ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM SAÚDE. Professor Barros
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- Bianca Rijo Casqueira
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1 ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM SAÚDE Professor Barros
2 ÉTICA E MORAL Ética é a reflexão crítica sobre o comportamento humano. Parte da filosofia que estuda os valores morais da conduta humana. Moral conjunto de princípios, valores e normas que regulam a conduta humana em suas relações sociais, existentes em determinado momento histórico. Moral fala principalmente do coletivo e, na sociedade contemporânea coexistem, em um mesmo contexto social, diferentes morais, fundamentadas em valores e princípios diferenciados.
3 ÉTICA Podemos considerar que a ética tem um aspecto histórico, mas tem um caráter contemporâneo e atual. Sintetizando, podemos usar o termo ética - como sinônimo de coisas, pensamentos e atitudes consideradas corretas ou podemos encará-la como um segmento da filosofia que investiga a moral.
4 ÉTICA NA SAÚDE As reformulações dos códigos de ética de enfermagem são realizadas e coordenadas pelo CONEN - Conselho Federal de Enfermagem, com a participação dos Conselhos regionais e demais entidades. As consequências do atos dos Enfermeiros devem conferir-lhe a harmonia consigo mesmo e com o mundo exterior, promovendo a Bioética estudo da ética nas ciências da vida e da saúde.
5 SAÚDE PÚBLICA Saúde pública é o esforço organizado da sociedade, principalmente através de suas instituições de caráter público, para melhorar, promover, proteger e restaurar a saúde das populações por meio de atuações de alcance coletivo. (OPAS: Salud de las Americas 2002)
6 PREOCUPAÇÃO UNIVERSAL: Cumprir uma missão comum aos profissionais da saúde: Proteger, promover e manter a saúde e a segurança do público, garantindo padrões adequados para o exercício de sua
7 VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS Apresentar em termos de conduta profissional os valores e princípios éticos no campo da Saúde na interface entre a tecnologia, educação e a saúde, envolvendo aspectos técnicos, médicos, sociais e legais.
8 VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS Técnicas: Capacidade de lidar com os conhecimentos, comportamentos e atitudes e a habilidade em construí-los e reconstruí-los com as pessoas. Ética orientação da ação fundamentada no respeito e em solicitude, para a realização de um bem coletivo.
9 VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS As competências dispostas na lei implica que o profissional tem responsabilidade legal pelas atividades preconizadas e que a ele foram atribuídas. Quando o profissional deixa de cumpri-las ou as delega a outro integrante da equipe, está infringindo a lei.
10 VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS Ética aplicada - diz respeito ao campo que associa a ética aos problemas práticos, tais como a pesquisa com os animais, o aborto e a pena de morte. (BLACKBURN, 1997) Ética da gestão - é segmento que trata dos problemas vivenciados no âmbito organizacional e das relações das organizações com a sociedade mais ampla, no que tange à responsabilidade social e ao que é considerado uma competição aceitável (BLACKBURN, 1997).
11 VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS Ética da virtude - se constitui como um campo teórico que entende a noção de virtude como primária, ao invés de uma abordagem do bem pelo qual atuamos, ou do dever, do direito ou da razão, interpretados como a gênese das normas de ação. (BLACKBURN, 1997)
12 VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS Ética de situações - reconhece que toda tentativa para abstrair das situações determinados aspectos em virtude dos quais requerem um juízo, para no momento seguinte argumentar sobre novos contextos à luz desses aspectos, está fadada ao fracasso; na medida em que em uma determinada situação acrescenta para o seu valor pode ser pouco relevante em outro contexto, daí a importância da contextualização cuja decisão deverá ser tomada. (BLACKBURN,1997)
13 VALORES E PRINCÍPIOS ÉTICOS A ética, portanto, não é apenas um valor sobre o que é considerado certo ou errado, o bem ou o mal. Assim como não é apenas e exclusivamente um campo da filosofia que investiga os princípios que regem a moral dos grupos sociais.
14 MORAL Entretanto, a ideia de moral tem sido aceita como uma espécie de código de valores, conjunto de normas, não necessariamente escritas, que regulamentam o comportamento do homem em sociedade. A moral, portanto, está associada ao que é certo ou errado, justo ou não, reprovável ou não, em termos de consciência humana, de costumes, de regras sociais.
