30/11/2012. do adensamento populacional. crescimento desordenado. ocupação de áreas naturais e frágeis
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- Benedito Carreiro Tavares
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1 Universidade Metodista Recuperação Ambiental de Áreas Degradadas Impactos gerados pelo uso e ocupação do solo no meio urbano Final século XVIII Revolução Industrial Migração do homem do campo objetivo resultado (busca por) Melhores condições de vida adensamento populacional crescimento desordenado degradação ambiental exploração de recursos naturais Emprego ocupação de áreas naturais e frágeis + Planejamento Urbano Europa Cidades Jardins Paris Londres Berlim Brasil Cidades Jardins São Paulo bairros planejados objetivo Melhores condições de vida: Núcleos residenciais + áreas verdes Equacionamento dos resultados do adensamento populacional 1
2 Europa cidades ordenadas proteção ambiental recuperação de áreas naturais e frágeis resultado Brasil altas taxas de migração busca por emprego ineficiência do planejamento priorização de investimentos para atividades econômicas cidades inchadas Região Metropolitana de São Paulo (foto satélite (foto satélite LandSat 2010) Situação Urbana no Brasil População predominantemente urbana 85% - IBGE 2010 Cidades inchadas População mais pobre ocupando áreas periféricas Ocupação de áreas frágeis e menos indicadas Proliferação de ocupação irregular favelas, cortiços, invasões Infraestrutura de saneamento desequilibrada e mal distribuída no território Poder Público despreparado Políticas habitacionais inadequadas Invasão de áreas verdes e institucionais em loteamentos Mercado imobiliário imóveis desocupados Pressão de segmentos econômicos ligados ao setor imobiliário 2
3 Conceitos semelhantes Habitação = lar, abrigo, família (comunidade) Ambiente = lar, abrigo, família (seres vivos) Residência Estrutura da sociedade atual Trabalho, emprego Educação Saúde Lazer, cultura Entretanto, há necessidade de deslocamento, pois as cidades, cada vez ocupadas e mais extensas, passam a oferecer serviços diferenciados cada vez mais longe dos cidadãos e consumidores. Cidade complexa Atividades complexas Atividades diversas Atividades esparsas Problemas ambientais 3
4 área verde enclausurada ausência de área verde na mancha urbana ocupação desordenada proximidade de usos conflitantes (industrial / residencial) situação urbana típica das grandes cidades do Brasil Toda ação no território visa obter melhores condições de vida aos seres humanos. Isto ocorre desde os tempos das cavernas, onde os humanos buscavam proteger-se dos ataques de animais e das intempéries. O domínio do fogo e da agricultura, permitiu ao homem transformar significativamente o ambiente. Alterações no Meio Físico aceleração do processo erosivo ocorrência de escorregamentos aumento de áreas inundáveis ou de alagamento diminuição da infiltração no solo contaminação do solo e das águas subterrâneas aumento da quantidade de partículas sólidos e gases na atmosfera aumento da propagação de ondas sonoras 4
5 Alterações no Meio Físico Alterações no Meio Físico Alterações no Meio Biótico supressão da vegetação degradação da vegetação pelo efeito de borda degradação da vegetação pela deposição de partículas sólidas nas folhas danos à fauna incômodos à fauna 5
6 Alterações no Meio Biótico Alterações no Meio Biótico Alterações no Meio Antrópico aumento da demanda por serviços públicos essenciais (água, energia, etc.) aumento da demanda por serviços públicos de infraestrutura urbana (transporte, coleta de lixo, etc.) aumento do consumo de água e energia aumento de relações comerciais (circulação de mercadorias pelas vias urbanas) alteração na percepção ambiental (poluição visual) perda ou alteração de referências culturais 6
7 Alterações no Meio Antrópico Alterações no Meio Antrópico Intervalo 7
