ÁRVORES E FLORESTA URBANA DE LISBOA. Figura Localização das freguesias seleccionadas

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1 Figura Localização das freguesias seleccionadas 167

2 Freguesia da Ameixoeira Figura Uso do solo na freguesia da Ameixoeira em 1977/79 Figura Uso do solo na freguesia da Ameixoeira em

3 Freguesia do Beato Figura Uso do solo na freguesia do Beato em 1977/79 Figura Uso do solo na freguesia do Beato em

4 Freguesia de S. Francisco Xavier Figura Uso do solo na freguesia de São Francisco de Xavier em 1977/79 Figura Uso do solo na freguesia de São Francisco de Xavier em

5 Freguesia de S. João de Brito Figura Uso do solo na freguesia de São João de Brito em 1977/79 Figura Uso do solo na freguesia de São João de Brito em

6 R ESULTADOS 572 As matrizes de transição obtidas, apresentam-se de seguida nos Quadros 5.2. a 5.6. As classes de uso de solo consideradas foram as seguintes: a) edificado; b) arbóreo; c) não edificado e não arbóreo. QUADRO 5.2. FREGUESIA AMEIXOEIRA QUADRO 5.3. FREGUESIA BEATO ANO 2001 USO a b c ANO 2001 USO a b c ANO 1977/79 a 100,0 0,0 0,0 b 0,0 98,7 1,3 c 11,7 52,7 35,6 ANO 1977/79 a 89,0 0,9 10,1 b 17,2 58,3 24,5 c 33,7 4,2 62,1 QUADRO 5.4. S. FRANCISCO XAVIER ANO 2001 USO a b c QUADRO 5.5. S. JOÃO DE BRITO ANO 2001 USO a b c ANO 1977/79 a 96,3 0,0 3,7 b 1,9 98,1 0,0 c 46,0 0,0 54,0 ANO 1977/79 a 100,0 0,0 0,0 b 3,2 96,8 0,0 c 55,0 0,0 45,0 Quadro Freguesias 2001 Uso a b c a 96,6 0,2 3,2 1977/79 b 2,2 96,5 1,3 c 80,7 4,7 14, Estudo realizado no âmbito da disciplina de Ecologia da Paisagem I no ano lectivo 2005/06, sob a coordenação dos docentes Dr. Francisco Moreira, Arquitecto Paisagista Pedro Arsénio e Arquitecta Paisagista Ana Luísa Soares. O tema do trabalho aqui apresentado foi desenvolvido pelas alunas Ana Margarida Henriques, Sara Neves e Sofia Simões. 172

7 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 573 Através da análise e comparação de fotografias aéreas de 1977/79 e 2001 foi possível confrontar a evolução do uso do solo de cada uma das freguesias estudadas, bem como para o conjunto das quatro. Através da variação das áreas (em proporção) e do número de parcelas, bem como as suas dimensões médias, foi possível relacionar o uso do solo existente em 2001 com o que existia em 1977/79. Em relação à freguesia da Ameixoeira, em ambas as épocas a classe dominante, em relação à área, é o edificado, a que poderíamos chamar de matriz se não fosse o facto de ao observarmos a imagem, a classe arbórea se apresentar com um aspecto de maior continuidade. Na freguesia do Beato, como seria de prever numa zona mais antiga da cidade, as proporções de cada classe mantiveram-se relativamente constantes. A relação entre o aumento da área edificada e a diminuição dos baldios (não arbóreo) permite concluir que estes últimos têm vindo a ser ocupados por edificação. Em S. Francisco Xavier a diminuição dos baldios em favor da edificação é novamente constatada. A grande proporção de área arbórea deve-se principalmente à existência da presença do Parque de Monsanto. Ao contrário do que se tem apurado nas freguesias anteriores, nesta freguesia o edificado encontra-se menos disperso, apresentando crescimento em mancha, uma vez que o número de parcelas diminui e a sua dimensão média aumenta, (caso apenas verificado para esta classe). O maior crescimento em área do edificado foi registado na freguesia de S. João de Brito, com a substituição principalmente de baldios, mas também se constatou que a área arbórea diminuiu. Na análise das matrizes de transição constata-se que 80% dos baldios foram substituídos por edificação, como já seria de prever na análise anterior. Este crescimento da edificação devese, provavelmente, ao facto das freguesias em estudo se situarem na periferia da cidade, onde ocorreu o maior crescimento nos últimos tempos. Não se tem por isso uma válida comparação com freguesias mais antigas, onde seria de prever que a urbanização fosse praticamente nula, uma vez que o espaço se encontra já ordenado. Do estudo em apreço podemos afirmar que a quase não ocupação do espaço verde por edificado (2%) é bastante positiva e que embora os espaços verdes não tenham aumentado, nem em número nem em área, também não diminuíram nas áreas em estudo. Esperamos que, mesmo contrariando as previsões, os espaços verdes sejam mais comuns e venham a ter cada vez maior importância, contribuindo para uma melhoria da saúde e bem-estar dos lisboetas Estudo realizado no âmbito da disciplina de Ecologia da Paisagem I no ano lectivo 2005/06, sob a coordenação dos docentes Dr. Francisco Moreira, Arquitecto Paisagista Pedro Arsénio e Arquitecta Paisagista Ana Luísa Soares. O tema do trabalho aqui apresentado foi desenvolvido pelas alunas Ana Margarida Henriques, Sara Neves e Sofia Simões. 173

