PSICOLOGIA Prof. Thiago P. de A Sampaio

Transcrição

1 PSICOLOGIA Prof. Thiago P. de A Sampaio

2 Percepção

3 Sensação Visão, Audição, Tato, Olfato e Paladar Captação de estímulos pelos sentidos Sinais eletroquímicos Condução dos sinais até o córtex sensorial Impulsos nervosos

4 O Limiar Limiar absoluto: Nível + baixo no qual um estímulo pode ser detectado Quanto > a intensidade de 1 estímulo > a probabilidade de que seja percebido. O que está abaixo do limiar não é detectado Limiar relativo: diferença mínima detectável

5 Estimulação subliminar Percepção de 1 estímulo que está abaixo do limiar absoluto. 1 estímulo apresentado abaixo do nível da consciência é capaz de influenciar o comportamento e os sentimentos? Estudos com diferentes métodos Não há uma resposta conclusiva

6 Características do Processamento Sensorial que Interferem na Percepção Adaptação sensorial (habituação) Atenuação da resposta sensorial frente à estimulação inalterada Exemplos: Água fria da piscina, barulho do ventilador, sapato apertado, cheiro do perfume Permite que foquemos nossa atenção em mudanças informativas (Ex. tons de voz, mudança de slides)

7 Percepção Foco da experiência consciente É um processo psicológico: Tudo que é detectado pelos sentidos é percebido? Como as sensações desconexas se transformam em uma experiência consciente coerente? Seleção, organização e interpretação das sensações

8 Seleção Apenas uma pequena parte do que é detectado é percebido Atenção seletiva: Exemplos: Visão periférica (Você percebe a ponta de seu nariz agora?) Operador da bolsa de valores Torcedor assistindo a um jogo na TV Interferência de estímulos despercebidos

9 Captura Visual Dominância da visão sobre outros sentidos quando as informações são conflituosas Exemplos: Cinema Ventríloquo Filme de montanha russa

10 Organização Perceptiva A psicologia da Gestalt (forma ou todo) Forma Profundidade Movimento Há muito mais na percepção do que os sentidos podem alcançar O todo é mais que a soma das partes. A mente cria formas a partir de sensações elementares.

11 Organização Perceptiva Não percebemos cada elemento isoladamente mas a figura como um todo que nos é significativa. Busca por um sentido para as informações sensoriais

12 Interatividade Sobre os processos psicológicos da sensação e da percepção é INCORRETO afirmar que: a) Cabe à sensação a detecção dos estímulos ambientais. b) A percepção é um processo psicológico i que depende da sensação. c) A percepção é um processo que envolve a seleção, organização e interpretação dos estímulos sensoriais. d) Todos os estímulos detectados na sensação serão organizados e interpretados na percepção. e) Organizamos a informação sensorial em um todo que nos é significativo.

13 Percepção da Forma A percepção é sempre organizada de modo que tenha alguma coerência 1 ª tarefa: formar uma figura significativa separando figura e fundo

14 Figura e fundo Figuras reversíveis Não conseguimos perceber as duas possibilidades da figura ao mesmo tempo.

15 Figuras reversíveis Um peixe ou um rosto de mulher? O que percebemos depende de como organizamos figura e fundo.

16 Figuras reversíveis Você consegue ver a mulher na figura abaixo? Qual a idade dela? 20 ou 80 anos?

17 Princípios Para a Percepção da Forma Agrupamento: 1. Proximidade: Semelhança:

18 Princípios Para a Percepção da Forma 3. Fechamento 4. Continuidade 5. Conexão

19 Percepção de profundidade Habilidade visual de perceber o mundo em três dimensões Indicadores binoculares Convergência Disparidade na retina Sugestões monoculares Interposição Tamanho relativo Claridade e brilho relativos Gradiente de textura Altura relativa Perspectiva linear

20 Percepção de profundidade Exemplos de sugestões monoculares 1. Tamanho relativo 2. Perspectiva linear 3. Altura relativa

21 Percepção de Movimento Alteração do tamanho da imagem na retina (Ex.: carro se aproximando) Movimento estroboscópico (Ex.: filme ou desenho animado) Fenômeno Phi (Ex.: letreiros de Las Vegas)

22 Interpretação Influência direta da cognição: Crenças Esquemas Valores Suposições Expectativas Influências do contexto:

23 Interpretação Predisposição perceptiva: Fig. 1 Fig. 2

24 Interatividade Sobre os processos perceptivos de seleção, organização e interpretação é INCORRETO afirmar que: A seleção é o primeiro passo da percepção e ocorre através da atenção seletiva. A organização perceptiva prepara os estímulos já selecionados para serem interpretados. A interpretação depende não só das sensações mas da cognição. O primeiro passo da organização perceptiva na percepção de forma é definir o que é figura e o que é fundo. Os indicadores monoculares fazem com que ao fecharmos um dos olhos nossa percepção de profundidade permaneça inalterada.

