LEGALE MBA EM PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO. Planejamento Societário Holding I. Professor: Rogério Martir
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1 1 LEGALE MBA EM PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO Planejamento Societário Holding I Professor: Rogério Martir Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado Especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica Empresarial e para o Terceiro Setor
2 2 INTRODUÇÃO AO TEMA Como estudamos em aulas anteriores o Planejamento nos leva ao crescimento seguro e sustentável. Minimiza as perdas e aumenta a lucratividade pois as receitas são melhor aproveitadas e o lucro aumenta. Planejar é prever o futuro e se preparar para ele. E para tanto o Direito Societário nos dá uma fantástica ferramenta, a Pessoa Jurídica na modalidade de HOLDING.
3 3 INTRODUÇÃO AO TEMA A Pessoa Jurídica se assemelha em muito com a Pessoa Física no tocante a questão patrimonial e na obtenção de direitos e deveres. E dentro deste aspecto (patrimonial e jurídico) é infinitamente MELHOR com inúmeras vantagens. Não está exposta as intemperes da vida de Pessoa Física e também não falece é tecnicamente eterna!!
4 4 INTRODUÇÃO AO TEMA Fazer negócios e até mesmo viver como Pessoa Jurídica é muito interessante e representa uma EXCELENTE forma de planejamento empresarial e principalmente pessoal: A Pessoa Jurídica tecnicamente blinda a pessoa física. A Pessoa jurídica reduz a Carga Tributária. A Pessoa Jurídica facilita as transações patrimoniais.
5 5 CONCEITOS HOLDING etimologicamente significa: segurar, manter, controlar, guardar ou possuir. EMPRESA FAMILIAR concentração do patrimônio das Pessoas Físicas de uma família em uma Pessoa Jurídica. SUCESSÃO substituição, alternância de sócios por falecimento dentro da Empresa Familiar.
6 6 CONCEITOS PROTEÇÃO PATRIMONIAL O patrimônio dentro da Empresa Familiar fica protegido dos excessos de tributação, dos efeitos da sucessão familiar simples e das intemperes do mercado em negócios mal sucedidos. Assim como possibilita diversas construções patrimoniais para garantir futuro financeiro dos sócios e se o caso da família
7 7 HOLDING O conceito nos já estudamos, mas importante nos aprofundarmos um pouco mais: Não se trata de um tipo societário. É definida em face do objeto social que a Sociedade (Pessoa Jurídica) explora. Em seu formato clássico a finalidade é a participação no capital de outras empresas.
8 8 HOLDING Pode assumir a forma de qualquer tipo societário, mas o mais comum é se materializarem como sociedade Simples, empresária Limitada e como Sociedade Anônima. A Sociedade Anônima é menos comum para as holdings familiares diante de sua maior complexidade administrativa e contábil. A EIRELI também é uma possibilidade interessante.
9 9 HOLDING A Holding poderá ser ainda: PURA - quando, no seu objeto social conste somente a participação no capital de outras sociedades, gerando controle sobre a administração das mesmas ou MISTA - quando além da participação, ela serve à exploração de alguma atividade empresarial, sendo esta a mais utilizada no Brasil dentro da esfera negocial.
10 10 HOLDING Importante saber: Quando tratamos da sociedade (Pessoa Jurídica) que concentra o patrimônio de pessoas físicas e administra bens próprios, não estamos exatamente diante de uma holding, mas costuma-se utilizar esta denominação. Na holding propriamente dita, esta sociedade é criada para administrar possuir a maioria das quotas/ações das empresas componentes de determinado grupo. Essa forma de administração é muito praticada pelas grandes corporações.
11 11 PREVISÃO LEGAL O art. 2º, 3º da Lei 6.404/76, Sociedades por Ações, fundamenta o conceito de holding: 3º A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais. O mesmo diploma legal dispõe sobre o sistema de concentração societária através de empresas coligadas e controladas (art. 243 da Lei de S/A) onde se pode inferir a existência da holding.
12 12 PREVISÃO LEGAL O Código Civil reconhece a possibilidade e legalidade do sistema de holding nos artigos a do Código Civil. Estes artigos definem as empresas controladoras, controladas e coligadas Controladora: Maioria absoluta ou qualificada das quotas/ações com poder de voto. Controladas: Possui uma outra sociedade como sócia/acionista Controladora. Coligadas: Possui como sócia outra Sociedade com quotas/ações de até 10% ou mais do Capital sem Controle.
13 13 DESTINAÇÃO DAS HOLDINGS Em aspectos práticos gerais a holding poderá ser destinada aos seguintes objetivos: Gestão Societária Empresarial; Administração de Bens; Substituição Patrimonial de Bens / Blindagem Blindagem aos Efeitos do Casamento / União Estável Sucessão Familiar
14 14 GESTÃO SOCIETÁRIA EMPRESARIAL Trata-se da holding pura, onde o objetivo e a gestão/administração de outras sociedade atrações da participação nas ações ou quotas sociais Possibilita maior controle administrativo. Protege a sucessão desenfreada de sócios. Viabiliza a atração e distribuição dos lucros.
15 15 SUBSTITUIÇÃO PATRIMONIAL / BLINDAGEM Compreende a substituição da pessoa física pela jurídica quanto ao respectivo patrimônio. Na constituição da holding o patrimônio pessoal e transferido para a sociedade deixando a pessoa física apenas com quotas ou ações da holding. A movimentação financeira e patrimonial é realizada em nome da holding que substitui a pessoa física nas transações comerciais / empresariais e até mesmo pessoais, gerando uma natural blindagem do patrimônio pessoal.
16 16 BLINDAGEM AOS EFEITOS DO CASAMENTO / UNIÃO ESTÁVEL Constituída a holding antes do casamento ou mesmo da materialização da união estável, o único real patrimônio existente serão as quotas sociais ou ações, bens anteriores ao ato jurídico. Após o casamento ou união estável não haverá acréscimo de patrimônio em nome da pessoa física e sim em nome da holding, logo não há o que ser partilhado (personalidade distinta). As quotas sociais ou ações serão sempre as mesmas, adquiridas antes do casamento.
17 17 SUCESSÃO FAMILIAR O raciocínio na sucessão familiar é o mesmo já estudado. Todo o patrimônio familiar está em nome da holding, sendo que os membros da família são detentores de quotas ou ações apenas. No caso de eventual inventário o objeto deste será exclusivamente as quotas ou ações. No entanto o grande objetivo é evitar o processo de inventário, uma vez que o contrato social prevê a distribuição de quotas no caso de falecimento, como se fosse a antecipação da partilha (sucessão societária)
18 18 CONTRATO SOCIAL O contrato social é a ALMA da Holding, simplesmente as regras do jogo após a constituição e vigência da Pessoa Jurídica. É ele que define a proteção patrimonial, a sucessão e regulariza a vida da pessoa física quanto a transferência e constituição de patrimônio. Serve de escritura para o aporte imobiliário de capital. Deve ser elaborado de forma técnica e com precisão.
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