Camilo Castelo Branco Amor de Perdição SÍNTESE DA UNIDADE (ppt adaptado) Encontros 11.o ano Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Inês Ribeiros
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1 Camilo Castelo Branco Amor de Perdição SÍNTESE DA UNIDADE (ppt adaptado) Encontros 11.o ano Noémia Jorge, Cecília Aguiar, Inês Ribeiros
2 Séc. XVII BARROCO Séc. XIX ROMANTISMO AMOR DE PERDIÇÃO: SÍNTESE DA UNIDADE Friso cronológico REALISMO Camilo Castelo Branco ( ) Amor de Perdição (1861)
3 TÍTULO E SUBTÍTULO Sugestão Biográfica (Simão e Narrador) Obra de ficção, em que abundam peripécias narrativas, culminando em desfecho trágico. Voltar Título Amor de Perdição Subtítulo Memórias de uma família MAS Sugestão de relato histórico e familiar verídico Com base num documento oficial (livro de registos de entradas na cadeia da Relação do Porto referente a Simão Botelho, tio de Camilo Castelo Branco, que havia sido degredado para a Índia e de que se mantinha na família um maço de cartas de amor trocadas com Teresa Albuquerque).
4 ESTRUTURA DA NARRATIVA A estrutura de Amor de Perdição é resumida pelo narrador na Introdução da obra da seguinte forma: amou, perdeu-se e morreu amando. Introdução amou Desenvolvimento perdeu-se Conclusão morreu amando Referência a dados biográficos de Camilo. Apresentação global do infortúnio de Simão Botelho o degredo. Amor de Simão e Teresa correspondido, mas proibido. Amor de Mariana por Simão não correspondido. Assassínio de Baltazar Coutinho. Condenação de Simão ao degredo. Ida de Teresa para o Convento. Morte de Teresa. Morte de Simão. Suicídio de Mariana.
5 NARRADOR Narrador que intervém através de comentários, interrompendo o relato para tecer considerações Os comentários do narrador ao longo da Introdução permitem perceber o quanto compreende e desculpabiliza o herói da sua própria narrativa. Ex.: me causaram aquelas linhas, de propósito procuradas, e lidas com amargura e respeito e, ao mesmo tempo, ódio
6 RELAÇÕES ENTRE AS PERSONAGENS Famílias de Simão e de Teresa Ódio, rivalidade Denúncia de uma sociedade marcada pelo ódio, pela violência. Simão e Teresa Respetivos pais Conflito intergeracional Denúncia do conflito intergeracional e reivindicação dos valores dos jovens: jovens (filhos) idealismo, excesso e radicalismo de posições; adultos (pais).
7 RELAÇÕES ENTRE AS PERSONAGENS Simão Teresa Mariana Simão Amor-paixão sincero, puro, excessivo, oposto às convenções sociais e à ordem instituída. Amor-paixão (não correspondido) Denúncia de uma sociedade repressiva que atua através de instituições: instituição familiar (autoritarismo paterno, casamentos de conveniência, situação de inferioridade da mulher); igreja (conventos); prisão (justiça). Denúncia da autorrepressão relacionada com a classe social (povo) e com o sexo (feminino).
8 RELAÇÕES ENTRE AS PERSONAGENS O AMOR-PAIXÃO Relações entre as personagens e a forma de vivência do amor por cada uma delas. SIMÃO Amor correspondido Amor não correspondido Amor-paixão Voltar TERESA MARIANA
9 CONSTRUÇÃO DO HERÓI ROMÂNTICO Herói romântico Simão Botelho Estatuto nobre. Sentimentos fortes: antes de amar rebelde, marginal e violento; ao amar (amor-paixão) apaixonado, sincero, fiel, obstinado na defesa da sua honra de amante perseguido, excessivo no amor e no ódio; veia poética (cf. cartas escritas na prisão); morre de amor. Transformação pela paixão. Heroínas românticas Teresa de Albuquerque Estatuto nobre. Jovem, pura e frágil (mulher-anjo). Sentimentos fortes amor-paixão (vive o amor intensamente e morre de amor); obstinação na recusa de aceitar a autoridade paterna. Mariana Nobreza de sentimentos sofre em silêncio por amor (amor não correspondido); abnegação, generosidade, dedicação. Indiferença em relação à sociedade. Morte por amor (suicídio). Voltar
10 LINGUAGEM E ESTILO DIÁLOGO Marcado pela retórica sentimental e pela nobreza trágica, em algumas situações. Classes nobres (Simão, Teresa e respetivas famílias): linguagem convencional, esmerada, elaborada. Diálogo entre Tadeu de Albuquerque e Teresa Teresa disse o velho. Aqui estou, senhor respondeu a filha, sem o encarar. Ainda é tempo [ ] de seres boa filha. Não me acusa a consciência de o não ser. Classes populares (João da Cruz, Mariana): linguagem viva, espontânea, incisiva. Diálogo entre João da Cruz e Mariana Meu pai, não lhe dê esses conselhos! Cala-te aí, rapariga! disse mestre João. Vai tirar o albardão à égua, amantaa, bota-lhe seco. Não és aqui chamada.
11 A OBRA COMO CRÓNICA DA MUDANÇA SOCIAL Século XIX Ascensão da burguesia Mudança de valores Voltar Amor de Perdição Obra em que se representa a mudança de valores sociais, através da atuação das personagens (cf. relações entre personagens, amor- -paixão, herói e heroína(s) românticos)
12 CONCENTRAÇÃO TEMPORAL DA AÇÃO Narração precisa e rápida das ações decisivas Voltar A concentração temporal da ação em Amor de Perdição deve-se: à hábil escolha das cenas dramáticas e à sua progressão rápida e lógica para a catástrofe; à rapidez das peripécias; à orientação dos diálogos para os pontos essenciais do enredo; à ausência de divagações filosóficas.
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