NÚMERO: 1. TÍTULO: Os resíduos perigosos domésticos, industriais e os resíduos hospitalares.
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- Samuel Peralta Borba
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1 NÚMERO: 1 TÍTULO: Os resíduos perigosos domésticos, industriais e os resíduos hospitalares. IDEIAS CHAVE: Resíduos corrosivos, tóxicos, inflamáveis, nocivos. Nesta colecção de transparências, pretendem-se dar a conhecer alguns tipos de resíduos perigosos domésticos, a situação dos resíduos hospitalares e ainda a situação dos resíduos industriais. Os resíduos perigosos domésticos podem ser classificados como corrosivos, tóxicos, inflamáveis e nocivos. A eles encontra-se associada uma determinada simbologia, que será identificada. Pretendem-se ainda dar a conhecer quais os principais produtores de resíduos industriais e qual o tipo de destino final existente e a implementar no país. Guião de Exploração dos Acetatos 1
2 NÚMERO: 2 TÍTULO: Os resíduos perigosos domésticos. IDEIAS CHAVE: Resíduos corrosivos, tóxicos, inflamáveis, nocivos. Resíduos corrosivos são aqueles que em contacto com os tecidos vivos e materiais, podem exercer sobre eles uma acção destrutiva. Resíduos tóxicos são aqueles que por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem ocasionar riscos graves, agudos ou crónicos, ou mesmo a morte. Resíduos inflamáveis são os que, no estado líquido, têm um ponto de inflamação igual ou superior a 21ºC e inferior a 55ºC. Resíduos nocivos são os que, por inalação, ingestão ou por via cutânea, podem ocasionar efeitos de gravidade limitada. BIBLIOGRAFIA: - Decreto-Lei nº280-a/87, de 17 de Julho. Guião de Exploração dos Acetatos 2
3 NÚMERO: 3 TÍTULO: Resíduos industriais perigosos. IDEIAS CHAVE: Conceito, produtores, sector de actividade. Os resíduos industriais perigosos são gerados em actividades ou processos industriais que contêm, ou estão contaminados, por substâncias que, em determinadas concentrações, representam risco para a saúde humana e/ou para o ambiente. São exemplos os resíduos produzidos em indústrias extractivas, constituídos por lamas inorgânicas, em indústrias de curtumes, de pasta de papel e centrais termoeléctricas. A quantidade de resíduos perigosos produzidos nos diferentes sectores de actividade é de cerca de aproximadamente ton/ano nos diferentes sectores de actividade (dados de 1998). A indústria transformadora é a actividade que maior quantidade de resíduos produz (79%), seguida da industria energética (15%). A industria da construção e a industria extractiva representam 4 e 2 % da produção de resíduos perigosos respectivamente. Na figura seguinte são apresentadas as distribuições anteriormente referidas. PRODUÇÃO DE RESÍDUOS PERIGOSOS POR ACTIVIDADE Ind. Contrução 4% Ind. Energética 15% Ind. Extractiva 2% Ind. Tranformadora 79% Fonte: Relatório do Estado do Ambiente, Resíduos BIBLIOGRAFIA: Guião de Exploração dos Acetatos 3
4 - Decreto-Lei nº 239/97, de 9 de Setembro. - TECNINVEST, Tratamento dos Resíduos Industriais - Actualização dos Quantitativos de Resíduos. Lisboa, Abril de DIRECÇÃO GERAL DO AMBIENTE, Relatório do Estado do Ambiente;Resíduos, Guião de Exploração dos Acetatos 4
5 NÚMERO: 4 e 5 TÍTULO: Os resíduos industriais perigosos - distribuição por distrito. IDEIAS CHAVE: Produtores, distribuição por distrito. Actualmente, o distrito de Beja é o maior produtor de resíduos da indústria extractiva. Este facto deve-se exclusivamente à exploração das minas de Neves Corvo. Estes resíduos são tratados localmente. O distrito de Lisboa, é o maior produtor de resíduos industriais perigosos, relativamente ao total nacional. Os distritos que se seguem, em termos de produção são os de Setúbal, Porto e Beja. O distrito de Santarém apresenta também uma elevada produção de resíduos, devido ao funcionamento da central do Pego. Na figura 2 apresenta-se a distribuição por distrito da produção actual de resíduos industriais perigosos. Figura 2 - Fonte: Relatório do Estado do Ambiente, 1999 BIBLIOGRAFIA: Guião de Exploração dos Acetatos 5
6 - MINISTÉRIO DO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS, Relatório do Estado do Ambiente de Direcção Geral do Ambiente. Lisboa, Novembro TECNINVEST, Tratamento dos Resíduos Industriais - Actualização dos Quantitativos de Resíduos. Lisboa, Abril de DIRECÇÃO GERAL DO AMBIENTE, Relatório do Estado do Ambiente; Resíduos, Guião de Exploração dos Acetatos 6
