UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA REINALDO VIEIRA ALVES JUNIOR REVISÃO DO ESTADO DA ARTE SOBRE ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS. PROPRIEDADES NO ESTADO FRESCO E ENDURECIDO. PROJETO E EXECUÇÃO ANÁLISE DE EXEMPLO PRÁTICO FEIRA DE SANTANA BA 2010

2 REINALDO VIEIRA ALVES JUNIOR REVISÃO DO ESTADO DA ARTE SOBRE ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS. PROPRIEDADES NO ESTADO FRESCO E ENDURECIDO. PROJETO E EXECUÇÃO ANÁLISE DE EXEMPLO PRÁTICO Trabalho de Conclusão da Graduação com o objetivo de aprovação da disciplina Projeto Final II do Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Feira de Santana. Orientador: Élvio Antonino Guimarães Mestre em Estruturas FEIRA DE SANTANA BA 2010

3 REINALDO VIEIRA ALVES JUNIOR REVISÃO DO ESTADO DA ARTE SOBRE ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS. PROPRIEDADES NO ESTADO FRESCO E ENDURECIDO. PROJETO E EXECUÇÃO ANÁLISE DE EXEMPLO PRÁTICO Trabalho de Conclusão da Graduação com o objetivo de aprovação da disciplina Projeto Final II do Curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana BA, Aprovado por: Prof. Mestre Élvio Antonino Guimarães (Orientador) Prof. Mestre Cristóvão César C. Cordeiro (Examinador) Prof.ª Mestre Eufrosina de Azevedo Cerqueira (Examinadora)

4 Aos meus pais, irmã e familiares, pelo apoio e incentivo na conclusão deste trabalho.

5 AGRADECIMENTOS À Deus, primeiramente, por permitir a conclusão deste trabalho e alcançar os objetivos almejados. Aos meus pais e minha irmã pelo carinho, apoio e momentos de felicidade ao longo da minha vida, principalmente nestes últimos anos. Ao Prof. Élvio Antonino Guimarães pela orientação, atenção e pelos valiosos ensinamentos durante a realização deste trabalho. Aos grandes amigos, tanto da universidade, quanto fora dela, pelas alegrias e ensinamentos. Aos professores desta grande instituição de ensino (UEFS), pelos ensinamentos e exemplo de postura profissional. À Universidade Estadual de Feira de Santana. Aos Engenheiros Márcio Alves e L. Barretto pelos ensinamentos, compreensão e apoio no decorrer destes últimos semestres. Enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para a conclusão deste trabalho.

6 RESUMO A grande utilização de revestimento de argamassa no Brasil, apesar dos problemas apresentados, indica a necessidade de melhorar o desenvolvimento desse sistema de produção. A falta de projeto e planejamento da produção, a ausência de visão sistêmica, a baixa racionalização e industrialização, a dependência da habilidade e do conhecimento do operador são características que ainda predominam nas obras, gerando alta variabilidade e baixa confiabilidade da produção. Com a utilização de um projeto para produção do revestimento, incluindo as propriedades da argamassa e as funções do revestimento, busca-se melhorar a qualidade final do revestimento. Em vista disso, este trabalho faz uma avaliação da importância do uso do projeto de revestimento de argamassa utilizado em uma obra industrial localizada em Feira de Santana, mostrando as suas principais etapas de produção e organização com a finalidade de melhorias no sistema de revestimentos nas empresas no momento da definição dos materiais até processo de produção e execução, a fim de minimizar suas patologias. Palavras-chave: revestimento de argamassa, projeto, patologias.

7 ABSTRACT The great use of the mortar in Brazil, in spite of the presented problems, indicates the need to improve the development of that production system. The project lack and planning of the production, the absence of vision systemic, the low rationalization and industrialization, the dependence of the ability and of the knowledge of the operator they are characteristic that still prevail in the works, generating high variability and it lowers reliability of the production. With the use of a project for production of the coating, including the properties of the mortar and the functions of the coating, it is looked for to improve the final quality of the mortar. In view of that, this work makes an evaluation of the importance of the use of the project of mortar used in a located industrial work in Feira de Santana, showing your principal production stages and organization with the purpose of improvements in the system of mortar in the companies in the moment of the definition of the materials to production process and execution, in order to minimize your pathologies. Keywords: mortar, project, pathologies.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Projeto do produto e projeto da produção (MACIEL e MELHADO, 1997). 13 Figura 2 - Camadas do revestimento de argamassa da vedação vertical: emboço, reboco e massa única (MACIEL et al., 1998). 23 Figura 3 - Propriedades da argamassa no estado fresco e endurecido (MACIEL et al., 1998). 27 Figura 4 (a) Argamassa sem aditivo incorporador de ar com aspecto seco; (b) Argamassa com aditivo incorporador de ar com aspecto plástico (BAUER et al., 2005). 30 Figura 5 - Influência do teor de ar incorporado na resistência de aderência à tração (BAUER et al. 2005). 30 Figura 6 - Consistência das argamassas (CARASEK, 2007). 32 Figura 7 - Perda de aderência por descontinuidade da argamassa (MACIEL et al., 1998). 33 Figura 8 - Fissuração da argamassa por retração na secagem: argamassa forte X argamassa fraca (MACIEL et al., 1998). 34 Figura 9 - Ensaio de permeabilidade (MACIEL e SABBATINI, 2008). 38 Figura 10 - Projeto de revestimento (COSTA, 2005). 42 Figura 11 - Perfil recomendado para junta de trabalho (MACIEL et al., 1998). 49 Figura 12 - Ferramentas para execução da junta de trabalho (MACIEL et al., 1998). 49 Figura 13 - O processo de elaboração do projeto dos revestimentos de base argamassada (MACIEL e MELHADO, 1997). 54 Figura 14 Manchamento por umidade (CARASEK, 2007). 58 Figura 15 Descolamento do revestimento de argamassa (CARASEK, 2007) 58 Figura 16 Fissuras causadas por deformação na estrutura (CARASEK, 2007). _ 59 Figura 17 - Movimentação de estruturas causando fissuras nos revestimentos < >acesso em 16/01/ Figura 18 - Solicitações impostas às superfícies das edificações (CINCOTTO et al., 1995). 61 Figura 19 Aplicação de chapisco na parede lateral da fábrica. 66 Figura 20 Taliscas de cerâmica aplicadas na parede lateral da fábrica 67

9 1 Figura 21 Aplicação de mestras na parede lateral da fábrica 68 Figura 22 Sarrafeamento da massa única aplicada sobre a parede da fábrica 69 Figura 23 Desempenamento da massa única da parede lateral da fábrica. 69 Figura 24 Fissuras ocorridas no revestimento na FASE 1 após sua conclusão. 71 Figura 25 Fissuras observadas na FASE 1 no meio dos vãos das paredes. 71 Figura 26 Colocação das barras de aço para confecção dos pilaretes. 72 Figura 27 Juntas de movimentação do revestimento da parede lateral da fábrica 74 Figura 28 Minimizações patológicas observadas no revestimento na FASE Figura 29 Paginação da alvenaria da parede da fábrica. 86 Figura 30 - Detalhe da posição da junta de movimentação 87

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Instrumentos e indicadores do exemplo prático 17 Tabela 2 - Critérios gerais de classificação dos revestimentos. 22 Tabela 3 - Espessuras admissíveis de revestimentos interno. 24 Tabela 4 - Classificação das argamassas de revestimento. 25 Tabela 5 Classificação das argamassas segundo as suas funções na construção. 26 Tabela 6 - Nível de exigência das propriedades do revestimento de argamassa. 28 Tabela 7 - Classificação das argamassas quanto à densidade da massa no estado fresco. 29 Tabela 8 - Limites de resistência de aderência à tração. 35 Tabela 9 - Aspectos a serem considerados na dosagem da argamassa. 44 Tabela 10 - Atividades e equipamentos de produção das argamassas. 45 Tabela 11 - Espessuras admissíveis para o revestimento de argamassa. 46 Tabela 12 - Espessuras mínimas nos pontos críticos. 46 Tabela 13 - Características das bases de aplicação do revestimento. 48 Tabela 14 - Subsídios para elaboração do projeto para produção de revestimento e conteúdo de informações. 51 Tabela 15 Recomendações de idades para intervalos entre os serviços de revestimento 52 Tabela 16 - Manifestações patológicas dos revestimentos de argamassa. 62 Tabela 17 - Origem dos problemas patológicos. 63

11 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO JUSTIFICATIVA OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivo Específico METODOLOGIA Estratégia de pesquisa Instrumentos de coleta de dados Descrição do processo Observação direta e anotações de campo Documentação fotográfica Avaliação da qualidade Levantamento de manifestações patológicas ESTRUTURA DA MONOGRAFIA FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O REVESTIMENTO DE ARGAMASSA Histórico Importância e função do revestimento no edifício Caracterização do revestimento de argamassa Tipos de argamassas Principais propriedades das argamassas O PROJETO DE REVESTIMENTO DE ARGAMASSA Importância de se fazer um projeto Conteúdo a ser considerado em um projeto Materiais Acabamento final Substrato de aplicação das argamassas Detalhes construtivos e arquitetônicos Procedimentos de produção e execução Controle e elaboração dos serviços 52

12 Procedimentos para produção do revestimento de argamassa Preparação da base de revestimento Aplicação do chapisco Taliscamento Aplicação da argamassa de revestimento PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA PARTICULARIDADES DO EXEMPLO PRÁTICO CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA CARACTERÍSTICAS DA OBRA ANÁLISE E RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 76 REFERÊNCIAS 77 ANEXO 81

13 12 1. INTRODUÇÃO As mudanças ocorridas no quadro social, cultural, político e econômico no Brasil aumentaram a competitividade entre as empresas principalmente no setor da produção, levando a uma grande transformação na área da Construção Civil. Por causa do aumento da concorrência no mercado as empresas construtoras vêm buscando a cada dia desenvolver métodos para melhorar a qualidade da edificação, reduzindo prazos de execução e custos, a fim de atingir um nível de reconhecimento no ambiente de mercado. Nota-se que o ambiente imobiliário vem sofrendo um forte aquecimento, resultando em um crescimento no volume de obras das construtoras e tornando ainda mais necessário a definição de métodos para a obtenção de qualidade nos serviços e no prazo de entrega das obras. Com essa evolução e o crescimento do setor da Construção Civil, as técnicas e procedimentos aplicados nas construções sofreram transformações em função da economia, das exigências da qualidade e durabilidade do produto. Um dos subsetores que passaram por essa evolução foi o da edificação. O revestimento de argamassa que é parte integrante do edifício, também sofreu essa modificação, principalmente nas suas propriedades e funcionalidades, sem deixar de falar nos problemas que surgiram. Como a edificação foi um setor de destaque nessa evolução, os resultados adquiridos para tal fato envolvem entre vários fatores a produção da obra e a gestão do projeto. Isso reflete da racionalização na forma de produzir as diversas partes integrantes do edifício desde a etapa de anteprojeto, compatibilização com os demais projetos e resolução dos problemas identificados. Segundo Maciel e Melhado (1997), cada parte integrante de um edifício tem um desempenho que reflete em seu funcionamento global e o revestimento é uma dessas partes que vem tendo pouca prioridade no início de um empreendimento. Por isto é que o presente trabalho tem como principal foco o revestimento

14 13 argamassado que é utilizado freqüentemente nos edifícios, com funções de vedação e acabamento. Mesmo sabendo que o revestimento de argamassa é muito usado, ainda se observa que existem muitos problemas como desperdícios de materiais, tempo, mão de obra, altos custos de produção e incidência de patologias. Esses problemas são gerados por diversos fatores, dentre eles a prática de não definir o revestimento antes de começar a sua execução, ou seja, detalhar e colocar em projeto. Para Maciel e Melhado (1997), há a necessidade de se elaborar um projeto específico para os revestimentos de argamassa, sendo posto em estudo com os demais projetos das demais partes do edifício como alvenaria, instalações, estrutura, levando em consideração também a tecnologia das construções que vem sofrendo uma constante evolução. Estes projetos são denominados Projeto do Produto e Projeto da Produção (Figura 1). Figura 1 - Projeto do produto e projeto da produção (MACIEL e MELHADO, 1997).

