EXMO SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTOR URBANO E FUNDIÁRIO DO DISTRITO FEDERAL. Ref: INCIDENTE DE FALSIDADE 'l"

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1 EXMO SR. DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTOR URBANO E FUNDIÁRIO DO DISTRITO FEDERAL Ref: INCIDENTE DE FALSIDADE 'l" Processo no: '. \ Requerentes: CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TOMAHA WK e ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES E LOTES NO CONDOMÍNIO RESIDENéIAt,,~',; TOMAHA WKCI ~;'" I;;~,,' "...r,-' I'l~U,\ Requeridos: COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA - TERRAGkP :i!i,i';, OUTROS "" ;'" :':.~'."(:''''\,'', il,,':: CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TOMAHA WK e OUTRO, qualificados nos autos do processo de Incidente de Falsidade no , em que figuram como parte requerida a COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA e outros, inconformados com a r. sentença proferida às fls , em data de vêm, por sua advogada, Dra. Giselle Francisca de Oliveira (OAB-DF ), no prazo legal interpor RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL para o ego Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), esperando que a colenda Turma Julgadora conheça e dê provimento ao presente recurso de apelação cível, conforme REsp nos pr e RS, cassando ou reformando os termos o r. decisum de primeiro grau, devendo os autos, após o julgamento, retomarem à instância de origem, para o exame e julgamento do mérito deste incidente, em razão dos fatos e fundamentos jurídicos expendidos em anexo.

2 ... EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS - TJDFT RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL Feito: INCIDENTE DE FALSIDADE Processo no: Origem: Vara do Meio Ambiente, Des. Urbano e Fundiário do DF Recorrentes: CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TOMARA WK e ASSOCIAÇÃO DOS ADQUIRENTES E LOTES NO CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TOMARAWK Recorridos: COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA - TERRACAP E OUTROS RAZÕES DOS RECORRENTES Colenda Turma Julgadora, I - A FALSIDADE MATERIAL - O TERMO DE DECLARAÇÕES DO PERITO OFICIAL SE ENCONTRA MUTILADO E ESTE FATO GRAVÍSSIMO, QUE NECESSITA DE RIGOROSA APURAÇÃO, CAUSA DANO GRAVE E IRREPARÁVEL AO DIREITO DOS RECORRENTES: 1- A questão, ora em exame, perante essa c. Turma Julgadora se refere à incidente de falsidade material e ideológica do Termo de Esclarecimentos do Perito Oficial, engenheiro Carlos Augusto Álvares da Silva Campos (CREA 1032-D), que foi anexado às fls dos autos do processo de Oposição n ou fls deste Incidente de Falsidade, Processo n , ambos, da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF.

3 L 1 2- Os esclarecimentos do Perito Oficial foram colhidos por ocasião da audiência de instrução e julgamento do Processo de Oposição n , que foi realizada no dia 14 de março de 2013, cuja solenidade foi presidida pelo ilustre Juiz de Direito, Dr. Carlos Divino Vieira Rodrigues, conforme se vê do documento de fls O mencionado Termo de Esclarecimentos do Perito de fls do processo de Oposição se encontra mutilado, pois, a resposta a única indagação feita pelo Promotor de Justiça Dr. Ali Taleb Fares, por determinação do em. Juiz Dr. Carlos Divino Vieira Rodrigues, foi retificada na audiência de instrução e julgamento realizada no dia , porém, as retificações do Expert não se encontram entranhadas nos autos do Processo n , da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal. 4 - De fato, o trecho do depoimento do Perito Oficial, que se encontra nestes autos de incidente de falsidade às fls (fls dos autos do processo de Oposição) e que foi retificado, por escrito, em folha separada, é do teor seguinte: Fls : "Dada a palavra ao d. Promotor, respondeu que: o 104,991 alqueires permanece como saldo da área dividida entre os herdeiros de Joaquim Marcelino de Sousa, e obviamente esta área faz parte da área desapropriada, para formação do Distrito Federal." (grifei) 5 - Acontece que no final da audiência de instrução e julgamento, realizada no dia , o ilustre perito, engenheiro Carlos Augusto Álvares da Silva Campos informou ao magistrado, Dr. Carlos Divino Vieira Rodrigues que havia necessidade de se proceder a retificação na parte [mal do seu Termo de Esclarecimentos, pois, o saldo de terras remanescente da Fazenda 'Brejo' ou 'Torto' com área de 104,991 alqueires, oriundo da Transcrição n do Cartório de Registro de Imóveis de Planaltina-GO era de propriedade particular e pertencia ao Espólio de Joaquim Marcellino de Sousa, mas, na parte final de suas declarações constou, equivocadamente, que o mencionado saldo de terras faz parte integrante -da área desapropriada para formação do Distrito Federal, conforme se vê à fl. 48 deste procedente de incidente de falsidade.

