PROJECTO DE PARECER. PT Unida na diversidade PT 2010/2073(INI) da Comissão dos Assuntos Externos. dirigido à Comissão dos Orçamentos

Transcrição

1 PARLAMENTO EUROPEU Comissão dos Assuntos Externos /2073(INI) PROJECTO DE PARECER da Comissão dos Assuntos Externos dirigido à Comissão dos Orçamentos sobre o Acordo Interinstitucional sobre a cooperação em matéria orçamental (2010/2073(INI)) Relatora de parecer: María Muñiz De Urquiza PA\ doc PE v01-00 Unida na diversidade

2 PA_NonLeg PE v /9 PA\ doc

3 SUGESTÕES A Comissão dos Assuntos Externos insta a Comissão dos Orçamentos, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar: 1. Lamenta constatar que, para além das adaptações técnicas necessárias, a Parte II.D do AII revisto não atinja o seu objectivo declarado de reforçar o financiamento da PESC; 2. Reafirma que o novo AII deverá servir para dar mais transparência ao processo orçamental e tratar adequadamente dos requisitos de informação da autoridade orçamental, a fim de que esta seja plena e regularmente informada sobre os antecedentes, o contexto e a incidência financeira das decisões políticas neste domínio de intervenção; recorda o direito que, nos termos do Tratado, o Parlamento tem de ser consultado e de ver as suas recomendações tidas em conta, assim como a obrigação que tem o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança (VP/AR) de assegurar que o Parlamento receba informação adequada antes da aprovação de mandatos e estratégias no domínio da PESC (nomeadamente quando têm implicações financeiras); 3. Solicita ao Conselho e à Comissão que, juntamente com o VP/AR, cumpram as obrigações que lhes são conferidas pelos Tratados, em conformidade com o artigo 36.º do TUE; congratula-se com o compromisso do VP/AR de identificar as missões da PESD no orçamento; manifesta-se determinado a emitir orientações políticas para as decisões conducentes ao termo das missões da PESD e a revisão do respectivo mandato; reafirma a sua posição de que, a fim de reforçar a legitimidade democrática da PESC, os órgãos competentes do Parlamento devem ser consultados antes do lançamento de missões da PESD e poder exercer um controlo adequado, nomeadamente em relação ao financiamento de missões civis enviadas no âmbito desta última; 4. Considera que a realização de reuniões regulares conjuntas de consulta deverá ser complementada por reuniões adicionais cuja necessidade se faça sentir ou quando acontecimentos imprevistos desencadearem reflexões susceptíveis de conduzir a decisões da PESC, ou ainda quando estiver em curso a revisão de uma missão da PESD; insiste em que se deve assegurar a participação em todas as reuniões, não só do Presidente permanente do Comité Político e de Segurança, em representação do VP/AR, mas também dos chefes de missões ou operações da PESD e dos altos funcionários do Serviço Europeu de Acção Externa responsáveis por domínios de intervenção específicos; propõe que as reuniões se destinem também a extrair as lições estratégicas e político-militares essenciais, a fim de melhorar o planeamento e a gestão de missões futuras, bem como de ajudar a desenvolver uma abordagem a mais longo prazo às necessidades futuras que conjugue todos os aspectos (finanças, implementação, organização administrativa); 5. Espera que o novo fundo de arranque funcione com transparência e abertura, com prestação regular ao Parlamento Europeu de informações que lhe permitam apresentar recomendações; recorda também o seu direito a ser consultado e a necessidade de ser adequadamente informado sobre o financiamento urgente de certas iniciativas lançadas no âmbito da PESC, em conformidade com o n.º 3 do artigo 41.º do TUE; PA\ doc 3/9 PE v01-00

4 6. Solicita que o projecto do AII seja alterado da forma seguinte: 1 Parte I. B.3. ponto O Instrumento de Flexibilidade, cujo limite máximo anual é de 200 milhões de euros (preços correntes), destina-se a permitir o financiamento num exercício orçamental determinado, no limite do montante indicado, de despesas especificamente identificadas que não possam ser financiadas dentro dos limites máximos disponíveis de uma ou várias das outras rubricas. A parte do montante anual que não for utilizada pode ser transitada até ao ano n+2. Se o Instrumento de Flexibilidade for mobilizado, quaisquer transições são sacadas primeiramente, por ordem de antiguidade. A parte do montante anual do ano n que não for utilizada no ano n+2 é anulada. O recurso ao Instrumento de Flexibilidade é proposto pela Comissão, após análise de todas as possibilidades de reafectação das dotações sob a rubrica correspondente a estas necessidades adicionais de despesas. A proposta identifica as necessidades a cobrir e o montante necessário. Pode ser apresentada, para o exercício orçamental em causa, no decurso do processo orçamental. A decisão de recorrer ao Instrumento de Flexibilidade é aprovada de comum acordo entre os dois ramos da autoridade orçamental, em conformidade com o ponto 3. Os acordos serão alcançados no quadro do processo orçamental anual. 12. O Instrumento de Flexibilidade, cujo limite máximo anual é de 200 milhões de euros (preços correntes), destina-se a permitir o financiamento num exercício orçamental determinado, no limite do montante indicado, de despesas especificamente identificadas que não possam ser financiadas dentro dos limites máximos disponíveis de uma ou várias das outras rubricas. A parte do montante anual que não for utilizada pode ser transitada ao longo de todo o período de vigência do Quadro Financeiro Plurianual. Se o Instrumento de Flexibilidade for mobilizado, quaisquer transições são sacadas primeiramente, por ordem de antiguidade. O recurso ao Instrumento de Flexibilidade é proposto pela Comissão, após análise de todas as possibilidades de reafectação das dotações sob a rubrica correspondente a estas necessidades adicionais de despesas. A proposta identifica as necessidades a cobrir e o montante necessário. Pode ser apresentada, para o exercício orçamental em causa, no decurso do processo orçamental. A decisão de recorrer ao Instrumento de Flexibilidade é aprovada de comum acordo entre os dois ramos da autoridade orçamental, em conformidade com o ponto 3. Os acordos serão alcançados no quadro do processo orçamental anual. PE v /9 PA\ doc

