Colectânea de legislação comunitária em matéria de cooperação judiciária civil e comercial

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1 COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL DA JUSTIÇA, DA LIBERDADE E DA SEGURANÇA Colectânea de legislação comunitária em matéria de cooperação judiciária civil e comercial PT

2 Este documento constitui uma ferramenta de informação e de documentação e o seu conteúdo não vincula a Comissão. Apenas fazem fé os textos publicados no Jornal Oficial da União Europeia. Europe Direct é um serviço que o/a ajuda a encontrar respostas às suas perguntas sobre a União Europeia Número verde único : Alguns operadores de telecomunicações móveis não autorizam o acesso a números ou poderão sujeitar estas chamadas telefónicas a pagamento Uma ficha bibliográfica figura no fim desta publicação Luxemburgo : o Serviço das Publicações da União Europeia, 2009 ISBN União Europeia, 2009 Reprodução autorizada mediante indicação da fonte Impresso na Bélgica, dezembro de 2009 Impresso em papel branqueado sem cloro

3 COMISSÃO EUROPEIA DIRECÇÃO-GERAL DA JUSTIÇA, DA LIBERDADE E DA SEGURANÇA Colectânea de legislação comunitária em matéria de cooperação judiciária civil e comercial PT

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5 Índice Prefácio Legislação europeia em matéria de justiça civil dez anos depois Introdução O direito europeu está cada vez mais presente no nosso quotidiano Conselho Europeu de Tampere, conclusões da Presidência Programa de medidas para implementar o princípio de reconhecimento mútuo Livre circulação das decisões judiciais em matéria civil e comercial a Regulamento n. 44/2001 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2000, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial, conhecido como Bruxelas I b Regulamento (CE) n. 805/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril de 2004, que cria o título executivo europeu para créditos não contestados c Regulamento (CE) n. 1896/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro de 2006, que cria um procedimento europeu de injunção de pagamento d Regulamento (CE) n. 861/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Julho de 2007, que estabelece um processo europeu para acções de pequeno montante e Regulamento (CE) n. 1346/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo aos processos de insolvência

6 4 Livre circulação das decisões judiciais em matéria de direito da família a Regulamento (CE) n. 2201/2003 do Conselho, de 27 de Novembro de 2003, relativo à competência, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria matrimonial e em matéria de responsabilidade parental e que revoga o Regulamento (CE) n. 1347/ b Regulamento (CE) n. 4/2009 do Conselho de 18 de Dezembro de 2008 relativo à competência, à lei aplicável, ao reconhecimento e à execução das decisões e à cooperação em matéria de obrigações alimentares Citação e notificação dos actos a Regulamento (CE) n. 1393/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Novembro de 2007, relativo à citação e à notificação dos actos judiciais e extrajudiciais em matérias civil e comercial nos Estados-Membros (citação e notificação de actos) e que revoga o Regulamento (CE) n. 1348/2000 do Conselho Obtenção de provas a Regulamento (CE) n. 1206/2001 do Conselho, de 28 de Maio de 2001, relativo à cooperação entre os tribunais dos Estados-Membros no domínio da obtenção de provas em matéria civil ou comercial Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial a 2001/470/CE : Decisão do Conselho, de 28 de Maio de 2001, que cria uma rede judiciária europeia em matéria civil e comercial

7 8 Apoio judiciário a Directiva 2002/8/CE do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003, relativa à melhoria do acesso à justiça nos litígios transfronteiriços, através do estabelecimento de regras mínimas comuns relativas ao apoio judiciário no âmbito desses litígios Indemnização das vítimas de crimes a Directiva 2004/80/CE do Conselho, de 29 de Abril de 2004, relativa à indemnização das vítimas da criminalidade Mediação civil a Directiva 2008/52/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Maio de 2008, relativa a certos aspectos da mediação em matéria civil e comercial Direito aplicável a Convenção de Roma de 1980 sobre a lei aplicável às obrigações contratuais b Regulamento (CE) n. 593/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de Junho de 2008, sobre a lei aplicável às obrigações contratuais (Roma I) c Regulamento (CE) n. 864/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Julho de 2007, relativo à lei aplicável às obrigações extracontratuais (Roma II)

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9 Prefácio Legislação europeia em matéria de justiça civil dez anos depois Em 1999, com o Tratado de Amesterdão, a cooperação judiciária em matéria civil passou a ser da competência comunitária. Isto fez com que fosse possível confiar na eficácia dos métodos de trabalho comunitários, assim como adoptar instrumentos poderosos sob a forma de legislação comunitária. Contudo, a cooperação judiciária efectiva entre os Estados-Membros da UE, em matéria civil, já tinha sido iniciada antes. A Convenção de Bruxelas de 1968, relativa à competência judiciária e à execução de decisões em matéria civil e comercial, assim como a Convenção de Roma de 1980, sobre a lei aplicável às obrigações contratuais, tinham já iniciado este processo a nível internacional. Foi também em 1999 que o Conselho Europeu organizou uma reunião especial em Tampere, na Finlândia, onde se estabeleceram, de forma decisiva, as bases concretas para uma cooperação judiciária reforçada. Foi declarado que num verdadeiro espaço europeu de justiça, os cidadãos e as empresas não deverão ser impedidos ou desencorajados de exercerem os seus direitos por razões de incompatibilidade ou complexidade dos sistemas jurídicos e administrativos dos Estados-Membros, e que era crucial criar um espaço onde as pessoas possam recorrer aos tribunais e às autoridades de qualquer Estado-Membro tão facilmente como o fariam no seu próprio país. Dez anos mais tarde, a Comunidade Europeia dotou-se de um vasto número de instrumentos essenciais na área do direito europeu civil, comercial e da família. As regras europeias sobre competência judiciária, reconhecimento e execução de decisões, ou relativas à lei aplicável ou à cooperação judiciária, são hoje parte integrante da prática diária da maioria dos profissionais da justiça. Juízes e advogados são cada vez mais confrontados com casos que envolvem um elemento transfronteiriço, uma vez que o princípio da livre circulação de bens, serviços e pessoas levou ao aumento do número de transacções transeuropeias e encorajou a mobilidade dos cidadãos europeus. Nenhum profissional da justiça pode hoje ignorar os desenvolvimentos legais comunitários e fechar os olhos às regras europeias que regem o direito civil. Esta colectânea será, por isso, uma ferramenta valiosa para todos aqueles envolvidos em litígios transfronteiriços. Jacques Barrot Vice-Presidente Comissão Europeia 9

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11 Introdução O direito europeu está cada vez mais presente no nosso quotidiano Na União Europeia, com a multiplicação dos intercâmbios entre os Estados- Membros, as pessoas deslocam-se cada vez mais, para comprar produtos ou serviços, para trabalhar ou estudar, para casar ou obter a reforma. As situações em que intervêm pessoas que não residem no mesmo Estado multiplicaram-se e aumentaram assim as possibilidades de conflitos judiciais transfronteiriços. Antes da resolução desses litígios, colocam-se diferentes questões : Qual será o tribunal competente? Qual a lei nacional a aplicar? Como serão transmitidos os documentos necessários de um Estado para outro? Será possível obter apoio judiciário noutro país? Em seguida, será igualmente preciso conhecer as formalidades necessárias para que uma decisão seja reconhecida, declarada executória ou executada noutro Estado-Membro. Como tornar estes procedimentos mais rápidos e eficazes? A criação de um espaço judiciário europeu pretende responder a estas questões. Foram adoptadas diferentes iniciativas nos anos 60, por exemplo, a Convenção de Bruxelas de 1968 relativa à competência, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial, mas muito estava ainda por fazer. No Outono de 1999, os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia reuniram-se em Tampere, na Finlândia, para criar o espaço europeu de liberdade, segurança e justiça previsto pelo Tratado de Amesterdão. Nessa ocasião, afirmaram que num verdadeiro espaço europeu de justiça, os cidadãos e as empresas não deverão ser impedidos ou desencorajados de exercer os seus direitos por razões de incompatibilidade ou complexidade dos sistemas jurídicos e administrativos dos Estados-Membros. 11

12 Confirmaram assim o seu empenho em criar um verdadeiro espaço de justiça onde as pessoas possam recorrer aos tribunais e às autoridades de qualquer Estado-Membro tão facilmente como o fariam no seu próprio país. No Conselho Europeu de Haia, em Novembro de 2004, o Conselho Europeu atribuiu uma grande importância à prossecução do desenvolvimento da cooperação judiciária em matéria civil e à execução completa do Programa de reconhecimento mútuo adoptado em Este trabalho continua agora no âmbito do Programa de Estocolmo de Graças ao Tratado de Amesterdão, tornou-se possível utilizar os instrumentos legislativos comunitários, regulamentos, directivas e decisões, no domínio da justiça civil. Esta possibilidade não é indiferente para os cidadãos, que podem, por exemplo, invocar directamente regulamentos europeus em tribunal. Neste contexto, foram já adoptados numerosos instrumentos, que se podem encontrar em versão integral na presente colectânea. Se pretender obter mais informações, por exemplo, sobre os projectos e as propostas da Comissão Europeia, poderá consultar igualmente o sítio da Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial em : A presente colectânea visa facilitar o acesso aos principais textos já adoptados no domínio da cooperação judiciária civil. Com efeito, incumbe antes de mais aos profissionais da justiça conhecer esses instrumentos, aplicá-los, apresentá-los às pessoas interessadas, em suma, fazê-los viver. A colectânea que apresentamos pretende apenas ajudá-lo nessa tarefa. 12

13 1 Conselho Europeu de Tampere, conclusões da Presidência 13

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15 CONCLUSÕES DA PRESIDÊNCIA CONSELHO EUROPEU DE TAMPERE 15 E 16 DE OUTUBRO DE 1999 Em 15 e 16 de Outubro de 1999, o Conselho Europeu reuniu em sessão extraordinária, em Tampere, para debater a criação de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça na União Europeia. No início dos trabalhos procedeu-se a uma troca de pontos de vista com a Presidente do Parlamento Europeu, Nicole Fontaine, sobre os principais pontos em debate. O Conselho Europeu está empenhado no desenvolvimento da União enquanto espaço de liberdade, de segurança e de justiça, utilizando plenamente as possibilidades oferecidas pelo Tratado de Amesterdão. O Conselho Europeu envia uma forte mensagem política para reafirmar a importância deste objectivo e acordou num determinado número de orientações políticas e de prioridades que irão permitir que este espaço seja uma realidade a breve prazo. O Conselho Europeu inscreverá e manterá este objectivo como ponto essencial da agenda política. Procederá em permanência a uma avaliação dos progressos realizados na implementação das medidas necessárias e no cumprimento dos prazos estabelecidos no Tratado de Amesterdão, no Plano de Acção de Viena e nas presentes conclusões. Solicita-se à Comissão que apresente uma proposta de painel de avaliação adequado para esse efeito. O Conselho Europeu salienta a importância de assegurar a transparência necessária e de manter o Parlamento Europeu regularmente informado. Na 15

16 sua reunião de Dezembro de 2001, o Conselho Europeu realizará um debate aprofundado para avaliar os progressos alcançados. O Conselho Europeu, num domínio que se prende estreitamente com o espaço de liberdade, de segurança e de justiça, chegou a acordo sobre a composição, método de trabalho e disposições práticas (constantes do anexo) da instância encarregada da elaboração de um projecto de Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. O Conselho Europeu convida todas as partes envolvidas a assegurar que os trabalhos sobre a Carta se iniciem rapidamente. O Conselho Europeu manifesta a sua gratidão pelo trabalho de Jürgen Trumpf, o Secretário-Geral cessante do Conselho, e em especial pelo seu contributo para o desenvolvimento da União na sequência da entrada em vigor do Tratado de Amesterdão. Atendendo a que um dos elementos centrais do trabalho da União nos próximos anos consistirá em reforçar a política externa e de segurança comum, incluindo o desenvolvimento de uma política europeia de segurança e de defesa, o Conselho Europeu espera que o novo Secretário-Geral do Conselho e Alto Representante para a PESC, Javier Solana, contribua de forma determinante para a prossecução desse objectivo. Javier Solana poderá contar com o apoio incondicional do Conselho Europeu no exercício das suas atribuições, em conformidade com o nº 3 do artigo 18º do Tratado, por forma a poder desempenhar cabalmente as suas funções. Entre as suas responsabilidades conta-se a cooperação com a Presidência para assegurar que as deliberações e acções no domínio da política externa e de segurança sejam conduzidas de forma eficaz, com o objectivo de promover a continuidade e a coerência da política com base nos interesses comuns da União. PARA UMA UNIÃO DE LIBERDADE, DE SEGURANÇA E DE JUSTIÇA: OS MARCOS DE TAMPERE 16

17 1. Desde o seu início, a integração europeia esteve sempre fortemente arreigada num ideal comum de liberdade baseado nos direitos humanos, em instituições democráticas e no primado do direito. Estes valores comuns têm-se revelado necessários para garantir a paz e desenvolver a prosperidade na União Europeia, constituindo ainda uma pedra angular para o alargamento da União. 2. A União Europeia criou já, em benefício dos seus cidadãos, os principais elementos de um espaço comum de paz e prosperidade: o mercado único, a união económica e monetária e a capacidade de enfrentar os desafios da cena política e económica mundial. O desafio do Tratado de Amesterdão consiste agora em assegurar que a liberdade, que inclui o direito de livre circulação em toda a União, possa ser disfrutada em condições de segurança e de justiça acessíveis a todos. Trata-se de um projecto que vai ao encontro de uma preocupação frequentemente manifestada pelos cidadãos e que tem implicações directas no seu dia a dia. 3. No entanto, esta liberdade não deve ser considerada um reduto exclusivo dos cidadãos da União. Pelo simples facto de existir, constitui um pólo de atracção para muitas outras pessoas no mundo que não podem beneficiar da liberdade que os cidadãos da União consideram um direito adquirido. Seria contrário às tradições europeias negar essa liberdade àqueles que, por circunstâncias diversas, têm motivos justificados para procurar aceder ao nosso território. Tal implica, em contrapartida, que a União defina políticas comuns de asilo e de imigração, tendo simultaneamente em conta a necessidade de um controlo coerente das fronteiras externas para pôr cobro à imigração ilegal e combater aqueles que a organizam e cometem crimes internacionais com ela relacionados. Estas políticas comuns devem basear-se em princípios que 17

18 simultaneamente sejam claros para os nossos cidadãos e ofereçam garantias àqueles que procuram proteger-se na União Europeia ou nela entrar. 4. O objectivo é uma União Europeia aberta e segura, plenamente empenhada no cumprimento das obrigações da Convenção de Genebra relativa aos Refugiados e de outros instrumentos pertinentes respeitantes aos direitos humanos, e com capacidade de resposta para atender às necessidades humanitárias numa base de solidariedade. Importa ainda desenvolver uma abordagem comum que assegure a integração nas nossas sociedades dos nacionais de países terceiros que residem legalmente na União. 5. A liberdade apenas pode ser disfrutada num verdadeiro espaço de justiça, onde as pessoas possam recorrer aos tribunais e às autoridades de qualquer Estado-Membro tão facilmente como o fariam no seu próprio país. Os criminosos não devem ter a possibilidade de tirar partido das diferenças entre os sistemas judiciários dos Estados-Membros. As sentenças e decisões devem ser respeitadas e aplicadas em toda a União, salvaguardando simultaneamente a segurança jurídica de base tanto dos indivíduos como dos operadores económicos. É necessário alcançar um grau mais elevado de compatibilidade e de convergência entre os sistemas jurídicos dos Estados-Membros. 6. As pessoas devem contar que a União enfrente as ameaças que a grande criminalidade representa para a sua liberdade e os seus direitos. A fim de fazer face a estas ameaças, é necessário um esforço comum para prevenir e combater o crime e as organizações de criminosos em toda a União. Impõese a mobilização conjunta dos recursos policiais e judiciais para 18

19 garantir que os criminosos ou os produtos do crime não se possam esconder na União. 7. O espaço de liberdade, de segurança e de justiça deve basear-se nos princípios da transparência e do controlo democrático. A fim de obter uma maior aceitação e apoio por parte dos cidadãos, devemos desenvolver um diálogo aberto com a sociedade civil sobre os objectivos e princípios deste espaço. Tendo em vista preservar a confiança nas autoridades, dever-se-ão desenvolver padrões comuns sobre a sua integridade. 8. O Conselho Europeu considera essencial que nestas áreas a União desenvolva também uma capacidade de acção e seja considerada um parceiro importante na cena internacional. Para esse efeito, é necessária uma estreita colaboração com os países parceiros e as organizações internacionais, nomeadamente o Conselho da Europa, a OSCE, a OCDE e as Nações Unidas. 9. O Conselho Europeu convida o Conselho e a Comissão a promoverem, em estreita colaboração com o Parlamento Europeu, a implementação plena e imediata do Tratado de Amesterdão com base no Plano de Acção de Viena e nas directrizes políticas e objectivos concretos acordados em Tampere e que seguidamente se apresentam. A. POLÍTICA COMUM DA UE EM MATÉRIA DE ASILO E MIGRAÇÃO 10. As questões do asilo e da migração, independentes mas intimamente relacionadas, exigem o desenvolvimento de uma política comum da UE que inclua os seguintes elementos. I. Parceria com os países de origem 19

20 11. A União Europeia carece de uma abordagem global do fenómeno da migração que contemple questões políticas, de direitos humanos e de desenvolvimento em países e regiões de origem e de trânsito. Para tal, haverá que combater a pobreza, melhorar as condições de vida e as oportunidades de emprego, prevenir os conflitos e consolidar Estados democráticos, assim como garantir o respeito dos direitos humanos, em especial os das minorias, das mulheres e das crianças. Nessa perspectiva, convida-se a União e os Estados-Membros a contribuírem para uma maior coerência das políticas interna e externa da União, no âmbito das respectivas competências que lhes são atribuídas pelos Tratados. A parceria com os países terceiros em causa constituirá igualmente um elemento-chave para o êxito dessa política, tendo em vista promover o codesenvolvimento. 12. Neste contexto, o Conselho Europeu congratula-se com o relatório do Grupo de Alto Nível "Asilo e Migração" criado pelo Conselho e acorda em prorrogar o seu mandato e na elaboração de novos planos de acção. O Conselho Europeu considera que os primeiros planos de acção elaborados por esse Grupo e aprovados pelo Conselho constituem um contributo útil e convida o Conselho e a Comissão a apresentarem um relatório sobre a sua execução ao Conselho Europeu de Dezembro de II. Sistema comum europeu de asilo 13. O Conselho Europeu reitera a importância que a União e os Estados-Membros atribuem ao respeito absoluto do direito de requerer asilo. Acordou em trabalhar no sentido da criação de um sistema comum europeu de asilo, baseado numa aplicação integral e abrangente da Convenção de Genebra, assegurando deste modo que ninguém será reenviado para o país onde é 20

21 perseguido, ou seja, mantendo o princípio da não recusa de entrada. 14. Esse sistema deverá incluir, a curto prazo, uma definição funcional e clara do Estado responsável pela análise do pedido de asilo, normas comuns para um processo de asilo equitativo e eficaz, condições comuns mínimas de acolhimento dos requerentes de asilo e uma aproximação das normas em matéria de reconhecimento e de conteúdo do estatuto de refugiado. Deverá ainda prever formas de protecção subsidiárias, oferecendo um estatuto adequado a qualquer pessoa que necessite de tal protecção. Para o efeito, exorta-se o Conselho a adoptar, com base em propostas da Comissão, as decisões necessárias de acordo com o calendário estabelecido no Tratado de Amesterdão e no Plano de Acção de Viena. O Conselho Europeu salienta a importância de se consultar o ACNUR e outras organizações internacionais. 15. A mais longo prazo, as regras comunitárias deverão conduzir a um processo comum de asilo e a um estatuto uniforme para aqueles a quem é concedido asilo aplicável em toda a União. Solicita-se à Comissão que prepare, no prazo de um ano, uma comunicação nesta matéria. 16. O Conselho Europeu insta o Conselho a redobrar esforços para alcançar um acordo, fundado na solidariedade entre os Estados-Membros, sobre a questão da protecção temporária das pessoas deslocadas. O Conselho Europeu considera que se deverá estudar a eventualidade de criar uma certa forma de reserva financeira a mobilizar em situações de afluência em massa de refugiados que necessitam de protecção temporária. Solicita-se à Comissão que explore as possibilidades para esse efeito. 21

22 17. O Conselho Europeu insta o Conselho a concluir sem demora os seus trabalhos sobre o sistema de identificação dos requerentes de asilo (Eurodac). III. Tratamento equitativo dos nacionais de países terceiros 18. A União Europeia tem de garantir um tratamento equitativo dos nacionais de países terceiros que residem legalmente no território dos seus Estados-Membros. Uma política de integração mais determinada deverá ter como objectivo assegurar-lhes direitos e obrigações comparáveis aos dos cidadãos da UE. Deverá de igual modo promover a não discriminação na vida económica, social e cultural e desenvolver medidas contra o racismo e a xenofobia. 19. Tomando como ponto de partida a comunicação da Comissão sobre um Plano de Acção contra o Racismo, o Conselho Europeu apela à intensificação da luta contra o racismo e a xenofobia, devendo os Estados-Membros recorrer às melhores práticas e experiências. Será reforçada a cooperação com o Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia e o Conselho da Europa. Além disso, convida-se a Comissão a apresentar com a maior brevidade propostas para a execução do artigo 13º do Tratado CE, que trata da luta contra o racismo e a xenofobia. Para o combate à discriminação em sentido mais lato, os Estados-Membros são incentivados a elaborar programas nacionais. 20. O Conselho Europeu reconhece a necessidade de uma aproximação das legislações nacionais sobre as condições de admissão e residência de nacionais de países terceiros, baseada numa avaliação partilhada da evolução económica e demográfica da União, bem como da situação nos países de origem. Para tal, solicita ao Conselho que adopte rapidamente 22

23 decisões, com base em propostas da Comissão. Essas decisões deverão ter em conta não só a capacidade de acolhimento de cada Estado-Membro, mas também os seus laços históricos e culturais com os países de origem. 21. O estatuto jurídico dos nacionais de países terceiros deverá ser aproximado do dos nacionais dos Estados-Membros. A uma pessoa que tenha residido legalmente num Estado-Membro durante um período de tempo a determinar e possua uma autorização de residência prolongada deverá ser concedido, nesse Estado-Membro, um conjunto de direitos uniformes tão próximos quanto possível dos usufruídos pelos cidadãos da UE; esses direitos deverão incluir nomeadamente o direito de residência, de acesso ao ensino e de trabalhar por conta própria ou de outrém, bem como o princípio da não discriminação relativamente aos cidadãos do Estado de residência. O Conselho Europeu subscreve o objectivo que consiste em oferecer aos residentes nacionais de países terceiros detentores de autorizações de residência prolongada a possibilidade de obterem a nacionalidade do Estado-Membro em que residem. IV. Gestão dos fluxos migratórios 22. O Conselho Europeu salienta a necessidade de uma gestão mais eficaz dos fluxos migratórios em todas as suas fases. Apela para a elaboração, em estreita cooperação com os países de origem e de trânsito, de campanhas de informação sobre as possibilidades reais de imigração legal, e para a prevenção de todas as formas de tráfico de seres humanos. Deverá continuar a desenvolver-se uma política comum activa em matéria de vistos e documentos falsos, que compreenderá uma cooperação mais estreita entre as missões diplomáticas da 23

24 UE em países terceiros e, se necessário, a criação de serviços comuns de emissão de vistos da UE. 23. O Conselho Europeu está decidido a travar na origem o problema da imigração ilegal, e, nomeadamente, combater os indivíduos que estão envolvidos no tráfico de seres humanos e na exploração económica dos migrantes. O Conselho Europeu exorta à aprovação urgente de legislação que preveja severas sanções contra este grave crime. O Conselho é convidado a aprovar legislação nesta matéria até finais de 2000, tendo como base propostas da Comissão. Os Estados-Membros, juntamente com a Europol, deverão envidar esforços para detectar e desmantelar as redes criminosas envolvidas nesta actividade. Dever-se-á garantir os direitos das vítimas destas práticas, dando especial atenção aos problemas das mulheres e das crianças. 24. O Conselho Europeu exorta a um estreitamento das relações de cooperação e assistência técnica mútua entre os serviços de controlo das fronteiras dos Estados-Membros em que se incluem, por exemplo, programas de intercâmbio e de transferência de tecnologias, em especial nas fronteiras marítimas e insta a que os Estados candidatos à adesão sejam rapidamente associados a essa cooperação. Neste contexto, o Conselho congratula-se com o memorando de acordo entre a Itália e a Grécia para reforçar a cooperação entre estes dois países nos mares Adriático e Jónio a fim de combater a criminalidade organizada, o contrabando e o tráfico de seres humanos. 25. Como consequência da integração do acervo de Schengen na União, os países candidatos deverão aceitar plenamente esse acervo e quaisquer medidas dele decorrentes. O Conselho Europeu salienta a importância de que o controlo das futuras 24

25 fronteiras externas da União seja efectuado por profissionais devidamente habilitados. 26. O Conselho Europeu apela a que se desenvolva a assistência aos países de origem e de trânsito com vista a promover o regresso voluntário e a ajudar as autoridades desses países a reforçarem as suas capacidades de luta eficaz contra o tráfico de seres humanos e a assumirem as suas obrigações de readmissão para com a União e os Estados- Membros. 27. O Tratado de Amesterdão atribuiu competências à Comunidade no domínio da readmissão. O Conselho Europeu convida o Conselho a concluir acordos de readmissão ou a incluir cláusulas-tipo noutros acordos entre a Comunidade Europeia e os países ou grupos de países terceiros em causa. Deverão também ser ponderadas as regras de readmissão interna. B. UM VERDADEIRO ESPAÇO EUROPEU DE JUSTIÇA 28. Num verdadeiro espaço europeu de justiça, os cidadãos e as empresas não deverão ser impedidos ou desencorajados de exercerem os seus direitos por razões de incompatibilidade ou complexidade dos sistemas jurídicos e administrativos dos Estados-Membros. V. Melhor acesso à justiça na Europa 29. A fim de facilitar o acesso à justiça, o Conselho Europeu solicita à Comissão que em cooperação com outras instâncias pertinentes, tais como o Conselho da Europa lance uma campanha de informação e publique "guias do utilizador" adequados sobre a cooperação judiciária na União e os sistemas jurídicos dos Estados-Membros. O Conselho Europeu 25

26 insta também à criação de um sistema de informação de fácil acesso, que deverá ser mantido e actualizado por uma rede de autoridades nacionais competentes. 30. O Conselho Europeu convida o Conselho a estabelecer, com base em propostas da Comissão, normas mínimas que assegurem em toda a União um nível adequado de assistência jurídica nos processos transfronteiras, assim como regras processuais comuns específicas para processos judiciais transfronteiras simplificados e acelerados respeitantes a pequenas acções do foro comercial e de consumidores, bem como a acções de pensões de alimentos e a acções não contestadas. Deverão também ser criados, pelos Estados- Membros, procedimentos extrajudiciais alternativos. 31. Devem ser fixadas normas mínimas comuns para os formulários ou documentos multilíngues a utilizar nos processos transfronteiras, que passariam a ser reciprocamente aceites como documentos válidos em todos os processos judiciais na União. 32. No tocante à comunicação da Comissão, deverão ser elaboradas normas mínimas sobre a protecção das vítimas da criminalidade, em especial sobre o seu acesso à justiça e os seus direitos a indemnização por danos, incluindo custas de justiça. Além disso, deverão ser criados programas nacionais para financiar medidas, públicas e não governamentais, de assistência e protecção das vítimas. VI. Reconhecimento mútuo das decisões judiciais 33. Um maior reconhecimento mútuo das sentenças e decisões judiciais e a necessária aproximação da legislação facilitariam a cooperação entre as autoridades e a protecção judicial dos direitos individuais. Por conseguinte, o Conselho Europeu 26

27 subscreve o princípio do reconhecimento mútuo que, na sua opinião, se deve tornar a pedra angular da cooperação judiciária na União, tanto em matéria civil como penal. Este princípio deverá aplicar-se às sentenças e outras decisões das autoridades judiciais. 34. Em matéria civil, o Conselho Europeu exorta a Comissão a apresentar uma proposta tendo em vista uma maior redução dos trâmites intermediários que ainda são necessários para o reconhecimento e execução de uma decisão ou sentença no Estado requerido. Como primeiro passo, estes procedimentos intermédios deverão ser abolidos no caso das pequenas acções do foro comercial ou de consumidores e para certas sentenças no domínio do direito da família (p. ex., em matéria de pensões de alimentos e direitos de visita). Essas decisões seriam automaticamente reconhecidas em toda a União sem quaisquer procedimentos intermediários ou motivos de recusa de execução. Tal passo poderia ser acompanhado da fixação de normas mínimas sobre aspectos específicos do processo civil. 35. Em matéria penal, o Conselho Europeu insta os Estados- Membros a ratificarem rapidamente as Convenções UE, de 1995 e 1996, relativas à extradição. O Conselho Europeu considera que o procedimento formal de extradição deverá ser abolido entre os Estados-Membros no que diz respeito às pessoas julgadas à revelia cuja sentença já tenha transitado em julgado e substituído por uma simples transferência dessas pessoas, nos termos do artigo 6º do TUE. Dever-se-á também reflectir sobre a possibilidade de estabelecer procedimentos de extradição acelerados, sem prejuízo do princípio do julgamento equitativo. O Conselho Europeu convida a Comissão a apresentar propostas sobre esta matéria à luz da Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen. 27

28 36. O princípio do reconhecimento mútuo deverá ainda aplicarse aos despachos judiciais proferidos antes da realização dos julgamentos, em especial aos que permitam às autoridades competentes recolher rapidamente as provas e apreender os bens que facilmente podem desaparecer; as provas legalmente obtidas pelas autoridades de um Estado-Membro deverão ser admissíveis perante os tribunais dos outros Estados-Membros, tendo em conta as normas neles aplicáveis. 37. O Conselho Europeu solicita ao Conselho e à Comissão que adoptem, até Dezembro de 2000, um programa legislativo tendo em vista a implementação do princípio do reconhecimento mútuo. No âmbito deste programa, deverão igualmente ser iniciados trabalhos sobre um título executório europeu e sobre os aspectos do direito processual relativamente aos quais se consideram necessárias normas mínimas comuns para facilitar a aplicação do princípio do reconhecimento mútuo, no respeito dos princípios jurídicos fundamentais dos Estados-Membros. VII. Maior convergência em matéria civil 38. O Conselho Europeu solicita ao Conselho e à Comissão que preparem nova legislação em matéria processual para os processos transfronteiras, em especial sobre os elementos determinantes para facilitar a cooperação judiciária e reforçar o acesso à justiça, tais como as medidas provisórias, a recolha de provas, as ordens de pagamento em dinheiro e os prazos. 39. No tocante ao direito civil substantivo, solicita-se ao Conselho que realize um estudo global sobre a necessidade de aproximar as legislações dos Estados-Membros em matéria civil, por forma a eliminar os entraves ao bom funcionamento dos processos civis. O Conselho deverá apresentar um relatório até

29 C. LUTA CONTRA A CRIMINALIDADE A NÍVEL DA UNIÃO 40. O Conselho Europeu está profundamente empenhado em reforçar a luta contra as formas graves de criminalidade organizada e transnacional. Para se alcançar um elevado nível de segurança no espaço de liberdade, de segurança e de justiça, é necessária uma abordagem eficaz e abrangente da luta contra todas as formas de criminalidade. Deverá desenvolver-se a nível da União um conjunto equilibrado de medidas contra a criminalidade, protegendo simultaneamente a liberdade e os direitos legais dos indivíduos e dos operadores económicos. VIII. Prevenção da criminalidade a nível da União 41. O Conselho Europeu apela à integração dos aspectos preventivos nas acções contra a criminalidade, assim como a um maior desenvolvimento dos programas nacionais de prevenção contra a criminalidade. Haverá que prever e identificar prioridades comuns nesta matéria a nível das políticas interna e externa da União, que deverão ser tidas em conta na preparação de nova legislação. 42. Dever-se-á desenvolver o intercâmbio das melhores práticas, reforçar a rede de autoridades nacionais competentes em matéria de prevenção da criminalidade e a cooperação entre as organizações nacionais que actuam neste domínio, bem como estudar a possibilidade de criar um programa financiado pela Comunidade para esse efeito. A delinquência juvenil e a criminalidade em meio urbano e associada à droga poderiam constituir as primeiras prioridades para este tipo de cooperação. IX. Intensificação da cooperação em matéria de luta contra a criminalidade 29

30 43. A cooperação entre autoridades dos Estados-Membros nas investigações sobre actividades criminosas transfronteiras em qualquer Estado-Membro deverá traduzir-se num máximo de benefícios, pelo que o Conselho Europeu apela à criação, como primeira medida e o mais rapidamente possível, de equipas de investigação conjuntas, tal como previsto no Tratado, para combater o tráfico de drogas e de seres humanos e o terrorismo. As regras a estabelecer neste contexto devem permitir a participação, como reforço dessas equipas, de representantes da Europol, quando adequado. 44. O Conselho Europeu apela à constituição de uma unidade operacional de chefes de polícia europeus para o intercâmbio, em cooperação com a Europol, de experiências, melhores práticas e informações sobre as actuais tendências da criminalidade transfronteiras e para contribuir para o planeamento de acções operacionais. 45. A Europol desempenha um papel primordial no apoio à prevenção, análise e investigação da criminalidade à escala europeia. O Conselho Europeu insta o Conselho a pôr à disposição da Europol todo o apoio e recursos que lhe sejam necessários. Num futuro próximo, o seu papel deverá ser reforçado com o envio de dados operacionais pelos Estados- Membros e a possibilidade de pedir a estes últimos que iniciem, conduzam ou coordenem investigações, ou criem equipas de investigação conjuntas em certos domínios da criminalidade, sendo embora respeitados os sistemas de controlo judiciário nos Estados-Membros. 46. A fim de reforçar a luta contra as formas graves de crime organizado, o Conselho Europeu aprovou a criação de uma unidade (EUROJUST) composta por procuradores, magistrados ou agentes da polícia nacionais com competências 30