15 JUSTIFICATIVA Devido ao fato da argamassa ser muito utilizada no sistema de revestimento, seja ele interno ou externo, principalmente na fachada que é o cartão de visita de um edifício ou residência e que exigem maiores cuidados no processo de tomada de decisão, que o presente trabalho busca fazer um estudo do uso de projeto para minimizar as patologias que causam grande impacto negativo, tanto para os usuários como para as construtoras. Muitas vezes esse revestimento é visto apenas como uma forma de esconder os defeitos como imperfeições da base (alvenaria e estrutura), não sendo muito consideradas principalmente as suas mais importantes funções que são: proteger contra intempéries externas, estanqueidade, acabamento e regularização da superfície dos elementos de vedação, além do aspecto estético. As formas de avaliação, controle e definição ainda estão incipientes e muitas vezes insuficientes para as necessidades de produção e execução dos revestimentos. Como por exemplo, pode-se ver a questão da dificuldade de se definir e aplicar juntas nos sistemas de revestimentos. As referências de norma são extremamente genéricas, resultando em situações não particularizadas de execução. Por causa do desinteresse dado ao revestimento, principalmente o argamassado que é a principal e mais utilizada como base para outros tipos de revestimentos, decisões importantes são tomadas em obra de forma empírica trazendo assim resultados e ocorrência de desperdícios de materiais, tempo, mão de obra, problemas patológicos, sem falar no elevado custo de produção. Assim essa pesquisa tem o propósito de estudar e analisar a importância do projeto de revestimento de argamassa, para antecipar os problemas e tomadas de decisões, buscando melhorar a qualidade do revestimento final e obter melhores resultados, diminuindo assim as principais patologias.

16 OBJETIVOS Objetivo Geral Fazer um estudo em relação ao estado da arte sobre argamassa de revestimento, incluindo propriedades em seu estado fresco e endurecido e a utilização de projeto e execução de revestimentos Objetivo Específico Demonstrar a importância do projeto para produção de revestimento de argamassa através de um exemplo prático 1.3 METODOLOGIA Neste item será apresentada a estratégia de pesquisa adotada para o desenvolvimento deste trabalho descrevendo o tipo de pesquisa e os instrumentos de coleta das informações utilizadas neste estudo Estratégia de pesquisa A revisão bibliográfica foi realizada ao decorrer de todo estudo, onde buscou-se informações e conhecimentos na literatura brasileira, artigos, sites e pesquisas sobre propriedades das argamassas e projeto de revestimento como forma de auxiliar no entendimento e interpretação dos resultados. Os resultados foram obtidos através

17 16 do processo de produção de revestimento de argamassa, que envolve tanto a parte técnica da execução como também a de produção. Como não há tentativa de generalizar os resultados além do contexto em que se está desenvolvendo e partindo da idéia de melhorar a efetividade do processo nesta situação de pesquisa para se obter uma qualidade no produto final, que se utilizou o método de avaliação formativa. Segundo Roesch (1996), este método implica em um diagnóstico do sistema atual e sugestões para sua reformulação com possibilidade de implementar as mudanças sugeridas com observação de seus efeitos. Para isso precisa ter certa familiaridade com o sistema. A pesquisa teve como foco a revisão do estado da arte sobre argamassas de revestimentos, suas propriedades, projetos e execução, através da análise de um exemplo prático de uma obra no setor da construção industrial por uma empresa de construção civil localizada na cidade de Feira de Santana - BA, sendo conduzidos estudos em um canteiro de obra que buscam a compreensão e interpretação das atividades e seus problemas. Para a realização da análise dos dados provenientes desta pesquisa foram feitas inicialmente análises isoladas sobre duas fases do exemplo prático. Cada fase envolve a mesma empresa, onde foi feito um diagnostico dos problemas existentes no processo bem como a identificação das melhorias. Com as características do processo de produção do revestimento em cada fase, foi possível identificar os problemas enfrentados no processo e as oportunidades de superá-los. A FASE 1 foi feita durante a quinta etapa de ampliação da fábrica no período de 16/03/2009 a 13/12/2009, onde foram coletados os dados referentes à produção e execução do revestimento de argamassa. A FASE 2 foi realizada durante a sexta etapa de ampliação no período de 02/02/2010 a 15/11/2010, onde foi feita a coleta dos dados referentes a produção e execução juntamente com o projeto de revestimento de argamassa.

18 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DESCRIÇÃO DO PROCESSO Instrumentos de coleta de dados Em cada fase foram aplicadas ferramentas de coletas de dados (Tabela 1) buscando medir o desempenho e a qualidade dos revestimentos Tabela 1 - Instrumentos e indicadores do exemplo prático. INSTRUMENTOS Observação direta e anotações de campo Projetos, documentação fotográfica OBJETIVO DA FERRAMENTA Registrar informações adicionais sobre o objeto de estudo Organizar as atividades, registrar imagens do processo estudado BENEFÍCIOS Enriquecer as informações por acontecer em tempo real Ilustrar, analisar e eliminar possíveis dúvidas surgidas durante a análise dos dados Levantamento de manifestação patológica Quantificar, tipificar e analisar a causa da existência de problemas patológicos nas paredes. Avaliar e verificar o desempenho (qualidade) do revestimento concluído Descrição do processo Observação direta e anotações de campo Segundo Yin (2005), as observações diretas podem ser feitas informalmente, ao longo da visita de campo, incluindo as ocasiões durante as quais estão sendo coletadas outras evidências. As anotações são úteis para fornecer informações adicionais sobre o tópico que está sendo estudado, sendo muito valiosa em combinação com registros fotográficos. O mesmo autor salienta que as observações

19 18 diretas podem consumir muito tempo, porém enriquecem bastante as informações por se tratar de acontecimentos em tempo real. As observações diretas foram realizadas pelo pesquisador todos os dias no canteiro de obra, enfatizando todos os procedimentos utilizados no processo do revestimento da primeira fase e também os itens especificados no projeto da segunda fase, que direta ou indiretamente afetam o processo em estudo. As informações relevantes eram registradas a partir de anotações em cadernos de campo e em diário de obra Documentação fotográfica. Com uso de uma máquina fotográfica digital, as imagens do processo de produção e execução de revestimento de argamassa foram registradas contemplando todas as etapas e acontecimentos relacionados ao mesmo como, por exemplo, chapisco, taliscamento, execução das mestras, massa única, detalhes construtivos e arquitetônicos e as manifestações patológicas. Essas imagens também foram bastante úteis para eliminar algumas dúvidas que surgiam durante a análise dos dados Avaliação da qualidade Levantamento de manifestações patológicas Com o revestimento de argamassa da parede de fechamento da fábrica concluído na FASE 1, realizou-se um levantamento através de observação e registro fotográfico das manifestações patológicas. Procurou-se quantificar nas paredes de fechamento da fábrica a intensidade das manifestações ocorridas, registrando o tipo e a provável causa das mesmas. Para o levantamento das manifestações patológicas nos revestimentos de argamassa foram consideradas as faixas verticais

20 19 entre parede e o pilar, no meio do vão entre os pilares, que situava na faixa da junta de movimentação do piso da fábrica onde era a zona mais crítica das manifestações patológicas. 1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA A pesquisa foi estruturada em cinco capítulos, que tem como base o conteúdo a seguir: O capítulo inicial da monografia tem caráter introdutório e nele estão abordadas a justificativa, objetivo geral e específico, metodologia e estrutura da monografia. O segundo capítulo trata da fundamentação teórica do tema, como o revestimento de argamassa surgiu, sua importância e função para o edifício, suas principais características, sua composição e suas propriedades. Aborda sobre o projeto de revestimento, citando sua importância e seus principais conteúdos a serem considerados. Para finalizar esse capítulo são apresentados alguns tipos de patologias que são comuns nos revestimentos de argamassa. No terceiro capítulo foi realizado o estudo de um exemplo prático de uma obra industrial situada em na cidade de Feira de Santana - BA. No quarto capítulo são explicitadas as análises e seus respectivos resultados referentes a cada fase do exemplo prático. No quinto capítulo são apresentadas as conclusões com as considerações finais acerca do uso do projeto de revestimento de argamassa e a sua importância dentro do contexto atual para a redução de patologias, além de recomendações e sugestões para trabalhos futuros.

21 20 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. O REVESTIMENTO DE ARGAMASSA Histórico As primeiras argamassas conhecidas foram descobertas na localidade de Yftah el, Galileia, hoje estado de Israel, com mais de anos de existência. A fabricação da cal e do gesso era familiar à maior parte dos povos da antiguidade que a utilizavam como ligante nas construções de cabeças de estátuas modeladas, alvenarias e na elaboração de rebocos pintados com cores naturais (CARASEK, 2007). O uso das alvenarias e dos revestimentos argamassados são tecnologias da construção civil utilizadas em moradias com registros de uso desde a Idade Média. No começo as alvenarias eram revestidas com argamassas compostas por uma mistura de cal e areia, com caráter estrutural. As tensões atuantes que antes eram uniformemente distribuídas em todo o sistema alvenaria e revestimento que era aplicada na direção vertical da edificação se modificou. Hoje as alvenarias passaram a ser utilizadas mais como elementos de vedação e esta modificação da função estrutural foi devido ao surgimento e uso freqüente do cimento Portland e do concreto armado. Assim apareceram novas situações de problemas e conseqüências (GRIPP, 2008). Com o surgimento do cimento Portland as argamassas evoluíram quanto às suas características e composições e a partir daí passaram a suportar solicitações de maiores esforços e de aderência aos substratos. Nesta mesma época iniciou-se também às manifestações patológicas, como por exemplo, os problemas de fissuração, contaminação atmosférica, falhas relacionadas à umidade e destacamento das argamassas, embora não tenham sido percebidos na ocasião (CEOTTO et al., 2005).

