ANO XXIV ª SEMANA DE MAIO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 21/2013
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- Mateus de Almada Melgaço
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1 ANO XXIV ª SEMANA DE MAIO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 21/2013 ASSUNTOS CONTÁBEIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS APÓS AS LEIS NºS /2007 E / Pág. 341 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DO IRPJ E DA CSLL EFD-IRPJ - NORMAS GERAIS... Pág. 346
2 ASSUNTOS CONTÁBEIS Sumário DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS APÓS AS LEIS NºS /2007 E / Obrigatoriedade da Contabilidade 2. Benefícios da Escrituração Contábil 3. Demonstrações Contábeis Obrigatórias 4. Balanço Patrimonial Ativo Passivo 5. Demonstração Dos Lucros ou Prejuízos Acumulados 6. Demonstração do Resultado do Exercício 7. Demonstração Dos Fluxos de Caixa 8. Demonstração do Valor Adicionado 9. Demonstração Das Mutações do Patrimônio Líquido 10. Notas Explicativas 11. Transcrição Das Demonstrações Contábeis no Livro Diário 12. Demonstrações Financeiras Consolidadas 1. OBRIGATORIEDADE DA CONTABILIDADE A Lei nº /2002 (Novo Código Civil) determina que o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico (Art Lei nº ). Entretanto, o Art. 27 da Lei Complementar nº 123 prevê que as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. A Resolução CFC nº 1.418/2012 aprovou a NBC ITG 1000, que regulamenta a Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. As Leis nºs /2007 e /2009 alteraram alguns dispositivos da Lei nº 6.404/1976, que dispõem sobre as Demonstrações Financeiras, os quais analisaremos neste trabalho. 2. BENEFÍCIOS DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL A empresa, ao manter escrituração contábil com base na Legislação vigente e com a observância das Normas Brasileiras de Contabilidade, poderá utilizá-la para: a) distribuição de lucros; b) dispensa de pagamento de tributos, em virtude de apuração de prejuízo; c) elaboração das demonstrações financeiras; d) comprovar, em juízo, fatos cujas provas dependam de perícia contábil; e) contestar reclamações trabalhistas, quando as provas a serem apresentadas dependam de perícia contábil; f) provar em juízo sua situação patrimonial, em questões que possam existir com herdeiros e sucessores do sócio falecido; g) requerer concordata, por insolvência financeira; h) servir de prova em processo falimentar; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Maio - 21/
3 i) provar, a sócios que se retiram da sociedade, a situação patrimonial da empresa, para fins de restituição de capital ou venda de participação societária; j) comprovar a legitimidade dos créditos, em caso de impugnação de habilitações feitas em concordatas preventivas ou falências. 3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS Nos termos do art.176 da Lei nº 6.404/1976, alterado pelo Art. 1º da Lei nº /2007 e o art. 36 da Lei nº /2009, no fim de cada exercício social a pessoa jurídica deverá elaborar com base na escrituração mercantil, com observância das leis comerciais, as seguintes demonstrações contábeis: a) Balanço Patrimonial; b) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; c) Demonstração dos resultados do exercício; d) Demonstração dos fluxos de caixa; e e) Demonstração do valor adicionado, para as companhias abertas. 4. BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial está regulamentado nos Artigos 178 a 184 da Lei nº 6.404/1976, com as alterações implementadas pela Lei nº /2007 e /2009. No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: Ativo Circulante; Ativo Não-Circulante, composto por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. No Passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: Passivo Circulante; Passivo Não-Circulante; e Patrimônio Líquido, dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados Ativo As contas no Ativo serão classificadas do seguinte modo: a) no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; b) no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (Art. 243 da Lei nº 6.404/1976), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; c) em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; d) no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; e) no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Maio - 21/
4 4.2 - Passivo As contas no Passivo serão classificadas do seguinte modo: a) no Passivo Circulante deverão ser registradas as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, quando vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível a longo prazo, se tiverem vencimento em prazo maior; b) no Passivo Não-Circulante deverão ser registradas as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, quando vencerem após o exercício seguinte; c) no Patrimônio Líquido: c.1) na conta do Capital Social será discriminado o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada; c.2) nas Reservas de Capital serão classificadas as contas que registrarem a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição e o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado; c.3) serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo 3º do art. 177 da Lei nº 6.404/1976; c.4) nas Reservas de Lucros serão lançadas as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia; c.5) as Ações em Tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. 5. DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS Na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados deverá estar demonstrado (Art. 186 da Lei nº 6.404/1976): a) o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; b) as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; c) as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social. A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, se elaborada e publicada pela companhia, ficando dispensada da elaboração em separado ( 2º do art. 186 da Lei nº 6.404/1976). 6. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Na determinação do resultado do exercício serão computados as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda, e os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Maio - 21/
5 correspondentes a essas receitas e rendimentos. Na Demonstração do Resultado do Exercício deverão estar demonstradas as seguintes informações: a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; d) o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; e) o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; f) as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; g) o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 7. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA A Demonstração dos Fluxos de Caixa deverá demonstrar as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos (Lei nº /2007): a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ ,00 (dois milhões de reais), não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (Art. 1º da Lei nº /2007). 8. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Na demonstração do valor adicionado deverá ser demonstrado o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. 9. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é uma demonstração facultativa e, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 186 da Lei nº 6.404/1976, poderá incorporar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). Entretanto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através da Instrução CVM nº 59/1986, tornou de caráter obrigatório a elaboração e publicação desta demonstração, para as companhias abertas, em substituição à demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados. 10. NOTAS EXPLICATIVAS Conforme o 4º do art. 176 da Lei nº 6.404/1976, as demonstrações financeiras das sociedades por ações deverão ser complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis, necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Ainda no 5º do art. 176 da Lei nº 6.404/1976, com a redação dada pela Lei nº /2009, está determinado que as notas deverão indicar: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Maio - 21/
6 a) apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; b) divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; c) fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e d) indicar: d.1) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; d.2) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (Art. 247, parágrafo único, da Lei nº 6.404/1976); d.3) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (Art. 182, 3º, da Lei nº 6.404/1976); d.4) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; d.5) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; d.6) o número, espécies e classes das ações do capital social; d.7) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; d.8) os ajustes de exercícios anteriores (Art. 186, 1º, da Lei nº 6.404/1976); e d.9) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. 11. TRANSCRIÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO LIVRO DIÁRIO O item 13 da Norma NBC ITG 2000, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/2011, determina que o Balanço e as demais Demonstrações Contábeis de encerramento do exercício devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do contabilista e do titular da empresa. Igual procedimento será adotado quanto às demonstrações contábeis elaboradas por força de disposições legais, contratuais ou estatutárias. Também o 2º do Art da Lei nº determina que serão lançados no Livro Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. 12. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS As demonstrações financeiras consolidadas compreendem o Balanço Patrimonial Consolidado, a Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício e a Demonstração Consolidada das Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado, complementados por notas explicativas e outros quadros analíticos necessários para esclarecimento da situação patrimonial. Estão obrigadas à elaboração e publicação de demonstrações financeiras consolidadas (além das suas próprias demonstrações financeiras), de acordo com os arts. 249 e 250 da Lei nº 6.404/1976 e a Resolução CFC nº 1.426/2013: a) a companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu Patrimônio Líquido representado por investimentos em sociedades controladas; e IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Maio - 21/