8 EVOLUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DAS DIFERENTES ESPÉCIES ARBÓREAS NOS ARRUAMENTOS DE LISBOA Com o intuito de estudar a utilização das diferentes espécies arbóreas nos arruamentos de Lisboa recorremos ao estudo já realizado por Andresen 574 (relativo aos anos 1929, 1939, 1981) e acrescentámos no Quadro 5.7. a listagem referente ao ano de 2003 fornecido pela Câmara Municipal de Lisboa (Anexo 5.3.). QUADRO 5.7. EVOLUÇÃO DO ARVOREDO DE ARRUAMENTO NA CIDADE DE LISBOA (1929, 1939, 1981 E 2003) ESPÉCIE BOTÂNICA 1929 a 1939 b 1981 c 2003 d TOTAL % e TOTAL % TOTAL % TOTAL % Acacia spp. 2 0,0 Acer negundo 362 1, , , ,3 Acer platanoides 40 0,1 Acer pseudoplatanus 170 0, , ,1 Aesculus x carnea 35 0,1 Aesculus hippocastanum 98 0, ,5 Ailanthus altissima 611 2, ,7 48 0,2 57 0,2 Albizia julibrissin 9 0,0 Albizia lophantha 47 0,2 40 0,2 Brachychiton populneum 41 0,2 1 0, ,5 Broussonetia papyrifera 621 3, ,7 1 0,0 Casuarina equisetifolia 149 0,5 Catalpa bignonioides 28 0, , ,2 Cedrus spp ,1 Celtis australis , , , ,5 Celtis ocidentalis 249 0,8 Ceratonia siliqua 41 0,2 1 0,0 1 0,0 Cercis siliquastrum 662 3, , , ,8 Chorisia speciosa 38 0,1 Citrus aurantium 282 0,9 Corylus colurna 152 0,5 Corynocarpus laevigata 2 0,0 Cupressocyparis 'Castlewell' 2 0,0 Cupressus sempervirens 208 1, ,7 Cupressus spp ,3 14 0,1 Eucalyptus spp ,7 1 0,0 8 0,0 Eriobotrya japonica 2 0,0 Ficus spp. 22 0,1 Fraxinus angustifolia 77 0, , , ,4 Fraxinus excelsior 473 2, ,4 Fraxinus ornus 6 0,0 Gingko biloba 36 0,2 87 0,3 Gleditsia triacanthos 306 1, , , ,2 Grevillea robusta 226 1,1 7 0, ,9 Jacaranda mimosifolia 767 3, , , ,3 Juglans spp , ,2 43 0,2 58 0,2 Koelreuteria paniculata 180 0, , , ,1 Lagerstroemia indica 30 0,1 Lagunaria patersonii 43 0,1 Ligustrum lucidum 907 4, , , ,2 Liquidambar styraciflua 40 0,1 Liriodendron tulipifera 92 0,3 Magnolia grandiflora 6 0,0 61 0,2 Magnolia soulangeana 1 0,0 Melia azedarach 545 2, ,2 31 0, ,2 Morus alba 298 1, , ,9 84 0,3 Morus nigra 127 0,4 Olea europaea 850 4,1 91 0, , Andresen, M.T.L.M.B., Ob. cit. 174

9 QUADRO 5.7. EVOLUÇÃO DO ARVOREDO DE ARRUAMENTO NA CIDADE DE LISBOA (1929, 1939, 1981 E 2003) (CONTINUAÇÃO) ESPÉCIE BOTÂNICA 1929 a 1939 b 1981 c 2003 d TOTAL % e TOTAL % TOTAL % TOTAL % Phytolacca dioica 5 0,0 Paulownia tomentosa 39 0,2 59 0,3 Pinus pinea 280 1, , ,4 Platanus hybrida , , , ,4 Populus alba 342 1, , , ,5 Populus nigra 62 0, , , ,7 Populus x canescens 203 1, , ,2 Prunus spp. 23 0,1 Prunus avium 127 0,4 Prunus cerasifera 'Pissardii' 7 0, ,5 Prunus serrulata 'Kanzan' 26 0,1 Pyrus calleryana 'Chanticlee' 31 0,1 Punica granatum 11 0,0 Quercus palustris 29 0,1 Quercus robur 29 0,1 Quercus rubra 2 0,0 Quercus spp. 20 0,1 Robinia pseudoacacia , , , ,9 Salix spp. 24 0,1 1 0,0 5 0,0 Schinus molle 35 0,2 2 0, ,4 Schinus terebinthifolius 7 0,0 Sophora japonica , , , ,5 Sophora japonica 'Pyramidalis' 52 0,2 Tilia spp , , , ,9 Tipuana tipu 216 1, ,4 Trachicarpus fortunei 8 0,0 Ulmus spp , , , ,7 Ulmus resista 'Sapporo Gold' 26 0,1 Washingtonia spp. 56 0,2 Yucca spp. 1 0,0 Zelkova serrata 379 1,2 Palmeiras 435 2,1 11 0, ,6 Diversas 849 4, ,5 TOTAL a Câmara Municipal de Lisboa, Inventário do arvoredo existente nos vários logradouros públicos da cidade de Lisboa e nos viveiros municipais (relativamente a Setembro de 1929). Tipografia Municipal, Lisboa. b Coutinho, N. S., Árvores de Arruamento, subsídios para o estudo da arborisação das ruas da Cidade de Lisboa. Relatório Final do Curso de Engenheiro-Silvicultor. Instituto Superior de Agronomia, Lisboa. c Registos dos Serviços de arvoredo da CML de 1981 (cit. Andresen, M.T.L.M.B., Árvores de arruamento de Lisboa, contribuição para a sua classificação. Relatório Final do Curso Livre de Arquitectura Paisagista, Instituto Superior de Agronomia, Lisboa) d Elementos relativos ao ano 2003 fornecidos pela CML, Divisão de Jardins. e Representatividade, expressa em percentagem, relativamente ao total de árvores de arruamento existentes na cidade de Lisboa No Quadro 5.7.apresentamos a lista exaustiva de todas as espécies arbóreas existentes nas ruas de Lisboa os anos de 1929, 1939, 1981 e 2003, para se propiciar uma análise mais pormenorizada da diversidade de espécies arbóreas existentes na capital e respectiva representatividade. 175