31 equivalentes, destacados por cada Estado-Membro de acordo com o respectivo sistema jurídico. A EUROJUST deverá ter por missão facilitar a coordenação adequada entre as autoridades repressivas nacionais e dar apoio às investigações criminais em processos de crime organizado, designadamente com base nas análises da Europol, bem como cooperar de forma estreita com a Rede Judiciária Europeia, em especial a fim de simplificar a execução das cartas rogatórias. O Conselho Europeu solicita ao Conselho que, até ao fim de 2001, adopte o instrumento jurídico necessário. 47. Deverá ser criada uma Academia Europeia de Polícia para a formação de altos funcionários policiais e judiciais, que começaria por ser uma rede dos institutos nacionais de formação já existentes. O acesso a essa academia seria igualmente aberto às autoridades dos Estados candidatos. 48. Sem prejuízo dos domínios mais amplos previstos no Tratado de Amesterdão e no Plano de Acção de Viena, o Conselho Europeu considera que, no que diz respeito à legislação nacional em matéria penal, os esforços para que sejam aprovadas definições, incriminações e sanções comuns deverão incidir em primeiro lugar num número limitado de sectores de particular importância, tais como a criminalidade financeira (branqueamento de capitais, corrupção, contrafacção do euro), o tráfico de droga, o tráfico de seres humanos, nomeadamente a exploração de mulheres, a exploração sexual de crianças, os crimes de alta tecnologia e os crimes contra o ambiente. 49. Os crimes económicos graves apresentam, cada vez mais, aspectos fiscais e aduaneiros. Por conseguinte, o Conselho Europeu apela para que os Estados-Membros prestem pleno 31

32 auxílio judiciário mútuo na investigação e repressão dos crimes económicos graves. 50. O Conselho Europeu salienta a importância de se abordar o problema da droga de uma forma abrangente e apela ao Conselho para que adopte a Estratégia Europeia de Luta contra a Droga antes da reunião do Conselho Europeu em Helsínquia. X. Acção específica contra o branqueamento de capitais 51. O branqueamento de capitais está no cerne da criminalidade organizada, pelo que deverá ser erradicado onde quer que ocorra. O Conselho Europeu está decidido a garantir que sejam tomadas medidas concretas para detectar, congelar, apreender e confiscar os produtos do crime. 52. Instam-se os Estados-Membros a que apliquem integralmente incluindo em todos os territórios que deles dependem as disposições da directiva sobre branqueamento de capitais, a Convenção de Estrasburgo de 1990 e as recomendações do Grupo de Acção Financeira. 53. O Conselho Europeu solicita ao Conselho e ao Parlamento Europeu que adoptem o mais rapidamente possível o projecto revisto de directiva sobre branqueamento de capitais recentemente proposto pela Comissão. 54. Respeitando devidamente as disposições em matéria de protecção de dados, deverá haver uma maior transparência das transacções financeiras e da detenção de participações em empresas, e maior celeridade na troca de informações entre as unidades de informação financeiras (UIF) existentes no que se 32

33 refere a transações suspeitas. Independentemente das disposições em matéria de confidencialidade aplicáveis à actividade bancária e a outras actividades comerciais, as autoridades judiciárias e as UIF deverão ser habilitadas, sob reserva de controlo judiciário, a receber informações sempre que estas sejam necessárias à investigação do branqueamento de capitais. O Conselho Europeu insta o Conselho a adoptar as medidas necessárias para esse efeito. 55. O Conselho Europeu apela à aproximação do direito penal e dos procedimentos relativos à luta contra o branqueamento de capitais (designadamente detecção, congelamento e confiscação de fundos). A definição das actividades criminosas que constituem infracções principais em relação ao branqueamento de capitais deverá ser uniforme e suficientemente abrangente em todos os Estados-Membros. 56. O Conselho Europeu convida o Conselho a alargar as competências da Europol ao branqueamento de capitais em geral, independentemente do tipo de infracção que esteja na origem do branqueamento dos produtos do crime. 57. Deverão ser definidas normas comuns para evitar a utilização de sociedades e outras pessoas colectivas registadas fora da jurisdição da União para dissimular os produtos do crime e para o branqueamento de capitais. A União e os Estados- Membros deverão tomar as disposições necessárias com os centros "off-shore" de países terceiros para garantir uma cooperação eficaz e transparente em matéria de auxílio judiciário mútuo, na sequência de recomendações efectuadas neste domínio pelo Grupo de Acção Financeira. 58. Solicita-se à Comissão que identifique num relatório as disposições das legislações nacionais nos sectores bancário, 33

34 financeiro e empresarial que constituem entraves à cooperação internacional. Convida-se o Conselho a tirar as conclusões que se impõem com base nesse relatório. D. UMA ACÇÃO EXTERNA MAIS DETERMINADA 59. O Conselho Europeu salienta que todas as competências e todos os instrumentos de que dispõe a União, em particular a nível das relações externas, deverão ser utilizados de forma integrada e coerente para que se possa criar um espaço de liberdade, de segurança e de justiça. A Justiça e os Assuntos Internos devem ser integrados na definição e implementação das outras políticas e actividades da União. 60. Devem ser utilizadas plenamente as novas possibilidades proporcionadas pelo Tratado de Amesterdão a nível da acção externa, em especial as estratégias comuns, bem como os acordos comunitários e os acordos baseados no artigo 38º do TUE. 61. Haverá que definir claramente as prioridades, os objectivos da política e as medidas para a acção externa da União Europeia em matéria de Justiça e Assuntos Internos. Antes do Conselho Europeu de Junho de 2000, o Conselho deverá, em estreita cooperação com a Comissão, fazer recomendações específicas sobre os objectivos da política e as medidas para a acção externa da União no domínio da Justiça e dos Assuntos Internos, incluindo sobre questões relacionadas com a estrutura de trabalho. 62. O Conselho Europeu manifesta o seu apoio a uma cooperação regional contra a criminalidade organizada, que envolva os Estados-Membros e os países terceiros limítrofes da 34

35 União. Nesse contexto, regista com agrado os resultados práticos e concretos obtidos pelos países situados em torno da região do Mar Báltico. O Conselho Europeu atribui especial importância à cooperação regional e ao desenvolvimento na região dos Balcãs. A União Europeia congratula-se com a realização de uma Conferência Europeia sobre Desenvolvimento e Segurança na zona do Adriático e do Jónio, a organizar pelo Governo Italiano em Itália, no primeiro semestre de 2000, e manifesta a intenção de nela participar. Essa iniciativa será de grande valia no contexto do Pacto de Estabilidade para a Europa do Sudeste. ANEXO COMPOSIÇÃO, MÉTODO DE TRABALHO E DISPOSIÇÕES PRÁTICAS DA INSTÂNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE UM PROJECTO DE CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UE COMO PREVISTO NAS CONCLUSÕES DE COLÓNIA A. COMPOSIÇÃO DA INSTÂNCIA i) Membros a) Chefes de Estado ou de Governo dos Estados-Membros 35

36 Quinze representantes dos Chefes de Estado ou de Governo dos Estados- Membros b) Comissão Um representante do Presidente da Comissão Europeia. c) Parlamento Europeu Dezasseis membros do Parlamento Europeu, designados por esta instituição. d) Parlamentos nacionais Trinta membros dos parlamentos nacionais (dois por parlamento nacional), a designar pelos próprios parlamentos nacionais. Os membros da instância podem ser substituídos por suplentes caso não possam tomar parte nas reuniões da instância. ii) Presidente e vice-presidentes da instância A instância procederá à eleição do seu presidente. Um membro do Parlamento Europeu, um membro de um parlamento nacional e o representante da Presidência do Conselho Europeu, caso este último não seja eleito Presidente, assumirão as funções de vice-presidentes da instância. O membro do Parlamento Europeu que assumir as funções de vice-presidente será eleito pelos membros do Parlamento Europeu que integram a instância. O membro de um parlamento nacional que assumir as funções de vice-presidente será eleito pelos membros dos parlamentos nacionais que integram a instância. 36

37 iii) Observadores Dois representantes do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, designados pelo Tribunal. Dois representantes do Conselho da Europa, incluindo um do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. iv) Órgãos da União Europeia que serão convidados a pronunciar-se Comité Económico e Social Comité das Regiões Provedor de Justiça Europeu v) Troca de opiniões com os Estados candidatos à adesão Entre a instância ou o seu presidente e os Estados candidatos à adesão, deverá proceder-se a uma troca de opiniões nos moldes adequados. vi) Outros órgãos, grupos sociais ou peritos A instância poderá convidar outros órgãos, grupos sociais e peritos a manifestarem as suas opiniões. vii) Secretariado O Secretariado-Geral do Conselho prestará serviços de secretariado à instância. A fim de assegurar uma coordenação adequada, serão estabelecidos contactos estreitos com o Secretariado-Geral do Parlamento Europeu, com a Comissão e, tanto quanto necessário, com os secretariados dos parlamentos nacionais. B. MÉTODOS DE TRABALHO DA INSTÂNCIA 37

38 i) Preparação O presidente da instância, em estreita concertação com os vice-presidentes, proporá um plano de trabalho para a instância e realizará outros trabalhos preliminares adequados. ii) Transparência dos trabalhos Em princípio, as audiências realizadas pela instância e os documentos apresentados nessas audiências deverão ser tornados públicos. iii) Grupos de trabalho A instância poderá criar grupos ad hoc, abertos a todos os seus membros. iv) Redacção Com base no plano de trabalho aprovado pela instância, um comité de redacção, constituído pelo presidente, pelos vice-presidentes e pelo representante da Comissão, e coadjuvado pelo Secretariado-Geral do Conselho, elaborará um anteprojecto da Carta, tendo em conta as propostas de redacção apresentadas por qualquer dos membros da instância. Cada um dos três vice-presidentes procederá a consultas regulares com a parte componente da instância de que provém. v) Elaboração do projecto de Carta pela instância Quando o presidente, em estreita concertação com os vice-presidentes, considerar que o texto do projecto de 38

39 Carta elaborado pela instância é susceptível de ser subscrito por todas as partes, transmitirá esse texto ao Conselho Europeu através do procedimento preparatório normal. C. DISPOSIÇÕES PRÁTICAS A instância reunir-se-á em Bruxelas, alternadamente nas instalações do Conselho e do Parlamento Europeu. As sessões da instância realizar-se-ão em regime linguístico integral. 39

40 40

41 2 Programa de medidas para implementar o princípio de reconhecimento mútuo 41

42 42

43 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias C 12/1 I (Comunicações) CONSELHO Projecto de programa de medidas destinadas a aplicar o princípio do reconhecimento mútuo das decisões em matéria civil e comercial (2001/C 12/01) INTRODUÇÃO O Tratado de Amesterdão inseriu no Tratado que institui a Comunidade Europeia um novo título IV, que inclui disposições precisas sobre a cooperação judiciária em matéria civil. A fim de dar um impulso a essa cooperação e de lhe fixar orientações precisas, o Conselho Europeu, reunido em Tampere, em 15 e 16 de Outubro de 1999, considerou que «um maior reconhecimento mútuo das sentenças e decisões judiciais e a necessária aproximação da legislação facilitariam a cooperação entre as autoridades e a protecção judicial dos direitos individuais». O Conselho Europeu aprovou o princípio do reconhecimento mútuo, que se deve tornar «a pedra angular da cooperação judiciária na União, tanto em matéria civil como penal». Em matéria civil, o Conselho Europeu de Tampere preconizou «uma maior redução dos trâmites intermédios que ainda são necessários para o reconhecimento e execução de uma decisão ou sentença no estado requerido». «Como primeiro passo, estes procedimentos intermédios deverão ser abolidos no caso das pequenas acções do foro comercial ou de consumidores e para certas sentenças no domínio do direito da família (por exemplo, em matéria de pensões de alimentos e direitos de visita). Essas decisões seriam automaticamente reconhecidas em toda a União sem quaisquer procedimentos intermédios ou motivos de recusa de execução. Tal passo poderia ser acompanhado da fixação de normas mínimas sobre aspectos específicos do processo civil». O Conselho Europeu solicitou ao Conselho e à Comissão que adoptassem, até ao final de 2000, um programa de medidas tendo em vista a implementação do princípio do reconhecimento mútuo, e acrescentou que, «no âmbito deste programa, deverão igualmente ser iniciados trabalhos sobre um título executório europeu e sobre os aspectos do direito processual relativamente aos quais se consideram necessárias normas mínimas comuns para facilitar a aplicação do princípio do reconhecimento mútuo, no respeito dos princípios jurídicos fundamentais dos Estados-Membros». A Convenção de Bruxelas de 27 de Setembro de 1968 estabelece as regras relativas à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução das decisões em matéria civil e comercial entre os Estados- -Membros. Esta convenção, que foi alterada diversas vezes por ocasião da adesão de novos Estados à Comunidade( 1 ), está hoje prestes a ser transformada num regulamento( 2 ). ( 1 ) Foi publicada no JO C 27 de 26 de Janeiro de 1998 uma versão consolidada da Convenção de Bruxelas. ( 2 ) Convencionou-se utilizar a expressão: regulamento «Bruxelas I». 43

44 C 12/2 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias A Comunidade contabilizou outras realizações importantes: o regulamento denominado «Bruxelas II», relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria matrimonial e em matéria de responsabilidade parental dos filhos comuns, e o regulamento relativo aos processos de insolvência( 1 ). Por conseguinte, já não é novo entre os Estados-Membros o princípio do reconhecimento mútuo das decisões civis e comerciais. No entanto, a sua aplicação tem tido até à data um alcance limitado, e isto por duas razões essenciais: a primeira reside no facto de os instrumentos em vigor excluírem numerosos domínios do direito privado. É este o caso, por exemplo, das situações familiares geradas por relações que não sejam o casamento, dos regimes matrimoniais e das sucessões. A segunda razão tem a ver com o facto de os textos existentes permitirem a subsistência de certos entraves à livre circulação das decisões judiciais. Os procedimentos intermédios, que permitem que uma decisão tomada num Estado-Membro seja executada noutro Estado-Membro, são considerados ainda demasiado restritivos. Assim sendo, apesar das alterações e das simplificações que introduz em matéria de reconhecimento e execução de decisões, o futuro regulamento «Bruxelas I» não suprime todos os obstáculos à livre circulação das sentenças no âmbito da União Europeia. Foi realizado um debate sobre este tema por ocasião da reunião informal dos ministros da Justiça e dos Assuntos Internos, em Marselha, em 28 e 29 de Julho de O presente programa de medidas estabelece objectivos e etapas para os trabalhos a efectuar no âmbito da União ao longo dos próximos anos tendo em vista a aplicação do princípio do reconhecimento mútuo; preconiza a adopção de medidas susceptíveis de facilitar tanto a actividade dos agentes económicos como a vida quotidiana dos cidadãos. Este programa compreende medidas que se prendem com o reconhecimento e a execução num Estado- -Membro das decisões tomadas noutro Estado-Membro, o que implica a adopção de regras de competência judiciária harmonizadas, à semelhança do que foi já feito no âmbito da Convenção de Bruxelas e do regulamento «Bruxelas II»; em nada condiciona os trabalhos a realizar noutros domínios do âmbito da cooperação judiciária em matéria civil, nomeadamente no domínio dos conflitos de leis. Com efeito, as medidas relativas à harmonização das regras de conflitos de leis, que podem ser por vezes inseridas nos mesmos instrumentos que as relativas à competência judiciária, contribuem para facilitar o reconhecimento mútuo das decisões. Aquando da execução das medidas preconizadas, serão tidos em conta os instrumentos adoptados e os trabalhos em curso no âmbito de outras instâncias internacionais. Eis a repartição da abordagem adoptada para o estabelecimento do programa: identificar os domínios em que devem ainda ser realizados progressos, determinar a natureza, as modalidades e o alcance dos progressos possíveis, fixar as etapas dos progressos a realizar. I. DOMÍNIOS DO RECONHECIMENTO MÚTUO são limitativamente enumerados neste texto: o estado e a capacidade das pessoas singulares, os regimes matrimoniais, os testamentos e as sucessões; as falências; a segurança social; a arbitragem. O futuro regulamento «Bruxelas I», que substituirá a Convenção de 1968, não modificará o seu âmbito de aplicação. PONTO DA SITUAÇÃO A Convenção de Bruxelas de 1968 é o instrumento de base. Abrange todos os domínios do direito civil e comercial, salvo os que são expressamente excluídos da sua aplicação e que Instrumentos complementares: os domínios excluídos do âmbito de aplicação da Convenção de Bruxelas ainda não estão todos abrangidos pelos instrumentos que completam o dispositivo criado em ( 1 ) Regulamentos (CE) n. o 1347/2000 e (CE) n. o 1346/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000 (JO L 160 de ). 44

45 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias C 12/3 âmbito, será analisada a relação existente, no direito dos Estados-Membros, entre os regimes matrimoniais e as suces- sões. O regulamento «Bruxelas II», de 29 de Maio de 2000, é aplicável aos processos cíveis relativos ao divórcio, separação de pessoas e bens ou anulação do casamento, bem como aos processos cíveis relativos ao poder paternal em relação aos filhos comuns do casal por ocasião das acções matrimoniais acima referidas. Por conseguinte, não estão abrangidos e ficam excluídos de todos os instrumentos aplicáveis entre os Estados-Membros: Será igualmente tratada a questão das consequências patrimo- niais da separação de casais não casados, para que possam ser analisados todos os aspectos patrimoniais do direito da família. 2. Competência internacional, reconhecimento e exe- certos aspectos do contencioso do divórcio ou da sepa- cução de sentenças em matéria de responsabilidade ração de pessoas e bens não abrangidos pelo regulamento parental e dos outros aspectos não patrimoniais da «Bruxelas II» (em particular as decisões sobre a responsabi- separação de casais lidade parental que alteram as decisões proferidas por ocasião da decisão de divórcio ou de separação de pessoas e bens); a) Situações familiares geradas por relações que não sejam o casamento as situações familiares geradas por relações que não sejam o casamento; os regimes matrimoniais; os testamentos e as sucessões. Trata-se de completar o âmbito do regulamento «Bruxelas II», tomando em linha de conta uma realidade sociológica: os casais formam-se cada vez mais frequentemente fora dos laços matrimoniais e o número de filhos que nascem fora do casamento aumenta sensivelmente. O regulamento de 29 de Maio de 2000, relativo aos processos de insolvência, é aplicável aos processos colectivos em matéria de insolvência do devedor que determinem a inibição parcial ou total desse devedor e a designação de um síndico( 1 ). PROPOSTAS A. NOS DOMÍNIOS AINDA NÃO ABRANGIDOS PELOS INSTRU- MENTOS EXISTENTES É essencialmente no domínio do direito da família que são necessários progressos. Serão elaborados instrumentos jurídicos nos dois domínios seguintes: A fim de tomar em consideração esta nova realidade social, o âmbito de aplicação do regulamento «Bruxelas II» deve ser alargado, eventualmente através de um instrumento separado, em especial às decisões que digam respeito ao exercício da responsabilidade parental relativamente aos filhos dos casais não casados. b) Decisões sobre a responsabilidade parental que não sejam as decisões tomadas por ocasião do divórcio ou da separação 1. Competência internacional, reconhecimento e exe- cução das sentenças em matéria de dissolução dos regimes matrimoniais, de consequências patrimoniais da separação de casais não casados e de sucessões As disposições do regulamento «Bruxelas II» dizem unicamente respeito às decisões tomadas por ocasião de uma acção matrimonial. Tendo em conta a frequência e a importância das decisões que são tomadas posteriormente e que podem alterar as condições do exercício da responsabilidade parental fixadas nas decisões tomadas por ocasião do divórcio ou da separação é necessário que possam beneficiar das regras de competência, de reconhecimento e de execução previstas no regulamento «Bruxelas II». Esta evolução deve abranger tanto as decisões relativas aos casais casados como as tomadas no âmbito da separação dos casais não casados. Os regimes matrimoniais e as sucessões constituíam já uma Nos domínios novos, que actualmente ainda não se encontram das prioridades do plano de acção de Viena (Dezembro abrangidos por nenhum instrumento, será útil proceder a uma de 1998). Os efeitos económicos das decisões tomadas com a análise da situação do direito interno dos Estados-Membros, deterioração ou dissolução dos laços matrimoniais, durante a bem como dos instrumentos internacionais existentes, a fim vida dos cônjuges, ou quando um deles morrer, assumem de medir o alcance a dar aos instrumentos que possam vir a obviamente um interesse primordial para a realização do ser elaborados. espaço judiciário europeu. Neste contexto, é possível que tenha de ser estabelecida, para a elaboração dos instrumentos, uma distinção entre os regimes matrimoniais e as sucessões. Neste B. NOS DOMÍNIOS JÁ ABRANGIDOS PELOS INSTRUMENTOS EM VIGOR Neste caso, trata-se de melhorar o funcionamento dos mecanis- mos existentes, reduzindo ou suprimindo os obstáculos à livre circulação das decisões judiciais. As conclusões de Tampere incidem, de um modo geral, sobre toda a «matéria civil», ( 1 ) Ficam excluídos do regulamento os processos de insolvência relativos a companhias de seguros, instituições de crédito e empresas de investimento que fornecem serviços que impliquem a detenção de fundos ou de valores mobiliários de terceiros, bem como a organismos de investimento colectivo. 45

46 C 12/4 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias mas sublinham também que, como primeiro passo, estes 4. «Pequenas acções» procedimentos intermédios deverão ser abolidos no caso das pequenas acções do foro comercial ou de consumidores e para certas sentenças no domínio do direito da família (por A noção de «pequenas acções», a que o Conselho Europeu exemplo, em matéria de pensões de alimentos e direitos de de Tampere fez referência, abrange situações diversas, de visita). importância variável, que dão lugar a procedimentos diferentes consoante o Estado-Membro. A realização de trabalhos no sentido de processos judiciais transfronteiras simplificados e Assim, faz-se referência a dois domínios: o direito da família, acelerados para «pequenas acções», nos termos das conclusões por um lado, e, em particular, o direito de visita e as pensões de Tampere, contribuirá igualmente, através da definição de de alimentos, e, por outro, o direito comercial e o direito dos regras processuais comuns específicas ou de regras mínimas, consumidores. Estes domínios são assim identificados como para facilitar o reconhecimento e a execução das decisões( 1 ). prioritários. 1. Direito de visita A França já apresentou uma iniciativa que visa suprimir o procedimento de exequatur para o exercício transfronteiras do direito de visita resultante de uma decisão do âmbito de aplicação do regulamento «Bruxelas II». 2. Pensões de alimentos II. GRAUS DO RECONHECIMENTO MÚTUO PONTO DA SITUAÇÃO Actuais graus do reconhecimento mútuo O primeiro grau consta ainda hoje da Convenção de Bruxelas de 1968, bem como do regulamento «Bruxelas II»: reconheci- mento de pleno direito, salvo contestação; declaração do carácter executório (exequatur) obtida a requerimento, com possibilidade de indeferimento do requerimento por um dos motivos especificamente enunciados no instrumento aplicável na matéria. Trata-se, portanto, de um procedimento de exequatur menos complexo do que o que resulta geralmente da aplicação do direito nacional. Esta questão, expressamente mencionada nas conclusões do Conselho Europeu de Tampere, tem um interesse directo, tal como a anterior, para a vida quotidiana dos cidadãos. Sem que tal implique necessariamente a elaboração de um instrumento jurídico separado, a garantia de uma cobrança rápida e efectiva das pensões de alimentos é, de facto, essencial para o bem-estar de numerosas pessoas na Europa. As pensões de alimentos beneficiam já das disposições da Convenção de Bruxelas e do futuro regulamento «Bruxelas I», mas importa também que, a prazo, os credores em causa possam beneficiar da supressão do procedimento de exequatur, que tornará mais eficazes os meios de que dispõem para reivindicar os seus direitos. 3. Créditos não contestados A supressão do exequatur para os créditos não contestados deve constituir uma das prioridades da Comunidade. O conteúdo da noção de créditos não contestados será especificado no âmbito da definição dos limites dos instrumen- tos elaborados em aplicação do programa. Actualmente, esta noção engloba de um modo geral as situações em que um credor, estabelecida a não contestação do devedor quanto à natureza ou dimensão da dívida, tenha obtido um título executório contra esse devedor. É em si mesmo contraditório o facto de um procedimento de exequatur poder retardar a execução de decisões respeitantes a créditos não contestados. Este mesmo facto justifica plenamente que seja esta uma das primeiras áreas em que o exequatur deva ser suprimido. A cobrança rápida dos montantes não pagos constitui uma necessidade absoluta para o sector comercial e representa uma preocupação constante dos meios económicos interessados no bom funcionamento do mercado interno. Nos domínios não abrangidos pelos instrumentos existentes, o reconhecimento e a execução das decisões estrangeiras obedecem ao direito do Estado requerido, assim como aos acordos internacionais, bilaterais ou multilaterais existentes nesta matéria. Nos domínios já abrangidos, podem distinguir-se dois graus. O segundo grau resulta dos trabalhos de revisão das Convenções de Bruxelas e de Lugano e será aplicável após a adopção do regulamento «Bruxelas I», que substituirá a Convenção de Bruxelas de 1968: o procedimento para a obtenção da declaração do carácter executório é sensivelmente simplificado; esta declaração é obtida após o preenchimento de certas formalidades e só pode ser contestada pela outra parte numa segunda fase (denominado sistema da inversão do contencioso). Este exequatur simplificado será aplicável a todas as matérias abrangidas pela actual Convenção de Bruxelas de 1968, bem como aos processos de insolvência abrangidos pelo regulamento de 29 de Maio de ( 1 ) A Comissão está a preparar um estudo de direito comparado nesta matéria, com base num questionário enviado aos Estados- -Membros. 46

47 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias C 12/5 PROPOSTAS Alcançar novos graus de reconhecimento mútuo A. MEDIDAS DIRECTAMENTE RELACIONADAS COM O RECO- NHECIMENTO MÚTUO seu devedor, na hipótese de este último pôr em causa a cobrança da sua dívida, solicitar o congelamento imediato dos bens deste, a título cautelar, noutro Estado-Membro, sem recurso a qualquer outro procedimento. Estas medidas em nada prejudicariam o carácter impenhorável de certos bens decorrente do direito interno. iv) A melhoria das penhoras bancárias, por exemplo 1. Domínios não abrangidos pelos instrumentos exis- através da instituição de uma penhora europeia dos tentes bens bancários: perante uma decisão certificada executória, no Estado-Membro de origem, poder-se- -ia proceder, em qualquer outro Estado-Membro, Haverá que alcançar, através de um método progressivo, o sem exequatur e de pleno direito, a uma penhora grau actualmente atingido pelo regulamento «Bruxelas II», cautelar dos bens bancários do devedor. Na ausência antes de alcançar o do futuro regulamento «Bruxelas I», para de contestação do devedor, a decisão tornar-se-ia poder avançar seguidamente. Todavia, em certos casos, será executória no país da penhora, pelo menos para possível atingir directamente novos graus de reconhecimento efeitos desta última. mútuo, sem etapa intermédia. 2. Domínios já abrangidos pelos instrumentos existentes Convém ir mais longe, nestes domínios, mediante duas séries de medidas. b) Segunda série de medidas: supressão das medidas intermédias A eliminação pura e simples de qualquer controlo por parte do juiz do Estado requerido sobre a decisão estrangeira permite que um título nacional circule livremente na Comunidade. Em cada Estado requerido, esse título nacional é considerado como se se tratasse de uma decisão proferida nesse Estado. a) Primeira série de medidas: reduzir ainda mais as medidas intermédias e reforçar os efeitos, no Estado requerido, das decisões tomadas no Estado de origem Em certos domínios, a supressão do exequatur poderia traduzir-se no estabelecimento de um autêntico Título Executório Europeu, obtido na sequência de um procedii) Limitação dos motivos que podem ser invocados mento específico, uniforme ou harmonizado( 1 ), estabelepara contestar o reconhecimento ou a execução de cido pela Comunidade. uma decisão estrangeira (supressão, por exemplo, do motivo baseado na ordem pública, tendo em conta os casos em que esse motivo é actualmente utilizado pelas jurisdições dos Estados-Membros. B. MEDIDAS DE ACOMPANHAMENTO DO RECONHECIMENTO MÚTUO ii) Criação de uma execução provisória: fazer de modo a que a própria decisão que, no país requerido, autoriza a execução, seja imediatamente executória, a título provisório, apesar do eventual exercício das 1. Normas mínimas sobre aspectos específicos do pro- vias de recurso. cesso civil iii) Esta evolução implica uma alteração do n. o 3 do artigo 47. o do projecto de regulamento «Bruxelas I» (primeiro parágrafo do artigo 39. o da Convenção de Bruxelas). Adopção de medidas cautelares a nível europeu permitindo que uma decisão proferida num Estado- -Membro contenha a autorização para tomar, em todo o território da União, medidas cautelares relativamente aos bens do devedor. Será por vezes necessário, ou até indispensável, fixar, a nível europeu, um certo número de normas processuais, que constituirão garantias mínimas comuns, destinadas a reforçar a confiança recíproca entre os sistemas judiciários dos Estados- -Membros. Essas garantias permitirão nomeadamente assegurar o pleno respeito das exigências do processo equitativo, no espírito da Convenção Europeia para a protecção dos direitos do homem e das liberdades fundamentais. ( 1 ) Na verdade, poderia tratar-se quer de um procedimento uniforme, estabelecido num regulamento, quer de um procedimento harmo- nizado, criado por cada Estado-Membro em aplicação de uma directiva. Esta possibilidade, que actualmente não é contemplada pelo projecto de regulamento «Bruxelas I», permitiria, por exemplo, a uma pessoa que tenha obtido num Estado-Membro uma decisão contra o 47

48 C 12/6 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias Relativamente a cada medida prevista, será analisada a questão da elaboração de algumas dessas garantias mínimas, a fim de determinar a sua utilidade e o seu papel. Em certos domínios, e em particular quando está prevista a supressão do exequatur, a elaboração dessas garantias mínimas poderá constituir uma condição prévia para os progressos pretendidos. Se o estabelecimento de garantias mínimas parecer insuficiente, os trabalhos deverão orientar-se para uma certa harmonização dos procedimentos. Ao elaborar medidas desta natureza, haverá que ter em conta as consequências que elas poderão ter a nível da protecção dos dados e do carácter confidencial de certas informações, tal como previsto no direito interno dos Estados-Membros ou no direito internacional. 3. Melhoria da cooperação judiciária civil na sua globalidade São igualmente medidas de acompanhamento as medidas tendentes a permitir que a aplicação do princípio do reconhecimento mútuo se insira num contexto favorável, ou seja, no quadro de uma melhor cooperação entre as autoridades judiciárias dos Estados-Membros. Para ter em consideração os princípios fundamentais de direito reconhecidos pelos Estados-Membros, procurar-se-á especificamente definir medidas destinadas ao estabelecimento de garantias mínimas no que se refere ao reconhecimento mútuo de decisões relativas à responsabilidade parental (incluindo as relativas ao direito de visita). Serão designada- como medida de acompanhamento( 1 ). mente abordadas neste quadro as questões relacionadas com a tomada em consideração do interesse superior do menor e o lugar que este ocupa no processo. Para aumentar a segurança, a eficácia e a rapidez da citação e notificação dos actos judiciais, que constituem obviamente um dos fundamentos da confiança recíproca entre sistemas judiciários nacionais, será prevista uma harmonização das normas aplicáveis nesta matéria, ou a elaboração de normas mínimas. Dando às partes no processo a possibilidade de apresentar os seus argumentos em condições reconhecidas como válidas por todos os Estados-Membros, reforça-se, acima de tudo, a confiança na boa administração da justiça, o que torna, além disso, mais fácil a supressão dos controlos. Neste contexto, a criação da rede judiciária europeia em matéria civil e comercial deve constar do programa de medidas, Deverá igualmente ser mencionada a elaboração de um instrumento que permita reforçar a cooperação entre os tribunais dos Estados-Membros no domínio da obtenção de provas em matéria civil e comercial( 2 ). Pela mesma ordem de ideias, o desenvolvimento de medidas que permitam aos cidadãos aceder mais facilmente à justiça faz parte do programa de medidas. Neste contexto, será tido em conta o seguimento dado ao Livro Verde sobre assistência judiciária, apresentado pela Comissão em Fevereiro de 2000, por forma a que sejam tomadas iniciativas em matéria de assistência judiciária nos processos transfronteiras. Do mesmo modo, parece particularmente útil proceder a uma melhor informação do público no que respeita às regras aplicáveis em matéria de reconhecimento mútuo( 3 ). Uma tal evolução deverá ter devidamente em conta os progressos já realizados graças à entrada em vigor do Regula- mento (CE) n. o 1348/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo à citação e à notificação dos actos judiciais e extra-judiciais em matérias civil e comercial. 2. Eficácia das medidas que permitem melhorar o processo executivo Algumas dessas medidas poderão dizer respeito, em particular, ao património dos devedores. A execução das decisões judiciais na União Europeia poderia, de facto, ser facilitada se fosse possível conhecer com exactidão a situação financeira dos devedores. Assim, poderiam ser tomadas medidas a fim de permitir a identificação precisa dos elementos do património de um devedor que se encontram no território dos Estados- -Membros. Refira-se, por último, que a aplicação do princípio de reconhecimento mútuo poderá ser facilitada pela harmonização das regras de conflitos de leis. III. ETAPAS MÉTODO Uma outra série de medidas de acompanhamento consiste na procura de uma maior eficácia da execução, no Estado requerido, das decisões judiciais proferidas noutro Estado- -Membro. É sempre difícil fixar prazos para os trabalhos a realizar na Comunidade: os prazos demasiado curtos são ilusórios e os prazos demasiado longos desmobilizam os Estados. Parece necessário proceder por etapas, sem fixar datas precisas, mas tendo em conta alguns grandes princípios orientadores: ( 1 ) Em 25 de Setembro de 2000, a Comissão apresentou uma proposta de decisão relativa à criação de uma rede judiciária europeia em matéria civil e comercial. ( 2 ) A Alemanha apresentou um projecto de regulamento neste domínio. ( 3 ) A proposta da Comissão relativa à criação de uma rede judiciária europeia em matéria civil e comercial prevê disposições relativas à informação do público. 48

