Souza Hipertensão Arterial Educação em saúde Profa Telma L. Souza Introdução Conceito Importância HAS DHEG Metas Estratégica Classificação de pressão Fatores de risco Tratamento Introdução Conceito Pressão arterial

Leia mais

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta FIBRILAÇÃO ATRIAL NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE CIRURGIA CARDÍACA COM CIRCULAÇÃO EXTRA-CORPÓREA. Avaliação de fatores pré-operatórios predisponentes e evolução médio prazo. Marcos Sekine Enoch Meira João

Leia mais

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Insuficiência Cardíaca e DPOC Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Potencial conflito de interesse CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000 ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000 CREMESP : 38357 Nos últimos doze meses

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doença Cardiovascular Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - As doenças cardiovasculares estão relacionadas à aterosclerose, sua principal contribuição,

Leia mais

Disciplina de Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva

Disciplina de Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva Disciplina de Enfermagem em Centro de Terapia Intensiva ARRITMIAS CARDÍACAS Prof. Fernando Ramos-Msc 1 Arritmias Cardíacas Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na freqüência, regularidade ou na origem

Leia mais

Bacharelado em Educação Física. Função Cardio-vascular e Exercício

Bacharelado em Educação Física. Função Cardio-vascular e Exercício Bacharelado em Educação Física Função Cardio-vascular e Exercício Prof. Sergio Gregorio da Silva, PhD Qual é o objetivo funcional do sistema CV? Que indicador fisiológico pode ser utilizado para demonstrar

Leia mais

04/07/2014. Caso Clínico. Neste momento, qual é o próximo passo? CASO CLÍNICO. III Curso Nacional de SONO

04/07/2014. Caso Clínico. Neste momento, qual é o próximo passo? CASO CLÍNICO. III Curso Nacional de SONO Caso Clínico CASO CLÍNICO III Curso Nacional de SONO Marília Montenegro Cabral Médica da Clínica de Sono do Recife Professora Adjunto da Universidade de Pernambuco 29 março de 2014 Médico, sexo masculino,

Leia mais

Adesão ao CPAP: O que interfere e como melhorar

Adesão ao CPAP: O que interfere e como melhorar Adesão ao CPAP: O que interfere e como melhorar Marcelo Fouad Rabahi, MD, PhD Prof. Titular de Pneumologia FM/UFG Declaração de conflito de interesses De acordo com a Norma 1595/2000 do Conselho Federal

Leia mais

Síndromes Coronarianas Agudas. Mariana Pereira Ribeiro

Síndromes Coronarianas Agudas. Mariana Pereira Ribeiro Síndromes Coronarianas Agudas Mariana Pereira Ribeiro O que é uma SCA? Conjunto de sintomas clínicos compatíveis com isquemia aguda do miocárdio. Manifesta-se principalmente como uma dor torácica devido

Leia mais

Protocolo Clínico e de Regulação para Apnéia no Adulto

Protocolo Clínico e de Regulação para Apnéia no Adulto Protocolo Clínico e de Regulação para Apnéia no Adulto Fabiana C P Valera, Alan Eckeli, Heidi H Sander, Daniel S Kupper, Geruza A Silva, Regina M F Fernandes INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA A Síndrome da Apnéia

Leia mais

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL DÚVIDAS FREQUENTES NO EXAME CARDIOLÓGICO NO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL XI JORNADA DE MEDICINA DO TRÁFEGO Belo Horizonte, 18-19 julho 2014 AMMETRA- ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE MEDICINA DO TRÁFEGO AMMETRA

Leia mais

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA FMRPUSP PAULO EVORA DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA FATORES DE RISCO Tabagismo Hipercolesterolemia Diabetes mellitus Idade Sexo masculino História familiar Estresse A isquemia é

Leia mais

PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA

PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA Diogo Iulli Merten 1 Laura Jurema dos Santos 2 RESUMO O projeto de reabilitação cardiorrespiratória é realizado com pacientes de ambos gêneros, diversas

Leia mais

Atuação Fonoaudiológica em pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono

Atuação Fonoaudiológica em pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Atuação Fonoaudiológica em pacientes com Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono Data: 08/08/13 Horário: 13:00 hs Local: Anfiteatro 1 Apresentação: Ana Júlia Rizatto (2º ano) Bárbara Camilo (3º ano) Orientação:

Leia mais

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial Informações essenciais para prevenir e tratar a doença Apesar de a Hipertensão Arterial Sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, ser

Leia mais

HEMODINÂMICA SISTEMA CARDIOVASCULAR. Rosângela B. Vasconcelos

HEMODINÂMICA SISTEMA CARDIOVASCULAR. Rosângela B. Vasconcelos SISTEMA CARDIOVASCULAR HEMODINÂMICA Rosângela B. Vasconcelos A função primária do sistema cardiovascular é levar sangue para os tecidos, fornecendo assim,os nutrientes essenciais para o metabolismo das

Leia mais

Choque hipovolêmico: Classificação

Choque hipovolêmico: Classificação CHOQUE HIPOVOLÊMICO Choque hipovolêmico: Classificação Hemorrágico Não-hemorrágico Perdas externas Redistribuição intersticial Choque hipovolêmico: Hipovolemia Fisiopatologia Redução de pré-carga Redução

Leia mais

COLESTEROL ALTO. Por isso que, mesmo pessoas que se alimentam bem, podem ter colesterol alto.

COLESTEROL ALTO. Por isso que, mesmo pessoas que se alimentam bem, podem ter colesterol alto. COLESTEROL ALTO Colesterol é uma substância essencial ao organismo, mas quando em excesso, pode prejudicar. Cerca de 40% da população tem colesterol alto. MAS O Colesterol Total não é o valor perigoso,

Leia mais

aca Tratamento Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010

aca Tratamento Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010 Insuficiência ncia Cardíaca aca Tratamento Nenhum conflito de interesse Nelson Siqueira de Morais Campo Grande MS Outubro / 2010 nsmorais@cardiol.br Conceitos Fisiopatológicos A IC é uma síndrome com múltiplas

Leia mais

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA).

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou

Leia mais

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Leonardo A. M. Zornoff Departamento de Clínica Médica Definição Síndrome caracterizada por alteração cardíaca estrutural ou funcional, que resulta em prejuízo da capacidade de ejeção

Leia mais

Aterosclerose. Natália Borges de Melo Patrícia Gabriella Zapata Paulo Henrique Maia Vilela

Aterosclerose. Natália Borges de Melo Patrícia Gabriella Zapata Paulo Henrique Maia Vilela Aterosclerose Natália Borges de Melo Patrícia Gabriella Zapata Paulo Henrique Maia Vilela Uberaba MG 31 de Agosto de 2011 Artigo Nature, May 19th 2011 Conceitos: ATEROSCLEROSE: Doença crônica, de origem

Leia mais

Redução da PA (8 a 10 mmhg da PA sistólica e diastólica) Aumento do tonus venoso periférico volume plasmático

Redução da PA (8 a 10 mmhg da PA sistólica e diastólica) Aumento do tonus venoso periférico volume plasmático Notícias do LV Congresso SBC On Line Como prescrever exercício na insuficiência cardíaca Até os anos 60-70, recomendava-se repouso de três semanas aos pacientes que se recuperavam de IAM, baseando-se no

Leia mais

CURSO DE RONCO E APNEIA DO SONO. Ficha de diagnóstico e anamnese.

CURSO DE RONCO E APNEIA DO SONO. Ficha de diagnóstico e anamnese. CURSO DE RONCO E APNEIA DO SONO Ficha de diagnóstico e anamnese www.neom-rb.com.br ANAMNESE NEOM CURSO DE RONCO E APNEIA DO SONO Nome: Data: / / Data nascimento: / / Idade: anos Sexo: Masc. ( ) Fem. (

Leia mais

Doenças Cardiovasculares

Doenças Cardiovasculares Doenças Cardiovasculares FREITAS, P. 1 ; SILVA, J. G. 1 ; SOUZA, V. H. 1 ; BISOTO, B. C. 1 ; MIKALOUSKI, U. 2 Resumo As doenças cardiovasculares são, atualmente, as causas mais comuns de morbimortalidade