10 A fim de conhecermos a evolução das principais árvores de arruamento da cidade de Lisboa, reunimos no Quadro 5.8. e na Figura os elementos disponíveis para as datas em estudo. QUADRO 5.8. EVOLUÇÃO DE 1929 A 2003 DAS PRINCIPAIS ÁRVORES DE ARRUAMENTO NA CIDADE DE LISBOA ESPÉCIE BOTÂNICA ANO 1929 a ESPÉCIE BOTÂNICA ANO 1939 b ESPÉCIE BOTÂNICA ANO 1981 c ESPÉCIE BOTÂNICA % e % % % Celtis australis 14,8 Celtis australis 17,6 Celtis australis 16,6 Celtis australis 19,5 Ulmus spp. 14,2 Sophora japonica 11,2 Populus alba 12,6 Platanus hybrida 12,4 Platanus hybrida 9,8 Robinia pseudoacacia 10,8 Platanus hybrida 11,9 Tilia spp. 9,9 Sophora japonica 7,5 Platanus hybrida 8,7 Tilia spp. 7,5 Jacaranda mimosifolia 6,3 Robinia pseudoacacia 5,2 Ligustrum lucidum 7,0 Ulmus spp. 6,8 Acer negundo 4,3 Ligustrum lucidum 4,3 Fraxinus angustifolia 5,7 Populus nigra 6,8 Populus x canescens 4,2 Olea europaea 4,1 Cercis siliquastrum 5,5 Fraxinus angustifolia 6,3 Populus nigra 3,7 Jacaranda mimosifolia 3,7 Ulmus spp. 5,2 Jacaranda mimosifolia 4,9 Populus alba 3,5 Cercis siliquastrum 3,2 Melia azedarach 4,2 Populus x canescens 4,4 Robinia pseudoacacia 2,9 Broussonetia papyrifera 3,0 Jacaranda mimosifolia 4,0 Sophora japonica 4,2 Cercis siliquastrum 2,8 TOTAL 69,8 80,0 82,1 69,5 ANO 2003 d a Câmara Municipal de Lisboa, Inventário do arvoredo existente nos vários logradouros públicos da cidade de Lisboa e nos viveiros municipais (relativamente a Setembro de 1929). Tipografia Municipal, Lisboa. b Coutinho, N. S., Árvores de Arruamento, subsídios para o estudo da arborisação das ruas da Cidade de Lisboa. Relatório Final do Curso de Engenheiro-Sivicultor. Instituto Superior de Agronomia, Lisboa. c Registos dos Serviços de arvoredo da CML de (cit. Andresen, M.T.L.M.B., Árvores de arruamento de Lisboa, contribuição para a sua classificação. Relatório Final do Curso Livre de Arquitectura Paisagista, Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa. d Elementos relativos ao ano 2003 fornecidos pela CML, Divisão de Jardins. e Representatividade, expressa em percentagem, relativamente ao total de árvores de arruamento existentes na cidade de Lisboa. % total árvore 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0, Ano Ulmus spp. Tilia spp. Sophora japonica Populus x canescens Populus nigra Populus alba Platanus hybrida Jacaranda mimosifolia Celtis australis Figura Evolução de 1929 a 2003 das principais árvores de arruamento na cidade de Lisboa 176