4 6 - Na ocasião, o digno magistrado, Dr. Carlos Divino Vieira Rodrigues determinou ao perito oficial, Carlos Augusto Álvares da Silva Campos, que o mesmo fizesse a retificação, desta parte do seu depoimento, em uma folha de papel separada, determinação que foi prontamente atendida pelo expert nomeado pelo juízo. 7 - Ocorre que o Termo de Esclarecimentos retificado pelo Perito Oficial, misteriosamente, desapareceu e não se encontra juntado nos autos do Processo de Oposição n Trata-se de um fato gravíssimo que merece pronta atuação por parte do MM. Juiz Titular ou Substituto da Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, porque a retificação do depoimento do perito oficial, Carlos Augusto Álvares da Silva Campos, na parte referente à infofi]j.ação sobre a titularidade do domínio sobre a gleba de terras com 104,991 alqueires da Fazenda 'Brejo' ou 'Torto', oriunda da Transcrição n do CRI- Planaltina-GO, se trata de um documento público que foi assinado pelo Expert nomeado pelo Juízo, durante o transcorrer da audiência de instrução e julgamento do Processo de Oposição no , cujo ato foi praticado à vista de mais de cinqüenta pessoas que estavam presentes naquela solenidade, a exemplo do Sr. João Edvaldo Rios, que em data de subscreveu a declaração de fls. 49, que é do teor é o seguinte: Fls. 49 "Eu, João Edvaldo Rios, brasileiro, casado, servidor público federal, portador da Carteira de Identidade n SSP-DF, CPF , residente e domiciliado na Avenida Gomes Rabelo, Quadra 099, Casa 16, Setor Tradicional Sul, Planaltina- DF, venho pela presente declarar o que segue: Que estava na audiência de instrução e julgamento do processo no , que tramita na Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, realizada no dia , às 14:00 horas, perante o MM. Juiz de Dr. Carlos Divino Viera Rodrigues: Que o Sr. Perito Dr. Carlos Augusto Álvares da Silva Campos, tendo em vista que respondeu incorretamente ao único quesito o formulado pelo MP e a pedido do Sr. Juiz retificou a sua resposta por escrito e prontamente entregou ao Juiz perante todos presentes." (grifei)

5 9- Como se vê, a argüição de incidente de falsidade material não se trata de impugnação de laudo pericial, conforme sustenta e ii. Juíza sentenciante, mas, se refere ao Termo de Esclarecimentos do Perito Oficial que foi retificado a tempo e modo, por determinação do em. Juiz de Direito, Dr. Carlos Divino Vieira Rodrigues, cuja retificação foi presenciada por dezenas de pessoas que se encontravam presente na audiência de instrução realizada no dia no auditório da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, conforme se vê das declarações em anexo. li-do CABIMENTO DO INCIDENTE DE FALSIDADE MATERIAL E FALSIDADE IDEOLÓGICA 10 - Na sentença de primeiro grau, a em. Juíza de Direito Substituta, Dra. CAROLINE SANTOS LIMA, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, extinguiu o processo de Incidente de Falsidade, com base no artigo 267, inciso VI, do CPC, sob o argumento seguinte: FI. 419: 'No caso em análise, verifico que a insurgência dos requerentes diz respeito às conclusões do laudo pericial e aos esclarecimentos prestados em audiência pelo Sr. Perito. Não se trata, por óbvio, da falsidade documental apta a ensejar a movimentação do presente incidente." 11 - Os recorrentes querem crer que a em. Juíza de Direito Substituta da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, em razão do grande volume de trabalho, não teve tempo hábil para ler, com atenção, os termos da petição inicial e não compulsou os autos deste incidente de falsidade, pois, caso contrário a em. Juíza 'a quo' teria constatado que o presente incidente de falsidade não se cuida de impugnação de Laudo Pericial, de exame dos vícios de vontade ou de simulação de negócio jurídico, mas, da mutilação de um Termo de Esclarecimentos do Perito Oficial, cujo vício, se não for sanado, por intermédio deste incidente, poderá acarretar dano grave e irreparável ao direito dos recorrentes.