5 2 Parte II. D. ponto 18. parágrafo 1 18.(1) No que diz respeito às despesas da PESC, a cargo do orçamento geral da União Europeia em conformidade com o artigo 41. do Tratado da União Europeia, as instituições esforçam-se por obter todos os anos, no âmbito do Comité de Conciliação e com base no projecto de orçamento elaborado pela Comissão, um acordo sobre o montante das despesas operacionais a imputar ao orçamento da União Europeia e sobre a repartição desse montante entre os artigos do Capítulo «PESC» do orçamento, sugeridos no quarto parágrafo do presente ponto. Na falta de acordo, o Parlamento Europeu e o Conselho inscrevem no orçamento o montante inscrito no orçamento precedente ou aquele que for proposto no projecto de orçamento, se inferior. 18.(1) No que diz respeito às despesas da PESC, a cargo do orçamento geral da União Europeia em conformidade com o artigo 41. do Tratado da União Europeia, as instituições esforçam-se por obter todos os anos, no âmbito do Comité de Conciliação e com base no projecto de orçamento elaborado pela Comissão, um acordo sobre o montante das despesas administrativas e operacionais a imputar ao orçamento da União Europeia e sobre a repartição desse montante entre os artigos do Capítulo «PESC» do orçamento, sugeridos no quarto parágrafo do presente ponto. Na falta de acordo, o Parlamento Europeu e o Conselho inscrevem no orçamento o montante inscrito no orçamento precedente ou aquele que for proposto no projecto de orçamento, se inferior. 3 Parte II. D. ponto 18. parágrafo 2 18.(2) O montante total das despesas operacionais da PESC será repartido entre os artigos do Capítulo «PESC» do orçamento, tal como sugerido no quarto parágrafo do presente ponto. Cada artigo abrange instrumentos já aprovados, instrumentos previstos mas ainda não aprovados, bem como todos os instrumentos futuros, ou seja não previstos, a aprovar pelo Conselho no decurso do exercício em causa. 18.(2) O montante total das despesas administrativas e operacionais da PESC será repartido entre os artigos do Capítulo «PESC» do orçamento. Cada artigo abrange instrumentos já aprovados, instrumentos que exijam consulta ao Parlamento Europeu, mas ainda não tenham sido aprovados, bem como todos os instrumentos futuros, ou seja não previstos, a aprovar pelo Conselho no decurso do exercício em causa. PA\ doc 5/9 PE v01-00

6 4 Parte 2. D. ponto 18. parágrafo 3 18.(3) Uma vez que, por força do Regulamento Financeiro, a Comissão é competente para efectuar autonomamente transferências de dotações entre artigos no capítulo "PESC" do orçamento, é assegurada a flexibilidade considerada necessária para uma execução rápida das acções da PESC. Se, no decurso do exercício orçamental, o montante no Capítulo «PESC» do orçamento for insuficiente para fazer face às despesas necessárias, o Parlamento Europeu e o Conselho chegam a acordo para encontrar urgentemente uma solução, sob proposta da Comissão e tendo em conta o artigo 2.º do Regulamento QFP e o ponto 10 do presente acordo. 5 Parte II. D. ponto 18. parágrafo 4 18.(4) No capítulo "PESC" do orçamento, os artigos nos quais são inscritas acções da PESC podem ter as seguintes designações: - operações de gestão de crises, prevenção, resolução e estabilização de conflitos, acompanhamento e execução de processos de paz e de segurança, - não proliferação e desarmamento, - intervenções de emergência, - acções preparatórias e de acompanhamento, - Representantes especiais da União Europeia. 18.(3) Uma vez que, por força do Regulamento Financeiro, a Comissão é competente para efectuar autonomamente transferências de dotações entre artigos no capítulo "PESC" do orçamento, é assegurada a flexibilidade considerada necessária para uma execução rápida das acções da PESC. A Comissão deverá informar a autoridade orçamental sobre a sua intenção de transferir dotações e sobre a fundamentação dessa decisão. Se, no decurso do exercício orçamental, o montante no Capítulo «PESC» do orçamento for insuficiente para fazer face às despesas necessárias, o Parlamento Europeu e o Conselho chegam a acordo para encontrar urgentemente uma solução, sob proposta da Comissão e tendo em conta o artigo 2.º do Regulamento QFP e o ponto 10 do presente acordo. Suprimido PE v /9 PA\ doc