49 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias C 12/7 1. O programa é aplicado a partir da adopção do regula- Medidas destinadas a reforçar os efeitos, no Estado mento «Bruxelas I», que constitui o elemento de base em requerido, das decisões tomadas no Estado de origem matéria de reconhecimento mútuo; (execução provisória, medidas cautelares, incluindo a penhora dos bens bancários). 2. O programa distingue os quatro domínios de acção seguintes: 3. a etapa os domínios do direito civil e comercial abrangidos pelo regulamento «Bruxelas I», Supressão do exequatur nos domínios abrangidos pelo regulamento «Bruxelas I». os domínios do direito da família abrangidos pelo regulamento «Bruxelas II», assim como as situações familiares geradas por relações que não sejam o casamento, B. DOMÍNIO DO DIREITO DA FAMÍLIA («BRUXELAS II» E SITUAÇÕES FAMILIARES GERADAS POR RELAÇÕES QUE os regimes matrimoniais e as consequências patri- NÃO SEJAM O CASAMENTO)( 1 ) moniais da separação dos casais não casados, os testamentos e as sucessões; 1. a etapa 3. Relativamente a cada domínio, são fixadas etapas tendo Supressão do exequatur para as decisões relativas ao direito em vista realizar progressos a pouco e pouco. Dá-se início de visita( 2 ). a uma etapa quando a precedente estiver terminada, pelo menos no que respeita aos aspectos essenciais do seu Instrumento relativo às situações familiares geradas por conteúdo (por exemplo, acordo do Conselho sobre relações que não sejam o casamento: adopção dos um instrumento, mesmo que ainda não tenha havido mecanismos do regulamento «Bruxelas II». Pode tratar-se aprovação formal por razões técnicas); todavia, esta de um instrumento novo ou de uma revisão do regulaexigência não deve impedir a realização de progressos mento «Bruxelas II», através do alargamento do âmbito mais rápidos em certas matérias; de aplicação deste último. 4. Podem ser tomadas concomitantemente várias iniciativas em diversos domínios; 5. As medidas de acompanhamento mencionadas no pro- grama são tomadas sempre que se revelem necessárias, em todos os domínios e em todas as etapas da realização do programa. Alargamento do âmbito de aplicação do ou dos instrumentos anteriormente adoptados às decisões que alteram as condições de exercício da responsabilidade parental fixadas nas decisões tomadas por ocasião do divórcio ou da separação. 2. a etapa PROPOSTAS Em relação a cada instrumento anteriormente adoptado: Aplicação dos procedimentos simplificados de reconhecimento e de execução do regulamento «Bruxelas I»; A. DOMÍNIOS ABRANGIDOS PELO REGULAMENTO «BRU- XELAS I» Medidas destinadas a reforçar os efeitos, no Estado 1. a etapa requerido, das decisões tomadas no Estado de origem (execução provisória e medidas cautelares). Supressão do exequatur nos domínios abrangidos pelo regula- mento «Bruxelas II» e nas situações familiares geradas por relações que não sejam o casamento. Título Executório Europeu para os créditos não contestados. Simplificação e aceleração da resolução de «pequenas acções» transfronteiras. Supressão do exequatur para as pensões de alimentos. 3. a etapa 2. a etapa ( 1 ) Ficando bem claro que, no que se refere às medidas relativas às decisões sobre a responsabilidade parental (incluindo as relativas Revisão do regulamento «Bruxelas I»: ao direito de visita), há que ter em conta as medidas de acompanhamento referidas no ponto II.B.1), no que se refere à Integração dos progressos precedentes; Alargamento da supressão do exequatur; tomada em consideração do interesse superior do menor e do lugar que este ocupa no processo. ( 2 ) Iniciativa já apresentada pela França. 49

50 C 12/8 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias C. DISSOLUÇÃO DOS REGIMES MATRIMONIAIS E CONSE- E. MEDIDAS DE ACOMPANHAMENTO QUÊNCIAS PATRIMONIAIS DA SEPARAÇÃO DOS CASAIS NÃO CASADOS Já foram propostas duas medidas; a sua adopção afigura-se necessária logo no lançamento do programa: 1. a etapa Instrumento sobre a obtenção de provas; Elaboração de um ou vários instrumentos sobre a competência Implementação da rede judiciária europeia em matéria judiciária, o reconhecimento e a execução das decisões em civil e comercial. matéria de dissolução dos regimes matrimoniais e de consequências patrimoniais da separação de casais não casados: adopção dos mecanismos do regulamento «Bruxelas II». Além disso, relativamente a cada domínio do programa, e em cada etapa, poderão ser previstas as seguintes medidas de 2. a etapa acompanhamento: Normas mínimas de processo civil; Revisão do ou dos instrumentos elaborados na primeira etapa: Harmonização das regras ou normas mínimas em matéria Aplicação dos procedimentos simplificados de reconheci- de citação e notificação dos actos judiciais; mento e de execução do regulamento «Bruxelas I»; Medidas que permitam facilitar a execução das decisões, Medidas destinadas a reforçar os efeitos, no Estado incluindo as que permitam identificar os elementos do requerido, das decisões tomadas no Estado de origem património de um devedor; (execução provisória e medidas cautelares). Medidas destinadas a facilitar o acesso à justiça; 3. a etapa Medidas destinadas a facilitar a informação do público; Supressão do exequatur nos domínios abrangidos pelo instru- mento ou instrumentos elaborados. Medidas relativas à harmonização das regras de conflitos de leis. D. TESTAMENTO E SUCESSÕES LANÇAMENTO, ACOMPANHAMENTO E CONCLUSÃO DO PROGRAMA 1. a etapa O programa inicia-se com o lançamento dos trabalhos relativos Elaboração de um instrumento sobre a competência judiciária, à primeira etapa, num ou em vários domínios. Prossegue o reconhecimento e a execução das decisões em matéria de segundo a ordem das etapas em cada domínio, ficando claro testamentos e de sucessões: adopção dos mecanismos do que poderão ser realizados progressos num domínio mais regulamento «Bruxelas II». rapidamente do que noutro. 2. a etapa Cinco anos após a aprovação do programa, a Comissão apresentará ao Conselho e ao Parlamento um relatório sobre Revisão do instrumento elaborado na primeira etapa: a sua execução. A Comissão fará ao Conselho todas as recomendações que considerar úteis à boa execução do Aplicação dos procedimentos simplificados de reconheci- programa, indicando em particular em que domínios lhe mento e de execução do regulamento «Bruxelas I»; parece serem necessários esforços especiais. Medidas destinadas a reforçar os efeitos, no Estado requerido, das decisões tomadas no Estado de origem O relatório de acompanhamento elaborado pela Comissão (execução provisória e medidas cautelares). poderá conter igualmente recomendações relativas a medidas que não estavam inicialmente previstas no programa e cuja 3. a etapa adopção se afigure necessária posteriormente. Supressão do exequatur nos domínios abrangidos pelo instrumento elaborado. O programa de medidas fica concluído com a generalização da supressão do exequatur. 50

51 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias C 12/9 «Bruxelas II» e situações Regimes matrimoniais e familiares geradas por consequências patrimo- Domínios «Bruxelas I» Testamentos e sucessões Medidas de acompanhamento relações que não sejam o niais da separação de um casamento casal não casado Medidas 1. a etapa: 1. a etapa: 1. a etapa: 1. a etapa: Instrumento sobre a obtenção de provas Título Executório Euro- Supressão do exequatur Elaboração de um ou Elaboração de um peu para os créditos não para as decisões relati- vários instrumentos instrumento sobre o Implementação da rede contestados vas ao direito de visita sobre o reconhecimento reconhecimento mútuo judiciária europeia em «Pequenas acções» Instrumento relativo às mútuo em matéria de em matéria de testa- matéria civil e comercial situações familiares regimes matrimoniais e mentos e sucessões: Supressão do exequatur Normas mínimas de progeradas por relações de consequências patri- adopção dos mecanis- para as pensões de alicesso civil que não sejam o casamentos casais não casados: «Bruxelas II» Harmonização das regras moniais da separação de mos do regulamento mento (instrumento adopção dos mecanisseparado ou revisão de ou normas mínimas em mos do regulamento matéria de citação e notifi- «Bruxelas II») «Bruxelas II» cação dos actos judiciais Alargamento do âmbito Medidas que permitam facide aplicação do ou dos litar a execução das deciinstrumentos adoptasões, incluindo as que perdos às decisões que altemitem identificar elementos ram as condições de do património de um exercício da responsabidevedor lidade parental fixadas em decisões tomadas Medidas destinadas a facili- por ocasião do divórcio ou da separação 2. a etapa: 2. a etapa: 2. a etapa: 2. a etapa: Revisão do regulamento Em relação a cada Revisão do ou dos Revisão do instrumento «Bruxelas I» instrumento anterior- instrumentos elabora- elaborado na primeira integração dos progressos precedentes aplicação dos proce- aplicação dos proce- aplicação dos proce- mente adoptado: dos na primeira etapa: etapa: alargamento da dimentos simplifica- dimentos simplifica- dimentos simplificasupressão do exemento e de execução mento e de execução mento e de execução dos de reconheci- dos de reconheci- dos de reconheci- quatur do regulamento do regulamento do regulamento medidas destinadas a «Bruxelas I» «Bruxelas I» «Bruxelas I» reforçar os efeitos, no Estado requerido, medidas destinadas a medidas destinadas a medidas destinadas a das decisões adoptano Estado requerido, no Estado requerido, no Estado requerido, reforçar os efeitos, reforçar os efeitos, reforçar os efeitos, das no Estado de oridas decisões toma- das decisões toma- das decisões tomagem (execução prodas no Estado de ori- das no Estado de ori- das no Estado de orivisória, medidas caugem (execução pro- gem (execução pro- gem (execução protelares, incluindo a penhora dos bens visória e medidas visória e medidas visória e medidas bancários) cautelares) cautelares) cautelares) tar o acesso à justiça Medidas destinadas a facilitar a informação do público Medidas relativas à harmonização das regras de conflito de leis 3. a etapa: 3. a etapa: 3. a etapa: 3. a etapa: Supressão do exequatur Supressão do exequatur Supressão do exequatur Supressão do exequatur nos domínios abrangi- nos domínios abrangi- nos domínios abrangi- nos domínios abrangidos pelo regulamento dos pelo regulamento dos pelo instrumento dos pelo instrumento «Bruxelas I» «Bruxelas II» e nas ou instrumentos elabo- elaborado situações familiares rados geradas por relações que não sejam o casamento 51

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53 3 Livre circulação das decisões judiciais em matéria civil e comercial 53

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55 3a Regulamento n. 44/2001 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2000, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial, conhecido como Bruxelas I

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57 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/1 I (Actos cuja publicação é uma condição da sua aplicabilidade) REGULAMENTO (CE) N. o 44/2001 DO CONSELHO de 22 de Dezembro de 2000 relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia e, nomeadamente, a alínea c) do seu artigo 61. o e o n. o 1 do seu artigo 67. o, Tendo em conta a proposta da Comissão ( 1 ), (4) Em conformidade com os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade enunciados no artigo 5. o do Tratado, os fins do presente regulamento não podem ser suficientemente alcançados pelos Estados-Membros, e podem ser melhor conseguidos pela Comunidade. O presente regulamento limita-se ao mínimo necessário para atingir os seus fins e não excede o que é indispensável para esse efeito. Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu ( 2 ), Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social ( 3 ), Considerando o seguinte: (1) A Comunidade atribuiu-se como objectivo a manutenção e o desenvolvimento de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça em que seja assegurada a livre circulação das pessoas. Para criar progressivamente tal espaço, a Comunidade deve adoptar, entre outras, as medidas no domínio da cooperação judiciária em matéria civil que sejam necessárias para o bom funcionamento do mercado interno. (2) Certas disparidades das regras nacionais em matéria de competência judicial e de reconhecimento de decisões judiciais dificultam o bom funcionamento do mercado interno. São indispensáveis disposições que permitam unificar as regras de conflito de jurisdição em matéria civil e comercial, bem como simplificar as formalidades com vista ao reconhecimento e à execução rápidos e simples das decisões proferidas nos Estados-Membros abrangidos pelo presente regulamento. (3) Esta matéria insere-se no domínio da cooperação judiciária em matéria civil, nos termos do artigo 65. o do Tratado. ( 1 ) JO C 376 de , p. 1. ( 2 ) Parecer emitido em 21 de Setembro de 2000 (ainda não publicado no Jornal Oficial). ( 3 ) JO C 117 de , p. 6. (5) Os Estados-Membros celebraram, em 27 de Setembro de 1968, no âmbito do quarto travessão do artigo 293. o do Tratado, a Convenção de Bruxelas relativa à competência judiciária e à execução de decisões em matéria civil e comercial (a seguir designada por «Convenção de Bruxelas»), que foi alterada pelas convenções de adesão dos novos Estados-Membros a esta convenção ( 4 ). Em 16 de Setembro de 1988, os Estados-Membros e os Estados da EFTA celebraram a Convenção de Lugano relativa à competência judiciária e à execução de decisões em matéria civil e comercial, que é paralela à Convenção de Bruxelas de Estas convenções foram objecto de trabalhos de revisão, tendo o Conselho aprovado o conteúdo do texto revisto. Há que assegurar a continuidade dos resultados obtidos no quadro dessa revisão. (6) Para alcançar o objectivo da livre circulação das decisões em matéria civil e comercial, é necessário e adequado que as regras relativas à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução das decisões sejam determinadas por um instrumento jurídico comunitário vinculativo e directamente aplicável. (7) O âmbito de aplicação material do presente regulamento deverá incluir o essencial da matéria civil e comercial com excepção de certas matérias bem definidas. ( 4 ) JO L 299 de , p. 32. JO L 304 de , p. 1. JO L 388 de , p. 1. JO L 285 de , p. 1. JO C 15 de , p. 1. Para a versão consolidada ver JO C 27 de , p

58 L 12/2 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias (8) Os litígios abrangidos pelo presente regulamento devem ter conexão com o território dos Estados-Membros que este vincula. Devem, portanto, aplicar-se, em princípio, as regras comuns em matéria de competência sempre que o requerido esteja domiciliado num desses Estados- -Membros. (9) Os requeridos não domiciliados num Estado-Membro estão de uma forma geral sujeitos às regras nacionais de jurisdição aplicáveis no território do Estado do órgão jurisdicional que conhece do processo e os requeridos domiciliados num Estado-Membro não vinculado pelo presente regulamento devem continuar sujeitos à Convenção de Bruxelas. (10) Para efeitos da livre circulação das decisões judiciais, as decisões proferidas num Estado-Membro vinculado pelo presente regulamento devem ser reconhecidas e executadas num outro Estado-Membro vinculado pelo presente regulamento, mesmo se o devedor condenado estiver domiciliado num Estado terceiro. (11) As regras de competência devem apresentar um elevado grau de certeza jurídica e devem articular-se em torno do princípio de que em geral a competência tem por base o domicílio do requerido e que tal competência deve estar sempre disponível, excepto em alguns casos bem determinados em que a matéria em litígio ou a autonomia das partes justificam outro critério de conexão. No respeitante às pessoas colectivas, o domicílio deve ser definido de forma autónoma, de modo a aumentar a transparência das regras comuns e evitar os conflitos de jurisdição. (12) O foro do domicílio do requerido deve ser completado pelos foros alternativos permitidos em razão do vínculo estreito entre a jurisdição e o litígio ou com vista a facilitar uma boa administração da justiça. (13) No respeitante aos contratos de seguro, de consumo e de trabalho, é conveniente proteger a parte mais fraca por meio de regras de competência mais favoráveis aos seus interesses do que a regra geral. (14) A autonomia das partes num contrato que não seja de seguro, de consumo ou de trabalho quanto à escolha do tribunal competente, no caso de apenas ser permitida uma autonomia mais limitada, deve ser respeitada sob reserva das competências exclusivas definidas pelo presente regulamento. (15) O funcionamento harmonioso da justiça a nível comunitário obriga a minimizar a possibilidade de instaurar processos concorrentes e a evitar que sejam proferidas decisões inconciliáveis em dois Estados-Membros competentes. Importa prever um mecanismo claro e eficaz para resolver os casos de litispendência e de conexão e para obviar aos problemas resultantes das divergências nacionais quanto à data a partir da qual um processo é considerado pendente. Para efeitos do presente regulamento, é conveniente fixar esta data de forma autónoma. (16) A confiança recíproca na administração da justiça no seio da Comunidade justifica que as decisões judiciais proferidas num Estado-Membro sejam automaticamente reconhecidas, sem necessidade de recorrer a qualquer procedimento, excepto em caso de impugnação. (17) A mesma confiança recíproca implica a eficácia e a rapidez do procedimento para tornar executória num Estado-Membro uma decisão proferida noutro Estado- -Membro. Para este fim, a declaração de executoriedade de uma decisão deve ser dada de forma quase automática, após um simples controlo formal dos documentos fornecidos, sem a possibilidade de o tribunal invocar por sua própria iniciativa qualquer dos fundamentos previstos pelo presente regulamento para uma decisão não ser executada. (18) O respeito pelos direitos de defesa impõe, todavia, que o requerido possa interpor recurso, examinado de forma contraditória, contra a declaração de executoriedade, se entender que é aplicável qualquer fundamento para a não execução. Também deve ser dada ao requerente a possibilidade de recorrer, se lhe for recusada a declaração de executoriedade. (19) Para assegurar a continuidade entre a Convenção de Bruxelas e o presente regulamento, há que prever disposições transitórias. A mesma continuidade deve ser assegurada no que diz respeito à interpretação das disposições da Convenção de Bruxelas pelo Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias e o protocolo de 1971 ( 1 ) também deve continuar a aplicar-se aos processos já pendentes à data em que o regulamento entra em vigor. (20) Nos termos do artigo 3. o do Protocolo sobre a posição do Reino Unido e da Irlanda, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, estes Estados declararam que desejam participar na aprovação e aplicação do presente regulamento. (21) Em conformidade com os artigos 1. o e 2. o do Protocolo sobre a posição da Dinamarca, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade ( 1 ) JO L 204 de , p. 28. JO L 304 de , p. 1. JO L 388 de , p. 1. JO L 285 de , p. 1. JO C 15 de , p. 1. Ver texto consolidado no JO C 27 de , p

59 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/3 Europeia, este Estado não participa na aprovação do presente regulamento e, por conseguinte, não está vinculado pelo mesmo nem sujeito à sua aplicação. ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO: (22) Dado que a Convenção de Bruxelas se mantém em vigor nas relações entre a Dinamarca e os Estados-Membros vinculados pelo presente regulamento, esta convenção e o protocolo de 1971 continuarão a ser aplicáveis entre a Dinamarca e os Estados-Membros vinculados pelo presente regulamento. (23) A Convenção de Bruxelas deverá também continuar a aplicar-se aos territórios dos Estados-Membros que são abrangidos pela aplicação territorial da convenção e que ficam excluídos do presente regulamento por força do artigo 299. o do Tratado. CAPÍTULO I ÂMBITO DE APLICAÇÃO Artigo 1. o 1. O presente regulamento aplica-se em matéria civil e comercial e independentemente da natureza da jurisdição. O presente regulamento não abrange, nomeadamente, as matérias fiscais, aduaneiras e administrativas. (24) A mesma preocupação de coerência determina que o presente regulamento não afecte as regras sobre a competência e o reconhecimento de decisões definidas em instrumentos comunitários específicos. (25) O respeito dos compromissos internacionais subscritos pelos Estados-Membros implica que o presente regulamento não afecte as convenções em que são parte os Estados-Membros e que incidam sobre matérias especiais. (26) É conveniente flexibilizar as regras de princípio previstas pelo presente regulamento para ter em conta as particularidades processuais de certos Estados-Membros. Devem, por conseguinte, ser introduzidas no presente regulamento certas disposições do protocolo anexo à Convenção de Bruxelas. 2. São excluídos da sua aplicação: a) O estado e a capacidade das pessoas singulares, os regimes matrimoniais, os testamentos e as sucessões; b) As falências, as concordatas e os processos análogos; c) A segurança social; d) A arbitragem. 3. Para efeitos do presente regulamento, entende-se por «Estado-Membro», qualquer Estado-Membro excepto a Dinamarca. (27) A fim de assegurar uma transição harmoniosa em certos domínios que são objecto de disposições especiais no protocolo anexo à Convenção de Bruxelas, o presente regulamento prevê, por um período transitório, disposições que atendem à situação específica em certos Estados-Membros. (28) O mais tardar cinco anos após a entrada em vigor do presente regulamento, a Comissão apresentará um relatório sobre a sua aplicação e, se necessário, fará eventualmente propostas de adaptação. CAPÍTULO II COMPETÊNCIA S e c ç ã o 1 Disposições gerais (29) A Comissão deverá modificar os anexos I a IV relativos às regras de competência nacionais, aos tribunais ou autoridades competentes e às vias de recurso com base nas alterações transmitidas pelo Estado-Membro em causa. As modificações aos anexos V e VI devem ser aprovadas de acordo com o disposto na Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão ( 1 ), ( 1 ) JO L 184 de , p. 23. Artigo 2. o 1. Sem prejuízo do disposto no presente regulamento, as pessoas domiciliadas no território de um Estado-Membro devem ser demandadas, independentemente da sua nacionalidade, perante os tribunais desse Estado. 2. As pessoas que não possuam a nacionalidade do Estado- -Membro em que estão domiciliadas ficam sujeitas nesse Estado- -Membro às regras de competência aplicáveis aos nacionais. 59

60 L 12/4 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias Artigo 3. o 1. As pessoas domiciliadas no território de um Estado-Membro só podem ser demandadas perante os tribunais de um outro Estado-Membro por força das regras enunciadas nas secções 2 a 7 do presente capítulo. 2. Em matéria de obrigação alimentar, perante o tribunal do lugar em que o credor de alimentos tem o seu domicílio ou a sua residência habitual ou, tratando-se de pedido acessório de acção sobre o estado de pessoas, perante o tribunal competente segundo a lei do foro, salvo se esta competência for unicamente fundada na nacionalidade de uma das partes; 2. Contra elas não podem ser invocadas, nomeadamente, as regras de competência nacionais constantes do anexo I. 3. Em matéria extracontratual, perante o tribunal do lugar onde ocorreu ou poderá ocorrer o facto danoso; Artigo 4. o 1. Se o requerido não tiver domicílio no território de um Estado-Membro, a competência será regulada em cada Estado- -Membro pela lei desse Estado-Membro, sem prejuízo da aplicação do disposto nos artigos 22. o e 23. o 2. Qualquer pessoa, independentemente da sua nacionalidade, com domicílio no território de um Estado-Membro, pode, tal como os nacionais, invocar contra esse requerido as regras de competência que estejam em vigor nesse Estado-Membro e, nomeadamente, as previstas no anexo I. S e c ç ã o 2 Competências especiais 4. Se se tratar de acção de indemnização ou de acção de restituição fundadas numa infracção, perante o tribunal onde foi intentada a acção pública, na medida em que, de acordo com a sua lei, esse tribunal possa conhecer da acção cível; 5. Se se tratar de um litígio relativo à exploração de uma sucursal, de uma agência ou de qualquer outro estabelecimento, perante o tribunal do lugar da sua situação; 6. Na qualidade de fundador, de «trustee» ou de beneficiário de um «trust» constituído, quer nos termos da lei quer por escrito ou por acordo verbal confirmado por escrito, perante os tribunais do Estado-Membro em cujo território o «trust» tem o seu domicílio; 7. Se se tratar de um litígio relativo a reclamação sobre remuneração devida por assistência ou salvamento de que tenha beneficiado uma carga ou um frete, perante o tribunal em cuja jurisdição essa carga ou o respectivo frete: Artigo 5. o a) Tenha sido arrestado para garantir esse pagamento; ou Uma pessoa com domicílio no território de um Estado-Membro pode ser demandada noutro Estado-Membro: b) Poderia ter sido arrestado, para esse efeito, se não tivesse sido prestada caução ou outra garantia, 1. a) Em matéria contratual, perante o tribunal do lugar onde foi ou deva ser cumprida a obrigação em questão; b) Para efeitos da presente disposição e salvo convenção em contrário, o lugar de cumprimento da obrigação em questão será: no caso da venda de bens, o lugar num Estado- -Membro onde, nos termos do contrato, os bens foram ou devam ser entregues, no caso da prestação de serviços, o lugar num Estado-Membro onde, nos termos do contrato, os serviços foram ou devam ser prestados; c) Se não se aplicar a alínea b), será aplicável a alínea a); a presente disposição só se aplica quando se alegue que o requerido tem direito sobre a carga ou sobre o frete ou que tinha tal direito no momento daquela assistência ou daquele salvamento. Artigo 6. o Uma pessoa com domicílio no território de um Estado-Membro pode também ser demandada: 1. Se houver vários requeridos, perante o tribunal do domicílio de qualquer um deles, desde que os pedidos estejam 60

61 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/5 ligados entre si por um nexo tão estreito que haja interesse em que sejam instruídos e julgados simultaneamente para evitar soluções que poderiam ser inconciliáveis se as causas fossem julgadas separadamente; 2. Se se tratar de chamamento de um garante à acção ou de qualquer incidente de intervenção de terceiros, perante o tribunal onde foi instaurada a acção principal, salvo se esta tiver sido proposta apenas com o intuito de subtrair o terceiro à jurisdição do tribunal que seria competente nesse caso; 3. Se se tratar de um pedido reconvencional que derive do contrato ou do facto em que se fundamenta a acção principal, perante o tribunal onde esta última foi instaurada; 4. Em matéria contratual, se a acção puder ser apensada a uma acção em matéria de direitos reais sobre imóveis dirigida contra o mesmo requerido, perante o tribunal do Estado-Membro em cujo território está situado o imóvel. c) Tratando-se de um co-segurador, perante o tribunal de um Estado-Membro onde tiver sido instaurada acção contra o segurador principal. 2. O segurador que, não tendo domicílio no território de um Estado-Membro, possua sucursal, agência ou qualquer outro estabelecimento num Estado-Membro, será considerado, quanto aos litígios relativos à exploração daqueles, como tendo domicílio no território desse Estado-Membro. Artigo 10. o O segurador pode também ser demandado perante o tribunal do lugar onde o facto danoso ocorreu quando se trate de um seguro de responsabilidade civil ou de um seguro que tenha por objecto bens imóveis. Aplica-se a mesma regra quando se trata de um seguro que incida simultaneamente sobre bens imóveis e móveis cobertos pela mesma apólice e atingidos pelo mesmo sinistro. Artigo 7. o Sempre que, por força do presente regulamento, um tribunal de um Estado-Membro for competente para conhecer das acções de responsabilidade emergente da utilização ou da exploração de um navio, esse tribunal, ou qualquer outro que, segundo a lei interna do mesmo Estado-Membro, se lhe substitua, será também competente para conhecer dos pedidos relativos à limitação daquela responsabilidade. Artigo 11. o 1. Em matéria de seguros de responsabilidade civil, o segurador pode também ser chamado perante o tribunal onde for proposta a acção do lesado contra o segurado, desde que a lei desse tribunal assim o permita. 2. O disposto nos artigos 8. o, 9. o e 10. o aplica-se no caso de acção intentada pelo lesado directamente contra o segurador, sempre que tal acção directa seja possível. S e c ç ã o 3 Competência em matéria de seguros 3. Se o direito aplicável a essa acção directa previr o incidente do chamamento do tomador do seguro ou do segurado, o mesmo tribunal será igualmente competente quanto a eles. Artigo 8. o Em matéria de seguros, a competência é determinada pela presente secção, sem prejuízo do disposto no artigo 4. o e no ponto 5 do artigo 5. o Artigo 12. o 1. Sem prejuízo do disposto no n. o 3 do artigo 11. o, o segurador só pode intentar uma acção perante os tribunais do Estado-Membro em cujo território estiver domiciliado o requerido, quer este seja tomador do seguro, segurado ou beneficiário. Artigo 9. o 1. O segurador domiciliado no território de um Estado- -Membro pode ser demandado: 2. O disposto na presente secção não prejudica o direito de formular um pedido reconvencional perante o tribunal em que tiver sido instaurada a acção principal nos termos da presente secção. a) Perante os tribunais do Estado-Membro em que tiver domicílio; ou b) Noutro Estado-Membro, em caso de acções intentadas pelo tomador de seguro, o segurado ou um beneficiário, perante o tribunal do lugar em que o requerente tiver o seu domicílio; ou Artigo 13. o As partes só podem convencionar derrogações ao disposto na presente secção desde que tais convenções: 1. Sejam posteriores ao surgimento do litígio; ou 61

62 L 12/6 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias Permitam ao tomador do seguro, ao segurado ou ao beneficiário recorrer a tribunais que não sejam os indicados na presente secção; ou 3. Sejam concluídas entre um tomador do seguro e um segurador, ambos com domicílio num mesmo Estado-Membro, e tenham por efeito atribuir competência aos tribunais desse Estado, mesmo que o facto danoso ocorra no estrangeiro, salvo se a lei desse Estado não permitir tais convenções; ou 4. Sejam concluídas por um tomador do seguro que não tenha domicílio num Estado-Membro, salvo se se tratar de um seguro obrigatório ou relativo a imóvel sito num Estado-Membro; ou 4. Qualquer risco ligado acessoriamente a um dos indicados nos pontos 1 a 3; 5. Independentemente dos pontos 1 a 4 acima, todos os «grandes riscos» tal como definidos na Directiva 73/239/CEE do Conselho ( 1 ), alterada pelas Directivas 88/357/CEE ( 2 ) e 90/618/CEE ( 3 ), com as respectivas alterações em vigor. S e c ç ã o 4 Competência em matéria de contratos celebrados por consumidores 5. Digam respeito a um contrato de seguro que cubra um ou mais dos riscos enumerados no artigo 14. o Artigo 15. o Artigo 14. o Os riscos a que se refere o ponto 5 do artigo 13. o são os seguintes: 1. Qualquer dano: a) Em navios de mar, nas instalações ao largo da costa e no alto mar ou em aeronaves, causado por eventos relacionados com a sua utilização para fins comerciais; b) Nas mercadorias que não sejam bagagens dos passageiros, durante um transporte realizado por aqueles navios ou aeronaves, quer na totalidade quer em combinação com outros meios de transporte; 2. Qualquer responsabilidade, com excepção da relativa aos danos corporais dos passageiros ou à perda ou aos danos nas suas bagagens: a) Resultante da utilização ou da exploração dos navios, instalações ou aeronaves, em conformidade com a alínea a) do ponto 1, desde que, no que respeita a estas últimas, a lei do Estado-Membro de matrícula da aeronave não proíba as cláusulas atributivas de jurisdição no seguro de tais riscos; b) Pela perda ou pelos danos causados em mercadorias durante um transporte, nos termos da alínea b) do ponto 1; 3. Qualquer perda pecuniária relacionada com a utilização ou a exploração dos navios, instalações ou aeronaves, em conformidade com a alínea a) do ponto 1, nomeadamente a perda do frete ou do benefício do afretamento; 1. Em matéria de contrato celebrado por uma pessoa para finalidade que possa ser considerada estranha à sua actividade comercial ou profissional, a seguir denominada «o consumidor», a competência será determinada pela presente secção, sem prejuízo do disposto no artigo 4. o e no ponto 5 do artigo 5. o : a) Quando se trate de venda, a prestações, de bens móveis corpóreos; ou b) Quando se trate de empréstimo a prestações ou de outra operação de crédito relacionados com o financiamento da venda de tais bens; ou c) Em todos os outros casos, quando o contrato tenha sido concluído com uma pessoa que tem actividade comercial ou profissional no Estado-Membro do domicílio do consumidor ou dirige essa actividade, por quaisquer meios, a esse Estado-Membro ou a vários Estados incluindo esse Estado-Membro, e o dito contrato seja abrangido por essa actividade. 2. O co-contratante do consumidor que, não tendo domicílio no território de um Estado-Membro, possua sucursal, agência ou qualquer outro estabelecimento num Estado-Membro será considerado, quanto aos litígios relativos à exploração daqueles, como tendo domicílio no território desse Estado. 3. O disposto na presente secção não se aplica ao contrato de transporte, com excepção do contrato de fornecimento de uma combinação de viagem e alojamento por um preço global. ( 1 ) JO L 228 de , p. 3. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2000/26/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 181 de , p. 65). ( 2 ) JO L 172 de , p. 1. Directiva com a última redacção que lhe foi dada pela Directiva 2000/26/CE. ( 3 ) JO L 330 de , p

