PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA

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1 PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA SEMAM SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DIEP DIRETORIA DE ESTUDOS E PESQUISAS AMBIENTAIS PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA João Pessoa, novembro de

2 Prefeitura Municipal de João Pessoa José Luciano Agra Prefeito Secretaria de Meio Ambiente Coordenação do Plano da Mata Atlântica Lígia Maria Tavares da Silva Geógrafa Secretária de Meio Ambiente Equipe de elaboração Wellintânia Freitas dos Anjos Geógrafa Chefe de Gabinete Euzivan Lemos Alves Geógrafo Diretor da Divisão de Estudos e Pesquisas Ambientais Antônio Cláudio C. de Almeida Biólogo Chefe da Divisão de Estudos e Projetos Vivian Maitê Castro Turismóloga Chefe da Divisão de Projetos e Convênios Williams da Silva Guimarães de Lima Geógrafo Analista Ambiental Eliana de Oliveira da Silva Tecnológa em Geoprocessamento Colaboração Conselho Municipal de Meio Ambiente COMAM Suana Medeiros Silva Geógrafa Ana Laura B. Mantovani Ecóloga Secretaria de Planejamento / PMJP Perla Felinto - Arquiteta Nieja de Almeida Brito Lemos Arquiteta e Urbanista Tânia Maria Queiroga Nóbrega Engenheira Ambiental Fundação SOS Mata Atlântica Mário Mantovani Diretor de Mobilização Revisão Final Jô Vital Ligia Tavares Vivian Maitê Castro 2

3 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Vista aérea da Barra do Rio Gramame 09 Figura 2: Imagem de Satélite do município de João Pessoa PB. Quickbird (2008), com delimitações das áreas protegidas. 13 Figura 3: Mapa dos Remanescentes da Mata Atlântica no município de João Pessoa - PB. 14 Figura 4: Mapa das Áreas degradadas da Mata Atlântica no município de João Pessoa - PB. 15 Figura 5: Vista panorâmica do estuário e mata ciliar do Rio Gramame 16 Figura 6: Exemplo de efeito de borda nas proximidades do Rio Gramame 18 Figura 7: Remanescente de tabuleiro no estuário do Rio Aratu 20 Figura 8: Expansão urbana sobre ecossistema de manguezal Estuário dos rios Paraíba/Sanhauá 23 Figura 9: Vista aérea parcial dos remanescentes vegetais em Gramame 24 Figura 10: Vista aérea dos meandros do rio Gramame, próximo ao estuário 24 Figura 11: Fases do crescimento espacial urbano 28 Figura 12: Setorização espacial das diferentes classes sociais, estruturadas pelos principais corredores viários da cidade; 29 Figura 13: Dispersão urbana e pressão sobre a Mata do Jacarapé 31 Figura 14: Dispersão urbana nos bairros de Cabo Branco e Altiplano 31 Figura 15: Mumbaba: Exemplo de fragmento isolado 32 Figura 16: Mapa de localização da bacia ecológica Pernambuco-Paraíba 37 Figura 17: Estuário do Rio Gramame 38 Figura 18: Recife rochoso na faixa da Plataforma Continental, exercendo proteção na linha de costa 39 Figura 19: Falésia viva do Cabo Branco 39 Figura 20: Falésia morta da Praia do Seixas com cobertura vegetal de Mata Atlântica 40 Figura 21: Sedimentos da Formação Barreiras 41 Figura 22: Substrato calcário da Formação Gramame 42 Figura 23: Características da Mata Atlântica nos setores dos tabuleiros da Barra do Gramame 43 Figura 24: Ambiente hídrico lacustre em área da bacia do rio Jaguaribe 44 Figura 25: Uso de água do aqüífero Barreira em área da bacia do rio Cuiá 45 3

4 Figura 26: Processo de formação de voçoroca em estágio avançado em uma encosta do rio Jaguaribe 46 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Evolução populacional no município de João Pessoa PB ( ) Tabela 2. Evolução recente dos aglomerados subnormais e sua população ( ) Tabela 3. Critérios, Ações previstas e Atividades Propostas para a Conservação e Recuperação da Mata Atlântica no Município

5 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. A evolução do crescimento populacional no município de João Pessoa 25 Gráfico 2. Percentual de crescimento por período, da fundação até Gráfico 3. Normais climatológicas de temperatura da cidade de João Pessoa - PB entre 1961 a 1990 Gráfico 4. Normais climatológicas de pluviometria da cidade de João Pessoa ( ). Médias mensais

6 SUMÁRIO 1. Apresentação Marcos conceituais Objetivos Metodologia As fases da pesquisa Os critérios para identificação dos remanescentes de Mata 17 Atlântica 5. Situação e localização geográfica Caracterização do espaço geográfico Dinâmica populacional - Síntese e Análise A configuração espacial da cidade A dispersão urbana e seus efeitos Elementos do meio físico Diversidade dos elementos bióticos Caracterização da biodiversidade da Mata Atlântica de João 48 Pessoa 8.2. Flora Fauna Diagnóstico da Mata Atlântica Municipal Situação da degradação e conservação da Mata Atlântica em João Pessoa Dinâmica populacional - síntese e análise Espacialidade urbana e assimetria social: a configuração ambiental em João Pessoa - PB A dispersão urbana e seus efeitos Cobertura vegetal Cobertura vegetal em áreas públicas As zonas especiais de preservação ambiental de João Pessoa Cobertura vegetal em áreas privadas em João Pessoa As áreas protegidas de João Pessoa Parques existentes A - Parque Lauro Pires Xavier B - Parque Cabo Branco C - Parque Ecológico Augusto dos Anjos D - Parque Ecológico Jaguaribe E - Parque Sólon de Lucena F - Parque Zoobotânico Arruda Câmara 6

7 Áreas potenciais para proteção legal e conservação em João Pessoa: A Unidades de Conservação (UC) B Parques Urbanos (PU) C Remanescentes Vegetais (RV): Indicação e definição das áreas prioritárias para conservação e/ou recuperação da Mata Atlântica Fiscalização das Áreas Verdes de João Pessoa em 2010 x 10. Diretrizes estratégicas para a conservação e recuperação da Mata Atlântica 11. Referências 12. Anexos ANEXO 1. Quantificação dos remanescentes vegetais no Município de João Pessoa, PB. ANEXO 2. Quantificação das áreas degradadas no Município de João Pessoa, por ordem decrescente de área em hectares. ANEXO 3. Levantamento Florístico preliminar da Mata Atlântica de João Pessoa, PB. ANEXO 4. Fauna de Vertebrados da Mata Atlântica e ecossistemas associados de João Pessoa, PB. 7