Leia mais

Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono e Risco Cardiovascular

Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono e Risco Cardiovascular UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono e Risco Cardiovascular Faculdade de Ciências da Saúde Mestrado Integrado em Medicina Nuno Manuel Monteiro Domingues Covilhã - Maio 2009

Leia mais

PECULIARIDADES DA HIPERTENSÃO NA MULHER CELSO AMODEO

PECULIARIDADES DA HIPERTENSÃO NA MULHER CELSO AMODEO PECULIARIDADES DA HIPERTENSÃO NA MULHER CELSO AMODEO PECULIARIDADES DA HIPERTENSÃO NA MULHER Hipertensão é o maior fator de risco para acidente vascular cerebral tanto em homens como em mulheres. Mulheres

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DO ECG resolução de exercícios

INTERPRETAÇÃO DO ECG resolução de exercícios INTERPRETAÇÃO DO ECG resolução de exercícios Taquicardia sinusal Taquicardia em geral com QRS estreito, precedidas por ondas P e FC acima de 100 BPM e em geral abaixo de 200 BPM em repouso. Causas: aumento

Leia mais

Respostas cardiovasculares ao esforço físico

Respostas cardiovasculares ao esforço físico Respostas cardiovasculares ao esforço físico Prof. Gabriel Dias Rodrigues Doutorando em Fisiologia UFF Laboratório de Fisiologia do Exercício Experimental e Aplicada Objetivos da aula 1. Fornecer uma visão

Leia mais

Hipertensão arterial, uma inimiga silenciosa e muito perigosa

Hipertensão arterial, uma inimiga silenciosa e muito perigosa Hipertensão arterial, uma inimiga silenciosa e muito perigosa A famosa pressão alta está associada a uma série de outras doenças, como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e morte súbita, entre

Leia mais

Prevalência de doença cardiovascular numa população de doentes com síndrome de apneia obstrutiva do sono

Prevalência de doença cardiovascular numa população de doentes com síndrome de apneia obstrutiva do sono 355 Prevalência de doença cardiovascular numa população de doentes com síndrome de apneia obstrutiva do sono José Pedro Boléo-Tomé,* Sara Salgado,** Ana Sofia Oliveira,*** Paula Pinto,**** António Bugalho,*****

Leia mais

Angina Estável: Estratificação de Risco e Tratamento Clínico. Dr Anielo Itajubá Leite Greco

Angina Estável: Estratificação de Risco e Tratamento Clínico. Dr Anielo Itajubá Leite Greco Angina Estável: Estratificação de Risco e Tratamento Clínico Dr Anielo Itajubá Leite Greco Angina Estável vel: Fisiopatologia da Insuficiência Coronária ria Isquemia de baixo fluxo ( suprimento): Redução

Leia mais

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL? COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL? Profa. Dra. Rosália Morais Torres VI Diretrizes Brasileiras de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)

Leia mais

INCIDÊNCIA DA SÍNDROME APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM IDOSOS HIPERTENSOS DA CIDADE DE JACAREZINHO

INCIDÊNCIA DA SÍNDROME APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM IDOSOS HIPERTENSOS DA CIDADE DE JACAREZINHO INCIDÊNCIA DA SÍNDROME APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM IDOSOS HIPERTENSOS DA CIDADE DE JACAREZINHO Bruna Prado Gomes (1); Anderson da Silva Honorato (1, 2, 3); Denílson de Castro Teixeira (1, 2). GEPEHAF

Leia mais

Aterosclerose. Aterosclerose

Aterosclerose. Aterosclerose ATEROSCLEROSE TROMBOSE EMBOLIA Disciplinas ERM 0207/0212 Patologia Aplicada à Enfermagem Profa. Dra. Milena Flória-Santos Aterosclerose Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública Escola

Leia mais

Resultados Demográficos, Clínicos, Desempenho e Desfechos em 30 dias. Fábio Taniguchi, MD, MBA, PhD Pesquisador Principal BPC Brasil

Resultados Demográficos, Clínicos, Desempenho e Desfechos em 30 dias. Fábio Taniguchi, MD, MBA, PhD Pesquisador Principal BPC Brasil Resultados Demográficos, Clínicos, Desempenho e Desfechos em 30 dias Fábio Taniguchi, MD, MBA, PhD Pesquisador Principal BPC Brasil Resultados Demográficos, Clínicos, Desempenho e Desfechos em 30 dias

