Fundo de Investimento Mobiliário. Caixagest Acções EUA. Relatório & Contas 2002
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1 Fundo de Investimento Mobiliário Caixagest Acções EUA Relatório & Contas 2002 ÍNDICE 1. ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO OS MERCADOS FINANCEIROS FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO RELATÓRIO DE GESTÃO DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...7 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS RELATÓRIO DE AUDITORIA
2 1. ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO Durante o ano 2002, a actividade económica mundial continuou condicionada pela ausência de recuperação do investimento privado e pela crescente tensão político-militar no Médio Oriente, em simultâneo com um sustentado aumento do preço do petróleo. Os principais Bancos Centrais mantiveram uma política monetária expansionista ao longo de todo o ano, que foi, contudo, insuficiente para impedir a queda das principais praças bolsistas pelo terceiro ano consecutivo. O crescimento económico nos Estados Unidos, cifrado em 2.4%, foi sustentado pelo consumo privado, graças aos fortes descontos proporcionados pelos principais construtores de automóveis, e pelos gastos públicos. Durante 2002, o bloco económico europeu continuou sem dar sinais de retoma, o que se reflectiu num novo abrandamento do mercado de trabalho. 5% Evolução do PIB 4% 3% 2% 1% 0% -1% -2% Portugal EUA Japão Zona Euro Em 2002, a economia japonesa voltou a mostrar um crescimento negativo quer do PIB quer dos preços no consumidor. As economias da América Latina continuaram igualmente envoltas num clima de forte incerteza - ao agravamento da situação económica e social da Argentina, juntaram-se as incertezas de em torno da concretizada vitória do Partido dos Trabalhadores no Brasil e o crescente clima de tensão na Venezuela, com consequências naturalmente nefastas para o preço do petróleo. Em Portugal, apesar do clima de maior estabilidade política, o crescimento económico voltou a ser inferior aos dos restantes países do sul da Europa. As restrições orçamentais impostas tiveram resultados negativos sobretudo a nível da confiança dos consumidores e dos industriais, concretizando-se num abrandamento do consumo e da produção industrial. Inflação No campo da inflação, a principal contribuição para o crescimento do índices de preços no consumidor nos Estados Unidos foram os preços energéticos. Excluindo estes, o fraco crescimento económico e o reduzido espaço para o aumento de preços por parte das empresas em resultado da manutenção do excesso de capacidade instalada - permitiram manter durante o ano o crescimento dos preços, excluindo energia, sob controlo. CAIXAGEST ACÇÕES EUA 2
3 Na UEM, a introdução do Euro teve um impacto maior que o esperado sobre o crescimento dos preços. Beneficiando contudo de um efeito base, a inflação homóloga mostrou na segunda metade do ano um contínuo abrandamento, encerrando num nível próximo do pretendido pelo Banco Central Europeu 2%. Em Portugal, a inflação esteve durante todo o ano acima do objectivo de 2.0% definido pelo Banco Central Europeu - valor tomado como referência para estabilidade de preços na União Monetária - fixando-se a média nos 3.5% no final do ano. Comportamento da Inflação 6.0% 5.0% 4.0% 3.0% 2.0% 1.0% 0.0% -1.0% -2.0% Jan-97 Mai-97 Set-97 Jan-98 Mai-98 Set-98 Jan-99 Mai-99 Set-99 Jan-00 Mai-00 Set-00 Jan-01 Mai-01 Set-01 Jan-02 Mai-02 EUA Japão Euroland Portugal Set OS MERCADOS FINANCEIROS Mercado Monetário As expectativas de retoma económica, existentes no início de 2002, contribuíram para a recuperação das taxas de juro do mercado monetário durante o primeiro trimestre. Contudo, o decepcionante desempenho da actividade económica europeia, resultado da ausência de recuperação quer do consumo quer do investimento, levou a novas descidas dos juros directores por parte do BCE, ainda no segundo trimestre. As taxas de juro do mercado monetário registaram a partir daí uma forte inversão de trajectória, visível em todos os prazos. Mercado Obrigacionista Os mercados de obrigações de taxa fixa mostraram durante grande parte do ano de 2002 uma tendência de descida das yields (subida dos preços das obrigações), em resultado do cenário de retoma económica não concretizado e das fortes perdas registadas nos mercados accionistas, que à semelhança do ano anterior levaram os investidores a refugiarem-se nas obrigações. No último trimestre do ano, em particular, as taxas de juro entraram num intervalo de negociação, caracterizadas paralelamente por uma forte volatilidade. CAIXAGEST ACÇÕES EUA 3