15 MORAL O papel da moral na sociedade se evidencia na exigência de valores morais para mediar as relações sociais. Honestidade, solidariedade, decência, respeito mútuo, entre outros, são aspirações morais contínuas da coletividades na qual estamos imersos.
16 MORAL Em relação às reações emocionais de cunho moral, às vezes com influência religiosa, que costumamos atribuir à nossa consciência moral, apresentamos o entendimento de Chauí (2010), segundo o qual tais momentos nada mais representam do que a manifestação de sentimentos provocados por valores como justiça, generosidade, honradez etc.
17 LIBERDADE E COMPORTAMENTO HUMANO Assim, podemos considerar que ao longo da história a liberdade vem sendo uma questão central para entender o comportamento humano e a organização das sociedades. Isto quer dizer que ao longo da história a compreensão da liberdade sofreu alterações, assim como na atualidade os níveis de liberdade individual, por exemplo, variam de sociedade para sociedade.
18 CONSCIÊNCIA E LIBERDADE A tese da Consciência e Liberdade aponta que existem influências histó- ricas, espaciais e culturais que determinam os indivíduos. Contudo, por se- rem seres conscientes os indivíduos são capazes de conhecer e compreender a ordem dos determinismos, permitindo, assim, que ao conhecer as causas dos fenômenos possam agir sobre a natureza e sobre os homens, buscando a mudança ou alteração de ambos. (ARANHA & MARTINS, 2003, p. 320).
19 AUDITOR MÉDICO Sua conduta ética. Aspectos de sua personalidade. Importância de seus conhecimentos. Conduta frente aos seus colegas. Aspectos legais.
20 PRONTUÁRIO O prontuário do paciente é um documento de importância fundamental para garantir a qualidade da assistência continuada ao paciente, do ensino e da pesquisa e para assegurar ao médico e ao paciente o atendimento de todos os seus direitos e deveres.
21 PRONTUÁRIO O registro de qualquer atendimento prestado ao paciente por profissional de saúde, em instituição hospitalar, unidade de saúde ou consultório, deve ser realizado no prontuário. Segundo o Código de Ética Médica, em seu artigo 69, é vedado ao médico deixar de elaborar o prontuário de cada paciente.
22 PRONTUÁRIO Devem constar obrigatoriamente no prontuário os dados de identificação do paciente, anamnese, exame físico, resultados de exames, hipóteses diagnósticas, diagnósticos definitivos, tratamento realizado, evolução diária, procedimentos realizados, segundo a Resolução CFM nº 1.638/2002, artigo 5º.
23 PRONTUÁRIO Os prontuários podem ser consultados pelos profissionais da equipe assistencial do paciente e da instituição, por médicos peritos judiciais ou de seguradoras, por auditores de planos de saúde e por pesquisadores autorizados pela administração do hospital ou por comitês de pesquisa. Outras pessoas externas à instituição, mesmo sendo médicos, somente poderão consultar o prontuário com a autorização do paciente ou responsável legal,
24 ÉTICA ECONÔMICA E EMPRESARIAL É preciso distinguir ética econômica e empresarial. A ética econômica, refere-se às relações entre economia e ética especificamente, à reflexão ética acerca dos sistemas econômicos. A ética empresarial ou dos negócios, centra-se na concepção da empresa enquanto organização econômica e instituição social, um tipo de organização que desenvolve uma atividade que é característica, resultando a função diretiva e o processo de tomada de decisões.
25 ÉTICA ECONÔMICA E EMPRESARIAL O hospital presta serviços de saúde que é um elemento precioso a vida das pessoas. Por ser uma organização, integra um setor da atividade econômica e reúne determinadas características das empresas em sua estruturação. Para compreender a ética em uma organização é preciso determinar sua finalidade, definir o necessário para a consecução de seu fim, forjar seu caráter e agir em consonância com os direitos das pessoas e da sociedade.
26 ÉTICA ECONÔMICA E EMPRESARIAL A vida e a saúde consideram entre os valores expressivos do ser humano. No momento que se refere à prestação da assistência médica, deve-se ter em conta seus vínculos e suas condições. No caso do sistema de saúde suplementar os planos de saúde, não se pode perder de vista certas medidas impeditivas, como algumas cláusulas que eximem a responsabilidade do prestador de serviços em acordos e contratos.