63 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/7 Artigo 16. o Artigo 19. o 1. O consumidor pode intentar uma acção contra a outra parte no contrato, quer perante os tribunais do Estado-Membro em cujo território estiver domiciliada essa parte, quer perante o tribunal do lugar onde o consumidor tiver domicílio. 2. A outra parte no contrato só pode intentar uma acção contra o consumidor perante os tribunais do Estado-Membro em cujo território estiver domiciliado o consumidor. 3. O disposto no presente artigo não prejudica o direito de formular um pedido reconvencional perante o tribunal em que tiver sido instaurada a acção principal, nos termos da presente secção. Artigo 17. o Uma entidade patronal que tenha domicílio no território de um Estado-Membro pode ser demandada: 1. Perante os tribunais do Estado-Membro em cujo território tiver domicílio; ou 2. Noutro Estado-Membro: a) Perante o tribunal do lugar onde o trabalhador efectua habitualmente o seu trabalho ou perante o tribunal do lugar onde efectuou mais recentemente o seu trabalho; ou b) Se o trabalhador não efectua ou não efectuou habitualmente o seu trabalho no mesmo país, perante o tribunal do lugar onde se situa ou se situava o estabelecimento que contratou o trabalhador. As partes só podem convencionar derrogações ao disposto na presente secção desde que tais convenções: 1. Sejam posteriores ao nascimento do litígio; ou 2. Permitam ao consumidor recorrer a tribunais que não sejam os indicados na presente secção; ou 3. Sejam concluídas entre o consumidor e o seu co-contratante, ambos com domicílio ou residência habitual, no momento da celebração do contrato, num mesmo Estado- -Membro, e atribuam competência aos tribunais desse Estado-Membro, salvo se a lei desse Estado-Membro não permitir tais convenções. S e c ç ã o 5 Artigo 20. o 1. Uma entidade patronal só pode intentar uma acção perante os tribunais do Estado-Membro em cujo território o trabalhador tiver domicílio. 2. O disposto na presente secção não prejudica o direito de formular um pedido reconvencional perante o tribunal em que tiver sido instaurada a acção principal, nos termos da presente secção. Artigo 21. o As partes só podem convencionar derrogações ao disposto na presente secção, desde que tais convenções: 1. Sejam posteriores ao surgimento do litígio; ou Competência em matéria de contratos individuais de trabalho 2. Permitam ao trabalhador recorrer a tribunais que não sejam os indicados na presente secção. Artigo 18. o S e c ç ã o 6 1. Em matéria de contrato individual de trabalho, a competência será determinada pela presente secção, sem prejuízo do disposto no artigo 4. o e no ponto 5 do artigo 5. o 2. Se um trabalhador celebrar um contrato individual de trabalho com uma entidade patronal que não tenha domicílio no território de um Estado-Membro mas tenha uma filial, agência ou outro estabelecimento num dos Estados-Membros, considera-se para efeitos de litígios resultantes do funcionamento dessa filial, agência ou estabelecimento, que a entidade patronal tem o seu domicílio nesse Estado-Membro. Competências exclusivas Artigo 22. o Têm competência exclusiva, qualquer que seja o domicílio: 1. Em matéria de direitos reais sobre imóveis e de arrendamento de imóveis, os tribunais do Estado-Membro onde o imóvel se encontre situado. 63

64 L 12/8 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias Todavia, em matéria de contratos de arrendamento de imóveis celebrados para uso pessoal temporário por um período máximo de seis meses consecutivos, são igualmente competentes os tribunais do Estado-Membro onde o requerido tiver domicílio, desde que o arrendatário seja uma pessoa singular e o proprietário e o arrendatário tenham domicílio no mesmo Estado-Membro; 2. Em matéria de validade, de nulidade ou de dissolução das sociedades ou outras pessoas colectivas que tenham a sua sede no território de um Estado-Membro, ou de validade ou nulidade das decisões dos seus órgãos, os tribunais desse Estado-Membro. Para determinar essa sede, o tribunal aplicará as regras do seu direito internacional privado; 3. Em matéria de validade de inscrições em registos públicos, os tribunais do Estado-Membro em cujo território esses registos estejam conservados; relação jurídica, esse tribunal ou esses tribunais terão competência. Essa competência será exclusiva a menos que as partes convencionem em contrário. Este pacto atributivo de jurisdição deve ser celebrado: a) Por escrito ou verbalmente com confirmação escrita; ou b) Em conformidade com os usos que as partes estabeleceram entre si; ou c) No comércio internacional, em conformidade com os usos que as partes conheçam ou devam conhecer e que, em tal comércio, sejam amplamente conhecidos e regularmente observados pelas partes em contratos do mesmo tipo, no ramo comercial considerado. 4. Em matéria de inscrição ou de validade de patentes, marcas, desenhos e modelos, e outros direitos análogos sujeitos a depósito ou a registo, os tribunais do Estado-Membro em cujo território o depósito ou o registo tiver sido requerido, efectuado ou considerado efectuado nos termos de um instrumento comunitário ou de uma convenção internacional. Sem prejuízo da competência do Instituto Europeu de Patentes, nos termos da convenção relativa à emissão de patentes europeias, assinada em Munique em 5 de Outubro de 1973, os tribunais de cada Estado-Membro são os únicos competentes, sem consideração de domicílio, em matéria de inscrição ou de validade de uma patente europeia emitida para esse Estado; 5. Em matéria de execução de decisões, os tribunais do Estado-Membro do lugar da execução. 2. Qualquer comunicação por via electrónica que permita um registo duradouro do pacto equivale à «forma escrita». 3. Sempre que tal pacto atributivo de jurisdição for celebrado por partes das quais nenhuma tenha domicílio num Estado-Membro, os tribunais dos outros Estados-Membros não podem conhecer do litígio, a menos que o tribunal ou os tribunais escolhidos se tenham declarado incompetentes. 4. O tribunal ou os tribunais de um Estado-Membro, a que o acto constitutivo de um «trust» atribuir competência, têm competência exclusiva para conhecer da acção contra um fundador, um «trustee» ou um beneficiário de um «trust», se se tratar de relações entre essas pessoas ou dos seus direitos ou obrigações no âmbito do «trust». S e c ç ã o 7 5. Os pactos atributivos de jurisdição bem como as estipulações similares de actos constitutivos de «trust» não produzirão efeitos se forem contrários ao disposto nos artigos 13. o, 17. o e 21. o, ou se os tribunais cuja competência pretendam afastar tiverem competência exclusiva por força do artigo 22. o Extensão de competência Artigo 23. o Artigo 24. o 1. Se as partes, das quais pelo menos uma se encontre domiciliada no território de um Estado-Membro, tiverem convencionado que um tribunal ou os tribunais de um Estado- -Membro têm competência para decidir quaisquer litígios que tenham surgido ou que possam surgir de uma determinada Para além dos casos em que a competência resulte de outras disposições do presente regulamento, é competente o tribunal de um Estado-Membro perante o qual o requerido compareça. Esta regra não é aplicável se a comparência tiver como único objectivo arguir a incompetência ou se existir outro tribunal com competência exclusiva por força do artigo 22. o 64

65 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/9 S e c ç ã o 8 Verificação da competência e da admissibilidade 1. Quando acções com o mesmo pedido e a mesma causa de pedir e entre as mesmas partes forem submetidas à apreciação de tribunais de diferentes Estados-Membros, o tribunal a que a acção foi submetida em segundo lugar suspende oficiosamente a instância, até que seja estabelecida a competência do tribunal a que a acção foi submetida em primeiro lugar. Artigo 25. o O juiz de um Estado-Membro, perante o qual tiver sido proposta, a título principal, uma acção relativamente à qual tenha competência exclusiva um tribunal de outro Estado-Membro por força do artigo 22. o, declarar-se-á oficiosamente incompetente. Artigo 26. o 2. Quando estiver estabelecida a competência do tribunal a que a acção foi submetida em primeiro lugar, o segundo tribunal declara-se incompetente em favor daquele. Artigo 28. o 1. Quando acções conexas estiverem pendentes em tribunais de diferentes Estados-Membros, o tribunal a que a acção foi submetida em segundo lugar pode suspender a instância. 1. Quando o requerido domiciliado no território de um Estado-Membro for demandado perante um tribunal de outro Estado-Membro e não compareça, o juiz declarar-se-á oficiosamente incompetente se a sua competência não resultar das disposições do presente regulamento. 2. O juiz deve suspender a instância, enquanto não se verificar que a esse requerido foi dada a oportunidade de receber o acto que iniciou a instância, ou acto equivalente, em tempo útil para apresentar a sua defesa, ou enquanto não se verificar que para o efeito foram efectuadas todas as diligências. 3. Será aplicável, em vez do disposto no n. o 2, o artigo 19. o do Regulamento (CE) n. o 1348/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo à citação e à notificação dos actos judiciais e extrajudiciais em matéria civil e comercial nos Estados- -Membros ( 1 ), se o acto que iniciou a instância tiver sido transmitido por um Estado-Membro a outro em execução desse regulamento. 4. Nos casos em que não sejam aplicáveis as disposições do Regulamento (CE) n. o 1348/2000, será aplicável o artigo 15. o da Convenção da Haia, de 15 de Novembro de 1965, relativa à citação e à notificação no estrangeiro dos actos judiciais e extrajudiciais em matérias civil e comercial, se o acto que iniciou a instância tiver sido transmitido em aplicação dessa convenção. S e c ç ã o 9 Litispendência e conexão Artigo 27. o ( 1 ) JO L 160 de , p Se essas acções estiverem pendentes em primeira instância, o tribunal a que a acção foi submetida em segundo lugar pode igualmente declarar-se incompetente, a pedido de uma das partes, se o tribunal a que a acção foi submetida em primeiro lugar for competente e a sua lei permitir a apensação das acções em questão. 3. Para efeitos do presente artigo, consideram-se conexas as acções ligadas entre si por um nexo tão estreito que haja interesse em que sejam instruídas e julgadas simultaneamente para evitar soluções que poderiam ser inconciliáveis se as causas fossem julgadas separadamente. Artigo 29. o Sempre que as acções forem da competência exclusiva de vários tribunais, qualquer tribunal a que a acção tenha sido submetida posteriormente deve declarar-se incompetente em favor daquele a que a acção tenha sido submetida em primeiro lugar. Artigo 30. o Para efeitos da presente secção, considera-se que a acção está submetida à apreciação do tribunal: 1. Na data em que é apresentado ao tribunal o acto que determina o início da instância ou um acto equivalente, desde que o requerente não tenha posteriormente deixado de tomar as medidas que lhe incumbem para que seja feita a citação ao requerido; ou 2. Se o acto tiver de ser citado antes de ser apresentado ao tribunal, na data em que é recebido pela autoridade responsável pela citação, desde que o requerente não tenha posteriormente deixado de tomar as medidas que lhe incumbem para que o acto seja apresentado ao tribunal. 65

66 L 12/10 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias S e c ç ã o 1 0 Medidas provisórias e cautelares Artigo 31. o As medidas provisórias ou cautelares previstas na lei de um Estado-Membro podem ser requeridas às autoridades judiciais desse Estado, mesmo que, por força do presente regulamento, um tribunal de outro Estado-Membro seja competente para conhecer da questão de fundo. CAPÍTULO III 2. Se o acto que iniciou a instância, ou acto equivalente, não tiver sido comunicado ou notificado ao requerido revel, em tempo útil e de modo a permitir-lhe a defesa, a menos que o requerido não tenha interposto recurso contra a decisão embora tendo a possibilidade de o fazer; 3. Se for inconciliável com outra decisão proferida quanto às mesmas partes no Estado-Membro requerido; 4. Se for inconciliável com outra anteriormente proferida noutro Estado-Membro ou num Estado terceiro entre as mesmas partes, em acção com o mesmo pedido e a mesma causa de pedir, desde que a decisão proferida anteriormente reúna as condições necessárias para ser reconhecida no Estado-Membro requerido. RECONHECIMENTO E EXECUÇÃO Artigo 35. o Artigo 32. o Para efeitos do presente regulamento, considera-se «decisão» qualquer decisão proferida por um tribunal de um Estado- -Membro independentemente da designação que lhe for dada, tal como acórdão, sentença, despacho judicial ou mandado de execução, bem como a fixação pelo secretário do tribunal do montante das custas do processo. S e c ç ã o 1 Reconhecimento Artigo 33. o 1. As decisões não serão igualmente reconhecidas se tiver sido desrespeitado o disposto nas secções 3, 4 e 6 do capítulo II ou no caso previsto no artigo 72. o 2. Na apreciação das competências referidas no parágrafo anterior, a autoridade requerida estará vinculada às decisões sobre a matéria de facto com base nas quais o tribunal do Estado-Membro de origem tiver fundamentado a sua competência. 3. Sem prejuízo do disposto nos primeiros e segundo parágrafos, não pode proceder-se ao controlo da competência dos tribunais do Estado-Membro de origem. As regras relativas à competência não dizem respeito à ordem pública a que se refere o ponto 1 do artigo 34. o 1. As decisões proferidas num Estado-Membro são reconhecidas nos outros Estados-Membros, sem necessidade de recurso a qualquer processo. 2. Em caso de impugnação, qualquer parte interessada que invoque o reconhecimento a título principal pode pedir, nos termos do processo previsto nas secções 2 e 3 do presente capítulo, o reconhecimento da decisão. 3. Se o reconhecimento for invocado a título incidental perante um tribunal de um Estado-Membro, este será competente para dele conhecer. Artigo 34. o Uma decisão não será reconhecida: 1. Se o reconhecimento for manifestamente contrário à ordem pública do Estado-Membro requerido; Artigo 36. o As decisões estrangeiras não podem, em caso algum, ser objecto de revisão de mérito. Artigo 37. o 1. A autoridade judicial de um Estado-Membro, perante o qual se invocar o reconhecimento de uma decisão proferida noutro Estado-Membro, pode suspender a instância se essa decisão for objecto de recurso ordinário. 2. A autoridade judicial de um Estado-Membro perante o qual se invocar o reconhecimento de uma decisão proferida na Irlanda ou no Reino Unido e cuja execução for suspensa no Estado-Membro de origem por força de interposição de um recurso, pode suspender a instância. 66

67 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/11 S e c ç ã o 2 Execução Artigo 38. o 1. As decisões proferidas num Estado-Membro e que nesse Estado tenham força executiva podem ser executadas noutro Estado-Membro depois de nele terem sido declaradas executórias, a requerimento de qualquer parte interessada. 2. Todavia, no Reino Unido, tais decisões são executadas na Inglaterra e no País de Gales, na Escócia e na Irlanda do Norte, depois de registadas para execução, a requerimento de qualquer parte interessada numa dessas regiões do Reino Unido, conforme o caso. Artigo 39. o 1. O requerimento deve ser apresentado ao tribunal ou à autoridade competente indicados na lista constante do anexo II. 2. O tribunal territorialmente competente determina-se pelo domicílio da parte contra a qual a execução for promovida ou pelo lugar da execução. Artigo 43. o 1. Qualquer das partes pode interpor recurso da decisão sobre o pedido de declaração de executoriedade. 2. O recurso é interposto junto do tribunal indicado na lista constante do anexo III. 3. O recurso é tratado segundo as regras do processo contraditório. 4. Se a parte contra a qual a execução é promovida não comparecer perante o tribunal de recurso nas acções relativas a um recurso interposto pelo requerente, aplica-se o disposto nos n. os 2 a 4 do artigo 26. o, mesmo que a parte contra a qual a execução é promovida não tenha domicílio no território de um Estado-Membro. 5. O recurso da declaração de executoriedade é interposto no prazo de um mês a contar da sua notificação. Se a parte contra a qual a execução é promovida tiver domicílio num Estado-Membro diferente daquele onde foi proferida a declaração de executoriedade, o prazo será de dois meses e começará a correr desde o dia em que tiver sido feita a citação pessoal ou domiciliária. Este prazo não é susceptível de prorrogação em razão da distância. Artigo 40. o 1. A forma de apresentação do requerimento regula-se pela lei do Estado-Membro requerido. 2. O requerente deve escolher domicílio na área de jurisdição do tribunal em que tiver sido apresentado o requerimento. Todavia, se a lei do Estado-Membro requerido não previr a escolha de domicílio, o requerente designará um mandatário ad litem. 3. Os documentos referidos no artigo 53. o devem ser juntos ao requerimento. Artigo 41. o A decisão será imediatamente declarada executória quando estiverem cumpridos os trâmites previstos no artigo 53. o, sem verificação dos motivos referidos nos artigos 34. o e 35. o A parte contra a qual a execução é promovida não pode apresentar observações nesta fase do processo. Artigo 42. o 1. A decisão sobre o pedido de declaração de executoriedade será imediatamente levada ao conhecimento do requerente, na forma determinada pela lei do Estado-Membro requerido. 2. A declaração de executoriedade será notificada à parte contra quem é pedida a execução, e será acompanhada da decisão, se esta não tiver sido já notificada a essa parte. Artigo 44. o A decisão proferida no recurso apenas pode ser objecto do recurso referido no anexo IV. Artigo 45. o 1. O tribunal onde foi interposto o recurso ao abrigo dos artigos 43. o ou 44. o apenas recusará ou revogará a declaração de executoriedade por um dos motivos especificados nos artigos 34. o e 35. o Este tribunal decidirá sem demora. 2. As decisões estrangeiras não podem, em caso algum, ser objecto de revisão de mérito. Artigo 46. o 1. O tribunal onde foi interposto recurso ao abrigo dos artigos 43. o ou 44. o pode, a pedido da parte contra a qual a execução é promovida, suspender a instância, se a decisão estrangeira for, no Estado-Membro de origem, objecto de recurso ordinário ou se o prazo para o interpor não tiver expirado; neste caso, o tribunal pode fixar um prazo para a interposição desse recurso. 2. Quando a decisão tiver sido proferida na Irlanda ou no Reino Unido, qualquer via de recurso admissível no Estado- -Membro de origem é considerada como recurso ordinário para efeitos de aplicação do n. o 1. 67

68 L 12/12 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias O tribunal pode ainda sujeitar a execução à constituição de uma garantia por si determinada. Artigo 47. o 1. Quando uma decisão tiver de ser reconhecida em conformidade com o presente regulamento, nada impede o requerente de recorrer a medidas provisórias, incluindo cautelares, nos termos da lei do Estado-Membro requerido, sem ser necessária a declaração de executoriedade prevista no artigo 41. o 2. A declaração de executoriedade implica a autorização para tomar tais medidas. 3. Durante o prazo de recurso previsto no n. o 5 do artigo 43. o contra a declaração de executoriedade e na pendência de decisão sobre o mesmo, só podem tomar-se medidas cautelares sobre os bens da parte contra a qual a execução for promovida. Artigo 48. o 1. Quando a decisão estrangeira se tiver pronunciado sobre vários pedidos e a declaração de executoriedade não puder ser proferida quanto a todos, o tribunal ou a autoridade competente profere-a relativamente a um ou vários de entre eles. 2. O requerente pode pedir uma declaração de executoriedade limitada a partes de uma decisão. Artigo 49. o As decisões estrangeiras que condenem em sanções pecuniárias compulsórias só são executórias no Estado-Membro requerido se o respectivo montante tiver sido definitivamente fixado pelos tribunais do Estado-Membro de origem. Artigo 52. o Nenhum imposto, direito ou taxa proporcional ao valor do litígio será cobrado no Estado-Membro requerido no processo de emissão de uma declaração de executoriedade. S e c ç ã o 3 Disposições comuns Artigo 53. o 1. A parte que invocar o reconhecimento ou requerer uma declaração de executoriedade de uma decisão deve apresentar uma cópia da decisão que satisfaça os necessários requisitos de autenticidade. 2. A parte que requerer a declaração de executoriedade deve também apresentar a certidão referida no artigo 54. o, sem prejuízo do disposto no artigo 55. o Artigo 54. o O tribunal ou a autoridade competente do Estado-Membro onde tiver sido proferida uma decisão emitirá, a pedido de qualquer das partes interessadas, uma certidão segundo o formulário uniforme constante do anexo V ao presente regulamento. Artigo 55. o Artigo 50. o O requerente que, no Estado-Membro de origem, tiver beneficiado no todo ou em parte de assistência judiciária ou de isenção de preparos e custas, beneficiará, no processo previsto na presente secção, da assistência mais favorável ou da isenção mais ampla prevista no direito do Estado-Membro requerido. 1. Na falta de apresentação da certidão referida no artigo 54. o, o tribunal ou a autoridade competente pode fixar um prazo para a sua apresentação ou aceitar documentos equivalentes ou, se se julgar suficientemente esclarecida, dispensá-los. 2. Deve ser apresentada uma tradução dos documentos desde que o tribunal ou a autoridade competente a exija; a tradução deve ser autenticada por pessoa habilitada para o efeito num dos Estados-Membros. Artigo 51. o Não pode ser exigida qualquer caução ou depósito, seja qual for a sua designação, com fundamento na qualidade de estrangeiro ou na falta de domicílio ou de residência no país, à parte que requerer a execução, num Estado-Membro, de decisão proferida noutro Estado-Membro. Artigo 56. o Não é exigível a legalização ou outra formalidade análoga dos documentos referidos no artigo 53. o ou no n. o 2 do artigo 55. o, bem como da procuração ad litem, se for caso disso. 68

69 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/13 CAPÍTULO IV Artigo 60. o ACTOS AUTÊNTICOS E TRANSACÇÕES JUDICIAIS Artigo 57. o 1. Os actos autênticos exarados ou registados num Estado- -Membro e que aí tenham força executiva são declarados executórios, mediante requerimento, noutro Estado-Membro, segundo o processo previsto nos artigos 38. o e seguintes. O tribunal onde é interposto um recurso nos termos do artigo 43. o ou 44. o só indefere ou recusa a declaração de executoriedade se a execução do acto autêntico for manifestamente contrária à ordem pública do Estado-Membro requerido. 2. São igualmente considerados actos autênticos, na acepção do n. o 1, os acordos em matéria de obrigações alimentares celebrados perante autoridades administrativas ou por elas autenticados. 3. O acto apresentado deve preencher os requisitos necessários para a sua autenticidade no Estado-Membro de origem. 4. É aplicável, se necessário, o disposto na secção 3 do capítulo III. A autoridade competente do Estado-Membro em que foi recebido um acto autêntico emitirá, a pedido de qualquer das partes interessadas, uma certidão segundo o formulário uniforme constante do anexo VI ao presente regulamento. Artigo 58. o As transacções celebradas perante o juiz no decurso de um processo e que no Estado-Membro de origem tenham força executiva são executórias no Estado-Membro requerido nas mesmas condições que os actos autênticos. O tribunal ou a autoridade competente de um Estado-Membro emitirá, a pedido de qualquer das partes interessadas, uma certidão segundo o formulário uniforme constante do anexo V ao presente regulamento. 1. Para efeitos da aplicação do presente regulamento, uma sociedade ou outra pessoa colectiva ou associação de pessoas singulares e colectivas tem domicílio no lugar em que tiver: a) A sua sede social; b) A sua administração central; ou c) O seu estabelecimento principal. 2. No que respeita ao Reino Unido e à Irlanda, «sede social» significa «registered office» ou, se este não existir, «sede social» significa «place of incorporation» (lugar de constituição) ou, se este não existir, o lugar sob cuja lei ocorreu a «formation» (formação). 3. Para determinar se um «trust» tem domicílio no território de um Estado-Membro a cujos tribunais tenha sido submetida a questão, o juiz aplicará as normas do seu direito internacional privado. Artigo 61. o Sem prejuízo de disposições nacionais mais favoráveis, as pessoas domiciliadas no território de um Estado-Membro e contra quem decorre processo por infracção involuntária nos tribunais com competência penal de outro Estado-Membro de que não sejam nacionais podem entregar a sua defesa a pessoas para tanto habilitadas, mesmo que não compareçam pessoalmente. Todavia, o tribunal a que foi submetida a questão pode ordenar a comparência pessoal; se tal não ocorrer, a decisão proferida na acção cível sem que a pessoa em causa tenha tido a possibilidade de assegurar a sua defesa pode não ser reconhecida nem executada nos outros Estados-Membros. Artigo 62. o CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 59. o 1. Para determinar se uma parte tem domicílio no território do Estado-Membro a cujos tribunais é submetida a questão, o juiz aplica a sua lei interna. 2. Quando a parte não tiver domicílio no Estado-Membro a cujos tribunais foi submetida a questão, o juiz, para determinar se a parte tem domicílio noutro Estado-Membro, aplica a lei desse Estado-Membro. Na Suécia, nos processos simplificados de «injunção de pagar» (betalningsföreläggande) e nos «pedidos de assistência» (handräckning), os termos «juiz», «tribunal» e «órgão jurisdicional» abrangem igualmente o serviço público sueco de cobrança forçada (kronofogdemyndighet). Artigo 63. o 1. Qualquer pessoa domiciliada no território do Luxemburgo e demandada perante um tribunal de outro Estado-Membro em aplicação do ponto 1 do artigo 5. o, pode arguir a incompetência desse tribunal, quando o local final da entrega da mercadoria ou fornecimento do serviço se situar no Luxemburgo. 69

70 L 12/14 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias Quando, em aplicação do n. o 1, o local final da entrega da mercadoria ou fornecimento do serviço se situar no Luxemburgo, qualquer pacto atributivo de jurisdição só tem validade se for estabelecido por escrito ou verbalmente com confirmação escrita, na acepção do n. o 1, alínea a), do artigo 23. o 3. O disposto no presente artigo não se aplica aos contratos relativos à prestação de serviços financeiros. 4. O disposto no presente artigo é aplicável por um prazo de seis anos a contar da data de entrada em vigor do presente regulamento. Artigo 64. o 1. Nos litígios entre um capitão e um membro da tripulação de um navio de mar matriculado na Grécia ou em Portugal, relativos às remunerações ou outras condições de serviço, os tribunais de um Estado-Membro devem verificar se o agente diplomático ou consular com autoridade sobre o navio foi informado do litígio. Os tribunais podem deliberar logo que esse agente tiver sido informado. 2. O disposto no presente artigo é aplicável por um período de seis anos a contar da data de entrada em vigor do presente regulamento. Artigo 65. o 1. A competência especificada no ponto 2 do artigo 6. o e no artigo 11. o que implica o chamamento de um garante à acção ou qualquer incidente de intervenção de terceiros não pode ser invocada na Alemanha e na Áustria. Qualquer pessoa domiciliada no território de um outro Estado-Membro pode ser chamada perante os tribunais: a) Da República Federal da Alemanha, em aplicação dos artigos 68. o, 72. o, 73. o e 74. o do Código de Processo Civil (Zivilprozessordnung) relativos à litis denuntiatio; b) Da Áustria, de acordo com o artigo 21. o do Código de Processo Civil (Zivilprozessordnung) relativo à litis denuntiatio. 2. As sentenças proferidas em outros Estados-Membros por força do ponto 2 do artigo 6. o e do artigo 11. o serão reconhecidas e executados na Alemanha e na Áustria em conformidade com o capítulo III. Quaisquer efeitos que as sentenças proferidas nestes Estados possam produzir em relação a terceiros por aplicação das disposições do n. o 1 serão também reconhecidos pelos outros Estados-Membros. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Artigo 66. o 1. As disposições do presente regulamento só são aplicáveis às acções judiciais intentadas e aos actos autênticos exarados posteriormente à entrada em vigor do presente regulamento. 2. Todavia, se as acções no Estado-Membro de origem tiverem sido intentadas antes da entrada em vigor do presente regulamento, as decisões proferidas após essa data são reconhecidas e executadas, em conformidade com o disposto no capítulo III: a) Se as acções no Estado-Membro tiverem sido intentadas após a entrada em vigor das Convenções de Bruxelas ou de Lugano quer no Estado-Membro de origem quer no Estado- -Membro requerido; b) Em todos os outros casos, se a competência se baseou em regras correspondentes às previstas no capítulo II ou numa convenção celebrada entre o Estado-Membro de origem e o Estado-Membro requerido e que estava em vigor quando as acções foram intentadas. CAPÍTULO VII RELAÇÕES COM OS OUTROS INSTRUMENTOS Artigo 67. o O presente regulamento não prejudica a aplicação das disposições que, em matérias específicas, regulam a competência judiciária, o reconhecimento e a execução de decisões, contidas nos actos comunitários ou nas leis nacionais harmonizadas nos termos desses actos. Artigo 68. o 1. O presente regulamento substitui, entre os Estados-Membros, a Convenção de Bruxelas, à excepção dos territórios dos Estados-Membros que são abrangidos pela aplicação territorial da convenção e que ficam excluídos do presente regulamento por força do artigo 299. o do Tratado. 2. Na medida em que o presente regulamento substitui entre os Estados-Membros as disposições da Convenção de Bruxelas, as referências feitas a esta entendem-se como sendo feitas ao presente regulamento. Artigo 69. o Sem prejuízo do disposto no n. o 2 do artigo 66. o e no artigo 70. o, o presente regulamento substitui, entre os Estados-Membros, as convenções e o tratado seguintes: a Convenção entre a Bélgica e a França relativa à competência judiciária, ao valor e execução de decisões judiciais, sentenças arbitrais e actos autênticos, assinada em Paris em 8 de Julho de 1899, 70

71 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/15 a Convenção entre a Bélgica e os Países Baixos relativa à competência judiciária territorial, à falência, bem como ao valor e execução de decisões judiciais, sentenças arbitrais e actos autênticos, assinada em Bruxelas em 28 de Março de 1925, a Convenção entre a França e a Itália relativa à execução de sentenças em matéria civil e comercial, assinada em Roma em 3 de Junho de 1930, a Convenção entre os Países Baixos e a Áustria relativa ao reconhecimento e à execução recíprocos de decisões judiciais e actos autênticos em matéria civil e comercial, assinada em Haia em 6 de Fevereiro de 1963, a Convenção entre a França e a Áustria relativa ao reconhecimento e execução de decisões judiciais e actos autênticos em matéria civil e comercial, assinada em Viena em 15 de Julho de 1966, a Convenção entre a Alemanha e a Itália relativa ao reconhecimento e execução de decisões judiciais em matéria civil e comercial, assinada em Roma em 9 de Março de 1936, a Convenção entre a Espanha e a França sobre o reconhecimento e execução de sentenças e decisões arbitrais em matéria civil e comercial, assinada em Paris, em 28 de Maio de 1969, a Convenção entre a Bélgica e a Áustria relativa ao reconhecimento e à execução recíprocos de decisões judiciais e actos autênticos em matéria de obrigação alimentar, assinada em Viena em 25 de Outubro de 1957, a Convenção entre o Luxemburgo e a Áustria relativa ao reconhecimento e à execução de decisões judiciais e actos autênticos em matéria civil e comercial, assinada no Luxemburgo em 29 de Julho de 1971, a Convenção entre a Alemanha e a Bélgica relativa ao reconhecimento e execução recíprocos, em matéria civil e comercial, de decisões judiciais, sentenças arbitrais e actos autênticos, assinada em Bona em 30 de Junho de 1958, a Convenção entre a Itália e a Áustria relativa ao reconhecimento e à execução recíprocos de decisões e transacções judiciais e actos autênticos em matéria civil e comercial, assinada em Roma em 16 de Novembro de 1971, a Convenção entre os Países Baixos e a Itália relativa ao reconhecimento e execução de decisões judiciais em matéria civil e comercial, assinada em Roma em 17 de Abril de 1959, a Convenção entre a Espanha e a Itália em matéria de assistência judiciária e de reconhecimento e execução de sentenças em matéria civil e comercial, assinada em Madrid, em 22 de Maio de 1973, a Convenção entre a Alemanha e a Áustria relativa ao reconhecimento e à execução recíprocos de decisões e transacções judiciais e actos autênticos em matéria civil e comercial, assinada em Viena em 6 de Junho de 1959, a Convenção entre a Dinamarca, a Finlândia, a Islândia, a Noruega e a Suécia relativa ao reconhecimento e à execução de sentenças em matéria civil, assinada em Copenhaga em 11 de Outubro de 1977, a Convenção entre a Bélgica e a Áustria relativa ao reconhecimento e à execução recíprocos de decisões judiciais, sentenças arbitrais e actos autênticos em matéria civil e comercial, assinada em Viena em 16 de Junho de 1959, a Convenção entre a Grécia e a Alemanha relativa ao reconhecimento e execução recíprocos de sentenças, transacções e actos autênticos em matéria civil e comercial, assinada em Atenas em 4 de Novembro de 1961, a Convenção entre a Áustria e a Suécia relativa ao reconhecimento e execução de sentenças em matéria civil, assinada em Estocolmo em 16 de Setembro de 1982, a Convenção entre a Espanha e a Alemanha sobre o reconhecimento e execução de decisões e transacções judiciais e de actos autênticos e executórios em matéria civil e comercial, assinada em Bona, em 14 de Novembro de 1983, a Convenção entre a Bélgica e a Itália relativa ao reconhecimento e execução de decisões judiciais e outros títulos executivos em matéria civil e comercial, assinada em Roma em 6 de Abril de 1962, a Convenção entre os Países Baixos e a Alemanha relativa ao reconhecimento e execução mútuos de decisões judiciais e outros títulos executivos em matéria civil e comercial, assinada em Haia em 30 de Agosto de 1962, a Convenção entre a Áustria e a Espanha relativa ao reconhecimento e à execução recíprocos de decisões e transacções judiciais e de actos executórios autênticos em matéria civil e comercial, assinada em Viena em 17 de Fevereiro de 1984, a Convenção entre a Finlândia e a Áustria relativa ao reconhecimento e execução de sentenças em matéria civil, assinada em Viena em 17 de Novembro de 1986, e 71