11 Da leitura do Quadro 5.8. e da Figura supramencionados podemos apontar como conclusões mais relevantes, as seguintes: 1) o Celtis australis, no período em apreço, ocupou sempre a posição cimeira (de 14,8 a 19,5% do total das árvores de arruamento) podendo o lodão ser considerado a espécie de eleição da capital portuguesa; esta relevância é tanto mais notável quando a segunda posição foi ocupada, nos quatro anos em apreciação, por diferentes espécies, nomeadamente: o Ulmus spp. em 1929, a Sophora japonica em 1939, o Populus alba em 1981 e o Platanus hybrida em À referida posição de dominância não serão estranhos os atributos do Celtis australis, uma espécie bem adaptada às condições edafo-climáticas de Lisboa sofrendo no entanto, com o calor excessivo que provoca o enrolamento das folhas, de crescimento relativamente rápido, com resistência aos ataques de insectos e apresentando raízes robustas, profundas e capazes de se desenvolver nos interstícios das camadas rochosas. Quanto à sua forma caracteriza-se por apresentar um porte mediano e uma copa volumosa que proporciona uma excelente sombra. 2) o Ulmus spp. assumiu uma posição de destaque em 1929 (14,2% do total), de forma similar ao registado noutras cidades europeias (nessa data), mas posteriormente experimentou um decréscimo acentuado (5,2% em 1939 e 6,8% em 1981), de tal modo que em 2003 o ulmeiro deixou de figurar entre as dez espécies botânicas mais representativas na cidade de Lisboa. Cabe notar que ocorreu idêntico decréscimo em todas as cidades europeias. Esta evolução decorre, principalmente, da vulnerabilidade do ulmeiro a diversas pragas, com sublinhado para a Zeuzera aesculi e o Cossus ligniperda 575, e, especialmente ao fungo agente causal da Grafiose, denominada doença holandesa dos ulmeiros, identificada pela primeira vez em Portugal em Actualmente tem-se recorrido ao cultivar Ulmus resista Sapporo gold que se trata de uma espécie muito mais resistente. 3) o Platanus hybrida denota uma relativa constância durante o período em análise, oscilando entre 9,8 e 12,4% do total das árvores de arruamento da cidade de Lisboa. Esta posição de destaque deve-se, principalmente, ao bom ensombramento que proporciona, ao crescimento rápido e à resistência à poluição; como atributos negativos regista-se que algumas pessoas são alérgicas aos seus glomérulos e em certas circunstâncias a goma libertada é indesejável, designadamente para os automobilistas. Julgamos de salientar que o grande porte do plátano deve ser considerado no planeamento, nomeadamente para que mais tarde não se tenha de recorrer à prática de atarraques severos, que descaracterizam a árvore e afectam o seu valor estético Andresen, M.T.L.M.B., Ob. cit., p

12 4) o exame do período em análise ressalta que algumas espécies foram temporariamente preferidas em Lisboa, nomeadamente: a) a Sophora japonica, que representou 7,5, 11,2, e 4,2%, respectivamente, em 1929, 1939 e 1981, deixando de figurar em 2003 entre as dez espécies mais numerosas. Com efeito, apesar de apresentar qualidades muito apreciadas crescimento rápido, boa sombra e beleza, especialmente durante a floração a acácia-do-japão produz frutos que sujam muito as ruas. b) os choupos (Populus alba, Populus nigra e Populus x canescens) experimentaram um incremento notável em épocas recentes, atingindo em 1981 o valor de 23,8% do total das árvores de arruamento (note-se que ultrapassaram então o lodão) e em 2003 representaram 11,4% do referido total, sendo o mencionado decréscimo devido principalmente à diminuição do Populus alba que sofreu uma quebra de nove pontos percentuais (de 12,6 para 3,5%). O entusiasmo registado em torno dos choupos ficou a dever-se principalmente ao seu crescimento extremamente rápido, não sendo excepcionalmente valorizados em termos estéticos, nem no que concerne às características do ensombramento. Acresce que desenvolvem um forte raizame relativamente superficial, com consequências nocivas para as infraestruturas urbanas, razão primeira por que actualmente se tende a evitar a sua utilização em arruamentos. c) a Tilia spp., embora desde longa data presente nos arruamentos de Lisboa (e relevante nos jardins), só recentemente começou a ocupar uma posição de destaque nas ruas da capital, representando 7,5 e 9,9% do total, respectivamente em 1981 e Esta moderna preferência deve-se, primordialmente, a três atributos da tília: valor estético, bom ensombramento e, resistência à poluição. d) o Jacaranda mimosifolia denota uma progressão lenta mas consistente durante o período em análise, subindo a sua representatividade de 3,7 para 6,3%, correspondendo esta ao 4º lugar das espécies botânicas utilizadas nos arruamentos de Lisboa. A referida ascensão decorre do crescente apreço atribuído à sua beleza, nomeadamente na época de floração, Maio e Junho, a qual lhe é conferida pelas suas flores lilazes, que surgem antes da rebentação das folhas, imprimindo à cidade uma coloração muito intensa e deslumbrante. A referida beleza suplanta largamente o inconveniente advindo da goma libertada pelas flores, que ao caírem deixam o piso, e eventualmente os carros, com um indesejável material pegajoso. 178

13 5) no que à diversidade de espécies diz respeito, apoiando-nos no Quadro supramencionado, podemos verificar que a soma das dez espécies mais representativas foi a seguinte: 69,8% em 1929, 80,0% em 1939, 82,1% em 1981 e 69,5% em Mais esclarecedora, porém, é a informação constante do Quadro 5.6., onde o número de espécies de árvores registadas foi sucessivamente o seguinte: 39, 23, 37 e 78. Este último, referente ao ano de 2003, corresponde ao maior número de diversidade de espécies arbóreas presentes nas ruas de Lisboa, o que deriva principalmente da maior abertura revelada pelos técnicos e da mais ampla disponibilidade de espécies oferecidas pelos viveiros, sem esquecer o relevante papel inovador que, também neste domínio, a EXPO 98 desempenhou na capital portuguesa. 6) No que ao número total de árvores diz respeito (vide Quadro 5.6.) também se tem vindo a registar um aumento significativo de um total de , , para relativos aos anos de 1929, 1939, 1981 e 2003 respectivamente ESTUDO DA UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS NA CIDADE DE LISBOA 576 O presente estudo tem como principal objectivo conhecer a utilização dos espaços verdes públicos na cidade de Lisboa (EVPL), através do recurso a um questionário dirigido a uma amostra aleatória da população residente na referida cidade. O método do questionário 577 aplicado baseou-se nas técnicas de investigação em Ciências Sociais propostas por Raymond Quivy, 578 com o objectivo de testar as hipóteses propostas e justificar as conclusões. É sobejamente reconhecido que os espaços verdes urbanos, tais como parques e jardins, desempenham uma importante função social, para além do seu valor ecológico. Um dos desafios do presente estudo consiste em estabelecer as bases para a compreensão da função social dos espaços verdes em Lisboa, e para o efeito pretende-se caracterizar a sua utilização pública. O questionário usado foi elaborado de forma a possibilitar a verificação de algumas hipóteses básicas relacionadas com as características dos utilizadores dos espaços verdes públicos (sexo, idade) e com as características espaciais e temporais da sua utilização (distância, função, frequência, estação do ano, duração) O presente capítulo corresponde à comunicação apresentada sob o título Public Use of Green Spaces in Lisbon, no congresso Forests, Trees, and Human Health and Well-being, realizado em Outubro de 2005 em Thessaloniki,Grécia, tendo como autores Ana Luísa Soares, Cristina Castel-Branco, Vasco Costa Simões e Francisco Castro Rego Ghiglione, R.; Matalon, B O inquérito: teoria e prática, Celta Editora, Oeiras Quivy, R.; Campenhoudt, L Manual de investigação em ciências sociais. Gradiva, Lisboa. 179