Leia mais

05 de junho Dia Mundial do Meio Ambiente

05 de junho Dia Mundial do Meio Ambiente 05 de junho Dia Mundial do Meio Ambiente Aero-Cardiologia - Poluição Aérea e Doenças Cardiovasculares Prof. Dr. Evandro Tinoco Mesquita LIGA DE CIÊNCIAS CARDIOVASCULARES DA UFF Poluição & Doenças Cardiovasculares

Leia mais

ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO. Conceitos Básicos. Gabriel Pereira Braga Neurologista Assistente UNESP

ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO. Conceitos Básicos. Gabriel Pereira Braga Neurologista Assistente UNESP ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO Conceitos Básicos Gabriel Pereira Braga Neurologista Assistente UNESP Acidente Vascular Cerebral AVC = IAM EMERGÊNCIA MÉDICA COMO RECONHECER UM AVC TIME LOST IS BRAIN

Leia mais

DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior

DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior DEFINIÇÃO Dispnéia é definida como uma percepção anormalmente desconfortável da respiração Não consigo puxar ar suficiente, O ar não vai até lá embaixo, Estou sufocando,

Leia mais

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Departamento de Fisiologia Laboratório de Farmacologia Cardiovascular - LAFAC Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício Prof. André Sales Barreto Desafio

Leia mais

Resultados 2018 e Novas Perspectivas. Fábio P. Taniguchi MD, MBA, PhD Investigador Principal

Resultados 2018 e Novas Perspectivas. Fábio P. Taniguchi MD, MBA, PhD Investigador Principal Resultados 2018 e Novas Perspectivas Fábio P. Taniguchi MD, MBA, PhD Investigador Principal BPC - Brasil Insuficiência Cardíaca Síndrome Coronariana Aguda Fibrilação Atrial Dados Demográficos - SCA Variáveis

Leia mais

INSUFICIÊNCIA CORONARIANA

INSUFICIÊNCIA CORONARIANA INSUFICIÊNCIA CORONARIANA Paula Schmidt Azevedo Gaiolla Disciplina de Clínica Médica e Emergência Clínica Depto Clínica Médica FMB - Unesp Definição Síndrome coronariana aporte insuficiente de sangue ao

Leia mais

4ª Aula. Professora Sandra Nunes 13/04/2016. Parte III: Doenças do coração PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

4ª Aula. Professora Sandra Nunes 13/04/2016. Parte III: Doenças do coração PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 4ª Aula Parte III: Doenças do coração Professora Sandra Nunes PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 1. Hipertensão arterial 2. Insuficiência cardíaca congestiva

Leia mais

TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL COM BETABLOQUEADORES

TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL COM BETABLOQUEADORES TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL COM BETABLOQUEADORES Luciana Rodrigues Ferreira 1 Núbia Martins Silva Dias 1 Sebastião Alves da Silva 1 Marcelo Elias Pereira 2 Stela Ramirez de Oliveira 2 RESUMO: A

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 26. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 26. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 26 Profª. Lívia Bahia Estratégias para o cuidado ao paciente com doença crônica na atenção básica Hipertensão A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é

Leia mais

Variação e Controle da Pressão Arterial e Hipertensão Arterial Sistêmica. Paulo José Bastos Barbosa Semiologia Médica I

Variação e Controle da Pressão Arterial e Hipertensão Arterial Sistêmica. Paulo José Bastos Barbosa Semiologia Médica I Variação e Controle da Pressão Arterial e Hipertensão Arterial Sistêmica Paulo José Bastos Barbosa Semiologia Médica I - 2013 pjbbarbosa@uol.com.br Taxas de mortalidade por DCV e suas diferentes causas

Leia mais

DATA HORÁRIO TITULO. A MAPA e seu valor de preditividade para doença hipertensiva gestacional em adolescentes primíparas.

