CONTABILIDADE AVANÇADA. Avaliação de Investimentos em Participações Societárias
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- Gabriel Henrique Campelo Leal
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1 CONTABILIDADE AVANÇADA Avaliação de Investimentos em Participações Societárias
2 INTRODUÇÃO Considera-se Participações Societárias quando uma sociedade (Investidora) vem à aplicar recursos na aquisição de ações ou quotas do capital social de outra sociedade (Investida) Esses investimentos em participações societárias, podem ser classificados como investimentos temporários ou permanentes
3 INTRODUÇÃO Investimentos temporários: São os adquiridos com a intenção de venda/negociação e tendo, geralmente, caráter especulativo. Dependendo da expectativa de realização podem ser classificados do AC ou no RLP. As participações em investimentos temporários são avaliadas pelo valor justo
4 INTRODUÇÃO Investimentos temporários: Classificação de ativo não circulante como mantido para venda CPC A entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo.
5 INTRODUÇÃO Investimentos permanentes: São os adquiridos com a intenção de continuidade, representando, portanto, uma extensão da atividade econômica da investidora. Devem ser classificados do ANC Investimentos. Essas participações societárias são avaliadas pelo valor justo ou pelo método de equivalência patrimonial (MEP). As participações em controladas, coligadas e controladas em conjunto são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (MEP e, as demais participações são avaliadas pelo valor justo.
6 INTRODUÇÃO Método de Equivalência Patrimonial MEP é aplicável às participações societárias nas seguintes entidades: 1. Sociedades Controladas (CPC 36); 2. Sociedades Coligadas (CPC 18); 3. Sociedades Controladas em Conjunto (CPC 19) O método do valor justo é aplicável para as demais participações societárias.
7 SOCIEDADE CONTROLADA Definição de Controle: possibilidade de dirigir as políticas financeiras e operacionais de uma empresa, a fim de obter os benefícios e riscos de suas atividades. Indicadores de Controle: 1. Presume-se que uma controladora controla uma empresa quando ela detém, direta ou indiretamente, mais de 50% do poder de voto; 2. Há poder de dirigir as políticas financeiras e operacionais da controlada; 3. Há o poder de nomear os afastar a maioria dos membros do conselho quando o controle da empresa é exercido através desse conselho; 4. Há o poder de angariar a maioria dos votos em reunião do conselho quando o controle da empresa é exercido através desse conselho.
8 SOCIEDADE COLIGADA Quando investidor possua influência significativa sobre uma investida. Influência significativa é geralmente evidenciada em uma ou mais das seguintes formas: Representação no conselho de administração ou órgão equivalente da investida; Participação nos processos de criação de políticas; Transações relevantes entre o investidor e a investida; Intercâmbio de pessoal administrativo; Fornecimento de informações técnicas essências
9 SOCIEDADE COLIGADA Se um investidor detiver, direta ou indiretamente, 20% ou mais do poder de voto de uma investida, presume-se que ele possui influência significativa, a menos que se possa ser claramente demonstrado que esse não é o caso. Se um investidor detiver, direta ou indiretamente, menos de 20% do poder de voto de uma investida, presume-se que ele NÂO possui influência significativa, a menos que se possa ser claramente demonstrado que esse não é o caso.
10 SOCIEDADE CONTROLADA EM CONJUNTO Todas as sociedades controladas em conjunto devem ter as duas características a seguir: 1. Dois ou mais empreendedores vinculados por um acordo contratual. 2. O acordo contratual deve estabelecer o controle conjunto. Nenhum empreendedor isolado está em posição de controlar a atividade unilateralmente. Um operador ou gerente deve agir conforme as políticas financeiras e operacionais que foram acordadas pelos empreendedores.
11 MÉTODO DO VALOR JUSTO Os ativos financeiros representados por aplicações em ações ou quotas de outras sociedades, que não se enquadram como controladas, coligadas ou controladas em conjunto são divididos em duas categorias: a. Aplicações financeiras mantidas para negociação; e b. Aplicações financeiras disponíveis para venda.
12 MÉTODO DO VALOR JUSTO a. Aplicações financeiras mantidas para negociação fácil liquidez objetiva obter benefícios a curto prazo são contabilizados pelo valor de custo e ajustado ao seu valor justo Os rendimentos e o ajuste a valor justo são computados no resultado do exercício.
13 MÉTODO DO VALOR JUSTO b. Aplicações financeiras disponíveis para venda demais aplicações financeiras de renda variável que não se enquadram na classificação anterior são contabilizados pelo valor de custo e ajustado ao seu valor justo os rendimentos (receitas financeiras) são computados no resultado do exercício o ajuste a valor justo é registrado diretamente no PL, líquido dos efeitos tributários em conta Ajustes de Avaliação Patrimonial AAP valores registrados na conta de AAP são transferidos para o resultado do exercício quando da alienação das correspondentes participações societárias para terceiros.