7 NÚMERO: 6 TÍTULO: Produtores por sector de actividade. IDEIAS CHAVE: Produtores, actividade. Indústria extractiva A indústria extractiva sofreu grandes alterações, que tiveram influência importante na produção de resíduos, resultantes de uma redução drástica do número de minas em laboração, no encerramento de algumas minas (por exemplo, a Mina da Panasqueira) e na redução do número de minas de urânio em funcionamento. Em finais de 1988 foram iniciados os trabalhos na mina de Neves Corvo. Os seus resíduos são constituídos principalmente por lamas inorgânicas, que contêm traços de metais pesados e enxofre. Actualmente, os resíduos deste sector de actividade são depositados localmente ou retornam à própria mina. Indústria transformadora A indústria transformadora engloba diversos sectores de actividade, embora neste caso apenas sejam apresentados o sector têxtil, o sector dos curtumes e o sector da pasta de papel, que são os mais representativos deste tipo de indústria. a) Sector têxtil Neste sector houve uma grande alteração no que respeita às instalações de ETAR s, facto que tem dado origem a um aumento gradual da produção de resíduos (lamas inorgânicas), à medida que essas ETAR s entram em funcionamento. O destino das lamas produzidas nas ETAR s da bacia do Ave (onde se localiza o maior número de indústrias) é um aterro controlado localizado em Sto Tirso, prevendo-se que o Sistema de Gestão de Resíduos vá receber as lamas produzidas no restante sector têxtil. b) Sector dos curtumes Guião de Exploração dos Acetatos 7
8 A zona de Alcanena corresponde a cerca de 75% da produção de curtumes em Portugal. Está em funcionamento uma unidade de recuperação de crómio, que recebe os banhos saturados da curtimenta e que, através de um processo químico, dá origem a uma solução concentrada de crómio, que será reutilizada no processo de curtimenta das peles. Nesta zona foram construidos aterros controlados, para receber as lamas da ETAR e os resíduos produzidos nas diferentes fábricas, bem como os resíduos sólidos acumulados ao longo dos anos. c) Sector da Pasta de Papel As fábricas de pasta de papel são caracterizam-se pela produção de lamas orgânicas e de lamas inorgânicas provenientes do sistema de recuperação das lixívias de cozimento da madeira. Produção de electricidade No estudo de 1994, referente à produção de electricidade, incluíram-se os resíduos produzidos pela central de carvão do Pêgo, que na altura ainda não se encontrava em funcionamento. Os resíduos são constituídos principalmente por cinzas volantes, que serão encaminhadas para aterro ou serão utilizadas para o fabrico de compostos na indústria cimenteira. Comércio e serviços Na produção de resíduos deste sector, segundo o estudo efectuado em 1994, incluiu-se a produção de óleos usados, os resíduos das actividades de armazenagem de produtos petrolíferos, as lamas da ETAR do complexo de Sines e as cinzas produzidas nos sistemas de incineração de RSU e de Resíduos Sólidos Hospitalares de Lisboa e Porto. BIBLIOGRAFIA: - TECNINVEST, Tratamento dos Resíduos Industriais - Actualização dos Quantitativos de Resíduos. Lisboa, Abril de Guião de Exploração dos Acetatos 8
9 NÚMERO: 7 TÍTULO: Tratamento e destino final dos resíduos industriais. IDEIAS CHAVE: Tratamento, aterro controlado, cimenteiras. Em Portugal, a situação actual dos resíduos industriais é preocupante, uma vez que a falta de alternativas viáveis é responsável pela descarga descuidada dos resíduos provenientes da produção industrial. Esta situação pode dar origem à contaminação dos solos, das águas e do ar. De todos os resíduos industriais são, sem dúvida, os resíduos perigosos que têm constituído maior preocupação para as autoridades responsáveis. Assim, foi efectuado, em 1994, um levantamento da situação relativamente às quantidades e tipos de resíduos. Através deste estudo, verificou-se que a grande maioria dos resíduos perigosos produzidos eram depositados incontroladamente, criando situações ambientalmente indesejáveis. Deste modo, torna-se urgente a implantação de infraestruturas de tratamento e destino final, bem como a implementação de acções preventivas ao nível da produção de resíduos. Prevê-se a implantação de uma série de soluções de carácter curativo, por forma a garantir uma adequada gestão dos resíduos industriais. Estas infraestruturas poderão ser: - Unidade de tratamento físico-químico; - Encaminhamento dos resíduos industriais para os fornos de algumas cimenteiras; - Estação de transferência; - Aterros, com elevados níveis de segurança. Contudo, deverão ser efectuados esforços ao nível da prevenção da produção de resíduos perigosos nas indústrias, o que pode incluir a utilização de tecnologias mais limpas, a implementação de sistemas de gestão ambiental e a reciclagem de produtos, entre outros. Guião de Exploração dos Acetatos 9