7 6 Parte II. D. ponto 19. parágrafo 1 19.(1) Todos os anos, o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança consulta o Parlamento Europeu sobre um documento prospectivo, que será transmitido até 15 de Junho do ano em questão, que apresenta os principais aspectos e as opções fundamentais da PESC, incluindo as suas implicações financeiras para o orçamento geral da União Europeia, bem como uma avaliação das medidas lançadas no ano n-1. Além disso, o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança mantém o Parlamento Europeu informado, mediante realização de reuniões conjuntas de consulta com uma frequência mínima de cinco vezes por ano, no quadro do diálogo político regular sobre a PESC, a acordar o mais tardar no Comité de Conciliação. A participação nessas reuniões deve ser a seguinte: - Parlamento Europeu: as mesas das duas Comissões competentes, - Conselho: o Presidente do Comité Político e de Segurança. A Comissão é convidada a participar nestas reuniões. 19.(1) Todos os anos, o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança consulta o Parlamento Europeu sobre um documento prospectivo, que será transmitido até 15 de Junho do ano em questão, que apresenta os principais aspectos e as opções fundamentais da PESC, incluindo as suas implicações financeiras para o orçamento geral da União Europeia e a sua complementaridade com as resoluções do PE, assim como uma avaliação pormenorizada das medidas lançadas no ano n-1. Além disso, o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança mantém o Parlamento Europeu regularmente informado e tomará em devida conta as suas opiniões, inter alia, mediante a realização de reuniões conjuntas de consulta a efectuar com uma frequência mínima de cinco vezes por ano, no quadro do diálogo político regular sobre a PESC, a acordar o mais tardar no Comité de Conciliação. Cada uma das partes intervenientes nas reuniões conjuntas de consulta deverá ter a possibilidade de pedir a realização de reuniões adicionais, se assim considerar necessário. As reuniões conjuntas de consulta destinam-se também a avaliar a experiência recolhida com missões da PESD já realizadas, tanto os seus sucessos, como as suas insuficiências, e a contribuir para o desenvolvimento de uma abordagem estratégica relativamente às necessidades futuras, incluindo as necessidades financeiras. A fim de garantir a preparação eficiente das reuniões conjuntas de consulta, o Parlamento Europeu receberá toda a informação relevante, incluindo as ordens do dia, antes de cada reunião do CPS, PA\ doc 7/9 PE v01-00

8 assim como resumos escritos das principais questões a debater. A participação nessas reuniões deve ser a seguinte: - Parlamento Europeu: A Mesa Alargada da Comissão dos Assuntos Externos e da Comissão dos Orçamentos, assim como os relatores relevantes, - Conselho: O Presidente permanente do Comité Político e de Segurança, em nome do Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, altos funcionários do Serviço Europeu de Acção Externa e chefes de missões e de operações da PESD, quando relevante. A Comissão é convidada a participar nestas reuniões. 7 Parte II. D. ponto 19. parágrafo 1-A (novo) 1-A. Seguindo um processo orçamental transparente, o Conselho procurará recolher as opiniões do Parlamento Europeu sobre os principais aspectos e as opções básicas da PESC, o que inclui assegurar que este último receba informações suficientes antes de quaisquer decisões importantes da PESC com implicações financeiras, a fim de formular recomendações com pleno conhecimento de causa. O Parlamento Europeu poderá prestar orientações políticas para decisões da PESD, bem como à revisão do seu mandato e termo de duração. PE v /9 PA\ doc

9 8 Parte II. D. ponto 19. Parágrafo 2-A (novo) 2-A. O Conselho consultará o Parlamento Europeu sobre a sua decisão de estabelecer procedimentos específicos para garantir o acesso rápido a dotações do orçamento da UE para o financiamento urgente de iniciativas no âmbito da PESC e para o informar adequadamente sobre tais iniciativas 9 Parte II. D. ponto 19. parágrafo 3 19.(3) Uma vez por trimestre, a Comissão informa a autoridade orçamental acerca da execução das acções da PESC e das previsões financeiras para o resto de exercício. 19.(3) Mensalmente, a Comissão informa a autoridade orçamental acerca da execução das acções da PESC e das previsões financeiras para o resto de exercício. A Comissão transmite igualmente à autoridade orçamental os resultados das auditorias internas e externas realizadas às acções e decisões da PESC. PA\ doc 9/9 PE v01-00