6 12 - De fato, nos autos à fl. 49 se vê a declaração subscrita pelo Sr. João Edva1do Rios, em data de , a qual confirma que na data da audiência de instrução, realizada no dia , perante o honrado Juízo da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, na presença do il. Juiz de Direito, Dr. CARLOS DIVINO VIEIRA RODRIGUES, o mencionado declarante presenciou os fatos seguintes: "Que estava na audiência de instrução e julgamento do processo no , que tramita na Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, realizada no dia , às 14:00 horas, perante o MM. Juiz de Dr. Carlos Divino Viera Rodrigues: Que o Sr. Perito Dr. Carlos Augusto Álvares da Silva Campos, tendo em vista que respondeu incorretamente ao único quesito o formulado pelo MP e a pedido do Sr. Juiz retificou a sua resposta por escrito e prontamente entregou ao Juiz perante todos presentes." (grifei) 13 - Esta informação do Sr. JOÃO EDV ALDO RIOS que esteve presente na audiência de instrução do Processo de Oposição n , realizada no dia poderá ser confirmada por todas as pessoas que se encontravam no auditório da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, a exemplo da declaração anexa, subscrita por Frederico Barreto Machado Rezende, em data de , cujo teor é o seguinte: "Eu, Frederico Barreto Machado Rezende, CPF , estive presente, em , no período da tarde, à Audiência de Instrução e Julgamento, referente ao Processo n , que corre na Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal! TJDFT. Nesta audiência foi ouvido o Sr. Perito Dr. CARLOS AUGUSTO ÁLVARES DA SILVA CAMPOS. Já no [mal da audiência o Sr. Representante do Ministério Público questionou o Sr. Perito se toda área referente às Matrículas e do Cartório de Planaltina-GO, perfazendo o total de 680,991 alqueires, fora desapropriada. O Perito, equivocadamente, respondeu que sim,,0 que ia inclusive de encontro ao que o próprio Perito havia escrito em seu laudo pericial. O MM. Juiz de Direito Dr. CARLOS

7 DIVINO V. RODRIGUES então repassou esta resposta para a ata de audiência. Em seguida, percebendo seu deslize, o Sr. Perito aproximou-se do Sr. Juiz e informou que a resposta correta era aquela que ele havia colocado em seu laudo, ou seja, apenas 576 alqueires haviam sido desapropriados, e que o restante da área - 104,991 alqueires - era de propriedade particular, pertencente ao espólio de Joaquim Marcelino de Souza. Por sinal, tal área remanescente particular, de 104,991 alqueires, encontrava-se toda dentro da Matrícula do Cartório de Planaltina-GO. O Sr. Juiz, pediu, então, já com a ata de audiência impressa em mãos, para que o Sr. Perito retificasse toda essa informação de punho mesmo, com uma caneta esferográfica. Com retificação feita na ata impressa, uma nova foi efetuada já com a informação que a área de 104,991 alqueires não havia sido desapropriada, era particular e que pertencia ao espólio de Joaquim Marcelino de Sousa. Esta nova ata retificada foi impressa e foi ESTA ATA RETIFICADA que o Sr. Perito, os Srs. Advogados das Partes e o Representante do Ministério Público assinaram. Fico a disposição para quaisquer outros esclarecimentos que necessitem de minha parte, inclusive, me oferecendo para ser convocado, se assim for necessário, para dar meu testemunho presencialmente. " 14 - Acontece que, a il. Juíza de Direito Substituta, Dra. CAROLINE SANTOS LIMA, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF não percebendo a gravidade do fato, que consiste na mutilação indevida de um documento público, que foi retificado por orientação do magistrado que presidiu a audiência de instrução e julgamento do dia , cujo termo com a resposta correta deve estar anexado nos autos da Oposição, mesmo assim, a digna Juíza de primeiro grau, de maneira açodada, cuidou de proferir sentença, extinguindo o processo de incidente de falsidade, sob o singelo e infundado argumento que a insurgência dos requerentes diz respeito às conclusões do laudo pericial e aos esclarecimentos prestados em audiência pelo Sr. Perito, e não se trata de falsidade documental apta a ensejar a movimentação do presente incidente.