22 Importância e função do revestimento no edifício Segundo Barros (1991), a divisão do edifício em partes integradas favorece a proposição de soluções para as questões complexas relacionadas ao edifício, onde deve-se estudar cada uma das suas partes sem perder a visão do conjunto. Os revestimentos tanto externos como internos, verticais ou horizontais, são sistemas integrantes das vedações de um edifício onde a maioria dos seus revestimentos tem um papel muito importante, pois ela será a camada protetora de agentes agressivos e ajudam a melhorar a estética. Muitas vezes o revestimento é visto como uma maneira de camuflar os defeitos e erros cometidos na sua base, que pode ser constituída de alvenaria de bloco cerâmico, de concreto, ou estrutura de concreto. Não sendo valorizadas as suas reais e mais importantes funções (MACIEL e MELHADO, 1998). Segundo Bauer et al. (2005), as funções do revestimento vão desde a proteção da alvenaria, regularização das superfícies, estanqueidade, até funções de natureza estética, uma vez que se constitui do elemento de acabamento final das vedações. Normalmente os revestimentos atuam em suas funções e propriedades em conjunto com o substrato. As funções atribuídas à utilização dos sistemas de revestimento variam enormemente de edifício para edifício, ou seja, dependem em grande parte da concepção do edifício, de suas fachadas, paredes e obviamente do sistema de revestimento selecionado. Segundo Junior (2008), a função primordial que um determinado revestimento deverá desempenhar deve ser considerada como importante fator na elaboração do projeto. Os revestimentos argamassados devem seguir algumas exigências funcionais, entre elas: segurança; compatibilidade com a base; habitabilidade e compatibilidade entre materiais. A função mais importante do revestimento de argamassa não é dissimular imperfeições grosseiras originadas no substrato do revestimento, ou seja, esconder na massa. Na prática, vê-se muito este tipo de procedimento, devido à falta de

23 22 cuidado no momento de executar a base do revestimento, que pode ser alvenaria ou estrutura de concreto que fica desaprumada ou desalinhada. Isto compromete o cumprimento adequado das reais funções do revestimento (MACIEL, et al., 1998) Caracterização do revestimento de argamassa De acordo com Maciel et al. (1998), o revestimento de argamassa pode ser classificado de uma forma geral segundo os seguintes critérios: tipo de vedação a revestir; ambiente de exposição; mecanismo de fixação à base; continuidade e numero de camadas, conforme Tabela 2. Tabela 2 - Critérios gerais de classificação dos revestimentos. CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO Tipo de vedação a revestir Ambiente de exposição Mecanismo de fixação à base Continuidade Nº de camadas que o constituem TIPO Vedação horizontal inferior; Vedação horizontal superior; Vedação vertical. Internos: áreas secas ou áreas molhadas; Exteriores (fachada). Aderentes; Fixados por dispositivos; Não aderentes. Monolíticos ou contínuos; Modulares. Uma única camada: massa única; Duas camadas: emboço e reboco Fonte: MACIEL e SABBATINI, Segundo Sabbatini (1990), os revestimentos argamassados podem servir de base para outros tipos de revestimentos. Considerando estas diferentes situações e mais as condições de exposição e do plano de aplicação, nota-se que os revestimentos poderão estar submetidos às solicitações de vários tipos, que deverão apresentar características diferentes, de maneira a atender as exigências funcionais. Por isso deverá ter uma classificação mais ampla e que agrupe em diferentes tipos, de acordo com as seguintes características:

24 23 revestimentos internos de paredes com acabamento em pintura; revestimentos internos de paredes, base para outros revestimentos; revestimentos de tetos (com acabamento em pintura); revestimentos externos com acabamento em pintura; revestimentos externos, base para outros revestimentos. Os revestimentos de argamassa podem ser constituídos por uma ou mais camadas e estas camadas são denominadas de: emboço, reboco e massa única (Figura 2). Figura 2 - Camadas do revestimento de argamassa da vedação vertical: emboço, reboco e massa única (MACIEL et al., 1998). O emboço é uma camada que tem como principal função cobrir e regularizar a superfície do substrato ou do chapisco. Se destina a propiciar uma superfície que permita receber camadas posteriores do revestimento, seja ela de reboco, cerâmica ou outro revestimento final. Para tanto o emboço deve apresentar uma porosidade e textura superficial compatível com a capacidade de aderência do acabamento final que será aplicado (SABBATINI, 1990).

25 24 Segundo Bauer et al. (2005), o reboco é uma camada de argamassa com espessura necessária para constituir uma superfície lisa, contínua e íntegra, aplicada sobre o emboço e que tem como função preparar o revestimento para receber um acabamento final. A massa única é um revestimento executado diretamente sobre os substratos sem a necessidade da aplicação anterior do emboço, sobre a qual é aplicada uma camada decorativa. Neste caso a massa única tem função dupla, ou seja, atende as exigências do emboço e do reboco (CARASEK, 2007). A norma NBR 13749/1996 indica as espessuras admissíveis para cada camada de revestimento (Tabela 3). Tabela 3 - Espessuras admissíveis de revestimentos interno. Camada de revestimento Espessura (mm) Interna Externa Emboço 5,0 a 10,0 15,0 a 25,0 Emboço e reboco 10,0 a 30,0 20,0 a 30,0 Camada única 5,0 a 30,0 15,0 a 30,0 Fonte: BAUER et al., Tipos de argamassas A NBR 13530/1995 expõe vários critérios de classificação das argamassas e dentre eles estão alguns propostos na Tabela 4.

26 25 Tabela 4- Classificação das argamassas de revestimento. CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO Quanto à natureza do aglomerante Quanto ao tipo de aglomerante Quanto ao número de aglomerantes Quanto a consistência da argamassa Quanto a plasticidade da argamassa Quanto a densidade da argamassa Quanto a forma de preparo ou fornecimento Fonte: CARASEK, TIPO Argamassa aérea; Argamassa hidráulica. Argamassa de cal; Argamassa de cimento; Argamassa de cimento e cal; Argamassa de gesso; Argamassa de cal e gesso. Argamassa simples; Argamassa mista. Argamassa seca; Argamassa plástica; Argamassa fluida. Argamassa pobre ou magra; Argamassa média ou cheia; Argamassa rica ou gorda. Argamassa leve; Argamassa normal; Argamassa pesada. Argamassa preparada em obra; Mistura semipronta para argamassa; Argamassa industrializada; Argamassa dosada em central. Os principais tipos de argamassas são denominados em função do aglomerante utilizado e são classificadas em dois grupos: as argamassas inorgânicas, composto por aglomerantes inorgânicos de uso tradicional na construção; e as argamassas orgânicas, constituídas por aglomerantes orgânicos poliméricos desenvolvidos recentemente e ainda pouco utilizados na construção. No Brasil as argamassas inorgânicas podem ter como aglomerante a cal hidratada, cimento Portland ou uma mistura de cal hidratada e cimento Portland formando a argamassa mista (BAUER et al., 2005). As argamassas de cal são produzidas com cal hidratada, areia e água. São mais utilizadas para emboço e reboco devido a sua plasticidade e elasticidade e porque possibilitam um acabamento com melhor desempenho. Argamassas de cimento Portland são produzidas com cimento, areia e água, resultando em revestimentos de baixa porosidade, elevada resistência mecânica, maior retração por secagem e

27 26 conseqüentemente maior tendência a fissuração. As argamassas mistas de cal hidratada e cimento Portland são compostas de cimento, cal hidratada, areia e água, apresentando boa resistência mecânica, trabalhabilidade melhorada e alta durabilidade (COSTA, 2005). Segundo Carasek (2007), as argamassas também podem ser classificadas de acordo com sua função na construção, conforme resumo apresentado na Tabela 5. Tabela 5 Classificação das argamassas segundo as suas funções na construção. FUNÇÃO Para construção de alvenarias Para revestimento de paredes e tetos Para revestimento de pisos Para revestimentos cerâmicos Para recuperação de estruturas Fonte: CARASEK, TIPOS Argamassa de assentamento (elevação de alvenaria) Argamassa de fixação (ou encunhamento) Argamassa de chapisco Argamassa de emboço Argamassa de reboco Argamassa de camada única Argamassa para revestimento decorativo monocamada Argamassa de contrapiso Argamassa de alta resistência para piso Argamassa de assentamento de peças cerâmicas Argamassa de rejuntamento Argamassa de reparo Principais propriedades das argamassas De acordo com Maciel e Sabbatini (2008), para que os revestimentos argamassados possam atender de maneira adequada as suas funções eles devem conter um conjunto de propriedades específicas relativas à argamassa no estado endurecido e no estado fresco, mantendo uma relação entre si e permitindo prever o comportamento dos revestimentos em diversas situações de uso.

28 27 Segundo Bauer et al. (2005), mesmo com o avanço no desenvolvimento de novos materiais e no estudo das argamassas em determinadas avaliações, ainda nota-se que existe uma característica empírica em determinada soluções. Um exemplo disto é a formulação de argamassa de revestimento que atenda de forma simultânea as propriedades no estado fresco e no estado endurecido que, em certo momento é fundamentada em critérios qualitativos e de caráter empírico. As principais propriedades das argamassas no estado fresco que resultam nas propriedades do estado endurecido estão apresentadas na Figura 3. Figura 3 - Propriedades da argamassa no estado fresco e endurecido (MACIEL et al., 1998). Para Bauer et al. (2005), as propriedades no estado fresco são complexas por causa da carência de estudos capazes de avaliar sistematicamente este tema, sendo comum, inclusive no meio científico, a utilização de procedimentos baseados nas experiências dos profissionais práticos da área (pedreiros) envolvidos no processo de produção dos sistemas de revestimento. O conjunto das propriedades da argamassa no estado fresco quando ainda encontra-se plástica, deve proporcionar uma facilidade na aplicação da argamassa sobre a base, ter uma boa aderência inicial e um adequado processo de endurecimento. No estado endurecido, as propriedades da argamassa devem restringir a formação de fissuras no revestimento, manter a sua aderência à base, absorver pequenas deformações, resistir às ações externas e proporcionar a durabilidade do revestimento que serão tratadas mais adiante. As propriedades da argamassa em

29 28 sua fase endurecida são equivalentes às propriedades do próprio revestimento (BAUER, 2005). O nível que se exige dessas propriedades no estado endurecido não é igual para todas as solicitações de exposição do revestimento. A Tabela 6 mostra através de uma escala qualitativa que cresce de 1 a 4, a variação do nível de exigência das propriedades de maior relevância para o revestimento, que serão tratadas na seqüência. Tabela 6 - Nível de exigência das propriedades do revestimento de argamassa. CONDIÇOES DE EXPOSIÇÃO PROPRIEDADES Interno Paredes Externo Paredes Base pintura Base cerâmica Teto Base pintura Base cerâmica Capacidade de aderência Capacidade de absorver deformações Resistência à tração e à compressão Resistencia ao desgaste superficial Durabilidade Fonte: MACIEL e SABBATINI, Visando satisfazer às funções do revestimento argamassado, algumas propriedades tornam-se essenciais para essas argamassas, a saber: Massa específica Propriedade no estado fresco que está relacionada com a massa da argamassa e o seu volume, podendo ser absoluta ou relativa. Para se determinar a massa específica absoluta não leva em consideração os vazios que existem no volume de argamassa. Para se determinar a massa relativa, que também é chamada de massa unitária, consideram-se os vazios existentes. A determinação da massa específica unitária para traçar a argamassa é imprescindível, pois depende dela para se fazer a

