Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica"

Transcrição

1 Pulmonar Obstrutiva Crônica CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE Rodrigo Díaz Olmos Médico Assistente da Divisão de Clínica Médica Hospital Universitário da USP Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP Hospital Universitário Universidade de São Paulo Av. Prof Lineu Prestes, 2565 Cidade Universitária Butantã São Paulo, SP CEP Fone: Fax: /9433 olmos.rodrigo@gmail.com Resumo A Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença respiratória causada principalmente pelo cigarro, sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade. Ocupa a quinta causa de morte no Brasil, sendo importante fonte de gastos do sistema de saúde. A identificação e o tratamento precoce dos pacientes com DPOC, bem como o aconselhamento para cessação do tabagismo, são intervenções importantes. Este artigo apresenta as abordagens diagnósticas e terapêuticas da DPOC, baseadas no II Consenso Brasileiro de DPOC Revisado e nas últimas diretrizes da Iniciativa Global para a Pulmonar Obstrutiva Crônica - GOLD. Abstract Chronic obstructive pulmonary disease is a respiratory disease primarily caused by smoking. It s an important cause of morbidity and mortality, and health costs in Brazil, where it is the fifth leading cause of death. The early identification and treatment of patients with COPD, as well as counseling to quit smoking are important interventions. This article presents the diagnostic and therapeutic approaches, based on the II Brazilian Consensus on COPD Reviewed and on the latest Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease - GOLD guidelines. Descritores pulmonar obstrutiva crônica, tabagismo. Key words Chronic Obstructive Pulmonary Disease, smoking Definição De acordo com várias sociedades de especialistas, a Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é definida como uma enfermidade respiratória que pode ser prevenida e tratável, caracterizada pela presença de limitação crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. A limitação é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo 1. Mais recentemente, a iniciativa GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) definiu a DPOC como uma doença passível de prevenção e tratamento com efeitos extrapulmonares significativos que podem contribuir para a gravidade em pacientes individuais. O seu componente pulmonar é caracterizado por limitação crônica ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação ao fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos 7, incluindo em sua definição a importante contribuição do processo inflamatório sistêmico causado pela DPOC na gênese das várias comorbidades presentes em pacientes com a doença. Epidemiologia É uma condição que afeta de 12% a 15% dos adultos com mais de 40 anos, produzindo, no Brasil, internações/ano 2. É a quinta causa de internação hospitalar, variando de quarta a sétima causa de morte nos últimos anos (cerca de 20 mortes por habitantes) 1. A prevalência aumenta com a idade, sendo maior que 20% em pacientes acima de 75 anos 3. A mortalidade na década de 90 foi de 19,04 por habitantes, muito acima da observada na década anterior (<8 mortes/ ). Entretanto, em estudo recente Benseñor et al 4 mostrou uma redução da mortalidade por DPOC no Brasil entre 1

2 1996 e 2008, contrariando a tendência da década anterior e a observada nos EUA nas últimas décadas. Além da alta morbidade e mortalidade associadas ao diagnóstico, a DPOC é uma importante fonte de gastos do sistema de saúde, e gastos indiretos associados a dificuldades no trabalho (faltas, afastamentos, aposentadorias precoces), além de sofrimento familiar e social. Diagnóstico e avaliação clínica O diagnóstico é realizado por uma combinação de dados clínicos, espirométricos e radiológicos, embora o quadro clínico seja o principal componente (Tabela 1). a) clínico Tosse é o sintoma mais frequente, precedendo ou aparecendo simultaneamente à dispneia na maioria dos casos (75% dos casos). É diária ou intermitente e, geralmente, produtiva. A dispneia é o sintoma mais importante, associando-se à incapacidade física, piora da qualidade de vida e pior prognóstico. É insidiosa no início e progressiva. Os sibilos ocorrem frequentemente, tendo sido relatados em 83% dos casos em algumas séries. A história clínica ainda deve incluir investigação sobre tabagismo atual ou pregresso, tabagismo passivo ou exposição ocupacional. Avaliação da frequência das exacerbações agudas, utilização de antibióticos e corticoides e história de internações hospitalares prévias também devem fazer parte da história clínica, embora não sejam essenciais para o diagnóstico. Avaliação de comorbidades, como doença cardiovascular, anemia, depressão e asma, também faz parte da anamnese de pacientes com DPOC. No exame físico, deve se procurar por sinais de hiperinsuflação pulmonar (tórax em barril, hipersonoridade à percussão do tórax, ausência de ictus, bulhas abafadas, excursão diafragmática reduzida), geralmente presentes na doença avançada. Deve-se medir o peso e a altura e avaliar sinais de desnutrição e consumo muscular, que comumente acompanham os casos de DPOC s. b) espirométrico (funcional) Os aspectos espirométricos principais na DPOC são o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF 1) e a capacidade vital forçada (CVF). Limitação do fluxo aéreo é definida pela presença da relação VEF 1/CVF < 0,70 após uso de broncodilatador. Portanto este achado é suficiente, do ponto de vista espirométrico, para o diagnóstico de DPOC. O VEF 1 é utilizado para caracterizar o grau de obstrução e o estádio clínico da DPOC. Ele é expresso em relação aos valores preditos para indivíduos de idade, sexo e altura semelhantes. A espirometria é recomendada para todos os fumantes com mais de anos que apresentam falta de ar aos esforços, tosse persistente, chiado, produção de catarro ou infecções respiratórias frequentes. Não está indicada, entretanto, a realização de rastreamento de DPOC em fumantes assintomáticos 5, como recomendado por algumas sociedades de especialistas. É importante frisar que, embora a espirometria seja o exame confirmatório de excelência para o diagnóstico de DPOC e sua realização deva ser estimulada, em locais em que ela não esteja disponível o diagnóstico clínico é suficiente para o início do tratamento. Um grande estudo multicêntrico sugeriu, inclusive, que a dispneia é um preditor de mortalidade melhor que a espirometria em pacientes com DPOC 6. c) radiológico A radiografia de tórax frequentemente mostra hiperinsuflação pulmonar, além de servir para afastar outras comorbidades como câncer de pulmão, bronquiectasias, insuficiência cardíaca, tuberculose e doença intersticial pulmonar. Radiografia e tomografia computadorizada de tórax anuais para rastrear câncer de pulmão ou avaliar a evolução da DPOC não estão indicadas. d) outros exames Alguns exames, embora não sejam necessários para o diagnóstico de DPOC, são importantes para avaliar comorbidades e complicações da DPOC. O hemograma deve ser realizado para afastar anemia e policitemia. Eletrocardiograma e ecocardiograma podem ser realizados em pacientes com sinais sugestivos de cor pulmonale ou que apresentem sinais ou sintomas de outras doenças cardiovasculares. A oximetria de pulso de repouso e aos esforços deve ser realizada para avaliar hipoxemia e necessidade de oxigênio domiciliar. Diagnóstico Diferencial e Comorbidades 2

