GRUPO DE TRABALHO. Promotores do Núcleo Urbano Central da Região Metropolitana de Curitiba. CAOPJ Habitação e Urbanismo
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- Ana Luísa Farinha de Santarém
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1 GRUPO DE TRABALHO Promotores do Núcleo Urbano Central da Região Metropolitana de Curitiba CAOPJ Habitação e Urbanismo julho/2013
2 Apresentação da Equipe Alberto Vellozo Machado Procurador de Justiça Coordenador do CAOP Habitação e Urbanismo Odoné Serrano Júnior Promotor de Justiça e integrante do CAOP Habitação e Urbanismo Willian Buchmann Promotor de Justiça e integrante do CAOP Habitação e Urbanismo Clarice Metzner Assistente Social Thiago de Azevedo Pinheiro Hoshino Assessor Jurídico Laura Esmanhoto Bertol Assessora Urbanista Sara de Lara Cavalcanti Estagiária de Serviço Social Elaina Nunes Estagiária de Serviço Social Allan Mohamad Hillani Estagiário de Direito Georgia de Andrade Estagiária de Ensino Médio
3 Região Metropolitana de Curitiba: Composta por 29 municípios. Divisa com São Paulo e Santa Catarina. Fonte: COMEC
4 Região Metropolitana de Curitiba: População Total: (IBGE, 2010). População Urbana: (IBGE, 2010). Taxa de Urbanização: 91,7% A população da Região Metropolitana de Curitiba representa aproximadamente 31% da população total do Estado e aproximadamente 33% da população urbana do Estado.
5 Criada pela Lei Complementar Federal n 14/1973 Fonte: COMEC. Alterada por Leis Estaduais e desmembramentos de Municípios.
6 Institucionalidade: Constituição Federal de 1988: Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
7 Institucionalidade: COMEC Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba. Criada pela Lei Estadual n.6.517/1974. Regulamento Decreto Estadual n.698/1995.
8 COMEC - objetivos: Planejamento Integrado; Políticas e diretrizes de planejamento territorial; Organizar, planejar e executar as funções públicas de interesse comum no âmbito da RMC; Coordenar e elaborar programas e planos de obras, atividades e serviços de interesse metropolitano; Estabelecer diretrizes e normas para os planos municipais de desenvolvimento; Deliberar sobre concessão, permissão ou autorização de serviços de interesse metropolitano; Planejamento, implantação e operação do Sistema de Transporte da RMC. (...)
9 COMEC: Destacada atuação: Anuência de loteamentos e desmembramentos na RMC obrigatoriedade disposta na Lei Nacional 6.766/79. Execução de obras de abrangência metropolitana PAC e Copa. Gestão Ambiental Conselho Metropolitano de Gestão dos Mananciais. Planejamento Metropolitano PDI. Transporte público metropolitano URBS.
10 Região Metropolitana diferente de Metrópole. Fonte: BALISKI, Patrícia. A Conformação do Espaço Industrial e a Expansão da Mancha Urbana no Aglomerado Metropolitano de Curitiba: (Dissertação de Mestrado) UFPR, 2011, p. 19.
11 Núcleo Urbano Central NUC: 14 Municípios que compõem uma mancha urbana contínua, com padrão de ocupação semelhante e que concentra a dinâmica regional mais intensa. (COMEC, Plano de Desenvolvimento Integrado, 2006, p. 52)
12 NUC: Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais Fonte: Google Earth, 2013.
13 Necessidade de uma gestão compartilhada: Vivência urbana não está contida nas divisões político-administrativa - moradia, trabalho, saúde, educação e lazer. Políticas de proteção ambiental.
14 Fonte: COMEC.
15 Necessidade de uma gestão compartilhada: Funções de interesse comum: Gestão Ambiental Mananciais; Defesa Civil e sinistros; Transporte e sistema viário intrametropolitano; Saneamento ambiental (água, esgoto, drenagem, resíduos sólidos e vetores); Habitação;
16 Decisão do STF de 28 de fevereiro de 2013 ADI 1842/RJ A titularidade das funções públicas de interesse comum nas regiões metropolitanas e em outras entidades territoriais de natureza assemelhada deve ser compartilhada entre Estado e Municípios integrantes.
17 Fonte: COMEC, Plano de Desenvolvimento Integrado, 2006, p. 54.
18 Importância do Acesso: Vetores de expansão. Eixo Estrutural Norte Conectora 5 - Ecoville Fonte: IPPUC.
19 Acessibilidade: Intenso fluxo de pessoas e mercadorias no território comércio, serviço, estudo, trabalho, lazer. Movimentos pendulares: centralidades segmentação do local de trabalho/estudo e moradia. Movimento diário e regular. Aproximadamente 19% das pessoas que estudam e trabalham na RMC o fazem em município diferente de sua residência.
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22 Alteração da localização de indústrias: Distanciamento em relação ao centro de Curitiba: alterações transportes e definição de uso e ocupação do solo, deseconomias do complexo urbano.
23 Fonte: GoogleMaps, 2013 Antiga fábrica da Matte Leão - Curitiba
24 Nova unidade da Matte Leão - Fazenda Rio Grande/PR. Fonte: GoogleMaps, 2013
25 Novas frentes de expansão imobiliária: Formal segmento econômico e de luxo. Fonte: Gazeta do Povo, Perfil Imobiliário, 2011.