7 b) a sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta. Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA Sumário ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL DO IRPJ E DA CSLL EFD-IRPJ Normas Gerais 1. Introdução 2. Pessoas Jurídicas Obrigadas à Entrega da EFD-IRPJ 3. Operações Que Deverão Constar na EFD-IRPJ 4. Prazo de Entrega do EFD-IRPJ 5. Normas Operacionais da Coordenação Geral de Fiscalização COFIS 6. Pessoas Jurídicas Que Apresentarem a EFD-IRPJ Dispensa De Entrega Do LALUR e da DIPJ 7. Penalidades Pela Falta De Entrega 1. INTRODUÇÃO Por intermédio da Instrução Normativa RFB nº 1.353, de 30 de abril de 2013 (DOU de ), foi instituído a Escrituração Fiscal Digital do Imposto sobre a Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido da Pessoa Jurídica (EFD-IRPJ), cujas normas de apresentação examinaremos neste trabalho. 2. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS À ENTREGA DA EFD-IRPJ A entrega da EFD-IRPJ, será obrigatória para as pessoas jurídicas sujeitas à apuração do Imposto sobre a Renda pelo Regime do Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado, e também para as Pessoas Jurídicas imunes e isentas. 3. OPERAÇÕES QUE DEVERÃO CONSTAR NA EFD-IRPJ A pessoa jurídica deverá informar, na EFD-IRPJ, todas as operações que influenciem, direta ou indiretamente, imediata ou futuramente, a composição da base de cálculo e o valor devido dos tributos referidos no item 2, especialmente quanto: a) à recuperação do plano de contas contábil e saldos das contas, para pessoas jurídicas obrigadas a entregar a Escrituração Contábil Digital (ECD) relativa ao mesmo período da EFD-IRPJ; b) à recuperação de saldos finais da EFD-IRPJ do período imediatamente anterior, quando aplicável; c) à associação das contas do plano de contas contábil recuperado da ECD com plano de contas referencial, definido pela Coordenação-Geral de Fiscalização (Cofis), por meio de Ato Declaratório Executivo; d) ao detalhamento dos ajustes do lucro líquido na apuração do Lucro Real, mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo; e) ao detalhamento dos ajustes da base de cálculo da CSLL, mediante tabela de adições e exclusões definida pela Cofis, por meio de Ato Declaratório Executivo; f) aos registros de controle de todos os valores a excluir, adicionar ou compensar em exercícios subsequentes, inclusive prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL; e IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Maio - 21/
8 g) aos registros, lançamentos e ajustes que forem necessários para a observância de preceitos da lei tributária relativos à determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, quando não devam, por sua natureza exclusivamente fiscal, constar da escrituração comercial, ou sejam diferentes dos lançamentos dessa escrituração. 4. PRAZO DE ENTREGA DO EFD-IRPJ A EFD-IRPJ será transmitida anualmente ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) até o último dia útil do mês de junho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira, observado o seguinte: a) nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a EFD-IRPJ deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras, até o último dia útil do mês subsequente ao do evento; b) a obrigatoriedade de entrega da EFD-IRPJ, na forma prevista na letra a acima, não se aplica à incorporadora, nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento; c) nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorrido de janeiro a maio do anocalendário, o prazo de que trata a letra a acima será até o último dia útil do mês de junho do referido ano, mesmo prazo da EFD-IRPJ para situações normais relativas ao ano-calendário anterior; d) o prazo para entrega da EFD-IRPJ será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do último dia fixado para entrega da escrituração; e) no caso de pessoas jurídicas que foram sócias ostensivas de Sociedades em Conta de Participação (SCP), a EFD-IRPJ deverá ser transmitida separadamente, para cada SCP, além da transmissão da EFD-IRPJ da sócia ostensiva; f) a obrigatoriedade de utilização da EFD-IRPJ terá início a partir do ano-calendário NORMAS OPERACIONAIS DA COORDENAÇÃO GERAL DE FISCALIZAÇÃO COFIS O Guia Prático da EFD-IRPJ, contendo informações de leiaute do arquivo de importação, regras de validação aplicáveis aos campos, registros e arquivos, tabelas de códigos utilizadas e regras de retificação da EFD-IRPJ, será divulgado pela Cofis por meio de Ato Declaratório Executivo publicado no Diário Oficial da União (DOU). 6. PESSOAS JURÍDICAS QUE APRESENTAREM A EFD-IRPJ DISPENSA DE ENTREGA DO LALUR E DA DIPJ As pessoas jurídicas que apresentarem a EFD-IRPJ ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2014, da escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) e da entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). 7. PENALIDADES PELA FALTA DE ENTREGA A não apresentação da EFD-IRPJ nos prazos legais, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, acarretará aplicação, ao infrator, das multas previstas no art. 57 da Medida Provisória nº , de 24 de agosto de Fundamentos legais: os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Maio - 21/
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