8 1. Apresentação João Pessoa foi a primeira cidade do Brasil a elaborar o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, lançado em novembro de O Plano foi elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, com a colaboração da Secretaria de Planejamento-Seplan e do Conselho Municipal de Meio Ambiente-COMAM. Tem como objetivo construir um instrumento norteador das diretrizes ambientais para a gestão municipal e integrar projetos e ações em consonância com as leis e códigos ambientais vigentes, especialmente a Lei Federal da Mata Atlântica, /2006 e seu Decreto Federal nº 6.660/ O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica de João Pessoa surgiu da necessidade de diagnosticar a situação ambiental do municipío, para elaborar e planejar estratégias de políticas públicas relacionadas à preservação do Bioma, a partir de um mapeamento macro-espacial referente à situação de conservação e degradação ambientais. Tais aspectos, por sua vez, estão em constantes atualizações, ou seja, áreas verdes podem desaparecer, assim como áreas degradadas podem ser recuperadas. Por isso, esse plano tem diretrizes metodológicas que abrangem o constante reordenamento do uso do solo urbano, sendo orientado para responder possíveis mudanças conforme as diretrizes da política urbana de planejamento municipal. Esta publicação se propõe dar transparência à situação ambiental de João Pessoa, tornando acessíveis os dados relativos ao Bioma Mata Atlântica no município. É uma forma também da gestão municipal tornar público as metas e ações de sua política ambiental, que vem sendo implementada pela Secretaria de Meio Ambiente. Pretende ainda ser um instrumento de apoio pedagógico para a Educação Ambiental e referência para pesquisas. Desta forma esperamos contribuir para difundir o conhecimento sobre as características do nosso Bioma, e os serviços ambientais por ele prestados de forma gratuita, para que todos se sintam responsáveis pela sua preservação como uma condição indispensável na busca do desenvolvimento com sustentatibilidade. 8

9 2. Marcos conceituais (BRASIL, 2010) Figura 1: Vista aérea da Barra do Rio Gramame. Foto: DIEP/SEMAM, Os conceitos norteadores deste estudo foram estabelecidos pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio de publicações que visam orientar a elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, conforme a legislação vigente. Mata Atlântica Conjunto de formações florestais, além de campos naturais, restingas, manguezais e ecossistemas associados. Cidade Legal O conceito de cidade legal é aquela que tem ruas e calçadas largas, estacionamentos amplos e arborizados, espaços de lazer como praças e jardins, parques e áreas verdes conservadas, transporte coletivo suficiente e de qualidade, ciclovias, sistemas de segurança pública, de educação e de saúde funcionando, saneamento básico, além de moradia digna. 9

10 Neste estudo, entendemos por cidade legal a cidade desejada por todos aqueles que compreendem a importância da qualidade de vida e da sustentabilidade, ou seja, o equilíbrio entre o desenvolvimento urbano e a conservação ambiental. Propriedade Legal Este conceito aplica-se às propriedades rurais, onde os proprietários e/ou posseiros respeitam a legislação ambiental e, ao mesmo tempo, conseguem ter alta produtividade e qualidade de vida. Serviços Ambientais Os serviços ambientais são fornecidos pela natureza de forma silenciosa, gratuita e continuada, trazendo uma série de benefícios aos seres viventes, tais como: Regular o clima, amenizando desastres como enchentes, secas e tempestades; Manter o ciclo hidrológico, absorvendo, filtrando e promovendo a qualidade da água; Atuar na prevenção da erosão do solo, mantendo a sua estrutura e estabilidade; Contribuir na produção de oxigênio; Oferecer espaços para moradia, cultivos, recreação e turismo; Manter as condições dos recursos ambientais naturais, em especial a biodiversidade e a variabilidade genética, das quais os homens retiram elementos essenciais à sobrevivência; Manter processos que a tecnologia humana não domina e nem substitui como a polinização e a decomposição de resíduos; Regular a composição química dos oceanos. 10

11 3. Objetivos Elaborar o mapeamento cartográfico de áreas com remanescentes vegetais, dimensionando-os e classificando-os de acordo com a relevância biológica; Diagnosticar as áreas degradadas e as características do meio físico onde elas se encontram, para priorizar as áreas de recuperação ambiental; Estabelecer diretrizes estratégicas de ação para a conservação e recuperação da Mata Atlântica do município de João Pessoa, considerando: a) Áreas prioritárias para conservação e manutenção dos serviços ambientais, que serão objetos de pesquisas e projetos futuros; b) Áreas prioritárias para recuperação, visando ampliar os fragmentos vegetais, criar unidades de conservação e corredores ecológicos para a conservação da biodiversidade; c) Áreas não prioritárias de recuperação e, portanto, destinadas à expansão urbana; d) Propriedades rurais potencialmente parceiras na conservação e preservação da Mata Atlântica. 11

12 4. Metodologia A metodologia de elaboração do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica foi estabecida em três fases As Fases da Pesquisa Fase 1 Pesquisa bibliográfica e cartográfica: imagens de satélite, mapas em formato digital e impresso, plantas topográficas e referências bibliográficas; Oficina coletiva de mapeamento, vetorização em tela e classificação prévia dos fragmentos vegetais e das áreas degradadas, utilizando como suporte cartográfico a imagem de satélite QuickBird, de 2007/ 2008; Estabelecimento dos critérios de escolha das dez áreas prioritárias para conservação e recuperação, considerando os seguintes quesitos: extensão, estado de conservação dos fragmentos, estágio de regeneração, efeito de borda e conectividade, este último com base na Resolução CONAMA N o 10, de outubro de 1993, e nas atribuições específicas para o Estado da Paraíba, definidas na Resolução CONAMA N o 391, de junho de Definição dos parâmetros para classificação das áreas degradadas, de acordo com as seguintes características: 1 Se elas são relevantes para promover a conectividade entre fragmentos florestais; 2 Se elas garantem a proteção de recursos hídricos adjacentes, e; 3 Se elas contribuem para a contenção da erosão. As áreas que contemplaram todos os parâmetros foram classificadas como (A) Alta prioridade para recuperação, seguidas por aquelas que alcançaram apenas dois parâmetros, e foram consideradas como (B) Média prioridade para recuperação; e por fim, as que atingiram apenas um parâmetro, classificaram-se como (C) Baixa prioridade para recuperação. 12

13 Figura 2: Imagem de Satélite do município de João Pessoa - PB, com delimitação das áreas protegidas. Quickbird, Fonte: SEPLAN/PMJP. 13

