Crédito: Elza Fiúza/Agência Brasil

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1 Crédito: Elza Fiúza/Agência Brasil PESQUISA FECOMÉRCIO PIRATARIA EM SANTA CATARINA 2014

2 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina Pesquisa Fecomércio Pirataria em Santa Catarina 2014

3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 7 PIRATARIA EM SANTA CATARINA 8 Perfil Socioeconômico 8 Comportamento do Consumidor 9 Percepção Sobre as Campanhas Contra a Pirataria 13 Opinião Sobre Mercado da Pirataria 14 CONCLUSÃO 17

4 INTRODUÇÃO O crime de falsificação e violação de propriedade intelectual e de direitos autorais, popularmente conhecidos como pirataria, causa prejuízos sociais e financeiros em diferentes âmbitos das sociedades do Brasil e do Mundo. Essa categoria de crime vem sendo combatida no Brasil por diversas frentes. Nesse sentido, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC) vem, nos últimos anos, atuando estrategicamente junto ao Estado e às entidades parceiras para o combate à pirataria. Como membro ativo do Conselho Estadual de Combate a Pirataria (CECOP), realizando eventos e campanhas de conscientização, em parceria com entidades como a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), lançando estudos sobre a temática e, conjuntamente com os sindicatos filiados, atuando localmente no combate desta prática ilícita, a Fecomércio vem cumprindo seu papel institucional de defesa do comércio formal catarinense. Concomitantemente às campanhas de conscientização sobre os malefícios que o comércio de pirataria desencadeia na sociedade, a Fecomércio SC promoveu pesquisa com os consumidores objetivando sintetizar o consumo de produtos piratas no estado de Santa Catarina. A primeira pesquisa realizada pela entidade ocorreu em 2011 e demonstrou que o consumo de produtos piratas naquele ano chegou a 57%. Dando continuidade às ações já desenvolvidas, em 2014, a Federação ajustou e reaplicou a pesquisa, a qual será a seguir exposta, visando compreender o consumo de pirataria no Estado. O grau de confiança é de 95%, e o erro amostral é de 5% para a amostra por município. 7

5 PIRATARIA EM SANTA CATARINA Perfil Socioeconômico A pesquisa abordou transeuntes em situação de compra em locais de grande circulação de pessoas nas cidades de Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma, Itajaí e Florianópolis. A escolha destes municípios extrapola o âmbito geográfico e está baseada na representatividade deles para o Estado no que se refere às particularidades dos negócios de comércio e serviços. Inicialmente foi levantado o perfil socioeconômico dos pesquisados, que consiste na coleta de informações sobre sexo, faixa etária, grau de escolaridade, estado civil e renda familiar média mensal. Perfil socioeconômico dos pesquisados Segmento Categoria Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí Sexo Faixa etária Grau de escolaridade Estado civil Renda média familiar mensal Masculino 45,1% 44,0% 43,9% 51,7% 39,4% 47,8% 54,4% 46,6% Feminino 54,9% 56,0% 56,1% 48,3% 60,6% 52,2% 45,6% 53,4% 18 de 24 anos 26,1% 32,8% 45,0% 42,9% 10,1% 25,9% 20,0% 29,0% 25 a 34 anos 21,2% 22,6% 25,8% 23,6% 31,9% 23,5% 33,9% 26,1% 35 a 44 anos 22,7% 20,1% 15,5% 13,6% 30,7% 20,8% 27,4% 21,5% 45 a 54 anos 18,7% 17,0% 10,3% 12,6% 16,1% 17,7% 12,5% 15,0% 55 a 64 anos 8,1% 6,1% 3,4% 4,8% 9,2% 6,9% 5,0% 6,2% 65 ou mais 3,2% 1,3% 0,0% 2,6% 2,0% 5,3% 1,2% 2,2% Sem alfabetização 0,5% 0,8% 0,5% 0,5% 0,0% 1,6% 0,0% 0,5% Ensino fundamental 47,0% 38,4% 19,4% 14,3% 7,7% 23,0% 29,4% 25,6% Ensino médio 41,9% 41,7% 51,9% 57,1% 50,5% 55,9% 48,9% 49,7% Ensino superior 8,4% 18,3% 26,6% 26,7% 36,4% 15,6% 20,0% 21,8% Pós-graduação 2,0% 0,8% 1,6% 1,4% 5,2% 4,0% 1,5% 2,3% Recusa 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2% 0,0% 0,2% 0,1% Solteiro 39,9% 46,3% 60,7% 60,0% 20,5% 42,2% 28,9% 42,7% Viúvo 4,4% 2,0% 1,0% 1,7% 1,0% 3,4% 1,5% 2,2% Casado/União estável 48,3% 44,0% 34,6% 33,8% 66,8% 48,5% 66,6% 49,0% Separado/divorciado 7,4% 7,4% 3,6% 4,5% 3,5% 4,7% 2,7% 4,8% NR/NS 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 8,2% 1,1% 0,2% 1,4% De 0 a R$ 888 9,4% 8,1% 5,9% 10,7% 0,0% 7,1% 4,0% 6,5% De R$ 889 a R$ ,5% 28,8% 27,1% 35,7% 1,2% 20,3% 23,2% 24,5% De R$ a R$ ,9% 24,7% 40,6% 35,5% 57,4% 48,0% 42,6% 41,1% De R$ a R$ ,3% 9,2% 18,3% 9,8% 19,6% 13,5% 14,7% 13,9% De R$ a R$ ,5% 2,0% 4,7% 2,6% 10,9% 2,1% 4,2% 4,2% Mais de R$ ,0% 0,5% 2,1% 4,3% 0,5% 2,9% 2,0% 2,0% Recusa 0,5% 26,7% 1,3% 1,4% 10,4% 6,1% 9,2% 7,9% 8