8 ----_ Excelências, com todo o respeito, o que se discute neste incidente de falsidade é a mutilação indevida do Termo de Esclarecimentos do Perito Oficial, que foi retificado por orientação do ilustre magistrado, Dr. Carlos Divino Rodrigues Vieira e este Termo de Esclarecimentos Retificado, obrigatoriamente, deve constar dos autos do Processo da Oposição no , sob pena de colocar em suspeição a atuação do em. Juiz Titular da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário e todos os demais profissionais do direito que se encontravam na Audiência de Instrução e Julgamento do Processo de Oposição que foi realizada no dia Este Termo de Esclarecimentos retificado pelo Perito Oficial, na presença do em. Juiz de Direito, Dr. Carlos Divino Vieira Rodrigues e de mais de cinqüenta testemunhas, conforme se vê da declaração anexa, assinada pelo Sr. Frederico Barreto Machado Rezende, teve como objetivo esclarecer que o saldo de terras com 104,991 alqueires da Fazenda 'Brejo' ou 'Torto', oriundo da Transcrição n do CRI de Planaltina-GO, apesar de localizado no perímetro do Distrito Federal, se trata de uma área particular de propriedade do Espólio de Joaquim Marcellino de Sousa, portanto, o Termo de Esclarecimentos que se encontra às fls dos autos deste incidente, por ser um documento público, materialmente e ideologicamente falso, com toda certeza não pode e não deve permanecer fazendo parte dos autos do Processo de Oposição, sendo esta a razão pela qual a r. sentença monocrática merece ser cassada, imediatamente, para que seja julgado o mérito do incidente de falsidade Com efeito, o incidente de falsidade material e ideológica não destina a impugnar Laudo Pericial, conforme afirma equivocadamente a douta juíza "a quo", mas, o objetivo do presente incidente diz respeito ao restabelecimento da verdade real que foi esclarecida pelo Perito, engenheiro Carlos Augusto Álvares da Silva Campos, na audiência de instrução e julgamento realizada no dia , mas, que de maneira misteriosa desapareceu dos autos do Processo n e este desaparecimento inexplicável, com certeza, poderá causar dano grave e irreparável ao direito dos recorrentes, pois, no Termo Esclarecimentos retificado consta a informação verdadeira de um total de 680,991 alqueires da Fazenda Brejo ou Torto, apenas, 576 alqueires haviam sido desapropriados, e que o restante da área - 104,991 alqueires - era de propriedade particular, pertencente ao espólio de Joaquim Marcelino de Souza e que tal área remanescente particular, de 104,991 alqueires, se encontra toda dentro da área maior da gleba de terras registrada na Matrícula do Cartório de Planaltina-GO.

9 18 - Eminentes Julgadores, é sabido que, no Distrito Federal, a questão fundiária tomou-se caso de polícia, mas, toda esta celeuma tem origem na falta de lisura na condução dos processos judiciais ou administrativos, envolvendo as terras de propriedade da Companhia Imobiliária de Brasília (TERRACAP) e as terras de propriedade particular, porque outros interesses - não confessáveis - se sobrepõem ao direito constitucional fundamental da propriedade e da segurança jurídica, a exemplo do que se verifica com a gleba de terras denominada Fazenda Brejo ou Torto, registrada originariamente na Transcrição n do CRI- Planaltina-GO, que passou a constituir a Matrícula n , do Cartório do 2 Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, conforme se vê da certidão de fls No caso ora em exame estamos diante de um Termo de Esclarecimento do Perito Oficial de fls que contém uma informação FALSA, cujo documento público também é considerado materialmente FALSO, porque fez a retificação devida na audiência de instrução e julgamento do Processo de Oposição ocorrida no dia , mas, tal retificação que foi entregue nas mãos do ilustre Juiz de Direito, Dr. Carlos Divino Vieira Rodrigues, simplesmente desapareceu, e não obstante a confirmação deste fato gravíssimo, que compromete a imagem do Poder Judiciário, não poderá ser esclarecido por intermédio deste incidente de falsidade, eis que a em. Juíza de Direito Substituta, Dra. CAROLINE SANTOS LIMA, sem qualquer compromisso com a verdade real e com um exarcebado formalismo, de maneira apressada, decidiu extinguir o processo de incidente de falsidade sob o frágil e inconsistente argumento de "...a insurgência dos requerentes diz respeito às conclusões do laudo pericial e aos esclarecimentos em audiência pelo Sr. Perito. Não se trata, por óbvio, da falsidade documental apta a ensejar a movimentação do presente incidente." 20 - Assim, pela gravidade dos fatos narrados na petição inicial, que se encontra corroborada pelos documentos anexados nos autos, não há dúvida que o processamento deste incidente de falsidade é uma medida que se impõe, pois, com relação ao documento que se vê às fls (fls da oposição), na parte final, o engenheiro Carlos Augusto Álvares da Silva Campos retificou o seu depoimento, esclarecendo ao MM. Juiz da Vara de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, que o saldo de terras com 104,991 alqueires da Fazenda 'Brejo' ou 'Torto', oriundo da Transcrição n do CRI de Planaltina-GO, apesar de se encontrar localizada no perímetro do Distrito Federal, na verdade, aquela área de terras remanescente é de propriedade particular e integra o patrimônio do Espólio de Joaquim Marcellino de Sousa, sendo necessário a restauração desta verdade real que consiste na principal função do Poder Judiciário.