14 A dificuldade em testar as hipóteses propostas justificou o recurso a informação preliminar produzida em estudo anterior 579. No referido estudo realizaram-se 350 entrevistas, utilizando-se uma amostra aleatória da população, e os inquéritos foram conduzidos em seis jardins de Lisboa (Calouste Gulbenkian, Castelo de S. Jorge, Estrela, Torel, Mata Vale do Silêncio e Parque Silva Porto). Os resultados do presente estudo vieram reforçar, através de comparações, os resultados do estudo anterior. Esta abordagem permite um processo de aquisição de conhecimentos sobre a utilização dos espaços verdes públicos em Lisboa (Figuras a 5.39.), bem como uma futura investigação sobre este tema poderá contribuir para reforçar a sua importância Hipóteses formuladas As hipóteses testadas no presente estudo emergiram durante a primeira fase desta investigação e decorrem também de estudos anteriores, bem como da experiência pessoal da autora. Pretende-se, ao testar as nove hipóteses formuladas, contribuir para um cabal conhecimento da função social desempenhada pelos espaços verdes de Lisboa. As hipóteses consideradas são as seguintes: Hipótese 1 A utilização dos espaços verdes pelos habitantes de Lisboa está relacionada com a sua idade e sexo. Hipótese 2 O tipo de actividade praticada no fim-de-semana varia com a estação do ano. Hipótese 3 As diferentes funções desempenhadas pelos espaços verdes diferem com o sexo e a idade. Hipótese 4 A frequência da utilização dos espaços verdes está relacionada com a idade. Hipótese 5 As funções desempenhadas nos espaços verdes estão relacionadas com a frequência da sua utilização. Hipótese 6 As diferentes funções desempenhadas nos espaços verdes estão relacionadas com a distância de acesso aos mesmos. Hipótese 7 Existe uma relação entre a frequência de utilização e a distância de acesso. Hipótese 8 As funções dos espaços verdes estão relacionadas com a duração das visitas. Hipótese 9 Todos os espaços verdes públicos de Lisboa são utilizados com a mesma intensidade Simões, V.C., Ob. cit. 180

15 Figura Actividade crianças. Figura Actividade crianças. Figura Actividade passear com o cão. Figura Actividade passear com o cão. Figura Actividade exercício físico. Figura Actividade exercício físico. 181

16 Figura Actividade passeio. Figura Actividade passeio. Figura Actividade ponto de encontro. Figura Actividade ponto de encontro. Figura Actividade passagem. Figura Actividade descansar. Figura Actividade contacto com a natureza. Figura Actividade ler/ estudar. 182

17 Questionário, amostra da população e recolha de informação O questionário (vide Anexo 5.2.) foi desenvolvido através da atribuição de classes para cada variável, incluindo as hipóteses a serem testadas. O referido questionário foi respondido directamente por 1000 inquiridos e foi conduzido de Abril a Dezembro de 2004, em várias ruas e jardins de diferentes áreas da cidade de Lisboa. As entrevistas tiveram uma duração máxima de 10 minutos, e a maioria das questões apresentava um número limitado de respostas de múltipla escolha. Os resultados do questionário, numa amostra aleatória de 1000 habitantes de Lisboa, permitiram uma boa descrição e dedução para toda a população urbana, bem como a verificação das hipóteses consideradas Resultados Hipótese 1 A utilização dos espaços verdes pelos habitantes de Lisboa está relacionada com a sua idade e sexo. A utilização dos espaços verdes pelos lisboetas desempenha um papel importante, uma vez que, num total de 1000 inquéritos, se obtiveram 762 respostas positivas (Figura 5.40.). A proporção dos utilizadores representa uma média de 75,4% com um mínimo registado de 62-64% na idade de anos para os homens e de anos para as mulheres. A proporção máxima de utilização obteve-se para os homens na faixa dos 70 anos (mais de 90%), com um significante contraste para as mulheres da mesma idade (ca. de 67%). Homem >70 Mulher <20 Série1 Sim Série2 Não Figura Utilização dos espaços verdes conforme a idade e o sexo dos habitantes de Lisboa 183