14 Os remanescentes vegetais identificados no mapa foram divididos em três categorias, de acordo com sua extensão. Os fragmentos menores que 20 hectares, aqueles que possuem entre 20 e 99 hectares, e os maiores que 100 hectares, que constituem os dez remanescentes prioritários para conservação do Município. Figura 3: Mapa dos Remanescentes da Mata Atlântica no município de João Pessoa - PB. Fonte: SEMAM/PMJP, Legenda dos remanescentes vegetais mapeados (RV) Bacia Referência Hectares Localização Hidrográfica RV01 147,25 Horto Florestal Cabelo RV02 1,72 Penintenciária Média Cabelo RV03 7,70 Próximo ao Colégio Militar Cabelo RV04 10,64 Nuppa Cabelo RV05 15,28 Área dos Escoteiros Cabelo RV06 2,17 Margem do rio Timbó Cabelo RV07 13,47 Portal do Sol Cabelo RV08 27,71 Portal do Sol Cabelo 14

15 RV09 15,93 Propriedade privada Cabelo RV10 10,72 Margem do rio Cabelo Cabelo RV11 5,37 Penha Cabelo RV12 12,70 Falésia Morta Cabelo RV13 1,17 Ponta dos Seixas Cabelo RV14 91,33 Mangabeira, próximo à PB 008 Aratu RV15 465,80 Mata do Jacarapé e Aratu Jacarapé RV16 20,28 Parque do Cuiá Cuiá RV17 10,85 Ao lado do Parque Cuiá Cuiá RV18 99,10 Margem do rio Cuiá Cuiá RV19 18,10 Jardim Jaqueiras Cuiá RV20 7,83 Próximo ao cemitério Jardim das Acácias Cuiá RV21 8,93 Margem do rio Laranjeiras Cuiá RV22 8,59 Margem do rio Laranjeiras - Colibris Cuiá RV23 8,91 Unipê Cuiá RV24 9,55 Margem do riacho buracão Cuiá RV25 2,95 Mangabeira Cuiá RV26 41,30 Proximo ao loteamento Nova Mangabeira Cuiá RV27 31,73 Próximo a estação de tratamento Cuiá RV28 1,93 Margem do Cuiá Cuiá RV29 192,30 Baixo Cuiá próximo à PB 008 Cuiá RV30 13,46 Ao lado do Gervásio Maia Gramame RV31 31,24 Afluente Mumbaba Gramame RV32 111,36 Margem do Mumbaba Gramame RV33 22,87 Afluente Mumbaba Gramame RV34 17,48 Mumbaba Gramame RV35 0,79 Mussuré Gramame RV36 2,49 Mussuré Gramame RV37 15,61 Mumbaba Gramame RV38 27,64 Afluente Mumbaba Gramame RV39 3,59 Mussuré Gramame RV40 93,68 Encosta do rio Camaco Gramame RV41 97,48 Margem do Camaco Gramame RV42 118,22 Reserva Legal Gramame RV43 20,40 Margem do Mumbaba Gramame RV44 29,11 Margem do riacho Mussuré Gramame RV45 28,82 Margem do Gramame Gramame RV46 129,97 Margem do Gramame Gramame RV47 7,70 Gramame Gramame RV48 13,03 Sesc Gravatá Gramame RV49 1,56 Próximo ao Sesc Gravatá Gramame RV50 2,35 Por trás do Sesc Gravatá Gramame RV51 40,34 Gramame Gramame RV52 1,42 Parque Augusto dos Anjos Gramame RV53 37,29 Ao lado da PB 008 Gramame RV54 26,42 Baixo Gramame Gramame 15

16 RV55 5,86 Baixo Gramame Gramame RV56 3,66 Baixo Gramame Gramame RV57 11,27 Barra de Gramame Gramame RV58 2,51 Falésia da Barra de Gramame Gramame RV59 2,95 Praia do Sol Camarupim RV60 10,16 Mata 15 batalhão Jaguaribe RV61 4,23 Margem do Jaguaribe Jaguaribe RV62 515,14 Mata do Buraquinho Jaguaribe RV63 45,80 Campus UFPB Jaguaribe RV64 142,82 Sítio Betel e Timbó Jaguaribe RV65 1,04 Nascente do Timbó Jaguaribe RV66 26,80 Margem do Timbó Jaguaribe RV68 2,02 Bosque dos Sonhos Jaguaribe RV69 22,13 Falésia Morta Jaguaribe RV70 8,30 Parque Ecológico Fuba Jaguaribe RV71 7,70 Margem do Jaguaribe Jaguaribe RV72 6,75 Encosta de João Agripino Jaguaribe RV73 91,14 Margem do Marés até Jd Veneza Marés Sanhauá RV74 24,76 Mumbaba Marés Sanhauá RV75 27,39 Mumbaba Marés Sanhauá RV76 3,50 Mumbaba Marés Sanhauá RV77 2,34 Mumbaba Marés Sanhauá RV78 14,03 Margem da represa Marés Marés Sanhauá RV79 198,65 Sítio da Graca Marés Sanhauá RV80 3,61 Cimpol Marés Sanhauá RV81 6,70 Parque Solon de Lucena Marés Sanhauá RV82 4,12 Complexo São Francisco Marés Sanhauá RV83 17,70 Parque Arruda Câmara Marés Sanhauá RV84 18,08 Parque Lauro Pires Xavier Marés Sanhauá RV85 17,46 Margem do Mandacaru Marés Sanhauá RV86 2,55 Dentro da Fazenda Boi Só Marés Sanhauá RV67 2,79 Seixas Jaguaribe 16

17 As áreas degradadas identificadas no mapa variam em extensão, sendo descritas como áreas de extração mineral, áreas com alguma cobertura vegetal, fator que facilita a regeneração natural; ou áreas sem cobertura vegetal, que quando não prioritárias para recuperação, podem ser destinadas à expansão urbana. Figura 4: Mapa das Áreas degradadas da Mata Atlântica no município de João Pessoa - PB. Fonte: SEMAM/PMJP, Referência Hectares Descrição Bacia Hidrográfica AD16 52,92 Extração mineral Aratu AD17 0,69 Extração mineral Aratu AD18 14,05 Com cobertura vegetal Aratu AD19 1,05 Com cobertura vegetal Aratu AD20 2,44 Com cobertura vegetal Aratu AD21 27,42 Com cobertura vegetal Aratu AD01 0,81 Com cobertura vegetal Cabelo AD02 4,09 Com cobertura vegetal Cabelo AD03 2,19 Com cobertura vegetal Cabelo AD04 7,42 Com cobertura vegetal Cabelo AD05 2,62 Com cobertura vegetal Cabelo 17