10 21 - Em situação semelhante a destes autos, o egrégio Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem orientado na sua jurisprudência ser cabível o processamento e julgamento do incidente de falsidade ideológica e documental, a exemplo do que restou decidido nos autos do Recurso Especial no RS em que foi Relatora a em. Ministra NANCY ANDRIGUI, que lavrou acórdão assim ementado: "EMENT A o laudo técnico incorreto, incompleto ou inadequado que tenha servido de base para a decisão rescindenda, embora não se inclua perfeitamente no conceito de 'prova falsa' a que se refere o artigo 485, inciso VI, do CPC, pode ser impugnado ou refutado na ação rescisória, por falsidade ideológica. - A falsidade da prova pode ser atribuída tanto à perícia grafotécnica (falsidade ideológica) como às duas notas promissórias (falsidade documental), sendo possível perquirir a ocorrência da prova falsa, sem adentrar na intenção de quem a produziu, quer inserindo declaração não verdadeira em documento público ou particular (falsidade ideológica), quer forjando, no todo ou em parte, documento particular (falsidade material). - Antes do compromisso com a lei, o magistrado tem um compromisso com a Justiça e com o alcance da função social do processo para que este não se torne um instrumento de restrita observância da forma se distanciando da necessária busca pela verdade real, coibindo o excessivo formalismo. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe provimento, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministro Castro Filho, Antônio de Pádua Ribeiro e Carlos Alberto Menezes Direito votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ari Pargendler. Sustentou oralmente, pelo recorrente, o Dr. Voltaire Marensi."

11 22 - No caso, ora em exame, os recorrentes, por intermédio deste incidente de falsidade não visam à impugnação de laudo pericial, conforme neste rumo concluiu, equivocadamente, a ilustre Juíza de Direito Substituta da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal na r. sentença, ora recorrida. Na verdade, o que pretendem os recorrentes, na via deste incidente, é que o Termo de Esclarecimentos do Perito Oficial, engenheiro Carlos Augusto Álvares da Silva Campos não permaneça nos autos da Oposição de forma MUTILADA, isto é, com vícios de FALSIDADE MATERIAL e IDEOLÓGICA, pois, o mesmo foi retificado, a tempo e modo, refletindo a verdade real daquilo que foi apurado na audiência de instrução e julgamento realizada no dia e que está em conformidade com o que o Expert esclareceu, por ocasião da entrega do Laudo Pericial Complementar que foi anexado às fls dos autos do Processo de Oposição n , onde se lê, 'in verbis' Fls. 2239/2247: "QUESITO no 03: À vista da descrição registral contida nesses títulos dos Opostos é possível obter a exata localização atual dos confrontantes e suas linhas poligonais? Na hipótese de resposta(s) negativa(s), informar os aspectos correspondentes. Resposta 03: A gleba de terras registrada na Matrícula n do 2 CRI/DF se encontra perfeitamente individualizada, conforme mapa de localização georeferenciado e memorial descritivo em anexo, de autoria da TERRACAP. Apesar dos erros evidentes apontados neste Laudo Complementar, relativos à Matrícula no do 2 CRIlDF, ª área, ali indicada, de 9.288ha.03a.40ca não se confunde ou se sobrepõe à gleba de terras com 2.812ha, objeto da Transcrição de no de ordem do CRIJPlanaltina-GO e, por conseqüência, não se sobrepõe à gleba de terras remanescente com área de 104,991 alqueires ou 508,156 hectares, da Fazenda Brejo ou Torto, objeto da lide." (grifei) 23 - Por outro lado, na conclusão do Laudo Complementar de fls do Processo de Oposição e fls deste Incidente de Falsidade se vê que o ilustre Perito Oficial, engenheiro Carlos Augusto Àlvares da Silva Campos, assim manifestou, 'verbis':

