DESALINHAMENTOS DA TAXA DE CÂMBIO NO LONGO PRAZO E PREÇOS RELATIVOS NO BRASIL: COINTEGRAÇÃO, CAUSALIDADE E MODELO DE CORREÇÃO DE ERRO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE ECONOMIA DESALINHAMENTOS DA TAXA DE CÂMBIO NO LONGO PRAZO E PREÇOS RELATIVOS NO BRASIL: COINTEGRAÇÃO, CAUSALIDADE E MODELO DE CORREÇÃO DE ERRO THAÍS GUIMARÃES ALVES UBERLÂNDIA JANEIRO / 2005

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE ECONOMIA DESALINHAMENTOS DA TAXA DE CÂMBIO NO LONGO PRAZO E PREÇOS RELATIVOS NO BRASIL: COINTEGRAÇÃO, CAUSALIDADE E MODELO DE CORREÇÃO DE ERRO Disseração apresenada ao Programa de Pós-Graduação do Insiuo de Economia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para a obenção do íulo de Mesre em Economia sob orienação do Prof. Dr. Flávio Vilela Vieira ORIENTADOR: PROF. PhD. FLÁVIO VILELA VIEIRA THAÍS GUIMARÃES ALVES UBERLÂNDIA JANEIRO / 2005

3 Aos meus pais, Dulce e João, aos meus irmãos, Lana Rúbia e Renao, as minhas avós, Laurenina e Lázara, e a José Jacino, Juliana, Leonardo e Maggie.

4 AGRADECIMENTOS A Deus, que em odos os momenos difíceis eseve e esá sempre comigo, me conduzindo na direção mais acerada. Aos meus pais e irmãos, que, sob qualquer circunsância, me demonsraram que devemos er perseverança para conquisarmos os objeivos. Ao longo de oda esa eapa, agradeço, em especial, aos professores Flávio, Henrique e Márcio, os quais foram imporanes na concreização da minha vida acadêmica. A Vaine, pela dedicação e paciência nos momenos que precisei de seu auxílio.

5 SUMÁRIO LISTA DE TABELAS...X TABELAS DOS APÊNDICES...X LISTA DE GRÁFICOS...XIV LISTA DE FIGURAS...XIV FIGURAS DO APÊNDICE...XIV RESUMO...XV INTRODUÇÃO...1 CAPÍTULO 1 Uma Abordagem Teórica sobre as Relações enre a Taxa de Câmbio e os Preços Relaivos A Abordagem da Paridade do Poder de Compra Versão Absolua da Paridade do Poder de Compra Versão Relaiva da Paridade do Poder de Compra Uma Análise da Paridade do Poder de Compra no Curo e Longo Prazo O Modelo de Ulrapassagem Cambial a Preços Rígidos e Renda Fixa (Pleno Emprego) b Preços Rígidos e Fluuação na Renda Real...24 CAPÍTULO 2 Comporameno da Taxa de Câmbio e Preços no Brasil A Evolução da Inflação e a Formulação da Políica Cambial a parir dos Anos Medidas Alernaivas de Taxa de Câmbio Real e os Índices de Inflação...46 VI

6 2.3 Evidências Empíricas da Paridade do Poder de Compra no Brasil...51 CAPÍTULO 3 - Definições e Descrição dos Teses Uilizados Base Teórica Economérica Teses de Raiz Uniária a Tese Dickey-Fuller (DF) b Tese Dickey-Fuller Aumenado (ADF) c Tese Phillips-Perron (PP) d Tese Kwiakowski, Phillips, Schmid e Shin (KPSS) Tese Chow para Esabilidade Esruural Análise Mulivariada de Coinegração: O Modelo com Variáveis I(1) Mecanismo de Correção de Erro (MCE) Tese de Causalidade Granger...75 CAPÍTULO 4 Taxa de Câmbio e Preços Relaivos: Resulados dos Teses Economéricos Descrição dos Dados Uilizados Descrição dos Resulados Empíricos Análise Gráfica Preliminar Teses de Raiz Uniária Tese Dickey-Fuller Aumenado (ADF) Tese Phillips-Perron (PP) Tese Kwiakowski, Phillips, Schmid e Shin (KPSS) Tese Chow Modelo com Cinco Variáveis: Le, LIPA-DI, LIPC, LWPI e LCPI Modelo com Três Variáveis: Le, LIPA-DI e LWPI Modelo com Três Variáveis: Le, LIPC e LCPI...92 VII

7 4.2.4 Análise Mulivariada de Coinegração com Variáveis Inegradas de Primeira Ordem Modelo com Cinco Variáveis: Le, LIPA-DI, LIPC, LWPI e LCPI Tese de Diagnósico dos Resíduos do VAR (Erros Gaussianos) Seleção do Sisema VAR Análise de Coinegração Mariz de Longo Prazo ( αβ ' ) π = Modelo de Correção de Erro (MCE) Modelo com Três Variáveis: Le, LIPA-DI e LWPI Tese de Diagnósico dos Resíduos do VAR (Erros Gaussianos) Seleção do Sisema VAR Análise de Coinegração Mariz de Longo Prazo ( αβ ' ) π = Modelo de Correção de Erro (MCE) Modelo com Três Variáveis: Le, LIPC e LCPI Tese de Diagnósico dos Resíduos do VAR (Erros Gaussianos) Seleção do Sisema VAR Análise de Coinegração Mariz de Longo Prazo ( αβ ' ) π = Modelo de Correção de Erro (MCE) Tese de Causalidade Granger CONCLUSÕES VIII

8 APÊNDICE I Definições quano aos Índices de Preços Uilizados na Pesquisa Economérica APÊNDICE II Análise Gráfica da Esacionaridade das Séries APÊNDICE III Teses de Esacionaridade APÊNDICE IV Análise dos Resíduos APÊNDICE V Seleção dos Modelos VAR e Esaísicas de Coinegração APÊNDICE VI Teses de Causalidade Granger REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS IX