DATA HORÁRIO TITULO. A MAPA e seu valor de preditividade para doença hipertensiva gestacional em adolescentes primíparas. DATA HORÁRIO TITULO 27/10/2011 (quinta-feira) 10h30min A MAPA e seu valor de preditividade para doença hipertensiva gestacional em adolescentes primíparas. 27/10/2011 (quinta-feira) 10h45min 27/10/2011

Leia mais

Angiotomografia Coronária. Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho

Angiotomografia Coronária. Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho Angiotomografia Coronária Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho S Aterosclerose S A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão

Leia mais

BRADIARRITMIAS E BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES

BRADIARRITMIAS E BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES Página: 1 de 8 1. Diagnóstico - História clínica + exame físico - FC

Leia mais

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea Sérgio Madeira, João Brito, Maria Salomé Carvalho, Mariana Castro, António Tralhão, Francisco Costa,

Leia mais

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS Resumo GORZONI, J. H.; BRANDÃO, N. Estudos têm demonstrado o crescimento da síndrome metabólica. No entanto, esta pesquisa tem por objetivo

Leia mais

RCG 0376 Risco Anestésico-Cirúrgico

RCG 0376 Risco Anestésico-Cirúrgico RCG 0376 Risco Anestésico-Cirúrgico Luís Vicente Garcia Disciplina de Anestesiologia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Aula 5 Diretrizes (1) Luís Vicente Garcia lvgarcia@fmrp.usp.br

Leia mais

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES Dra Fabrícia de Oliveira Assis Cantadori Cardiologista do HUJM Cuiabá, maio de 2015 UFMT PREVENÇÃO É procurar e utilizar métodos para prevenir doenças e/ou suas complicações,

Leia mais

Sistema Cardiovascular. Prof. Dr. Leonardo Crema

Sistema Cardiovascular. Prof. Dr. Leonardo Crema Sistema Cardiovascular Prof. Dr. Leonardo Crema Visão Geral do Sistema Circulatório: A função da circulação é atender as necessidades dos tecidos. Sistema Circulartório= Sistema Cardiovascular É uma série

Leia mais

Hipoalbuminemia mais um marcador de mau prognóstico nas Síndromes Coronárias Agudas?

Hipoalbuminemia mais um marcador de mau prognóstico nas Síndromes Coronárias Agudas? Hipoalbuminemia mais um marcador de mau prognóstico nas Síndromes Coronárias Agudas? Carina Arantes, Juliana Martins, Carlos Galvão Braga, Vítor Ramos, Catarina Vieira, Sílvia Ribeiro, António Gaspar,

Leia mais

Quinta-Feira

Quinta-Feira Programação Científica* * Sujeita a alteração. Quinta-Feira 27.10. 2011 8h30min às 10h Abertura 10h às 10h30min - Visita aos Expositores/Sessão de Pôsteres 10h30min às 12h - Auditório 1 Mesa redonda: HAS

Leia mais

I Curso de Férias em Fisiologia - UECE

I Curso de Férias em Fisiologia - UECE I Curso de Férias em Fisiologia - UECE Realização: Instituto Superior de Ciências Biomédicas Mestrado Acadêmico em Ciências Biológicas Apoio: 1 SISTEMA CARDIOVASCULAR Laboratório de Farmacologia Cardio-Renal

Leia mais

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS Lidia Maria Melo (¹); Drª. Angela Akamatsu(²) ¹ Monitora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Itajubá- FEPI, na área de Diagnóstico

Leia mais

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4 PERFIL ANTROPOMÉTRICO E PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PROFISSIONAIS CAMINHONEIROS E MOTORISTAS ATENDIDOS EM AÇÃO EDUCATIVA Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2

Leia mais

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica Regiane Maio Pesquisadora-visitante do CSEGSF Objetivos da Apresentação 1. Apresentar o protocolo que será trabalhado no Seminário

Leia mais

Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono na DPOC

Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono na DPOC Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono na DPOC Belo Horizonte 23 de Agosto de 2007 II Congresso Brasileiro de DPOC Frederico Thadeu A. F. Campos Hospital Madre Teresa Hospital Júlia Kubitschek Impacto do

Leia mais

14 de setembro de 2012 sexta-feira

14 de setembro de 2012 sexta-feira 14 de setembro de 2012 sexta-feira MESA-REDONDA 08:30-10:30h Síndromes coronarianas agudas Auditório 02 (Térreo) 1º Andar(500) Agudas (12127) Estado da Arte no Tratamento Contemporâneo das Síndromes Coronárias