72 L 12/16 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias na medida em que esteja em vigor, o Tratado entre a Bélgica, os Países Baixos e o Luxemburgo relativo à competência judiciária, à falência, ao valor e execução de decisões judiciais, sentenças arbitrais e actos autênticos, assinado em Bruxelas em 24 de Novembro de Artigo 70. o entrada em vigor do presente regulamento, nos termos do artigo 59. o da Convenção de Bruxelas, a não reconhecer uma decisão proferida, nomeadamente noutro Estado contratante da referida convenção, contra um demandado que tenha o seu domicílio ou residência habitual num Estado terceiro quando, em caso previsto no artigo 4. o desta convenção, a decisão só possa fundar-se numa competência referida no segundo parágrafo do artigo 3. o dessa mesma convenção. 1. O tratado e as convenções referidos no artigo 69. o continuarão a produzir efeitos quanto às matérias a que o presente regulamento não seja aplicável. 2. Esse tratado e essas convenções continuarão a produzir efeitos relativamente às decisões proferidas e aos actos autênticos exarados antes da entrada em vigor do presente regulamento. CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 73. o Artigo 71. o 1. O presente regulamento não prejudica as convenções em que os Estados-Membros são partes e que, em matérias especiais, regulem a competência judiciária, o reconhecimento ou a execução de decisões. O mais tardar cinco anos após a entrada em vigor do presente regulamento, a Comissão apresentará ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité Económico e Social um relatório relativo à aplicação do presente regulamento. O relatório será acompanhado, se necessário, de propostas destinadas a adaptar o regulamento. 2. Para assegurar a sua interpretação uniforme, o n. o 1 será aplicado do seguinte modo: a) O presente regulamento não impede que um tribunal de um Estado-Membro que seja parte numa convenção relativa a uma matéria especial se declare competente, em conformidade com tal convenção, mesmo que o requerido tenha domicílio no território de um Estado-Membro que não seja parte nessa convenção. Em qualquer caso, o tribunal chamado a pronunciar-se aplicará o artigo 26. o do presente regulamento; b) As decisões proferidas num Estado-Membro por um tribunal cuja competência se funde numa convenção relativa a uma matéria especial serão reconhecidas e executadas nos outros Estados-Membros, nos termos do presente regulamento. Se uma convenção relativa a uma matéria especial, de que sejam partes o Estado-Membro de origem e o Estado-Membro requerido, tiver estabelecido as condições para o reconhecimento e execução de decisões, tais condições devem ser respeitadas. Em qualquer caso, pode aplicar-se o disposto no presente regulamento, no que respeita ao processo de reconhecimento e execução de decisões. Artigo 74. o 1. Os Estados-Membros notificarão à Comissão os textos que alteram as listas constantes dos anexos I a IV. A Comissão adaptará os correspondentes anexos em conformidade. 2. A actualização ou a introdução de alterações técnicas aos formulários que constam dos anexos V e VI serão efectuadas de acordo com o processo consultivo previsto no n. o 2 do artigo 75. o Artigo 75. o 1. A Comissão será assistida por um comité. 2. Sempre que se faça referência ao presente número são aplicáveis os artigos 3. o e 7. o da Decisão 1999/468/CE. 3. O comité aprovará o seu regulamento interno. Artigo 72. o Artigo 76. o O presente regulamento não prejudica os acordos por meio dos quais os Estados-Membros se comprometeram antes da O presente regulamento entra em vigor em 1 de Março de

73 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/17 O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros em conformidade com o Tratado que institui a Comunidade Europeia. Feito em Bruxelas, em 22 de Dezembro de Pelo Conselho O Presidente C. PIERRET 73

74 L 12/18 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias ANEXO I Regras de competência nacionais referidas no n. o 2 do artigo 3. o e no n. o 2 do artigo 4. o As regras de competência nacionais mencionadas no n. o 2 do artigo 3. o e no n. o 2 do artigo 4. o são as seguintes: na Bélgica: o artigo 15. o do Código Civil (Code civil Burgerlijk Wetboek) e o artigo 638. o do Código Judiciário (Code judiciaire Gerechtelijk Wetboek), na Alemanha: o artigo 23. o do Código de Processo Civil (Zivilprozessordnung), na Grécia: o artigo 40. o do Código de Processo Civil (Jþdijay pokisijþy dijomolßay), em França: os artigos 14. o e 15. o do Código Civil (Code civil), na Irlanda: as disposições relativas à competência com base no acto que iniciou a instância comunicado ou notificado ao requerido que se encontre temporariamente na Irlanda, em Itália: os artigos 3. o e 4. o da Lei n. o 218, de 31 de Maio de 1995, no Luxemburgo: os artigos 14. o e 15. o do Código Civil (Code civil), nos Países Baixos: o terceiro parágrafo do artigo 126. o e o artigo 127. o do Código de Processo Civil (Wetboek van Burgerlijke Rechtsvordering), na Áustria: o artigo 99. o da lei da competência judiciária (Jurisdiktionsnorm), em Portugal: os artigos 65. o e 65. o A do Código de Processo Civil e o artigo 11. o do Código de Processo do Trabalho, na Finlândia: capítulo 10, artigo 1. o, primeiro parágrafo, segunda, terceira e quarta frases, do Código de Processo Judiciário (oikeudenkäymiskaari/rättegångsbalken), na Suécia: capítulo 10, artigo 3. o, primeiro parágrafo, primeira frase, do Código de Processo Judiciário (rättegångsbalken), no Reino Unido: as disposições relativas à competência com base: a) no acto que iniciou a instância comunicado ou notificado ao requerido que se encontre temporariamente no Reino Unido, b) na existência no Reino Unido de bens pertencentes ao requerido, c) no pedido do requerente de apreensão de bens situados no Reino Unido. 74

75 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/19 ANEXO II Os tribunais ou as autoridades competentes a que deve ser apresentado o requerimento mencionado no artigo 39. o são as seguintes: na Bélgica, o «Tribunal de première instance» ou «Rechtbank van eerste aanleg» ou «erstinstanzliches Gericht», na Alemanha, o presidente de uma câmara do «Landgericht», na Grécia, «LomolekÝy Pqxsodijeßo», em Espanha, o «Juzgado de Primera Instancia», em França, o presidente do «Tribunal de grande instance», na Irlanda, o «High Court», em Itália, a «Corte d'appello», no Luxemburgo, o presidente do «Tribunal d'arrondissement», nos Países Baixos, o presidente de «Arrondissementsrechtbank», na Áustria, o «Bezirksgericht», em Portugal, o «Tribunal de Comarca», na Finlândia, o «käräjäoikeus/tingsrätt», na Suécia, o «Svea hovrätt», no Reino Unido: a) na Inglaterra e no País de Gales, o «High Court of Justice», ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Magistrates' Court», por intermédio do «Secretary of State», b) na Escócia, o «Court of Session», ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Sheriff Court», por intermédio do «Secretary of State», c) na Irlanda do Norte, o «High Court of Justice», ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Magistrates' Court», por intermédio do «Secretary of State», d) em Gibraltar, o Supremo Tribunal de Gibraltar, ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Magistrates' Court», por intermédio do «Attorney General» de Gibraltar. 75

76 L 12/20 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias ANEXO III Os tribunais dos Estados-Membros onde devem ser interpostos os recursos previstos no n. o 2 do artigo 43. o são os seguintes: na Bélgica: a) no que se refere ao recurso do requerido: o «Tribunal de première instance» ou «Rechtbank van eerste aanleg» ou «erstinstanzliches Gericht», b) no que se refere ao recurso do requerente: a «Cour d'appel» ou «Hof van beroep», na Alemanha, o «Oberlandesgericht», na Grécia, o «Eueseßo», em Espanha, a «Audiencia Provincial», em França, a «Cour d'appel», na Irlanda, o «High Court», em Itália, a «Corte d'appello», no Luxemburgo, a «Cour supérieure de justice», decidindo em matéria civil, nos Países Baixos: a) para o requerido: o «Arrondissementsrechtbank», b) para o requerente: o «Gerechtshof», na Áustria, o «Bezirksgericht», em Portugal, o «Tribunal de Relação», na Finlândia, o «hovioikeus/hovrätt», na Suécia, o «Svea hovrätt», no Reino Unido: a) na Inglaterra e no País de Gales, o «High Court of Justice», ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Magistrates' Court», b) na Escócia, o «Court of Session», ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Sheriff Court», c) na Irlanda do Norte, o «High Court of Justice», ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Magistrates' Court», d) em Gibraltar, o Supremo Tribunal de Gibraltar, ou, tratando-se de decisão em matéria de obrigação alimentar, o «Magistrates' Court». 76

77 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/21 ANEXO IV A decisão proferida no recurso previsto no artigo 44. o apenas pode ser objecto: na Bélgica, na Grécia, em Espanha, na França, na Itália, no Luxemburgo e nos Países Baixos, de recurso de cassação, na Alemanha, de uma «Rechtsbeschwerde», na Irlanda, de recurso restrito a matéria de direito para o «Supreme Court», na Áustria, de um «Revisionsrekurs», em Portugal, de recurso restrito a matéria de direito, na Finlândia, de recurso para o «korkein oikeus/högsta domstolen», na Suécia, de recurso para o «Högsta domstolen», no Reino Unido, de um outro recurso apenas sobre uma questão de direito. 77

78 L 12/22 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias ANEXO V Certidão referida nos artigos 54. o e 58. o do regulamento relativa às decisões e transacções judiciais 1. Estado-Membro de origem (Português, Portugais, Portuguese, ) 2. Órgão jurisdicional ou autoridade competente que emite a certidão 2.1. Nome 2.2. Endereço 2.3. Telefone/fax/ 3. Tribunal que proferiu a decisão/aprovou a transacção judicial (*) 3.1. Tipo de órgão jurisdicional 3.2. Sede do órgão jurisdicional 4. Decisão/transacção judicial (*) 4.1. Data 4.2. Número de referência 4.3. Partes na causa (*) Nome(s) do(s) requerente(s) Nome(s) do(s) requerido(s) Nome(s) da(s) outra(s) parte(s), sendo caso disso 4.4. Data da citação ou notificação do acto que determinou o início da instância, no caso de a decisão ter sido proferida à revelia 4.5. Texto da decisão/transacção (*) anexo à presente certidão 5. Nome das partes que beneficiaram de assistência judiciária A decisão/transacção judicial (*) é executória no Estado-Membro de origem (artigos 38. o e 58. o do regulamento) contra: Nome: Feito em , em Assinatura e/ou carimbo (*) Riscar a menção inútil. 78

79 PT Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 12/23 ANEXO VI Certidão referida no n. o 4 do artigo 57. o do regulamento relativa aos actos autênticos (Português, Portugais, Portuguese, ) 1. Estado-Membro de origem 2. Autoridade competente que emite a certidão 2.1. Nome 2.2. Endereço 2.3. Telefone/fax/ 3. Autoridade que confere autenticidade ao acto 3.1. Autoridade que interveio na prática do acto autêntico (se for caso disso) Nome e designação da autoridade Localidade 3.2. Autoridade que registou o acto autêntico (se for caso disso) Tipo de autoridade Localidade 4. Acto autêntico 4.1. Descrição do acto 4.2. Data em que o acto foi praticado se não for a mesma: aquela em que o acto foi registado 4.3. Número de referência 4.4. Partes na causa Nome do credor Nome do devedor 5. Texto da obrigação executória anexo à presente certidão O acto autêntico é executório contra o devedor no Estado-Membro de origem (n. o 1 do artigo 57. o do regulamento). Feito em , em Assinatura e/ou carimbo

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81 3b Regulamento (CE) n. 805/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril de 2004, que cria o título executivo europeu para créditos não contestados

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83 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/15 REGULAMENTO (CE) N. o 805/2004 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 21 de Abril de 2004 que cria o título executivo europeu para créditos não contestados O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente a alínea c) do artigo 61. o e o segundo travessão do n. o 5 do artigo 67. o, Tendo em conta a proposta da Comissão ( 1 ), (5) O conceito de «créditos não contestados» deverá abranger todas as situações em que o credor, estabelecida a não contestação pelo devedor quanto à natureza ou dimensão de um crédito pecuniário, tenha obtido uma decisão judicial ou título executivo contra o devedor que implique a confissão da dívida por parte deste, quer se trate de transacção homologada pelo tribunal, quer de um instrumento autêntico. Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu ( 2 ), Deliberando nos termos do artigo 251. o do Tratado ( 3 ), Considerando o seguinte: (1) A Comunidade consagrou como seu objectivo manter e desenvolver um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, no qual seja assegurada a livre circulação de pessoas. Para este efeito, a Comunidade toma, designadamente, no domínio da cooperação judiciária em matéria civil, necessárias ao bom funcionamento do mercado interno. (6) A falta de contestação a que se refere a alínea b) do n. o 1 do artigo 3. o por parte do devedor pode assumir a forma de não comparência na audiência, ou de falta de resposta a um convite do tribunal para notificar por escrito a sua intenção de contestar. (7) O presente regulamento deverá ser aplicável às decisões judiciais, títulos ou instrumentos autênticos relativos a créditos não contestados e a decisões pronunciadas na sequência de impugnação de decisões, transacções judiciais ou instrumentos autênticos, certificados como Título Executivo Europeu. (2) Em 3 de Dezembro de 1998, o Conselho aprovou um plano de acção do Conselho e da Comissão sobre a melhor forma de dar execução às disposições do Tratado de Amesterdão relativas à criação de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça ( 4 ) (Plano de Acção de Viena). (3) O Conselho Europeu aprovou, na sua sessão de Tampere de 15 e 16 de Outubro de 1999, o princípio do reconhecimento mútuo de decisões judiciais, que deveria tornar-se a pedra angular da criação de um verdadeiro espaço judiciário. (4) Em 30 de Novembro de 2000, o Conselho aprovou o programa de medidas destinadas a aplicar o princípio do reconhecimento mútuo das decisões em matéria civil e comercial ( 5 ). Este programa compreende, na sua primeira etapa, a supressão do exequatur, ou seja, a criação de um Título Executivo Europeu para os créditos não contestados. ( 1 ) JO C 203 E de , p. 86. ( 2 ) JO C 85 de , p. 1. ( 3 ) Parecer do Parlamento Europeu de 8 de Abril de 2003 (JO C 64 E de , p. 79), posição comum do Conselho de 6 de Fevereiro de 2004 (ainda não publicada no Jornal Oficial) e posição do Parlamento Europeu de 30 de Março de 2004 (ainda não publicada no Jornal Oficial). ( 4 ) JO C 19 de , p. 1. ( 5 ) JO C 12 de , p. 1. (8) Nas Conclusões de Tampere, o Conselho Europeu considerou que a execução num Estado-Membro diferente daquele em que a decisão é proferida deve ser simplificada e acelerada, suprimindo todas as medidas intermédias a tomar antes da execução no Estado-Membro em que é requerida. Uma decisão certificada como Título Executivo Europeu pelo tribunal de origem deve ser tratada, para efeitos de execução, como se tivesse sido proferida no Estado-Membro em que a execução é requerida. No Reino Unido, por exemplo, o registo de uma decisão estrangeira certificada estará, por conseguinte, sujeito às mesmas regras que o registo de uma decisão de outra parte do Reino Unido e não poderá implicar de forma alguma a reapreciação do mérito da decisão estrangeira. As disposições de execução das decisões deverão continuar a ser reguladas pelo direito interno. (9) Esse procedimento deverá apresentar vantagens significativas em comparação com o procedimento de exequatur previsto pelo Regulamento (CE) n. o 44/2001 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2000, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial ( 6 ), permitindo ( 6 ) JO L 12 de , p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n. o 1496/2002 da Comissão (JO L 225 de , p. 13). 83

84 L 143/16 PT Jornal Oficial da União Europeia dispensar o reconhecimento pelos tribunais de um segundo Estado-Membro, com todos os atrasos e despesas que isso implica. (10) Sempre que um tribunal de um Estado-Membro tiver proferido uma decisão num processo sobre um crédito não contestado, na ausência do devedor, a supressão de todos os controlos no Estado-Membro de execução está indissociavelmente ligada e subordinada à existência de garantia suficiente do respeito pelos direitos da defesa. (11) O presente regulamento pretende promover os direitos fundamentais e tem em conta os princípios reconhecidos designadamente pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Em especial, pretende assegurar o pleno respeito do direito a um processo equitativo, tal como reconhecido no artigo 47. o da Carta. (12) Deverão ser definidas normas mínimas, a respeitar no processo que conduz à decisão, a fim de garantir que o devedor seja informado acerca da acção judicial contra ele, dos requisitos da sua participação activa no processo, de forma a fazer valer os seus direitos, e das consequências da sua não participação, em devido tempo e de forma a permitir-lhe preparar a sua defesa. (13) Devido às diferenças entre os Estados-Membros no que diz respeito às normas de processo civil e, nomeadamente, as que regem a notificação e a citação de actos, é necessário precisar as referidas normas mínimas. Em especial, nenhum meio de citação ou de notificação baseado numa ficção jurídica, no que se refere ao respeito dessas normas mínimas, pode ser considerado suficiente para efeitos de certificação de uma decisão como Título Executivo Europeu. (16) O artigo 15. o deverá aplicar-se às situações em que o devedor não possa comparecer no tribunal, tal como no caso de uma pessoa colectiva, quando a pessoa que o representa seja designada por lei, bem como às situações em que o devedor tenha autorizado outra pessoa, nomeadamente um advogado, a representá-lo naquela acção judicial específica. (17) Os tribunais competentes para examinar exaustivamente se as normas processuais mínimas foram integralmente respeitadas deverão emitir uma certidão de Título Executivo Europeu normalizado que torne esse exame e os seus resultados transparentes. (18) A confiança mútua na administração da justiça nos Estados-Membros autoriza que o tribunal de um Estado- -Membro considere que todos os requisitos de certificação como Título Executivo Europeu estão preenchidos, a fim de permitir a execução da decisão em todos os outros Estados-Membros sem revisão jurisdicional da correcta aplicação das normas processuais mínimas no Estado-Membro onde a decisão deve ser executada. (19) O presente regulamento não impõe aos Estados-Membros o dever de adaptar a sua lei nacional às normas processuais mínimas nele previstas. Promove um incentivo nesse sentido, instituindo uma execução mais rápida e eficaz das decisões noutros Estados-Membros apenas no caso em que essas normas mínimas forem respeitadas. (20) O pedido de certificação como Título Executivo Europeu para créditos não contestados deverá ser facultativo para o credor, que pode igualmente optar pelo sistema de reconhecimento e de execução previsto pelo Regulamento (CE) n. o 44/2001 do Conselho, ou por outros instrumentos comunitários. (14) Todos os meios de citação ou notificação enumerados nos artigos 13. o e 14. o se caracterizam quer pela inteira certeza (artigo 13. o ), quer por um elevado grau de probabilidade (artigo 14. o ) de que o acto notificado tenha chegado ao seu destinatário. No segundo caso, uma decisão só pode ser certificada como Título Executivo Europeu se o Estado-Membro de origem dispuser de um mecanismo apropriado que confira ao devedor o direito de requerer uma revisão integral da decisão, nas condições estabelecidas no artigo 19. o, nos casos excepcionais em que, apesar de cumprido o disposto no artigo 14. o, o documento não tenha chegado ao seu destinatário. (21) Quando um acto tiver de ser enviado de um Estado- -Membro para outro para nele ser citado ou notificado, o presente regulamento e, em particular, as normas aplicáveis à citação ou notificação dele constantes, deverá ser aplicado em conjunto com o Regulamento (CE) n. o 1348/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo à citação e à notificação dos actos judiciais e extrajudiciais em matérias civil e comercial nos Estados-Membros ( 1 ), nomeadamente com o artigo 14. o, em articulação com as declarações dos Estados-Membros feitas nos termos do artigo 23. o. (15) Só se deve considerar que a citação ou notificação pessoal de pessoas que não sejam o próprio devedor efectuada nos termos das alíneas a) e b) do n. o 1 do artigo 14. o cumpre os requisitos dessas disposições se essas pessoas tiverem efectivamente recebido o documento em questão. (22) Uma vez que os objectivos da acção proposta não podem ser suficientemente atingidos pelos Estados-Membros, podendo, em razão da amplitude e efeitos pretendidos, ser melhor alcançados a nível comunitário, a ( 1 ) JO L 160 de , p

85 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/17 Comunidade pode tomar medidas, de acordo com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5. o do Tratado. De acordo com o princípio da proporcionalidade consagrado no mesmo artigo, o presente regulamento não excede o necessário para atingir aqueles objectivos. (23) As medidas necessárias à execução do presente regulamento devem ser adoptadas nos termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão ( 1 ). (24) Nos termos do artigo 3. o do Protocolo relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, estes Estados-Membros notificaram por escrito a sua intenção de participar na aprovação e na aplicação do presente regulamento. (25) Nos termos dos artigos 1. o e 2. o do Protocolo relativo à posição da Dinamarca, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, a Dinamarca não participa na aprovação do presente regulamento e não lhe fica por isso vinculada nem sujeita à sua aplicação. (26) Nos termos do segundo travessão do n. o 5 do artigo 65. o do Tratado, é aplicável, desde 1 de Fevereiro de 2003, o processo de co-decisão às medidas constantes do presente regulamento, APROVARAM O PRESENTE REGULAMENTO: CAPÍTULO I OBJECTO, ÂMBITO DE APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES Artigo 1. o Objecto O presente regulamento tem por objectivo criar o Título Executivo Europeu para créditos não contestados, a fim de assegurar, mediante a criação de normas mínimas, a livre circulação de decisões, transacções judiciais e instrumentos autênticos em todos os Estados-Membros, sem necessidade de efectuar quaisquer procedimentos intermédios no Estado-Membro de execução previamente ao reconhecimento e à execução. ( 1 ) JO L 184 de , p. 23 (Rectificação: JO L 269 de , p. 45). Artigo 2. o Âmbito de aplicação 1. O presente regulamento aplica-se em matéria civil e comercial, independentemente da natureza da jurisdição. O presente regulamento não abrange, nomeadamente, as matérias fiscais, aduaneiras e administrativas, nem a responsabilidade do Estado por actos e omissões no exercício do poder público («acta iure imperii»). 2. São excluídos da aplicação do presente regulamento: a) O estado ou a capacidade das pessoas singulares, os direitos patrimoniais decorrentes de regimes matrimoniais, de testamentos e de sucessões; b) As falências e as concordatas em matéria de falência de sociedades ou outras pessoas colectivas, os acordos judiciais, os acordos de credores ou outros procedimentos análogos; c) A segurança social; d) A arbitragem. 3. Para efeitos do presente regulamento, entende-se por «Estado-Membro» qualquer Estado-Membro, à excepção da Dinamarca. Artigo 3. o Títulos executivos a certificar como Título Executivo Europeu 1. O presente regulamento é aplicável às decisões, transacções judiciais e instrumentos autênticos sobre créditos não contestados. Um crédito é considerado «não contestado» se o devedor: a) Tiver admitido expressamente a dívida, por meio de confissão ou de transacção homologada por um tribunal, ou celebrada perante um tribunal no decurso de um processo; ou b) Nunca tiver deduzido oposição, de acordo com os requisitos processuais relevantes, ao abrigo da legislação do Estado-Membro de origem; ou c) Não tiver comparecido nem feito representar na audiência relativa a esse crédito, após lhe ter inicialmente deduzido oposição durante a acção judicial, desde que esse comportamento implique uma admissão tácita do crédito ou dos factos alegados pelo credor, em conformidade com a legislação do Estado-Membro de origem; ou d) Tiver expressamente reconhecido a dívida por meio de instrumento autêntico. 85

86 L 143/18 PT Jornal Oficial da União Europeia O presente regulamento é igualmente aplicável às decisões proferidas na sequência de impugnação de decisões, transacções judiciais ou instrumentos autênticos certificados como Título Executivo Europeu. CAPÍTULO II TÍTULO EXECUTIVO EUROPEU Artigo 4. o Definições Para efeitos do presente regulamento, aplicam-se as seguintes definições: 1. «Decisão»: qualquer decisão, proferida por um órgão jurisdicional de um Estado-Membro, independentemente da designação que lhe for dada, tal como acórdão, sentença, despacho judicial ou mandado de execução, bem como a fixação, pelo secretário do tribunal, do montante das custas ou despesas do processo. 2. «Crédito»: a reclamação do pagamento de um montante específico de dinheiro que se tenha tornado exigível ou para o qual a data em que é exigível seja indicada na decisão, transacção judicial ou instrumento autêntico. 3. «Instrumento autêntico»: a) Um documento que tenha sido formalmente redigido ou registado como autêntico e cuja autenticidade: i) esteja associada à assinatura e ao conteúdo do instrumento; e ii) ou tenha sido estabelecido por uma autoridade pública ou outra autoridade competente para o efeito no Estado-Membro em que tiver origem; b) Uma convenção em matéria de obrigações alimentares celebrada perante autoridades administrativas ou por elas autenticada. 4. «Estado-Membro de origem»: o Estado-Membro no qual tiver sido proferida a decisão, a transacção judicial homologada ou o instrumento autêntico redigido ou registado, a certificar como Título Executivo Europeu. 5. «Estado-Membro de execução»: o Estado-Membro no qual for requerida a execução da decisão, transacção judicial ou instrumento autêntico de certificação como Título Executivo Europeu. 6. «Tribunal de origem»: o órgão jurisdicional ou tribunal perante o qual o processo judicial foi invocado, no momento em que as condições enunciadas nas alíneas a), b) e c) do n. o 1 do artigo 3. o se encontravam preenchidas. 7. Na Suécia, nos processos sumários de injunção de pagamento (betalningsföreläggande), a expressão «tribunal» inclui o «Serviço Público Sueco de Cobrança Forçada» (kronofogdemyndighet). Artigo 5. o Supressão do exequatur Uma decisão que tenha sido certificada como Título Executivo Europeu no Estado-Membro de origem será reconhecida e executada nos outros Estados-Membros sem necessidade de declaração da executoriedade ou contestação do seu reconhecimento. Artigo 6. o Requisitos de certificação como Título Executivo Europeu 1. Uma decisão sobre um crédito não contestado proferida num Estado-Membro será, mediante pedido apresentado a qualquer momento ao tribunal de origem, certificada como Título Executivo Europeu se: a) A decisão for executória no Estado-Membro de origem; e b) A decisão não for incompatível com as regras de competência enunciadas nas Secções 3 e 6 do Capítulo II do Regulamento (CE) n. o 44/2001; e c) O processo judicial no Estado-Membro de origem preencher os requisitos enunciados no Capítulo III, quando um crédito não tenha sido contestado, na acepção das alíneas b) ou c) do n. o 1 do artigo 3. o ; e d) A decisão tiver sido proferida no Estado-Membro do domicílio do devedor, na acepção do artigo 59. o do Regulamento (CE) n. o 44/2001, quando: o crédito não tenha sido contestado, na acepção das alíneas b) ou c) do n. o 1 do artigo 3. o ; e disser respeito a um contrato celebrado por uma pessoa, o consumidor, com um fim que possa ser considerado estranho à sua actividade comercial ou profissional; e o devedor seja o consumidor. 2. Em caso de cessação, suspensão ou limitação da força executória de uma decisão certificada como Título Executivo Europeu, o tribunal de origem emitirá, a pedido apresentado a qualquer momento, uma certidão que indique a não existência ou a limitação dessa força executiva, utilizando para o efeito o formulário-tipo constante do Anexo IV. 86

87 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/19 3. Sem prejuízo do n. o 2 do artigo 12. o, quando tiver sido proferida uma decisão na sequência de impugnação de uma decisão certificada como Título Executivo Europeu nos termos do n. o 1, será emitida uma certidão de substituição mediante pedido apresentado a qualquer momento, utilizando-se para tal o formulário-tipo constante do Anexo V, se a decisão sobre a impugnação tiver força executória no Estado-Membro de origem. 3. Os pedidos de rectificação ou revogação de uma certidão de Título Executivo Europeu poderão ser feitos utilizando o formulário-tipo constante do Anexo VI. 4. A emissão da certidão de Título Executivo Europeu não é susceptível de recurso. Artigo 7. o Custos das acções judiciais Sempre que uma decisão inclua uma decisão com força executória sobre o montante dos custos das acções judiciais, incluindo as taxas de juro, essa decisão será certificada como Título Executivo Europeu igualmente no que respeita aos custos, a não ser que o devedor tenha especificamente contestado a sua obrigação de suportar esses custos durante a acção judicial, em conformidade com a legislação do Estado-Membro de origem. Artigo 11. o Efeitos da certidão de Título Executivo Europeu A certidão de Título Executivo Europeu só produz efeitos dentro dos limites da força executória da decisão. CAPÍTULO III Artigo 8. o Certidão de Título Executivo Europeu parcial No caso de só determinadas partes da decisão preencherem os requisitos do presente regulamento, será emitida uma certidão de Título Executivo Europeu parcial no que se refere a essas partes. NORMAS MÍNIMAS APLICÁVEIS AOS PROCESSOS RELATIVOS A CRÉDITOS NÃO CONTESTADOS Artigo 12. o Âmbito de aplicação das normas mínimas Artigo 9. o Emissão da certidão de Título Executivo Europeu 1. A certidão de Título Executivo Europeu será emitida utilizando o formulário-tipo constante do Anexo I. 2. A certidão de Título Executivo Europeu será preenchida na língua da decisão. Artigo 10. o Rectificação ou revogação da certidão de Título Executivo Europeu 1. A certidão de Título Executivo Europeu será, mediante pedido dirigido ao tribunal de origem: a) Rectificada, nos casos em que, devido a erro material, exista uma discrepância entre a decisão e a certidão; b) Revogada nos casos em que tenha sido emitida de forma claramente errada, em função dos requisitos previstos no presente regulamento. 2. A legislação do Estado-Membro de origem é aplicável à rectificação ou à revogação da certidão de Título Executivo Europeu. 1. Uma decisão relativa a um crédito não contestado, na acepção das alíneas b) ou c) do n. o 1 do artigo 3. o, só poderá ser certificada como Título Executivo Europeu se o processo judicial no Estado-Membro de origem obedecer aos requisitos processuais constantes do presente capítulo. 2. Aplicar-se-ão os mesmos requisitos à emissão de uma certidão de Título Executivo Europeu ou de uma certidão de substituição, na acepção do n. o 3 do artigo 6. o, relativamente a uma decisão proferida na sequência da impugnação de outra decisão quando, no momento em que é proferida aquela decisão, estejam preenchidas as condições previstas nas alíneas b) ou c) do n. o 1 do artigo 3. o. Artigo 13. o Citação ou notificação com prova de recepção pelo devedor 1. O documento que dá início à instância ou acto equivalente pode ser notificado ao devedor por um dos seguintes meios: a) Citação ou notificação pessoal comprovada por aviso de recepção, datado e assinado pelo devedor; 87

88 L 143/20 PT Jornal Oficial da União Europeia b) Citação ou notificação pessoal atestada por documento assinado pela pessoa competente para efectuar essa citação ou notificação declarando que o devedor recebeu o documento ou que se recusou a recebê-lo sem qualquer justificação legal, acompanhada da data da citação ou notificação; c) Citação ou notificação por via postal, comprovada por um aviso de recepção, datado e assinado pelo devedor, e devolvida por este; d) Citação ou notificação por meios electrónicos, como fax ou correio electrónico, comprovada por aviso de recepção, datado e assinado pelo devedor, e devolvida por este. 2. Qualquer ordem para que o devedor compareça em audiência pode ser efectuada nos termos do n. o 1, ou verbalmente, numa audiência anterior relativa ao mesmo crédito e registada na acta dessa audiência. 2. Para efeitos do presente regulamento, a citação ou notificação nos termos do n. o 1 não é admissível se o endereço do devedor não for conhecido com segurança. 3. A citação ou notificação nos termos das alíneas a) a d) do n. o 1 será comprovada por: a) Um documento assinado pela pessoa competente que procedeu à citação ou notificação, que indique: i) o método de citação ou notificação, e ii) a data da citação ou notificação, e iii) se o acto foi citado ou notificado a pessoa diferente do devedor, o nome dessa pessoa e a sua relação com o devedor, Artigo 14. o Citação ou notificação sem prova de recepção pelo devedor ou b) Um aviso de recepção pela pessoa citada ou notificada, para efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do n. o A citação ou notificação do documento que dá início à instância ou acto equivalente, bem como qualquer ordem de comparência em audiência dirigida ao devedor, pode igualmente ser efectuada pelos seguintes meios: a) Citação ou notificação pessoal, no endereço do devedor, das pessoas que vivem no mesmo domicílio ou que nele trabalhem; b) Se o devedor for um trabalhador por conta própria ou uma pessoa colectiva, citação ou notificação pessoal, no estabelecimento comercial do devedor, das pessoas por ele empregadas; c) Depósito do documento na caixa de correio do devedor; d) Depósito do documento num posto de correios ou junto das autoridades competentes e notificação escrita desse depósito na caixa de correio do devedor, desde que a notificação escrita mencione claramente o carácter judicial do documento ou o efeito legal da notificação como sendo uma efectiva citação ou notificação, e especificando o início do decurso do respectivo prazo; e) Citação ou notificação por via postal sem a prova prevista no n. o 3, quando o devedor tenha endereço no Estado- -Membro de origem; f) Citação ou notificação por meios electrónicos, com confirmação automática de entrega, desde que o devedor tenha expressa e previamente aceite esse meio de citação ou notificação. Artigo 15. o Citação ou notificação dos representantes do devedor A citação ou notificação nos termos dos artigos 13. o e 14. o pode igualmente ter sido feita a um representante do devedor. Artigo 16. o Informação adequada do devedor sobre o crédito A fim de assegurar que o devedor foi devidamente informado sobre o crédito, o documento que der início à instância, ou acto equivalente, deve incluir: a) Os nomes e endereços das partes; b) O montante do crédito; c) Se forem exigidos juros sobre o crédito, a taxa de juro e o período em relação ao qual são exigidos, salvo se ao capital forem aditados automaticamente juros legais por força da legislação do Estado-Membro de origem; d) Uma declaração sobre a causa de pedir. 88