9 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 Variação Anual dos Preços em Porcenagem ( )...33 Tabela 2.2 Principais Evenos Cambiais do Brasil ( )...34 Tabela Variação Anual dos Preços em Porcenagem ( )...42 Tabela Principais Evenos Cambiais do Brasil ( )...43 Tabela 2.5 Índices de Desvalorização da Taxa de Câmbio ( )...46 Tabela 2.6 Auor (es), Versão (ões), Períodos, Deflaores, Meodologia (s) e Resulados dos Teses sobre a Paridade do Poder de Compra no Brasil ( )...55 Tabela 3.1 Modelos, Hipóeses, Esaísicas de Teses e Valores Críicos para uma Amosra Conendo 100 Observações...60 Tabela 3.2 Disribuição Assinóica das Esaísicas do λ max e do λ raço...72 Tabela 4.1 Descrição das Variáveis Uilizadas na Análise Empírica...81 Tabela 4.2 Sínese dos Resulados dos Teses de Esacionaridade Ordem de Inegração I(n)...89 Tabela 4.3 Tese de Normalidade e Homoscedasicidade...93 Tabela 4.4 Sínese dos Resulados do Tese Chow...94 Tabela 4.5 Sisema VAR: Criério Schwarz Tabela 4.6 Sínese dos Resulados quano ao Número de Veores Coinegranes (VC)..113 Tabela 4.7 Sínese dos Resulados do Tese de Causalidade Granger para Duas Defasagens Tabela 4.8 Sínese dos Resulados do Tese de Causalidade Granger para Uma Defasagem TABELAS DOS APÊNDICES Tabela I.1 Especificidades dos Índices de Preços Uilizados Tabela III.1 Tese ADF para Amosra Complea X

10 Tabela III.2 Tese ADF para a Primeira Sub-Amosra Tabela III.3 Tese ADF para a Segunda Sub-Amosra Tabela III.4 Tese PP para Amosra Complea Tabela III.5 Tese PP para a Primeira Sub-Amosra Tabela III.6 Tese PP para a Segunda Sub-Amosra X Tabela III.7 Tese KPSS para Amosra Complea Tabela III.8 Tese KPSS para a Primeira Sub-Amosra Tabela III.6 Tese KPSS para a Segunda Sub-Amosra Tabela IV.1 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Amosra Complea Modelo com 5 Variáveis Tabela IV.2 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Primeira Sub- Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela IV.3 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Segunda Sub- Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela IV.4 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela IV.5 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Primeira Sub- Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela IV.6 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Segunda Sub- Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela IV.7 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela IV.8 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Primeira Sub- Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela IV.9 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos: Segunda Sub- Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela IV.10 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Amosra Complea Modelo com 5 Variáveis XI

11 Tabela IV.11 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Primeira Sub-Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela IV.12 - Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Segunda Sub-Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela IV.13 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela IV.14 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Primeira Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela IV.15 - Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Segunda Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela IV.16 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela IV.17 Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Primeira Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela IV.18 - Teses para Verificar a Suposição de Resíduos Gaussianos Incluindo Variáveis Dummies: Segunda Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela V.1 VAR I(1): Criério de Informação para Amosra Complea Modelo com 5 Variáveis Tabela V.2 VAR I(1): Criério de Informação para a Primeira Sub-Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela V.3 VAR I(1): Criério de Informação para a Segunda Sub-Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela V.4 VAR I(1): Criério de Informação para Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) XII

12 Tabela V.5 VAR I(1): Criério de Informação para a Primeira Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela V.6 VAR I(1): Criério de Informação para a Segunda Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela V.7 VAR I(1): Criério de Informação para Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela V.8 VAR I(1): Criério de Informação para a Primeira Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela V.9 VAR I(1): Criério de Informação para a Segunda Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela V.10 Esaísicas de Coinegração para Amosra Complea Modelo com 5 Variáveis Tabela V.11 Esaísicas de Coinegração para a Primeira Sub-Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela V.12 Esaísicas de Coinegração para a Segunda Sub-Amosra Modelo com 5 Variáveis Tabela V.13 Esaísicas de Coinegração para Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela V.14 Esaísicas de Coinegração para a Primeira Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela V.15 Esaísicas de Coinegração para a Segunda Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Aacado) Tabela V.16 Esaísicas de Coinegração para Amosra Complea Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela V.17 Esaísicas de Coinegração para a Primeira Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) Tabela V.18 Esaísicas de Coinegração para a Segunda Sub-Amosra Modelo com 3 Variáveis (Preços ao Consumidor) XIII

13 Tabela VI.1 Tese de Causalidade para Amosra Complea Tabela VI.2 Tese de Causalidade para a Primeira Sub-Amosra Tabela VI.3 Tese de Causalidade para a Segunda Sub-Amosra LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 2.1 Taxa de Câmbio Real Efeiva ( )...44 Gráfico 2.2 Variabilidade da Taxa de Câmbio Real Efeiva ( )...45 Gráfico 2.3 Medidas Alernaivas de Taxa Real de Câmbio Bilaeral Brasil/EUA...51 LISTA DE FIGURAS Figura 1.1 Ajusameno do Mercado de Bens e Moneário...20 Figura 1.2 Ajusameno da Taxa de Câmbio e Preços a um Choque Moneário...22 Figura 1.3 Evolução da Variável Câmbio Real...24 FIGURAS DO APÊNDICE Figura II.1 Gráficos (em Linha) Le Nível, Primeira e Segunda Diferenças Figura II.2 Correlogramas Le - Nível, Primeira e Segunda Diferenças Figura II.3 Gráficos (em Linha) LIPA-DI - Nível, Primeira e Segunda Diferenças Figura II.4 Correlogramas LIPA-DI - Nível, Primeira e Segunda Diferenças Figura II.5 Gráficos (em Linha) LIPC - Nível, Primeira e Segunda Diferenças Figura II.6 - Correlogramas LIPC - Nível, Primeira e Segunda Diferenças Figura II.7 Gráficos (em Linha) LWPI Nível e Primeira Diferença Figura II.8 Correlogramas LWPI - Nível e Primeira Diferença Figura II.9 - Gráficos (em Linha) LCPI - Nível e Primeira Diferença Figura II.10 Correlogramas LCPI - Nível e Primeira Diferença XIV