10 Tratamento físico-químico O tratamento físico-químico é o processo utilizado sobretudo para os resíduos de natureza inorgânica, provenientes não só da indústria dos tratamentos de superfície, como também das indústria química e metalomecânica, entre outras. Deposição em aterro Os resíduos a admitir em aterro serão colocados em alvéolos específicos e serão constituídos por resíduos não tratados nos sistemas anteriores ou resíduos deles resultantes. Não são admitidos em aterro os resíduos em estado líquido (à excepção dos compatíveis com a categoria de resíduos admissíveis em cada classe de aterro), os resíduos que sejam explosivos, oxidantes e inflamáveis e os resíduos infecciosos provenientes de estabelecimentos hospitalares, médicos e veterinários. Outros destinos para os resíduos Para o tratamento dos resíduos perigosos estava prevista a construção de uma incineradora em Estarreja. Contudo, essa decisão foi alterada e a solução encontrada para os resíduos que tenham de ser obrigatoriamente queimados prevê o respectivo envio para os fornos de algumas das maiores cimenteiras nacionais. Os resíduos que as cimenteiras não possam receber por razões técnicas, ou os resíduos altamente clorados, serão exportados ou encaminhados para aterro classificado para resíduos industriais. Alguns dos restantes resíduos poderão ser canalizados para a estação de tratamento de resíduos líquidos de Águeda e para aterro controlado. Alguns resíduos, devido à sua natureza, tem já como destino as fábricas de cimento. Este procedimento teve início em Portugal em finais de 1986, com o arranque de uma instalação de queima de pneus usados no centro de produção de Maceira-Liz. Após esta iniciativa, as fábricas de cimento começaram a receber cinzas volantes da central de carvão de Sines, bem como cinzas de pirite do processo de produção de ácido sulfúrico, sendo incorporadas como aditivo no fabrico de cimento. Outros resíduos Guião de Exploração dos Acetatos 10
11 actualmente incorporados nas cimenteiras incluem escórias do processo siderúrgico e da indústria extractiva. BIBLIOGRAFIA: - MINISTÉRIO DO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS, Relatório do Estado do Ambiente de Direcção Geral do Ambiente. Lisboa, Novembro TECNINVEST, Tratamento dos Resíduos Industriais - Actualização dos Quantitativos de Resíduos. Lisboa, Abril de Guião de Exploração dos Acetatos 11
12 NÚMERO: 8 TÍTULO: Resíduos hospitalares. IDEIAS CHAVE: Conceito, classificação. Os resíduos hospitalares são, segundo o Decreto-Lei nº 310/95, de 20 de Novembro, os resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, incluindo as actividades médicas de diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças em seres humanos ou animais, bem como as actividades de investigação relacionadas. Os resíduos hospitalares classificam-se em 4 grupos, de acordo com o Despacho 242/96, de 13 de Agosto. Estes grupos foram definidos por forma a que haja uma separação selectiva na origem, por forma a que os resíduos sejam tratados convenientemente de acordo com o grupo a que pertencem: Grupo I - resíduos equiparados a RSU (resíduos provenientes de serviços gerais, de serviços de apoio, embalagens e invólucros comuns e resíduos provenientes da hotelaria, resultantes da confecção e restos de alimentos servidos a doentes não incluídos no Grupo III); Grupo II - resíduos hospitalares não perigosos (são aqueles que não estão sujeitos a tratamentos específicos, podendo ser equiparados a RSU); Grupo III - resíduos hospitalares de risco biológico (são resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, susceptíveis de incineração ou de outro prétratamento eficaz, permitindo posterior eliminação como resíduo urbano); Grupo IV - resíduos hospitalares específicos (são resíduos de vários tipos, que devem ser obrigatoriamente sujeitos a incineração). Em Portugal, segundo dados de 1994, parte dos resíduos hospitalares encontra-se contaminado. Destes, metade é incinerada em pequenas instalações que, na sua generalidade, não possuem condições técnicas e ambientais adequadas e outra parte é eliminada com os RSU. Guião de Exploração dos Acetatos 12
13 Tipos de tratamento Alguns dos tipos de tratamento a efectuar aos resíduos dos grupos III e IV, incluem: - Micro-ondas, que permite exterminar os germes através da temperatura; - Autoclavagem, que consiste na esterilização dos lixos contaminados por vapor, complementada com uma trituração dos mesmos; - Desinfecção química, recorrendo a compostos clorados; - Incineração, na qual o lixo é queimado em condições controladas, a temperaturas elevadas. A utilização dos três primeiros sistemas de tratamento permite diminuir a quantidade de resíduos a incinerar e ainda que estes, depois do tratamento, sejam eliminados juntamente com os resíduos urbanos, verificando-se uma diminuição dos custos de tratamento. Contudo, embora a incineração constitua o tratamento adequado para alguns tipos de resíduos, implica um controle adequado das emissões atmosféricas. Convém realçar que a melhoria da triagem deste tipo de resíduos permitirá diminuir os resíduos contaminados, evitando elevados custos de tratamento. BIBLIOGRAFIA: - Decreto-Lei nº 239/97, de 9 de Setembro. - Despacho nº 242/96 de 13 de Agosto Guião de Exploração dos Acetatos 13
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