18 AD06 3,12 Extração mineral Cabelo AD07 3,00 Extração mineral Cabelo AD08 1,70 Com cobertura vegetal Cabelo AD09 0,99 Com cobertura vegetal Cabelo AD10 0,80 Sem cobertura vegetal Cabelo AD11 10,62 Com cobertura vegetal Cabelo AD12 2,45 Cabelo AD13 0,64 Com cobertura vegetal Cabelo AD14 12,68 Com cobertura vegetal Cabelo AD15 19,90 Extração mineral Cabelo AD16 52,92 Extração mineral Cabelo AD70 12,10 Com cobertura vegetal Camarupim AD71 1,62 Com cobertura vegetal Camarupim AD26 9,06 Com cobertura vegetal Cuiá AD27 21,68 Com cobertura vegetal Cuiá AD28 8,84 Com cobertura vegetal Cuiá AD29 14,02 Com cobertura vegetal Cuiá AD30 2,36 Com cobertura vegetal Cuiá AD31 13,56 Com cobertura vegetal Cuiá AD32 1,17 Com cobertura vegetal Cuiá AD33 4,89 Com cobertura vegetal Cuiá AD34 1,33 Com cobertura vegetal Cuiá AD35 15,36 Com cobertura vegetal Cuiá AD36 3,76 Cuiá AD37 1,14 Cuiá AD38 4,38 Com cobertura vegetal Cuiá AD39 3,97 Com cobertura vegetal Cuiá AD40 3,12 Com cobertura vegetal Cuiá AD41 2,05 Cuiá AD42 2,92 Cuiá AD43 0,81 Com cobertura vegetal Cuiá AD44 15,37 Com cobertura vegetal Cuiá AD45 22,90 Com cobertura vegetal Cuiá AD46 1,94 Com cobertura vegetal Cuiá AD47 11,09 Cuiá AD48 2,15 Com cobertura vegetal Cuiá AD49 10,14 Com cobertura vegetal Cuiá AD50 8,41 Com cobertura vegetal Cuiá AD51 2,76 Cuiá AD52 22,10 Com cobertura vegetal Cuiá AD53 18,09 Com cobertura vegetal Cuiá AD77 3,95 Com cobertura vegetal Cuiá AD54 2,45 Gramame AD55 75,23 Com cobertura vegetal Gramame AD56 22,88 Gramame AD57 224,68 Extração mineral Gramame 18

19 AD58 25,19 Com cobertura vegetal Gramame AD59 45,87 Extração mineral Gramame AD60 33,94 Com cobertura vegetal Gramame AD61 20,12 Com cobertura vegetal Gramame AD62 11,25 Gramame AD63 17,73 Com cobertura vegetal Gramame AD64 21,30 Com cobertura vegetal Gramame AD65 171,04 Gramame AD66 12,22 Gramame AD67 2,47 Com cobertura vegetal Gramame AD68 1,58 Gramame AD69 0,29 Com cobertura vegetal Gramame AD114 8,37 Extração mineral Gramame AD22 1,65 Com cobertura vegetal Jacarapé AD23 3,17 Com cobertura vegetal Jacarapé AD24 1,89 Com cobertura vegetal Jacarapé AD25 4,28 Com cobertura vegetal Jacarapé AD57 224,68 Extração mineral Sanhauá AD92 1,72 Sanhauá AD93 21,96 Extração mineral Sanhauá AD94 9,30 Sanhauá AD95 0,95 Sanhauá AD96 1,86 Sanhauá AD97 16,37 Com cobertura vegetal Sanhauá AD98 35,51 Sanhauá AD99 16,76 Com cobertura vegetal Sanhauá AD100 2,84 Com cobertura vegetal Sanhauá AD101 3,19 Sanhauá AD102 1,08 Com cobertura vegetal Sanhauá AD103 25,95 Sem cobertura vegetal Sanhauá AD104 11,94 Com cobertura vegetal Sanhauá AD105 1,66 Com cobertura vegetal Sanhauá AD106 6,61 Extração mineral Sanhauá AD107 31,41 Extração mineral Sanhauá AD108 14,48 Com cobertura vegetal Sanhauá AD ,68 Sem cobertura vegetal Sanhauá AD110 9,01 Sanhauá AD111 7,14 Sanhauá AD112 3,50 Sanhauá AD113 3,10 Sanhauá AD12 2,45 Jaguaribe AD72 0,56 Jaguaribe AD73 28,45 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD74 11,85 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD75 6,42 Jaguaribe AD76 14,81 Com cobertura vegetal Jaguaribe 19

20 AD77 3,95 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD78 27,86 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD79 18,17 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD80 1,74 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD81 4,41 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD82 0,54 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD83 1,61 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD84 15,87 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD85 0,43 Com cobertura vegetal Jaguaribe AD86 3,64 Jaguaribe AD87 4,69 Jaguaribe AD88 0,59 Jaguaribe AD89 0,15 Jaguaribe AD90 10,81 Jaguaribe AD91 3,26 Jaguaribe 20

21 Fase 2 Sobrevôo planejado do município, com registro fotográfico e trabalhos orientados em campo para atualizar os dados levantados na pesquisa cartográfica, pesquisa terrestre para o reconhecimento dos problemas e potencialidades de cada área e, por fim, a produção de um relatório técnico-científico. Figura 5: Vista panorâmica do estuário e mata ciliar do Rio Gramame. Foto: DIEP/SEMAM, Fase 3 Identificação das áreas de maior pressão urbana sobre os remanescentes de Mata Atlântica, a partir da análise das imagens aéreas. Correlação entre as bases cartográficas do Plano de Mata Atlântica com o Macrozoneamento do Plano Diretor da Cidade João Pessoa (2008). Análise da relação entre a expansão urbana e a preservação ambiental do município para propor as diretrizes, os instrumentos e as propostas para a execução do Plano de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica. 21

22 4.2. Os critérios para a identificação dos Remanescentes de Mata Atlântica A cobertura vegetal presente no município de João Pessoa é composta por uma diversidade de formações florísticas que envolvem desde matas densas, mangues, restingas, matas ciliares, vegetação pioneira de praia e espécies que compõem a arborização urbana. Esta última integra um plano de governo da gestão atual, Projeto João Pessoa Verde Para o Mundo, com a produção e plantio de mudas nativas em áreas de todo o município. Contudo, devido à dinâmica do processo de urbanização que vem insidindo sobre os diversos ecossistemas do Bioma Mata Atlântica presente no municipio, isso permite afirmar que se têm apenas alguns remanescentes vegetais em estágios diferenciados de regeneração nos diferentes ecossistemas. Estado de conservação e regeneração dos fragmentos A definição do estado de conservação dos remanescentes naturais foi obtida com base nos seus estágios de regeneração, definidos segundo os parâmetros básicos da Resolução CONAMA N o 10, de 01 de Outubro de 1993, e nas atribuições específicas ao Estado da Paraíba, definidas na Resolução CONAMA N o 391, de 25 de Junho de Também foram considerados outros aspectos como os impactos antrópicos, a exemplo da exploração de madeira e minérios, além de ameaças relacionadas à especulação imobiliária. O grau de regeneração dos dez fragmentos prioritários de Mata Atlântica (além dos cinco fragmentos de manguezais), elencados por este estudo, pautou-se no remanescente principal e sua relevância biológica: a Mata do Buraquinho, reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Utilizando-se deste fragmento como referência local de regeneração e grau de conservação, os outros remanescentes foram classificados, e posteriormente verificados em campo. 22