12 l "CONCLUSÕES Carlos Augusto A. da S. Campos, Perito do Juízo, nomeado no feito de Oposição requerida pela TERRACAP - COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA em oposição ao CONDOMÍNIO RESIDENCIAL TOMAHAWK e OUTROS, vem à presença de V. Exa., submeter as conclusões alcançadas através do re-estudo do processo, nova pesquisa dos elementos, tendo respondido aos quesitos complementares formulados, tudo compilado neste Laudo Pericial. Após o estudo detalhado dos fatos ocorridos e relacionados no processo, este Perito confirma todos os erros de registros imobiliários apontados no Laudo Pericial juntado nos autos às 1000 e 1950, ambas, do CRI- Planaltina-GO. Para comprovar tudo o que foi apurado no laudo técnico de fls , este Perito junta neste laudo complementar, o documento de fls , elaborado pelo advogado da TERRACAP, Dr. Francisco de Faria Pereira - OAB/DF 263-A - denominado "HISTÓRICO OU CADEIA DOMINIAL DE DUAS GLEBAS DE TERRAS NA FAZENDA 'BREJO OU TORTO', QUE PERTENCIAM A JOAQUIM MARCELINO DE SOUSA", que embasou o pedido formulado nos autos de Embargos de Terceiros - Processo n 993/94, que tramitaram perante o homado Juízo da Comarca de Planaltina-GO. No referido histórico das cadeias dominiais de duas glebas de terras da fazenda 'BREJO ou TORTO' que integrava o patrimônio de JOAQUIM MARCELINO DE SOUSA, o advogado da TERRACAP informa, de maneira correta, o seguinte: A) - Gleba com área de 2.812,00 hectares (que no estado de Goiás em alqueires representa 580,991 alqueires), primitivamente registrada sob n 3.431, às fls. 124/125, do Livro no 3-C, do Cartório de Registro de Imóveis de Planaltina/GO; B) - Gleba com área de 100 alqueires, primitivamente, registrada em nome de Joaquim Marcelino de Souza sob o no às fls. 129, do Livro n 3-B, do mesmo Cartório. A fazenda "Brejo ou Torto" foi levada a registro paroquial sob no99, em 20 de abril de 1858, por PEDRO JOSÉ DE ALCANTARA. 01. Com o passar do tempo, essa Fazenda veio a pertencer a diversos Condomínios, entre eles JOAQUIM MARCELINO DE SOUZA, que na divisão judicial do imóvel, julgada por sentença de 24 de setembro de

13 1921, foi contemplado com um quinhão contendo a área de (que no estado de Goiás em alqueires representa 580,991 alqueires), devidamente registrado às fls. 124/125, do Livro no 3-C, do Cartório de Registro de hnóveis de Planaltina, sob no3431 de ordem (Doc. N 01). 02. Além dessa gleba que lhe coube na divisão judicial do imóvel, JOAQUIM MARCELINO DE SOUZA adquiriu uma outra, também integrante da Fazenda "Brejo ou Torto", originária da mesma divisão, essa por permuta feita com FRANCISCO JOAQUIM MAGALHÃES, com ares de 100 (cem) alqueires, devidamente registrada às fls. 129, do Livro n 3-B, do Registro de Imóveis de Planaltina, Goiás, sob o no de ordem, em nome de JOAQUIM MARCELINO DE SOUZA, que recebeu em permuta. (Doc. n 02). 03. Com o falecimento de JOAQUIM MARCELINO DE SOUZA procedeu-se a seu inventário na Comarca de Planaltina, Goiás, entre outras, as duas glebas acima. 04. Conforme se vê da fotocópia anexa, nos seguintes termos, verbis: "Uma gleba de terras na Fazenda "Brejo ou Torto", deste Município, havida na divisão judicial do mesmo imóvel, julgada por sentença em 24 de dezembro de 1921, Q!!! área de 476 alqueires, sendo 453 de campo e 23 de mato de segunda, registrada sob no 3.431, às fls. 124 e 125 do Livro no3-c, em 03 de junho de 1937, pelo Oficial de Registro deste Termo - FRANCISCO MUNIZ PIGNATA - e acrescida ainda de 100 alqueires havidos em permuta com FRANCISCO JOAQUIM DE MAGALHÃES, na mesma Fazenda "TORTO", registradas no Livro 3-B, ás fls. 129 a 131, sob no de ordem 1.950, pelo referido Oficial FRANCISCO MUNIZ PIGNATA, em 20 de maio de Somente de campo os 100 alqueires - Total de terras na Fazenda "TORTO alqueires (mato de segunda, 23, campo. 553)". "VALOR ATUAL DOS 576 ALQUEIRES descritos é de dezoito contos oitocentos e noventa mil réis, vistos à margem. Os cem alqueires da permuta estão anexados aos 476 primeiramente descritos, na gleba do "TORTO" (Doc. N 03).