26 Fazenda Rio Grande empreendimentos habitação popular e interesse social. Fazenda Rio Grande Fonte: GoogleEarth, 2013
27 Novas frentes de expansão imobiliária: Informal crescimentos dos espaços informais de moradia. Fonte: Gazeta do Povo Fonte: Melissa Andreata
28 Fonte: Nunes, Madianita. A Dinâmica de Produção dos Espaços Informais de Moradia e o Processo de Metropolização em Curitiba. (Tese de Doutorado) UFPR, 2012, p.230)
29 Espaços Informais de Moradia: Loteamento irregular e clandestino; Ocupações irregulares espontâneas; Conjuntos Habitacionais Irregulares ou Degradados; Cortiços. Potenciais conflitos fundiários
30 Resolução Recomendada nº 87/2009 do Conselho Nacional das Cidades / Ministério das Cidades define conflitos fundiários como: (...) disputa pela posse ou propriedade de imóvel urbano, bem como impacto de empreendimentos públicos e privados, envolvendo famílias de baixa renda ou grupos sociais vulneráveis que necessitem ou demandem a proteção do Estado na garantia do direito humano à moradia e à cidade.
31 Comentário Geral nº 04 ao PIDHESC do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre componentes do direito à moradia digna: Segurança jurídica da posse: todas as pessoas têm o direito de morar sem o medo de sofrer remoção, ameaças indevidas ou inesperadas. As formas de se garantir essa segurança da posse são diversas e variam de acordo com o sistema jurídico e a cultura de cada país, região, cidade ou povo Disponibilidade de serviços, infraestrutura e equipamentos Custo acessível Habitabilidade Não discriminação e priorização de grupos vulneráveis Localização adequada: Adequação cultural
32 Levantamento temático no TJPR: Imóvel em Litígio 37% 63% Imóveis Privados Imóveis Públicos
33 Aspectos Referentes à Situação do Imóvel Dívidas fiscais Dívidas trabalhistas 57% 1% 0% 1%0% 1% 11% 2% 27% Área devoluta Abandono como fundamento do pedido confirmado Abandono como fundamento do pedido não confirmado Em desapropriação Problemas com saneamento, energia ou infra-estrutura Outros Nenhuma das
34 Aspectos Referentes à Moradia de Uso Urbano Favela Cortiço 44% 0% 0% 21% 21% 14% Conjunto habitacional Loteamento clandestino Loteamento irregular Zonas especiais de interesse social Outro
35 Aspectos Referentes ao m odo de Gestão/Solução do Conflito 49% 13% 38% Não houve Houve tentativa de solução amigável Não consta
36 Importância das instâncias de mediação: (...) acompanhem e intervenham em todas as medidas judiciais ou extrajudiciais relativas a conflitos fundiários ou possessórios urbanos e rurais que possam resultar em desalojamento de pessoas em situação de vulnerabilidade: 2.1. promovendo a mediação entre todas as partes envolvidas, especialmente as autoridades da União, Estado ou Município, os titulares do domínio ou da posse e os moradores ameaçados de despejo; (...) 3. atuem como mediadores dos conflitos fundiários ou possessórios existentes,buscando solução conciliatória entre os envolvidos, para evitar a prática de atos de violência (Recomendação n. 01/2012 da Procuradoria-Geral de Justiça do MPPR)
37 Necessidade de atuação conjunta e integral (antes, durante e após o conflito) Recursos jurídicos pautados na natureza do caso Principais tipologias de conflitos fundiários RMC: DISPUTA POSSE X PROPRIEDADE CONFLITO SOCIOAMBIENTAL GRANDES PROJETOS URBANOS
38 MORADIA X DIREITO DE PROPRIEDADE (PRIVADA) Usucapião especial urbana como matéria de defesa? (Lei /2001, art. 13)
39 MORADIA X PROPRIEDADE PÚBLICA Concessão Especial de Uso para Fins de Moradia? (MP 2.220/2001)
40 MORADIA X MEIO AMBIENTE Regularização fundiária sustentável de interesse social? (Lei 11977/2009, art. 54, 1o)
41 MORADIA X GRANDES PROJETOS Plano de Reassentamento e Compensação (Portaria 317/2013 do Ministério das Cidades)
42 Portaria n. 317/2013 Ministério das Cidades Dispõe sobre medidas e procedimentos a serem adotados nos casos de deslocamentos involuntários de famílias de seu local de moradia ou de exercício de suas atividades econômicas, provocados pela execução de programa e ações, sob gestão do Ministério das Cidades, inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento (...) d) instituir mecanismo para prevenção e mediação de eventuais conflitos decorrentes da intervenção e possibilitar o acompanhamento da situação por instância independente; d.1) informar a Defensoria Pública e o Ministério Público competente, em caso de conflitos decorrentes da intervenção.
43 Novo Código de Processo Civil conflitos coletivos: Art No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até trinta dias, que observará o disposto nos 2º e 4º. 1º Depois de concedida a liminar, se esta não for executada no prazo de um ano, a contar da data de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos 2º a 4º deste artigo. 2º O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência; a Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária da gratuidade de justiça. 3º O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à efetivação da tutela jurisdicional. 4º Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal, e de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse na causa e a existência de possibilidade de solução para o conflito possessório.
44 Considerações Finais CONTATOS (41) / R. Marechal Deodoro, 1028, 6º Andar
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