- Grupo de Apoio e Educação em Diabetes
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- Ísis Silva da Cunha
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1 DIABETES O que é Diabetes mellitus é uma doença crônica resultante do desequilíbrio entre a secreção e a sensibilidade à insulina. A classificação tradicional segrega as condições hiperglicêmicas nos seguintes grupos: diabetes mellitus tipo I; diabetes mellitus tipo II; outros tipos específicos e diabetes mellitus gestacional. Além dessas condições, há outras que também levam ao diabetes, como a desnutrição, e outras genéticas, induzidas por drogas ou adquiridas. O tipo I é principal forma de diabetes diagnosticada na infância e juventude. Caracteriza-se por um ataque maciço auto-imune às células do pâncreas. Esta destruição requer um estímulo ambiental e um determinante genético que permite que essas células sejam reconhecidas como estranhas. Tem como características principais a necessidade diária de insulina no tratamento e grande tendência a desenvolver cetoacidose e coma. As ilhotas de Langerhans tornam-se infiltradas por linfócitos T pancreáticos, levando a insulite. Os sintomas surgem abruptamente quando 80% a 90% das células foram destruídas. Assim, o pâncreas falha em responder adequadamente à ingestão de glicose e a terapia com insulina torna-se necessária para restaurar o controle metabólico. Muitos pacientes mostram um falso período de lua-de-mel após o tratamento inicial, quando os sintomas desaparecem transitoriamente e pouca ou nenhuma insulina é requerida, pois há um retorno temporário na secreção de insulina. Diabettes mellitus tipo II é a forma mais comum da doença, representando 100% entre as pessoas acima de 45 anos e tendo a incidência em crianças em crescimento gradativo. Esse problema caracteriza-se por apresentar resistência à ação da insulina e/ou uma deficiência relativa de insulina. A maioria dos pacientes são obesos ou, se não preenchem critérios para
2 obesidade pelo IMC, têm aumento de gordura predominantemente na região abdominal. Os fatores ambientais que contribuem para o desenvolvimento do diabettes mellitus tipo II são a obesidade, responsável por 75% dos casos, a falta de exercício físico e dietas rica em gordura e pobres em fibra. Custo Social e Financeiro do Diabetes Segundo previsão do Diabetes Health Economics Study Group da Federação Internacional de Diabetes IDF, para o ano de 2025, cerca de 300 milhões de pessoas no mundo apresentarão quadro dessa patologia. Utilizando um banco de dados da OMS, assim como projeções emitidas pelas Nações Unidas, foi feita uma estimativa do número de pessoas portadoras de diabetes com o objetivo de cooperar no planejamento dos programas de atendimento médico e de saúde pública. Estima-se que o número de diabéticos adultos na América Latina aumente em 254%, de 14,5 milhões em 1995, para 36,8 milhões em 2025, na sua maioria mulheres, entre 45 a 64 anos de idade. Em 1992, o custo total do diabetes mellitus nos EUA foi de cerca de 100 bilhões de dólares, demonstrando ser cerca de 3,6 vezes maior quando comparado com pacientes não diabéticos. O diabetes é responsável por aumento de 47 vezes no risco de um adulto desenvolver insuficiência renal crônica (IRC), 25 vezes no risco de cegueira e 40 vezes no risco de amputação de membros inferiores, em comparação com a população geral. No Brasil, continua a aumentar a incidência de diabetes na população, sendo que é hoje um dos mais importantes, se não o mais importante, fator de risco para a doença cardiovascular. Além disso, metade dos indivíduos desconhece ser portadora da enfermidade e, entre os que tem conhecimento, 20% não faz qualquer tipo de tratamento.
3 O demonstrativo de gastos com internações por doenças não-transmissíveis da rede contradada do INSS apontou o diabetes em terceiro lugar, antecedido pelas enfermidades cardiovasculares e o câncer, com o custo hospitalar/dia mais elevado que as demais. Portanto, em nossa população, a síndrome do diabetes mellitus promove repercussões importantes, não apenas na área da saúde, em razão de sua incidência e prevalência elevadas, mas também pelo fato de vir quase sempre acompanhada de complicações múltiplas, que irão causar grande impacto nas áreas sociais e econômicas. Estima-se que 80% das internações hospitalares são decorrentes das co-morbidades diabéticas: Diabetes melito como diagnóstico primário de internação hospitalar aparece como a sexta causa mais freqüente e contribui de forma significativa (30% a 50%) para outras causas, como: cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, colecistopatias, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial; Pacientes diabéticos representam cerca de 30% dos pacientes que se internam em unidades coronarianas intensivas com dor precordial; Diabetes é a principal causa de amputação de membros inferiores; É, também, a principal causa de cegueira adquirida; Cerca de 26% dos pacientes que ingressam em programas de diálise são diabéticos. A minimização destes custos (humanos, sociais e financeiros) deve ser baseada na prevenção da doença e de suas complicações, através de um programa de educação e apoio ao diabético. GAED - Apresentação O DM é para sempre, mas, felizmente, com o tratamento adequado e com a eficácia das medicações disponíveis hoje no mercado, é possível obter um controle glicêmico muito próximo dos limites desejados. Sabemos que não basta o médico indicar a medicação mais adequada, recomendar exercícios físicos e dieta balanceada se o paciente não aderir ao tratamento. Somente a conscientização do problema porparte do paciente é que possibilitará uma real mudança em seu estilo de vida, permitindo que o ele desfrute de uma vida plena dentro de seu universo de possibilidades.