3 O diagnóstico diferencial deve ser feito principalmente com a asma. Outras condições, como insuficiência cardíaca, câncer de pulmão, tuberculose e bronquiectasias, em virtude de sua prevalência, não devem ser esquecidas no diagnóstico diferencial, embora existam inúmeras condições que podem ser confundidas com DPOC como mostra a tabela 2. Tabela 1 Diagnóstico de Pulmonar Obstrutiva Crônica DPOC Indicadores fundamentais para a consideração de um diagnóstico de DPOC Tosse crônica Presente de modo intermitente ou todos os dias. Presente, com frequência, ao longo do dia; raramente é apenas noturna. Pode ser improdutiva. Produção crônica de expectoração Qualquer forma de produção crônica de expectoração pode ser indicativa de DPOC. Exacerbações agudas: Episódios repetidos. Dispneia que é: Progressiva (agrava-se com o passar do tempo). Persistente (presente todos os dias). Pior com exercício Pior durante infecções respiratórias. História de exposição aos fatores de risco: Fumaça do tabaco (incluindo outras formas populares locais). Poeiras e produtos químicos ocupacionais. Fumaça proveniente de a cozinha domiciliar e do gás de aquecimento. Adaptado de Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease GOLD, Tabela 2 Diagnósticos diferenciais Asma Insuficiência cardíaca Câncer de pulmão Tuberculose Bronquiectasias Apneia obstrutiva do sono Embolia pulmonar recorrente Aspergilose broncopulmonar alérgica Fibrose cística Infecções virais e bacterianas Massa mediastinais e hipofaríngeas Obstrução das vias aéreas por outras causas Refluxo gastroesofágico Síndrome de Loeffler É importante lembrar que há uma série de dados clínicos e laboratoriais que favorecem o diagnóstico de asma no diagnóstico diferencial com DPOC: início na infância ou adolescência, história familiar, paciente não tabagista, variação acentuada do grau de sintomas e sinais, reversibilidade completa da limitação ao fluxo aéreo e boa resposta ao corticoide inalatório. Existem inúmeras condições, particularmente cardiovasculares, que frequentemente se associam ao DPOC. Portadores de DPOC têm 1,8 vezes mais chance de desenvolverem insuficiência coronariana, 3,9 vezes mais chance de hospitalização por IC e 1,8 vezes mais chance de morte cardiovascular. Há também um aumento da morbidade psiquiátrica associada à DPOC. Quarenta e um por cento dos pacientes com DPOC têm sintomas depressivos e a mortalidade é 2,7 vezes maior entre os que têm depressão. Na avaliação clínica de pacientes com DPOC é imprescindível que a presença de outras comorbidades seja avaliada. Classificação da gravidade A classificação da gravidade é realizada com base nos achados espirométricos, mais especificamente o VEF 1 (tabela 3). Tabela 3 Estádios da DPOC Estádio I: DPOC leve caracterizada por limitação leve do fluxo aéreo (VEF 1 normal [ 80% do predito]) e às vezes tosse crônica e produção de muco. Estádio II: DPOC moderada caracterizada por piora na limitação do fluxo aéreo (50% VEF 1 < 80% do predito), com dispneia desenvolvendo-se tipicamente aos esforços físicos. Estádio III: DPOC caracterizada por piora adicional da limitação do fluxo aéreo (30% VEF 1 < 50% do predito), aumento da dispneia, redução da capacidade de exercícios físicos e exacerbações repetidas com impacto na qualidade de vida dos pacientes. Estádio IV: DPOC muito caracterizada por limitação do fluxo aéreo (VEF1 < 30% ou VEF1 < 50% com sinais de falência respiratória crônica) com grande comprometimento da qualidade de vida e exacerbações frequentes. Adaptado de Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease GOLD,

4 A tabela 4 mostra aspectos adicionais da avaliação da gravidade da DPOC e a tabela 5 o índice de dispneia modificado do Medical Research Council (MRC) 8. Tabela 4 Aspectos clínicos e gasométricos adicionais aos dados espirométricos Dispneia de acordo com o MRC modifi -cado 3 ou 4 Dispneia de acordo com o MRC modifi -cado 5 muito muito Hipoxe -mia PaO 2 < 60 mmhg Presen -ça clínica de cor pulmonale Hipercapnia Pa CO 2 > 50 mmhg muito Tabela 5 Índice de dispneia modificado do MRC 1 Tenho falta de ar ao realizar exercício intenso 2 Tenho falta de ar quando apresso o meu passo, ou subo escadas ou ladeira 3 Preciso parar algumas vezes quando ando no meu passo, ou ando mais devagar que outras pessoas de minha idade 4 Preciso parar muitas vezes devido à falta de ar quando ando perto de 100 metros, ou poucos minutos de caminhada no plano 5 Sinto tanta falta de ar que não saio de casa, ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho sozinho Exacerbações Agudas As exacerbações agudas dos sintomas respiratórios ou descompensações agudas da DPOC são situações clínicas que requerem, na maioria das vezes, intervenção médica. São situações nas quais a dispneia, a tosse e/ou a expectoração estão mais intensas que o habitual. Do ponto de vista prático, consideramos que um paciente apresenta uma exacerbação aguda se houve piora da dispneia associada a aumento na quantidade ou na purulência da secreção pulmonar. As exacerbações agudas são causadas principalmente por infecções respiratórias e poluição atmosférica, embora outras condições, como tromboembolismo pulmonar, pneumotórax, derrame pleural, pneumonia ou doença cardíaca, possam estar presentes. Tratamento Os objetivos gerais do tratamento são cessar ou reduzir os agentes causais (particularmente o tabagismo), retardar a progressão da doença, aliviar os sintomas, avaliar e tratar as comorbidades físicas e mentais e tratar as agudizações. O tratamento farmacológico propriamente dito se divide em dois componentes: tratamento de manutenção ou profilático e tratamento das exacerbações agudas. O tratamento de manutenção depende da gravidade da DPOC. A tabela 6 resume as orientações terapêuticas de acordo com o estádio da DPOC. Tabela 6 Intervenções terapêuticas de acordo com os estádios clínicos da DPOC Estágio Beta 2-agonista de curta duração I ou brometo de ipratrópio, Estágio II Estágio III Estágio IV quando necessário - Sintomas eventuais: Beta 2- agonista de curta duração e/ou ipratrópio, quando necessário - Sintomas persistentes: Beta 2- agonista de longa duração e/ou tiotrópio - Beta 2-agonista de longa duração e tiotrópio - Acrescentar xantina de longa duração, se persistirem sintomas - Corticoide inalatório se exacerbações frequentes ( 2 exacerbações ao ano) - Beta 2-agonista de longa duração e tiotrópio - Acrescentar xantina de longa duração, se os sintomas persistirem - Corticoide inalatório se exacerbações frequentes ( 2 exacerbações ao ano) - Oxigenoterapia se necessário Adaptado de Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease GOLD, O tratamento das exacerbações agudas inclui o uso de broncodilatadores inalados de curta ação (beta 2-agonistas e anticolinérgicos de curta ação) e corticoides sistêmicos. Os antibióticos estarão indicados se considerarmos o aumento da quantidade de catarro e a modificação do aspecto do catarro para purulento como parte da definição de exacerbação aguda. A depender do estádio da DPOC e da gravidade da exacerbação, 4