6 Comportamento do Consumidor Com base nessa amostra, buscou-se saber quantas pessoas consumiram produtos piratas em Este resultado foi comparado com as apurações da pesquisa realizada em Consumiu produto pirata? Consumo de produtos piratas Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí Sim 45,6% 47,3% 47,5% 35,7% 44,8% 46,7% 40,6% 43,9% 57,8% Não 54,4% 52,7% 52,5% 64,3% 55,2% 53,3% 59,4% 56,1% 42,2% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Na comparação entre os dados apurados em 2011 e 2014, percebe-se uma redução de 13,8 pontos percentuais (p.p.) no consumo de produtos piratas no Estado. Em todas as cidades da pesquisa de 2014, o comportamento da maioria dos consumidores é de não consumir de produtos piratas. A cidade em que mais se consumiu produtos piratas foi Criciúma Evolução do consumo de produtos piratas por classe social Ano Consumiu produto pirata? Classes A e B Classe C Classes D e E Sim 44% 62% 67% 61% 2011 Não 56% 38% 33% 39% Sim 33% 46% 45% 44% 2014 Não 67% 54% 55% 56% Nota: desconsiderando as recusas e não respostas Na evolução do consumo de produtos piratas por classe social, verifica-se que as Classes A e B são as que menos consomem. No entanto, cabe destacar que as Classes C, D e E foram as que mais deixaram de consumir de 2011 para 2014: 16,3 p.p. a Classe C e 22,1 p.p. as Classes D e E. Os entrevistados disseram que consomem este tipo de produto pelo baixo preço, seguido pela facilidade de encontrar o produto desejado, como a tabela que segue ilustra: 9