8 Identificação, Análise e Mapeamento de Áreas de Precária A identificação das áreas degradadas pela ocupação urbana deve ser realizada com a adoção de uma série de parâmetros e instrumentos, como os indicados a seguir. 1 Caracterização da área 3 Ações de recuperação 2 Zoneamento de risco 1. Caracterização da Área Os assentamentos urbanos diferenciam-se, quanto ao seu padrão urbanístico, por dois aspectos básicos: Modo de Ocupação Modelo de Ocupação 1. Caracterização da Área Modo de Ocupação é a forma como ocorre a ocupação dos espaços urbanos pode ocorrer de duas formas: espontânea: pela invasão de áreas públicas ou privadas, remanescentes de loteamentos, por iniciativa individual ou coletiva da população; planejada: com a implantação de loteamentos ou conjuntos residenciais, por iniciativa pública ou privada 8
9 1. Caracterização da Área Modelo de Ocupação refere-se ao desenho urbano e é definido pelo traçado do sistema viário e pela disposição dos lotes e das edificações no terreno; pode ocorrer em: malha ortogonal; malha radial; patamares; topos planos de morros. 1. Caracterização da Área Ocupação Planejada Ocupação Espontânea 1. Caracterização da Área Características Predominantes das Ocupações Planejadas ocupação ordenada em lotes e vias definidas; rede viária hierarquizada; reserva de espaço para lazer e equipamentos de uso público; definição de espaços para uso não habitacional; adoção de terraplenagem generalizada, aplainando topos de morros; baixo padrão construtivo das moradias (em caso de empreendimentos públicos); ausência de tratamento das áreas do entorno (principalmente nas encostas). 9
10 1. Caracterização da Área Características Predominantes das Ocupações Espontâneas ocupação desordenada; rede viária descontínua e sem hierarquia; inexistência de reserva de áreas de servidão e para uso público; movimentação de terra (cortes/aterros) sem adoção de critérios técnicos, com remoção da cobertura vegetal; baixo padrão construtivo das moradias; inexistência de infraestrutura de saneamento; ausência de tratamento das áreas do entorno (principalmente nas encostas); dificuldade de acesso dos serviços (coleta de lixo, p.ex.). 1. Caracterização da Área A caracterização da área de ocupação urbana precária é feita pela busca de informações que permitam a montagem do cenário da ocupação, seu histórico de formação, aspectos. os objetivos, dentre outros 1. Caracterização da Área Informações importantes: características do empreendimento: área (total e construída); nº. de moradias (previstas e implantadas); infra-estrutura (prevista e implantada). perfil da população; características do entorno - aspectos que possam influenciar nas condições ambientais do empreendimento proximidade de áreas protegidas, de zonas industriais, de zonas de produção mineral, etc.) 10
11 Intervalo Conceito de risco. RISCO é a relação entre a possibilidade de ocorrência de um dado processo ou fenômeno e a magnitude de danos ou consequências sociais e/ou econômicas sobre um dado elemento, grupo ou comunidade. Quanto maior a vulnerabilidade, maior o risco. Risco = probabilidade x tamanho dos danos Portanto ÁREA DE RISCO = Área passível de ser atingida por fenômenos ou processos naturais e/ou induzidos que causem efeito adverso. Quem habita essas áreas está sujeito a danos à integridade física, perdas materiais e patrimoniais. Normalmente, no contexto das cidades brasileiras, essas áreas correspondem aos núcleos habitacionais de baixa renda (assentamentos precários). 11
12 Elementos que compõem a análise de risco PERIGO VULNERABILIDADE RISCO PERIGO VULNERABILIDADE SUSCETIBILIDADE RISCO GRAU DE EXPOSIÇÃO GRAU DE SUSCETIBILIDADE EXPOSIÇÃO Perigo: probabilidade de ocorrência de acidente (época de chuvas, p.ex.) Suscetibilidade: fragilidade do ambiente frente aos processos geológicos (deslizamentos, erosão, área com solo mais poroso). Vulnerabilidade: predisposição de uma área ser afetada por um acidente (área de encostas ocupada irregularmente) Grau de exposição: duração ou intensidade do acidente (chuvas intensas e contínuas) Fatores de risco São os componentes principais (elementos ou características) - determinam a Suscetibilidade do Meio ou a Vulnerabilidade da área Eles são divididos em: Fatores Geomorfológicos Fatores Hidrológicos Fatores Climáticos Fatores Antrópicos 12