4 Variação dos principais índices obrigacionistas por países em 2002 EUA 12.21% Portugal Eu ropa UK 9.67% 9.31% 10.45% Alemanha Global 8.71% 9.31% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% O diferencial entre o rendimento das obrigações a dez anos americanas e europeias permaneceu praticamente estável durante todo o ano de 2002 em território, sendo as taxas de juro na Europa mais elevadas que as suas congéneres norte americanas. A economia japonesa sentiu os efeitos do fraco desempenho dos restantes espaços económicos. Na impossibilidade de voltar a reduzir a principal taxa de refinanciamento, o Banco Central do Japão anunciou a compra de acções detidas por bancos comerciais, com o intuito de reduzir o risco, o que acabou contudo por ter um impacto reduzido. Mercado Cambial O primeiro ano de circulação da moeda única europeia foi caracterizado por uma tendência contínua de apreciação face ao dólar americano. Apesar do fraco desempenho da economia europeia, o Euro apreciou-se 18% contra a moeda norte-americana, comportamento díspar do registado em 2001, ano em que registou uma depreciação de 5.6%. A mudança de atitude da Administração Bush para com o USD, a menor atractividade de muitos activos dos EUA e o diferencial positivo das taxas de juro europeias, contribuíram de forma relevante para o comportamento da moeda europeia. Evolução dos principais câmbios euro/dólares Jan-99 Mai-99 Set-99 Jan-00 Mai-00 Set-00 Jan-01 Mai-01 Set-01 Jan-02 Mai-02 Set-02 dólares/euro EUR/USD (L) GBP/USD (L) JPY/USD ( CAIXAGEST ACÇÕES EUA 4
5 Apesar de em 2002 o comportamento da economia britânica se ter distinguido uma vez mais relativamente às restantes economia da UEM, a moeda britânica depreciou-se 6.0% face sua congénere da União Económica e Monetária. O desempenho do câmbio EUR/USD acabou por afectar o valor da moeda europeia contra a divisa britânica. Relativamente ao dólar, contudo, a libra apresentou valorização de 10.8%, condizente com o melhor comportamento da sua actividade económica. A falta de confiança dos investidores no dólar acabou por também ter impacto no câmbio iene/dólar, registando a divisa japonesa uma valorização de 9.7% contra a moeda norte americana. Mercado Accionista Todas as bolsas europeias registaram em 2002 acentuadas desvalorizações. O índice da Morgan Stanley para a Europa (MSCI 15) encerrou o ano com uma variação homóloga de %. As praças bolsistas atingiram os valores mais baixos dos últimos cinco anos após o registo de descidas pelo terceiro ano consecutivo. À semelhança dos anos anteriores, 2002 voltou a ser um ano negativo para as empresas de telecomunicações e tecnologia, fragilizadas este ano pelos escândalos contabílisticos nos EUA. Os índices bolsistas atingiram mínimos sucessivos ao longo de todo ao ano, afectados por um conjunto de incertezas relacionadas com ameaça de um conflito no Médio Oriente, falências de empresas e cortes de dividendos. Variações dos principais índices bolsistas em % % Dow Jones Nikkey % % % % Mibtel FT 100 PSI 20 IBEX % CAC % Dax -50% -45% -40% -35% -30% -25% -20% -15% -10% -5% 0% O mercado accionista português evoluiu em conformidade com a actividade económica e com os restantes mercados, fechando o ano com fortes perdas o índice PSI 20 desvalorizou 25.6%. Destaca-se em 2002 o aumento de capital do BCP, do BPI, do BES e da Sonae.com; bem como o encerramento da Ony Way e a venda da PTM.COM e das Páginas Amarelas. As três acções com maior valorização ao longo do ano foram: a PT Multimédia (28.46%), a Brisa (10.92%) e o Banco Espirito Santo (8.74%). As que registaram maior desvalorização foram: o Banco Comercial Português (-49.89%), a Sonae SGPS (-50.62%) e a Pararede ( %). CAIXAGEST ACÇÕES EUA 5
6 3. FUNDOS DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO O montante de activos geridos pelo conjunto das Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento Mobiliário portuguesas registou um decréscimo de 3,1% durante o ano de 2002, situando-se nos milhões de euros, no final do ano. VOLUME GERIDO PELAS SGFIM's PORTUGUESAS Milhoes de euros PPA e PPR A. Internacionais Capital Garantido Acções Nacionais Fundos de Fundos Mistos Obrigações Tesouraria Os fundos que contribuíram para o citado aumento foram os fundos de Tesouraria e de Obrigações que cresceram 17% e 2%, respectivamente; as restantes categorias registaram variações negativas no volume sob gestão em Número de Fundos de Investimento Tipo de Fundo Dez-01 Dez-02 Variação Tesouraria Euro Tesouraria Internacional Obrigações de Taxa Variável Obrigações de Taxa Fixa Euro Obrigações de Taxa Fixa Internacional Mistos Fundo de Fundos Acções Nacionais Acções Europeias Acções Internacionais Acções EUA Acções Sectoriais PPR PPA Capital Garantido Durante o ano manteve-se o movimento de racionalização da oferta de Fundos por parte das Sociedades Gestoras, que resultou na extinção de 48 Fundos e no lançamento de 7 novos Fundos. Desta forma, no final do ano passaram a existir 221 fundos de investimento mobiliários geridos por sociedades gestoras portuguesas. CAIXAGEST ACÇÕES EUA 6