Leia mais

CORONARY ARTERY DISEASE EDUCATION QUESTIONNAIRE CADE-Q VERSÃO EM PORTUGUÊS (PORTUGAL)

CORONARY ARTERY DISEASE EDUCATION QUESTIONNAIRE CADE-Q VERSÃO EM PORTUGUÊS (PORTUGAL) CORONARY ARTERY DISEASE EDUCATION QUESTIONNAIRE CADE-Q VERSÃO EM PORTUGUÊS (PORTUGAL) Autor: João Paulo Moreira Eusébio E-mail: eusebio.jp@gmail.com Título do trabalho Reabilitação Cardíaca - Educação

Leia mais

Síndroma de apneia do sono

Síndroma de apneia do sono Síndroma de apneia do sono - mais uma peça no puzzle do cluster de fatores de risco cardiovascular Cátia Costa, Joana Rodrigues, Nuno Cabanelas, Filipa Valente, Margarida Leal, Isabel Monteiro Serviço

Leia mais

Complicações e conseqüências da apnéia obstrutiva do sono.

Complicações e conseqüências da apnéia obstrutiva do sono. Artigo original Complicações e conseqüências da apnéia obstrutiva do sono. Complications and consequences of obstructive sleep apnea. Ricardo Luiz de Menezes Duarte 1, Raphael Zenatti Monteiro da Silva

Leia mais

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício SCA Estratificação de Risco Teste de exercício Bernard R Chaitman MD Professor de Medicina Diretor de Pesquisa Cardiovascular St Louis University School of Medicine Estratificação Não-Invasiva de Risco

Leia mais

BENEFIT e CHAGASICS TRIAL

BENEFIT e CHAGASICS TRIAL BENEFIT e CHAGASICS TRIAL Estudos Clínicos em Chagas Patricia Rueda Doença de Chagas Terceira doença parasitária mais comum do mundo (Malária e Esquistossomose) Cardiopatia chagásica é a forma mais comum

Leia mais

FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA. AF Aveiro Formação de Treinadores

FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA. AF Aveiro Formação de Treinadores FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA 3.1 Principais alterações genéricas da função cardiorespiratória na resposta aguda ao esforço aeróbio Exercício Físico Sistema Cardiovascular Sistema Respiratório Sistema

Leia mais

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (ISQUÊMICO) Antônio Germano Viana Medicina S8 Definição Episódio de disfunção neurológica, geralmente focal, de instalação súbita ou rápida evolução, causada por infarto em território

Leia mais

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10

15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Fóruns 28 de setembro de 2013 15º FÓRUM DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA AUDITÓRIO 10 Insuficiência Cardíaca Como abordar na: IC Fração de ejeção reduzida / normal IC descompensada IC Crônica IC Chagásica

Leia mais

Exercícios de fixação de conhecimentos

Exercícios de fixação de conhecimentos Exercícios de fixação de conhecimentos Curso de Medicina Baseada em Evidências Prof. Robespierre Queiroz da Costa Ribeiro MBE Exercícios DESENHOS & VIÉSES Questões 1 a 4: Para cada situação descrita abaixo

Leia mais

04/07/2014. Síndrome da Apneia obstrutiva do sono. Tratar a SAOS é custo-efetivo? Conceito de CUSTO-EFETIVIDADE

04/07/2014. Síndrome da Apneia obstrutiva do sono. Tratar a SAOS é custo-efetivo? Conceito de CUSTO-EFETIVIDADE Síndrome da Apneia obstrutiva do sono. Tratar a SAOS é custo-efetivo? Gleison Guimarães TE SBPT 2004/TE AMIB 2007 Área de atuação em Medicina do Sono pela SBPT - 2012 Prof. Pneumologia Faculdade de Medicina

Leia mais

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA A hipertensão arterial sistêmica (HAS), usualmente chamada de pressão alta é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão

Leia mais

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ. PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ. JOSÉ MÁRIO FERNANDES MATTOS¹ -UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO- UNIVASF, e-mail: zemabio@gmail.com RESUMO

Leia mais

Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros

Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros Resumo: As complicações crônicas do diabetes são as principais responsáveis pela

Leia mais