14 RESUMO Seja no aspeco eórico (sob a abordagem da Paridade do Poder de Compra) e empírico (diferenes eses economéricos e resulados), a lieraura sobre axa de câmbio e preços relaivos em se desenvolvido de maneira significaiva ao longo dos úlimos anos. A esse respeio, um elemeno imporane a ser desacado é a fala de consenso enre os vários pesquisadores quano às relações de longo prazo enre câmbio e preços relaivos, fao ese que pode ser explicado aravés dos diferenes índices de preços uilizados, períodos, freqüências e écnicas economéricas divergenes. A busca de possíveis relações de longo prazo enre câmbio e preços relaivos foi realizada aravés dos eses de coinegração, os quais indicaram a exisência de pelo menos um veor coinegrane para o modelo com cinco variáveis e para o modelo com rês variáveis, uilizando o IPA e o WPI como índices de preços, independenemene da amosra considerada. No caso do modelo com rês variáveis e uilizando-se o IPC e o CPI como índices de preços, observa-se a não exisência de coinegração apenas para a amosra 1, enquano que a amosra 2 e a amosra complea indicaram a presença de pelo menos um veor coinegrane. Todavia, no geral, os resulados da análise de coinegração confirmaram a exisência de uma relação de longo prazo enre a axa de câmbio e os preços relaivos para o Brasil. Na implemenação dos eses de causalidade Granger, os resulados, em geral, indicaram a não causalidade (no senido Granger) enre as variações dos preços exernos e mudanças na axa de câmbio independenemene da amosra uilizada. Por ouro lado, variações nos preços domésicos e alerações na axa de câmbio evidenciaram bi-causalidade. Os resulados do modelo de correção de erro (MCE) para a axa de câmbio indicaram que os preços domésicos são relevanes (significaivos) para se enender os movimenos na axa de câmbio e foram robusos para os diferenes modelos e amosras, enquano que os preços exernos não se mosraram significaivos na explicação da variação da axa de câmbio, em especial quando se analisa o modelo com o WPI. XV

15 INTRODUÇÃO Na lieraura empírica da Paridade do Poder de Compra, PPC, é crescene o número de eses sobre sua legiimidade em economias emergenes, uma vez que, na maioria dos casos, os países analisados vivenciaram ou vivenciam um processo inflacionário crônico; e, associado a ese, esão presenes mecanismos formais ou informais de indexação que aumenam a possibilidade de verificação da validade da PPC, principalmene, no ocane a sua versão relaiva. Denre os países emergenes anunciados acima, desaca-se o Brasil, o qual conviveu por aproximadamene duas décadas com um processo inflacionário crônico, com regras de indexação para preços, salários e axa nominal de câmbio. Para o caso brasileiro, vêm sendo realizados diversos rabalhos economéricos, considerando vários períodos e versões da PPC; enreano, há poucos eses que a validam, viso que eses apresenam resulados divergenes (Braga, 2002). Enre os moivos principais para essas conrovérsias esão as diferenças nas formas de cálculo da axa de câmbio real, uma vez que esa, na maioria dos esudos, é deerminada a parir de diferenes ipos de índices de preços, dos períodos considerados para as análises e das écnicas economéricas empregadas. Nesse senido é que a validade do modelo da PPC é quesionada (Holland & Valls, 1999). Enreano, se, por um lado, é crescene o número de eses economéricos quano à validade da PPC em economias emergenes, por ouro lado, são poucos os rabalhos que disseram sobre as relações enre o comporameno da axa de câmbio e mudanças nos preços relaivos, no Brasil. Tendo em visa iso, o presene rabalho preende analisar o comporameno da axa de câmbio nominal (e real) de longo prazo no Brasil, no período de 1980 a 2003, bem como as relações enre a axa de câmbio e a esruura de preços relaivos a parir da leiura de abordagens do ipo Paridade do Poder de Compra, ou seja, examinando os desalinhamenos cambiais a parir do diferencial de preços e quais as relações de coinegração e de causalidade enre ais desalinhamenos e mudanças nos preços relaivos. Da perspeciva da economia brasileira, raa-se de uma pesquisa perinene considerando dois elemenos analíicos. Primeiro, o Brasil experimenou diversos evenos e

16 regimes cambiais, desde 1970, o que pode explicar, em grande medida, os desalinhamenos de longo prazo da axa de câmbio. Segundo, cabe enfaizar que o país passa por muias mudanças esruurais, de uma economia foremene agrícola e rural para uma economia mais urbana e com formação de grandes complexos indusriais, além do verificado aumeno de produividade do rabalho e da aberura comercial, especialmene na década de 90. Sendo assim, uma análise mais dealhada sobre as relações de longo prazo enre a axa de câmbio e nível de preços, conforme abordagem da PPC em sua versão absolua, ou enre as variações na axa de câmbio e o diferencial de inflação, na versão relaiva da PPC, exigiria compreender os evenuais movimenos de longo prazo da axa de câmbio e dos preços relaivos. Tendo em visa ese conexo, a hipóese a ser invesigada é a de que esas mudanças esão foremene associadas ao comporameno dos preços relaivos, al que, espera-se enconrar uma relação bi-direcional enre a axa de câmbio e os preços relaivos. Nouras palavras, preende-se esar a hipóese de que, por um lado, aquelas ransformações produivas brasileiras provocaram mudanças nos preços relaivos e que, por conseguine, causaram desalinhamenos cambiais e, por ouro lado, com os diversos evenos cambiais, de maxidesvalorizações a ransições de regimes, movimenos na axa de câmbio promoveram desequilíbrios nos preços relaivos. O presene rabalho esá esruurado em quaro capíulos principais. Em sínese, o capíulo 1 apresena-se dividido em duas pares cenrais. Primeiro, descreve-se a eoria da Paridade do Poder de Compra em suas duas versões básicas: a versão absolua e a versão relaiva da PPC. Sob esse pono de visa, o exo procurará focar o princípio da arbiragem inernacional, pelo qual não deve exisir oporunidade sisemáica de lucro com a realização de compra e venda de deerminado aivo ou bem. Segundo, aravés de relevanes conribuições provindas das análises de vários auores, serão apresenados e analisados os principais aspecos eóricos bem como os resulados obidos pela invesigação empírica no que ange ao comporameno da axa de câmbio real de equilíbrio e os deerminanes dos desalinhamenos da axa de câmbio de equilíbrio real. E, uilizando a PPC como condição de equilíbrio, discuir-se-á o modelo de deerminação da axa de câmbio nominal desenvolvido pela abordagem moneária.