18 Hipótese 2 O tipo de actividade praticada no fim-de-semana varia com a estação do ano. A utilização de jardins locais e de parques urbanos representa uma actividade constante na ocupação dos fins-de-semana, ao longo de todo o ano, pelos habitantes de Lisboa. A referida utilização ocupa um lugar inferior no Inverno e um lugar de destaque na Primavera. A relação entre o número de inquiridos que frequentam os jardins locais e os parques urbanos, com outro tipo de actividades mencionadas pelos inquiridos, pode ser observada na Figura Importa sublinhar que o aumento significativo de actividades relacionadas com a praia na Primavera e Verão parece estar apenas relacionado com o decréscimo com a mesma intensidade das actividades de interior (tais como ficar em casa, programas culturais e compras ). 100% 80% Casa 60% Programas culturais 40% Compras Praia 20% Campo Parque urbano Jardim local 0% Outono Inverno Primavera Verão Figura Actividades praticadas no fim-de-semana Hipótese 3 As diferentes funções desempenhadas pelos espaços verdes diferem com o sexo e com a idade. Da leitura da Figura podemos concluir que nos espaços verdes as actividades (consideradas neste estudo) são desempenhadas quer pelos homens quer pelas mulheres, tal como qualquer outra actividade. Esta paridade não se verifica em muitos outros tipos de ocupação do solo urbano, que oferecem as mesmas actividades mas estas são orientadas para um grupo social mais restrito, ou apenas para um determinado sexo ou uma faixa etária específica. Apesar de ambos os sexos utilizarem quase de igual forma os EVPL, podemos colocar como hipótese que a intensidade de utilização varia, quer com o sexo quer com a faixa etária a que pertencem. Para uma melhor compreensão desta hipótese entendemos explorar a combinação 184

19 das três variáveis tipo de actividade no espaço verde, sexo e idade resultando a Figura Esta Figura mostra-nos as diferenças apresentadas no desempenho de diversas actividades nos espaços verdes consoante o sexo e a idade. Do exame da referida Figura ressalta que: a actividade crianças é mais significativa para a faixa etária dos 30 a 50 anos de idade, a actividade café aparece sempre presente em todas as idades inferiores aos 60 anos, a actividade encontro social é mais relevante nos utilizadores mais novos (<30 anos de idade) e nos homens mais velhos (>60 anos de idade), o passeio a pé aparece sempre presente, a actividade física apenas desempenha um papel importante na classe jovem (<20 anos de idade) e o contacto com a natureza aumenta de forma significativa com a idade para ambos os sexos. Figura Actividades nos espaços verdes públicos conforme o sexo e a idade dos lisboetas. 185

20 Hipótese 4 A frequência da utilização dos espaços verdes está relacionada com a idade. A análise da Figura conclui-se que as faixas etárias que diariamente mais utilizam os EVPL são as inferiores aos 20 anos e as superiores aos 60 anos. Este facto poderá ser justificado por serem as classes etárias com mais disponibilidade de tempo livre, bem como as que apresentam um raio de mobilidade mais reduzido e como tal precisam de EVP de vizinhança. De realçar a importante função dos EVPL nesta situação uma vez que promove actividades e ocupações para as mencionadas faixas etárias. Cabe notar que ao fim-desemana a faixa etária dos anos é a que mais utiliza os espaços verdes públicos, provavelmente para gozar os seus tempos livres com crianças, exercício físico e contacto com a natureza. Figura Relação entre a frequência de utilização dos espaços verdes públicos e a idade dos habitantes de Lisboa. Hipótese 5 As funções desempenhadas nos espaços verdes estão relacionadas com a frequência da sua utilização. O exame da Figura permite-nos constatar que a frequência diária dos espaços verdes é predominante nas actividades encontro social (25%), passear o cão (27%) e apenas atravessar (39%). Verifica-se também que a frequência ao fim-de-semana é maioritariamente ocupada pela actividade crianças (36%), seguindo-se a actividade exercício físico (27%) e o contacto com a natureza (23%). De referir que as actividades de rotina, tais como encontro 186

21 social, café e passear o cão, estabelecem um maior contacto com a vizinhança, aumentando a segurança em espaço urbano e melhorando a qualidade do tecido urbano no que respeita a atracção e bem-estar. Torna-se um hábito ir ao jardim quando se vive perto. Figura Relações entre as funções dos espaços verdes e a frequência da sua utilização Hipótese 6 As diferentes funções desempenhadas nos espaços verdes estão relacionadas com a distância de acesso aos mesmos A Figura mostra claramente que a maioria dos usos justifica uma deslocação apreciável (mais de 2000 m) para ter acesso ao espaço verde público. Pequenas distâncias são tipicamente utilizadas nas actividades apenas atravessar (46%), passear o cão (31%) ou café (27%), enquanto as grandes distâncias (mais de 2000 m) são predominantemente para a actividade crianças (65%). 187