14 MÉTODO DO VALOR JUSTO Exemplos: 1) Alfa comprou uma ação por $ Foram recebidos dividendos de $ 100 e o valor de mercado dessa ação na data do balanço é de $ 2,140: A. Como Ação para Negociação; e B. Como Ação Disponível para Venda
15 MÉTODO DO VALOR JUSTO Exemplos: A. AÇÃO PARA NEGOCIAÇÃO D C Pela Compra da ação Ativos Financeiros 2,000 Banco Conta Movimento 2,000 Pelos Dividendos Recebidos Banco Conta Movimento 100 Receita Financeira (Resultado) 100 Pelo Ajuste da Ação ao seu Valor Justo ($ 2,140 - $ 2,000) Ativos Financeiros 140 Receita na valorização das ações (Resultado) 140
16 MÉTODO DO VALOR JUSTO Exemplos: B. AÇÃO DISPONÍVEL PARA VENDA D C Pela Compra da ação Ativos Financeiros 2,000 Banco Conta Movimento 2,000 Pelos Dividendos Recebidos Banco Conta Movimento 100 Receita Financeira (Resultado) 100 Pelo Ajuste da Ação ao seu Valor Justo ($ 2,140 - $ 2,000) Ativos Financeiros 140 AAP Ajuste de Avaliação Patrimonial PL 140 Impostos sobre Ajuste da Ação ao seu Valor Justo ($ 140 x 34% = $ 48) AAP Ajuste de Avaliação Patrimonial PL 48 Passivos Impostos Diferidos 48
17 MÉTODO DO VALOR JUSTO Exemplos: 2) Alfa comprou uma ação por $ Foram recebidos dividendos de $ 100 e o valor de mercado dessa ação na data do balanço é de $ 1,980: A. Como Ação para Negociação; e B. Como Ação Disponível para Venda
18 MÉTODO DO VALOR JUSTO Exemplos: A. AÇÃO PARA NEGOCIAÇÃO D C Pela Compra da ação Ativos Financeiros 2,000 Banco Conta Movimento 2,000 Pelos Dividendos Recebidos Banco Conta Movimento 100 Receita Financeira (Resultado) 100 Pelo Ajuste da Ação ao seu Valor Justo ($ 1,980 - $ 2,000) Perda na Desvalorização de Ações Resultado 20 Ativos Financeiros 20
19 MÉTODO DO VALOR JUSTO Exemplos: B. AÇÃO DISPONÍVEL PARA VENDA D C Pela Compra da ação Ativos Financeiros 2,000 Banco Conta Movimento 2,000 Pelos Dividendos Recebidos Banco Conta Movimento 100 Receita Financeira (Resultado) 100 Pelo Ajuste da Ação ao seu Valor Justo ($ 1,980 - $ 2,000) AAP Ajuste de Avaliação Patrimonial PL 20 Ativos Financeiros 20 Impostos sobre Ajuste da Ação ao seu Valor Justo ($ 20 x 34% = $ 7) Ativos Impostos Diferidos 7 AAP Ajuste de Avaliação Patrimonial PL 7
20 MÉTODO DO VALOR JUSTO Caso não seja possível mensurar o valor justo de uma ação, a ação será mantida pelo seu valor de custo
21 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL O valor de aquisição de investimento avaliado pelo MEP é ajustado pelos lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida, em contrapartida com receita ou despesa no resultado da sociedade investidora. Os dividendos declarados pela sociedade investida são considerados como redução do investimento na sociedade investidora.
22 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Exemplo 1: A Holding S.A. comprou em 01/01/X1 60% do capital social da Subsidiária S.A. pelo valor total de $ 6,750. A Subsidiária S.A. tinha PL nesta data a valor justo de $ 11,250, apurou um lucro de $ 200 no exercício social de X1 e declarou dividendos de $ 200 em 31/12/X1
23 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Exemplo 1: PELA AQUISIÇÃO DO INVESTIMENTO D C 01/01/X1 Investimento na Subsidiária S.A. 6,750 Banco Conta Movimento 6,750 PELO REGISTRO DA PARCELA PROPORCIONAL DO LUCRO APURADO PELA INVESTIDA 31/12/X1 Investimento na Subsidiária S.A. ($ 200 x 60%) 120 Receita de Equivalência Patrimonial 120 PELO REGISTRO DOS DIVIDENDOS 31/12/X1 Dividendos a Receber ($ 100 x 60%) 60 Investimento na Subsidiária S.A. 60
24 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Exemplo 2: A Holding S.A. comprou em 01/01/X1 60% do capital social da Subsidiária S.A. pelo valor total de $ 6,750. A Subsidiária S.A. tinha PL nesta data a valor justo de $ 11,250, apurou um prejuízo de $ 200 no exercício social de X1.
25 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Exemplo 2: PELA AQUISIÇÃO DO INVESTIMENTO D C 01/01/X1 Investimento na Subsidiária S.A. 6,750 Banco Conta Movimento 6,750 PELO REGISTRO DA PARCELA PROPORCIONAL DO PREJUÍZO APURADO PELA INVESTIDA 31/12/X1 Despesa de Equivalência Patrimonial ($ 200 x 60%) 120 Investimento na Subsidiária S.A. 120
26 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Lembrando que a investidora deverá registrar ágio ou um ganho por compra vantajosa na hipótese de adquirir investimento superior ou inferior ao valor justo dos ativos líquidos dos passivos da sociedade adquirida
27 BIBLIOGRAFIA ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade Avançada. 3ª ed. São Paulo: Editora Atlas, FIPECAFI/USP. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades. 7 ed. São Paulo: Atlas, Pronunciamento técnico CPC 18. Pronunciamento técnico CPC 19. Pronunciamento técnico CPC 31. Pronunciamento técnico CPC 36. Lei 6.404/76 atualizada através da Lei /07.
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