30 29 conversão de traço em massa para volume, que é freqüentemente utilizado na obra para produzir a argamassa (BAUER et al., 2005). Segundo Carasek (2007), a massa específica varia com o teor de ar e com a massa específica dos materiais constituintes. A massa específica da argamassa endurecida é um pouco menor do que o seu valor no estado fresco, devido à saída de parte da água. A Tabela 7 apresenta uma classificação das argamassas quanto a densidade. Tabela 7 - Classificação das argamassas quanto à densidade da massa no estado fresco. Densidade de Principais agregados Argamassa massa A Usos/observações empregados (g/cm³) Leve < 1,40 Normal 2,30 a 1,40 Vermiculita, perlita, argila expandida Areia de rio (quartzo) e calcário britado Isolamento térmico e acústico Aplicações convencionais Pesada 2,3 Barita (sulfato de bário) Blindagem de radiação Fonte: CARASEK, Teor de ar incorporado É a quantidade de ar que existe em certa quantidade de volume de argamassa e quanto maior for a quantidade de ar incorporado, menor será a massa específica relativa da argamassa. A presença de ar incorporado nas argamassas aumenta o seu rendimento devido à diminuição da massa específica causado pela presença de microbolhas de ar no interior da mistura, permitindo uma diminuição na quantidade de finos do agregado sem alterar a tendência de segregação e exsudação da argamassa. Ainda no seu estado fresco, causa um ganho de plasticidade e consistência por causa do efeito ponte que existe entre as bolhas de ar e as partículas de cimento e areia (MACIEL e SABBATINI, 2008). A mudança que ocorre nas argamassas de revestimento pode ser observada na Figura 4, onde se tem uma argamassa com 20,0% de cimento (Figura a) e uma argamassa com a mesma proporção, apenas com um acréscimo de 0,05% de um aditivo incorporador de ar (Figura b), tomando como relação a massa de cimento.

31 Resistência de aderência à tração (MPa) 30 (a) Figura 4 (a) Argamassa sem aditivo incorporador de ar com aspecto seco; (b) Argamassa com aditivo incorporador de ar com aspecto plástico (BAUER et al., 2005). (b) Para Bauer et al. (2005), o uso de incorporadores de ar em quantidades acima de certo valor influencia na redução da resistência de aderência a tração das argamassas com valores de até 55,0%. Teor de ar incorporado (%) Figura 5 - Influência do teor de ar incorporado na resistência de aderência à tração (BAUER et al. 2005).

32 31 Trabalhabilidade Segundo Maciel e Sabbatini (2008), é uma das mais importantes propriedades das argamassas no estado fresco, sendo obrigatória para que possa ser utilizada. Esta propriedade tem interferência da massa específica e do teor de ar incorporado, pois uma argamassa com menor massa específica e maior teor de ar, apresenta melhor trabalhabilidade, que é uma propriedade que faz avaliação de qualidade da argamassa quanto: facilidade de penetração da colher de pedreiro, sem ser fluida; de se manter coesa no momento de transporte, não aderindo a colher ao ser lançada; distribuição com facilidade e preenchimento de todas as reentrâncias do substrato; não endurecer rapidamente quando aplicada. Segundo Bauer et al., (2005) apud Rilem, (1982), existem duas propriedades apontadas abaixo, que são interligadas e que determinam uma condição de trabalhabilidade: Consistência - é a propriedades pela qual a argamassa tende a resistir às deformações que lhe são impostas; Plasticidade é a propriedades que permite a argamassas deformar-se sem ruptura, sob a ação de forças superiores às que promovem a sua estabilidade, mantendo a deformação depois de retirado o esforço. Alguns autores classificam as argamassas segundo sua consistência em: seca, plástica e fluida (Figura 6). Estas classificações são determinadas pela quantidade de pasta aglomerante ao redor dos grãos de areia. Na argamassa seca, a pasta preenche os vazios entre os grãos que permanecem em contato. Na argamassa plástica uma fina película de pasta age como lubrificante na superfície dos grãos. E finalmente na argamassa fluida os grãos estão imersos na pasta.

33 CONSISTÊNCIA 32 Argamassa seca A pasta aglomerante somente preenche os vazios entre os agregados, deixando-os ainda em contato. Existe o atrito entre as partículas que resulta em uma massa áspera. Argamassa plástica Uma fina camada de pasta aglomerante molha a superfície dos agregados dando uma boa adesão entre eles com uma estrutura pseudo-solida. Argamassa fluída As partículas de aerado estão imersas no interior da pasta aglomerante, sem coesão interna e com tendência de depositar-se por gravidade (segregação). Os grãos de areia não oferecem nenhuma resistência ao deslizamento, mais a argamassa é tão liquida que se espalha sobre a base, sem permitir a execução adequada do trabalho Figura 6 - Consistência das argamassas (CARASEK, 2007). Retenção de água Segundo Bauer et al. (2005), é a capacidade ou propriedade no estado fresco que a argamassa tem de reter a água de amassamento sem alterar sua trabalhabilidade, mantendo-se aplicável por certo tempo quando solicitada a ações que provoquem perda de água, seja por sucção da base, evaporação ou reações de hidratação. Os fatores que influenciam na retenção de água são as características e a proporção dos materiais constituintes da argamassa. Para a determinação da retenção de água da argamassa utiliza-se o método de ensaio preconizado pela NBR 13277/1995. Segundo Maciel e Sabbatini (2008), a rápida perda de água da argamassa causa um comprometimento na sua aderência, resistência mecânica, capacidade de absorver deformações e influencia de forma negativa a sua durabilidade e estanqueidade. O

34 33 aumento da retenção de água pode ser obtido elevando-se o teor de materiais constituintes com elevada área específica como a utilização de saibro e cal, onde esses dois materiais têm uma área consideravelmente maior a ser molhada e causa o aparecimento das tensões superficiais que tendem a manter a água absorvida nas partículas. Outra forma de aumentar o teor de água é o uso de aditivos retentores de água. Aderência inicial Propriedade no estado fresco ligada ao mecanismo que ocorre em superfícies porosas do substrato pela ancoragem da argamassa na base através da penetração da pasta aglomerante nas reentrâncias, poros e saliências, seguido do endurecimento progressivo da pasta. A aderência inicial depende das características do substrato de aplicação, como rugosidade, porosidade, condições de limpeza da base, da superfície de contato efetivo entre a base e a argamassa e das outras propriedades da argamassa (MACIEL e SABBATINI, 2008). De acordo com Maciel et al. (1998), para adquirir uma boa aderência inicial, a argamassa deve apresentar retenção de água adequada à sucção da base junto com as condições de exposição e ter uma boa trabalhabilidade. Se estas condições não forem atendidas pode haver perda de aderência em função da entrada rápida da pasta nos poros da base devido à base ter uma maior retenção de água que a argamassa, causando descontinuidade da camada de argamassa sobre a base. Figura 7 - Perda de aderência por descontinuidade da argamassa (MACIEL et al., 1998).

35 34 Retração na secagem Fenômeno que ocorre na argamassa no seu estado fresco, devido à evaporação da água de amassamento e pelas reações de hidratação e carbonatação dos aglomerantes, podendo causar o aparecimento de fissuras no revestimento. Estas fissuras podem ser prejudiciais quando permite a percolação da água pelo revestimento na fase endurecida, comprometendo a sua estanqueidade à água (MACIEL et al., 1998). Esta propriedade é influenciada por vários fatores, entre eles: a proporção dos materiais que constituem a argamassa e as suas características; o intervalo de aplicação das camadas e a sua espessura; a espera do tempo de sarrafeamento e desempeno. Em relação à espessura, as camadas aplicadas em espessuras maiores que 25 mm estão mais susceptíveis a sofrerem retração na secagem com aparecimento de fissuras. Já o tempo de desempeno e sarrafeamento implicam em um período de tempo ideal para que a argamassa possa perder uma parte da água de amassamento e chegar a uma umidade ótima para começar as atividades de acabamento superficial da camada de argamassa (MACIEL e SABBATINI, 2008). Segundo Maciel et al. (1998), as argamassas fortes, ou seja, aquelas que possuem um teor de cimento alto estão mais sujeitas às tensões que causam o surgimento de fissuras durante a secagem. Já as argamassas com menor ou baixo teor de cimento estão menos sujeitas ao aparecimento destas fissuras prejudiciais (Figura 8). Figura 8 - Fissuração da argamassa por retração na secagem: argamassa forte X argamassa fraca (MACIEL et al., 1998).

36 35 Aderência Segundo Sabatini (1990), a aderência é a propriedade no estado endurecido que possibilita à camada de revestimento resistir às tensões tangenciais e normais que atuam na interface com o substrato, resultado da conjugação das seguintes características da interface revestimento/base de aplicação: resistência de aderência à tração; resistência de aderência ao cisalhamento; extensão de aderência, que se define pela relação entre área de contato efetivo e área total da base a ser revestida A resistência de aderência indica a tensão máxima que um revestimento pode suportar quando solicitado a um esforço normal de tração e pode ser medida aplicando um esforço de tração perpendicular ao revestimento a ser ensaiado. De acordo com a NBR 13749/1996, o limite de resistência de aderência a tração para o revestimento de argamassa (massa única e emboço) varia de acordo com o local de aplicação e tipo de acabamento conforme Tabela 8. Tabela 8 - Limites de resistência de aderência à tração. Local Acabamento Ra (MPa) Parede Interna Externa Pintura ou base para reboco Cerâmica ou laminado Pintura ou base para reboco 0,20 0,30 0,30 Cerâmica 0,30 Teto 0,20 Fonte: NBR 13749/1996.

37 36 Capacidade de absorver deformações Segundo Sabbatini (1990), a capacidade de absorver deformações é uma propriedade resultante da resistência à tração e módulo de deformação do revestimento, onde esta propriedade no estado endurecido permite que o revestimento se deforme sem chegar à ruptura ou através de microfissuras imperceptíveis quando os esforços solicitantes ultrapassam o limite de resistência à tração do material. Os revestimentos de argamassa devem absorver as deformações intrínsecas (retrações e expansões térmicas e higroscópicas) e deformações do substrato de pequena amplitude, sem ocorrer fissuração visível e sem desagregar. As fissuras são situações que devem ser evitadas, pois são decorrentes do alívio de tensões originadas pelas deformações do substrato, sendo prejudicial quando deixa a água passar entre elas. Essas fissuras comprometem as principais funções do revestimento: a estanqueidade; o acabamento superficial; aderência e a durabilidade (MACIEL e SABBATINI, 2008). Nas argamassas fracas, as ligações internas têm sua resistência diminuída e as suas tensões podem ser dissipadas na forma de micro-fissuras à medida que aparecem nas interfaces microscópicas entre a pasta aglomerante e os grãos do agregado. Já nas argamassas fortes com maior limite de resistência, as tensões vão se acumulando e a ruptura aparece na forma de fissuras macroscópicas (SABATINI, 1990). Segundo Maciel et al. (1998), as deformações podem apresentar pequena ou grande amplitude e o revestimento tem a função de absorver as deformações de pequena amplitude que ocorre devido a ação da umidade ou da temperatura, ao contrário da de grande amplitude provenientes de outros fatores como exemplo: do módulo de deformação da argamassa; da espessura das camadas; das juntas de trabalho do revestimento e da técnica de execução.