23 Tamanho dos fragmentos e efeito de borda O efeito de borda é uma das consequências da fragmentação florestal. Está associado às mudanças ecológicas e microclimáticas da região de contato do fragmento com outras formações vegetais do entorno, a exemplo da monocultura (figura 6), ou da pastagem na área rural, e ainda a ocupação urbana na cidade O efeito de borda é bastante diverso e provoca fortes variações de temperatura e umidade, além de maiores incidências de luz e fluxo de vento no interior do fragmento (Kapos, 1989; Matlack, 1993). Todos esses fatores influenciam diretamente na composição da fauna e flora presentes no fragmento. Geralmente essa situação é caracterizada pela invasão de gramíneas, particularmente exóticas, e pelo domínio desequilibrado de algumas populações de lianas 1 ou árvores, que dificultam o estabelecimento de indivíduos arbóreos. Estes efeitos apresentam-se em maior ou menor grau conforme a intensidade, os intervalos de ocorrência, a duração e o tipo do fator de degradação no fragmento (Metzger, 1998; Triquet et al., 1990). O tamanho, a forma, o grau de isolamento, o tipo de vizinhança e o histórico de perturbações dos fragmentos florestais alteram os fenômenos biológicos 2 e, consequentemente, afetam a dinâmica dos fragmentos florestais (Viana e Pinheiro, 1998). Figura 6: Exemplo de borda de fragmento em contato com canavial, à esquerda da foto. Proximidades do rio Gramame. Foto: DIEP/SEMAM, mmmmmmmmmmm 2 mmmmmmmmmmm 23

24 Conectividade e corredores ecológicos A conectividade dos remanescentes que estão muito fragmentados objetiva a ampliação das áreas florestais para compor um mosaico, ou seja, uma conexão entre os remanescentes vegetais, denominada corredores ecológicos. A formação destes, por sua vez, visa facilitar o fluxo genético de organismos, facilitando o deslocamento de populações e reduzindo os riscos de extinções locais nas áreas de conservação e nos remanescentes florestais de municípios adjacentes (Metzger, 1998). Desta maneira, a base cartográfica, o sobrevôo e o trabalho de campo auxiliam na visualização de potenciais corredores ecológicos e na ampliação das áreas verdes na zona urbana de João Pessoa e entorno. Os corredores ecológicos têm por finalidade manter a qualidade dos serviços ambientais essenciais à manutenção da biodiversidade e da vida humana (Vianna e Pinheiro, 1998). 5. SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA O território da capital do Estado da Paraíba se insere no contexto geográfico das Bacias Costeiras do Atlântico Nordeste Oriental, integrando a Mesorregião Zona da Mata Paraibana e da Microrregião Homogênea de João Pessoa, a qual é composta por mais cinco municípios: Bayeux e Santa Rita (com os quais se limita a Oeste), Cabedelo e Lucena (com os quais se limita ao Norte), Conde (com o qual se limita ao Sul). O município de João Pessoa apresenta uma área de 211, 474 Km 2 (IBGE, 2010) e tem seu espaço territorial definido pelas coordenadas 07 o 10' S e 34 o 50' W. O principal acesso que articula a capital aos Estados nordestinos são as rodovias federais BR 101 e 230. Assim como toda a região costeira do estado da Paraíba, o município de João Pessoa encontra-se dentro do domínio da Mata Atlântica, mais especificamente formada por um tipo florestal denominado Mata dos Tabuleiros. A área é caracterizada pelo contato entre a Vegetação de Restinga e a Floresta Estacional Semidecidual, contudo, predominam componentes do segundo tipo (Barbosa, 2006). O município é caraterizado pelo domínio da tropicalidade, fortemente influenciado pelos ventos alíseos 3 marítimos, que definem uma estação seca e outra chuvosa. Trata- 3 mmmmmmmmm 24

25 se na realidade de uma área quente devido à sua situação litorânea e sua latitude, sujeita a forte insolação. O espaço territorial do Municipio tem a sua malha urbana dispersa sobre áreas de bacias hidrográficas, a exemplo do Rio Gramame, ao sul, dos rios Paraíba/Sanhauá, a oeste, e na sua porção central da bacia do Jaguaribe/Timbó, que são intra urbanas, além das bacias secundárias, como as dos rios Cuiá, Jacarapé, Aratu e Cabelo. A bacia do rio Gramame possui importância por ser responsável pelo abastecimento de 60% da água consumida no conglomerado urbano da Grande João Pessoa, suprindo ainda as atividades econômicas, das quais merecem destaque o cultivo extensivo de cana-de-açúcar e a exploração de minerais não metálicos, principalmente areia e barro (SEMARH, 2000). Figura 7: Remanescente vegetal em solos arenosos de tabuleiro e manguezal - Estuário do Rio Aratú. O lado direito da foto evidencia uma Área de Proteção Permanente degradada. Foto: DIEP/SEMAM,

26 6. CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Segundo Santos (1985), o espaço geográfico é constituído por cinco elementos relacionados e interdependentes entre si: os homens, as firmas, as instituições, o meio ecológico e as infra-estruturas. Assim, cada elemento tem relação direta ou indireta com os demais, dando sentido a todos. Ainda de acordo com Santos (1994, p.88) viver para o homem é produzir espaço (...) a forma de vida do homem é o processo de criação do espaço. Portanto, entendemos que o espaço geográfico de João Pessoa é resultado da soma de vários fatores, dentre eles: o processo histórico da ocupação urbana, o crescimento populacional e o desenvolvimento econômico. João Pessoa é a terceira cidade mais antiga do Brasil, fundada em 5 de agosto de 1585 com o nome de Nossa Senhora das Neves, vindo a receber o nome atual apenas no ano de Por esta razão, possui remanescentes de arquitetura e arte barrocas, tombadas como patrimônio histórico da Paraíba. Em 30 de dezembro de 2003, por meio da Lei Estadual nº. 59/03, e ampliada pela Lei Complementar Estadual 90/ 2009, foi instituída a sua Região Metropolitana, com doze municípios: Bayeux, Cabedelo, João Pessoa, Santa Rita (conurbados), Lucena, Cruz do Espírito Santo, Mamanguape, Rio Tinto, Alhandra, Pitimbu, Caaporã e Conde. O processo de urbanização deu-se a partir do Centro da cidade e foi se expandindo em direção ao litoral, causando um movimento de expansão da população e de valorização imobiliária dos bairros da Orla Marítima. No entanto, algumas construções coloniais foram preservadas na paisagem cultural e ainda resistem em meio a construções modernas. Por sua vez, as paisagens naturais sofrem um processo de degradação cada vez maior com a ocupação das áreas litorâneas e das áreas verdes para residências e obras de infra-estrutura, que acompanham o crescimento urbano. Ainda assim, a cidade possui em seu território paisagens naturais litorâneas e algumas áreas verdes protegidas, por meio da legislação ambiental e urbanística nos níveis municipal, estadual e federal. Em relação às atividades econômicas, o município concentra parte da produção industrial do Estado, possuindo um Distrito Industrial, localizado a seis quilômetros do Centro e um pólo industrial no Bairro de Mangabeira, junto à Bacia do Rio Cabelo. Por ser a capital do Estado da Paraíba, abriga a maior parte dos serviços oferecidos por órgãos públicos que, até o início dos anos 90, correspondia pela maior arrecadação financeira da 26