7 Motivação para a compra de produtos piratas Se sim, por quê? Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí Preços mais em conta 78,4% 82,6% 83,2% 82,0% 82,2% 76,3% 77,6% 80,2% 81,0% Porque é mais fácil de encontrar O produto pirata está disponível antes do produto original Alguns produtos podem ser descartáveis Para poder comprar produtos marca 18,3% 14,9% 9,1% 6,2% 11,0% 14,0% 8,7% 12,0% 6,3% 0,5% 1,5% 2,5% 6,8% 2,6% 7,4% 5,1% 3,7% 6,7% 0,0% 0,0% 1,0% 1,9% 0,0% 0,0% 1,0% 0,5% 0,5% 0,9% 0,0% 1,0% 0,0% 2,1% 0,9% 6,1% 1,6% 1,7% Outros 1,9% 1,0% 3,0% 3,1% 2,1% 1,4% 1,5% 2,0% 3,8% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Dentre os que afirmaram consumir produtos piratas em 2014, os mais consumidos foram CDs e DVDs, desempenho análogo ao de Na comparação com a pesquisa realizada em 2011, o comportamento é bastante semelhante entre as categorias. Conforme corrobora a tabela com os dados abaixo: 10

8 Categorias de produtos piratas mais consumidos Se sim, quais? Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí CD/DVD 40,9% 43,2% 48,4% 37,8% 47,2% 38,0% 64,2% 44,6% 48,7% Óculos 8,2% 7,6% 12,5% 5,4% 4,3% 19,0% 6,9% 9,7% 5,4% Calçados e Tênis 4,6% 5,0% 3,6% 3,9% 1,7% 5,6% 2,3% 4,0% 3,3% Perfumes/cosméticos 3,3% 2,3% 0,7% 0,8% 2,6% 2,8% 1,4% 2,1% 2,2% Relógios 4,1% 3,7% 3,9% 5,4% 3,0% 2,5% 1,8% 3,5% 0,6% Roupas 4,9% 7,3% 7,2% 4,6% 8,9% 11,5% 6,9% 7,3% 6,6% Brinquedos 7,2% 5,6% 2,5% 4,2% 13,6% 4,2% 2,3% 5,6% 2,7% Cigarros 0,3% 1,3% 1,8% 0,8% 0,0% 1,4% 0,0% 0,8% 1,2% Bolsas 3,1% 9,3% 3,2% 2,7% 3,8% 3,1% 0,5% 3,8% 5,5% Canetas 0,5% 0,0% 0,0% 0,8% 1,7% 2,0% 0,5% 0,8% Equipamentos eletrônicos 9,5% 9,0% 11,8% 10,8% 5,1% 4,7% 9,2% 8,5% 6,0% Artigos esportivos 5,4% 1,3% 1,8% 2,7% 1,3% 0,3% 0,5% 2,1% 2,0% Programas de computador Acessórios para veículo 2,3% 2,0% 0,0% 6,9% 1,3% 0,0% 0,5% 1,8% 4,7% 1,5% 0,3% 0,7% 0,8% 0,0% 1,7% 0,0% 0,8% 0,0% Outros 4,3% 2,0% 1,8% 12,4% 5,5% 3,4% 3,2% 4,5% 11,1% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Nota: aparelhos celulares pertencem à categoria equipamentos eletrônicos Dos produtos categorizados como outros (4,5%), identificou-se que existe uma aceitação à compra de complementos como cabos de produtos eletrônicos, capas e acessórios de celulares, smartphones, tablets e computadores. Ou seja, periféricos que o consumidor acredita que não comprometam o desempenho dos equipamentos. Do mesmo modo, foram averiguados quais produtos piratas não consumiriam de forma alguma. A categoria de produtos com maior grau de rejeição foi medicamentos, seguida por equipamentos eletrônicos. 11