14 04.1 Duas glebas, como se verídica, foram descritas num só item, na Fazenda "TORTO": uma delas com área de 476 alqueires, havido na divisão judicial do imóvel, e a outra com 100 alqueires, adquirida mediante permuta, a primeira registrada sob no 3.431, Livro no 3-B, e a segunda sob no 1.950, Livro no 3-C, ambas do Cartório de Registro de Imóveis de Planaltina (Doc. N 03) Da descrição constou expressamente que o total das duas glebas é de 576 alqueires, atribuindo-lhes o valor de R$18.890$000 (dezoito contos e oitocentos e noventa mil reais (Doc. no03) A partilha dos bens foi feita amigavelmente, mediante escritura pública lavrada às fls. 48/61, do Livro 28, do Cartório do 1 Oficio de Notas de Planaltina. Goiás, em , da qual consta a descrição e partilha seguintes: a) Descrição "Uma gleba de terras na Fazenda "TORTO ou BREJO", deste Município, havida na divisão judicial do mesmo imóvel, julgada por sentença de 24 de dezembro de 1921, com área de 476 alqueires, sendo 453 de campo e 23 de matos de segunda, registrada sob no de ordem 3.431, às fls. 124 e 125 do Livro n 3-C, em 03 de junho de 1937, pelo Oficial do Registro de Termo - FRANCISCO PIGNATA - e acrescida ainda de 100 (cem) alqueires havidos em permuta com FRANCISCO JOAQUIM MAGALHÃES na mesma Fazenda "TORTO" registrados no Livro no 3-B, às fls. 129 a 131, sob no de ordem pelo Oficial FRANCISCO MUNIZ PIGNA TA, em 20 de maio de Somente de campos os 100 (cem) alqueires. Total das terras na Fazenda "TORTO" alqueires descritos (mato de segunda 23 - campos 553) cujos 576 alqueires descriptos, foram avaliados por dezoito contos e oitocentos e noventa mil réis (18:890$000). Os 100 alqueires da permuta estão anexos aos 476 primeiramente descritos na gleba "TORTO" (Doc n 04) A partilha foi fiel à descrição, englobando ou anexando num só item as duas glebas, com transcrições de no e 1.950, respectivamente, no total de 576 alqueires, mantida a avaliação de dezoito contos

15 I l oitocentos e noventa mil réis para o conjunto das duas glebas (18:890$000) (Doc n 04) Nos pagamentos de legítima feitos na mesma escritura amigável, foram contemplados com partes nas duas glebas descritas os seguintes herdeiros, com as quantidades e valores a seguir indicados: VIUV A E HERDEIROS CONTEMPLADOS ÁREA (ALQ) VALOR DA PARTE IDEAL FELIPPA GOMES FAGUNDES ANÍSIO GONÇALVES GUIMARÃES SEBASTIÃO MARCELINO DE SOUZA MODESTO GONÇALVES GUIMARÃES 151,00 182,00 182,00 61, $ $ $ $00 TOTAIS 576,00 18:890$ Perfeita coincidência, como se vê, entre a descrição feita e a partilha realizada, uma e outra envolvendo as duas glebas da Fazenda "TORTO", objeto dos registros no3.431 e 1.950, respectivamente O MM. Juiz que presidia o feito julgou por sentença o inventário e determinou que se observasse a partilha na forma requerida, isto é, por escritura pública. (Doc. N 04-A) Ao se fazerem os pagamentos aos herdeiros contemplados e acima indicados, fez-se referência tão somente, em razão de lapso manifesto, tão somente, repete-se, à transcrição no 3.431, omitindo-se a remissão à transcrição n 1.950, mas é de evidência está expresso na descrição preliminar, na descrição feita na escritura pública de partilha amigável e conforme resulta inexorável da área e valor partilhados. 06. Assim precisamente retratadas a origem do imóvel, sua divisão judicial e a partilha do quinhão que coube no processo divisório a JOAQUIM MARCELINO DE SOUZA, passemos a examinar as diversas sucessões "intervivus" e "causa-mortis" que a partir de então ocorreram, até as desapropriações feitas pelo Estado de Goiás, com posterior transferência à União e simultânea incorporação ao patrimônio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil- NOVACAP."

16 Assim e do quanto se expôs, caso não seja admitido o processamento e julgamento deste incidente de falsidade, não há dúvida, que no honrado Juízo da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, por ocasião da audiência de instrução e julgamento realizada no dia , foi produzido um documento falso, que não poderá ser avaliado, apenas, por ocasião do julgamento do mérito da Oposição, porque o Expert fez a correção dos seus esclarecimentos em tempo hábil e, neste caso, a questão deverá ser solucionada seguindo a lição de Emane Fidelis dos Santos, in 'Comentários ao Código de Processo Civil', Forense, voi. IH, Tomo I, páginas 98/99, que a respeito do assunto preleciona: "A falsidade do documento pode ser material ou ideológica. A primeira consiste naformação de documento não verdadeiro ou na alteração do verdadeiro; a segunda, na falta de correspondência dos que está transcrito no documento com a verdade real dos fatos. " 25 - No caso em questão, foi argüido no incidente de falsidade, tanto a falsidade material, em decorrência da mutilação do Termo de Esclarecimento do Perito que foi corrigido por ele, em atendimento a solicitação do magistrado que presidiu a audiência de instrução e julgamento do Processo de Oposição e também foi argüida a falsidade ideológica, uma vez que na hipótese de não aparecer o Termo de Esclarecimentos do Perito devidamente retificado, neste caso, no documento de fls faltará correspondência do que o Expert afirmou no seu Laudo Pericial Complementar que foi anexado às fls dos autos do Processo de Oposição n , caracterizando assim uma falsa perícia O voto da lavra da em. Ministra NANCY ANDRIGUI, proferido nos autos do Recurso Especial n RS calha-se como luva, para a solução deste recurso de apelação CÍvel em incidente de falsidade, pois, no trecho que interessa aquela ilustre magistrada, que já compôs o quadro desse ego TJDFT, assim pronunciou, 'in verbis' "A prova falsa pode ser de qualquer natureza. Não distingue a lei entre falsidade material e falsidade ideológica. Tampouco exige que não se tenha suscitado, no processo em que surgiu a sentença rescindenda, a questão da falsidade, nem que ao interessado não haja sido possível suscitá-la naquele processo..." [Negritou-se]. [Ob. cit. pp ].