17 O capíulo 2 visa realizar uma análise dealhada do comporameno da axa de câmbio e dos preços relaivos no Brasil, especialmene, a parir de Para ese fim, o capíulo enconra-se subdividido em rês pares principais. A primeira pare descreve o comporameno da inflação e da políica cambial no Brasil desde a década de A segunda pare aborda a mensuração da axa de câmbio de equilíbrio. Por fim, na erceira pare, com base nos esudos de Rossi (1991 e 1996), Zini Júnior & Cai (1993), Holland & Valls (1999) e Marçal, Valls & Canuo (2000), apresenam-se as evidências empíricas da PPC no Brasil desde O capíulo 3 descreve as écnicas economéricas uilizadas no rabalho. Neses ermos, desacam-se os eses Dickey & Fuller, DF (1979), Dickey & Fuller Aumenado, ADF (1979, 1981), Phillips e Perron, PP (1988), Kwiakowski, Phillips, Schmid e Shin, KPSS (1992), o ese de Chow (1960), a análise mulivariada de coinegração com variáveis inegradas de primeira ordem segundo o procedimeno de Johansen (1988) e Johansen & Juselius (1990), o modelo de correção de erro, MCE, abordado inicialmene por Granger (1982), e, poseriormene, aperfeiçoado por Johansen & Juselius (1990) e o ese de causalidade de Granger (1982). Baseado no exame empírico dos eses economéricos descrios no capíulo 3, fundamenalmene, o capíulo 4, em como objeivo apresenar os principais resulados obidos dos eses aplicados a dados brasileiros para avaliar as relações enre o comporameno da axa de câmbio e alerações nos preços relaivos. Conudo, para esse fim, inicialmene, o capíulo descreverá odas as variáveis de ineresse raadas na pesquisa e, em um segundo momeno, enfaizará os resulados essenciais propriamene dios e as considerações adicionais derivadas do rabalho. Ademais, vale ressalar que as abelas e as figuras referenes à análise economérica e ouras quesões meodológicas envolvidas na elaboração da pesquisa esão regisradas nos apêndices e, a seguir, esão lisadas as referências bibliográficas uilizadas no rabalho.

18 CAPÍTULO 1 UMA ABORDAGEM TEÓRICA SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE A TAXA DE CÂMBIO E OS PREÇOS RELATIVOS O objeivo dese capíulo consise, em primeiro lugar, apresenar a eoria da Paridade do Poder de Compra (PPC) em suas duas versões básicas: a versão absolua e a versão relaiva da PPC. Fundamenalmene, nese caso, o exo procurará salienar a insuficiência do princípio da arbiragem de mercadorias para susenar a PPC visa sob a óica de equalização enre os níveis de preços enre os diversos países, mesmo no caso em que eses sejam composos de bens essencialmene ransacionáveis. Na segunda pare dese capíulo, aravés de relevanes conribuições provindas dos rabalhos de diversos auores, serão apresenados e analisados os principais aspecos eóricos bem como os resulados obidos pela invesigação empírica no ocane ao comporameno da axa de câmbio real de equilíbrio e os deerminanes dos desalinhamenos da axa de câmbio de equilíbrio real. E, uilizando a PPC como condição de equilíbrio, apresenar-se-á a versão mais consagrada na lieraura de deerminação da axa de câmbio, o modelo de ulrapassagem de Dornbusch (1976) A Abordagem da Paridade do Poder de Compra Na lieraura econômica, há, fundamenalmene, duas versões principais quano a deerminação da eoria da PPC, a saber: a versão absolua e a versão relaiva da PPC. No que se segue, serão apresenadas, sucinamene, esas duas abordagens da PPC Versão Absolua da Paridade do Poder de Compra Baseada na Lei do Preço Único, a PPC diz que os preços dos bens ransacionáveis, coados em uma mesma moeda, devem ser os mesmos quando comparados em diferenes países, pois, um bem idênico deve ser vendido ao mesmo preço quando expresso em uma mesma unidade moneária, seja no país produor, seja nos países compradores dese bem (Holland & Valls, 1999). Sob a hipóese de ausência de cusos de ransação, bens homogêneos, ausência de barreiras arifárias e não arifárias e, informação perfeia, o preço

19 de um bem em deerminada moeda não pode diferir enre os diversos países (Marçal, Valls & Canuo, 2000:160). Se a economia é abera, apresena cuso de ransação desprezível e não há barreiras comerciais, enão, espera-se que a Lei do Preço Único se verifique (Holland & Valls, 1999:05). Em ouras palavras, para um bem j, com preço em dólares, e preço BR P j S a axa de câmbio de equilíbrio, enão: BR P j = BR EUA EUA j EUA P j, expresso, expresso em reais, se o bem j for vendido ao preço único, sendo S / P (1.1) Sendo assim, ao se considerar uma cesa de bens homogênea, e na ausência de cusos de ransação e enraves comerciais, a seguine relação deve prevalecer: EP q = P * = 1 (1.2) em que q é a axa de câmbio real, E é a axa nominal de câmbio e expressa a moeda D$ * domésica, D$, em ermos da moeda esrangeira, F$, iso é, E = ; P é um índice de F$ preços do país esrangeiro e P é um índice de preços do país domésico. Esa é a PPC em sua versão absolua (Kannebley Júnior, 2003). A igualdade dos preços domésicos e exernos (converidos pela axa de câmbio) é ambém referida como a versão fore ou absolua da PPC. Ela implica que a axa de câmbio real é deerminada pela Lei do Preço Único (Zini Júnior, 1993:111). Para corroborar a PPC, na versão absolua, é preciso que a PPC axa de câmbio real seja igual a unidade, ou seja, que q = 1, al que a cesa de referência represenaiva da demanda final nos dois países enha o mesmo preço quando medidos na mesma unidade moneária (Agliea,1997: 96). Enreano, para que a PPC absolua seja saisfeia 1, é imprescindível compreender as principais condições resriivas perencenes a ela. Primeiro: é necessário que a Lei do Preço Único seja válida para odos os bens individuais e que as esruuras de cesas de referência sejam as mesmas. Ou seja, se o comporameno dos consumidores é idênico em ambos os países, enão, os pesos dos bens na demanda final devem ser os mesmos (Holland & Valls, 1999). Mais especificamene, nese iem, é conveniene aer-se que, se, em cada 1 Veja a apresenação desas resrições em Baillie & McMahon (1992:65-71) e Agliea (1997:97-102).

20 país, o nível geral de preços é formado pela combinação dos preços de cada bem, ponderado pelo peso de cada bem na demanda final al que: P = n j= 1 ( P ) j α j n, sendo que α j = 1 (1.3) j= 1 enquano que, no reso do mundo, ou em ouro país parceiro comercial, de referência, o preço é: P = n' j= 1 ( P * β j j ) n, sendo que β j = 1 (1.4) j= 1 enão, para que a primeira condição resriiva da PPC, em sua versão absolua, se verifique, é necessário que α = β, e n =n. Assim: j j P = n n * α j ( SPj ) = S j= 1 j= 1 * β j j ( P ) = SP * (1.5) Segundo, que os preços relaivos enre os bens sejam consanes, al que, para um bem n qualquer, o preço relaivo seja assim expresso: P * j * j λ j =, e, j = * Pn Pn P λ (1.6) de modo que a razão enre os níveis gerais de preços seja: j P P Πλ j β P * (1.7) Πλ n = P * n α j j Como os preços relaivos se manêm consanes: P P * = P P n * n (1.7a) enão, é suficiene que a Lei do Preço Único seja verificada para um produo para que a PPC ambém o seja (Agliea, 1997: 98).