22 Ler/ estudar Descansar Contacto com a natureza Passagem Café Ponto de encontro Passeio Exercício físico Cão m m m m >2000 m Crianças 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Figura Relação entre as funções dos espaços verdes públicos e a distância de acessos aos mesmos Hipótese 7 Existe uma relação entre a frequência de utilização e a distância de acesso. A frequência todos os dias é apenas significativa para distâncias pequenas (<1000 m), sendo a opção fim de semana mais significativa para distâncias maiores (Figura 5.46.). Com base na informação anterior, completada com a análise da Figura 5.45., verifica-se uma tendência que mostra que ir para um parque distante é mais frequente no fim de semana, especialmente quando se tem crianças. >2000m m Uma vez por semana Dois dias por semana Três dias por semana Todos os dias m m m Fim-de-seman Uma vez por mês Uma vez por ano Sempre que está bom tempo 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 Outra Figura Relação entre a frequência de utilização e a distância de acesso Hipótese 8 As funções dos espaços verdes estão relacionadas com a duração das visitas. No que diz respeito ao tempo de duração da visita podemos concluir (através da análise da Figura 5.47.) que a maioria das visitas aos espaços verdes, para qualquer uma das actividades consideradas (com excepção das opções apenas atravessar e, de forma menos nítida, 188

23 café ), apresenta uma maior percentagem de tempo de duração na categoria de min, seguindo-se a de min. Este indicador provavelmente revela que as visitas aos EVPL representam um papel importante na vida dos lisboetas. Ler/ estudar Descansar Contacto com a natureza Passagem Café Ponto de encontro Passeio Exercício físico Cão 0-5 min 5-15 min min min min >120 min Crianças 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 Figura As funções dos espaços verdes estão relacionadas com a duração das visitas. Hipótese 9 Todos os espaços verdes de Lisboa são visitados com a mesma intensidade. Do resultado dos inquéritos realizados destacam-se 3 grupos distintos quanto à frequência de utilização por parte dos lisboetas. Assim, e por ordem decrescente de utilização, podemos considerar um primeiro grupo constituído por cinco espaços verdes muito frequentados, seguidamente um segundo grupo que inclui sete EVPL e, por último, existe um amplo grupo de espaços verdes próximos das áreas residenciais utilizados principalmente pela população local. Grupo 1 (Belém, Jardim da Estrela, Monsanto, Parque das Nações, Jardim da Gulbenkian): De salientar que a frequência elevada dos aludidos cinco espaços corresponde à existência de infra-estruturas, facilidade de acesso e/ou localização central e próxima de áreas residenciais estabilizadas e densas. O sucesso de Belém e do Parque das Nações associa-se sem dúvida ao plano de água do rio Tejo. São as únicas áreas de Lisboa em que a cidade e o seu espaço público chegam a uma linha de água a margem do rio Tejo. Dos espaços verdes que se caracterizam por apresentar boas infra-estruturas parque infantil, circuitos de manutenção, estacionamento destacam-se: Parque Florestal de Monsanto, Parque das Nações e Belém. No que diz respeito ao Parque Florestal de Monsanto a partir do projecto de Keil do Amaral de 1946 estabeleceram-se os primeiros acessos, o Parque Infantil do Alvito, e o restaurantemiradouro de Montes Claros. No entanto, na década de 80, quando se iniciaram os estudos 189

24 para a caracterização entre o espaço natural preenchido por vegetação e o espaço impermeável e construído, considerou-se que o Parque de Monsanto, apesar de ser um pulmão verde com ca ha a poente da cidade, não se encontrava preparado para receber a população, por ter um uso pouco controlado, sem vigilância e com pouca manutenção. A partir da década de 90 a CML voltou a investir no Parque Florestal de Monsanto criando o parque recreativo do Alto da Serafina e Calhau, o parque Ecológico de Monsanto, a Parte Vedada e o Centro de Interpretação (actual Espaço Monsanto), bem como equipando áreas, preparando circuitos, melhorando pavimentos, divulgando as ofertas de recreio (e.g., parque de merendas, zonas desportivas) e oferecendo melhor segurança para os utentes sendo notória a utilização (principalmente aos fim-de-semana) do uso do Parque Florestal de Monsanto. No que diz respeito à centralidade e proximidade de áreas residenciais estáveis e densas podemos mencionar o Jardim da Gulbenkian e o Jardim da Estrela (apesar de também apresentarem infra-estruturas de apoio). Quanto à estabilidade e maturação da vegetação distingue-se o Jardim da Estrela, que certamente constituirá um dos espaços verdes públicos mais frequentados e com mais regularidade de visitas na cidade de Lisboa. Acresce o sentimento de pertença da colectividade relativamente ao Jardim da Estrela, de facto, em 1856 procedeu-se a uma colecta geral destinada à construção deste parque, razão por que é especialmente apreciado pela população como um bem comum, resultante de uma meritória acção cívica dos lisboetas. Grupo 2 (Jardim do Campo Grande, Parque Eduardo VII, Jardim Marcelino Mesquita, Jardim da Parada, Jardim França Borges, Jardim Avelar Brotero, Moinhos Santana): No que respeita ao Parque Eduardo VII e ao Jardim do Campo Grande, a frequência justificase por todas as razões anteriormente expostas, mas com um inconveniente que condiciona a sua frequência: apresentam-se separados por artérias de tráfego intenso. Estão dotados de infra-estruturas e a sua vegetação apresenta apreciável maturidade, mas não dispõem de personalização capaz de cativar habitués do jardim. Já os outros espaços verdes supramencionados apresentam áreas inferiores, com uma forte interface com zonas residenciais densas e onde o chegar ao jardim se traduz no é só atravessar a rua, colocando-se na categoria de menos frequentados. No entanto, não obstante as suas áreas reduzidas, exercem uma função primordial no conforto e na humanização das relações de bairro. Apresentam infra-estruturas e pertencem ao tipo de uso que se regista na relação inferior a 1000 m, confirmando-se o facto de todos eles se encontrarem embutidos numa área residencial densa e, por isso, de potencial alta utilização como espaço verde público. Grupo 3 (outros espaços públicos): Analisámos anteriormente 12 jardins cuja frequência é notória, e restam-nos os outros jardins, cercas conventuais ou tapadas sitas em Lisboa, cuja utilização se encontra subaproveitada. As 190