9 Categorias de produtos piratas não consumidos (Rejeição aos produtos piratas) Produtos piratas que jamais compraria Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí Medicamentos 29,5% 37,7% 36,6% 31,6% 40,9% 31,9% 37,0% 34,5% 36,7% Equipamentos eletrônicos 9,2% 11,3% 21,2% 12,0% 12,8% 25,8% 9,2% 14,4% 9,0% Óculos 14,3% 11,0% 4,1% 9,2% 9,1% 6,3% 5,4% 8,9% 8,3% Perfumes/cosméticos 7,4% 7,5% 7,9% 8,7% 7,3% 9,2% 13,3% 8,6% 8,0% Bebidas 5,0% 5,0% 1,8% 5,8% 16,3% 4,2% 11,7% 6,6% 15,3% Cigarros 10,2% 9,5% 5,4% 8,5% 0,5% 2,9% 0,3% 5,9% 5,2% CD/DVD 4,5% 3,8% 3,3% 4,2% 2,9% 2,9% 7,0% 4,0% 1,1% Calçados e Tênis 3,2% 3,8% 7,2% 5,5% 2,6% 1,4% 3,0% 3,9% 5,6% Acessórios para veículo Programas de computador 2,1% 3,0% 1,2% 3,1% 1,8% 6,2% 2,4% 2,9% 0,0% 2,9% 2,9% 1,7% 5,1% 0,8% 3,3% 0,5% 2,7% 2,2% Roupas 1,8% 2,3% 3,9% 2,1% 2,3% 1,4% 3,7% 2,4% 3,1% Relógios 2,0% 0,7% 2,2% 3,2% 0,8% 1,1% 2,3% 1,8% 0,6% Brinquedos 1,4% 1,5% 1,5% 0,9% 0,2% 0,5% 1,0% 1,0% 1,3% Outro 6,5% 0,0% 2,1% 0,2% 1,8% 3,0% 3,1% 2,4% 3,7% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Dentre a parcela de pessoas que afirmou não ter consumido pirataria em 2014, as principais motivações elencadas por esse grupo para a rejeição foi a baixa qualidade dos produtos e a falta de garantia. Dentre os que responderam Outro, os motivos mais frequentes foram o desinteresse e a falta de necessidade. 12

10 Motivação para não compra produtos piratas Se não, por quê? Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí Qualidade ruim 31,9% 39,3% 26,1% 45,7% 43,1% 45,8% 52,6% 41,0% 64,2% Falta de garantia 21,3% 30,8% 15,8% 17,2% 44,4% 28,9% 13,2% 24,1% 21,6% Prejudica o comércio formal Temor de ter um prejuízo maior que o benefício financeiro Temor de comprar um produto ilegal e ser punido 3,7% 19,4% 3,0% 6,7% 5,6% 5,5% 0,9% 6,2% 4,1% 0,5% 2,5% 2,5% 8,2% 0,0% 1,0% 12,8% 4,2% 8,6% 0,5% 1,5% 3,4% 0,4% 0,0% 1,0% 4,7% 1,6% 0,8% Outro 42,1% 6,5% 49,3% 21,7% 6,9% 17,9% 15,8% 22,8% 0,8% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Além do perfil dos entrevistados e a relação deles com o consumo de produtos piratas, a pesquisa também traçou a opinião da amostra total sobre o mercado da pirataria, conforme o item a seguir irá abordar. Percepção Sobre as Campanhas Contra a Pirataria Muitas campanhas publicitárias e educativas sobre o combate à pirataria foram veiculadas nos últimos anos. Para mensurar a eficácia delas, dois questionamentos foram feitos aos consumidores: lembrança e efetividade das campanhas. O percentual de consumidores que afirmou lembrar-se de alguma campanha contra produtos pirata foi elevado: 73,5%. Lembrança de campanha veiculada em TV, jornais e outros contra pirataria Lembrança campanha Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí Sim 75,6% 69,0% 70,5% 71,7% 87,1% 71,2% 68,8% 73,5% Não 23,4% 31,0% 29,5% 27,6% 12,6% 28,6% 31,2% 26,2% NR/NS 1,0% 0,0% 0,0% 0,7% 0,2% 0,3% 0,0% 0,3% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 13