21 reais r e E, erceiro, que a hipóese de Fisher se verifique 2. Ou seja, que as axas de juros * r sejam equalizadas enre os dois países pela seguine relação enre as axas de juros nominais i e * * i e os níveis de preços P e P : 1+ i 1+ i * * 1+ r = 1+ r * * P + 1 / P P + 1 / P (1.8) Versão Relaiva da Paridade do Poder de Compra É, de fao, muio difícil corroborar, empiricamene, a versão absolua da PPC devido, principalmene, a presença das imperfeições de mercado, dos cusos de ransação, dos enraves comerciais, bem como da impossibilidade práica de comparação de cesas homogêneas de bens enre diversos países (Kannebley Júnior, 2003). A PPC expressa pela equação (1.2) represena uma condição de equilíbrio, e, em princípio, não exisem grandes resrições. Conudo, problemas aparecem quando ena-se ransformar a PPC em uma proposição empírica, pois, de fao, os preços presenes das mercadorias não deverão ser iguais em diferenes localidades no mesmo momeno de empo e a exisência de cusos de ranspore, de ransação, arifas e coas, pode fazer com que os preços de mercadorias perfeiamene homogêneas em mesma moeda difiram sisemaicamene ao longo do empo enre as diversas localidades (Marçal, 1998). Mais especificamene, caso se absraia a hipóese da validade da Lei do Preço Único 3, a versão relaiva ou fraca da PPC poderá ser susenada, basicamene, pela 2 Convém ressalar que no caso da PPC, em sua versão relaiva, não se espera que a axa de câmbio seja igual P + 1 * S P a razão enre os índices de preços, mas que: =. Assim, considerando as axas de inflação em S P * P * * * P P cada país, π + 1 e π +1, iso é, = + 1 * P P 1 π + 1, e, π + 1 =, em-se que a axa de variação da * P P 1 axa de câmbio deve aproximar-se do diferencial da axa de inflação enre as duas economias: S+ 1 S * = π π. S 3 O posulado da homogeneidade da moeda e esabilidade nos preços relaivos é uma forma de conornar os problemas causados à dourina da PPC pelos diferenes pesos e composição dos bens que enram no cálculo dos índices de preços. E, uma vez que as proporções não são iguais e os bens não são esriamene idênicos, a

22 suposição da neuralidade da moeda e da esabilidade das relações produivas dos países em consideração, permiindo que a equação (1.2) seja alerada para: EP q = P * = θ (1.9) em que θ é uma consane diferene de 1. Nese caso, diferene da condição da versão absolua para a PPC em que a axa de câmbio real deveria ser igual à unidade, na versão relaiva, em-se que a axa de câmbio real deve se maner consane ao longo do empo, ou seja: PPC PPC PPC q = q+ =... = q+ k 1 (Holland & Valls, 1999:08-09). Aplicando o logarimo e diferenciando no empo a expressão (1.9), chega-se à razão pela qual a eoria da PPC é denominada uma eoria da inflação da axa de câmbio. Ou melhor: * q ˆ = eˆ + pˆ pˆ = 0, iso é, eˆ = ( pˆ pˆ * ) (1.10). 1 dx em que x = ln (X) e x =. Conforme ilusra a equação (1.10), os ajuses no câmbio X d nominal devem igualar a diferença enre as inflações domésica e inernacional, a fim de preservar uma axa de paridade real (suposamene óima ou desejável com base em considerações a priori). De fao, a versão relaiva ou fraca da PPC é uma asserção mais fraca comparaivamene à versão absolua, pois apenas requer que os ajuses da axa de câmbio devem se igualar a diferença inflacionária domésica e exerna para que se possa maner uma paridade cambial fixa (Zini Júnior, 1993:111) Uma Análise da Paridade do Poder de Compra no Curo e Longo Prazo Esudos empíricos da década de susenaram que a PPC se maneve durane a hiperinflação alemã na década de 1920 (Frenkel, 1976). Enreano, uma inspeção mais dealhada do assuno (Krugman, 1978, Bernholz, 1982 e Froo & Rogof, 1995) coloca em dúvida se, de fao, a PPC foi válida nos anos Por ouro lado, no que ange a lei do preço único não pode servir mais como supore para a PPC. Por ouro lado, a PPC pode valer, mesmo na sua forma relaiva, se as condições do posulado da homogeneidade na eoria moneária forem jusificados. O posulado da homogeneidade diz que disúrbios puramene moneários, deixando inalerados odos os preços relaivos de equilíbrio, levarão a uma aleração equiproporcional na moeda e em odos os preços. Nese caso especial, a PPC vale mesmo se a lei do preço único não se aplicar (Dornbusch & Vogelsang, 1991:268). 4 Isard (1977), Dornbusch (1980b) e Kaseli (1984) demonsram os fracassos da PPC na década de 1970.

23 deerminação da axa de câmbio real, aé a década de 1980, nos países indusrializados, a PPC foi foremene desacrediada, uma vez que os dados provaram exisir uma grande volailidade da axa de câmbio real e duradouros desvios da axa de câmbio em relação ao predio pela eoria da PPC (Froo & Rogof, 1995). Também, analisando a relação da PPC aos níveis de preços e axas de câmbio, Isard (1987), apona rês conclusões provenienes de seu esudo, a saber: 1) O pressuposo de que a PPC se maném coninuamene no curo prazo pode ser rejeiado; 2) A hipóese de que a PPC se maném no longo prazo parece ser virualmene carene de base empírica (dadas as limiações dos eses disponíveis) 5. Esas observações levaram à crença de que embora desvios da PPC possam ocorrer no curo prazo, no longo prazo, a PPC reafirma-se (Zini Júnior, 1993:114); 3) Durane os episódios de hiperinflação ou de inflações crônicas elevadas, a hipóese da PPC em considerável poder explicaivo, iso é, variações nominais no nível de preços e no câmbio são alamene correlacionadas. Porém, esa observação apresena-se duvidosa, viso que nos processos crônicos de inflação, em ermos nominais, odos os preços são alamene correlacionados. De acordo com Rogoff (1996), os desvios da PPC são normalmene jusificados pela rigidez de preços e salários, discriminação de preços enre países, choques moneários, bolhas especulaivas e mudanças na careira de aivos enre os agenes econômicos. Enreano, segundo o auor, apenas e ão somene a rigidez de preços não consegue explicar os longos desvios observados da axa de câmbio real e, no ocane aos eses empíricos, eses, noavelmene, êm confirmado que a eoria da PPC, em sua versão 5 Nos rabalhos de Frankel (1986), Kim (1990), Abuaf & Jorion (1990), Ardeni & Lubian (1991) e Glen (1992), verificam-se significaivos os eses relacionados a convergência da PPC de longo prazo enre os países com renda ala; e, a parir de várias análises para amosras de períodos longos (100 anos ou mais), os auores rejeiaram, claramene, a hipóese nula de raiz uniária. Conudo, segundo Engel (1998), eses esudos apresenaram conclusões incorreas por suporarem a hipóese de que as axas reais de câmbio êm raízes uniárias. Quano a deerminação dos preços inernacionais, praicamene não há eorias que esabelecem que os desvios da lei do preço único para os bens comercializáveis sejam esacionários. Caso a axa real de câmbio for não-esacionária, iso ocorre porque o preço relaivo dos bens não-comercializáveis são nãoesacionários. E, conforme a hipóese nula dos eses da PPC de longo prazo ( H * EP 0 : q = em uma raiz P uniária), o preço relaivo dos bens não-comercializáveis em uma raiz uniária e deerminam os movimenos da axa real de câmbio no longo prazo... na verdade, esa é a hipóese que foi rejeiada pelos eses de raiz uniária da axa real de câmbio para as longas séries emporais (Engel, 1998:244).

