Profa. Dra. Carolina Mandaji paginapessoal.utfpr.edu.br/cfernandes
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- Luiz Felipe Malheiro
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1 Profa. Dra. Carolina Mandaji paginapessoal.utfpr.edu.br/cfernandes
2 Discussão filme Desmundo Discussão texto Literatura e Cinema Experimentações com a linguagem fílmica História e narrativa
3 Brasil, Chegam ao país algumas órfãs, enviadas pela rainha de Portugal, com o objetivo de desposarem os primeiros colonizadores. Uma delas, Oribela, é uma jovem sensível e religiosa que, após ofender de forma bem grosseira Afonso Soares D'Aragão se vê obrigada em casar com Francisco de Albuquerque, que a leva para seu engenho de açúcar. Oribela pede a Francisco que lhe dê algum tempo, para ela se acostumar com ele e cumprir com suas "obrigações", mas paciência é algo que seu marido não tem e ele praticamente a violenta.
4 O romance histórico Desmundo, quais características? LITERATURA HiSTÓRIA CINEMA Experimentações com a linguagem
5 O filme retrata a história dos primeiros anos de colonização do Brasil; remete-nos aos diversos questionamentos diante do mundo de Oribela, personagem principal. mulheres: pensamento da época vs problemas atuais.
6 O filme revela questões inerentes à geografia local: a ambientação do cotidiano dos portugueses na colônia, o estágio do desenvolvimento tecnológico da época, o universo feminino, a estratégia da utilização da música como uma das características definidoras da pedagogia jesuítica para os índios.
7 A norma da Igreja é ouvida pela protagonista e pelos demais membros. dá ênfase às partes do corpo da mulher, diversas vezes na fala das personagens são citados (nariz, boca, olhos -VISUAL); luta travada pelas mulheres desde o período colonial em ocupar um espaço social.
8 Pode-se destacar a pluralidade conflituosa do universo lingüístico, presentes no século XVI, no Brasil. Observa-se que a fala das personagens foi construída em português arcaico e, por isso, há legendas em português atual. Entretanto, os diálogos em hebraico, nagô e tupi, não receberam, intencionalmente, o mesmo tratamento. Por que?
9 Século XIX: ápice/geração de textos em que se acreditavam ter encontrado uma reprodução do passado tal qual ele havia sido; Jogo de lembranças e esquecimentos: o presente é resultado de afirmações e lacunas, todos inseridos em um universo discursivo sobre o passado cada qual definindo os seus próprios padrões de sustentação.
10 A criação ficcional que usou esse conjunto durante o século XIX tinha como objetivo em sua escrita: a apropriação do passado era usada para a criação de uma identidade nacional e, a incorporação, no imaginário da população, das ideias novas e revolucionárias trazidas com o espírito da burguesia.
11 No romance histórico, a reconstrução procura explorar cada detalhe do passado a partir de uma verdade histórica reconstruída. Cria-se, no romance histórico, um indivíduo histórico-universal, representante geral de sua época e resultado das forças sociais representadas na reconstrução ficcional.
12 a vida cotidiana das personagens construídas. a literatura e história: a literatura pensa a partir dos padrões da história (romance histórico tradicional); ou a história é que assume os pressupostos da literatura?
13 Os acontecimentos relatados num romance podem ser inventados de um modo que não podem ser (ou não deveriam ser) inventados na História.
14 o romance histórico recupera uma série de acontecimentos já constituídos; deverá fazer uma seleção para criar a sua história/narrativa.
15 Hayden White (1995): entende o estudo da história em uma multiplicidade de pontos de vista o valor documental de um texto narrativo literário se unifica ao valor do documento histórico
16 ...mediante a inclusão de alguns acontecimentos e a exclusão de outros, realçando alguns e subordinando outros. Esse processo de exclusão, realce e subordinação é levado a cabo no interesse de constituir uma história de tipo particular. Isto é, o historiador põe em enredo sua história.
17 LINGUAGEM Sua concepção de obras históricas como artifícios literários funde a distinção entre história e estória. Essa dicotomia entre história enquanto relato sobre o passado e história enquanto ficção
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31 Romance histórico, século XVI A teoria da adaptação A narrativa fílmica, características
32 A premissa da qual se origina o discurso histórico é: construir um conhecimento acerca dos acontecimentos que compõem a memória histórica de uma sociedade, debruçandose, criticamente, sobre ele e os processos históricos que lhes deram origem.
33 Reflexão: a história nos faz reconhecer que os discursos formulados por historiadores e cineastas pretendem oferecer uma compreensão do real. Diálogo com outros discursos;
34 Esses discursos estão em diálogo com outros discursos que circulam na cultura e contribuem para conferir significados diferenciados aos processos e/ou personagens históricos, à memória social e histórica das sociedades contemporâneas.
35 História e Cinema apresentam o desenrolar de acontecimentos; Procuram atribuir coerência e inteligibilidade a quê? Aos processos históricos e/ou aos contextos no qual eles têm sua origem ou estão imbricados; Ancoram seus discursos numa realidade que se dispõem a (re) construir.
36 História e Cinema recorrem a estratégias discursivas (escolhas) ao realizarem essa (re)construção Instauração de uma inteligibilidade às relações socioculturais, políticas, econômicas;
37 Às relações históricas de toda ordem que entram na composição dos seus discursos e constroem o mundo como representação.
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39 CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, KORNIS, Mônica Almeida. Cinema, televisão e história. Coleção Passo-a-passo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., ORSI, Margarida da Silveira. Romance e cinema: aliados na (re) construção da identidade nacional. Revista JIOP. Número 1. Departamento de Letras p GARDIES, René. Compreender o cinema e as imagens. Lisboa, Texto e Grafia, PELLEGRINI, Tânia. Literatura, cinema e televisão. São Paulo: Editora Senac São Paulo, WHITE, Hayden. Meta-história - A imaginação histórica do século XIX. Trad: José Laurêncio de Melo, 2ª ed. São Paulo: Ed. da Univ. de São Paulo, 1995
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