V e t e r i n a r i a n D o c s Micoses Profundas

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1 V e t e r i n a r i a n D o c s Micoses Profundas Blastomicose Sinônimo Definição Blastomicose norte-americana. É uma micose produzida por Blastomyces dermatitidis fungo dimórfico que determina afecção que compromete principalmente cães entre as espécies domésticas, bem como o homem. No cão, a blastomicose norte-americana manifesta-se por quadro crônico, debilitante e fatal, com extensas lesões pulmonares e raramente lesões cutâneas. Etiologia Blastomyces dermatitidis Características do Agente Saprófita de solo e sobrevive por breves períodos no solo, a menos que o solo seja refrigerado ou esterilizado. Apresentação Clínica -Infecção pulmonar primária; -Infecção disseminada; -Infecção cutânea; 1

2 Vias de Infecção A infecção se dá pela inalação de esporos trazidos pelo vento ou solo ou pela inoculação direta na pele. Patogenia Após a entrada do esporo no organismo o período de incubação varia entre 5 até 12 semanas e os animais jovens são mais suscetíveis. Após esta inalação, os esporos são depositados nos alvéolos, onde são fagocitados pelos macrófagos e assim há a transformação do fungo da fase miceliana na fase de levedo e também ocorre sua multiplicação no interior do macrófago. A liberação das células leveduriformes dos macrófagos resulta em uma acumulação dos microrganismos nos alveólos e em uma reação inflamatória marcante. Os microrganismos fagocitados são deslocados para o interstício pulmonar, até os sistema linfático e vascular. Se o sistema imune for competente a enfermidade limitase ao parênquima pulmonar e linfonodos drenantes associados. Caso ocorra a disseminação do microrganismo para outros órgãos via linfática ou hematógena pode resultar em lesões cutâneas, linfáticas, oculares, esqueléticas, urogenitais e do sistema nervoso central. Sinais Clínicos Infecção pulmonar primária: anorexia, depressão, intolerância à exercícios, perda de peso, febre, tosse não produtiva, dispneia, linfadenomegalia, corrimento ocular e nasal. Pode haver remissão espontânea ou melhora branda até que surjam lesões disseminadas. Infecção cutânea: lesões cutâneas múltiplas, pequenas, ligeiramente elevadas, com úlceras centrais e trajetos fistulosos, pode-se ter exsudato serossanguinolento a purulento e linfoadenomegalia generalizada. Infecção disseminada: em sistema ocular pode-se verificar uveíte, glaucoma, formação de grânulos subretinal ou deslocamento de retina, edema de córnea, exoftalmia e conjuntivite podem estar presentes. Pode-se ter envolvimento ósseo em até 25% dos casos da blastomicose disseminada e as lesões geralmente envolvem ossos longos do esqueleto apendicular e verifica-se lesões osteomielíticas com reações periosteais. Em sistema urogenital pode-se verificar hematúria, disúria, noctúria e tenesmo (devido a envolvimento prostático). E lesões em sistema nervoso central é raro. Diagnóstico -Anamnese e História Clínica (a ausência de resposta à antibióticos ou ao tratamento com glicocorticoides); 2

3 -Sinais Clínicos; -Exames Complementares: -Achados hematológicos e bioquímicos: não são específicos ou conclusivos. Verifica-se anemia branda arregenerativa, leucocitose com desvio à esquerda, monocitose e linfopenia. Proteinemia com decréscimo de albumina e incremento de proteínas inflamatórias e imunoglobulinas. E também verifica-se hipercalemia devido a extensa moléstia granulomatosa com elevação da produção extrarenal de calcitriol pela reação inflamatória e/ou desenvolvimento de insuficiência renal concomitante. -Achados citológicos: a confirmação citológica pode alcança até 85% dos casos e as amostras devem ser coletadas a partir de linfonodos, secreções traqueobrônquicas, ossos, aspirados de agulha fina de pulmões e oculares, esfregaços por impressão de lesões cutâneas, amostras de urina e líquido cefalorraquidiano. -Achados histopatológicos: revela reação inflamatória granulomatosa a supurativa mista. As lesões podem ser encontradas em pulmões, pele, ossos, próstata, epidídimo, bexiga, cérebro, meninges e medula espinhal. -Achados radiográficos: as lesões são mais observadas em pulmões e ossos. A alteração pulmonar mais comum é o padrão intersticial nodular miliar generalizado e difuso. Geralmente lesões ósseas ficam confinadas a um osso e mais comumente afetam a região epifisiária de ossos longos. -Características da cultura: utiliza-se ágar-dextrose de Sabouraud contendo antibióticos. As cultura demoram cerca de 4 semanas para crescerem. -Sorologia: métodos sorológicos incluem fixação do complemento, imunodifusão em ágar gel, hemaglutinação de antiglobulinas e ELISA. Figura 1. Blastomyces dermatitidis (setas azuis) Fonte: Doctos Fungus em 3

4 O exame entre lâmina e lamínula do pus ou detritos celulares coletados da lesão e clareados com gota de hidróxido de potássio a 10%, após ligeiro aquecimento, permite diagnóstico rápido da micose. Em casos positivos, o B. dermatitidis aparece em forma de células esféricas, simples ou com brotamento, provida da chamada membrana de duplo contorno como o verificado na figura 1 nas setas azuis. Tratamento Anfotericina B: agente antifúngico derivado da linhagem de Streptomyces nodosus. As vias comuns de administração são as endovenosa e subconjuntival. A penetração através da barreira hematocefálica, espaços articulares e tecidos oculares é deficiente. Dose: 0,1 a 1,0 mg/kg SID. Em felinos deve-se utilizar a dose inferior. Mecanismo de ação: ligação ao egosterol, o esterol principal nas membranas fúngicas. Esta ligação induz uma reorganização estrutural da membrana fúngica, causando um aumento da permeabilidade e resultando em vazamento de moléculas intracelulares e morte celular. *Tratamento de escolha para formas disseminadas. Problemas: alta nefrotoxicidade e deve-se avaliar a função renal frequentemente. Cetoconazol: imidazol com substituição. Dose: 20 mg/kg BID. Mecanismo de ação: aumento da permeabilidade da membrana, inibição da formação de RNA e DNA, alterações na síntese dos ácidos graxos e triglicerídeos e distúrbios nos sistemas enzimáticos oxidantes peroxidantes no interior da célula fúngica. Itraconazol: Dose: 1 mg/kg BID. *Tratamento de escolha para infecções leve à moderadas. Considerações de Saúde Pública Não é provável que a blastomicose seja transmitida de animal para animal ou de animal para o homem. Mas devemos tomar precauções, quando fizermos contato com animais infectados, especialmente diante de feridas drenantes e abertas. 4

5 Referências Bibliográficas WOLD A.M. TROY G.C. Moléstias Micóticas Profundas. In: ETTINGER, J.S., FELDMAN, E.C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. Manole, São Paulo, 1992, pg FREITAS M.L.B. et al. Blastomicose em Canino Relato de Caso. X JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO JEPEX 2010 UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro. 5

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