24 relaiva, apresena-se viesada, viso que, nos próprios eses empíricos, foram uilizados dados dos países desenvolvidos, os quais apresenam maiores esabilidades esruurais comparaivamene aos países em desenvolvimeno 6. Além disso, os eses que confirmaram a coinegração enre a axa de câmbio nominal e a variação relaiva de preços inernos e exernos, enconraram, em sua maior pare, relações de longo prazo enre as variáveis que não correspondem ao esperado pela eoria econômica, como, por exemplo, a elasicidade da axa de câmbio nominal em relação a variação relaiva de preços inernos e exernos ser muio diferene da unidade (Froo & Rogoff 1995) 7. Uma vez que esas asserivas analíicas sejam verdadeiras, a quesão cenral esá em analisar aé que pono a axa de câmbio nominal e os preços relaivos sofrem reversão de média em relação a algum nível de equilíbrio de longo prazo (Froo & Rogoff 1995:1648). Exclusivamene, os resulados da lieraura da PPC do câmbio real de longo prazo confirmam que as especificações uilizadas para esar a reversão de média apresenam-se incorreas em função, basicamene, da fragilidade dos eses economéricos que foram examinados. De acordo com Froo & Rogoff (1995), basicamene, há rês eságios para o ese da eoria da PPC em sua versão relaiva. Em sua fase inicial, considera-se a PPC como uma hipóese nula. Iso é: * log( e ) = α + β ( log( p )) δ ( log( p )) + ε (1.11) onde indica variação, log o logarimo, e refere-se a axa de câmbio nominal no período, P indica os preços no país domésico e * P os preços no exerior. Analisando esa equação, nauralmene, espera-se que β e δ sejam iguais a 1 e α igual a zero; ou seja, assume-se que os preços deerminariam a axa de câmbio nominal; enreano, a axa de câmbio nominal, ambém, afea os preços, resulando, porano, em um problema de causalidade. Mais 6 Esse viés é mencionado por Froo & Rogoff (1995), que mosram que a PPC relaiva não é válida para a axa de câmbio real da Argenina nos anos 1970 e 1980, por exemplo. 7 Mais especificamene, ano na década de 1980 quano nos anos 1990, o acesso a séries longas de axas de câmbio e aos novos eses de coinegração indicaram que, no longo prazo, a axa de câmbio enderia a convergir em direção ao predio pela eoria da PPC. Conudo, no curo prazo, percebe-se claramene que a eoria da PPC não é válida (Froo & Rogoff 1995). Significa que há um surpreendene grau de consenso em relação as evidências empíricas da eoria da PPC: no longo prazo, a axa de câmbio real ende a convergir para a PPC; porém, a convergência é lena, cerca de 15% ao ano, e os desvios duram de 3 a 5 anos (half-life). Sockman (1987) invesiga se a lena convergência das axas de câmbio reais podem ser explicadas pelo leno ajuse dos preços nominais.

25 especificamene, os eses do eságio 1 são alamene sensíveis quando o ermo de erro é não esacionário e, nese senido, acaba-se incorrendo a problemas de regressões espúrias 8. Em uma segunda fase dos eses, esa-se a esacionaridade da axa de câmbio real 9. Aplicando o logarimo, em-se: q = e p + p (1.12) * onde q indica o logarimo da axa de câmbio real no período, e refere-se ao logarimo da axa de câmbio nominal no período, P indica os preços no país domésico enquano * P esá associado aos preços no exerior. Considerando a hipóese nula de que a axa de câmbio real (q) segue um passeio aleaório e a hipóese alernaiva de que a axa de câmbio real (q) sofre reversão de média, no senido de que a PPC vigora no longo prazo, pode-se claramene concluir que: os eses do eságio 2 10 apresenam sérios problemas de baixo poder, ou seja, há dificuldades em disinguir um passeio aleaório da axa de câmbio real de uma reversão de média lena quando a raiz é próxima da unidade. Em ouras palavras, nese segundo eságio, foi apresenado o problema do baixo poder de rejeição condicionado a hipóese nula de que há raiz uniária; conudo, na verdade, nese ese, há um viés no senido da rejeição da esacionaridade da axa de câmbio real e, porano, da negação da eoria da PPC 11. Por fim, na erceira fase, prevalecem os eses de coinegração da PPC, os quais êm o inuio de esar a exisência de uma relação de longo prazo enre a axa de câmbio nominal e a variação relaiva de preços inernos e exernos 12. Para ese fim, é fundamenal analisar se a expressão e = α + β1 p + β 2 p + ε é, de fao, esacionária para qualquer * 8 Maiores informações, ver Granger & Newbold (1977). 9 Na realidade, o eságio 2 abarca os eses univariados das propriedades das séries emporais da axa de câmbio real. 10 É imporane desacar que no eságio 2 há, ainda, ouros eses, como os eses para os modelos de correção * * de erros (ECM/MCE): e = α 0 + α1[ ( p p )] + α 2 ( e p + p ) Segundo Froo & Rogoff (1995), alguma evidência de reversão de média na axa de câmbio real pode ser enconrada em amosras mais longas sob regimes cambiais fixos e flexíveis; odavia, quando se resringe a análise ao período pós-73 ou ao período sob regime de câmbio flexível, são poucas as evidências de reversão de média da axa de câmbio real. 12 O poder adicional dos eses do eságio 3 quando comparados aos eses do eságio 2 se deve ao relaxameno das resrições de simeria e de proporcionalidade: ao conrário dos eses de esacionaridade, o ese de coinegração, não uilizou a hipóese de homogeneidade no longo prazo enre preços relaivos e axa de câmbio nominal (Braga, 2002:04). Desse modo, caso se enconre β1 β 2 1, pelo menos em pare, iso pode ser explicado por erros de mensuração.