38 37 Resistência Mecânica Segundo Polito (2008), a resistência mecânica é uma propriedade que diz respeito à capacidade do revestimento de resistir às tensões de tração, compressão, abrasão ou cisalhamento que forem submetidos. Esta resistência depende da estrutura física dos produtos resultantes da hidratação do cimento e da carbonatação da cal. Esta propriedade depende da natureza dos aglomerantes, dos agregados, da proporção aglomerante/agregado, relação água/cimento e técnica de execução. A resistência mecânica aumenta com a redução da proporção de agregado na argamassa e varia de forma inversa com a relação água/cimento (MACIEL e SABBATINI, 2008). A norma NBR 13279/2005 descreve o método para se determinar a resistência à compressão de argamassas para assentamento de paredes e revestimentos de tetos e paredes no estado endurecido. Permeabilidade Para Sabatini (1990), a permeabilidade tem relação com a absorção capilar da estrutura porosa e de suas camadas fissuradas no estado endurecido, onde a permeabilidade desta camada tem uma importância fundamental para determinar a estanqueidade do sistema de vedação e no nível de proteção da base contra as intempéries. O revestimento deve impedir a passagem de água, ou seja, ser estanque. Mais se recomenda que o revestimento seja permeável ao vapor da água para melhorar a secagem da infiltração da umidade (como a água da chuva) ou vapores de origem da ação principalmente dos banheiros (MACIEL, et al. 1998). Esta propriedade no estado endurecido depende da natureza do substrato, da natureza dos materiais constituintes da argamassa, do traço, da técnica de execução, da espessura da camada, da quantidade e do tipo de fissuras existentes.

39 38 Tudo isso vai interferir em maior ou menor grau na capacidade de absorção de água capilar e na porosidade do revestimento de argamassa (SABATINI, 1990). Para a determinação da permeabilidade do revestimento existe um ensaio de campo criado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Construção Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (CPqDCC-EPUSP), chamado de ensaio de permeabilidade in situ (Figura 9), que avalia o revestimento submetendo uma área à pressão de água constante e medindo o teor de água penetrado pela superfície ao final de 24 horas, havendo um valor máximo especificado. Figura 9 - Ensaio de permeabilidade (MACIEL e SABBATINI, 2008) O PROJETO DE REVESTIMENTO DE ARGAMASSA O projeto de revestimento de argamassa está relacionado com a definição precisa e clara de todos os aspectos relacionados aos materiais, padrões, técnicas de controle de qualidade e técnicas de detalhes construtivos. Obtendo-se assim um projeto construtivo adequado com planejamento, programação, controle detalhados, coerentes e um gerenciamento eficiente e eficaz do que se vai executar (SABBATINI, 1990) Segundo Ceotto et al. (2005), o projeto tem a finalidade de determinar os tipos de materiais envolvidos no processo, a geometria adequada, as juntas, reforços, pré-

40 39 moldados, acabamentos, procedimentos de execução e controle, diretrizes para manutenção, de maneira a se obter um desempenho satisfatório ao longo do tempo. Para que este objetivo seja atingido é necessário contemplar: condicionantes para o projeto; diretrizes de seleção do sistema; especificação dos materiais; diretrizes para controle de produção; diretrizes e inspeção e manutenção. Para Costa (2005), um projeto deve contemplar todas as informações necessárias para que a execução do serviço seja realizada conforme as especificações do projeto e de forma a atender os clientes internos e finais. Existem três momentos durante os quais um projeto de revestimento pode ser elaborado: antes do início da obra, juntamente com a elaboração dos outros projetos (arquitetura, estrutura, vedação, etc.). A adoção desta escolha permite a integração do projeto com a concepção da obra; no início da obra, após a conclusão dos projetos da edificação. Nesta situação o projeto de revestimento de fachada complementa os demais projetos e define o processo construtivo, limitado pelo orçamento da obra; durante a obra, após a conclusão da estrutura e final da execução da alvenaria. Com esta escolha o projeto de revestimento adapta-se ao processo construtivo definido e pode-se interferir apenas no preparo e aplicação do revestimento. Para Ceotto et al. (2005), quando o projeto é iniciado com a obra já em andamento, a interação do projetista de revestimento com os demais projetistas da edificação é praticamente nula, sendo que todas as decisões tomadas nos projetos anteriores terão que ser aceitas como condicionantes, podendo dessa forma aumentar o risco de desempenho insatisfatório.

41 Importância de se fazer um projeto Muitas vezes o revestimento de um edifício é visto apenas como uma forma de consertar as irregularidades do substrato (alvenaria e estrutura) e não são consideradas as suas principais funções. Devido a essa falta de importância dada ao revestimento, são tomadas várias decisões nas obras de maneira empírica, fazendo com que as suas funções e propriedades reais sejam aplicadas de forma inadequada. Segundo Maciel et al. (1998), essas maneiras incorretas de usar o revestimento trazem ocorrências de problemas patológicos, elevação de custos de produção, elevados desperdícios de materiais, de mão-de-obra e tempo. Assim através de um projeto busca-se antecipar as tomadas de decisões, procurando melhores soluções relativas as suas propriedades, características, a forma de produção e execução que desenvolva melhores resultados. De acordo com Branco et al. (2007), desde 1996 obras que formalmente usaram o projeto de revestimento na execução de fachadas apresentaram desempenho satisfatório frente a solicitações que uma fachada é submetida. Entre esses benefícios trazidos para as construtoras estão: sensível redução de patologias, tais como, infiltrações de umidade e água de chuva, descolamentos e queda dos revestimentos; necessidade de reparos posteriores, ausência de retrabalho (oriundo da necessidade de se reparar fachadas com infiltrações ou com queda dos revestimentos) significa a ausência do incômodo para os usuários dos edifícios (natural quando se executam reparos com o edifício ocupado), manutenção da boa imagem da construtora no mercado, além de menores custos de manutenção dos edifícios; redução do desperdício de materiais na forma de entulho gerado pelas ações corretivas durante a construção bem como as posteriores, uma vez que, na maioria das vezes, várias camadas do sistema de revestimento não são

42 41 passíveis de reutilização, gerando uma significativa quantidade de entulho e vários tipos de poluição e custos (produção de ruídos, geração de poeira, obstrução de escoamento de cursos d água, proliferação de vetores de doenças, destruição das camadas fertilizantes do solo, além dos custos dos materiais, de seu transporte e de sua deposição) Conteúdo a ser considerado em um projeto Segundo Maciel e Melhado (1997), os resultados finais dos processos de projetos devem ser elementos com conteúdos específicos acerca do produto e de seu processo de produção, sendo denominados projetos executivo e projeto para produção. De acordo com Maciel et al. (1998), para se obter um melhor resultado na produção, no desempenho do revestimento, no aumento da produtividade e da qualidade, na redução de falhas, desperdícios e custos, é preciso que se elabore um projeto de revestimento de argamassa que contenha um conjunto de informações relativas as características e sua forma de produzir. Este projeto deve conter as seguintes definições: o tipo de revestimento (número de camadas); espessuras das camadas; o tipo de argamassa; os detalhes arquitetônicos e construtivos; as técnicas mais adequadas para execução; o padrão de qualidade dos serviços. Neste sentido, baseando-se no trabalho de Maciel e Melhado (1999) e no trabalho de Ceotto et al. (2005), sugere-se que um projeto de revestimento de argamassa

43 42 deve conter as especificações e informações para a adequada execução do revestimento, conforme exposto na Figura 10, evidenciando informações do projeto do produto e do projeto do processo. Figura 10 - Projeto de revestimento (COSTA, 2005). A NBR 7200/1998 sugere que as especificações de projeto para execução do sistema de revestimento de argamassa devem conter pelo menos informações sobre os tipos de argamassa e respectivos parâmetros para definição dos traços; número de camadas; espessura de cada camada; acabamento superficial e tipo de acabamento decorativo. Essa recomendação da norma ainda é bastante simplista e considera aspectos gerais do sistema de revestimento.

44 43 Existem diversos fatores a serem considerados e que tem influência no desempenho do revestimento. Entre eles estão os materiais utilizados, o acabamento final, substrato de aplicação, os detalhes arquitetônicos e construtivos, os procedimentos de produção, execução, controle e elaboração dos serviços. Dessa forma é importante conhecê-los quando da realização do projeto para que as decisões tomadas estejam embasadas tecnologicamente, garantindo o cumprimento das funções do revestimento ao longo do tempo (MACIEL e SABBATINI, 2008) Materiais O conhecimento dos materiais utilizados na construção é de grande importância para o projeto e a construção, sendo requisito em todas as etapas do processo construtivo de planejamento, de projeto, de execução e de uso (operação e manutenção do edifício). Sua correta e completa especificação dos diferentes tipos de materiais constituintes das argamassas deve ser feita com o máximo de cuidado para evitar variações entre os diferentes tipos de materiais com diferentes características e especificações de uso (COSTA, 2005). Entre os materiais utilizados estão os integrantes de sua composição, dosagem e forma de produção. Na sua composição são considerados os principais materiais constituintes, que são: os aglomerantes (o cimento e a cal); os agregados e a água. Na sua dosagem diz respeito à forma como esses materiais são misturados proporcionalmente na sua produção. Portanto a escolha dos materiais constituintes tem um papel fundamental para a qualidade do revestimento, assim como a proporção da mistura desses materiais que influencia no estado endurecido e no estado fresco. Esses materiais devem ser levados em consideração no momento da definição da argamassa (MACIEL et al., 1998), conforme Tabela 9.

45 44 Tabela 9 - Aspectos a serem considerados na dosagem da argamassa. MATERIAIS Cimento Cal Areia Água Aditivos ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS NA COMPOSIÇÃO E DOSAGEM tipo de cimento (característica) e classe de resistência; disponibilidade de custo; comportamento da argamassa produzida com cimento. tipo de cal (características); forma de produção; massa unitária; disponibilidade e custo; comportamento da argamassa produzida com cal. granulometria; dimensões do agregado; forma e rugosidade superficial dos grãos; massa unitária; inchamento; impurezas orgânicas; comportamento da argamassa produzida com areia. características dos componentes da água, quando essa não for potável. tipo de aditivo (características); finalidade; comportamento da argamassa produzida com a adição; disponibilidade, manutenção das características e custo. Fonte: MACIEL e SABBATINI, Já na sua produção, a argamassa é originada de uma mistura ordenada de seus materiais constituintes com suas estabelecidas proporções e por um determinado período de tempo, utilizando determinados equipamentos para este fim. Para a sua forma de produção existem duas maneiras: a preparada em obra e a industrializada, que é fornecida em sacos ou em silos. Para Maciel et al. (1998), cada um dos tipos de argamassas interfere na maneira como ela será produzida, na escolha das ferramentas e equipamentos utilizados e na organização do canteiro de obras como mostra a Tabela 10.