11 A opinião dos entrevistados quanto à efetividade das campanhas contra a pirataria não foi tão favorável. Apenas 36,6% acreditam que as campanhas são efetivas. Opinião sobre a efetividade das campanhas contra pirataria. Efetividade campanha Blumenau Chapecó Criciúma Florianópolis Joinville Lages Itajaí Sim 46,3% 46,6% 27,2% 34,3% 32,2% 31,5% 37,7% 36,6% Não 52,0% 52,2% 69,7% 59,3% 65,3% 65,9% 58,6% 60,3% NR/NS 1,7% 1,3% 3,1% 6,4% 2,5% 2,6% 3,7% 3,1% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Opinião Sobre Mercado da Pirataria Foi realizada, também, uma bateria de perguntas, com todos os entrevistados, para saber a opinião do catarinense sobre o mercado da pirataria. Em comparação com a pesquisa realizada em 2011, podemos notar que: Opinião dos consumidores sobre a pirataria. Concorda com a afirmação Sim Não NS Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 92,3% 6,9% 0,8% 88,2% 10,1% 1,8% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 86,4% 10,6% 3,0% 85,0% 11,0% 4,0% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 86,4% 12,3% 1,3% 86,6% 10,8% 2,6% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 78,9% 19,3% 1,8% 69,9% 26,3% 3,8% A pirataria financia o crime organizado 75,6% 20,4% 4,0% 70,8% 20,0% 9,1% A compra de produtos piratas é crime 65,4% 31,1% 3,5% 50,7% 43,2% 6,1% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 54,8% 40,8% 4,4% 55,0% 39,6% 5,4% A pirataria causa desemprego 53,8% 42,0% 4,2% 54,1% 41,2% 4,7% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 42,3% 55,5% 2,3% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 22,9% 71,9% 5,2% 18,7% 76,0% 5,3% Na maior parte das afirmações, os consumidores mostraram-se conscientes em relação aos prejuízos da pirataria. A maioria sabe que a pirataria alimenta a sonegação de impostos (86,4%), que ela prejudica o fabricante ou artista do produto pirateado (92,3%), prejudica o faturamento do comércio (86,4%), financia o crime organizado (75,6%) e que os produtos piratas podem causar consequências negativas aos seus usuários (78,9%). 14

12 Em outras perguntas, as respostas ficaram mais equilibradas, ainda que com predomínio do conhecimento em relação à questão. Somente 53,8% têm noção de que a pirataria causa desemprego, 65,4% consideram a compra de pirataria crime e 54,8% têm discernimento de que os produtos piratas causam aumento do preço dos produtos originais. Este dado é preocupante, pois ou as pessoas estão mal informadas sobre estas questões ou existe uma naturalização da compra do produto pirata, sendo que ambas as possibilidades são extremamente problemáticas. Já a última questão, sobre se as pessoas consideram crime baixar filmes e músicas da internet, mostra que, na opinião da maioria dos catarinenses, este ato não representa ilegalidade, estando de acordo com a legislação vigente que não tipifica como crime apenas a reprodução para fins pessoais. Esta avaliação foi segmentada por cidade de acordo com as próximas informações: Blumenau Chapecó Criciúma Opinião dos consumidores sobre a pirataria (por cidade) Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 92,4% 7,6% 0,0% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 89,7% 9,9% 0,5% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 88,4% 10,8% 0,7% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 86,7% 11,6% 1,7% A pirataria financia o crime organizado 86,2% 11,8% 2,0% A compra de produtos piratas é crime 75,1% 23,2% 1,7% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 73,6% 24,9% 1,5% A pirataria causa desemprego 73,2% 24,1% 2,7% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 53,7% 45,8% 0,5% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 34,0% 59,1% 6,9% Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 91,9% 7,4% 0,8% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 87,8% 10,7% 1,5% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 84,0% 12,7% 3,3% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 83,0% 14,0% 3,1% A pirataria financia o crime organizado 75,3% 21,4% 3,3% A compra de produtos piratas é crime 72,8% 24,4% 2,8% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 69,7% 29,3% 1,0% A pirataria causa desemprego 68,4% 31,0% 0,5% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 56,7% 40,7% 2,5% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 34,4% 62,3% 3,3% Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 88,6% 9,8% 1,6% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 81,1% 16,8% 2,1% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 79,5% 11,7% 8,8% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 71,2% 27,2% 1,6% A pirataria financia o crime organizado 71,0% 22,8% 6,2% A compra de produtos piratas é crime 64,0% 33,4% 2,6% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 48,2% 43,8% 8,0% A pirataria causa desemprego 39,6% 50,8% 9,6% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 27,5% 70,2% 2,3% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 15,3% 79,8% 4,9% 15