26 consane β 1 e β 2. Mais especificamene, recorre-se aos dois principais eses de coinegração: o procedimeno dois passos de Engle & Granger (1987) 13 e o ese de coinegração de Johansen 14 (1988). A parir dos resulados deses eses, foi possível verificar que os eses do eságio 3 15 apresenam algumas conclusões conroversas. Por exemplo: a) há alguma evidência de reversão de média enre a axa de câmbio nominal e os preços relaivos, porém, os desvios esimados em relação a proporcionalidade e a simeria apresenam-se grandes demais para serem devidamene consisenes com a PPC no senido de exisir uma relação de longo prazo; e, b) as evidências dos eses do eságio 3 sugerem que a PPC carece em ermos de uma melhor explicação dos movimenos de longo prazo enre a axa de câmbio nominal e preços relaivos. Porano, somene após examinar os rês eságios proposos por Froo & Rogoff (1995), é que se pode claramene concluir que na análise empírica da PPC relaiva, a axa de câmbio real de longo prazo parece não ser consane e, nese senido, pode-se afirmar que alguns desvios da PPC são permanenes e não apenas emporários. E, como choques emporários de demanda são modelados para não er implicações de longo prazo, a lieraura empírica da PPC sugere que os faores reais de longo prazo, como a axa de poupança e a produividade, são pare da explicação sobre os movimenos da axa de câmbio 16. Após uma exensa análise dos ajuses dos preços e da meia-vida da axa de câmbio real, Engel & Morley (2001), concluíram que, no longo prazo, a maior dificuldade para a PPC se maner, relaciona-se, basicamene, aos ajuses das axas de câmbio reais, viso que o comporameno desas apresenam-se exremamene voláeis na presença de choques 13 Basicamene, esima-se os resíduos por mínimos quadrados ordinários, (MQO), aravés da equação * e = α + β1 p + β 2 p + ε, e esa a esacionaridade dos resíduos aravés do ese ADF. Assim, em-se: * ˆ ε = α + β + γεˆ + θ ˆ ε i + µ ˆ 1 ; H 0 : refere-se quando os preços ( p e p ) e a axa de câmbio * nominal não são coinegrados; e, H A : refere-se quando γ < 1, iso é, quando os preços ( p e p ) e a axa de câmbio nominal são coinegrados. 14 Comparaivamene ao ese Engle & Granger (1987), o ese de Johansen (1988) é capaz de esar versões mais fracas da PPC dado que requer apenas que alguma combinação linear da axa de câmbio nominal e preços relaivos seja esacionária. 15 É imporane desacar que no eságio 3 há, ainda, ouros eses, como os eses com preços desagregados. Nese caso, ver, por exemplo, Engel (2002). 16 Maiores informações, ver Vieira (2002).

27 emporários ou de choques provenienes do seor moneário 17 ; ademais, desacaram que os desvios da meia-vida das axas de câmbio reais são exremamene grandes, variando de 2,5 anos a 5 anos 18. Para averiguar a inensidade dos ajuses dos preços e da meia-vida da axa de câmbio real, Engel & Morley (2001) consideraram que as axas de câmbio nominais e os preços relaivos não necessariamene precisam convergir para uma mesma axa (como esá implício no modelo de expecaivas racionais com preços rígidos, na radição do famoso rabalho de Dornbusch (1976)), mas, admiem que são as axas de câmbio nominais, e não os preços relaivos, que se ajusam lenamene a PPC. Aravés da análise das diversas velocidades de ajuses dos preços relaivos e das axas de câmbio, verifica-se que as axas de câmbio nominais levarão vários anos para se convergirem, enquano que os preços relaivos convergirão denro de meses (Engel & Morley, 2001:02). Mais especificamene, os auores rejeiam claramene a idéia cenral conida no modelo de Dornbusch (1976) 19. Em nosso modelo, não há axas de câmbio nominais fixas, porque a variância das inovações da axa de câmbio são muio grandes e bem maiores que a variância das inovações dos preços. É por isso que as axas de câmbio são muio voláeis e convergem para o equilíbrio da PPC mais lenamene que os preços nominais (Engel & Morley, 2001:23). De acordo com Edwards (1988), o valor de equilíbrio da axa de câmbio real não necessariamene deve permanecer idênico no longo prazo, pois, em qualquer momeno, a axa de câmbio real observada será influenciada, principalmene, pelos fundamenos macroeconômicos, os quais são gerados, basicamene, pelo excesso de ofera por moeda, por um défici fiscal ou por ambos. Na realidade, segundo o auor, na presença de desvios, a axa de câmbio real aual freqüenemene se disanciará do seu valor de equilíbrio no curo 17 Grande pare das eorias referenes a relação de causalidade enre os choques reais e as axas de câmbio reais é influenciada pelo preço relaivo dos bens não-ransacionáveis. Conudo, para os países avançados, Engel (1999) defende que não há variação no curo prazo das axas de câmbio reais que sejam aribuíveis aos movimenos no preço relaivo dos bens não-ransacionáveis. 18 Veja, por exemplo, Frankel (1986), Lohian & Taylor (1996), Wu (1996), Papell (1997), Cheung & Lai (2000), Murray & Papell (2000) e Vieira (2002). 19 Segundo Engel & Morley (2001), o modelo de Rogoff (1996) e Sockman (1987) foi consruído com base no modelo de expecaivas racionais com preços rígidos. É por isso que neses modelos os preços, as axas de câmbio nominais, e as axas de câmbio reais convergem para uma mesma axa no longo prazo (Engel & Morley, 2001:22).