46 45 Tabela 10 - Atividades e equipamentos de produção das argamassas. ARGAMASSA ATIVIDADES EQUIPAMENTOS PREPARADA EM OBRA Medição, em massa ou em volume, das quantidades de todos os materiais constituintes; transporte desses materiais até o equipamento de mistura; colocação dos materiais no equipamento; mistura Equipamento de mistura (betoneira ou argamassa); recipientes para medição dos materiais (carrinhosde-mão ou padiolas); pás; peneiras para eliminar torrões e materiais estranhos ao agregado. INDUSTRIALIZADA (fornecida em sacos materiais em estado seco e homogêneo) FORNECIDA EM SILOS Fonte: MACIEL et al., Colocação da quantidade especificada do material em pó no equipamento de mistura seguida de adição de água Medição mecanizada. Um equipamento de mistura pode ser acoplado no próprio silo ou outro equipamento de mistura especifico, localizado nos pavimentos do edifício efetua a mistura Argamassadeira e os recipientes para colocação da água. Equipamento de mistura especifico Acabamento final De acordo com Maciel e Melhado (1997), um fator que deve ser levado em consideração para que o projeto tenha uma definição correta é o acabamento final das suas camadas. Acabamento este que é resultado da aplicação de ferramentas específicas utilizadas na sua produção, aplicadas sobre as superfícies para adequálas ao recebimento da camada sobrejacente. Por isso é muito importante que se tenha o conhecimento prévio das especificações do revestimento para tomar a decisão correta em relação ao tipo de acabamento superficial mais adequado. Segundo a NBR 7200/1998, o acabamento da superfície deve estar de acordo com a especificação do projeto e ser executado conforme as recomendações contidas nesta norma. Ela prescreve que as ações recomendadas devem ser realizadas após a área a ser revestida ser totalmente preenchida e tendo a argamassa adquirido a consistência adequada.

47 46 A norma não especifica valores diferentes para locais de maior exposição ou para revestimentos produzidos com argamassas de diferentes tipos As espessuras recomendadas pela NBR 13749/1996, para as camadas de revestimentos argamassados estão apresentados na Tabela 11. Tabela 11 - Espessuras admissíveis para o revestimento de argamassa. REVESTIMENTO ESPESSURA (mm) Parede interna 5,0 e 20,0 Parede externa 20,0 e 30,0 Tetos e 20,0 Fonte: NBR 13749/1996. Para Costa (2005), se os revestimentos forem executados ultrapassando estes valores ou se por acaso não seja possível atender às espessuras admissíveis da norma, deve-se tomar precauções especiais e soluções que garantam a sua aderência, pois além de gerar perdas por espessura excessiva que inclui as perdas dos materiais constituintes, gera também perdas de mão-de-obra para produção, transporte e aplicação das argamassas. Segundo Maciel e Melhado (2008), se a espessura do revestimento estiver entre 3,0 e 5,0 cm, deve-se aplicar a argamassa em duas demãos, respeitando um intervalo de 16 horas. Se estiver entre 5,0 e 8,0 cm, faz-se a aplicação em três demãos, sendo que as duas primeiras encasquilhadas ou usando telas metálicas entre as camadas. Se a espessura for menor que as recomendadas na norma, não deve-se ultrapassar certos limites para eliminar a sua real função de proteger o substrato. Tabela 12 - Espessuras mínimas nos pontos críticos. Tipo de base Espessura mínima (mm) Estrutura de concreto em pontos localizados 10,0 Alvenarias em pontos localizados 15,0 Vigas e pilares em regiões extensas 15,0 Alvenarias em regiões extensas 20,0 Fonte: MACIEL et al., 1998.

48 Substrato de aplicação das argamassas De acordo com Bauer et al. (2005), os substratos de aplicação dos revestimentos de argamassa, normalmente em um edifício convencional são: a estrutura de concreto armado e a alvenaria de vedação, podendo ser classificados de diferentes formas como: pela natureza dos materiais constituintes: alvenaria de blocos cerâmicos, blocos de concreto, blocos de concreto celular; elementos estruturais em concreto (pilares, vigas e lajes); pela função: elementos de vedação, estruturais; por suas características físicas: textura, porosidade, capacidade de sucção de água (absorção capilar), propriedades mecânicas. Segundo Sabbatini (1990), a influência da base de aplicação dos revestimentos e o seu desempenho é um assunto com investigações experimentais ainda restritas e que carece de pesquisas tecnológicas. Porém, mesmo no atual estágio de conhecimento sobre o assunto, considera-se ainda muito importante analisar a natureza da base para o projeto, planejamento e execução dos revestimentos, devendo-se observar principalmente as seguintes características: Resistência mecânica; movimentações higroscópicas; porosidade, absorção de água capilar e textura superficial. Para Maciel e Sabbatini (2008), existem diferentes características em relação à base de aplicação na qual interferem significativamente nas propriedades do revestimento argamassado e que devem ser levadas em consideração desde a escolha da definição da argamassa (Tabela 13).

49 48 Tabela 13 - Características das bases de aplicação do revestimento. BASES CARACTERÍSTICAS Absorção de água Porosidade Alvenaria (diferentes componentes) Resistência mecânica Estrutura (concreto) Movimentação higroscópicas Rugosidade Homogeneidade Fonte: MACIEL e SABBATINI, Detalhes construtivos e arquitetônicos Os detalhes construtivos são de extrema importância para um projeto e para qualidade dos revestimentos, pois cada detalhe tem uma função que, em conjunto serve para melhorar o desempenho final do acabamento. Segundo a norma BS 5262 (BSI, 1991), os elementos arquitetônicos podem afetar a aparência e a durabilidade do revestimento de fachada, constituindo pontos fracos que muitas vezes dão origem a problemas. Por isso esses elementos devem ser pensados previamente no projeto para poder oferecer a devida proteção ao revestimento e não representar pontos frágeis. Segundo Maciel e Melhado (1999), para se obter o cumprimento adequado das funções de cada um dos detalhes construtivos de forma a não representarem pontos frágeis e contribuir para um melhor desempenho do revestimento, deve-se fazer uma definição e posicionamento destes detalhes de forma criteriosa. Existem diversos tipos de detalhes, sendo destacadas as juntas de trabalho, os requadros dos vãos da janela, as quinas, cantos, pingadeiras e reforço do revestimento com telas, que também vão interferir no desempenho do revestimento ao longo do tempo. As juntas de trabalho têm como função de subdividir o revestimento para diminuir as tensões que são provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento. Elas podem ser verticais ou horizontais e sua localização deve ser no

50 49 encontro das alvenarias com a estrutura, entre dois tipos de revestimentos ou em grandes panos monolíticos. Essa junta (Figura 11) deve ser executada logo após a conclusão do emboço ou da massa única, em uma área delimitada, utilizando-se ferramentas adequadas que permitem o seu adequado posicionamento e alinhamento. Figura 11 - Perfil recomendado para junta de trabalho (MACIEL et al., 1998). As ferramentas usadas são uma régua dupla com afastamento equivalente à largura da junta, que serve de guia para a execução e um frisador, que é o molde do perfil, conforme a Figura 12. As dimensões do frisador e da régua devem ser especificadas no projeto. Figura 12 - Ferramentas para execução da junta de trabalho (MACIEL et al., 1998).

51 Procedimentos de produção e execução Para Ceotto et al. (2005), o planejamento da produção do revestimento deve estar vinculado ao cronograma e ao planejamento geral da obra, considerando estrutura, as alvenarias, instalações já executadas ou em fase de execução e também elementos como dry-wall, texturas e pinturas, cuja execução sucederá o revestimento. Considerados esses aspectos e concluído o projeto de revestimento, constando-se todas as especificações e detalhes construtivos necessários, o planejamento da produção do revestimento em argamassa deve contemplar os seguintes passos: apresentação e capacitação da equipe, processo de escolha e contratação de recursos, treinamento das equipes de fiscalização da obra, cronograma e atribuições de responsabilidades. Segundo Maciel et al. (1998), para que os revestimentos obtenham um maior nível de racionalização das atividades e de execução, que envolve uma série de procedimentos específicos e atividades próprias, devem estar bem definidos as seguintes etapas: a preparação da base; a definição do plano de revestimento; a aplicação da argamassa; o acabamento das camadas; a execução dos detalhes construtivos. Para Maciel e Melhado (1999), a elaboração do projeto para produção do revestimento deve seguir algumas diretrizes para que se obtenha soluções adequadas para cada situação, entre elas estão: as definições relativas à argamassa: especificação do tipo de argamassa e parâmetros de dosagem; definição das atividades e do fluxo de produção. A definição do tipo de argamassa interfere na sua produção e, conseqüentemente, na organização do canteiro de obras.

52 51 definição dos equipamentos de transporte dos materiais e da própria argamassa; definição dos equipamentos e ferramentas para produção da argamassa e a organização do canteiros de obras. definições relativas à execução, que devem contemplar basicamente a definição da seqüência de execução e os equipamentos necessários para a realização das atividades de produção. Quando não existirem procedimentos suficientes ou se não forem abrangentes, o projeto deverá especificar os itens não definidos de forma adequada. A Tabela 14 mostra os subsídios para a elaboração de um projeto para produzir o revestimento junto com as informações que o mesmo deve fornecer. Tabela 14 - Subsídios para elaboração do projeto para produção de revestimento e conteúdo de informações. PROJETO PARA PRODUÇÃO DO REVESTIMENTO ASPECTOS A SEREM DEFINIDOS ARGAMASSA ORGANIZAÇÃO DO CANTEIRO EXECUÇÃO DO REVESTIMENTO CONTROLE Fonte: MACIEL e MELHADO, SUBSÍDIOS cultura de produção da empresa; disponibilidade de espaço no canteiro; análise custo versus benefício; conhecimento das propriedades da argamassa; conhecimento tecnológico quanto a produção da argamassa. tipo de argamassa; disponibilidade de espaço; equipamento de transporte vertical. procedimento de execução, caso existam na empresa; tipo de argamassa; aspectos tecnológicos relativos à produção do revestimento. metodologia de controle da empresa, caso exista; aspectos tecnológicos relativos ao controle. INFORMAÇÕES tipo de argamassa; composição e dosagem; equipamentos e ferramentas de produção e transporte da argamassa pronta; atividades de produção da argamassa e fluxo. organização da central de produção; local para o armazenamento dos materiais. Etapas de execução, caso seja necessário; Equipamento de suporte provisório e ferramentas; Seqüência de execução; Pontos para fixação dos arames de fachadas. itens do controle, caso seja necessário; tolerâncias.