25 Motivação

26 O Que é Motivação? Motivação: Uma necessidade ou desejo que estimula o comportamento e o orienta para uma meta. Diferentes teorias: Instintos Impulsos Incentivos A hierarquia de motivos de Maslow

27 Hierarquia de Motivos: A Pirâmide de Maslow

28 Hierarquia de motivos Apenas depois de nossas necessidades de nível inferior serem atendidas é que nos motivamos a satisfazer as de nível superior Ações semelhantes podem ter motivos diferentes (O que motiva você a fazer este curso?) É provável que seja uma motivação de nível superior

29 Hierarquia de Motivos O comportamento de estudar ou fazer um curso está mais diretamente ligado à motivação de realização Mas outras motivações mais básicas ou para outras realizações podem interferir Muitas vezes a falta de motivação é causada por motivos concorrentes

30 Falta de motivação Exemplos: Estudar com fome ou sono Ambiente barulhento Levar material para estudar em viagens Estudar com o msn ou orkut conectados O controle de estímulos

31 A procrastinação É deixar para amanhã o que se tem que fazer hoje É um sinal de falta de motivação Como evitar: Estabelecimento de prazos (razoáveis) Auto-exigência (razoável) Dividir a tarefa em etapas: Visar o próximo passo e não o pico da montanha Foco no desempenho e não no resultado

32 Interatividade Baseado na teoria de Maslow podemos afirmar que: Um motivo de nível superior surge apenas quando as dos níveis inferiores estiverem minimamente satisfeitas. A motivação é algo intrínseco ao indivíduo. A motivação vai variar de acordo com a natureza do incentivo que é oferecido. A satisfação de nossas necessidades mais básicas reduz a motivação de realização. A motivação de auto-realização independe da satisfação da necessidade de estima.

33 A Motivação de Realização Motivação extrínseca Recompensas arbitrárias Esquiva de punições Motivação intrínseca Recompensa natural As recompensas arbitrárias podem reduzir a motivação intrínseca Elogios informativos

34 A Motivação de Realização Autoconfiança: Sensação parecida com as de quando obtive sucesso. Auto-estima: Sentimento de satisfação consigo mesmo independente do desempenho. Auto-eficácia: A crença nas próprias capacidades para atingir certo grau de desempenho.

35 Auto-eficácia Julgar-se capaz Como favorecê-la? Evolução gradual: proporciona uma história de sucesso Adequar a exigência à capacidade Sinalização do êxito (aumenta a motivação intrínseca)

36 Princípios importantes Adaptação ao nível da experiência Ex. Uma nota alta é mais motivadora para quem não está acostumado Privação relativa Ex. A nota 7 é boa? Depende do desempenho do restante da turma

37 Para Aumentar a Motivação de Realização Não é interessante apresentar questões fáceis, para que o aluno tire sempre nota dez Sucesso contínuo é desmotivador : Torna o aluno pouco persistente Desvaloriza a matéria ou o curso. Não aumenta a crença na auto-eficácia Os desafios devem ser moderados

38 Concluindo Um aluno motivado: é o que acredita nas suas capacidades para adquirir novos conhecimentos, dominar o conteúdo e aprimorar suas habilidades. Um professor motivador: Conhece as capacidades atuais do aluno. Estabelece desafios moderados. Planeja o avanço gradual. Atenta para o êxito, elogiando seu desempenho de forma informativa.

39 Interatividade Na sua opinião qual dessas estratégias de aumento da motivação devem ser evitadas? Aumentar a crença na própria capacidade d (auto-eficácia). i Utilizar recompensas arbitrárias. Controlar estímulos, evitando motivos concorrentes. Oferecer elogios informativos, contingentes à respostas de êxito. Propor desafios moderados.

40 ATÉ A PRÓXIMA!