5 suplementação de oxigênio para manter a saturação entre 90 e 92% ou suporte ventilatório não invasivo ou mesmo ventilação mecânica poderão estar indicados. Fisioterapia respiratória pode ser necessária em casos selecionados. A avaliação de outras causas potenciais em alguns casos de agudização deve ser realizada se houver dúvida quanto à etiologia da piora dos sintomas. A tabela 7 mostra a conduta geral nas exacerbações. Pacientes com exacerbações agudas podem ser tratados tanto ambulatorialmente como internados a depender da gravidade do episódio. A tabela 8 mostra algumas condições indicativas de internação hospitalar nas exacerbações agudas. Também devem ser internados pacientes estáveis que irão se submeter a alguns procedimentos que poderão causar descompensações como broncoscopia, biópsia transbrônquica ou biópsia transparietal com agulha ou procedimentos médicos ou cirúrgicos que requeiram o uso de hipnoanalgésicos, sedativos ou anestésicos. Tabela 7 Conduta nas exacerbações agudas Antibiótico na presença das seguintes condições: aumento do volume da expectoração; aumento da intensidade da dispneia; e mudança do aspecto da expectoração para purulento. Broncodilatador inalatório: Iniciar ou aumentar a frequência de uso de beta 2-agonista de curta duração e/ou brometo de ipratrópio. Corticoide: Prednisona ou equivalente por via oral. Oxigênio: Titular a oferta de O 2 para manter a saturação de O 2 entre 90 e 92% Tabela 8 Indicações de internação durante exacerbações agudas Insuficiência respiratória aguda * aumento acentuado da dispneia * distúrbios de conduta ou hipersonolência * incapacidade para se alimentar, dormir ou deambular Hipoxemia refratária, hipercapnia com acidose Complicações como embolia pulmonar, pneumonia ou pneumotórax Insuficiência cardíaca descompensada ou descompensação de outra condição associada Impossibilidade de realizar corretamente o tratamento ambulatorial, por falta de condição socioeconômica ou suporte familiar Adaptado do II Consenso Brasileiro sobre DPOC 1 Avaliação do especialista A maior parte dos pacientes com DPOC pode ser acompanhada exclusivamente na atenção primária, entretanto existem situações que justificam uma avaliação (referência) de um pneumologista 9. Dentre estas situações destacamos a incerteza diagnóstica, DPOC em pacientes com menos de 40 anos ou naqueles que apresentem um parente de primeiro grau com história de deficiência de alfa 1-antitripsina, DPOC, exacerbações frequentes, hemoptise, dificuldade em controlar os sintomas, ou necessidade de oxigenioterapia domiciliar, reabilitação pulmonar ou cirurgia. Obviamente que estas indicações são diretrizes gerais e não devem ser tomadas como norma absoluta a ser seguida. A depender da experiência do médico generalista que atende o paciente na atenção primária a necessidade de encaminhamento ao especialista deve ser individualizada. Intervenções específicas 1.Uso de mucolíticos Alguns estudos sugerem que a N- acetilcisteína reduz o número de exacerbações agudas. Um estudo chinês recente 10 mostrou que o uso de carbocisteína reduziu o número de exacerbações agudas. 2.Oxigenioterapia domiciliar Indicações: PaO 2 55 mmhg ou saturação de O 2 88% em repouso PaO 2 entre 56 e 59 mmhg ou saturação de O 2 89% com evidências de cor pulmonale ou policitemia 3. Flebotomias (Sangria) Indicações: Cor pulmonale descompensado com hematócrito > 55% 4.Vacinação Indicações: Anti-influenza 11 anualmente no outono Anti-pneumocócica a cada 5 anos (sua eficácia não é tão bem documentada como a vacina antigripal) Anti- Haemophilus influenzae não há indicação 5.Reabilitação Pulmonar 5

6 É um programa multiprofissional que engloba várias intervenções e está indicada para pacientes com DPOC moderada a. Dentre as principais atividades desenvolvidas em um programa de reabilitação pulmonar destacam-se: 1.Diagnóstico preciso e avaliação de comorbidades 2.Tratamento farmacológico, nutricional e fisioterápico 3.Recondicionamento físico 4.Apoio psicossocial 5.Educação para otimizar a autonomia e o desempenho físico e social Alguns equívocos no manejo de pacientes com DPOC Não prescrever broncodilatadores de ação longa para pacientes com DPOC moderado a. Não fornecer informações adequadas sobre a utilização correta dos dispositivos inalatórios, inclusive com sessões práticas formais de orientação. Não realizar confirmação espirométrica do diagnóstico. Prescrever corticoide inalatório para as formas leves. Não avaliar corretamente comorbidades médicas e psiquiátricas. Não realizar aconselhamento e intervenções farmacológicas para a cessação do tabagismo. Não encaminhar os casos moderados a s para reabilitação pulmonar. Não vacinar para Influenza. Não dar espaço para a expressão das dificuldades, medos e inseguranças dos pacientes. Bibliografia 1.II Consenso Brasileiro sobre Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia - SBPT. J Bras. Pneumol 2004; 30(suppl.5):S1-S42. 2.Menezes AM, Perez-Padilla R, Jardim JR, et al.; the PLATINO Team. Chronic obstructive pulmonary disease in five Latin American cities (the PLATINO study): a prevalence study. Lancet 2005; 366: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia SBPT. Revisão de alguns aspectos de epidemiologia e tratamento da doença estável, 2006 (disponível em nso_dpoc_sbpt_2006.pdf). 4.Benseñor IM, Fernandes TG, Lotufo PA. Chronic obstructive pulmonary disease in Brazil: mortality and hospitalization trends and rates, Int J Tuberc Lung Dis 2011; 15(3): U.S. Preventive Services Task Force. Screening for Chronic Obstructive Pulmonary Disease Using Spirometry: U.S. Preventive Services Task Force Recommendation Statement. Ann Intern Med. 2008;148: Nishimura K, Izumi T. Dyspnea is a better predictor of 5-Year survival than airway obstruction in patient with COPD. Chest ;5: Global Strategy for Diagnosis, Management, and Prevention of COPD. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease GOLD, updated 2010 (disponível em 8.Wedzicha JA, Jones PW. Usefulness of the Medical Research Council (MRC) dyspnea scale as a measure of disability in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Thorax 1999;54: McIvor A, Little P. Chronic obstructive pulmonary disease. BMJ 2007; 334: Zheng JP, Kang J, Huang SG et al. Effect of carbocisteine on acute exacerbation of chronic obstructive pulmonary disease (PEACE Study): a randomized placebocontrolled study. Lancet 2008; 371: Poole PJ, Chacko E, Wood-Baker RW, Cates CJ. Influenza vaccine for patients with chronic obstructive pulmonary disease. Cochrane Database Syst Rev Jan 25;(1):CD Consenso Brasileiro sobre Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC. 6