7 4. RELATÓRIO DE GESTÃO Caracterização do Fundo O Fundo CAIXAGEST Acções EUA foi lançado em 1 de Junho de 2001, está classificado como Fundo Aberto de Acções Internacionais, tem como entidade depositária a Caixa Geral de Depósitos e é comercializado aos balcões da rede CGD e na Investimento Directo Sociedade Financeira de Corretagem, S.A.. Sendo um Fundo de acções dos Estados Unidos da América, o seu objectivo é o investimento em acções emitidas por empresas sedeadas neste país, emitidas em qualquer moeda, cuja capitalização bolsista e a liquidez sejam elevadas. O CAIXAGEST Acções EUA encontra-se vocacionado para aplicações de longo prazo, com um mínimo de subscrição de e capitaliza os rendimentos. Estratégia de Investimento O optimismo existente no início de 2002, relativo á economia norte-americana, foi sendo progressivamente frustado ao longo do ano, transformando-se em pessimismo quanto ao crescimento de resultados das empresa americanas. Os índices accionistas norte-americanos perderam no ano cerca de 23% e o USD desvalorizou-se cerca de 18% face ao Euro. As falências e os escândalos contabilísticos com empresas americanas pesaram fortemente no aumento do prémio de risco que os investidores passaram a exigir para a compra de activos nos EUA, ao que se juntou o risco de um conflito no Iraque. A gestão do fundo procurou contrariar esta conjuntura desfavorável investindo em empresas defensivas, com solidez financeira e com gestão de qualidade superior de modo a ultrapassar o período de volatilidade, não ficando no entanto imune à evolução geral do mercado. CAIXAGEST ACÇÕES EUA Composição da Carteira em CAIXAGEST ACÇÕES EUA Variação do Valor da UP em 2002 Outros 38% Retalho 5% Energia 7% Liquidez 1% Farmac. e Biotec. 10% Bens Industriais 9% Equipamento Tecnológico 8% Software e Serviços Bancos 8% Financeiras 7% 7% 105% 100% 95% 90% 85% 80% 75% 70% 65% 60% Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Avaliação do desempenho Nos doze meses anteriores a 31 de Dezembro de 2002, o Fundo CAIXAGEST Acções EUA registou uma rendibilidade líquida de % e um desvio padrão de 24.99%. No final do ano, a carteira do Fundo era de milhões de euros, distribuídos por unidades de participação, o que correspondeu a uma variação de 14% no número de UPs em circulação. CAIXAGEST ACÇÕES EUA 7
8 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CAIXAGEST ACÇÕES EUA 8
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10 FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO CAIXAGEST ACÇÔES EUA ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001 (Montantes expressos em Euros - ) INTRODUÇÃO O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto CAIXAGEST ACÇÕES EUA (Fundo) foi autorizado em 19 de Abril de 2001, por deliberação do Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, tendo iniciado a sua actividade em 1 de Junho de Este Fundo foi constituído por prazo indeterminado e tem por objecto o investimento em acções emitidas por empresas sedeadas nos Estados Unidos da América, obrigações convertíveis ou obrigações que confiram o direito de subscrição de acções, títulos de participação e unidades de participação. O Fundo é administrado, gerido e representado pela Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A.. As funções de banco depositário são exercidas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD). BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Fundo, mantidos de acordo com o Plano de Contas dos Fundos de Investimento Mobiliário, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, e regulamentação complementar emitida por esta entidade, na sequência das competências que lhe foram atribuídas pelo Decreto-Lei nº 276/94, de 2 de Novembro, aditado pelas alterações constantes do Decreto-Lei nº 323/99, de 13 de Agosto. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Fundos de Investimento Mobiliário. As notas cuja numeração se encontra ausente não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 1. CAPITAL DO FUNDO O património do Fundo está formalizado através de unidades de participação, com características iguais e sem valor nominal, as quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do Fundo, proporcional ao número de unidades que representam. O movimento ocorrido no capital do Fundo, durante o período compreendido entre 1 de Junho de 2001 (data de início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2001 e o exercício de 2002, foi o seguinte: Número de Valor Diferença Resultado unidades de unitário da Valor para o valor Resultados líquido do participação unidade de base base transitados exercício Total em circulação participação Saldos em 1 de Junho de Subscrições ( ) ,5745 Resgates ( ) ( ) (34.647) 4,0896 Transferências Outros - (2) (2) - - Resultado líquido do período - - ( ) ( ) - - Saldos em 31 de Dezembro de ( ) - ( ) ,4039 Subscrições ( ) ,2659 Resgates ( ) ( ) ( ) 3,7719 Transferências - - ( ) Outros 40 (40) Resultado líquido do exercício ( ) ( ) - - Saldos em 31 de Dezembro de ( ) ( ) ( ) ,7935 CAIXAGEST ACÇÕES EUA 10
11 O valor líquido global do Fundo e o valor de cada unidade de participação no último dia de cada trimestre desde a data de início de actividade do Fundo foi o seguinte: Ano Valor Líquido Valor da Meses Global do Fundo Unidade de Participação 2002 Março ,4755 Junho ,4640 Setembro ,8061 Dezembro , Junho ,8390 Setembro ,6624 Dezem bro , VOLUME DE TRANSACÇÕES O volume de transacções durante o exercício de 2002 e o período compreendido entre 1 de Junho de 2001 (data de início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2001, foi o seguinte: 2002 Compras Vendas Total Bolsa Fora Bolsa Bolsa Fora Bolsa Bolsa Fora Bolsa Acções Compras Vendas Total Bolsa Fora Bolsa Bolsa Fora Bolsa Bolsa Fora Bolsa Acções O número de participantes por escalão, apresenta o seguinte detalhe: Até Entre 500 e Entre e Entre e Acima de Total ==== ==== CAIXAGEST ACÇÕES EUA 11
12 3. CARTEIRA DE TÍTULOS E DISPONIBILIDADES O detalhe da carteira em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 é apresentado no Anexo I e II, respectivamente. O movimento ocorrido nas rubricas de disponibilidades no exercício de 2002 e no período compreendido entre 1 de Junho de 2001 (data de início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2001, foi o seguinte: Depósitos a Depósitos prazo e com à ordem pré-aviso Total Saldos em 1 de Junho de Aumentos Reduções - ( ) ( ) Saldos em 31 de Dezembro de Aumentos ( ) Reduções - ( ) ( ) Saldos em 31 de Dezembro de 2002 ( ) - ( ) Em 31 de Dezembro de 2002, os descobertos vencem juros à taxa anual bruta de 3,21%. Em 31 de Dezembro de 2001, os depósitos à ordem não eram remunerados. 4. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes: a) Reconhecimento de juros de aplicações Os juros das aplicações são reconhecidos na demonstração de resultados do exercício em que se vencem, independentemente do momento em que são recebidos. Os juros são registados pelo montante bruto, sendo o respectivo Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) reconhecido na demonstração de resultados do exercício na rubrica Impostos e taxas (Nota 9). b) Rendimento de títulos A rubrica de rendimento de títulos corresponde a dividendos que são registados na demonstração de resultados do exercício em que são recebidos. c) Carteira de títulos As compras de títulos e de direitos de subscrição são registadas, na data da transacção, pelo seu valor efectivo de aquisição. Os títulos em carteira são avaliados ao seu valor de mercado, de acordo com as seguintes regras: i) Os valores mobiliários admitidos à negociação numa bolsa de valores ou transaccionados num mercado regulamentado e com transacções efectuadas nos últimos 30 dias, são valorizadas à cotação de fecho se a sessão tiver encerrado antes das 17 horas de Lisboa, ou à cotação verificada nessa hora se a sessão se encontrar em funcionamento e tiver decorrido mais de metade da sessão, ou à cotação do dia anterior no caso das Bolsas americanas. Os preços serão fornecidos pelas entidades gestoras do mercado onde os valores se encontram admitidos à cotação e captados através da Reuters e da Bloomberg; ii) Os valores mobiliários cotados sem transacções nos últimos 30 dias e os não cotados são ambos valorizados à melhor oferta de compra fornecida pelos market makers do mercado, através da Reuters e da Bloomberg; CAIXAGEST ACÇÕES EUA 12
