DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior
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1 DISPNÉIA José Américo de Sousa Júnior DEFINIÇÃO Dispnéia é definida como uma percepção anormalmente desconfortável da respiração Não consigo puxar ar suficiente, O ar não vai até lá embaixo, Estou sufocando, Está me faltando o fôlego Percepção de uma sensação e reação a essa percepção 1
2 DEFINIÇÃO É importante a investigação semiológica apurada do sintoma, que pode se fazer sinal Hiperventilação não é sinônimo de dispnéia Hiperventilação na acidose metabólica Pacientes em normoventilação INVESTIGAÇÃO Quando iniciou? Em qual momento aparece? Existe algo que a melhora? Existe algo que a piora? Sintomas e sinais associados (tosse, cianose, engasgo, bolus, diaforese, dor)? Co-morbidades? 2
3 QUANTIFICAÇÃO Sintoma subjetivo Diferentes percepções para diferentes indivíduos Avaliar história ocupacional Co-morbidades Quantificação em cruzes QUALIFICAÇÃO De início súbito Dispnéia aos esforços físicos Grandes Médios Pequenos Ortopnéia Trepopnéia Platipnéia 3
4 MECANISMOS Ativação excessiva ou anormal dos centros respiratórios no tronco encefálico Estímulos oriundos de: Receptores intratorácicos via nervo vago Nervos somáticos aferentes Quimiorreceptores no cérebro, nos corpos carotídeos e aórticos Centros corticais superiores Fibras aferentes do nervo frênico MECANISMOS Distúrbio Asma Doença neuromuscular DPOC Ventilação mecânica Embolia pulmonar Mecanismo Sensação de esforço aumentada Estímulo dos receptores de irritação nas vias respiratórias Sensação de esforço aumentada Sensação de esforço aumentada Hipoxia Hipercapnia Compressão dinâmica das vias respiratórias Incongruência dos estímulos aferentes Fatores do distúrbio subjacente Estímulo de barorrecptores na vasculatura pulmonar ou no átrio direito 4
5 PADRÕES DE RESPIRAÇÃO Eupnéica Kussmaul Cheyne-Stokes Biot OBSTRUÇÃO Vias extratorácicas Agudas Aspiração de alimentos ou corpos estranhos Angioedema Crônicas Tumores Estenose fibrosa após traqueostomia ou IOT prolongada 5
6 OBSTRUÇÃO Vias intratorácicas Agudas Asma Crônicas Bronquite crônica Bronquiectasia PARENQUIMATOSAS Pneumonias agudas Sarcoidose Inúmeras pneumoconioses Câncer 6
7 VÁSCULO-OCLUSIVAS Dispnéia em repouso recorrente Pré-síncope aos esforços Gasometria alterada Evidências de fontes trombo-embólicas Parede torácica Cifoescoliose grave Cor pulmonale crônico e insuficiência respiratória Pectus escavatum Espondilite anquilosante 7
8 CARDÍACAS Equilíbrio de Starling Transudação de líquido, queda da complacência, estimulação dos receptores J no espaço intersticial alveolar Cronicidade do quadro leva a espessamento da parede dos vasos e aumento de células e tecido fibroso perivasculares Hidrotórax Dispnéia de esforço Elevação da pressão capilar pulmonar Disfunção ventricular esquerda Redução da complacência ventricular esquerda Estenose mitral DISPNÉIA CARDÍACA X PULMONAR Investigação semiológica Paroxismos noturnos Resposta aos exercícios Provas de função pulmonar Prova de esforço cardiopulmonar (ECG, PA, consumo de oxigênio, oximetria e ventilação) 8
9 Prova de esforço cardiopulmonar Limitação cardiovascular FC >85% do máximo previsto Baixo limiar anaeróbico Redução do consumo máximo de O2 Queda da PA durante exercício Arritmias ou alterações isquêmicas Não alcança ventilação máxima prevista Não tem dessaturação significativa Limitação pulmonar Alcança ou excede a ventilação máxima prevista Dessaturação significativa (<90%) Espaço morto/volume corrente normal ou aumentada Broncoespasmo com queda do VEF1 Não alcança 85% da FC máxima prevista Sem alterações isquêmicas 9
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