7 7

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 3. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 3 Profª. Tatiane da Silva Campos Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível

Leia mais

José R. Jardim Escola Paulista de Medcina

José R. Jardim Escola Paulista de Medcina 1 GOLD 2011 os sintomase o risco futuro devemser valorizados? José R. Jardim Escola Paulista de Medcina 2 O que é o GOLD 2011 É um documento curto, não são Diretrizes, mas sim recomendações. Ele não é

Leia mais

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Prof. Claudia Witzel DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DPOC Desenvolvimento progressivo de limitação ao fluxo aéreo ( parte não reversível) É progressiva Associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão, a partículas

Leia mais

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC 2012 4 de Maio Sexta-feira Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC Agostinho Marques Definição de DPOC GOLD 2011 A DPOC, uma doença prevenível e tratável, é caracterizada por limitação persistente

Leia mais

Quais as mudanças na revisão do GOLD Fernando Lundgren GOLD HOF SBPT

Quais as mudanças na revisão do GOLD Fernando Lundgren GOLD HOF SBPT Quais as mudanças na revisão do GOLD 2017 Fernando Lundgren GOLD HOF SBPT Conflitos de Interesse Objetivos do Projeto GOLD Alertar autoridades de saúde, profissionais de saúde, governantes e o publico

Leia mais

DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007)

DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007) DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica Resumo de diretriz NHG M26 (segunda revisão, julho 2007) Smeele IJM, Van Weel C, Van Schayck CP, Van der Molen T, Thoonen B, Schermer T, Sachs APE, Muris JWM, Chavannes

Leia mais

DOENÇA A PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

DOENÇA A PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA unesp Curso Semiologia 3 ano 2008 C L ÍN IC A M É D IC A DOENÇA A PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Daniella de Rezende Duarte Disciplina de Clínica Médica Faculdade de Medicina de Botucatu INCIDÊNCIA DPOC 15,8%

Leia mais

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - Exacerbação Aguda na Sala de Urgência

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - Exacerbação Aguda na Sala de Urgência Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - Exacerbação Aguda na Sala de Urgência Autores e Afiliação: Daniel Zoppi. Médico Assistente da Divisão de Emergências Clínicas do Departamento de Clínica Médica - FMRP/USP;

Leia mais

DPOC e Asma DPOC. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da obstrução.

DPOC e Asma DPOC. A diminuição do VEF1 reflete a intensidade da obstrução. DPOC e Asma DPOC De acordo com os Cadernos de Atenção Básica, no seu módulo de Doenças Respiratórias Crônicas (nº 25), DPOC é uma doença com repercussões sistêmicas, prevenível e tratável, caracterizada

Leia mais

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz A asma é uma das doenças crônicas mais prevalentes na infância e apresenta altas taxas de mortalidade e internações. Por

Leia mais

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Prof. João Luiz V Ribeiro Introdução Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar Coexistência Mesma síndrome funcional Hábito do tabagismo como principal fator etiopatogênico

Leia mais

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC

Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC 2012 Norte 16 de Novembro 6ª feira Sessão Televoter Pneumologia Como eu trato a DPOC Agostinho Marques Definição de DPOC GOLD 2011 A DPOC, uma doença prevenível e tratável, é caracterizada por limitação

Leia mais

Programa Oficial Preliminar

Programa Oficial Preliminar Programa Oficial Preliminar 18/02/2019 14/08/2019 - Quarta-feira AUDITÓRIO 1 CURSO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 08:00-09:30 - Módulo 1 - Radiografia de tórax 08:00-08:20 - Revisitando os principais sinais

Leia mais

4 o Simpósio de asma, DPOC e tabagismo

4 o Simpósio de asma, DPOC e tabagismo 4 o Simpósio de asma, DPOC e tabagismo Sérgio Leite Rodrigues Universidade de Brasília 1 1 VNI na DPOC Sérgio Leite Rodrigues Universidade de Brasília 2 2 Porque, ainda, falar de VNI na DPOC? 3 88 hospitais,

Leia mais

Protocolo de Manejo da Asma

Protocolo de Manejo da Asma Clínica Médica Protocolo de Manejo da Asma Definição Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível

Leia mais

Direcção-Geral da Saúde

Direcção-Geral da Saúde Assunto: Para: Orientação Técnica sobre Exacerbações da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) Todos os Médicos Nº: 34/DSCS DATA: 19/11/08 Contacto na DGS: Direcção de Serviços de Cuidados de Saúde

Leia mais

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre

CASO CLÍNICO ASMA. Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre CASO CLÍNICO ASMA Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre Dispnéia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto 2 despertares noturnos/semana por asma Diversas internações

Leia mais

DPOC - Características e classificação

DPOC - Características e classificação - Características e classificação Dr. Jairo Sponholz Araujo CRM 5141-PR - Características e classificação Dr. Jairo Sponholz Araujo - CRM 5141-PR Médico da disciplina de pneumologia do Hospital de Clínicas

Leia mais

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA DIAFRAGMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Resumo FERNANDA BOBIG. 1 ; MARCOS, G.R.J 2. A doença pulmonar obstrutiva crônica,

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Rinite Alérgica é a inflamação aguda ou crônica, infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa

Leia mais

DPOC UMA REVISÃO DR VINÍCIUS RODRIGUES SOBRAMFA FEVEREIRO DE 2019

DPOC UMA REVISÃO DR VINÍCIUS RODRIGUES SOBRAMFA FEVEREIRO DE 2019 DPOC UMA REVISÃO DR VINÍCIUS RODRIGUES SOBRAMFA FEVEREIRO DE 2019 IMPACTO DA DPOC NA ROTINA ATIVIDADE FISICA 29 a 44% pacientes com DPOC relatam dispneia constante ou aos esforços Conforme a doença avança,

Leia mais

ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA

ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA Prof. Dr. ALCINDO CERCI NETO ACESSO Deve significar acesso ao medicamento adequado, para uma finalidade específica, em dosagem correta, por tempo adequado e cuja utilização

Leia mais

ASMA. Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/

ASMA. Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/ ASMA Curso de Operacionalização de Unidades Sentinelas Caxias do Sul /RS 09 a 11/07 2008 Luiz Carlos Corrêa Alves Médico Pneumologista Mestre em Saúde Pública /área saúde, trabalho e ambiente Responsável

Leia mais

Infecção em doença estrutural pulmonar: o agente etiológico é sempre Pseudomonas?