27 ÉTICA ECONÔMICA E EMPRESARIAL além das situações previstas em Lei. É o primeiro dos deveres de conduta das entidades prestadores de serviços de saúde. Qualquer pessoa que é assistida por um serviço de saúde ou vinculada a um plano de saúde tem o direito de ser atendida na medida das cláusulas convencionadas, seja no modo, forma, local e qualidade previamente prometidos no contrato celebrado. O contrato não pode conter cláusulas que permitam recisões unilaterais ou de qualquer modo subtraia sua eficácia e validade,
28 ÉTICA NAS ORGANIÇÕES DE SAÚDE As comissões de ética e deontologia médica ou de enfermagem tem por objetivo cuidar pelo cumprimento dos deveres e direitos inerentes ao exercício profissional dos médicos ou enfermeiros.
29 ÉTICA NAS ORGANIÇÕES DE SAÚDE As comissões de ética em pesquisa em saúde, previstas nas normas de pesquisa em saúde do Conselho Nacional de Saúde, tendem avaliar a adequação ética dos projetos de pesquisa que envolvam seres humanos.
30 ÉTICA NAS ORGANIÇÕES DE SAÚDE As comissões de bioética têm a intenção refletir, avaliar questões e dilemas morais procedentes da prática e dos procedimentos realizados no âmbito da instituição.
31 ÉTICA E INOVAÇÃO O setor saúde compreende atividades de atenção médicohospitalar e ambulatorial, que possuem interação com a ciência e tecnologia, razão que requer uma apreciação de um modo sistêmico, conforme exige a sua complexidade. A base científica deste setor é origem de um fluxo de informações que apoia o surgimento de inovações que afetam a prática médica e a saúde, como afirma Albuquerque (2004).
32 AGÊNCIA DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS A Agência de Saúde Suplementar - ANS é a agência reguladora dos planos de saúde do Brasil. Vinculada ao Ministério da Saúde, tem sede no Rio de Janeiro e atua em todo o território nacional. Foi criada em 2000, pela Lei n 9.961/2000, em decorrência da publicação da Lei n 9.656/1998, que regulamenta o setor de planos de saúde. Além de criar regras e fiscalizar o mercado.
33 AGÊNCIA DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS A ANS procura promover o equilíbrio entre as partes envolvidas: Operadoras de planos de saúde (empresas que comercializam planos). Prestadores de serviços de saúde (hospitais, laboratórios, profissionais de saúde e estabelecimento de assistência a saúde). Consumidores.
34 AGÊNCIA DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANS Para garantir o atendimento dos beneficiários de plano de saúde a ANS publicou a Resolução Normativa n 259, de 17 de junho de 2011, que dispõe sobre a garantia de atendimento dos beneficiários de plano privado de assistência à saúde e altera a Instrução Normativa IN nº 23, de 1º de dezembro de 2009, da Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos DIPRO/ANS.
35 CÓDIGO DE DIREITO DO CONSUMIDOR No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor foi instituído pela Lei nº 8.072/1990. A Constituição Federal prevê a defesa do consumidor como princípio da ordem econômica e como dever do Estado (Arts. 5º, XXXII e 170, V). Através Código de Defesa do Consumidor, estruturou-se o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), formado por órgãos públicos como os Procons, Inmetro, Defensorias Públicas, Promotorias de Justiça, Delegacias de Polícia Especializada e associações de consumidores.
36 CÓDIGO DE DIREITO DO CONSUMIDOR A característica acentuada do Código de Defesa do Consumidor são os princípios e normas gerais que se enquadram a qualquer tipo de relação de consumo, inclusive as mais modernas, ou seja, é uma norma que se adapta às mudanças decorrentes da passagem do tempo.
37 justas e éticas. CÓDIGO DE DIREITO DO CONSUMIDOR Destaca-se que os princípios que conduzem o Código de Defesa do Consumidor é o princípio da vulnerabilidade do consumidor, em que o consumidor é considerado a parte mais fraca da relação de consumo. Necessitando de regras que reestabeleçam o equilíbrio na sua relação com os fornecedores. Esse movimento estimula mudanças fundamentais no sistema econômico, em prol de relações
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