13 iii) Os valores mobiliários em processo de admissão à cotação numa bolsa de valores ou num mercado regulamentado, serão valorizados tendo por base os preços de mercado de valores mobiliários da mesma espécie, emitidos pela mesma entidade e admitidos à cotação, introduzindo um desconto que reflicta as características de fungibilidade, frequência e regularidade de transacções; iv) Se os valores mobiliários forem cotados em mais de uma bolsa, será considerado o preço praticado no mercado que apresenta maior liquidez, frequência e regularidade de transacções. As mais ou menos-valias líquidas apuradas de acordo com as políticas contabilísticas definidas anteriormente são reconhecidas na demonstração de resultados do exercício nas rubricas de Ganhos/Perdas em operações financeiras na carteira de títulos, por contrapartida das rubricas Mais-valias e Menos-valias do activo. Para determinação do custo dos títulos vendidos é utilizado o critério FIFO. d) Valorização das unidades de participação O valor de cada unidade de participação é calculado dividindo o valor líquido do património do Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido do património corresponde ao somatório das rubricas do capital do Fundo. A rubrica "Variações patrimoniais" resulta da diferença entre o valor de subscrição ou resgate relativamente ao valor base da unidade de participação, na data de subscrição ou resgate. e) Comissão de gestão e de depositário A comissão de gestão e a comissão de depositário, de acordo com o Decreto-Lei nº 276/94, de 2 de Novembro, constituem um encargo do Fundo, a título de remuneração de serviços a si prestados. De acordo com o regulamento de gestão do Fundo, estas comissões são calculadas diariamente, por aplicação de uma taxa fixa mensal de 0,115% para a comissão de gestão e de 0,0767% para a comissão de depositário, sobre o valor médio diário do património líquido do Fundo. A comissão de gestão e a comissão de depositário são liquidadas mensalmente, através da aplicação das percentagens acima definidas, sendo registadas na rubrica Comissões Outras, de operações correntes. f) Taxa de supervisão A taxa de supervisão devida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, de acordo com a Portaria nº 313-A/2000, de 29 de Fevereiro, aditada pela Portaria nº 1303/2001, de 22 de Novembro, constitui um encargo do Fundo. Esta remuneração é calculada por aplicação de uma taxa sobre o valor global do Fundo no final de cada mês. Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, esta taxa ascendia a 0,0133%o. Sempre que o resultado obtido seja inferior a 50 ou superior a , a taxa mensal devida, corresponderá a um desses limites. g) Operações em moeda estran geira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos em Euros, com base nos câmbios oficiais de divisas do dia, divulgados a título indicativo pelo Banco de Portugal. As diferenças resultantes da reavaliação cambial são reflectidas na demonstração de resultados do exercício. Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no exercício em que ocorrem. CAIXAGEST ACÇÕES EUA 13
14 5. COMPONENTES DO RESULTADO DO FUNDO Estas rubricas têm a seguinte composição: PROVEITOS 2002 Ganhos de Capital Mais Mais valias valias Juros Rendimento de potenciais efectivas Total Vencidos Decorridos Total títulos Operações à vista: Acções Depósitos Ganhos de Capital Mais Mais valias valias Juros Rendimento de potenciais efectivas Total Vencidos Decorridos Total títulos Operações à vista: Acções Depósitos CUSTOS 2002 Perdas de Capital Menos Menos valias valias Juros Comissões potenciais efectivas Total vencidos vencidas decorridas total Operações à vista: Acções Cambiais Descobertos Comissões: De gestão De depósito Taxa de supervisão Da carteira de títulos Total CAIXAGEST ACÇÕES EUA 14
15 2001 Perdas de Capital Menos Menos valias valias Comissões potenciais efectivas Total Vencidas Decorridas Total Operações à vista: Acções Cambiais Comissões: De gestão De depósito Taxa de supervisão Da carteira de títulos Total IMPOSTOS E TAXAS Em conformidade com o artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os rendimentos obtidos pelos fundos de investimento mobiliário, são tributados de acordo com o seguinte detalhe:. Os juros são tributados à taxa de 20%;. As mais-valias são tributadas nas mesmas condições das auferidas por pessoas singulares residentes em território português. Assim, ao saldo positivo apurado entre as mais-valias e as menosvalias obtidas em cada exercício, é aplicada uma taxa de IRC de 10%, sendo que, para