4 Esse é o papel do GAED - Grupo de Apoio e Educação em Diabetes: estimular a aderência do paciente ao tratamento, pois com o conhecimento da doença e apoio de seu tutor, assim como dos outros membros do grupo, o paciente obterá melhor qualidade de vida e, por conseguinte, terá uma vida mais produtiva. Os resultados são surpreendentemente positivos, tanto para os pacientes (qualidade de vida) como para as instituições responsáveis (custos). GAED Programa de Trabalho O programa de trabalho proposto segue uma abordagem humanista, que promove a saúde do diabético, com embasamento nas mais avançadas e atualizadas normas da American Diabetes Association. O programa didático abrange todos os tópicos necessários para o cuidado com o paciente. O programa é composto por sete encontros educacionais, uma vez por semana, composto por até vinte pacientes por grupo. Em cada encontro será abordado um tema específico: 1- Apresentação do programa ABC do diabetes: Hemoglobina Glicada Pressão arterial Colesterol 2- O que é Diabetes Tipos Fisiopatologia 3- Complicações crônicas: micro e macrovasculares 4- Tratamento: dieta e atividade física 5- Tratamento: Insulina e medicação oral/ Aplicação de insulina 6- Complicações agudas: hipo e hiperglicemia/automonitorização 7- Cuidado com os pés/higiene bucal
5 Proposta de parceria de trabalho A parceria se daria da seguinte forma: O GAED aplica o Programa e administra o projeto; A ESEF proporciona sua infra-estrutura para que os módulos do GAED sejam ministrados assim como suas instalações para condicionamento físico. Os alunos da ESEF poderão participar do Programa de Educação e assim formarem-se também Educadores em Diabetes, uma profissão associada para trabalharem com um público diferenciado, que no ano de 2025 já é previsto cerca de 300 milhões de pessoas. A prefeitura arca com os honorários do(s) profissional(is) do GAED. Afinal, os gastos da saúde são de um peso para a cidade que pode ser aliviado. É vital que se faça um programa de educação em diabetes num ambiente que seja saudável e pró-ativo (como é o ambiente da ESEF), pois a aderência do paciente ao tratamento é fator chave. Estou propondo uma mudança de estilo de vida ao paciente diabético, por isso tenho que estar com eles num ambiente saudável, onde eles poderão descobrir o prazer da atividade física e verificar em seus exames médicos os resultados positivos. Não se pode falar em mudança de estilo de vida sem pensar em atividade física e reeducação alimentar e, se estas duas mudanças ocorrerem, teremos muito mais diabéticos tipo II saudáveis que irão diminuir medicação ou nem precisar mais dela.
6 Coordenação: Angela Carero Psicóloga CRP 06/ Formada em Psicologia pela Universidade São Francisco Especialização em Análise Transacional ALAT Associação Latino Americana de Análise Transacional Pós-Graduação em Análise Junguiana UNICAMP Universidade de Campinas Pós-Graduação em Psicossomática FACIS/IBEHE São Paulo Spuma Pac / DOW Química: Treinamento e Seleção de Pessoal Granja Betinha Ceval: Treinamento e Seleção de Pessoal GAPO Grupo de Apoio ao Paciente Obeso: Palestras e Avaliação de Pacientes Amil Total Care: Palestras para Obesos, Diabéticos e Hipertensos Palestras: - Pensamento Equivocado, Sentimento Equivocado - Qualidade de Vida - Obesidade
7 - Educação em Diabetes - Motivação - Relacionamento Inter-pessoal no ambiente de trabalho - Qualidade no Atendimento - Psicossomática O Ser bio-psico-social - Auto-estima e segurança - Excelência em Atendimento Abordagem Crítico-Reflexiva, buscar a congruência entre o pensar, fazer, sentir e falar.
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