Profa. Dra. Carolina Mandaji paginapessoal.utfpr.edu.br/cfernandes
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1 Profa. Dra. Carolina Mandaji paginapessoal.utfpr.edu.br/cfernandes
2 Romance histórico; história, narrativa A adaptação como prática intertextual * Identificar os conceitos trabalhados pelos seguintes textos: - A teoria da adaptação, Robert Stam
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4 Construção de textos fílmicos ou históricos: construção do contexto no qual se desenrola a trama (ESPAÇO/TEMPO); ACONTECIMENTOS Esses contextos compõem: uma rede de acontecimentos, em relação aos quais [aquele acontecimento] vai ganhar um sentido: é a função da narrativa tanto em história, quanto em cinema.
5 As narrativas da História e do Cinema obedecem a finalidades completamente diferentes: CINEMA a narrativa já encerra a sua finalidade; OBJETIVO: contar uma boa história. HISTÓRIA a narrativa é o meio pelo qual os historiadores compartilham os acontecimentos; OBJETIVO: compartilhar os conhecimentos que construíram a respeito de uma memória que fez/faz parte de uma dada sociedade numa época determinada.
6 Os discursos construídos pelos filmes são narrativas ficcionais; não têm a preocupação de serem fiéis a qualquer acontecimento, personagem, contexto e/ou conhecimento.
7 Seus significados residem, principalmente, em contar histórias, sejam elas quais forem; Sua finalidade primeira é o entretenimento sua narrativa atende a esse fim e essa é a única premissa restritiva que se submete.
8 Os discursos históricos, ao contrário, buscam escapar a qualquer possibilidade de serem considerados ficção: fidelidade; legitimidade social.
9 perseguem maior fidelidade aos acontecimentos, aos personagens, aos contextos e ao conhecimento já construído a respeito daquele objeto que abordam;
10 ancoram sua legitimidade social nos dados, nas fontes históricas a quê e quem recorrem para sustentar a narrativa.
11 Desmundo: se enquadra nessa linhagem do novo romance histórico. informação e possibilidade de reconstruir o imaginário.
12 Possibilidade de desestabilizar a história oficial, seja através da utilização do ponto de vista descentralizado, seja através da apresentação de questões não abordadas por outros documentos históricos;
13 Motivação do texto: uma carta do Padre Manuel da Nóbrega que pedia que o rei português enviasse para a colônia americana mulheres para casar com os colonos. O romance se constrói como se a carta houvesse sido atendida e as mulheres enviadas.
14 discursos canônicos sobre o que era o Brasil no século XVI são incorporados; Discursos = fatos comuns da vida cotidiana das pessoas que vivem na cidade litorânea onde se passa a história; A língua é o foco principal.
15 Império Português várias personagens representando a diversidade de povos e culturas que convivem juntas dentro das regiões coloniais. Narração Narradora: voz expressiva do mundo é uma mulher. questionamentos outras histórias, como : a moura sensual, os relatos de viagens, as entradas, as guerras contra os índios, e diversos episódios da história literária, são questionados.
16 presença constante de verbos no infinitivo. Ex: fala da velha Senhora (utilização da forma imperativa demostrando autoridade)
17 título do filme é uma palavra não dicionarizada traz a inquietação constante da protagonista que procurava o seu rumo. Existem outras apresentadas no decorrer da história com o prefixo de negação "des" a exemplo de: "despejado lugar, "terras desabafadas, "desventura.
18 presença de metáforas no discurso de Oribela, como: "nem dobrou minha alma em joelhos : as mulheres deste período tinham que servir de corpo e alma a Igreja aos homens e a quem fossem determinadas.
19 * A adaptação segundo Robert Stam
20 TEORIA E PRÁTICA DA ADAPTAÇÃO: DA FIDELIDADE À INTERTEXTUALIDADE, de Robert Stam (New York University) O artigo analisa as formas como as adaptações de filmes a partir de romances têm sido vistas como um processo de perda, em que o romance ocupa um lugar privilegiado.
21 Termos como infidelidade, traição, deformação, violação, abastardamento, vulgarização, e profanação proliferam no discurso sobre adaptações.
22 podem ser resumidos pelos seguintes termos: antiguidade pensamento dicotômico iconofobia logofilia anti-corporalidade a carga de parasitismo
23 ANTIGUIDADE : o pressuposto de que as artes antigas são necessariamente artes melhores;
24 PENSAMENTO DICOTÔMICO : o pressuposto de que o ganho do cinema constitui perdas para a literatura;
25 ICONOFOBIA : o preconceito culturalmente enraizado contra as artes visuais;
26 LOGOFILIA : a valorização oposta, típica de culturas enraizadas na religião do livro, a qual Bakhtin chama de palavra sagrada dos textos escritos;
27 ANTI-CORPORALIDADE : um desgosto pela incorporação imprópria do texto fílmico, com seus personagens de carne e osso, interpretados e encarnados, e seus lugares reais e objetos de cenografia palpáveis;
28 A CARGA DE PARASITISMO : adaptações vistas como duplamente menos : menos do que o romance porque uma cópia, e menos do que um filme por não ser um filme puro.
29 Teoria da adaptação J.Kristeva(dialogismo de M. Bakhtin) Crítica Literária (R. Barthes) Origens (J. Derrida) G. Genette (intertextualidade) Estudos Culturais Narratologia Teoria da Recepção
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31 CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, KORNIS, Mônica Almeida. Cinema, televisão e história. Coleção Passo-a-passo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., ORSI, Margarida da Silveira. Romance e cinema: aliados na (re) construção da identidade nacional. Revista JIOP. Número 1. Departamento de Letras p GARDIES, René. Compreender o cinema e as imagens. Lisboa, Texto e Grafia, GENETTE, Gerard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Tradução de Luciene Guimarães e Maria Antônia Ramos Coutinho. Belo Horizonte: FALE/UFMG, KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. Tradução de Lúcia Helena França Ferraz. São Paulo: Perspectiva, PELLEGRINI, Tânia. Literatura, cinema e televisão. São Paulo: Editora Senac São Paulo, STAM, Robert. Teoria e prática da adaptação: da fidelidade à intertextualidade. IN: Ilha do Desterro. Número 51. Florianópolis: jul/dez p WHITE, Hayden. Meta-história - A imaginação histórica do século XIX. Trad: José Laurêncio de Melo, 2ª ed. São Paulo: Ed. da Univ. de São Paulo, 1995
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