89 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/21 Artigo 17. o Informação adequada do devedor sobre as diligências processuais necessárias para contestar o crédito Os elementos seguintes devem ser claramente mencionados no documento que der início à instância ou acto equivalente, em documento equivalente ou em qualquer citação ou notificação para comparecer em audiência: a) Os requisitos processuais para o devedor deduzir oposição ao crédito, incluindo o prazo de contestação por escrito ou a data da audiência, conforme o caso, o nome e o endereço da instituição a que deverá ser dada resposta ou perante a qual o devedor deverá comparecer e a indicação da obrigatoriedade ou não de se fazer representar por um advogado; b) As consequências da falta de contestação ou de comparência, em particular, quando aplicável, a possibilidade de uma decisão ser proferida ou executada contra o devedor e a sua responsabilidade pelos custos da acção judicial. Artigo 19. o Normas mínimas de revisão em casos excepcionais 1. Por força dos artigos 13. o a 18. o, uma decisão só pode ser certificada como Título Executivo Europeu se o devedor tiver direito, segundo a legislação do Estado-Membro de origem, a requerer uma revisão da decisão, quando: a) i) O documento que dá início à instância ou acto equivalente ou, se for caso disso, a ordem para comparecer em audiência tiver sido notificada por um dos meios previstos no artigo 14. o e ii) ou A citação ou notificação não tiver sido efectuada em tempo útil para lhe permitir preparar a defesa, sem que haja qualquer culpa da sua parte; b) O devedor tiver sido impedido de deduzir oposição ao crédito por motivo de força maior ou devido a circunstâncias excepcionais, sem que haja qualquer culpa da sua parte, Artigo 18. o Suprimento da inobservância das normas mínimas desde que, em qualquer dos casos, actue prontamente. 2. O presente artigo não prejudica a possibilidade de os Estados-Membros facultarem o acesso à revisão da decisão em condições mais favoráveis do que as previstas no n. o Se o processo no Estado-Membro de origem não observar os requisitos processuais constantes dos artigos 13. o a 17. o, esta inobservância será sanada e a decisão pode ser certificada como Título Executivo Europeu, se: CAPÍTULO IV EXECUÇÃO a) A decisão tiver sido notificada ao devedor de acordo com os requisitos constantes dos artigos 13. o ou 14. o ; b) O devedor tiver tido a possibilidade de impugnar a decisão, por meio de uma revisão total, e tiver sido devidamente informado na decisão, ou juntamente com esta, sobre os requisitos processuais para essa impugnação, incluindo o nome e o endereço da instituição a que deve ser dirigida, bem como, quando aplicável, o respectivo prazo; c) O devedor não tiver contestado a decisão de acordo com os requisitos processuais relevantes. 2. Se o processo no Estado-Membro de origem não observar os requisitos processuais constantes do artigo 13. o ou do artigo 14. o, esta inobservância será sanada se se provar pela conduta do devedor na acção judicial que o devedor foi citado ou notificado pessoalmente em tempo útil para poder preparar a sua defesa. Artigo 20. o Trâmites de execução 1. Sem prejuízo das disposições do presente capítulo, os trâmites de execução são regidos pelo direito do Estado-Membro de execução. Uma decisão certificada como Título Executivo Europeu será executada nas mesmas condições que uma decisão proferida no Estado-Membro de execução. 2. O credor deve apresentar à autoridade competente para a execução no Estado-Membro de execução: a) Uma certidão autêntica da decisão; e b) Uma certidão autêntica de Título Executivo Europeu; e 89

90 L 143/22 PT Jornal Oficial da União Europeia c) Se necessário, uma transcrição da certidão de Título Executivo Europeu ou uma tradução desta na língua oficial do Estado-Membro de execução ou, caso esse Estado-Membro tenha várias línguas oficiais, na língua oficial ou numa das línguas oficiais do local onde é requerida a execução, ou em qualquer outra língua que o Estado-Membro de execução tenha declarado aceitar. Cada Estado-Membro pode indicar a língua oficial ou as línguas oficiais da Comunidade diferentes da sua, em que pode aceitar a certidão. A tradução será certificada por pessoa habilitada para o efeito num Estado-Membro. 3. Não será exigida caução, garantia ou depósito, qualquer que seja a sua forma, a uma parte que requeira num Estado- -Membro a execução de uma decisão certificada como Título Executivo Europeu noutro Estado-Membro com base no facto de ser nacional de um país terceiro, ou de não estar domiciliado ou não ser residente no Estado-Membro de execução. O presente regulamento não afecta os acordos nos termos dos quais os Estados-Membros se tenham comprometido, antes da entrada em vigor do Regulamento (CE) n. o 44/2001 do Conselho, ao abrigo do artigo 59. o da Convenção de Bruxelas relativa à Competência Judiciária e à Execução de Decisões em Matéria Civil e Comercial, a não reconhecer uma decisão proferida, nomeadamente noutro Estado Contratante da referida convenção, contra um requerido que tenha o seu domicílio ou residência habitual num país terceiro quando, nos casos previstos no artigo 4. o da citada Convenção, a decisão só pode ter por fundamento uma das disposições previstas no segundo parágrafo do artigo 3. o dessa Convenção. Quando o devedor tiver: Artigo 23. o Suspensão ou limitação da execução contestado uma decisão certificada como Título Executivo Europeu, incluindo um pedido de revisão na acepção do artigo 19. o, ou Artigo 21. o Recusa de execução 1. A pedido do devedor, a execução será recusada pelo tribunal competente do Estado-Membro de execução se a decisão certificada como Título Executivo Europeu for inconciliável com uma decisão anteriormente proferida num Estado-Membro ou num país terceiro, desde que: a) Envolva as mesmas partes e a mesma causa de pedir; e b) Tenha sido proferida no Estado-Membro de execução ou reúna as condições necessárias para o seu reconhecimento no Estado-Membro de execução; e c) Não tenha sido alegada, nem tiver sido possível alegar, a incompatibilidade para impugnar o crédito durante a acção judicial no Estado-Membro de origem. 2. A decisão ou a sua certificação como Título Executivo Europeu não pode, em caso algum, ser revista quanto ao mérito no Estado-Membro de execução. Artigo 22. o Acordos com países terceiros requerido a rectificação ou revogação da certidão de Título Executivo Europeu em conformidade com o artigo 10. o, o tribunal ou a autoridade competente do Estado-Membro de execução pode, a pedido do devedor: a) Limitar o processo de execução a providências cautelares; ou b) Subordinar a execução à constituição de uma garantia, conforme determinar; c) Em circunstâncias excepcionais, suspender o processo de execução. CAPÍTULO V TRANSACÇÕES JUDICIAIS E INSTRUMENTOS AUTÊNTICOS Artigo 24. o Transacções judiciais 1. As transacções relativas a créditos, na acepção do ponto 2 do artigo 4. o, que tenham sido homologadas pelo tribunal ou celebradas perante um tribunal no decurso de um processo e sejam executórias no Estado-Membro onde tiverem sido homologadas ou celebradas, serão, mediante pedido apresentado ao tribunal que as homologou ou perante o qual foram celebradas, certificadas como Título Executivo Europeu, utilizando o formulário-tipo constante do Anexo II. 2. Uma transacção que tenha sido certificada como Título Executivo Europeu no Estado-Membro de origem será executada nos outros Estados-Membros sem necessidade de declaração de executoriedade e sem que seja possível contestar a sua força executória. 90

91 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/23 3. São aplicáveis, consoante o caso, as disposições do Capítulo II, com excepção do artigo 5. o, do n. o 1 do artigo 6. o e do n. o 1 do artigo 9. o, e do Capítulo IV, com excepção do n. o 1 do artigo 21. o e do artigo 22. o. Artigo 25. o Artigo 28. o Relação com o Regulamento (CE) n. o 1348/2000 O presente regulamento não afecta a aplicação do Regulamento (CE) n. o 1348/2000. Instrumentos autênticos 1. Um instrumento autêntico relativo a um crédito, na acepção do ponto 2 do artigo 4. o, que seja executório num Estado- -Membro, será, mediante pedido apresentado à autoridade designada pelo Estado-Membro de origem, certificado como Título Executivo Europeu, utilizando o formulário-tipo constante do Anexo III. 2. Um instrumento autêntico que tenha sido certificado como Título Executivo Europeu no Estado-Membro de origem será executado nos outros Estados-Membros sem necessidade de declaração de executoriedade e sem que seja possível contestar a sua força executória. 3. São aplicáveis, consoante o caso, as disposições do Capítulo II, com excepção do artigo 5. o, do n. o 1 do artigo 6. o e do n. o 1 do artigo 9. o, e do Capítulo IV, com excepção do n. o 1 do artigo 21. o e do artigo 22. o. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA CAPÍTULO VIII DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Artigo 29. o Informação sobre os trâmites de execução Os Estados-Membros cooperarão no sentido de fornecer, tanto ao público em geral como aos sectores profissionais, informações sobre: a) Os meios e trâmites de execução nos Estados-Membros; e b) As autoridades competentes em matéria de execução nos Estados-Membros, nomeadamente por meio da Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial, criada pela Decisão 2001/470/CE ( 1 ). Artigo 26. o Disposição transitória O presente regulamento é apenas aplicável às decisões proferidas por um tribunal, às transacções judiciais homologadas por um tribunal ou celebradas perante um tribunal e aos documentos formalmente redigidos ou registados como instrumentos autênticos após a entrada em vigor do presente regulamento. Artigo 30. o Informações relativas aos tribunais, autoridades e procedimentos de recurso 1. Os Estados-Membros notificarão à Comissão: a) Os procedimentos de rectificação e de revogação referidos no n. o 2 do artigo 10. o e de revisão previsto no n. o 1 do artigo 19. o ; CAPÍTULO VII RELAÇÕES COM OUTROS INSTRUMENTOS COMUNITÁRIOS Artigo 27. o Relação com o Regulamento (CE) n. o 44/2001 O presente regulamento não afecta a possibilidade de requerer o reconhecimento e a execução de uma decisão relativa a um crédito não contestado, de uma transacção homologada por um tribunal ou de um instrumento autêntico nos termos do Regulamento (CE) n. o 44/2001. b) As línguas aceites nos termos da alínea c) do n. o 2 do artigo 20. o ; c) As listas das autoridades referidas no artigo 25. o, bem como quaisquer alterações posteriores destas informações. 2. A Comissão tornará disponíveis ao público as informações notificadas nos termos do n. o 1 mediante a sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia e por quaisquer outros meios adequados. ( 1 ) JO L 174 de , p

92 L 143/24 PT Jornal Oficial da União Europeia Artigo 31. o Alterações aos Anexos As alterações dos formulários-tipo constantes dos Anexos serão adoptadas de acordo com o procedimento referido no n. o 2 do artigo 32. o. Artigo 32. o Comité 1. A Comissão é assistida pelo Comité previsto no artigo 75. o do Regulamento (CE) n. o 44/ Quando seja feita referência ao presente número, são aplicáveis os artigos 3. o e 7. o da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8. o. 3. O Comité aprovará o seu regulamento interno. Artigo 33. o Entrada em vigor O presente regulamento entra em vigor em de 21 de Janeiro de É aplicável a partir de 21 de Outubro de 2005, com excepção dos artigos 29. o, 31. o e 32. o, que são aplicáveis a partir de 21 de Janeiro de O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros, em conformidade com o Tratado que institui a Comunidade Europeia. Feito em Estrasburgo, em 21 de Abril de Pelo Parlamento Europeu O Presidente P. COX Pelo Conselho O Presidente D. ROCHE 92

93 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/25 ANEXO I CERTIDÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EUROPEU DECISÃO 1. Estado-Membro de origem: AT n BE n DE n EL n ES n FI n FR n IE n IT n LU n NL n PT n SE n UK n 2. Órgão jurisdicional/tribunal que emitiu a certidão 2.1. Nome: 2.2. Endereço: 2.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 3. Se diferente, Órgão jurisdicional/tribunal que proferiu a decisão 3.1. Nome: 3.2. Endereço: 3.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 4. Decisão 4.1. Data: 4.2. Número de referência: 4.3. Partes Nome e endereço do(s) credor(es): Nome e endereço do(s) devedor(es): 5. Crédito líquido certificado 5.1. Montante do capital: Moeda euro n coroa sueca n libra esterlina n outra (especificar) n Se o crédito tem pagamento escalonado Montante de cada prestação: Prazo da primeira prestação: Prazos das prestações subsequentes semanal n mensal n outro (especificar) n 93

94 L 143/26 PT Jornal Oficial da União Europeia Período do crédito Actualmente indeterminado n ou Prazo da última prestação: 5.2. Juros Taxa de juro % ou % acima da taxa de base do BCE ( 1 ) Outra (especificar) Cobrança de juros a partir de: 5.3. Montante das despesas reembolsáveis, se a decisão o especificar: 6. A decisão é executória no Estado-Membro de origem. n 7. A decisão ainda é passível de recurso: Sim n Não n 8. A decisão tem por objecto um crédito não contestado nos termos do n. o 1do artigo 3. o n 9. A decisão está em conformidade com a alínea b) do n. o 1 do artigo 6. o n 10. A decisão respeita a matérias relacionadas com contratos celebrados com os consumidores Sim n Não n Em caso afirmativo: O devedor é o consumidor: Sim n Não n Em caso afirmativo: O devedor tem domicílio no Estado-Membro de origem (na acepção do artigo 59. o do Regulamento (CE) n. o 44/2001) n 11. Notificação do acto que dá início à instância nos termos do Capítulo III, quando aplicável: Sim n Não n Notificação efectuada em conformidade com o artigo 13. o n ou Notificação efectuada em conformidade com o artigo 14. o n ou Ficou provado que, em conformidade com o n. o 2 do artigo 18. o, o devedor foi notificado n ( 1 ) Taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu às suas principais operações de refinanciamento. 94

95 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/ Informação obrigatória O devedor foi informado em conformidade com os artigos 16. o e 17. o n 12. Citação, quando aplicável: Sim n Não n Citação efectuada em conformidade com o artigo 13. o n ou Citação efectuada em conformidade com o artigo 14. o n ou Ficou provado que, em conformidade com o n. o 2 do artigo 18. o, o devedor foi citado n Informação obrigatória O devedor foi informado em conformidade com o artigo 17. o n 13. Suprimento do incumprimento das normas mínimas processuais nos termos do n. o 1 do artigo 18. o A decisão foi notificada em conformidade com o artigo 13. o n ou A decisão foi notificada em conformidade com o artigo 14. o n ou Ficou provado que, em conformidade com o n. o 2 do artigo 18. o, o devedor recebeu a decisão n Informação obrigatória O devedor foi informado em conformidade com a alínea b) do n. o 1 do artigo 18. o n O devedor tinha possibilidade de recorrer da decisão Sim n Não n O devedor não recorreu da decisão nos termos dos requisitos processuais pertinentes: Sim n Não n Feito em Data Assinatura e/ou carimbo 95

96 L 143/28 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO II CERTIDÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EUROPEU TRANSACÇÃO JUDICIAL 1. Estado-Membro de origem: AT n BE n DE n EL n ES n FI n FR n IE n IT n LU n NL n PT n SE n UK n 2. Órgão jurisdicional que emitiu a certidão 2.1. Nome: 2.2. Endereço: 2.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 3. Se diferente, Órgão jurisdicional que homologou ou onde foi celebrada a transacção judicial 3.1. Nome: 3.2. Endereço: 3.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 4. Transacção judicial 4.1. Data: 4.2. Número de referência: 4.3. Partes Nome e endereço do(s) credor(es): Nome e endereço do(s) devedor(es): 5. Crédito líquido certificado 5.1. Montante do capital: Moeda euro n coroa sueca n libra esterlina n outra (especificar) n Se o crédito tem pagamento escalonado Montante de cada prestação: Prazo da primeira prestação: Prazo das prestações subsequentes semanal n mensal n outro (especificar) n 96

97 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/ Período do crédito Actualmente indeterminado n ou Prazo da última prestação: 5.2. Juros Taxa de juro % ou % acima da taxa de base do BCE ( 1 ) Outra (especificar) Cobrança de juros a partir de: 5.3. Montante das despesas reembolsáveis, se a decisão o especificar: 6. A decisão é executória no Estado-Membro de origem n Feito em , Data Assinatura e/ou carimbo ( 1 ) Taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu às suas principais operações de refinanciamento. 97

98 L 143/30 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO III CERTIDÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EUROPEU INSTRUMENTO AUTÊNTICO 1. Estado-Membro de origem: AT n BE n DE n EL n ES n FI n FR n IE n IT n LU n NL n PT n SE n UK n 2. Órgão jurisdicional/autoridade que emitiu a certidão 2.1. Nome: 2.2. Endereço: 2.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 3. Se diferente, Órgão jurisdicional/autoridade que emitiu o instrumento autêntico 3.1. Nome: 3.2. Endereço: 3.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 4. Instrumento autêntico 4.1. Data: 4.2. Número de referência: 4.3. Partes Nome e endereço do(s) credor(es): Nome e endereço do(s) devedor(es): 5. Crédito líquido certificado: 5.1. Montante do capital Moeda euro n coroa sueca n libra esterlina n outra (especificar) n Se o crédito tem pagamento escalonado Montante de cada prestação: Prazo da primeira prestação: Prazo das prestações subsequentes semanal n mensal n outro (especificar) n 98

99 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/ Período do crédito Actualmente indeterminado n ou Prazo da última prestação 5.2. Juros Taxa de juro % ou % acima da taxa de base do BCE ( 1 ) Outra (especificar) Cobrança de juros a partir de: 5.3. Montante das despesas reembolsáveis, se o instrumento autêntico o especificar: 6. O instrumento é executório no Estado-Membro de origem: n Feito em , Data Assinatura e/ou carimbo ( 1 ) Taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu às suas principais operações de refinanciamento. 99

100 L 143/32 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO IV CERTIDÃO DE AUSÊNCIA OU LIMITAÇÃO DA FORÇA EXECUTÓRIA (n. o 2 do artigo 6. o ) 1. Estado-Membro de origem: AT n BE n DE n EL n ES n FI n FR n IE n IT n LU n NL n PT n SE n UK n 2. Órgão jurisdicional/autoridade que emitiu a certidão 2.1. Nome: 2.2. Endereço: 2.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 3. Se diferente, Órgão jurisdicional/autoridade que proferiu a decisão/transacção judicial/instrumento autêntico (*) 3.1. Nome: 3.2. Endereço: 3.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 4. Decisão/Transacção/Instrumento autêntico (*) 4.1. Data: 4.2. Número de referência: 4.3. Partes Nome e endereço do(s) credor(es): Nome e endereço do(s) devedor(es): 5. A presente decisão transacção/instrumento autêntico foi certificado como Título Executivo Europeu, mas: 5.1. A decisão/transacção/instrumento autêntico deixou de ter força executória n 5.2. A execução está provisoriamente suspensa n limitada a providências cautelares n 100

101 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/ dependente da prestação de uma caução ainda pendente n Montante da caução: Moeda euro n coroa sueca n libra esterlina n outra (especificar) n Outro (especificar) n Feito em , Data Assinatura e/ou carimbo 101

102 L 143/34 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO V CERTIDÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EUROPEU NA SEQUÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO (n. o 3 do artigo 6. o ) A. Foi impugnada a seguinte decisão/transacção/instrumento autêntico certificado como Título Executivo Europeu: 1. Estado-Membro de origem: AT n BE n DE n EL n ES n FI n FR n IE n IT n LU n NL n PT n SE n UK n 2. Tribunal/Autoridade que emitiu a certidão: 2.1. Nome: 2.2. Endereço: 2.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 3. Se diferente, Órgão jurisdicional/autoridade que proferiu a decisão/transacção judicial/instrumento autêntico (*) 3.1. Nome: 3.2. Endereço: 3.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 4. Decisão/Transacção/Instrumento autêntico (*) 4.1. Data: 4.2. Número de referência: 4.3. Partes Nome e endereço do(s) credor(es): Nome e endereço do(s) devedor(es): B. Em virtude dessa impugnação, é certificada como Título Executivo Europeu de substituição do Título Executivo Europeu original e comunicada a seguinte decisão: 1. Tribunal 1.1. Nome: 1.2. Endereço: 1.3. Tel./Fax/Correio electrónico: (*) Riscar o que não interessa. 102

103 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/35 2. Decisão: 2.1. Data: 2.2. Número de referência: 3. Crédito líquido certificado: 3.1. Montante do capital Moeda Euro n Coroa sueca n Libra esterlina n Outra (especificar) n Se o crédito tem pagamento escalonado Montante de cada prestação: Prazo da primeira prestação: Prazo das prestações subsequentes semanal n mensal n outro (especificar) n Período do crédito Actualmente indeterminado n ou Prazo da última prestação: 3.2. Juros Taxa de juro % ou % acima da taxa de base do BCETaxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu às suas principais operações de refinanciamento Outra (especificar) Cobrança de juros a partir de: 3.3. Montante das despesas reembolsáveis, se a decisão o especificar: 4. A decisão é executória no Estado-Membro de origem: n 5. Da decisão ainda cabe novo recurso: Sim n Não n 6. A decisão é conforme com a alínea b) do n. o 1 do artigo 6. o : n 103

104 L 143/36 PT Jornal Oficial da União Europeia A decisão diz respeito a matérias relacionadas com contratos celebrados por consumidores: Sim n Não n 7.1. Em caso afirmativo: O devedor é o consumidor: Sim n Não n 7.2. Em caso afirmativo: O devedor tem domicílio no Estado-Membro de origem, na acepção do artigo 59. o do Regulamento (CE) n. o 44/2001 n 8. Ao tempo da decisão sobre a contestação, o crédito não é contestado, na acepção das alíneas b) ou c) do n. o 1 do artigo 3. o Sim n Não n Em caso afirmativo: 8.1. Notificação do acto que dá início à contestação O credor recorreu da contestação? Sim n Não n Em caso afirmativo: Notificação efectuada em conformidade com o artigo 13. o n ou Notificação efectuada em conformidade com o artigo 14. o n ou Ficou provado que, em conformidade com o n. o 2 do artigo 18. o, o devedor foi notificado n Informação obrigatória O devedor foi informado em conformidade com os artigos 16. o e 17. o n 8.2. Citação, quando aplicável: Sim n Não n Em caso afirmativo: Citação efectuada em conformidade com o artigo 13. o n ou Citação efectuada em conformidade com o artigo 14. o n ou Ficou provado que, em conformidade com o n. o 2 do artigo 18. o, o devedor foi citado n Informação obrigatória O devedor foi informado em conformidade com o artigo 17. o n 104

105 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/ Suprimento do incumprimento das normas processuais mínimas nos termos do n. o 1 do artigo 18. o A decisão foi notificada em conformidade com o artigo 13. o n ou A decisão foi notificada em conformidade com o artigo 14. o n ou Ficou provado que, em conformidade com o n. o 2 do artigo 18. o, o devedor recebeu a decisão n Informação obrigatória O devedor foi informado em conformidade com a alínea b) do n. o 1 do artigo 18. o n Feito em , Data Assinatura e carimbo 105

106 L 143/38 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO VI PEDIDO DE RECTIFICAÇÃO OU REVOGAÇÃO DE CERTIDÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EUROPEU (n. o 3 do artigo 10. o ) O SEGUINTE TÍTULO EXECUTIVO EUROPEU 1. Estado-Membro de origem: AT n BE n DE n EL n ES n FI n FR n IE n IT n LU n NL n PT n SE n UK n 2. Órgão jurisdicional/autoridade que emitiu a certidão 2.1. Nome: 2.2. Endereço: 2.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 3. Se diferente, Órgão jurisdicional/autoridade que proferiu a decisão/transacção judicial/instrumento autêntico (*) 3.1. Nome: 3.2. Endereço: 3.3. Tel./Fax/Correio electrónico: 4. Decisão/transacção judicial/instrumento autêntico 4.1. Data 4.2. Número de referência: 4.3. Partes Nome e endereço do(s) credor(es): Nome e endereço do(s) devedor(es): DEVE SER 5. RECTIFICADO, uma vez que, devido a um erro material, existe a seguinte discrepância entre o Título Executivo Europeu e a decisão/transacção judicial/acto autêntico a que diz respeito (especificar) n (*) Riscar o que não interessa. 106

107 PT Jornal Oficial da União Europeia L 143/39 6. REVOGADO, uma vez que: 6.1. A decisão certificada diz respeito a um contrato celebrado por um consumidor, mas foi emitida num Estado- -Membro em que o consumidor não tem domicílio, na acepção do artigo 59. o do Regulamento (CE) n. o 44/2001 n 6.2. A certidão de Título Executivo Europeu foi emitida de forma claramente errada, por outros motivos (especificar) n Feito em Data Assinatura e/ou carimbo 107

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109 3c Regulamento (CE) n. 1896/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro de 2006, que cria um procedimento europeu de injunção de pagamento

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111 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/1 I (Actos cuja publicação é uma condição da sua aplicabilidade) REGULAMENTO (CE) N. o 1896/2006 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 12 de Dezembro de 2006 que cria um procedimento europeu de injunção de pagamento O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente a alínea c) do artigo 61. o, Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu ( 1 ), Deliberando nos termos do artigo 251. o do Tratado ( 2 ), Considerando o seguinte: (1) A Comunidade estabeleceu como objectivo manter e desenvolver um espaço de liberdade, segurança e justiça no qual seja assegurada a livre circulação de pessoas. Para criar progressivamente esse espaço, a Comunidade deverá adoptar, designadamente, medidas no domínio da cooperação judiciária em matéria civil que tenham uma incidência transfronteiriça e sejam necessárias ao bom funcionamento do mercado interno. (2) Nos termos da alínea c) do artigo 65. o do Tratado, tais medidas deverão incluir as que eliminem os obstáculos à boa tramitação das acções cíveis, promovendo, se necessário, a compatibilidade das normas de processo civil aplicáveis nos Estados-Membros. (3) O Conselho Europeu de Tampere de 15 e 16 de Outubro de 1999 convidou o Conselho e a Comissão a preparar legislação nova sobre os elementos que contribuem para facilitar a cooperação judiciária e melhorar o acesso à justiça, tendo mencionado expressamente nesse contexto as injunções de pagamento em dinheiro. reconhecimento mútuo das decisões em matéria civil e comercial ( 3 ). O programa prevê a possibilidade de criação de um procedimento específico, uniforme ou harmonizado, estabelecido pela Comunidade, para obter uma decisão judicial em determinados domínios, incluindo o dos créditos não contestados. A isto deu continuidade o Programa da Haia, adoptado pelo Conselho Europeu a 5 de Novembro de 2004, que instou à prossecução activa dos trabalhos relativos à injunção de pagamento europeia. (5) Em 20 de Dezembro de 2002, a Comissão adoptou um Livro Verde relativo a um procedimento europeu de injunção de pagamento e a medidas para simplificar e acelerar as acções de pequeno montante. Este Livro Verde marcou o lançamento de consultas sobre os possíveis objectivos e as características de que poderia ser dotado um procedimento europeu uniforme ou harmonizado para a cobrança de créditos não contestados. (6) A cobrança rápida e eficaz de dívidas pendentes juridicamente não controvertidas é de importância capital para os operadores económicos na União Europeia, dado que os atrasos de pagamento representam uma das principais causas de falência que ameaçam a sobrevivência das empresas, em especial das pequenas e médias empresas, e provocam a perda de inúmeros postos de trabalho. (7) Embora todos os Estados-Membros tentem resolver o problema das cobranças em massa de créditos não contestados, tendo a maioria adoptado um procedimento simplificado de injunção de pagamento, o conteúdo da legislação nacional e os resultados dos procedimentos internos variam consideravelmente. Além disso, os procedimentos actualmente existentes são com frequência inadmissíveis ou impraticáveis em casos transfronteiriços. (4) Em 30 de Novembro de 2000, o Conselho adoptou um programa conjunto do Conselho e da Comissão de medidas destinadas a aplicar o princípio do ( 1 ) JO C 221 de , p. 77. ( 2 ) Parecer do Parlamento Europeu de 13 de Dezembro de 2005 (ainda não publicado no Jornal Oficial), posição comum do Conselho de 30 de Junho de 2006 (ainda não publicada no Jornal Oficial), posição do Parlamento Europeu de 25 de Outubro de 2006 e decisão do Conselho de 11 de Dezembro de ( 3 ) JO C 12 de , p. 1. (8) Os consequentes entraves ao acesso a uma justiça eficaz em casos transfronteiriços e as distorções da concorrência no mercado interno decorrentes de desequilíbrios no funcionamento dos meios processuais facultados aos credores nos diferentes Estados-Membros carecem de legislação comunitária que garanta condições idênticas para os credores e os devedores em toda a União Europeia. 111

112 L 399/2 PT Jornal Oficial da União Europeia (9) O presente regulamento tem por objectivo simplificar, acelerar e reduzir os custos dos processos judiciais em casos transfronteiriços de créditos pecuniários não contestados, através da criação de um procedimento europeu de injunção de pagamento, e permitir a livre circulação das injunções de pagamento europeias em todos os Estados- Membros, através do estabelecimento de normas mínimas cuja observância torne desnecessário qualquer procedimento intermédio no Estado-Membro de execução anterior ao reconhecimento e à execução. (10) O procedimento estabelecido pelo presente regulamento deverá constituir um meio suplementar e facultativo à disposição do requerente, que manterá toda a liberdade de recorrer aos procedimentos previstos no direito interno. Por conseguinte, o presente regulamento não substituirá nem harmonizará os mecanismos de cobrança de créditos não contestados previstos no direito interno. (11) O procedimento deverá ter por base, tanto quanto possível, a utilização de formulários normalizados para todas as comunicações entre o tribunal e as partes, a fim de facilitar a sua administração e permitir o recurso ao tratamento automático de dados. (12) Ao decidirem quais os tribunais competentes para emitir uma injunção de pagamento europeia, os Estados- Membros deverão ter na devida conta a necessidade de garantir o acesso à justiça. (13) No requerimento de injunção de pagamento europeia, o requerente deverá ser obrigado a fornecer informações suficientes para identificar e fundamentar claramente o pedido de modo a permitir ao requerido optar, com conhecimento de causa, entre deduzir oposição ou não contestar o crédito. (14) Neste contexto, o requerente deverá ser obrigado a incluir uma descrição das provas que sustentam o pedido. Para o efeito, o formulário de requerimento deverá incluir uma lista tão completa quanto possível de tipos de provas habitualmente apresentadas para justificar créditos pecuniários. (15) A apresentação de um requerimento de injunção de pagamento europeia deverá implicar o pagamento das custas judiciais aplicáveis. (17) A recusa do requerimento não será passível de recurso, o que não exclui, porém, uma eventual revisão da decisão de recusa do requerimento no mesmo grau de jurisdição, nos termos do direito interno. (18) A injunção de pagamento europeia deverá informar o requerido das opções ao seu dispor, ou seja, pagar ao requerente o montante fixado ou apresentar uma declaração de oposição no prazo de 30 dias, caso pretenda contestar o crédito. Para além das informações completas sobre o crédito fornecidas pelo requerente, o requerido deverá ser informado do alcance jurídico da injunção de pagamento europeia e, em especial, dos efeitos da não contestação do crédito. (19) Devido às diferenças das normas de processo civil dos Estados-Membros, especialmente as que regem a citação e a notificação de actos, é necessário precisar as normas mínimas aplicáveis no contexto do procedimento europeu de injunção de pagamento. Em especial, no que se refere ao respeito dessas normas mínimas, nenhum meio de citação ou de notificação baseado numa ficção legal deverá poder ser considerado suficiente para efeitos de citação ou notificação de uma injunção de pagamento europeia. (20) Todos os meios de citação ou notificação enumerados nos artigos 13. o e 14. o se caracterizam quer pela certeza absoluta (artigo 13. o ), quer por um elevado grau de probabilidade (artigo 14. o ) de que o acto notificado tenha chegado ao seu destinatário. (21) Só se deverá considerar que a citação ou notificação pessoal de pessoas que não sejam o próprio requerido efectuada nos termos das alíneas a) e b) do n. o 1 do artigo 14. o cumpre os requisitos das referidas disposições se essas pessoas tiverem efectivamente aceite/recebido a injunção de pagamento europeia. (22) O artigo 15. o deverá aplicar-se às situações em que o requerido não possa comparecer no tribunal, como no caso de uma pessoa colectiva, e a pessoa autorizada para o representar seja designada por lei, bem como às situações em que o requerido tenha autorizado outra pessoa, nomeadamente um advogado, a representá-lo naquela acção judicial específica. (23) O requerido poderá apresentar a sua declaração de oposição utilizando o formulário normalizado que consta do presente regulamento. No entanto, os tribunais deverão ter em conta qualquer outra forma escrita de oposição, caso esteja formulada claramente. (16) O tribunal deverá analisar o requerimento, bem como a questão da competência e a descrição das provas, com base nas informações constantes do formulário de requerimento, o que deverá permitir-lhe apreciar prima facie o mérito do pedido e, nomeadamente, excluir pedidos manifestamente infundados ou requerimentos inadmissíveis. Esta análise não terá necessariamente de ser efectuada por um juiz. (24) Uma declaração de oposição apresentada no prazo fixado deverá pôr termo ao procedimento europeu de injunção de pagamento e implicar a passagem automática da acção para uma forma de processo civil comum, a não ser que o requerente tenha solicitado expressamente o termo do processo nessa eventualidade. Para efeitos do presente regulamento, o conceito de processo civil comum não deverá necessariamente ser interpretado na acepção do direito interno. 112