Infecção em doença estrutural pulmonar: o agente etiológico é sempre Pseudomonas? Infecção em doença estrutural pulmonar: o agente etiológico é sempre Pseudomonas? Não há conflito de interesses Professor Associado FMB/UFBA Ambulatório Previamente hígidos Comorbidades Antibióticos (3

Leia mais

Programa de Cuidado Clinico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: resultados e evolução dos indicadores clínicos

Programa de Cuidado Clinico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: resultados e evolução dos indicadores clínicos Programa de Cuidado Clinico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: resultados e evolução dos indicadores clínicos Disease Specific Care Certification program of Chronic Obstrutive Pulmonay Disease: results

Leia mais

HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE DIA MUNDIAL DA ASMA

HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE DIA MUNDIAL DA ASMA HOSPITALIZAÇÕES E MORTALIDADE POR ASMA: É POSSÍVEL EVITAR? DR. GUILHERME FREIRE GARCIA ABRA MAIO DE 2012- DIA MUNDIAL DA ASMA DIA MUNDIAL DA ASMA 1º DE MAIO DE 2012 EPIDEMIOLOGIA DA ASMA 300 milhões de

Leia mais

c) cite o tratamento mais adequado para esse caso. (7,0 pontos) Respostas:

c) cite o tratamento mais adequado para esse caso. (7,0 pontos) Respostas: 01 Uma mulher de 31 anos de idade, negra, assintomática, fez exame médico de rotina para admissão em emprego. A radiografia de tórax em PA foi a seguinte: a) cite a principal hipótese diagnóstica. (7,0

Leia mais

Síndrome Overlap: diagnóstico e tratamento. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS)

Síndrome Overlap: diagnóstico e tratamento. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) Síndrome Overlap: diagnóstico e tratamento XIII Curso Nacional de Atualização em Pneumologia MARÍLIA MONTENEGRO CABRAL Professora da Universidade de Pernambuco Médica da Clínica de Sono do Recife Rio de

Leia mais

DPOC - Uma revisão bibliográfica

DPOC - Uma revisão bibliográfica Autora: Samira Pires Dario - Fisioterapia Professor Orientador: Ms. Carlos Roberto Pagani Junior* Faculdade Comunitária de Santa Bárbara RESUMO A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada

Leia mais

Epidemiologia, Impacto e Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) no Brasil

Epidemiologia, Impacto e Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) no Brasil Epidemiologia, Impacto e Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) no Brasil José Roberto Jardim e Oliver A. Nascimento 32 Definição O Consenso da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

Leia mais

Abordagem do Paciente Tabagista Hospitalizado

Abordagem do Paciente Tabagista Hospitalizado I Encontro de Profissionais de Saúde para Abordagem e Tratamento do Tabagismo na rede SUS 12/09/2012 RJ - INCA Abordagem do Paciente Tabagista Hospitalizado Cristina Cantarino Coordenadora do Centro de

Leia mais

SAOS. Fisiopatologia da SAOS 23/04/2013. Investigação e tratamento de SAOS nos pacientes com pneumopatias crônicas

SAOS. Fisiopatologia da SAOS 23/04/2013. Investigação e tratamento de SAOS nos pacientes com pneumopatias crônicas Investigação e tratamento de SAOS nos pacientes com pneumopatias crônicas Márcia Gonçalves de Oliveira Médica Pneumologista Doutora em ciências pela UNIFESP Assistente do Amb. Sono Classificação dos Distúrbios

Leia mais

Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica

Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica José R. Jardim Pneumologia Universidade Federal de São Paulo Dispnéia : principal sintoma Reabilitação pulmonar Definição Reabilitação pulmonar é uma

Leia mais

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS

DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS DISFUNÇOES RESPIRATÓRIAS A DPOC se caracteriza por alterações progressivas da função pulmonar, resultando em obstrução ao fluxo aéreo. É constituída pelo enfisema, bronquite e asma. ENFISEMA É uma doença

Leia mais

PROTOCOLO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DA SOCIEDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROTOCOLO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DA SOCIEDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROTOCOLO DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA DA SOCIEDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Diretoria 2017 / 2019 Presidente: Rogério Rufino Vice-Presidente: Fernanda Mello Vice-Presidente

Leia mais

OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR

OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR CONSIDERAÇÕES GERAIS A Oxigenoterapia Domiciliar por Tempo Prolongado (ODP) é considerada um dos principais tratamentos não farmacológicos para pacientes com insuficiência respiratória

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO GOLD E SINTOMAS RESPIRATÓRIOS EM IDOSOS ESTUDO GERIA

CLASSIFICAÇÃO GOLD E SINTOMAS RESPIRATÓRIOS EM IDOSOS ESTUDO GERIA CLASSIFICAÇÃO GOLD E SINTOMAS RESPIRATÓRIOS EM IDOSOS ESTUDO GERIA TERESA PALMEIRO, JOANA BELO, IOLANDA CAIRES, RUI SOUSA, DIOGO MONTEIRO, AMÁLIA BOTELHO, PEDRO MARTINS, NUNO NEUPARTH CLASSIFICAÇÃO GOLD

Leia mais

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues ASMA FACIMED Curso de Medicina Disciplina Medicina de Família e Comunidade Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues Disciplina Medicina de Família e Comunidade 5º Período Objetivos Ao final desta aula o aluno

Leia mais

Avaliação da dispneia psicogênica: mito ou realidade

Avaliação da dispneia psicogênica: mito ou realidade CNAP - SBPT Avaliação da dispneia psicogênica: mito ou realidade Roberta Pulcheri Ramos Disciplina de Pneumologia - Unifesp Importância Desafio para pneumologistas Causas orgânicas devem ser excluídas

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - Doenças respiratórias crônicas (DRC) são doenças crônicas tanto das vias aéreas superiores como

Leia mais

Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador: Dr. Marcos Cristovam

Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador: Dr. Marcos Cristovam HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ LIPED-UNIOESTE RESIDÊNCIA MÉDICA DE PEDIATRIA Acadêmico: Italo Belini Torres Orientador:

Leia mais

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) COMO TRATAR A SAOS NO PACIENTE COM DPOC? II CURSO NACIONAL DE SONO MARÍLIA MONTENEGRO CABRAL Professora da Universidade de Pernambuco Médica da Clínica de Sono do Recife São Paulo, 24 de março de 2012

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS Extremamente comuns. Caracterizadas por resistência aumentada ao fluxo de ar nas vias aéreas. DOENÇAS PULMONARES OBSTRUTIVAS ASMA ENFISEMA

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Insuficiência Cardíaca: - é uma síndrome clínica na qual existe uma anormalidade na estrutura ou na função cardíaca,

Leia mais

Diagnóstico e tratamento da Deficiência de Alfa -1 antitripsina no Brasil

Diagnóstico e tratamento da Deficiência de Alfa -1 antitripsina no Brasil Diagnóstico e tratamento da Deficiência de Alfa -1 antitripsina no Brasil Oliver Nascimento Centro de Reabilitação Pulmonar Disciplina de Pneumologia Unifesp / LESF A deficiência de α-1 antititripsina

Leia mais

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A QUESTÃO 32. Nas unidades de terapia intensiva (UTI), é comum os pacientes permanecerem restritos ao leito, ocasionando inatividade, imobilidade e prejuízo da funcionalidade. Nesse sentido, a mobilização

Leia mais

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório

Programação. Sistema Respiratório e Exercício. Unidade Funcional. Sistema Respiratório: Fisiologia. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Sistema Respiratório e Exercício Programação Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório Volumes e Capacidades Pulmonares ATIVIDADE FÍSICA ADAPTADA E SAÚDE Asma BIE DPOC Aula Prática (Peak Flow) Profa.