53 52 Para Maciel e Melhado (1999), a seqüência de execução orienta o planejamento da produção, no qual deve ser feito o dimensionamento das equipes de execução, alem de auxiliar na identificação de interferências com outros serviços dentro do canteiro de obras. Para definir a seqüência de execução do revestimento, deve-se primeiramente estabelecer a ordem das etapas de execução ao longo da fachada, respeitando os intervalos mínimos de execução recomendadas entre cada etapa. As recomendações para as idades mínimas do substrato quando utilizadas argamassas feitas em obra, estão apresentadas na Tabela 15. Tabela 15 Recomendações de idades para intervalos entre os serviços de revestimento Idade mínima Base recomendada (dias) Estruturas de concreto e alvenarias armadas estruturais 28 Alvenarias não armadas estruturais e alvenarias sem função estrutural de tijolos, blocos cerâmicos, blocos de concreto e concreto celular Chapisco para aplicação do emboço ou camada única 3 Emboço de argamassa de cal, para inicio dos serviços de reboco Emboço de argamassas mistas ou hidráulicas, para inicio dos serviços de reboco Revestimento de reboco ou camada única, para execução de acabamento decorativo Fonte: NBR 7200/ Controle e elaboração dos serviços Para Melhado (1994), o controle não deve ser entendido como uma avaliação final do produto executado e sim como um conjunto de ações realizadas durante todo o processo de produção. Dessa maneira as não-conformidades passam a serem constatadas ao longo do processo, podendo ser tomadas atitudes corretivas antes do seu término, para proporcionar a obtenção dos resultados pretendidos. Mas, muitas vezes os parâmetros de controle não estão bem definidos e os responsáveis por essa tarefa acabam agindo segundo os conhecimentos tradicionais

54 53 adquiridos na prática, sem uma fundamentação tecnológica. Com isso os erros e vícios são repetidos e os problemas não são resolvidos de forma adequada. Nesse caso cabe ao projeto especificar também os procedimentos necessários para o controle das atividades. Considerando que o projeto do revestimento deve ser elaborado juntamente com os outros projetos, ele deverá ser desenvolvido em duas fases: interface com as demais disciplinas de projeto; e interface com a produção. (MELHADO et al., 1995). Segundo Maciel e Melhado (1997), mesmo não sendo possível a elaboração do projeto do revestimento juntamente com os outros, os princípios definidos para essa situação podem ser adaptados, buscando-se alcançar o máximo grau de racionalização dentro das restrições impostas pelos demais projetos já finalizados. As características relativas ao revestimento devem ser bem definidas previamente para o melhor planejamento e orçamento da obra. A Figura 13 ilustra o processo de elaboração do projeto dos revestimentos de base argamassada, juntamente com os outros projetos, considerando os aspectos principais para a elaboração e tendo como resultados o Projeto Executivo e o Projeto para Produção.

55 54 Figura 13 - O processo de elaboração do projeto dos revestimentos de base argamassada (MACIEL e MELHADO, 1997).

56 Procedimentos para produção do revestimento de argamassa Preparação da base de revestimento Segundo Ceotto et al. (2005), a capacidade de aderência do revestimento está ligada diretamente com a rugosidade e com o nível de absorção do substrato, que possibilita a microancoragem. A limpeza do substrato é importante para possibilite uma correta aderência e absorção dos revestimentos. As alvenarias devem apresentar a sua superfície rugosa, sem contaminação e sem rebarbas de argamassa de assentamento. Se apresentarem sinais de contaminação deverão ser limpas ou preparadas. Essa preparação envolve a remoção de sujeiras (graxas, óleos, desmoldantes, fungos e materiais pulverulentos), o preenchimento de furos provenientes de rasgos, depressões, falhas de concretagem, quebras parciais de blocos e a retirada de irregularidades metálicas (pregos, fios, arames) Aplicação do chapisco Para Pereira (2010), o chapisco serve para melhorar as condições de aderência do substrato e sua textura final é de uma película rugosa, aderente, resistente e continua. O chapisco deve ser aplicado em toda fachada utilizando dosagem 1:3 (cimento e areia) na alvenaria, lançando-se vigorosamente, através da colher de pedreiro, em camadas sucessivas, de maneira a se obter uma textura indicada. Sua cura deve ser de no mínimo 72 horas.

57 Taliscamento As taliscas deverão ser executadas com pedaços de cerâmica de dimensão 5 cm x 5 cm e sua fixação devera ser feita com a mesma argamassa que será aplicada no emboço em toda o pano da fachada. Os espaçamentos entre as taliscas não deverá ultrapassar o comprimento máximo da régua que será utilizada no sarrafeamento. Sua espessura é definida de acordo com o tipo de camada a ser utilizada (CEOTTO et al., 2005) Aplicação da argamassa de revestimento Segundo Ceotto et al. (2005), deve-se observar alguns procedimentos antes da aplicação da argamassa, que são: Obedecer ao tempo de cura do chapisco especificado no projeto; Execução de mestras verticais entre taliscas contíguas; Aplicação da argamassa com energia de impacto estabelecida no projeto, completando com execução do aperto nas chapadas com as costas da colher de pedreiro; Sarrafeamento e desempenamento após o tempo de puxamento, utilizando desempenadeira de madeira ou PVC, compatível com a rugosidade superficial pretendida para o revestimento; Retirada das taliscas com os preenchimentos necessários; Execução dos frisos verticais ou horizontais previstos no projeto com as ferramentas adequadas, anteriormente previstas no projeto

58 PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA Patologia é o ramo da Medicina, de acordo com os dicionários, que estuda as doenças. Verçoza (1991), afirma que as edificações também podem apresentar defeitos comparáveis a doenças, tais como rachaduras, manchas, descolamentos, deformações, rupturas, entre outros. Por isso convencionou-se chamar de Patologia das Edificações ao estudo sistemático desses defeitos. De acordo com Maciel e Sabbatini (2008), as patologias nos revestimentos de argamassa acontecem quando um material ou produto ultrapassa seu limite mínimo de desempenho desejado. Segundo Bauer et al. (2005), as falhas que ocorrem nos revestimentos podem ter as seguintes causas: deficiências de projeto; por desconhecimento das características dos materiais empregados e/ou emprego de materiais inadequados; por erros de execução, seja por deficiência de mão-de-obra, desconhecimento ou não observância de Normas Técnicas; por problemas de manutenção. Segundo Verçoza (1991), entre esses problemas estão: as formações de manchas de umidade (Figura 14) com o aparecimento de bolor e limo que são muito freqüentes nos revestimentos de argamassa e seu aparecimento pode ser de origem da alvenaria ou do próprio material da argamassa.

59 58 Figura 14 Manchamento por umidade (CARASEK, 2007). Os descolamentos de camadas do emboço e reboco (Figura 15), que pode ser ocasionado por infiltração de umidade pela outra face da parede, que produz pressão; por depósito de eflorescências entre o tijolo e o reboco ou pela presença de mica na areia; formação de vazios em grande áreas, em diversos locais devido a argamassa pobre ou rica demais; reboco muito grosso. Figura 15 Descolamento do revestimento de argamassa (CARASEK, 2007)

60 59 A formação de fissuras e trincas na argamassa de revestimento (Figura 16), sendo este o mais importante, pois indica indicio de comprometimento da segurança estrutural e do desempenho da vedação quanto à estanqueidade, durabilidade e isolamento acústico. Figura 16 Fissuras causadas por deformação na estrutura (CARASEK, 2007). Para Ceotto et al. (2005), as fissuras que podem causar patologias são aquelas visíveis a olho nu, a uma distância de um metro ou aquelas que provocam a entrada de umidade para dentro do edifício. Segundo Verçoza (1991), as causas das fissuras são bastante diversificadas e podem ser de origem estrutural ou origem superficial. As fissuras estruturais (Figura 17) geralmente mais preocupantes são ocasionadas por deformação excessiva da estrutura, atuação de sobrecarga além das definidas em projeto, recalques do sistema de fundação, movimentação de lajes, vigas de cobertura e pisos. Já as deformações superficiais em geral, são causadas por: retração hidráulica do cimento que é ocasionada pela perda de água durante a mistura da argamassa, ocasionando uma heterogeneidade na reação do cimento, ou seja, algumas das partículas de cimento podem acabar

61 60 por não reagir pela falta da água que evaporou durante a mistura da argamassa, gerando as fissuras. retração térmica - ocorre devido aos diferentes comportamentos dos materiais que compõem a argamassa (cimento, areia, cal, água e aditivos), frente a diferentes níveis de temperatura (aquecimento e resfriamento), ou seja, um material tende a retrair e dilatar mais que o outro, causando a geração de fissuras no conjunto. DESCOLAMENTO EM BALANÇOS EFEITO ARCO Figura 17 - Movimentação de estruturas causando fissuras nos revestimentos < >acesso em 16/01/2010. O sistema de revestimento está sujeito a diversas espécies de pressão estáticas e dinâmicas que concorrem para a abertura de pequenas fissuras facilitando a circulação de água. A Figura 18 apresenta os elementos atuantes sobre as paredes de edifícios.

62 61 Figura 18 - Solicitações impostas às superfícies das edificações (CINCOTTO et al., 1995). A Tabela 16 apresenta as principais manifestações patológicas de desempenho inadequado de revestimento de argamassa, podendo-se identificar as fases do processo em que se concentram as suas causas determinantes. Não foram consideradas as fissuras causadas pela ação de outros componentes do edifício sobre o revestimento (CINCOTTO et al., 1995).

63 62 Tabela 16 - Manifestações patológicas dos revestimentos de argamassa. Manifestações Eflorescência Bolor Vesículas Descolamento com empolamento Aspectos observados Manchas de umidade. Pó branco acumulado sobre a superfície Manchas esverdeadas ou escuras. Revestimento em desagregação Empolamento da pintura apresentando-se as partes internas das ampolas na cor: branca, preta, vermelho acastanhado Bolhas contendo umidade no interior A superfície do reboco se desloca do emboço, formando bolhas, cujos diâmetros aumentam progressivamente. O reboco apresenta som cavo sob percussão Fonte: CINCOTTO et al., Causas prováveis atuando com ou sem simultaneidade Umidade constante. Sais solúveis presentes no componente da alvenaria. Sais solúveis presentes na água de amassamento ou umidade infiltrada. Cal não carbonatada Umidade constante. Área não exposta ao sol Hidratação retardada do óxido de cálcio da cal. Presença de pirita ou matéria orgânica na areia. Presença de concreções ferruginosas na areia Aplicação prematura de tinta impermeável. Infiltração de umidade Hidratação retardada do óxido de magnésio da cal Fase de origem segundo as decisões tomadas Projeto do edifício. Especificação dos materiais e componentes. Produção da argamassa. Execução em obra Projeto do edifício. Execução em obra Especificações dos materiais. Produção da argamassa. Execução em obra Execução em obra. Uso. Manutenção Especificações dos materiais. Produção da argamassa Segundo Gripp (2008), os revestimentos nem sempre são avaliados criteriosamente, sendo que a maioria dos problemas apresentados tem origem nas fases iniciais (elaboração de projeto ou execução), apresentando depois da sua aplicação problemas patológicos que comprometem aspectos como segurança e habitabilidade, a degradação em curto espaço de tempo podendo comprometer até o uso das edificações. A Tabela 17 pode exemplificar a necessidade de utilização de

64 63 projeto para diminuição de patologias, apesar de abranger de forma global todos os setores da execução de uma obra. Tabela 17 - Origem dos problemas patológicos. Origens do problema Índice (%) Projetos 60,0 Construção 26,4 Equipamentos 2,1 Outros 11,5 Total 100,0 Fonte: GRIPP,

65 64 3. PARTICULARIDADES DO EXEMPLO PRÁTICO 3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA A empresa pela qual foi feito o exemplo prático tem apenas dois anos de atuação no mercado da construção, com sede em Salvador e constituída de uma equipe administrativa com grande experiência na área da construção civil. Contava com um quadro de aproximadamente 30 funcionários. 3.2 CARACTERÍSTICAS DA OBRA O tipo de obra envolve o setor da construção industrial, que é a ampliação de uma fábrica que conta com uma área de 3150 m², situada na cidade de Feira de Santana. As características da obra são: obra industrial; parede de fechamento em alvenaria estrutural com altura de 1,60 m constituído de blocos de concreto e cobogó de concreto; tratamento superficial do substrato com argamassa de chapisco feita em obra e aplicação manual; revestimento executado com argamassa feita em obra e aplicação manual; pagamento da mão-de-obra por quinzena (salário fixo).