113 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/3 (25) Após o termo do prazo para apresentar a declaração de oposição, o requerido deverá ter, em certos casos excepcionais, o direito de pedir a reapreciação da injunção de pagamento europeia. A reapreciação em casos excepcionais não deverá significar a concessão ao requerido de uma segunda oportunidade para deduzir oposição. Durante o procedimento de reapreciação, o mérito do pedido não deverá ser apreciado para além dos fundamentos decorrentes das circunstâncias excepcionais invocadas pelo requerido. As outras circunstâncias excepcionais poderão incluir os casos em que a injunção de pagamento europeia tenha por base informações falsas fornecidas no formulário de requerimento. (26) As custas judiciais abrangidas pelo artigo 25. o não incluirão, por exemplo, os honorários de advogados nem os custos da citação ou notificação de documentos por uma entidade que não seja um tribunal. (30) As medidas necessárias à execução do presente regulamento serão aprovadas nos termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão ( 2 ). (31) Nos termos do artigo 3. o do Protocolo relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, o Reino Unido e a Irlanda notificaram a sua intenção de participar na aprovação e na aplicação do presente regulamento. (32) Nos termos dos artigos 1. o e 2. o do Protocolo relativo à posição da Dinamarca anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, a Dinamarca não participa na aprovação do presente regulamento e não fica a ele vinculada nem sujeita à sua aplicação, (27) Uma injunção de pagamento europeia emitida num Estado-Membro e que tenha adquirido força executiva deverá ser considerada, para efeitos de execução, como se tivesse sido emitida no Estado-Membro no qual se requer a execução. A confiança mútua na administração da justiça nos Estados-Membros justifica que o tribunal de um Estado-Membro considere preenchidos todos os requisitos de emissão de uma injunção de pagamento europeia, a fim de permitir a execução da injunção em todos os outros Estados-Membros sem revisão jurisdicional da correcta aplicação das normas processuais mínimas no Estado-Membro onde a decisão deve ser executada. Sem prejuízo do disposto no presente regulamento, em especial das normas mínimas estabelecidas nos n. o s 1 e 2 do artigo 22. o e no artigo 23. o, a execução da injunção de pagamento europeia deverá continuar a ser regida pelo direito interno. (28) Para efeitos de cálculo dos prazos, deverá ser aplicado o Regulamento (CEE, Euratom) n. o 1182/71 do Conselho, de 3 de Junho de 1971, relativo à determinação das regras aplicáveis aos prazos, às datas e aos termos ( 1 ). O requerido deverá ser informado desse facto, bem como de que serão tidos em conta os feriados do Estado-Membro onde se situa o tribunal que emite a injunção de pagamento europeia. APROVARAM O PRESENTE REGULAMENTO: Artigo 1. o Objecto 1. O presente regulamento tem por objectivo: a) Simplificar, acelerar e reduzir os custos dos processos judiciais em casos transfronteiriços de créditos pecuniários não contestados, através da criação de um procedimento europeu de injunção de pagamento; e b) Permitir a livre circulação das injunções de pagamento europeias em todos os Estados-Membros, através do estabelecimento de normas mínimas cuja observância torne desnecessário qualquer procedimento intermédio no Estado- Membro de execução anterior ao reconhecimento e à execução. 2. O presente regulamento não obsta a que um requerente reclame um crédito na acepção do artigo 4. o através da instauração de outro procedimento previsto na legislação de um Estado- Membro ou no direito comunitário. (29) Atendendo a que o objectivo do presente regulamento, nomeadamente o estabelecimento de um mecanismo uniforme, rápido e eficiente de liquidação de créditos não contestados em toda a União Europeia, não pode ser suficientemente realizado pelos Estados-Membros e pode, devido à sua dimensão e aos seus efeitos, ser mais bem alcançado a nível comunitário, a Comunidade pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade, consagrado no artigo 5. o do Tratado. Em conformidade com o princípio da proporcionalidade, consagrado no mesmo artigo, o presente regulamento não excede o necessário para atingir aquele objectivo. ( 1 ) JO L 124 de , p. 1. Artigo 2. o Âmbito de aplicação 1. O presente regulamento é aplicável a matéria civil e comercial, em casos transfronteiriços, independentemente da natureza do tribunal. O presente regulamento não abrange, nomeadamente, matéria fiscal, aduaneira ou administrativa, nem a responsabilidade do Estado por actos e omissões no exercício do poder público («acta jure imperii»). ( 2 ) JO L 184 de , p. 23 (rectificação no JO L 269 de , p. 45). Decisão com a redacção que lhe foi dada pela Decisão 2006/512/CE (JO L 200 de , p. 11). 113

114 L 399/4 PT Jornal Oficial da União Europeia O presente regulamento não é aplicável: a) Aos direitos patrimoniais decorrentes de regimes matrimoniais ou análogos, de testamentos e de sucessões; b) Às falências e às concordatas em matéria de falência de sociedades ou outras pessoas colectivas, aos acordos judiciais, aos acordos de credores ou a outros procedimentos análogos; c) À segurança social; d) A créditos resultantes de obrigações não contratuais, a não ser que: i) As partes tenham chegado a acordo sobre esses créditos ou tenha havido um reconhecimento da dívida; ii) ou Esses créditos se relacionem com dívidas líquidas decorrentes da compropriedade de bens. 3. Para os efeitos do presente regulamento, entende-se por «Estado-Membro» qualquer Estado-Membro, com excepção da Dinamarca. Artigo 3. o Casos transfronteiriços 1. Para efeitos do presente regulamento, um caso transfronteiriço é aquele em que pelo menos uma das partes tem domicílio ou residência habitual num Estado-Membro distinto do Estado-Membro do tribunal demandado. 2. O domicílio é determinado nos termos dos artigos 59. o e 60. o do Regulamento (CE) n. o 44/2001 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2000, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial ( 1 ). 3. O momento relevante para determinar o carácter transfronteiriço do caso é aquele em que o requerimento de injunção de pagamento europeia é apresentado nos termos do presente regulamento. Artigo 4. o Procedimento europeu de injunção de pagamento É criado o procedimento europeu de injunção de pagamento para a cobrança de créditos pecuniários líquidos exigíveis na data em que é apresentado o requerimento de injunção de pagamento europeia. Artigo 5. o Definições Para efeitos do presente regulamento, entende-se por: 1. «Estado-Membro de origem», o Estado-Membro no qual é emitida uma injunção de pagamento europeia; ( 1 ) JO L 12 de , p. 1. Regulamento com a última redacção que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n. o 2245/2004 da Comissão (JO L 381 de , p. 10). 2. «Estado-Membro de execução», o Estado-Membro no qual é requerida a execução de uma injunção de pagamento europeia; 3. «Tribunal», qualquer autoridade de um Estado-Membro competente em matéria de injunções de pagamento europeias ou em quaisquer outras matérias conexas; 4. «Tribunal de origem», o tribunal que emite uma injunção de pagamento europeia. Artigo 6. o Competência judiciária 1. Para efeitos da aplicação do presente regulamento, a competência judiciária é determinada em conformidade com as regras do direito comunitário aplicáveis na matéria, designadamente o Regulamento (CE) n. o 44/ Se, no entanto, o crédito disser respeito a um contrato celebrado por uma pessoa (o consumidor) com um fim que possa ser considerado estranho à sua actividade profissional, e se o requerido for o consumidor, só são competentes os tribunais do Estado-Membro onde o requerido tem domicílio, na acepção do artigo 59. o do Regulamento (CE) n. o 44/2001. Artigo 7. o Requerimento de injunção de pagamento europeia 1. O requerimento de injunção de pagamento europeia deve ser apresentado utilizando o formulário normalizado A, constante do Anexo I. 2. O requerimento deve incluir: a) Os nomes e endereços das partes e, se for caso disso, dos seus representantes, bem como do tribunal a que é apresentado; b) O montante do crédito, incluindo o crédito principal e, se for caso disso, os juros, as sanções contratuais e os custos; c) Se forem reclamados juros sobre o crédito, a taxa de juro e o período em relação ao qual os juros são reclamados, salvo se o capital for automaticamente acrescido de juros legais por força da legislação do Estado-Membro de origem; d) A causa de pedir, incluindo uma descrição das circunstâncias invocadas como fundamento do crédito e, se necessário, dos juros reclamados; e) Uma descrição das provas que sustentam o pedido; f) O fundamento da competência judiciária; e g) O carácter transfronteiriço do caso, na acepção do artigo 3. o. 114

115 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/5 3. No requerimento, o requerente deve declarar que as informações prestadas são verdadeiras tanto quanto, em consciência, seja do seu conhecimento e que está ciente de que a prestação deliberada de informações falsas pode dar lugar à aplicação das sanções adequadas previstas na legislação do Estado-Membro de origem. 4. Em apêndice ao requerimento, o requerente pode declarar ao tribunal que se opõe à passagem da acção para a forma de processo civil comum, na acepção do artigo 17. o, em caso de dedução de oposição pelo requerido. O requerente pode informar o tribunal desse facto ulteriormente, mas sempre antes da emissão da injunção. 5. O requerimento deve ser apresentado em suporte papel ou por quaisquer outros meios de comunicação, inclusive electrónicos, aceites pelo Estado-Membro de origem e disponíveis no tribunal de origem. 6. O requerimento deve ser assinado pelo requerente ou, se for caso disso, pelo seu representante. Quando apresentado por via electrónica, nos termos do n. o 5, o requerimento deve ser assinado nos termos do n. o 2 do artigo 2. o da Directiva 1999/93/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Dezembro de 1999, relativa a um quadro legal comunitário para as assinaturas electrónicas ( 1 ). Esta assinatura deve ser reconhecida no Estado-Membro de origem e não pode ser subordinada a requisitos suplementares. Todavia, tal assinatura electrónica não é exigida se e na medida em que exista, nos tribunais do Estado-Membro de origem, um sistema alternativo de comunicações electrónicas, acessível a determinado grupo de utilizadores autenticados, previamente registados, que permita a identificação segura desses utilizadores. Os Estados-Membros informam a Comissão da existência de tais sistemas de comunicação. 2. Quando convidar o requerente a completar ou rectificar o requerimento, o tribunal deve fixar o prazo que considerar adequado às circunstâncias, podendo, se assim o entender, prorrogar esse prazo. Artigo 10. o Alteração do pedido 1. Se os requisitos referidos no artigo 8. o estiverem preenchidos apenas em relação a uma parte do pedido, o tribunal informa desse facto o requerente, utilizando para o efeito o formulário normalizado C, constante do Anexo III. O requerente é convidado a aceitar ou recusar uma proposta de injunção de pagamento europeia no montante fixado pelo tribunal e é informado das consequências da sua decisão. O requerente deve responder devolvendo o formulário normalizado C enviado pelo tribunal, no prazo por este fixado nos termos do n. o 2 do artigo 9. o. 2. Se o requerente aceitar a proposta do tribunal, este emite uma injunção de pagamento europeia, nos termos do artigo 12. o, relativa à parte do pedido aceite pelo requerente. As consequências para o remanescente do crédito inicial regem-se pelo direito interno. 3. Se o requerente não enviar a sua resposta no prazo fixado ou recusar a proposta do tribunal, este deve recusar o requerimento de injunção de pagamento europeia na sua totalidade. Artigo 11. o Recusa do requerimento 1. O tribunal recusa o requerimento se: Artigo 8. o Análise do requerimento O tribunal ao qual é apresentado um requerimento de injunção de pagamento europeia analisa, no prazo mais curto possível, com base no formulário de requerimento, se estão preenchidos os requisitos estabelecidos nos artigos 2. o, 3. o, 4. o, 6. o e 7. o e se o pedido parece fundamentado. Esta análise pode assumir a forma de um procedimento automatizado. a) Não estiverem preenchidos os requisitos estabelecidos nos artigos 2. o, 3. o, 4. o, 6. o e 7. o ; ou b) O pedido for manifestamente infundado; ou Artigo 9. o Completar e rectificar o requerimento 1. Se não estiverem preenchidos os requisitos previstos no artigo 7. o, e a menos que o pedido seja manifestamente infundado ou que o requerimento seja inadmissível, o tribunal deve conceder ao requerente a possibilidade de completar ou rectificar o requerimento. O tribunal utiliza, para o efeito, o formulário normalizado B, constante do Anexo II. ( 1 ) JO L 13 de , p. 12. c) O requerente não enviar a sua resposta no prazo fixado pelo tribunal nos termos do n. o 2 do artigo 9. o ; ou d) O requerente não enviar a sua resposta no prazo fixado pelo tribunal ou recusar a proposta deste, nos termos do artigo 10. o. O requerente é informado dos fundamentos da recusa através do formulário normalizado D, constante do Anexo IV. 115

116 L 399/6 PT Jornal Oficial da União Europeia A recusa do requerimento não é passível de recurso. 3. A recusa do requerimento não obsta a que o requerente reclame o crédito através da apresentação de um novo requerimento de injunção de pagamento europeia ou da instauração de outro procedimento previsto na legislação de um Estado-Membro. Artigo 12. o Emissão de uma injunção de pagamento europeia 1. Se estiverem preenchidos os requisitos referidos no artigo 8. o, o tribunal emite uma injunção de pagamento europeia no prazo mais curto possível e, regra geral, no prazo de 30 dias a contar da apresentação do requerimento, utilizando para o efeito o formulário normalizado E, constante do Anexo V. O prazo de 30 dias não inclui o tempo utilizado pelo requerente para completar, rectificar ou alterar o requerimento. 2. A injunção de pagamento europeia é emitida juntamente com uma cópia do formulário de requerimento. Não inclui as informações prestadas pelo requerente nos apêndices 1 e 2 do formulário A. 3. Na injunção de pagamento europeia, o requerido é avisado de que pode optar entre: a) Pagar ao requerente o montante indicado na injunção; ou b) Deduzir oposição à injunção de pagamento mediante a apresentação de uma declaração de oposição, que deve ser enviada ao tribunal de origem no prazo de 30 dias a contar da citação ou notificação da injunção. 4. Na injunção de pagamento europeia, o requerido é informado de que: a) A injunção foi emitida exclusivamente com base nas informações prestadas pelo requerente e não verificadas pelo tribunal; b) A injunção de pagamento adquirirá força executiva, a menos que seja apresentada uma declaração de oposição junto do tribunal ao abrigo do artigo 16. o ; c) Se for apresentada declaração de oposição, a acção prossegue nos tribunais competentes do Estado-Membro de origem, de acordo com as normas do processo civil comum, a menos que o requerente tenha expressamente solicitado que, nesse caso, se ponha termo ao processo. 5. O tribunal assegura a citação ou notificação da injunção de pagamento europeia ao requerido nos termos do direito interno, em moldes que obedeçam às normas mínimas estabelecidas nos artigos 13. o, 14. o e 15. o. Artigo 13. o Citação ou notificação com prova de recepção pelo requerido A injunção de pagamento europeia pode ser citada ou notificada ao requerido nos termos da lei do Estado em que tal citação ou notificação deva ser feita, por um dos seguintes meios: a) Citação ou notificação pessoal, comprovada por aviso de recepção datado e assinado pelo requerido; b) Citação ou notificação pessoal, comprovada por documento assinado pela pessoa competente que efectuou essa citação ou notificação, declarando que o requerido recebeu o documento ou se recusou a recebê-lo sem qualquer justificação legal, com a data da citação ou notificação; c) Citação ou notificação por via postal, comprovada por aviso de recepção datado e assinado pelo requerido e por ele devolvido; d) Citação ou notificação por meios electrónicos, como fax ou correio electrónico, comprovada por aviso de recepção datado e assinado pelo requerido e por ele devolvido. Artigo 14. o Citação ou notificação sem prova de recepção pelo requerido 1. A injunção de pagamento europeia pode igualmente ser citada ou notificada ao requerido, nos termos da lei do Estado em que tal citação ou notificação deva ser feita, por um dos seguintes meios: a) Citação ou notificação pessoal, no endereço do requerido, feita nas pessoas que vivem na mesma casa que o requerido ou aí trabalham; b) Se o requerido for um trabalhador por conta própria ou uma pessoa colectiva, citação ou notificação pessoal, no estabelecimento comercial do requerido, feita nas pessoas por ele empregadas; c) Depósito da injunção de pagamento na caixa de correio do requerido; d) Depósito da injunção de pagamento numa estação de correios ou junto das autoridades públicas competentes e notificação escrita desse depósito na caixa de correio do requerido, desde que essa notificação escrita mencione claramente que o documento tem carácter judicial ou que equivale a uma citação ou notificação que tem por efeito dar início ao decurso dos prazos aplicáveis; e) Citação ou notificação por via postal sem a prova prevista no n. o 3, quando o requerido tenha o seu endereço no Estado-Membro de origem; 116

117 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/7 f) Citação ou notificação por meios electrónicos, com confirmação automática de entrega, desde que o requerido tenha expressa e previamente aceite esse meio de citação ou notificação. 2. Para efeitos do presente regulamento, a citação ou notificação nos termos do n. o 1 não é admissível se o endereço do requerido não for conhecido com certeza. 3. A citação ou notificação nos termos das alíneas a), b), c) e d) do n. o 1 é comprovada por: a) Um documento, assinado pela pessoa competente que procedeu à citação ou notificação, que indique: i) O método de citação ou notificação; 5. A declaração de oposição deve ser assinada pelo requerido ou, se for caso disso, pelo seu representante. Quando apresentada por via electrónica, nos termos do n. o 4, a declaração de oposição deve ser assinada nos termos do n. o 2 do artigo 2. o da Directiva 1999/93/CE. A assinatura deve ser reconhecida no Estado-Membro de origem e não pode ser subordinada a requisitos suplementares. Todavia, tal assinatura electrónica não é exigida se e na medida em que exista, nos tribunais do Estado-Membro de origem, um sistema alternativo de comunicações electrónicas, acessível a determinado grupo de utilizadores autenticados, previamente registados, que permita a identificação segura desses utilizadores. Os Estados-Membros informam a Comissão da existência de tais sistemas de comunicação. ii) e A data da citação ou notificação; Artigo 17. o Efeitos da dedução de oposição iii) ou e Se a injunção de pagamento foi citada ou notificada em pessoa diferente do requerido, o nome dessa pessoa e a sua relação com o requerido; b) Um aviso de recepção assinado pela pessoa citada ou notificada, para efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do n. o 1. Artigo 15. o Citação ou notificação em representante A citação ou notificação nos termos dos artigos 13. o ou 14. o pode igualmente ser feita na pessoa de um representante do requerido. Artigo 16. o Dedução de oposição à injunção de pagamento europeia 1. O requerido pode apresentar uma declaração de oposição à injunção de pagamento europeia junto do tribunal de origem, utilizando o formulário normalizado F, constante do Anexo VI, que lhe é entregue juntamente com a injunção de pagamento europeia. 2. A declaração de oposição deve ser enviada no prazo de 30 dias a contar da citação ou notificação do requerido. 3. O requerido deve indicar na declaração de oposição que contesta o crédito em causa, não sendo obrigado a especificar os fundamentos da contestação. 4. A declaração de oposição deve ser apresentada em suporte papel ou por quaisquer outros meios de comunicação, inclusive electrónicos, aceites pelo Estado-Membro de origem e disponíveis no tribunal de origem. 1. Se for apresentada declaração de oposição no prazo previsto no n. o 2 do artigo 16. o, a acção prossegue nos tribunais competentes do Estado-Membro de origem, de acordo com as normas do processo civil comum, a menos que o requerente tenha expressamente solicitado que, nesse caso, se ponha termo ao processo. Se o requerente reclamar o seu crédito através do procedimento europeu de injunção de pagamento, nenhuma disposição do direito nacional prejudica a sua posição no processo civil comum subsequente. 2. A passagem da acção para a forma de processo civil comum, na acepção do n. o 1, rege-se pela lei do Estado-Membro de origem. 3. É comunicado ao requerente se o requerido deduziu ou não oposição ou se houve passagem da acção para a forma de processo civil comum. Artigo 18. o Executoriedade 1. Se, no prazo estabelecido no n. o 2 do artigo 16. o, tendo em conta o tempo necessário para que a declaração dê entrada, não for apresentada ao tribunal de origem uma declaração de oposição, este declara imediatamente executória a injunção de pagamento europeia, utilizando para o efeito o formulário normalizado G, constante do Anexo VII. O tribunal verifica a data da citação ou notificação. 2. Sem prejuízo do n. o 1, os requisitos formais de executoriedade regem-se pela lei do Estado-Membro de origem. 3. O tribunal envia ao requerente a injunção de pagamento europeia executória. 117

118 L 399/8 PT Jornal Oficial da União Europeia Artigo 19. o Abolição do exequatur A injunção de pagamento europeia que tenha adquirido força executiva no Estado-Membro de origem é reconhecida e executada nos outros Estados-Membros sem que seja necessária uma declaração de executoriedade e sem que seja possível contestar o seu reconhecimento. Artigo 20. o Reapreciação em casos excepcionais 1. Após o termo do prazo fixado no n. o 2 do artigo 16. o, o requerido tem o direito de pedir a reapreciação da injunção de pagamento europeia ao tribunal competente do Estado-Membro de origem se: a) i) A injunção de pagamento tiver sido citada ou notificada por um dos meios previstos no artigo 14. o ; ii) ou e A citação ou notificação não tiver sido feita a tempo de permitir ao requerido preparar a sua defesa, sem que tal facto lhe possa ser imputável; b) O requerido tiver sido impedido de contestar o crédito por motivo de força maior ou devido a circunstâncias excepcionais, sem que tal facto lhe possa ser imputável, A injunção de pagamento europeia que tenha adquirido força executiva é executada nas mesmas condições que uma decisão executória proferida no Estado-Membro de execução. 2. Para efeitos de execução noutro Estado-Membro, o requerente apresenta às autoridades de execução competentes desse Estado-Membro: a) Uma cópia da injunção de pagamento europeia, declarada executória pelo tribunal de origem, que reúna as condições necessárias para comprovar a sua autenticidade; e b) Se necessário, uma tradução da injunção de pagamento europeia na língua oficial do Estado-Membro de execução ou, caso esse Estado-Membro tenha mais do que uma língua oficial, na língua oficial ou numa das línguas oficiais de processo do local onde é requerida a execução, nos termos da lei desse Estado-Membro, ou em qualquer outra língua que o Estado-Membro de execução tenha declarado aceitar. Cada Estado-Membro pode indicar a ou as línguas oficiais das instituições da União Europeia, que não a sua própria língua, que pode aceitar para a injunção de pagamento europeia. A tradução deve ser autenticada por pessoa habilitada para o efeito num dos Estados-Membros. 3. Não é exigida caução, garantia ou depósito, sob qualquer forma, a um requerente que requeira num Estado-Membro a execução de uma injunção de pagamento europeia emitida noutro Estado-Membro com base no facto de tal requerente ser nacional de outro país ou não ter domicílio ou residência no Estado- Membro de execução. desde que, em qualquer dos casos, actue com celeridade. 2. Após o termo do prazo fixado no n. o 2 do artigo 16. o, o requerido tem também o direito de pedir a reapreciação da injunção de pagamento europeia ao tribunal competente do Estado- Membro de origem nos casos em que esta tenha sido emitida de forma claramente indevida, tendo em conta os requisitos estabelecidos no presente regulamento ou outras circunstâncias excepcionais. 3. Se o tribunal indeferir o pedido do requerido com base no facto de que não é aplicável nenhum dos fundamentos de reapreciação enumerados nos n. o s 1 e 2, a injunção de pagamento europeia mantém-se válida. Se o tribunal decidir que se justifica a reapreciação com base num dos fundamentos enumerados nos n. o s 1 e 2, a injunção de pagamento europeia é declarada nula. Artigo 21. o Execução 1. Sem prejuízo do disposto no presente regulamento, o processo de execução rege-se pela lei do Estado-Membro de execução. Artigo 22. o Recusa de execução 1. A pedido do requerido, a execução é recusada pelo tribunal competente do Estado-Membro de execução se a injunção de pagamento europeia for incompatível com uma decisão anteriormente proferida em qualquer Estado-Membro ou país terceiro, desde que: a) A decisão anterior diga respeito à mesma causa de pedir e às mesmas partes; e b) A decisão anterior reúna as condições necessárias ao seu reconhecimento no Estado-Membro de execução; e c) Não tenha sido possível alegar a incompatibilidade durante a acção judicial no Estado-Membro de origem. 118

119 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/9 2. A pedido, a execução também é recusada se, e na medida em que, o requerido tiver pago ao requerente o montante reconhecido na injunção de pagamento europeia. 3. A injunção de pagamento europeia não pode, em caso algum, ser reapreciada quanto ao mérito no Estado-Membro de execução. Artigo 23. o Suspensão ou limitação da execução Caso o requerido tenha pedido a reapreciação nos termos do artigo 20. o, o tribunal competente do Estado-Membro de execução pode, a pedido do requerido: a) Limitar o processo de execução a providências cautelares; ou b) Subordinar a execução à constituição de uma garantia, que lhe compete determinar; ou c) Em circunstâncias excepcionais, suspender o processo de execução. Artigo 24. o Patrocínio judiciário A representação por um advogado ou outro profissional forense não é obrigatória: a) Para o requerente, no que diz respeito ao requerimento de injunção de pagamento europeia; b) Para o requerido, no que diz respeito à declaração de oposição a uma injunção de pagamento europeia. Artigo 25. o Custas judiciais 1. A soma das custas judiciais do procedimento europeu de injunção de pagamento e do processo civil comum subsequente à declaração de oposição à injunção de pagamento europeia num Estado-Membro não deve ser superior às custas judiciais de um processo civil comum que não seja precedido do procedimento europeu de injunção de pagamento nesse Estado-Membro. 2. Para efeitos do presente regulamento, as custas judiciais incluem as custas e os encargos a pagar ao tribunal, cujo montante é fixado nos termos da lei nacional. Artigo 27. o Relação com o Regulamento (CE) n. o 1348/2000 O presente regulamento não afecta a aplicação do Regulamento (CE) n. o 1348/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo à citação e à notificação dos actos judiciais e extrajudiciais em matérias civil e comercial nos Estados-Membros ( 1 ). Artigo 28. o Informações relativas aos custos da citação ou notificação e à execução Os Estados-Membros cooperam para fornecer, tanto ao público em geral como aos sectores profissionais, informações sobre: a) Os custos da citação ou notificação de actos judiciais; e b) As autoridades competentes em matéria de execução, para efeitos de aplicação dos artigos 21. o, 22. o e 23. o, nomeadamente por meio da Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial criada pela Decisão 2001/470/CE do Conselho ( 2 ). Artigo 29. o Informações relativas aos tribunais, aos procedimentos de reapreciação, aos meios de comunicação e às línguas 1. Até 12 de Junho de 2008, os Estados Membros devem comunicar à Comissão: a) Os tribunais competentes para emitir injunções de pagamento europeias; b) O procedimento de reapreciação e os tribunais competentes para efeitos de aplicação do artigo 20. o ; c) Os meios de comunicação aceites para efeitos do procedimento europeu de injunção de pagamento disponíveis nos tribunais; Artigo 26. o Articulação com o direito processual nacional As questões processuais não reguladas expressamente pelo presente regulamento regem-se pela lei nacional. d) As línguas aceites nos termos da alínea b) do n. o 2 do artigo 21. o. ( 1 ) JO L 160 de , p. 37. ( 2 ) JO L 174 de , p

120 L 399/10 PT Jornal Oficial da União Europeia Os Estados-Membros informam a Comissão de qualquer alteração posterior a estas informações. 2. A Comissão faculta ao público as informações notificadas nos termos do n. o 1, mediante a sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia e por quaisquer outros meios adequados. Artigo 30. o Alterações dos Anexos Os formulários normalizados constantes dos Anexos são actualizados ou tecnicamente adaptados, garantindo-se a sua total conformidade com o disposto no presente regulamento, nos termos do n. o 2 do artigo 31. o. Artigo 31. o Comité 1. A Comissão é assistida pelo Comité instituído pelo artigo 75. o do Regulamento (CE) n. o 44/ Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os n. o s 1 a 4 do artigo 5. o -A e o artigo 7. o da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8. o. 3. O Comité aprova o seu regulamento interno. Artigo 32. o Avaliação Até 12 de Dezembro de 2013, a Comissão deve apresentar ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité Económico e Social Europeu um relatório circunstanciado sobre a aplicação do procedimento europeu de injunção de pagamento. Esse relatório deve incluir uma avaliação da forma como funciona o procedimento e uma avaliação de impacto exaustiva para cada Estado-Membro. Para o efeito, e para assegurar que sejam devidamente tidas em conta as melhores práticas na União Europeia e reflectidos os princípios da melhor legislação, os Estados-Membros devem informar a Comissão sobre o funcionamento transfronteiriço da injunção de pagamento europeia. Estas informações devem incidir sobre as custas judiciais, a celeridade processual, a eficácia, a facilidade de utilização e os procedimentos de injunção internos dos Estados-Membros. O relatório da Comissão deve, se for caso disso, ser acompanhado de propostas de adaptação. Artigo 33. o Entrada em vigor O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. O presente regulamento é aplicável a partir de 12 de Dezembro de 2008, com excepção dos artigos 28. o, 29. o, 30. o e 31. o, que são aplicáveis a partir de 12 de Junho de O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável nos Estados-Membros, nos termos do Tratado que institui a Comunidade Europeia. Feito em Estrasburgo, em 12 de Dezembro de Pelo Parlamento Europeu O Presidente J. BORRELL FONTELLES Pelo Conselho O Presidente M. PEKKARINEN 120

121 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/11 ANEXO I 121

122 L 399/12 PT Jornal Oficial da União Europeia

123 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/13 123

124 L 399/14 PT Jornal Oficial da União Europeia

125 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/15 125

126 L 399/16 PT Jornal Oficial da União Europeia

127 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/17 127

128 L 399/18 PT Jornal Oficial da União Europeia

129 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/19 129

130 L 399/20 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO II 130

131 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/21 131

132 L 399/22 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO III 132

133 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/23 133

134 L 399/24 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO IV 134

135 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/25 135

136 L 399/26 PT Jornal Oficial da União Europeia ANEXO V 136

137 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/27 137

138 L 399/28 PT Jornal Oficial da União Europeia

139 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/29 ANEXO VI 139

140 L 399/30 PT Jornal Oficial da União Europeia

141 PT Jornal Oficial da União Europeia L 399/31 ANEXO VII 141

142 L 399/32 PT Jornal Oficial da União Europeia

143 3d Regulamento (CE) n. 861/2007 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Julho de 2007, que estabelece um processo europeu para acções de pequeno montante

144 144

145 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/1 I (Actos adoptados em aplicação dos Tratados CE/Euratom cuja publicação é obrigatória) REGULAMENTOS REGULAMENTO (CE) N. o 861/2007 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 11 de Julho de 2007 que estabelece um processo europeu para acções de pequeno montante O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia, nomeadamente a alínea c) do artigo 61. o e o artigo 67. o, Tendo em conta a proposta da Comissão, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu ( 1 ), Deliberando nos termos do artigo 251. o do Tratado ( 2 ), Considerando o seguinte: (1) A Comunidade estabeleceu como objectivo manter e desenvolver um espaço de liberdade, segurança e justiça no qual seja assegurada a livre circulação de pessoas. Para criar progressivamente esse espaço, a Comunidade deverá, designadamente, adoptar medidas no domínio da cooperação judiciária em matéria civil que tenham incidência transfronteiriça e sejam necessárias ao bom funcionamento do mercado interno. (2) Nos termos da alínea c) do artigo 65. o do Tratado, essas medidas terão nomeadamente por objecto eliminar obstáculos à boa tramitação das acções cíveis, promovendo, se necessário, a compatibilidade das normas de processo civil aplicáveis nos Estados-Membros. (3) A Comunidade aprovou já, entre outras medidas, o Regulamento (CE) n. o 1348/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo à citação e à notificação dos actos judiciais e extrajudiciais em matérias civil e comercial nos ( 1 ) JO C 88 de , p. 61. ( 2 ) Parecer do Parlamento Europeu de 14 de Dezembro de 2006 (ainda não publicado no Jornal Oficial) e decisão do Conselho de 13 de Junho de Estados-Membros ( 3 ), o Regulamento (CE) n. o 44/2001 do Conselho, de 22 de Dezembro de 2000, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial ( 4 ), a Decisão 2001/470/CE do Conselho, de 28 de Maio de 2001, que cria uma rede judiciária europeia em matéria civil e comercial ( 5 ), o Regulamento (CE) n. o 805/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Abril de 2004, que cria o título executivo europeu para pedidos não contestados ( 6 ), e o Regulamento (CE) n. o 1896/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro de 2006, que cria um procedimento europeu de injunção de pagamento ( 7 ). (4) O Conselho Europeu de Tampere, de 15 e 16 de Outubro de 1999, convidou o Conselho e a Comissão a estabelecerem regras processuais comuns específicas para processos judiciais transfronteiriços simplificados e acelerados, respeitantes a pequenas acções do foro comercial e de consumidores. (5) Em 30 de Novembro de 2000, o Conselho aprovou um programa conjunto do Conselho e da Comissão de medidas destinadas a aplicar o princípio do reconhecimento mútuo das decisões em matéria civil e comercial ( 8 ). O programa faz referência à necessidade de simplificar e acelerar a resolução dos procedimentos transfronteiriços respeitantes a acções de pequeno montante. O Programa da Haia ( 9 ), aprovado pelo Conselho Europeu em 5 de Novembro de 2004, vai no mesmo sentido, apelando a que se prossigam a bom ritmo os trabalhos relativos às acções de pequeno montante. ( 3 ) JO L 160 de , p. 37. ( 4 ) JO L 12 de , p. 1. Regulamento alterado pelo Regulamento (CE) n. o 1791/2006 (JO L 363 de , p. 1). ( 5 ) JO L 174 de , p. 25. ( 6 ) JO L 143 de , p. 15. Regulamento alterado pelo Regulamento (CE) n. o 1869/2005 da Comissão (JO L 300 de , p. 6). ( 7 ) JO L 399 de , p. 1. ( 8 ) JO C 12 de , p. 1. ( 9 ) JO C 53 de , p