27 cidade, passando a partir da metade dessa década, para o setor da construção civil, que corresponde atualmente pela maior fonte de arrecadação do município. O setor terciário, por sua vez, responde pela maior parte da renda da população, seguido pelo setor secundário, sendo o agropecuário pouco expressivo, devido à exígua extensão da zona rural no Município, cuja demarcação ocorreu com a revisão do Plano Diretor de Nestas áreas vêm sendo mantido um programa municipal de incentivo à agricultura familiar agroecológica (Cinturão Verde), que também inclui famílias assentadas pelo projeto de regularização fundiária desenvolvido pelo INCRA. O processo de ocupação e expansão da orla, que se intensificou nas décadas de setenta e oitenta, teve como consequência a implementação de uma infraestrutura composta de abertura de vias, drenagem e esgoto e de diversos serviços públicos e privados. Segundo Silva (2009), visando à preservação da paisagem litorânea, que inclui as falésias 4, a verticalização dos bairros da orla é limitada pela Constituição Estadual de 1989, Art. 229, pelo Plano Diretor Municipal, Art. 25, pela Lei Orgânica, Art. 175, e pelo Código Municipal de Meio Ambiente, Art. 34. Contudo, isso não impede a ocorrência da verticalização e do adensamento residencial em bairros vizinhos e também próximos à orla, a exemplo do bairro Altiplano, que vivencia, atualmente, uma urbanização acelerada. Além dessas áreas, o litoral sul do município também sofre forte movimento de expansão imobiliária e de impactos ambientais provenientes da ação antrópica nos recursos naturais, como a vegetação, o solo e os recursos hídricos. Sobre a ação antrópica, Santos (1994, p. 44) constata: Senhor do mundo, patrão da natureza, o homem se utiliza do saber científico e das invenções tecnológicas sem aquele senso de medida que caracterizará as suas primeiras relações com o entorno natural. O resultado, estamos vendo, é dramático. 4 mmmmmmmmmmm 27

28 Figura 8: Expansão urbana sobre ecossistema de manguezal - Estuário dos rios Paraíba/Sanhauá. Foto: DIEP/SEMAM, A conseqüência do processo histórico da urbanização de João Pessoa resultou num acelerado aumento das áreas ocupadas e da população, com forte pressão nos ecossistemas naturais, conforme demostrado na Figura 8. Ao longo da história, a ocupação territorial da cidade de João Pessoa apresentou alguns pontos positivos e negativos. Como principal ponto positivo, temos o controle do adensamento na faixa litorânea, a partir do baixo escalonamento vertical dos edifícios, o que permitiu à cidade uma característica peculiar, que constitui atualmente uma identidade urbana, uma vez que se estruturou de forma diferente das demais capitais do Nordeste. Como principal ponto negativo, percebe-se, principalmente, nas últimas quatro décadas, uma expansão territorial bastante extensiva. Este processo não é exclusividade de João Pessoa, mas ocorre de maneira bem acentuada, mais intensa que a média das cidades de mesmo porte, o que gera estruturas bastante anômalas, com várias contradições, a saber: a) A cidade se expande exageradamente para a periferia, enquanto desenvolve em sua área central uma expansão da deterioração ; 28

29 b) A cidade ainda detém muitos vazios urbanos em sua mancha ocupada, o que representa infra-estruturas, serviços e provimentos urbanos que funcionam bem abaixo de sua capacidade otimizada; Figura 9: Vista aérea parcial dos remanescentes vegetais em Gramame. Foto: DIEP/SEMAM, c) Na borda peri-urbana, acontece o fenômeno inverso com a existência de algumas áreas urbanas em meio a um território ainda predominantemente rural, sem o nível adequado de provimentos urbanos. Figura 10: Vista aérea dos meandros do rio Gramame, próximo ao estuário. Foto: DIEP/SEMAM,

30 6.1. Dinâmica Populacional - Síntese e Análise Atualmente, a população residente de João Pessoa é de 723,515 habitantes, sendo que 337,783 são homens e 385,732 são mulheres (IBGE 2010), concentrando-se em área urbana, com 78% da população. Com uma área territorial é de 211,474 Km 2, possui uma densidade demográfica bruta de 32,02 habitantes por hectare ou 3.421,29 hab/km² (IBGE, 2010). Gráfico 1: A evolução do crescimento populacional no município de João Pessoa. Fonte: A cidade apresentou, nas décadas de 70 e 80, os maiores índices de crescimento populacional, estando, atualmente em uma fase de deflexão da sua taxa de crescimento. Nas últimas duas décadas (1980 a 2000), o crescimento médio anual foi de 3,62%, impulsionado principalmente pelo aumento da dinâmica do turismo e dos serviços, que atraiu fortes migrações, uma vez que a taxa de crescimento vegetativo, em função da redução do número de filhos e do tamanho familiar, diminuiu bastante, desde este período considerado. A tabela 1, abaixo indicada, demonstra a evolução das populações urbana e rural do município, nas últimas décadas: 30

31 Ano Urbana Rural (*) Total Tabela 1 - Evolução populacional no município de João Pessoa PB ( ). Fonte: IBGE/IDEME/PMJP, (2007). Dentre este aumento populacional urbano ocorrido, o processo mais preocupante diz respeito à evolução populacional e física dos aglomerados sub-normais, ocupando as áreas de risco, que são: as áreas inundáveis ou sujeitas a deslizamentos e desabamentos; as áreas com riscos de contaminação; as que estão sob a linha de transmissão de alta tensão, dentre outras situações que desvalorizam a terra urbana no mercado imobiliário. Estes aglomerados vêm se expandindo de uma forma muito acelerada, que coloca em risco a construção da cidade legal, conforme estabelecido pelo Ministério do Meio Ambiente (Brasil 2010). A tabela 2 mostra a evolução dos aglomerados sub-normais e sua população para o qüinqüênio , na cidade de João Pessoa. Ano Número de Bairros População % % aglomerados habitantes Evolução , (1) (2) 23,1 34,4 Tabela 2 Evolução recente dos aglomerados sub-normais e sua população ( ). Fonte: SEDES/FAC. (1) Incluindo também edifícios invadidos (2) Estimativa 31

