manhã PROGRAMA AS ACTIVIDADES LABORATORIAIS NO ENSINO DA BIOLOGIA E DA GEOLOGIA Características e desafios Prof. Dra. Laurinda Leite Univ.
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2 Ser professor, hoje, exige não só o domínio de um corpo de conhecimentos científicos e pedagógicos devidamente actualizados como também a destreza e sensibilidade para desenvolver diferentes estratégias face a diferentes alunos. Não existem duas pessoas iguais pelo que, para alcançar os objectivos educacionais institucionalmente definidos, o professor deve considerar que trabalha com um conjunto de pessoas, cada uma com personalidade própria, com um conjunto de apetências e sensibilidades únicas e um referencial social que reflecte as relações familiares, do grupo de pares, etc. Quando os alunos se relacionam no grupoturma, este adquire novas características resultantes da interacção de todas as particularidades individuais, incluindo as do próprio professor. Neste contexto, a implementação de actividades práticas (actividades de ensino-aprendizagem em que o aluno está activamente envolvido), definidas como prioritárias nos novos programas, constitui um trabalho complexo, exigente e multifacetado. Com o Encontro de Professores de Biologia e Geologia do Alto Minho pretende-se proporcionar uma oportunidade de contacto entre professores desta área, fundamental para troca de experiências e apreciação de diferentes perspectivas, permitindo, deste modo, incrementar e incentivar o sucesso escolar no distrito. manhã PROGRAMA 9.00/9.30 Recepção dos participantes Entrega de documentação 9.30/10.30 AS ACTIVIDADES LABORATORIAIS NO ENSINO DA BIOLOGIA E DA GEOLOGIA Características e desafios Prof. Dra. Laurinda Leite Univ. do Minho 10.30/11.00 Intervalo / Café 11.00/12.00 DA CONCEPÇÃO À OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE BIOLOGIA DO 12º O papel dos trabalhos práticos Dra. Alcina Mendes epuipa de programas Esc.Sec. Dr. João C. C. Gomes (Ílhavo)
3 tarde PROGRAMA WORKSHOP S Rochas e minerais de Portugal ao microscópio: um CD-ROM para incentivar a aprendizagem Prof. Renato Henriques Univ. do Minho Sala de computadores 14.00/15.30 Actividades experimentais de microbiologia Dra. Teresa Vieira Esc. Pluricurricular de Sta. Mª Maior (V. Castelo) Lab.1 O trabalho laboratorial e experimental no programa de Biologia: exemplos de operacionalização didáctica relativos ao transporte nas plantas Dra. Alcina Mendes Lab /16.00 Intervalo / Café COMUNICAÇÕES BREVES O projecto nacional Ciência Viva e as escolas Dra. Ana Noronha Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica 16.00/17.30 Actividades experimentais no ensino da microbiologia e da genética: uma abordagem ao e-learning Dra. Teresa Vieira EurolifeNet/Ciência Viva-Aprendendo/Exercendo cidadania, medindo a qualidade do ar Dra. Joana Oliveira Esc. Sup. de Educação de Viana do Castelo Biogeonet: um local de encontro para professores de Biologia e Geologia Dra. Aurora Teixeira Esc. Sec. de Ponte de Lima Encerramento dos trabalhos
4 AS ACTIVIDADES LABORATORIAIS NO ENSINO DA BIOLOGIA E GEOLOGIA Características e desafios Laurinda Leite Universidade do Minho As Actividades Laboratoriais são um recurso didáctico tradicionalmente associado ao ensino das Ciências. Essa associação é normalmente justificada com base no argumento de que as Ciências são, por natureza, práticas. No entanto, ensinamos Ciências, principalmente, porque as Ciências são disciplinas teóricas, que nos fornecem conceitos capazes de melhorar a nossa compreensão do mundo. Partindo de uma análise crítica da situação actual, nesta comunicação questionar-se-á uma utilização das actividades laboratoriais que enfatize a dimensão hands-on e defender-se-á a necessidade da sua integração com as dimensões mindson e hearts-on. Apresentar-se-ão, ainda, algumas sugestões que se afiguram relevantes para vencer os desafios que se colocam a uma utilização de actividades laboratoriais que constitua, de facto, uma mais valia para a aprendizagem da Biologia e da Geologia. DA CONCEPÇÃO À OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE BIOLOGIA DO 12º ANO O papel dos trabalhos práticos Alcina Mendes Equipa de programas Esc. Sec. Dr. João C. C. Gomes (Ílhavo) Actualmente, as sociedades vêm-se confrontadas com questões sócio-científicas com impacte imediato na integridade física, ética e moral dos cidadãos. Simultaneamente, à escala planetária, o crescimento exponencial da população humana provoca desequilíbrios nunca antes presenciados. A manipulação da fertilidade e do património genético dos organismos, o tratamento de resíduos e a adopção de medidas que garantam o desenvolvimento sustentado, são, pois, exemplos de questões que desestabilizam rotinas, individuais e colectivas, e exigem tomada de posição. Porém, nestes como noutros casos, a ponderação de argumentos e a escolha crítica e fundamentada pelos cidadãos envolve conceitos de Biologia e de Biotecnologia que estes nem sempre dominam. A par destas preocupações, nos últimos anos, diversas organizações internacionais (como por exemplo a UNESCO), bem como a investigação em Didáctica das Ciências, têm chamado a atenção para a necessidade de repensar o que será relevante que os alunos