13 Fatores Geomorfológicos Estes fatores estão relacionados à composição e características do solo (litologia tipo de solo -, textura, estrutura) e às formas do relevo. Estrutura do solo Litologia - Perfil do solo Relevo - Perfil de encostas Fatores Geomorfológicos São mais suscetíveis as encostas que apresentem: maior altitude maior extensão perfil côncavo baixa sinuosidade (rampas retas) alta declividade Fatores Hidrológicos O ciclo hidrológico é um fator importante na análise dos riscos, em especial as águas correntes de escoamento superficial, porque formam uma rede de drenagem cuja densidade depende da morfologia do terreno, da permeabilidade do solo e da intensidade das chuvas. 13
14 Fatores Hidrológicos Quanto maior a densidade da drenagem, maior a condição de erosão de uma determinada d área. Quanto maior a declividade do terreno, maior a velocidade das águas e, portanto, maior o poder de ação. Fatores Climáticos Umidade e temperatura são os componentes principais deste aspecto. Em relação à umidade, as chuvas são os principais elementos e estão divididas em: Chuvas acumuladas saturam o solo Chuvas concentradas favorecem os deslizamentos Fatores Antrópicos Os fatores antrópicos interferem diretamente nos fatores anteriores, aumentando o grau de vulnerabilidade da área. Principais fatores antrópicos: densidade populacional frequência de cortes e aterros desmatamento (taxa de solo exposto) pontos de lançamento de lixo fossas inadequadas pontos de vazamento de água 14
15 Fatores Antrópicos alta densidade populacional desmatamento (taxa de solo exposto) frequência de cortes e aterros Os estudos de risco se iniciam com uma pré-setorização da área, utilizando-se a percepção e os seguintes parâmetros básicos: declividade/inclinação do terreno presença de vegetação hidrografia (cursos d água, lençol freático) características do solo posição da ocupação (em relação à encosta, aos cursos d água, etc.) qualidade da ocupação (vulnerabilidade) verificação da tipologia da degradação processos erosivos existentes, p.ex. Cadastro utilizado de em riscos é um vistorias em instrumento campo que permite determinar a potencialidade de ocorrência identificação Deve-se importantes avaliação. de das observar acidentes, situações os com de parâmetros para a realização a risco. mais da 15
16 3. Ações de Recuperação Após a identificação dos fatores que geraram a degradação de áreas de ocupação urbana, passa-sese à fase final, de equacionamento dos problemas, buscando soluções visando à recuperação ambiental da área. Nesta fase, há necessidade de adoção de medidas preventivas, corretivas e de recuperação, consideradas estruturais e não estruturais. 3. Ações de Recuperação Esquema de ações preventivas 3. Ações de Recuperação Medidas estruturais As ações estruturais para prevenir acidentes em áreas ocupadas são aquelas onde se aplicam soluções da engenharia, com a construção de muros de contenção, sistemas de macro e micro drenagem, remanejamento de moradias, etc. 16
17 3. Ações de Recuperação Medidas estruturais obras de engenharia: muros de contenção; proteção e reconstituição de taludes; estabilização de encostas; implantação sistemas de drenagem (macro e micro) controle e prevenção - cheias e inundações melhoria - escoamento das águas superficiais recomposição vegetal proteção das superfícies reurbanização de áreas relocação de moradias; sistemas de infra-estrutura e de circulação. 3. Ações de Recuperação Medidas não-estruturais As ações não-estruturais para prevenção de desastres são aquelas onde se aplica um conjunto de medidas relacionadas às políticas urbanas, planejamento urbano, legislação, planos de defesa civil e educação. 3. Ações de Recuperação Medidas não-estruturais São ações que compostas por: planejamento urbano: legislação: Plano Diretor; lei de uso e mapeamento; ocupação do solo política habitacional. código de obras e edificações planos de defesa civil código de posturas medidas preventivas, leis ambientais corretivas e emergenciais; educação sistema de informação; canais de participação. 17
18 Boa semana! Profº Carlos Henrique A. de Oliveira Referência de imagens Todas as imagens pertencem ao banco de imagens, ao Professor e obtidas junto ao Google Earth. 18
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