32 6.2. A Configuração Espacial da Cidade Conforme analisado anteriormente, a espacialidade urbana de João Pessoa apresenta um comportamento explosivo e disperso, ocorrido nos últimos quarenta anos. Neste processo estão influindo concomitantemente o uso especulativo da terra e a extensividade advinda do desejo de setorização social, por parte da população mais privilegiada. Se tomarmos como base a área ocupada pela urbanização em 1972, vemos que a mesma ocupa uma parte ínfima da área atual, como mostra o gráfico 2 e a Figura 12 abaixo: Gráfico 2: Percentual de crescimento populacional por período, desde a fundação até Fonte: SEPLAN/PMJP,

33 Figura 11: Fases do crescimento espacial urbano, mostrando a tendência expansionista nas últimas décadas. Fonte: Oliveira, J.L.A. (2006). Outro aspecto estrutural nitidamente influente é a desigualdade social refletida na configuração espacial. A maneira de se posicionar as diferentes classes sociais sugere uma configuração clássica proposta por Hoyt (1939), que se divide em setores sob a forma de fatias de pizza. Este aspecto estrutural na cidade, já havia sido observado por Silveira (2004). 33

34 SETOR CENTRO-LESTE EPITÁCIO PESSOA - ALTA RENDA SETOR OESTE CORREDOR OESTE- BAIXA RENDA SETOR SUDESTE PEDRO II - MÉDIA RENDA SETOR SUDOESTE CRUZ DAS ARMAS- BAIXA RENDA SETOR CENTRO-SUL DOIS DE FEVEREIRO - MÉDIA BAIXA RENDA Figura 12: Setorização espacial das diferentes classes sociais, estruturadas pelos principais corredores viários da cidade a partir do Centro. Fonte: Ribeiro, E.L. (2007), a partir da constatação de Silveira (2004), baseando-se no modelo de Hoyt (1939). A setorização social em forma de fatias de pizza estrutura-se de forma radial em relação à malha urbana, orientada pela implantação conjunta dos principais corredores radiais, definindo áreas de dinâmica econômica bastante diferenciada. Esta diferenciação ocorre particularmente em função do modelo econômico atual, focado na rentabilidade e na seletividade do mercado. Neste contexto, as funções centrais se deslocam em direção aos centros de gravidade dos mercados diferenciados de alta, média e baixa rendas, deslocando-se assim, do centro tradicional urbano. O setor Centro-Leste, orientado axialmente pela Avenida Epitácio Pessoa, constitui-se um setor de alta renda, com um mercado imobiliário bastante intenso, e tendência de alta concentração de atividades econômicas financeiras e de maior aplicação de capitais. Neste setor de alta renda, se instalam a maior parte dos equipamentos turísticos, os grandes equipamentos comerciais (Hipermercados) e Shopping-centers. O setor Sudeste, orientado axialmente pelo corredor Pedro II, constitui-se uma área de classe média, sendo a segunda área de maior dinâmica imobiliária (em termos 34

35 econômicos) e a área de maior produção quantitativa imobiliária (em termos de número de novos imóveis habitacionais produzidos). O setor Sul intermediário, orientado axialmente pelo corredor Dois de Fevereiro, constitui-se um setor de predomínio de renda média baixa, com alguns pequenos setores de renda média e um largo setor de renda baixa, particularmente ao longo da margem direita do alto rio Jaguaribe. Neste setor também se localiza alguns grandes equipamentos (estádios, ginásios de esportes, atacadistas, etc.) e a sede de Instituições e Empresas estatais importantes, ao longo da Rodovia BR-230. Os corredores sul-sudoeste e sudoeste-oeste, orientados axialmente pela Avenida Cruz das Armas e pelo Corredor Oeste, respectivamente, se constituem em setores de predomínio de baixa renda na cidade. As atividades comerciais predominantes se referem principalmente ao comércio de alimentos, artefatos mecânicos e atacadistas mais populares. O Centro urbano principal, que até a década de 1980, tinha uma quase hegemonia sobre as atividades comerciais, teve uma queda significativa de sua participação relativa. Outro aspecto negativo desta relativa perda de importância econômica das áreas centrais, principalmente em relação às áreas mais nobres, foi o distanciamento das novas áreas geradoras de emprego e de postos de trabalho em relação às residências dos mais pobres A Dispersão urbana e seus efeitos Os efeitos da dispersão urbana se refletem nos impactos sobre o ambiente natural, na eficiência crônica estrutural e infra-estrutural que se estabelece nas periferias urbanas, nos custos econômicos e ambientais de seu funcionamento e, ainda, nas oportunidades de desenvolvimento humano da população. Na cidade de João Pessoa, vemos que a expansão espacial urbana degrada mais do que o necessário, visto que muitas áreas de expansão recentes deveriam ter sido preservadas em função da importância ecológica para a conservação do bioma Mata Atlântica. 35

36 Figura 13: Dispersão urbana e pressão na Mata do Jacarapé. Foto: DIEP/SEMAM, Figura 14: Dispersão urbana nos bairros de Cabo Branco e Altiplano. Foto: DIEP/SEMAM,

37 João Pessoa, desde sua fundação até o inicio da década de 1970 (385 anos), ocupou apenas 30% do seu território. Já nos últimos 37 anos (de 1971 a 2008), houve uma expansão urbana exacerbada que atingiu a ocupação de 76,1% da área do Município (Secretaria Municipal de Planejamento, Fig 11). Os programas estatais de habitação contribuíram muito para esse processo, uma vez que os conjuntos habitacionais eram construídos em áreas distantes do centro, aumentando os custos para implantação das redes de infra-estrutura além dos ônus econômicos, energéticos e ambientais dos deslocamentos de populações no espaço urbano e das demandas de transportes decorrentes (Lavieri, 1992). Existia, portanto, um problema de excessiva dispersão urbana até 2008, quando foi realizada a revisão do Plano Diretor por meio da Lei Complementar N.º 054, de 23 de dezembro de 2008, a qual instituiu a Zona Rural do Município. A delimitação precisa da área urbana teve como objetivo promover a ocupação da área já parcelada e urbanizada, respeitando-se as áreas de fragilidade ambiental, garantindo o funcionamento eficiente e ecologicamente adequado da cidade, visando sempre à qualidade de vida de sua população. Não obstante, grande parte da área rural está ocupada pela atividade canavieira, sendo as áreas verdes remanecescentes fragmentos isolados e distantes um do outro, conforme observado em trabalho de campo aéreo. Figura 15: Mumbaba - Exemplo de Fragmento isolado. Foto: DIEP/SEMAM,