5 aprendam e, principalmente, a forma como o devem fazer, de modo a que desenvolvam competências que permitam lidar com as situações que a realidade lhes coloca. Este quadro de referências, assim como os princípios orientadores da revisão curricular para o ensino secundário no nosso país, balizaram o processo de construção do novo programa de Biologia para o 12º ano. Considerando que a clarificação da conceptualização global do programa de Biologia é fundamental para a compreensão das suas finalidades, pretende-se, com esta comunicação, apresentar as linhas que orientaram a selecção das temáticas, bem como o quadro psico-pedadógico e didáctico subjacente às propostas metodológicas preconizadas. Numa perspectiva de operacionalização, apresentar-se-á, também, um olhar sobre a tipologia dos trabalhos práticos previstos, sua pertinência e gestão, tendo em vista o desenvolvimento das competências enunciadas no programa. ROCHAS E MINERAIS DE PORTUGAL AO MICROSCÓPIO Um CD-ROM para incentivar a aprendizagem das Ciências Naturais nos ensinos básico e secundário Renato Henriques Universidade do Minho O estudo e caracterização de rochas e minerais faz parte integrante do conteúdo programático de várias disciplinas dos Ensinos Básico (1º-3º ciclos) e Secundário, com mais desenvolvimento nas disciplinas de Ciências Naturais (7º ano) e Biologia e Geologia (11º ano). Porém, mesmo nessas disciplinas, estas matérias são normalmente leccionadas fazendo apenas apelo aos aspectos macroscópicos das rochas devido à ausência de microscópios petrográficos na grande maioria das Escolas portuguesas. Com este CD-ROM pretende-se minimizar a falta deste dispendioso equipamento, relevante para a caracterização microscópica de rochas e minerais. Nos casos em que o equipamento existe, a informação multimédia rentabiliza a sua utilização, fornecendo meios de consulta e comparação. Durante o workshop os participantes poderão explorar a aplicação desenvolvida, assim como obter informações acerca da metodologia utilizada na sua produção.
6 O TRABALHO LABORATORIAL E EXPERIMENTAL NA COMPONENTE DE BIOLOGIA DO PROGRAMA DE BIOLOGIA E GEOLOGIA exemplos de operacionalização didáctica relativos ao transporte de água nas plantas. Alcina Mendes Será sugerida uma proposta integrada e globalizante (bi-anual) de gestão das actividades práticas laboratoriais e experimentais previstas na componente de Biologia do programa de Biologia e Geologia. Discutir-se-ão aspectos de operacionalização didáctica, nomeadamente formas de ajustar o grau de dificuldade das tarefas que se propõem aos alunos, o seu alinhamento com o quadro didáctico subjacente ao programa e as competências que se pretendem ver desenvolvidas. Prevê-se a montagem de alguns dispositivos laboratoriais e experimentais com potencialidades para o estudo do transporte de água nas plantas (unidade 2) que permitam analisar e clarificar as propostas de gestão apresentadas. Biogeonet: um local de encontro para professores de Biologia e Geologia Aurora Teixeira Esc. Sec. de Ponte de Lima Ser professor, hoje, exige não só o domínio de um corpo de conhecimentos científicos e pedagógicos devidamente actualizados como também a destreza e sensibilidade para desenvolver diferentes estratégias face a diferentes alunos. Deste modo, o trabalho docente envolve muita pesquisa e uma constante adaptação das actividades preconizadas para determinado contexto às condições reais de disponibilidade do próprio docente, da escola e da comunidade que a integra. O acervo individual e anónimo assim construído constitui, ele próprio, um inestimável recurso porque integra o saber resultante da transposição dos recursos teóricos para a situação real das escolas, o teste da sua aplicação em contexto de sala de aula e é objectivo relativamente a determinada unidade temática. Será apresentada uma proposta de partilha e valorização deste trabalho individual através da participação num site específico para professores de Biologia e Geologia e especialmente orientado para o ensino secundário: o biogeonet.
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