146 L 199/2 PT Jornal Oficial da União Europeia (6) Em 20 de Dezembro de 2002, a Comissão aprovou um livro verde relativo a um procedimento europeu de injunção de pagamento e a medidas para simplificar e acelerar as acções de pequeno montante, que marcou o lançamento de consultas sobre medidas destinadas a simplificar e acelerar os processos respeitantes às acções de pequeno montante. (7) Muitos Estados-Membros criaram processos simplificados em matéria civil para as acções de pequeno montante, já que a complexidade, as despesas e os prazos associados aos litígios não diminuem necessariamente de modo proporcional ao valor do pedido. Nos casos transfronteiriços, são ainda maiores as dificuldades para se conseguir uma decisão judicial rápida e pouco dispendiosa. É, pois, necessário criar um processo europeu para acções de pequeno montante, cujo objectivo deverá ser o de facilitar o acesso à justiça. As distorções da concorrência no mercado interno decorrentes de desequilíbrios no funcionamento dos meios processuais facultados aos credores nos diferentes Estados-Membros carecem de legislação comunitária que garanta condições idênticas para os credores e os devedores em toda a União Europeia. A fixação das despesas de tratamento de uma acção ao abrigo do processo europeu para acções de pequeno montante deverá obedecer necessariamente aos princípios da simplicidade, celeridade e proporcionalidade. É conveniente que sejam publicadas informações sobre as despesas a imputar e que o processo de fixação destas seja transparente. (8) O processo europeu para acções de pequeno montante tem por objectivo simplificar e acelerar os processos judiciais em casos transfronteiriços, reduzindo simultaneamente as respectivas despesas, proporcionando um mecanismo facultativo para além das possibilidades existentes nas legislações dos Estados-Membros, as quais se mantêm inalteradas. O presente regulamento deverá também simplificar o reconhecimento e a execução de decisões proferidas noutros Estados-Membros em processo europeu para acções de pequeno montante. (11) Para facilitar o início do processo europeu para acções de pequeno montante, o requerente deverá começar por preencher um formulário de requerimento e apresentá-lo ao órgão jurisdicional. O requerimento apenas deverá ser apresentado ao órgão jurisdicional competente para o efeito. (12) O formulário de requerimento deverá ser acompanhado, se for caso disso, de eventuais documentos comprovativos, o que não impede que o requerente apresente, se necessário, outras provas durante o processo. O mesmo princípio deverá aplicar-se à resposta do requerido. (13) Os conceitos de «manifestamente infundado» num contexto de indeferimento do pedido e de «não admissível» num contexto de recusa do requerimento deverão ser determinados de acordo com a lei nacional. (14) O processo deverá ser escrito, salvo se o órgão jurisdicional considerar necessária uma audiência, ou se uma das partes o requerer. O órgão jurisdicional deverá poder indeferir o pedido. Não deverá poder impugnar-se separadamente esse indeferimento. (15) As partes não deverão ser obrigadas a ser representadas por um advogado ou outro profissional forense. (16) A noção de «pedido reconvencional» deverá ser entendida na acepção do n. o 3 do artigo 6. o do Regulamento (CE) n. o 44/2001, ou seja, como decorrente do mesmo contrato ou facto em que se funda a acção principal. Os artigos 2. o e 4. o e os n. os 3, 4 e 5 do artigo 5. o deverão aplicar-se, com as necessárias adaptações, aos pedidos reconvencionais. (17) Nos casos em que o requerido alegue direitos de compensação, esse pedido não deverá ser entendido como um pedido reconvencional para os efeitos do presente regulamento. Assim sendo, o requerido não deverá ser obrigado a utilizar o formulário A, constante do anexo I, para invocar esses direitos. (9) O presente regulamento pretende promover os direitos fundamentais e tem em conta os princípios reconhecidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. O órgão jurisdicional deverá respeitar o direito a um julgamento equitativo e o princípio do contraditório, em especial ao decidir quanto à necessidade de uma audiência ou quanto aos meios de prova e à medida em que a sua produção é necessária. (10) A fim de facilitar o cálculo do valor do pedido, não deverão ser tidos em conta os juros, os custos e outras despesas. Isso não impede o órgão jurisdicional de os conceder no julgamento, nem obsta à aplicação das regras nacionais em matéria de cálculo de juros. (18) O Estado-Membro solicitado para efeitos da aplicação do artigo 6. o é o Estado-Membro onde deva ser efectuada a citação ou notificação ou para o qual o documento deva ser enviado. Para reduzir as despesas e os atrasos, os documentos deverão ser notificados às partes, de preferência, por carta registada com aviso de recepção datado. (19) Qualquer das partes deverá poder recusar a recepção de um documento, quer no momento da citação ou notificação, quer devolvendo o documento ao Estado-Membro solicitado no prazo de uma semana, se aquele não estiver redigido, ou não for acompanhado de uma tradução, quer na língua oficial desse Estado-Membro (ou, existindo várias línguas oficiais nesse Estado-Membro, na língua oficial ou numa das línguas oficiais do local onde deva ser efectuada a citação ou a notificação ou para onde o documento deva ser enviado), quer numa língua que o destinatário compreenda. 146

147 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/3 (20) No que diz respeito às audiências e à produção de prova, os Estados-Membros deverão promover a utilização das novas tecnologias da comunicação, respeitando a legislação nacional do Estado-Membro em que o órgão jurisdicional se situa. O órgão jurisdicional deverá recorrer aos meios mais simples e económicos de produção de prova. (30) Para facilitar o reconhecimento e a execução, as decisões proferidas num Estado-Membro em processo europeu para acções de pequeno montante deverão ser reconhecidas e executadas em qualquer outro Estado-Membro sem necessidade de declaração de executoriedade e sem que seja possível contestar o seu reconhecimento. (21) A assistência prática de que poderão beneficiar as partes deverá incluir informações técnicas sobre a disponibilidade e a forma de preenchimento dos formulários. (22) Os funcionários do órgão jurisdicional deverão ter a possibilidade de dar igualmente informações sobre aspectos processuais, de acordo com a lei nacional. (23) Dado que o presente regulamento se destina a simplificar e acelerar os processos relativos a acções de pequeno montante em casos transfronteiriços, o órgão jurisdicional deverá deliberar o mais rapidamente possível, mesmo nos casos em que o presente regulamento não prescreva qualquer prazo para uma fase determinada do processo. (24) Para efeitos da contagem dos prazos previstos no presente regulamento, é aplicável o Regulamento (CEE, Euratom) n. o 1182/71 do Conselho, de 3 de Junho de 1971, relativo à determinação das regras aplicáveis aos prazos, às datas e aos termos ( 1 ). (25) Para acelerar a cobrança de pequenos montantes, a decisão deverá ser imediatamente executória, sem prejuízo de um eventual recurso e sem a obrigação de constituição de caução, salvo disposição em contrário do presente regulamento. (26) Qualquer referência a recursos no presente regulamento deverá abranger todas as vias de recurso previstas na lei nacional. (27) O órgão jurisdicional deverá integrar uma pessoa com competência para exercer as funções de juiz nos termos da lei nacional. (28) Caso o órgão jurisdicional deva fixar um prazo, a parte interessada deverá ser informada das consequências da não observância desse prazo. (29) A parte vencida deverá suportar as despesas do processo. As despesas do processo deverão ser calculadas de acordo com a lei nacional. Atendendo aos objectivos de simplicidade e de economia, o órgão jurisdicional só deverá obrigar a parte vencida a pagar as despesas do processo, nomeadamente as decorrentes do facto de a outra parte ter sido representada por um advogado ou outro profissional forense, e as decorrentes da notificação ou tradução de documentos que sejam proporcionais ao valor do pedido ou se revelem justificadas. ( 1 ) JO L 124 de , p. 1. (31) Deverão ser estabelecidas normas mínimas para a revisão da decisão nos casos em que o requerido não tenha podido contestar o pedido. (32) Atendendo aos objectivos de simplicidade e de economia, não deverá ser exigido à parte que requer a execução que tenha um representante autorizado, nem que forneça um endereço postal no Estado-Membro de execução, com excepção dos agentes competentes para o pedido de execução nos termos da lei desse Estado-Membro. (33) O capítulo III do presente regulamento deverá igualmente ser aplicável à fixação das despesas incorridas pelos funcionários do órgão jurisdicional por força de uma decisão proferida nos termos do presente regulamento. (34) As medidas necessárias à execução do presente regulamento deverão ser aprovadas nos termos da Decisão 1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa as regras de exercício das competências de execução atribuídas à Comissão ( 2 ). (35) Em especial, deverá ser atribuída competência à Comissão para aprovar as medidas necessárias para actualizar ou efectuar alterações técnicas aos formulários que figuram nos anexos. Atendendo a que têm alcance geral e se destinam a alterar elementos não essenciais do presente regulamento, ou a completar o presente regulamento mediante o aditamento de novos elementos não essenciais, essas medidas deverão ser aprovadas pelo procedimento de regulamentação com controlo previsto no artigo 5. o -A da Decisão 1999/468/CE. (36) Atendendo a que os objectivos do presente regulamento, a saber, o estabelecimento de um processo destinado a simplificar e acelerar as acções de pequeno montante em casos transfronteiriços e, assim, reduzir as despesas destas, não podem ser suficientemente realizados pelos Estados-Membros e podem, pois, ser melhor alcançados ao nível comunitário, a Comunidade pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5. o do Tratado. Em conformidade com o princípio de proporcionalidade consagrado no mesmo artigo, o presente regulamento não excede o necessário para atingir aqueles objectivos. ( 2 ) JO L 184 de , p. 23. Decisão alterada pela Decisão 2006/512/CE (JO L 200 de , p. 11). 147

148 L 199/4 PT Jornal Oficial da União Europeia (37) Nos termos do artigo 3. o do Protocolo relativo à posição do Reino Unido e da Irlanda, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, o Reino Unido e a Irlanda notificaram a sua intenção de participar na aprovação e na aplicação do presente regulamento. (38) Nos termos dos artigos 1. o e 2. o do Protocolo relativo à posição da Dinamarca, anexo ao Tratado da União Europeia e ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, a Dinamarca não participa na aprovação do presente regulamento e não fica a ele vinculada nem sujeita à sua aplicação, ADOPTARAM O PRESENTE REGULAMENTO: CAPÍTULO I OBJECTO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO Artigo 1. o Objecto O presente regulamento estabelece um processo europeu para acções de pequeno montante, destinado a simplificar e a acelerar as acções de pequeno montante em casos transfronteiriços e reduzir as respectivas despesas. O processo europeu para acções de pequeno montante é, para os litigantes, uma alternativa aos processos existentes nos termos da lei dos Estados-Membros. b) Os direitos patrimoniais decorrentes de regimes matrimoniais, de obrigações de alimentos, de testamentos e de sucessões; c) As falências e as concordatas em matéria de falência de sociedades ou outras pessoas colectivas, os acordos de credores ou outros procedimentos análogos; d) A segurança social; e) A arbitragem; f) O direito do trabalho; g) O arrendamento de imóveis, excepto em acções pecuniárias; ou h) As violações da vida privada e dos direitos da personalidade, incluindo a difamação. 3. Para efeitos do presente regulamento, entende-se por «Estado-Membro» todos os Estados-Membros com excepção da Dinamarca. Artigo 3. o Casos transfronteiriços 1. Para efeitos do presente regulamento, os casos transfronteiriços são aqueles em que pelo menos uma das partes tenha domicílio ou residência habitual num Estado-Membro que não seja o Estado-Membro do órgão jurisdicional a que o caso é submetido. O presente regulamento visa igualmente suprimir os processos intermédios necessários para permitir o reconhecimento e a execução, noutros Estados-Membros, de decisões proferidas num Estado-Membro em processo europeu para acções de pequeno montante. Artigo 2. o Âmbito de aplicação 1. O presente regulamento é aplicável aos casos transfronteiriços de natureza civil ou comercial, independentemente da natureza do órgão jurisdicional, em que o valor do pedido não exceda EUR no momento em que o formulário de requerimento é recebido no órgão jurisdicional competente, excluindo todos os juros, custos e outras despesas. O presente regulamento não abrange, designadamente, casos de natureza fiscal, aduaneira e administrativa, nem a responsabilidade do Estado por actos e omissões no exercício do poder público (acta jure imperii). 2. São excluídos do âmbito de aplicação do presente regulamento: a) As questões relacionadas com o estado ou a capacidade das pessoas singulares; 2. O domicílio é determinado nos termos dos artigos 59. o e 60. o do Regulamento (CE) n. o 44/ O momento relevante para determinar o carácter transfronteiriço de um caso é a data em que o formulário de requerimento é recebido no órgão jurisdicional competente. CAPÍTULO II PROCESSO EUROPEU PARA ACÇÕES DE PEQUENO MONTANTE Artigo 4. o Início do processo 1. O requerente inicia o processo europeu para acções de pequeno montante preenchendo o formulário de requerimento modelo A, constante do anexo I, e apresentando-o ao órgão jurisdicional competente, quer directamente, quer pelo correio, quer por qualquer outro meio de comunicação, designadamente o fax ou o correio electrónico, aceite pelo Estado-Membro em que tenha início o processo. O formulário de requerimento deve incluir uma descrição das provas que sustentam o pedido e ser acompanhado, se for caso disso, de eventuais documentos comprovativos. 148

149 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/5 2. Os Estados-Membros informam a Comissão dos meios de comunicação que aceitam. A Comissão coloca as referidas informações à disposição do público. 3. Caso o pedido esteja fora do âmbito de aplicação do presente regulamento, o órgão jurisdicional deve informar desse facto o requerente. Se o requerente não retirar o pedido, o órgão jurisdicional deve proceder à respectiva apreciação nos termos do direito processual do Estado-Membro de tramitação do processo. 4. Se considerar que a informação fornecida pelo requerente não é suficientemente clara ou adequada ou se o formulário de requerimento não estiver correctamente preenchido, a menos que o pedido pareça ser manifestamente infundado ou o requerimento inaceitável, o órgão jurisdicional deve dar ao requerente a possibilidade de completar ou rectificar o requerimento ou de fornecer informações ou documentos suplementares, ou ainda de retirar o pedido no prazo que fixe. O órgão jurisdicional deve utilizar para o efeito o formulário modelo B, constante do anexo II. Se o pedido parecer ser manifestamente infundado ou o requerimento não aceitável, ou se o requerente não completar ou rectificar o formulário de requerimento dentro do prazo fixado, este será rejeitado. 5. Os Estados-Membros devem garantir que o formulário de requerimento esteja disponível em todos os órgãos jurisdicionais onde o processo europeu para acções de pequeno montante possa ser iniciado. 4. No prazo de 14 dias a contar da recepção da resposta do requerido, deve ser enviada ao requerente uma cópia dessa resposta, juntamente com todos os documentos comprovativos pertinentes. 5. Se o requerido alegar na sua resposta que o valor de um pedido não pecuniário excede o limite estabelecido no n. o 1 do artigo 2. o, o órgão jurisdicional deve decidir, no prazo de 30 dias a contar do envio da resposta ao requerente, se o pedido é abrangido pelo âmbito de aplicação do presente regulamento. Esta decisão não pode ser impugnada separadamente. 6. Qualquer pedido reconvencional, a apresentar utilizando o formulário A, assim como os documentos comprovativos pertinentes, deve ser notificado ao requerente nos termos do artigo 13. o Estes documentos devem ser enviados no prazo de 14 dias a contar da sua recepção. O requerente dispõe de um prazo de 30 dias a contar da data da notificação para responder ao pedido reconvencional. 7. Se o pedido reconvencional for superior ao limite fixado no n. o 1 do artigo 2. o, a acção e o pedido reconvencional não deverão prosseguir nos termos do processo europeu para acções de pequeno montante, mas sim ser tratados nos termos do direito processual aplicável no Estado-Membro de tramitação do processo. Os artigos 2. o e 4. o e os n. os 3, 4 e 5 do presente artigo aplicam- -se, com as necessárias adaptações, aos pedidos reconvencionais. Artigo 5. o Tramitação do processo 1. O processo europeu para acções de pequeno montante é escrito. O órgão jurisdicional pode efectuar uma audiência, se o considerar necessário ou se uma das partes o requerer. O órgão jurisdicional pode indeferir este pedido se, após apreciação das circunstâncias do caso, concluir que uma audiência é claramente desnecessária para assegurar um processo equitativo. O indeferimento deve ser justificado por escrito, e não pode ser impugnado separadamente. 2. Depois de receber o formulário de requerimento correctamente preenchido, o órgão jurisdicional deve preencher a parte I do formulário de resposta, modelo C, constante do anexo III. Uma cópia do formulário de requerimento e, se for caso disso, uma cópia dos documentos comprovativos, acompanhada do formulário de resposta assim completado, deve ser notificada ao requerido nos termos do artigo 13. o Estes documentos devem ser enviados no prazo de 14 dias a contar da recepção do formulário de requerimento correctamente preenchido. 3. O requerido deve apresentar a sua resposta no prazo de 30 dias a contar da notificação do formulário de requerimento e do formulário de resposta, mediante o preenchimento da parte II do formulário de resposta, modelo C, acompanhado, se for caso disso, dos documentos comprovativos pertinentes, e o respectivo envio ao órgão jurisdicional, ou mediante qualquer outro meio adequado que não seja o formulário de resposta. Artigo 6. o Línguas 1. O formulário de requerimento, a resposta, qualquer pedido reconvencional, qualquer resposta a esse pedido e qualquer descrição dos documentos comprovativos pertinentes devem ser apresentados na língua ou numa das línguas de processo do órgão jurisdicional. 2. Se qualquer outro documento recebido pelo órgão jurisdicional não estiver redigido numa língua de processo, o órgão jurisdicional apenas poderá solicitar uma tradução do documento se tal se afigurar necessário para proferir a decisão. 3. Se uma das partes se tiver recusado a aceitar um documento devido ao facto de este não estar redigido numa das seguintes línguas: a) A língua oficial do Estado-Membro para onde foi enviado ou, caso existam várias línguas oficiais nesse Estado- -Membro, a língua oficial ou uma das línguas oficiais do local onde deva ser efectuada a notificação ou para onde deva ser enviado o documento; b) Uma língua que o destinatário compreenda, o órgão jurisdicional informará desse facto a outra parte, a fim de que esta forneça uma tradução do documento. 149

150 L 199/6 PT Jornal Oficial da União Europeia Artigo 7. o Conclusão do processo 1. No prazo de 30 dias a contar da recepção da resposta do requerido ou do requerente, apresentadas nos prazos fixados nos n. os 3 ou 6 do artigo 5. o, o órgão jurisdicional deve proferir uma decisão ou: a) Solicitar às partes que, em prazo determinado não superior a 30 dias, prestem esclarecimentos suplementares relativos ao pedido; b) Solicitar a produção de prova nos termos do artigo 9. o ; ou c) Notificar as partes para comparecerem numa audiência, a realizar no prazo de 30 dias a contar da notificação. 2. O órgão jurisdicional profere a decisão quer no prazo de 30 dias a contar da eventual audiência, quer após ter recebido todas as informações necessárias para o efeito. A decisão é notificada às partes nos termos do artigo 13. o 3. Se o órgão jurisdicional não receber resposta da parte relevante no prazo fixado no n. o 3 ou no n. o 6 do artigo 5. o, deve proferir decisão sobre a acção ou pedido reconvencional. Artigo 8. o Audiência O órgão jurisdicional pode realizar a audiência através de vídeo- -conferência ou de outras tecnologias de comunicação se estiverem disponíveis os meios técnicos necessários. Artigo 9. o Produção de prova 1. O órgão jurisdicional deve determinar os meios de produção de prova e quais as provas necessárias para a sua tomada de decisão de acordo com as regras aplicáveis à admissibilidade da prova. O órgão jurisdicional pode admitir a produção de prova através de depoimentos escritos de testemunhas, peritos ou partes. O órgão jurisdicional pode igualmente admitir a produção de prova através de vídeo-conferência ou outras tecnologias de comunicação se estiverem disponíveis os meios técnicos necessários. 2. O órgão jurisdicional só pode admitir a produção de provas periciais ou de depoimentos orais se estes forem indispensáveis para a decisão. Ao decidir nesse sentido, o órgão jurisdicional deve ter em conta as despesas respectivas. 3. O órgão jurisdicional deve escolher os métodos mais simples e mais práticos para a produção de prova. Artigo 10. o Representação das partes A representação por advogado ou outro profissional forense não é obrigatória. Artigo 11. o Assistência às partes Os Estados-Membros devem assegurar a prestação de assistência prática às partes para o preenchimento dos formulários. Artigo 12. o Conduta do órgão jurisdicional 1. O órgão jurisdicional não deve exigir que as partes procedam à apreciação jurídica do pedido. 2. Se necessário, o órgão jurisdicional informa as partes sobre questões processuais. 3. Se for caso disso, o órgão jurisdicional deve procurar obter um acordo entre as partes. Artigo 13. o Notificação de documentos 1. Os documentos devem ser notificados por carta registada com aviso de recepção datado. 2. Se não for possível proceder à notificação nos termos do n. o 1, pode a mesma ser efectuada por qualquer dos meios previstos nos artigos 13. o e 14. o do Regulamento (CE) n. o 805/2004. Artigo 14. o Prazos 1. Caso o órgão jurisdicional fixe um prazo, a parte interessada deve ser informada das consequências da não observância desse prazo. 2. O órgão jurisdicional pode prorrogar os prazos a que se referem o n. o 4 do artigo 4. o, os n. os 3 e 6 do artigo 5. o e o n. o 1 do artigo 7. o, em circunstâncias excepcionais, se tal for necessário para salvaguardar os direitos das partes. 3. Caso, em circunstâncias excepcionais, o órgão jurisdicional não possa respeitar os prazos fixados nos n. os 2 a 6 do artigo 5. o e no artigo 7. o, deve tomar as medidas exigidas pelas referidas disposições o mais rapidamente possível. Artigo 15. o Força executória da decisão 1. A decisão será executória não obstante eventuais recursos. Não será necessário constituir caução. 2. O artigo 23. o aplica-se igualmente caso a decisão deva ser executada no Estado-Membro onde foi proferida. 150

151 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/7 Artigo 16. o Despesas A parte vencida suporta as despesas do processo. No entanto, o órgão jurisdicional não tomará em consideração as despesas da parte vencedora que tenham sido desnecessariamente incorridas ou se revelem desproporcionadas em relação ao valor do pedido. Artigo 17. o Recurso 1. Os Estados-Membros informam a Comissão da possibilidade de recurso, ao abrigo do seu direito processual, contra decisões proferidas em processo europeu para acções de pequeno montante, assim como do prazo em que esse recurso deve ser interposto. A Comissão coloca estas informações à disposição do público. 2. O disposto no artigo 16. o aplica-se a todos os recursos. Artigo 18. o Regras mínimas para a revisão da decisão 1. O requerido tem o direito de requerer a revisão da decisão proferida em processo europeu para acções de pequeno montante perante o órgão jurisdicional competente do Estado- -Membro em que a mesma foi proferida, caso: a) i) A notificação do formulário de requerimento ou a citação para comparecer numa audiência tenham sido efectuadas segundo um método que não fornece prova da recepção pelo próprio requerido, nos termos do artigo 14. o do Regulamento (CE) n. o 805/2004; e ii) ou A citação ou notificação não tenha sido transmitida ao requerido com a antecedência suficiente para lhe permitir preparar a sua defesa, sem que tal facto lhe possa ser imputado; b) O requerido tenha sido impedido de contestar o pedido por motivo de força maior ou devido a circunstâncias excepcionais, sem que tal facto lhe possa ser imputado, desde que, em qualquer dos casos, actue com celeridade. 2. Se o órgão jurisdicional rejeitar a revisão pelo facto de não se aplicar nenhum dos fundamentos enumerados no n. o 1, a decisão mantém-se em vigor. Se o órgão jurisdicional decidir que a revisão se justifica por um dos fundamentos enumerados no n. o 1, a decisão proferida em processo europeu para acções de pequeno montante considera-se nula. Artigo 19. o Direito processual aplicável Sem prejuízo do disposto no presente regulamento, o processo europeu para acções de pequeno montante é regido pelo direito processual do Estado-Membro de tramitação do processo. CAPÍTULO III RECONHECIMENTO E EXECUÇÃO NOUTRO ESTADO-MEMBRO Artigo 20. o Reconhecimento e execução 1. As decisões proferidas num Estado-Membro em processo europeu para acções de pequeno montante são reconhecidas e executadas nos outros Estados-Membros sem necessidade de declaração de executoriedade e sem que seja possível contestar o seu reconhecimento. 2. A pedido de uma das partes, o órgão jurisdicional emite, sem custos suplementares e utilizando o formulário modelo D, constante do anexo IV, uma certidão relativa à decisão proferida em processo europeu para acções de pequeno montante. Artigo 21. o Trâmites de execução 1. Sem prejuízo do disposto no presente capítulo, os trâmites de execução são regidos pela lei do Estado-Membro de execução. As decisões proferidas em processo europeu para acções de pequeno montante são executadas nas mesmas condições que as decisões proferidas no Estado-Membro de execução. 2. A parte que requer a execução deve apresentar: a) Uma cópia da decisão que reúna as condições necessárias para comprovar a sua autenticidade; e b) Uma cópia da certidão referida no n. o 2 do artigo 20. o e, se necessário, a respectiva tradução na língua oficial do Estado- -Membro de execução ou, caso esse Estado-Membro tenha várias línguas oficiais, na língua oficial ou numa das línguas oficiais de processo do órgão jurisdicional do local em que é requerida a execução, nos termos da legislação desse Estado-Membro, ou em qualquer outra língua que o Estado- -Membro de execução tenha declarado aceitar. Cada Estado- -Membro pode indicar qual a língua ou línguas oficiais das instituições da União Europeia, sem ser a sua própria língua, que pode aceitar em processo europeu para acções de pequeno montante. O conteúdo do formulário modelo D, constante do anexo IV, deve ser traduzido por pessoa habilitada para o efeito num dos Estados-Membros. 3. À parte que requer a execução de uma decisão proferida em processo europeu para acções de pequeno montante não será exigido que tenha: a) Um representante autorizado; ou b) Um endereço postal no Estado-Membro de execução, com excepção do endereço de um agente competente para o processo de execução. 151

152 L 199/8 PT Jornal Oficial da União Europeia Não será exigida caução, garantia ou depósito, qualquer que seja a sua forma, à parte que requeira num Estado-Membro a execução de uma decisão proferida noutro Estado-Membro em processo europeu para acções de pequeno montante com base no facto de ser nacional de um país terceiro ou de não estar domiciliado nem ser residente no Estado-Membro de execução. Artigo 22. o Recusa de execução 1. A pedido da pessoa contra a qual é requerida, a execução é recusada pelo órgão jurisdicional competente do Estado-Membro de execução se a decisão proferida em processo europeu para acções de pequeno montante for incompatível com uma decisão anteriormente proferida num Estado-Membro ou num país terceiro, desde que: CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 24. o Informação Os Estados-Membros devem cooperar a fim de informar o público e os profissionais sobre o processo europeu para acções de pequeno montante, incluindo as despesas, nomeadamente por meio da Rede Judiciária Europeia em Matéria Civil e Comercial, criada pela Decisão 2001/470/CE. Artigo 25. o Informações relativas à competência, aos meios de comunicação e aos recursos a) A decisão anterior diga respeito às mesmas partes e à mesma causa de pedir; 1. Até 1 de Janeiro de 2008, os Estados-Membros comunicam à Comissão: b) A decisão anterior tenha sido proferida no Estado-Membro de execução ou reúna as condições necessárias para o seu reconhecimento no Estado-Membro de execução; e c) A incompatibilidade não tenha sido nem tenha podido ser invocada como excepção na acção judicial que tenha corrido termos perante o órgão jurisdicional do Estado-Membro em que a decisão em processo europeu para acções de pequeno montante foi proferida. 2. As decisões proferidas em processo europeu para acções de pequeno montante não podem, em caso algum, ser reapreciadas quanto ao mérito no Estado-Membro de execução. Artigo 23. o Suspensão ou limitação da execução Caso uma das partes tenha impugnado uma sentença proferida em processo europeu para acções de pequeno montante ou essa impugnação ainda seja possível, ou caso uma das partes tenha introduzido um pedido de revisão na acepção do artigo 18., o órgão jurisdicional ou a autoridade competente do Estado- -Membro de execução podem, a pedido da parte contra a qual é requerida a execução: a) Quais os órgãos jurisdicionais competentes para proferir decisões em processo europeu para acções de pequeno montante; b) Quais os meios de comunicação aceites para efeitos do processo europeu para acções de pequeno montante disponíveis nos órgãos jurisdicionais nos termos do n. o 1 do artigo 4. o ; c) Se é possível um recurso ao abrigo do seu direito processual, nos termos do artigo 17. o, e em que órgão jurisdicional este deve ser interposto; d) As línguas aceites nos termos da alínea b) do n. o 2 do artigo 21. o ; e e) As autoridades com competência em matéria de execução da lei e as autoridades com competência para efeitos do artigo 23. o Os Estados-Membros informam a Comissão de qualquer alteração posterior a tais informações. 2. A Comissão faculta ao público as informações notificadas nos termos do n. o 1 mediante a sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia e por quaisquer outros meios adequados. a) Limitar o processo de execução a providências cautelares; b) Subordinar a execução à constituição de uma garantia, a determinar pelo órgão jurisdicional; ou c) Em circunstâncias excepcionais, suspender o processo de execução. Artigo 26. o Medidas de execução As medidas que têm por objecto alterar elementos não essenciais do presente regulamento, nomeadamente completando-o, relativas às actualizações ou alterações técnicas dos formulários constantes dos anexos são aprovadas pelo procedimento de regulamentação com controlo a que se refere o n. o 2 do artigo 27. o 152

153 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/9 Artigo 27. o Procedimento de comité 1. A Comissão é assistida por um comité. 2. Sempre que se faça referência ao presente número, são aplicáveis os n. os 1 a 4 do artigo 5. o -A e o artigo 7. o da Decisão 1999/468/CE, tendo-se em conta o disposto no artigo 8. o Artigo 28. o Reexame Até 1 de Janeiro de 2014, a Comissão apresenta ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Comité Económico e Social Europeu um relatório circunstanciado sobre a aplicação do processo europeu para acções de pequeno montante, nomeadamente sobre o limite do valor do pedido a que se refere o n. o 1 do artigo 2. o O relatório deve conter uma avaliação da aplicação do processo e uma avaliação detalhada do seu impacto em cada Estado-Membro. Para esse efeito e a fim de assegurar que são devidamente tidas em conta as melhores práticas na União Europeia e que são respeitados os princípios de uma melhor legislação, os Estados- -Membros fornecem à Comissão informações relacionadas com a aplicação transfronteiriça do processo europeu para acções de pequeno montante. Estas informações devem abranger as custas judiciais, a celeridade do processo, a eficácia, a facilidade de utilização e os processos internos para acções de pequeno montante dos Estados-Membros. O relatório da Comissão é acompanhado, se for caso disso, de propostas de adaptação. Artigo 29. o Entrada em vigor O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. É aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2009, com excepção do artigo 25. o, que é aplicável a partir de 1 de Janeiro de O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável nos Estados-Membros, em conformidade com o Tratado que institui a Comunidade Europeia. Feito em Estrasburgo, em 11 de Julho de Pelo Parlamento Europeu O Presidente H.-G. PÖTTERING Pelo Conselho O Presidente M. LOBO ANTUNES 153

154 L 199/10 PT Jornal Oficial da União Europeia CAPÍTULO I 154

155 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/11 155

156 L 199/12 PT Jornal Oficial da União Europeia

157 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/13 157

158 L 199/14 PT Jornal Oficial da União Europeia

159 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/15 159

160 L 199/16 PT Jornal Oficial da União Europeia

161 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/17 ANEXO II 161

162 L 199/18 PT Jornal Oficial da União Europeia

163 PT Jornal Oficial da União Europeia L 199/19 ANEXO III 163

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