Leia mais

Asma de difícil controle

Asma de difícil controle Asma de difícil controle rotina diagnóstica Mônica de Cássia Firmida Profa Pneumologia, FCM, UERJ Pneumologista Pediátrica do H.F. Bonsucesso Membro do Departamento de Pneumologia Pediátricada SBPT 2019-2020

Leia mais

Edital Nº 04/2018. Monitoria Subsidiada - DCM

Edital Nº 04/2018. Monitoria Subsidiada - DCM Edital Nº 04/2018 Monitoria Subsidiada - DCM Conforme as disposições da Resolução Nº 020/96 e as Normas para monitoria subsidiada aprovadas na Ata 04/2018 Colegiado do DCM, encontram-se abertas no Departamento

Leia mais

Direcção-Geral da Saúde Circular Informativa

Direcção-Geral da Saúde Circular Informativa Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Assunto: Para: Contacto na DGS: Orientação Técnica sobre Diagnóstico e Controlo da Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva (DPOC) Médicos do Serviço Nacional de Saúde

Leia mais

Fisiopatologia Tabagismo e DPOC

Fisiopatologia Tabagismo e DPOC XVI Curso Nacional de Atualizaçãoem Pneumologia Abordagem do tabagismo na asma e DPOC Maria Vera Cruz de Oliveira Castellano Hospital do Servidor Público Estadual / SP Fisiopatologia Tabagismo e DPOC Processo

Leia mais

Sílvia Silvestre 08/11/2017. Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes

Sílvia Silvestre 08/11/2017. Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes Sílvia Silvestre 08/11/2017 Asma : abordagem e como garantir a qualidade de vida a estes pacientes Sumário Introdução Conceito Diagnóstico Abordagem Qualidade de vida Questionários Aplicabilidade Conclusões

Leia mais

ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA

ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA UNITERMOS Isadora Medeiros Kuhn Ana Carolina Gomes de Lucena Marcelo Velloso Fabris Leonardo Araújo Pinto ASMA; EXACERBAÇÃO DOS SINTOMAS; SONS RESPIRATÓRIOS;

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE CASO CLÍNICO APRESENTAÇÃO DA UNIDADE Objetivos educacionais da unidade Aqui, abordaremos como conduzir o paciente portador de asma para que permaneça no domicílio clinicamente estável e confortável. Serão tratados

Leia mais

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Clínica Médica e Cirúrgica I INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA João Adriano de Barros Disciplina de Pneumologia Universidade Federal do Paraná Objetivos da Aula... Importância da IRA devido a sua alta mortalidade

Leia mais

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA

FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA FIBROSE CÍSTICA Doença com comprometimento sistêmico, e que também acomete o pulmão. Causa acúmulo de secreção pulmonar devido a alteração genética, e resulta em processo

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC CELSON RICARDO DE SOUSA DEFINIÇÃO SINDROME CARACTERIZADA PELA OBSTRUÇÃO CRÔNICA DIFUSA DAS VIAS AÉREAS INFERIORES, DE CARÁTER IRREVERSIVEL, COM DESTRUÇÃO PROGRESSIVA

Leia mais

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade

Data: 18/06/2013. NTRR 100/2013 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura. Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade NTRR 100/2013 a Solicitante: Juiza de Direito Dra. Herilene de Oliveira Andrade Data: 18/06/2013 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Número do processo: 335.13.1151-3 Réu: Município de Itapecerica

Leia mais

14/08/2019 CURSO INTENSIVO DE FUNÇÃO PULMONAR 8:20 08:30 Abertura 8:30 08:55 Fisiologia pulmonar e a qualidade dos testes de função pulmonar 8:55

14/08/2019 CURSO INTENSIVO DE FUNÇÃO PULMONAR 8:20 08:30 Abertura 8:30 08:55 Fisiologia pulmonar e a qualidade dos testes de função pulmonar 8:55 14/08/2019 CURSO INTENSIVO DE FUNÇÃO PULMONAR 8:20 08:30 Abertura 8:30 08:55 Fisiologia pulmonar e a qualidade dos testes de função pulmonar 8:55 09:20 Valores de referência abordagem geral e atualização

Leia mais

Eficácia da terapêutica e reabilitação em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica

Eficácia da terapêutica e reabilitação em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica 1 Eficácia da terapêutica e reabilitação em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica Luís Matheus Gomes Bezerra 1 * Marna Maria Araújo Miranda 2 ** Túlio de Almeida Estevão 3 *** Geraldo Gonçalves

Leia mais

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS

12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS RESUMO DOS DADOS 12º RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS 1) Mortalidade por Doenças Respiratórias RESUMO DOS DADOS As doenças do sistema respiratório são uma das principais causas de morte na União

Leia mais

Asma: Manejo do Período Intercrise. Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

Asma: Manejo do Período Intercrise. Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria Asma: Manejo do Período Intercrise Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria ASMA Doença Inflamatória Crônica Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores

Leia mais

Resumos Clínicos - Pulmonar Obstrutiva Crônica

Resumos Clínicos - Pulmonar Obstrutiva Crônica Resumos Clínicos - Pulmonar Obstrutiva Crônica Introdução A (DPOC) é caracterizada pela limitação persistente ao fluxo aéreo e que não é completamente reversível. É uma doença geralmente progressiva e

Leia mais

VMNI na Insuficiência Respiratória Hipercápnica

VMNI na Insuficiência Respiratória Hipercápnica VMNI na Insuficiência Respiratória Hipercápnica Ricardo Goulart Rodrigues rgourod@uol.com.br Ventilação não invasiva com pressão positiva Suporte ventilatório sem intubação Ventilação não invasiva com

Leia mais

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória 1. Anatomia e fisiologia do sistema cardiorrespiratório Egan. 1 ed. São Paulo: Manole, 2000. (Seção 3, caps.7 e 8) WEST, J.B. Fisiologia respiratória

Leia mais

PREPARATÓRIO RECIFE 2016

PREPARATÓRIO RECIFE 2016 PREPARATÓRIO RECIFE 2016 SAÚDE DO ADULTO I PROFª FÁTIMA BARBOSA PATOLOGIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ANATOMIA E FISIOLOGIA Respiração É a troca de gases entre o organismo vivo e o seu meio ambiente. O O

Leia mais

Avaliação do desenvolvimento pulmonar através dos testes de função pulmonar em crianças portadoras de Bronquiolite Obliterante pós-viral.