13 Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 94,3% 3,6% 2,1% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 89,0% 8,6% 2,4% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 86,2% 10,0% 3,8% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 85,2% 11,4% 3,3% Florianópolis A pirataria financia o crime organizado 66,9% 25,2% 7,9% A compra de produtos piratas é crime 63,3% 32,1% 4,5% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 46,9% 49,0% 4,0% A pirataria causa desemprego 41,7% 52,4% 6,0% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 36,4% 54,3% 9,3% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 21,0% 73,3% 5,7% Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 99,0% 0,2% 0,7% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 97,8% 2,2% 0,0% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 89,4% 10,1% 0,5% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 79,2% 20,5% 0,2% Joinville A pirataria financia o crime organizado 74,8% 22,5% 2,7% A compra de produtos piratas é crime 48,5% 48,5% 3,0% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 43,3% 48,8% 7,9% A pirataria causa desemprego 37,1% 57,7% 5,2% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 15,6% 82,7% 1,7% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 7,2% 91,8% 1,0% Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 85,4% 14,0% 0,5% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 84,7% 13,8% 1,6% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 73,8% 24,9% 1,3% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 70,6% 26,5% 2,9% Lages A pirataria financia o crime organizado 67,7% 29,1% 3,2% A compra de produtos piratas é crime 58,7% 37,6% 3,7% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 46,8% 49,7% 3,4% A pirataria causa desemprego 41,0% 56,6% 2,4% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 28,0% 71,4% 0,5% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 18,8% 78,3% 2,9% Sim Não NS A pirataria prejudica o fabricante ou o artista 95,3% 4,5% 0,2% A pirataria alimenta a sonegação de impostos 93,0% 6,5% 0,5% A pirataria prejudica o faturamento do comércio 91,3% 8,5% 0,2% O uso dos produtos piratas pode lhe causar alguma consequência negativa 84,3% 14,5% 1,2% Itajaí A pirataria financia o crime organizado 82,3% 12,5% 5,2% A compra de produtos piratas é crime 76,6% 20,0% 3,5% A pirataria causa aumento no preço dos produtos legais 65,6% 33,7% 0,7% A pirataria causa desemprego 64,3% 31,4% 4,2% Campanhas contra a pirataria diminuem o consumo destes produtos 62,6% 34,9% 2,5% Baixar filmes, músicas e jogas da internet para uso pessoal é crime. 29,7% 58,9% 11,5% 16

14 CONCLUSÃO A Pesquisa Fecomércio Pirataria em Santa Catarina 2014 mostra que grande parte dos consumidores tem consciência dos prejuízos causados pela pirataria. Indicação disso está na redução de 13,8 pontos percentuais no número de catarinenses que admitiram ter consumido algum produto pirata na pesquisa de 2014 (43,9%) em relação ao levantamento realizado em 2011 (57,8%). É possível associar esta importante redução ao ganho de renda das famílias nos últimos anos. Isso fica mais evidente quando constatamos que as famílias de renda mais baixa foram justamente aquelas que mais deixaram de consumir pirataria, mostrando que os ganhos de renda nessas camadas sociais têm impacto direto na formalização da economia. O principal motivo elencado para o consumo de pirataria é o baixo preço. Confirmando isso, os produtos mais consumidos foram CDs e DVDs, que chegam a ter uma variação de 90% nos preços entre originais e piratas. A categoria de produtos com maior grau de rejeição à pirataria, aqueles que os consumidores jamais consumiriam, foi medicamentos, seguida por equipamentos eletrônicos. E os principais motivos para rejeição desses produtos foram a baixa qualidade e a falta de garantia. Fica evidente, portanto, a necessidade de políticas voltadas ao consumidor, enfatizando a ilegalidade de consumo e adotando uma posição mais rigorosa no combate ao ilícito e à impunidade. 17

15 Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina Rua Felipe Schmidt 785/5º andar - Centro - CEP Florianópolis/SC