17 Dissertando sobre as provas, MOACYR AMARAL SANTOS propala que: "Um documento pode ser em si verdadeiro e, não obstante, conter idéias ou enunciações falsas. Materialmente, o documento é perfeito: no entanto, traduz idéias, declarações, notícias falsas. Tem-se aí a falsidade ideológica, também chamada intelectual ou moral. Verificase quando em um documento, materialmente verdadeiro, são expostos fatos ou declarações desconformes com a verdade. " (Comentários ao Código de Processo Civil', atualizado por Aricê Moacyr Amaral Santos, 7 3 Ed. VoI. IV, arts. 332 a 475, n. 182, p. 207, Rio de Janeiro, Ed. Forense. 1994] No que tange ao tema do cabimento do incidente para o conhecimento da falsidade material e ideológica do Termo de Esclarecimento do Perito anexado às fls dos autos da Oposição (fls destes autos), não se poderá deixar de citar a lição de Pontes de Miranda, 'verbis': "O incidente de falsidade, como a ação declaratória de falsidade, ou de autenticidade de documento (art. 4~ 11), não versa somente sobre ofato material da falsidade, porque falsidade e autenticidade são conceitos jurídicos. No caso do incidente de falsidade, é ele imediatamente ligado à prova que se pretende (cf Ernst Beling, injormativprovesse, 8 s.)' (cf Comentários ao Código de Processo Civil', Tomo IV, Forense, p. 373) N esse mesmo sentido é o seguinte precedente, julgado pelo ego Superior Tribunal de Justiça - STJ: "PROCESSUAL CIVIL. FALSIDADE IDEOLÓGICA. DOCUMENTO NARRATIVO. APURAÇÃO PELA VIA INCIDENTAL. ADMISSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. A falsidade ideológica, salvo na hipótese em que o seu reconhecimento importe em desconstituição jurídica, pode ser argüida em incidente. ' (AGA n /SP, rei. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, DJU de )

18 29 - Isto posto e demonstrada a falsidade material e ideológica de uma prova deduzida nos autos do Processo n , colhida em audiência da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, que consiste no Termo de Esclarecimentos do Perito Oficial, engenheiro Carlos Augusto Álvares da Silva Campos, que se encontra mutilado, conforme documento de fls dos autos da Oposição e diante da gravidade do fato, ao juiz que preside a lide principal não tem alternativa, senão reconhecê-la, até mesmo de ofício, não só para restabelecer o prestígio do Poder Judiciário local, mas, principalmente, em razão de que todo magistrado, antes do compromisso com a lei, tem um compromisso com a Justiça na busca da verdade real, enfim, as provas tarifadas, consagradas de uma verdade puramente formal, desde muito foram banidas definitivamente do processo judicial civilizado, sendo ocioso lembrar que ao juiz compete, mesmo de ofício, ordenar diligências para apurar esta verdade real, coibindo o excessivo formalismo e evitando decidir com base em provas falsas, colhidas em audiência de instrução e julgamento, conforme soe acontecer Diante do exposto, o Condomínio Residencial Tomahawk e a Associação dos Adquirentes de Lotes no Condomínio Residencial Tomahawk, com base nos fatos, nas provas e nos fundamentos jurídicos acima indicados, requerem que a colenda Turma Julgadora do egotjdft conheça e dê provimento ao presente recurso de apelação cível, o qual deverá ser admitido nos termos dos precedentes do ego STJ, proferido nos REsp nos pr e RS, para o fim de cassar ou reformar integralmente os termos o r. decisum de primeiro grau proferido às fls , determinando que os autos deste Incidente de Falsidade - Processo n retomem à Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, para que o em. Juiz de primeiro grau julgue o mérito deste incidente, decidindo como de direito. Pedem deferimento. Brasília-DF, 09 de abril de 2013.