38 No aspecto referente à expansão da malha urbana, algumas considerações de ordem físico-ambiental se fazem necessárias. O elevado custo de provimento infraestrutural, causado pela dispersão exagerada, provoca uma deficiência crônica de longo prazo nas áreas mais periféricas e de baixa renda, além de representar ônus para a economia urbana. Essas áreas têm a sua viabilização infra-estrutural reduzida pela baixa densidade populacional e pela baixa capacidade de pagamento das taxas de serviços urbanos por essa população. Esta mesma deficiência insistente ocorre em serviços como, por exemplo, o transporte coletivo, que passa a ter dificuldade de viabilização em função da baixa densidade, das grandes distâncias e da precariedade da infra-estrutura viária nos setores periféricos. A dispersão urbana, enquanto configuração espacial é, portanto, prejudicial para a construção da Cidade Legal, que visa aliar o desenvolvimento urbano com a preservação ambiental na promoção da qualidade de vida da população. 7. OS ELEMENTOS DO MEIO FÍSICO Os elementos que estruturam o meio físico, ou seja, o clima, o relevo, os solos e os recursos hídricos, desempenham um papel primordial para a compreensão das características dos sistemas naturais. Em se tratando do bioma Mata Atlântica, objeto deste estudo, os vários arranjos apresentados pelos elementos do meio físico na zona costeira foram cruciais para a compreensão deste bioma e de todos os ecossistemas a ele associado, a saber: os manguezais, as praias e as restingas. O conhecimento do meio físico é imprescindivel para a avaliação das condições reais de degradação do bioma, visando propor ações que possam permitir a conservação e a recuperação do mesmo e a perenidade dos serviços ambientais oferecidos por ele. O município de João Pessoa, situado na zona costeira, apresenta características bastante diferenciadas no seu quadro natural, resultado da interface entre as influências dos processos continentais e oceânicos, cuja consequência são os diferentes ecossistemas na zona continental, além das zonas de transição ecológicas, denominadas ecótopos. Estes, por sua vez, abrigam situações de vulnerabilidade, decorrente dos vários conflitos de usos no território municipal e de seus impactos negativos, que ampliam a degradação em suas áreas de influência, com perda na qualidade dos serviços ambientais e implicações adversas na qualidade de vida da população. 38

39 Para uma compreensão mais adequada do quadro natural municipal e seus reflexos na paisagem, se faz necessário a caracterização de alguns desses elementos. Clima As condições climáticas são atributos importantes para caracterizar o meio físico, coordenando um conjunto de processos naturais, como a temperatura, a insolação 5, os ventos, a humidade, entre os outros, definindo relações de interdependências entre os elementos abióticos e bióticos, promovendo diversos arranjos na estruturação da paisagem. Para aferir a tipologia climática de João Pessoa, é necessário analisar o clima na escala local. No entanto, os dados locais são insuficientes para uma abordagem climática mais completa. As temperaturas médias anuais, pela proximidade do oceano e pela latitude, não ultrapassam os 23 o C na média mínima e os 28 o C na máxima; a amplitude térmica anual é de cerca de 5 o C, o que é bem característico dos climas tropicais oceânicos. As temperaturas mais elevadas ocorrem na primavera, quando se verifica o menor índice pluviométrico, assim como uma acentuada evapotranspiração 6, que também coincide com a estação seca. A redução das temperaturas, durante os meses de inverno (junho-julho-agosto), é muito pouco significativa com média de 23 o C. As temperaturas diurnas ultrapassando 33 o C são raras. A insolação alcança cerca de horas, sendo que, durante a primavera, os valores são, sem dúvida, maiores. Os dados de evaporação foram compilados da SUDENE (1971). Dos 1.727,7mm das chuvas, 842,3 se perdem por evaporação, sendo que os meses que apresentam as taxas mais elevadas são novembro e dezembro, seguidos por outubro e janeiro, época que coincide com a estação seca, conforme apresentado no gráfico a seguir: 5 Insolação: 6 Evapotranspiração: Processo de evaporação de água capilar transferida das camadas inferiores do solo e responsável, em climas quentes e secos, por perda substancial do manancial de água subterrânea e por salinização do solo. Glossário Geológico Ilustrado. Acessado em 27 de março de

40 Gráfico 3: Normais climatológicos de temperatura da cidade de João Pessoa - PB (1961 a 1990). Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia INMET. Ao contrário das temperaturas que se caracterizam por apresentarem certa homogeneidade, o regime pluviométrico é heterogêneo, embora haja sempre uma estação chuvosa (outono-inverno) e outra seca (primavera-verão) que estão na dependência das perturbações que ocorrem nos sistemas de circulação atmosférica que atuam na área do município. De modo geral, as médias pluviométricas estão em torno de 1.750mm, embora esse total oscile de ano para ano. O período mais chuvoso ocorre nos meses de abrilmaio-junho, podendo a chuva começar em fevereiro e se prolongar até agosto. O período seco se estende de setembro até janeiro, ou mesmo até fevereiro, sendo que os meses de outubro, novembro e dezembro englobam o período ecologicamente seco no qual se verificam os maiores déficits pluviométricos, sendo outubro o mês mais seco dos três, conforme demonstrado no gráfico: 40

41 Gráfico 4: Normais climatológicas de pluviometria da cidade de João Pessoa ( ). Médias mensais. Fonte: Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba-AESA. As condições climáticas apresentadas incidem diretamente sobre os demais elementos dos sistemas naturais, regulando um conjunto de processos ecológicos que explicam as diferenciações fitofisionômicas 7 da paisagem do município. Neste contexto, a Mata Atlântica é uma florestal pluvial que tem as suas características ecológicas relacionadas diretamente com as condições climáticas atuais e às diferentes condições topográficas e de solo. Assim, entender os diferentes aspectos de cada um destes elementos torna-se imperativo para uma melhor compreensão das características florísticas e do funcionamento deste bioma. As condições geológicas e o relevo Do ponto de vista geológico, o município de João Pessoa, no contexto nordestino, se insere integralmente no domínio da Bacia Sedimentar Pernambuco-Paraíba, ocupando uma faixa estreita de cerca de km 2 ao longo do litoral entre os estados de Pernambuco, Paraíba e parte do Rio Grande do Norte (Figura 16), se estendendo por aproximadamente km 2 pela plataforma continental, configurando-se na bacia sedimentar mais Setentrional da costa brasileira, entre os paralelos 6 o e 9 o Sul. Figura 16: Localização da Bacia Geológica Pernambuco-Paraíba no contexto regional. Fonte: Mabesoone & Alheiros 1988, apud Guedes, Fitofisionomia: Aspectos gerais da estrutura ou paisagem de uma vegetação de um lugar. 41

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