Avaliação do desenvolvimento pulmonar através dos testes de função pulmonar em crianças portadoras de Bronquiolite Obliterante pós-viral. 1119 Avaliação do desenvolvimento pulmonar através dos testes de função pulmonar em crianças portadoras de Bronquiolite Obliterante pós-viral. V Mostra de Pesquisa da Pós- Graduação Roberta Ferreira Sá

Leia mais

DPOC. Autores Júlio César Abreu de Oliveira 1 José Roberto Jardim 2 Erich Vidal Carvalho 3 Publicação: Jun-2000 Revisão: Nov-2005

DPOC. Autores Júlio César Abreu de Oliveira 1 José Roberto Jardim 2 Erich Vidal Carvalho 3 Publicação: Jun-2000 Revisão: Nov-2005 DPOC Autores Júlio César Abreu de Oliveira 1 José Roberto Jardim 2 Erich Vidal Carvalho 3 Publicação: Jun-2000 Revisão: Nov-2005 1 - Qual a definição de DPOC? "A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

Leia mais

Distúrbios Pulmonares Obstrutivos

Distúrbios Pulmonares Obstrutivos Distúrbios Pulmonares Obstrutivos Introdução Nesse capítulo discutiremos os dois principais distúrbios obstrutivos pulmonares: asma e DPOC. Abordaremos o que costuma ser mais cobrado em concursos sobre

Leia mais

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: AVALIAÇÃO DOS SONS ADVENTÍCIOS E FATORES ASSOCIADOS ESTUDO DE CASO

DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: AVALIAÇÃO DOS SONS ADVENTÍCIOS E FATORES ASSOCIADOS ESTUDO DE CASO DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: AVALIAÇÃO DOS SONS ADVENTÍCIOS E FATORES ASSOCIADOS ESTUDO DE CASO Julianny Nunes S. Xavier 1 Rosângela Targino Pereira 2 Iara Santos de Souza 3 Francisco Assis Duarte

Leia mais

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS

DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS Objetivos da aula Rever aspectos da prova de função pulmonar (PFP) Identificar principais parâmetros da PFP usados em Pneumologia Ocupacional Fornecer subsídios para a discussão

Leia mais

DPOC. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DPOC. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DPOC DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é um espectro de doenças que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade

Leia mais

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica Pneumonia Comunitária no Adulto Carlos Alberto de Professor Titular de Pneumologia da Escola Médica de PósGraduação da PUC-Rio Membro Titular da Academia Nacional de Medicina Chefe do Serviço de Pneumologia,

Leia mais

IMPLICAÇÕESCLÍNICAS DO DIAGNÓSTICOTARDIO DA FIBROSECÍSTICA NOADULTO. Dra. Mariane Canan Centro de Fibrose Cística em Adultos Complexo HC/UFPR

IMPLICAÇÕESCLÍNICAS DO DIAGNÓSTICOTARDIO DA FIBROSECÍSTICA NOADULTO. Dra. Mariane Canan Centro de Fibrose Cística em Adultos Complexo HC/UFPR IMPLICAÇÕESCLÍNICAS DO DIAGNÓSTICOTARDIO DA FIBROSECÍSTICA NOADULTO Dra. Mariane Canan Centro de Fibrose Cística em Adultos Complexo HC/UFPR FIBROSE CÍSTICA Gene CFTR 1989 > 2000 mutações identificadas

Leia mais

Programação científica do Congresso Brasileiro de Pneumologia 2018 dialoga com a Infectologia. Programação do dia 04/08 (sábado) Cursos Intensivos:

Programação científica do Congresso Brasileiro de Pneumologia 2018 dialoga com a Infectologia. Programação do dia 04/08 (sábado) Cursos Intensivos: Programação científica do Congresso Brasileiro de Pneumologia 2018 dialoga com a Infectologia A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) convida os infectologistas das sociedades parceiras

Leia mais

Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse

Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse Declaração sobre Potenciais Conflitos de Interesse Participações nos últimos 5 anos: Investigador de estudos patrocinados pelas empresas Novartis e Boehringer Ingelheim; Palestrante de eventos patrocinados

Leia mais

A ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE UM PACIENTE COM FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA: ESTUDO DE CASO

A ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE UM PACIENTE COM FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA: ESTUDO DE CASO A ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE UM PACIENTE COM FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA: ESTUDO DE CASO NASCIMENTO, A. K. do 1 ; RODRIGUES-JR, G. M. 2 RESUMO O objetivo foi avaliar o efeito

Leia mais

Quadro Clínico O idoso, ao oposto do paciente jovem, não apresenta o quadro clássico (febre, tosse e dispnéia), aparecendo em apenas 30,7%. Alteração status mental 44,6%. A ausculta não é específica e

Leia mais

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA QUALIDADE DE VIDA E CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 1 QUALITY OF LIFE AND FUNCTIONAL CAPACITY IN PATIENTS WITH CHRONIC OBSTRUCTIVE PULMONARY DISEASE Ariana Camila

Leia mais

IMPACTO DA RINITE SOBRE CONTROLE CLÍNICO E GRAVIDADE DA ASMA EM UM PROGRAMA DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO MARANHÃO

IMPACTO DA RINITE SOBRE CONTROLE CLÍNICO E GRAVIDADE DA ASMA EM UM PROGRAMA DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFMA IMPACTO DA RINITE SOBRE CONTROLE CLÍNICO E GRAVIDADE DA ASMA EM UM PROGRAMA DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO MARANHÃO J A N A I N A O L I V E I

Leia mais

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)

DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) DISFUNÇÃO PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Angélica Ferreira do Amaral Anna Gessyka Bernardo Monteiro Iraneide Araújo Silva Irismar Barros Maria Lúcia Lopes de Lima Tiago dos Santos Nascimento 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

II PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA E MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ANO DE 2019

II PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA E MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ANO DE 2019 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ GERÊNCIA DE ENSINO E PESQUISA II PROCESSO SELETIVO DE RESIDÊNCIA MÉDICA E MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO ANO DE 2019 PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA MÉDICA COM

Leia mais

Avaliação Pré-Operatória: Visão do Pneumologista. Luciana Tamiê Kato Morinaga Pneumologista

Avaliação Pré-Operatória: Visão do Pneumologista. Luciana Tamiê Kato Morinaga Pneumologista Avaliação Pré-Operatória: Visão do Pneumologista Luciana Tamiê Kato Morinaga Pneumologista Prevalência e impacto Identificação do paciente de risco Modificação do risco Situações específicas Tabagismo

Leia mais

É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um

É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um BRONQUIECTASIA DEFINIÇÃO É a resultante final de várias doenças caracterizadas por inflamação persistente que leva à dilatação irreversível de um ou mais brônquios. A condição geralmente se associa à