28 e médio prazo, e as mudanças emporárias nas variáveis reais e os cusos de ajuses 20 serão basane comuns nesa análise. E, ainda, afirma que há ouros desvios (permanenes) que podem gerar grandes e persisenes diferenças enre a axa de câmbio real aual e o equilíbrio da axa de câmbio real aual, ou o desalinhameno da axa de câmbio real comparaivamene aos desvios de curo e médio prazo 21. Conforme Edwards (1988), sob axas de câmbio fluuanes, a volailidade de curo prazo da axa de câmbio nominal é uma fone imporane do disanciameno da axa de câmbio real aual em relação ao equilíbrio de longo prazo da axa de câmbio real. Além disso, porque as axas de câmbio nominais são sensíveis as expecaivas e as novas informações, o disanciameno da axa de câmbio real em relação ao equilíbrio da axa de câmbio real podem ser maiores sob axas de câmbio fluuanes vis-a-vis axas de câmbio fixas. Na visão de Dornbusch (1976), dado que os preços dos bens são rígidos no curo prazo, ele explicia que há implicações imporanes advindas dos choques emporários de demanda (choques moneários) para o movimeno de curo prazo da axa de câmbio nominal e dos preços relaivos; conudo, no longo prazo, seu modelo assume a PPC, e, porano, acredia que a axa de câmbio real seja consane. Segundo o auor, os desvios ransiórios perencenes a equação (1.10) são inerpreados pelas diferenes velocidades de ajusameno da axa de câmbio, comparada à velocidade de ajusameno de preços e salários e as imperfeições de mercado, como a imperfeia subsiuabilidade dos bens que dificulam a arbiragem inernacional. Enreano, a PPC deixa de ser válida na presença de desvios permanenes dessa relação ao longo do empo; eses, por sua vez, de acordo com Dornbusch (1976), são explicados pelas possíveis alerações esruurais da economia, as quais produzem uma mudança correspondene nos preços relaivos. Nese caso, a expressão (1.10) deixaria de ser aendida e poderia apresenar uma diferença sisemáica enre a variação porcenual da axa de câmbio e o diferencial das axas de inflação domésica e inernacional. 20 Sobre os cusos do desalinhameno cambial ver Diaz-Alejandro (1965), Williamson (1982a e 1983b), Krueger (1983), Dornbusch (1984), Sachs (1987) e Engel & Rogers (2001). 21 A disinção enre o emporário e o permanene é especialmene imporane no caso das arifas de imporação. Em geral, somene as mudanças permanenes nas arifas de imporação - que normalmene respondem a uma decisão das auoridades -, são capazes de gerar uma realocação dos recursos no longo prazo -afeam o equilíbrio de longo prazo da axa de câmbio real (Edwards, 1988:09).

29 Sob ese pono de visa, convém desacar que em países com ala inflação esse comporameno da axa de câmbio não ende a se reproduzir em razão da presença de mecanismos formais ou informais de indexação inroduzidos como forma de proeção dos valores reais dos aivos. Iso faz com que, nesses países, a convergência em direção à relação de longo prazo proposa pela eoria da PPC seja mais rápida. Conudo, segundo Mussa (1991), a PPC parece ser mais adequada em siuação de alas axas de inflação, pois regimes de ala inflação apresenam fore endência à indexação com expecaivas, num procedimeno semelhane ao modelo de expecaivas racionais. Coopeland (apud Mahdavi & Zhou, 1994) oferece argumenos para a validade da PPC em países de elevada inflação baseados na exisência de alos cusos de informação e no colapso progressivo do ambiene insiucional que garane a exisência de conraos de longo prazo. Na presença de disúrbios moneários, os quais encobrem os efeios produzidos pelos choques reais sobre os preços relaivos, Melvin (apud Zhou, 1997), ambém, argumena em favor de uma maior velocidade de convergência à PPC em períodos de ala inflação. A fim de exemplificar o comporameno da axa de câmbio de equilíbrio bem como dos deerminanes dos desalinhamenos da axa de câmbio de equilíbrio real será apresenado, logo a seguir, a versão econômica mais consagrada na lieraura de deerminação da axa de câmbio, o modelo Mundell-Fleming adapado por Dornbusch (1976) O Modelo de Ulrapassagem Cambial Em sínese, o modelo de ulrapassagem desenvolvido por Dornbusch (1976) fornece uma explicação para a volailidade da axa de câmbio nominal a parir de choques moneários. Parindo de um fao esilizado de que o mercado moneário se ajusa de forma mais rápida que o mercado real, o auor mosra que a dinâmica de ajusameno da axa de câmbio nominal é maior que a do choque moneário. O modelo de ulrapassagem, além de ligar a volailidade da axa de câmbio nominal à evolução da políica moneária, consegue explicar a maior volailidade verificada nas axas de câmbio comparaivamene a evolução da ofera de moeda (Marçal, 1998:32). Sob esse pono de visa, será apresenado, sucinamene, dois casos esquemáicos: a) preços rígidos e renda fixa; e, b) preços rígidos e fluuação na renda e no produo.

30 Fundamenalmene, o primeiro caso explica o curíssimo prazo, no qual o mercado financeiro se ajusa e o mercado real uiliza o mecanismo de preços para iniciar o ajuse, e, o segundo caso descreve o curo prazo, em que exise a possibilidade de ajuses de preço e produo a Preços Rígidos e Renda Fixa (Pleno Emprego) A apresenação do modelo desenvolvido por Dornbusch (1976) dar-se-á da seguine maneira: em primeiro lugar, apresenar-se-á a regra da formação de expecaivas posulada pelo auor e o equilíbrio no mercado de bens e de moeda; em seguida, discuir-se-á alguns resulados da esáica comparaiva e o processo de ajusameno; no final, apresenar-se-á a ulrapassagem cambial. Expecaivas Dornbusch (1976) posula a validade da paridade da axa de juros descobera, PTJD, e de uma regra de formação das expecaivas dada pela equação W = M + V 22 : i = i * + x 23 (1.13) x = θ ( e e) (1.14) onde i e i * represenam, respecivamene, as axas de juros inerna e exerna, x a desvalorização esperada da axa de câmbio nominal, e corresponde a axa de câmbio de equilíbrio de longo prazo e e é a axa de câmbio correne. Mercado Moneário O auor assume como dados a quanidade nominal de moeda, m, e o nível de renda real y. Assim, em-se: m p = φy λi (1.15) 22 * Basicamene, o esoque de riqueza nominal dos residenes é consiuído por: W = M + B + B, em que W denoa o oal de riqueza nominal dos residenes, M, o esoque de moeda, B, o volume de íulos inernos, e * B o volume de íulos exernos. Como íulos inerno e exerno são subsiuos perfeios, enão, pode-se fazer * V = B + B, e, porano: W = M + V. 23 A equação (1.13) represena a perfeia mobilidade de capial.

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