as acções que se encontrem em carteira há mais de um ano não há lugar a tributação. É ainda de referir que, no apuramento das mais-valias fiscais decorrentes da alienação de acções, é utilizado o critério FIFO;. Os dividendos recebidos de empresas estrangeiras e todos os restantes rendimentos não sujeitos a retenção na fonte são tributados em 25%. Os montantes registados nesta rubrica apresentam a seguinte composição de acordo com o tipo de rendimento gerador da tributação: Rendimento de títulos Juros de depósitos a prazo Juros de depósitos à ordem Total ===== ===== 11. EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL O Fundo detinha os seguintes activos expressos em moeda estrangeira: MOEDA USD Contravalor em ========= ========= CAIXAGEST ACÇÕES EUA 15
16 13. COBERTURA DO RISCO DE COTAÇÕES A composição da carteira de acções em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 é apresentada no Anexo I e II, respectivamente. Nestas datas, não existem operações de cobertura de risco. 17. OUTROS DEVEDORES Em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica inclui as vendas de títulos, cuja a liquidação financeira ainda não ocorreu à data do balanço. 18. OUTROS CREDORES Esta rubrica tem a seguinte composição: Operações de bolsa a regularizar Impostos a regularizar ===== ====== As O perações de bolsa a regularizar correspondem ao montante a pagar resultante da compra de títulos, cuja liquidação financeira não tinha ocorrido à data do balanço. CAIXAGEST ACÇÕES EUA 16
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21 MAGALHÃES, NEVES E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS INSCRIÇÃO N.º 95 REGISTO NA CMVM nº 223 NIPC FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO CAIXAGEST ACÇÕES EUA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 ACOMPANHADAS DA CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA Amoreiras Torre 1 7º Lisboa Telefone:
22 MAGALHÃES, NEVES E ASSOCIADOS SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS INSCRIÇÃO N.º 95 REGISTO NA CMVM nº 223 NIPC CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA (Montantes expressos em Euros - ) Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto "CAIXAGEST ACÇÕES EUA" (Fundo), as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2002 que evidencia um total de e capital do Fundo de , incluindo um resultado líquido negativo de , as demonstrações dos resultados e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. (Sociedade Gestora): (i) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Fundo, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração da Sociedade Gestora, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Sede em Lisboa: Amoreiras - Torre 1-7º Lisboa Telefone Escritório no Porto: Av. da Boavista, º Porto Telefone
23 MAGALHÃES, NEVES E ASSOCIADOS Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto "CAIXAGEST ACÇÕES EUA" em 31 de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Lisboa, 28 de Fevereiro de 2003 Magalhães, Neves e Associados, SROC Representada por Luís Augusto Gonçalves Magalhães 2
24 RELATÓRIO DE AUDITORIA À Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. e Subscritores do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto CAIXAGEST ACÇÕES EUA 1. Auditámos as demonstrações financeiras anexas do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto CAIXAGEST ACÇÕES EUA, as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2002, as demonstrações dos resultados e dos fluxos caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo. Estas demonstrações financeiras são da responsabilidade do Conselho de Administração da Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A. (Sociedade Gestora). A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada na nossa auditoria daquelas demonstrações financeiras. 2. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as normas de auditoria geralmente aceites em Portugal, as quais exigem que seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Esta auditoria incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração da Sociedade Gestora, utilizadas na sua preparação. Esta auditoria incluiu igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto CAIXAGEST ACÇÕES EUA em 31 de Dezembro de 2002, bem como o resultado das suas operações e os seus fluxos caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal para o sector. Lisboa, 28 de Fevereiro de 2003 DELOITTE & TOUCHE
Caixagest Investimento
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