Leia mais

Camila Ap. Marques Faria de Melo Kíssila Brito Fiszer

Camila Ap. Marques Faria de Melo Kíssila Brito Fiszer Camila Ap. Marques Faria de Melo Kíssila Brito Fiszer EFEITO DA FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA (KABAT) SOBRE PARÂMETROS RESPIRATÓRIOS E EMOCIONAIS EM PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA

Leia mais

APRESENTAÇÃO DE POSTERS DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h)

APRESENTAÇÃO DE POSTERS DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h) APRESENTAÇÃO DE S DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h) 1399 EVOLUÇÃO DO PERFIL FUNCIONAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE INTERNAÇÃO E AO GÊNERO 1397 CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR PERIFÉRICA E O RISCO DE QUEDAS DE

Leia mais

PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA

PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA PROJETO DE EXTENSÃO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA Diogo Iulli Merten 1 Laura Jurema dos Santos 2 RESUMO O projeto de reabilitação cardiorrespiratória é realizado com pacientes de ambos gêneros, diversas

Leia mais

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade Definição O diagnóstico baseia-se na presença de sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior: tosse e um mais dos seguintes sintomas expectoração, falta

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 16, DE 8 DE ABRIL DE 2019

RESOLUÇÃO Nº 16, DE 8 DE ABRIL DE 2019 RESOLUÇÃO Nº 16, DE 8 DE ABRIL DE 2019 Aprova a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Pneumologia. A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições que lhe

Leia mais

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência

Asma Brônquica. Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência Asma Brônquica Profº. Enfº Diógenes Trevizan Especialização Urgência e Emergência Conceito: Doença caracterizada por ataques agudos e recorrentes de dispnéia, tosse e expectoração tipo mucóide. A falta

Leia mais

BRONQUIECTASIAS. SBPT - II Curso de Pneumologia na Graduação - BRONQUIECTASIAS SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA

BRONQUIECTASIAS. SBPT - II Curso de Pneumologia na Graduação - BRONQUIECTASIAS SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA II Curso de Pneumologia na Graduação BRONQUIECTASIAS Dr. Luiz Carlos Corrêa da Silva Pavilhão Pereira Filho Santa Casa Porto alegre RS Dr. Luiz Carlos Corrêa

Leia mais

ASSISTÊNCIA INTEGRAL DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACOMETIDO COM DPOC: ADOECIMENTO, COMPLICAÇÕES, PREVENÇÕES E TRATAMENTO

ASSISTÊNCIA INTEGRAL DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACOMETIDO COM DPOC: ADOECIMENTO, COMPLICAÇÕES, PREVENÇÕES E TRATAMENTO ASSISTÊNCIA INTEGRAL DE ENFERMAGEM AO PACIENTE ACOMETIDO COM DPOC: ADOECIMENTO, COMPLICAÇÕES, PREVENÇÕES E TRATAMENTO Fagner Dantas de Oliveira¹; Laís Paiva de Medeiros 2 ; Ana Beatriz Nogueira Pereira

Leia mais

Organização Mundial da Saúde 13th General Programme of Work (Plano estratégico)

Organização Mundial da Saúde 13th General Programme of Work (Plano estratégico) Organização Mundial da Saúde 13th General Programme of Work (Plano estratégico) 1. Poluição do ar e mudanças climáticas 2. Doenças crônicas não transmissíveis 3. Pandemia de Influenza 4. Cenários de fragilidade

Leia mais

ASMA GRAVE: COMO DEFINIR E MANEJAR NA PRÁTICA DIÁRIA? OBJETIVOS DO MANEJO DA ASMA. Future Risks TRATAMENTO ATUAL DA ASMA GRAVE.

ASMA GRAVE: COMO DEFINIR E MANEJAR NA PRÁTICA DIÁRIA? OBJETIVOS DO MANEJO DA ASMA. Future Risks TRATAMENTO ATUAL DA ASMA GRAVE. ASMA GRAVE: COMO DEFINIR E MANEJAR NA PRÁTICA DIÁRIA? Marcia MM Pizzichini Professora de Medicina Universidade Federal de Santa Catarina Núcleo de Pesquisa em Asma e Inflamação das Vias Aéreas - NUPAIVA

Leia mais

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP

16/04/2015. Insuficiência Cardíaca e DPOC. Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Insuficiência Cardíaca e DPOC Roberto Stirbulov FCM da Santa Casa de SP Potencial conflito de interesse CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000 ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000 CREMESP : 38357 Nos últimos doze meses

Leia mais

Preditores de prognóstico em doentes com internamento por exacerbação aguda da DPOC

Preditores de prognóstico em doentes com internamento por exacerbação aguda da DPOC UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Ciências da Saúde Preditores de prognóstico em doentes com internamento por exacerbação aguda da DPOC Raquel da Silva Gonçalves Dissertação para obtenção do Grau de Mestre

Leia mais

Artigo Original. Programa de cessação de tabagismo como ferramenta para o diagnóstico precoce de doença pulmonar obstrutiva crônica* Resumo.

Artigo Original. Programa de cessação de tabagismo como ferramenta para o diagnóstico precoce de doença pulmonar obstrutiva crônica* Resumo. Artigo Original Programa de cessação de tabagismo como ferramenta para o diagnóstico precoce de doença pulmonar obstrutiva crônica* Smoking cessation program as a tool for the early diagnosis of chronic

Leia mais

PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA

PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA PROTOCOLOS CLÍNICOS DA COOPERCLIM AM MANEJO DO TRATAMENTO DA CRISE DE ASMA AUTOR: MÁRIO SÉRGIO MONTEIRO FONSECA 1 INTRODUÇÃO A exacerbação da asma é uma causa freqüente de procura a serviços de urgência

Leia mais

1/17 EM AUDIÇÃO E TESTE DE APLICABILIDADE ATÉ 30 DE NOVEMBRO DE 2011 NÚMERO: 028/2011 DATA: 30/09/2011 ASSUNTO: PALAVRAS CHAVE: PARA: CONTACTOS:

1/17 EM AUDIÇÃO E TESTE DE APLICABILIDADE ATÉ 30 DE NOVEMBRO DE 2011 NÚMERO: 028/2011 DATA: 30/09/2011 ASSUNTO: PALAVRAS CHAVE: PARA: CONTACTOS: EM AUDIÇÃO E TESTE DE APLICABILIDADE ATÉ 30 DE NOVEMBRO DE 2011 ASSUNTO: PALAVRAS CHAVE: PARA: CONTACTOS: NÚMERO: 028/2011 DATA: 30/09/2011 Diagnóstico e Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

Leia mais

Tratamento da Apneia do sono e hipoventilação na DPOC

Tratamento da Apneia do sono e hipoventilação na DPOC Tratamento da Apneia do sono e hipoventilação na DPOC UNIFESP SÔNIA MARIA G. P. TOGEIRO Disciplina Clinica Médica Disciplina de Medicina e Biologia do Sono Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica DPOC Ventilação

Leia mais