25 causas deste subaproveitamento são múltiplas, com sublinhado para as seguintes: entradas pagas, horários desacertados com os horários de tempos livres, marginalidade e violência dentro do espaço verde, falta de infra-estruturas Conclusões Partindo do princípio que os espaços verdes públicos são infra-estruturas urbanas imprescindíveis à criação de uma cidade equilibrada melhorando o ambiente químico e físico, bem como proporcionando numerosos outros benefícios, de destacar os estéticos, os psicológicos e os sócio-económicos, contribuindo ainda para um aumento da biodiversidade existente na cidade no presente estudo foram assegurados os métodos estatísticos exigidos para a análise do objecto e os resultados confirmaram as hipóteses de partida trazendo outras formas de apreciação do espaço verde público. No nosso entendimento, a função social dos espaços verdes públicos de Lisboa (EVPL) fica demonstrada no presente estudo, no qual se testou uma fundamentação diversa e se procedeu a uma abordagem de combinações múltiplas, o que permitiu evidenciar as tendências do uso dos espaços verdes públicos para o séc. XXI, as quais se expressam em sete pontos principais, a saber: 1. a população de Lisboa uma cidade próxima de praias de oceano e com um Verão quente e seco durante três meses tem o hábito enraizado de frequentar as praias nos seus tempos livres principalmente no Verão. Contudo, os espaços verdes públicos são utilizados geralmente durante todo o ano, com uma frequência de cerca de 20%, contrastando com os outros tipos de actividades: ficar em casa, programas culturais na cidade, praia e campo ; 2. considerando o tempo de duração da visita como um excelente indicador da importância do espaço verde urbano, concluiu-se que, exceptuando a actividade apenas para atravessar, todas as outras actividades consideradas apresentam uma maior percentagem de permanência no jardim incluído na categoria de min. de duração da visita, seguindo-se o jardim da categoria de min; 3. os espaços verdes oferecem à população um local para ocupação de tempos livres surgindo esta ocupação fortalecida com clareza nos dias de semana com as actividades de rotina encontro social, passear o cão e apenas para atravessar e ao fim-de-semana com as actividades preferenciais de crianças, exercício físico e contacto com a natureza. De notar que, a partir do séc. XX, estas últimas actividades têm vindo a desempenhar um lugar de destaque na ocupação dos espaços verdes, em especial o exercício físico. Certamente que os jardins preferidos são os que se apresentam mais bem equipados em relação à actividade física, ao parque infantil, e a outras diversas infra-estruturas de apoio; 4. um dos espaços urbanos públicos que por excelência é utilizado por todas as idades, sexo e condições sociais é sem dúvida o jardim/parque. Para que estes espaços 191

26 possam contribuir para o importante sentimento de coesão comunitária torna-se fundamental que sejam visitados frequentemente por uma população constante. Dos dados levantados e do seu tratamento estatístico resulta evidente que os espaços verdes públicos de vizinhança são aqueles que desempenham as aludidas funções, com utilização frequente do jardim, em média durante 1-2h quotidianas e ao longo de todo o ano; 5. os frequentadores mais assíduos dos EVPL são os jovens e as pessoas mais idosas. Ambos os grupos dispõem de mais tempo livre e também são aqueles que têm necessidades especiais, que devem ser contempladas na concepção dos espaços verdes; 6. no que concerne à função desempenhada através do encontro social, é clara a diferença entre homens (ca. 20%) e mulheres (ca. 5%). Podemos testemunhar que os homens mais idosos ocupam preferencialmente os seus tempos livres nos jardins através dos jogos de cartas e das conversas de grupo; 7. ao longo das suas vidas, quer as mulheres quer os homens utilizam os espaços verdes nos seus tempos livres, ao fim-de-semana, especialmente quando se encontram na faixa etária dos anos. Esta frequência encontra-se geralmente associada às actividades parentais com as crianças, para exercício físico e para o contacto com a natureza ; Estamos conscientes que a nossa sociedade já está sensibilizada para as questões relativas à função social dos espaços verdes urbanos. Assim sendo, no presente estudo pretendemos apenas reforçar a justificação de tomadas de decisão na manutenção e gestão dos EVPL. Para além da sua existência, estes espaços precisam de ser seguros, bem mantidos e atractivos para os utilizadores. Por vezes é oportuno o recurso à promoção de eventos sociais para dinamizar mais a utilização dos EVPL, de modo que estes passem a ocupar um lugar ainda mais relevante na ocupação dos tempos livres dos lisboetas, com o objectivo de melhorar a qualidade de vida urbana e promover a actividade física, bem-estar e prevenção do stresse. Atendendo a que os resultados vs. metodologia ora obtidos se baseiam numa quantificação estatística real, no nosso modesto entendimento consideramos que a metodologia utilizada no presente estudo pode ser útil às entidades responsáveis pela gestão do espaço urbano como uma ferramenta testada e que pode ser melhorada, revestindo-se de interesse para informar e basear a tomada de decisão. 192

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