66 65 4. ANÁLISE E RESULTADOS A seguir, são mostradas algumas informações complementares sobre o exemplo prático, relacionadas a análise e resultados das respectivas fases. O estudo feito na FASE 1 foi o que apresentou a maior duração, totalizando 36 dias, devido principalmente a quantidade de equipe de campo e uma maior quantidade de parede a ser revestida. Havia apenas uma equipe de trabalho, composta por um servente e um pedreiro no processo de revestimento de argamassa da parede de fechamento. A ferramentas utilizadas de posse do pedreiro: colher de pedreiro, trena, trincha, desempenadeira de madeira. As ferramentas e equipamentos da empresa ou empreiteiro: betoneira, caixas para massa, régua de alumínio, frisador, enxada, pá, gerica, carrinho de mão, equipamentos de segurança, arames de prumo. Pelo fato desta fase ter sido concluída antes da FASE 2, sendo a primeira a ser analisada, foi muito importante para concretizar o plano de coleta dos dados e também para testar os tipos de instrumentos de coleta de dados a serem utilizados. A partir daí notou-se a necessidade de utilizar outra ferramenta que não estava no plano inicial, que foi o levantamento de manifestação patológica. Uma dificuldade encontrada durante esta fase foi a freqüência com que o pesquisador, que ao mesmo tempo era estagiário da empresa acompanhava os processos para produção do revestimento. Isto foi devido à disponibilidade de horários e às outras obras que ele tinha que acompanhar da mesma empresa. Com isso, muitas informações eram fornecidas pelo mestre-de-obra, que sempre quando o estagiário não estava o mestre que se encarregava de registrar tudo em documentação fotográfica, que era uma exigência da empresa. As informações também eram fornecidas pelos serventes e pedreiros envolvidos no processo. As principais características da FASE 1 e a descrição do processo de execução de revestimento de argamassa estão apresentadas abaixo:

67 66 O processo para o revestimento iniciou-se logo após o levantamento da alvenaria e sua cura, sendo que esta parede era composta de blocos de concreto e cobogós de concreto, com função de fechar a lateral da fábrica. A quantidade de parede a ser revestida era de 227,5 m com altura de 1,60 m e espera da cura da parede de fechamento lateral da fábrica Logo após tempo de espera determinado para cura da alvenaria da parede, iniciouse os serviços, que era a aplicação do chapisco convencional e aplicação manual (Figura 19) utilizando dosagem volumétrica 1:3,0 (cimento Portland CPIII-RS e areia), através de carrinhos de mão e com a participação de apenas um servente neste processo de dosagem, enquanto a aplicação era feita pelo pedreiro. As vezes o pedreiro deixava o servente aplicar enquanto saía para ir ao banheiro. Figura 19 Aplicação de chapisco na parede lateral da fábrica. O que se observou neste procedimento de chapisco foi a utilização de dosagem volumétrica e o adicionamento de água de maneira empírica dentro do carrinho-demão logo após o endurecimento da pasta, que é uma prática não recomendada por ser propício a ocorrência de erros, que conseqüentemente interferem nas suas reais

68 67 funções que é de preparar a base dando mais aderência ao revestimento que será aplicado. As taliscas eram aplicadas um dia após a aplicação do chapisco e eram compostas de pedaços de cerâmica com dimensões de aproximadamente 5 cm x 14 cm (Figura 20). O espaçamento entre as taliscas eram baseadas de acordo com o tamanho do sarrafo, com espessura de 2,5 cm cada, determinado pelo mestre. Seu nivelamento era feito com apoio de prumo manual. Figura 20 Taliscas de cerâmica aplicadas na parede lateral da fábrica A argamassa utilizada para colocação das taliscas tinha o mesmo traço da argamassa que seria utilizado para a massa única, isso se não houvesse sobras de outras argamassas utilizadas em outras obras dentro da fábrica. Esta pratica de aplicar traços diferentes da argamassa nas taliscas e no acabamento final não é recomendada, de acordo com alguns autores, pode ocorrer descolamento do revestimento na região das taliscas.

69 68 A aplicação das mestras na parede (Figura 21) ocorreu um dia após a colocação das taliscas. Seu posicionamento era vertical, de acordo com as taliscas, utilizando o sarrafo de alumínio para regularizar a sua superfície. Notou-se que não houve uma espera determinada para a cura do chapisco que é de 72 horas, aplicando-se as mestras com apenas dois dias após o chapisco, o que não é recomendado pela norma e por alguns autores. Figura 21 Aplicação de mestras na parede lateral da fábrica O sarrafeamento da massa única (Figura 22) foi feito obedecendo ao tempo de puxamento da argamassa aplicada sobre a parede, utilizando o sarrafo de alumínio entre os espaçamentos verticais das mestras.

70 69 Figura 22 Sarrafeamento da massa única aplicada sobre a parede da fábrica A massa única foi aplicada no mesmo dia em que foram colocadas as mestras, não obedecendo ao tempo de cura do chapisco e o seu desempenamento (Figura 23) foi feito com uma desempenadeira de madeira, após sarrafeamento, obedecendo ao tempo de puxamento da argamassa. Figura 23 Desempenamento da massa única da parede lateral da fábrica.

71 70 Logo após eram preenchidas os locais das retiradas das taliscas. Utilizou-se dosagem volumétrica 1:3,0 (cimento e areia), sendo que, o mais recomendado é a dosagem em massa que possibilita uma menor ocorrência de erros. Pois para a dosagem não havia um controle sobre os trabalhadores, que enchiam o carrinho de acordo com seu senso e experiência. O transporte da argamassa utilizada no revestimento era transportado da betoneira até o local de aplicação através de gericas. A distância percorrida era de aproximadamente 150 m, que muitas vezes ocorria segregação da argamassa e perda de água pelas fendas da gerica, que não estava em bom conservamento. Muitas vezes a obra era interrompida pelos Técnicos de segurança da fábrica, pelo fato dos trabalhadores não está utilizando os equipamentos de proteção individual ou por causa da permissão de trabalho em situação de risco está vencida, parando a obra para fazer a renovação, que envolvia as assinaturas dos operários envolvidos no serviço, os técnicos de segurança, o estagiário ou mestre-de-obra e o representante da parte de obras da fábrica. Para a correção das segregações e dos tempos parados devido ao técnico de segurança, o pedreiro e o servente, de maneira empírica adicionavam água na argamassa e misturava observando a sua trabalhabilidade, que é uma prática proibida, pois modifica as propriedades da argamassa de aderência, resistência e durabilidade. Conseqüentemente muda também as reais funções do revestimento que é a estanqueidade e proteção, possibilitando também o aparecimento de patologias como fissuras e descolamento de camadas Para produção do revestimento na FASE 1 não tinha um projeto específico e nenhum procedimento de verificação da qualidade de execução do revestimento, permitindo que o serviço fosse realizado sem alcançar o desempenho desejado, não havendo cobrança efetiva sobre o mestre-de-obra e sua equipe de produção. Logo após o acabamento em pintura do revestimento da FASE 1 foram observados pelo pesquisador e documentados através de fotografias a qualidade do acabamento final do revestimento. Notou-se que todas as paredes situadas entre os vãos dos pilares, principalmente no meio dos vãos apresentaram fissuras (Figura 24 e 25) nas intermediações da junta do piso da fábrica.

72 71 Figura 24 Fissuras ocorridas no revestimento na FASE 1 após sua conclusão. As manifestações foram verificadas em quase todos os vãos, sem auxilio de qualquer equipamento ou técnica que facilitasse a visualização com distâncias aproximadas das paredes de 3,00 m em todas. Figura 25 Fissuras observadas na FASE 1 no meio dos vãos das paredes.

73 72 O estudo feito na FASE 2 ocorreu durante o período de 06/05/2010 a 15/06/2010. Contou apenas com uma equipe de 2 pedreiros e 2 serventes. As ferramentas e os equipamentos eram as mesmas da fase anterior. Suas principais características e a descrição do processo de execução de revestimento de argamassa serão apresentados abaixo: Logo após o termino da FASE 1 e a identificação dos problemas patológicos, que foram as fissuras, o engenheiro da obra decidiu fazer um pequeno projeto especifico que continham os procedimento para produção e execução do revestimento argamassado (ANEXO). Esta fase iniciou-se a partir da paginação da alvenaria da parede contida no projeto de revestimento (Figura 29 - ANEXO). O engenheiro observou que as fissuras ocorridas na fase anterior após a pintura localizam-se sempre no meio dos vãos entre os pilares e na direção da junta de movimentação do piso da fábrica, que é uma zona de transição onde trafegava muitas empilhadeiras e local de muita vibração por causa das maquinas industriais. Foram levantadas paredes independentes entre a região da junta do piso e os pilares, com a concretagem de pilaretes nos vazios do blocos constituídos de barras de ferro de diâmetro 8 mm nas extremidades dessas paredes (Figura 26). Figura 26 Colocação das barras de aço para confecção dos pilaretes.

74 73 Após o levante da alvenaria e a espera de sua cura, foram iniciados os procedimentos para produção do revestimento, fazendo as verificações do itens préexecutivo e a limpeza do substrato conforme o projeto específico. Nesta fase contou com um total de 162,5 m de parede para revestir, com altura de 1,60 m. Os serviços de chapisco, taliscamento e aplicação da massa única foram feitas de acordo com os procedimentos contidos no projeto. A distância de transporte da argamassa era aproximadamente 150 m, onde ocasionava o derramamento desta argamassa, sua segregação e. para tentar corrigir estes problemas o que sempre era observado era o adicionamento de água na argamassa para amolecer a massa, que é uma pratica não recomendada pelas normas e referências, pois esta ação altera o traço da argamassa e suas propriedades, modificando as reais funções do revestimento. A dosagem da argamassa nesta fase foi modificada em relação a fase anterior. Foi adotada um traço volumétrico de 1:3,5 (cimento e areia), isso foi feito com o intuito de deixar a argamassa mais pobre e menos sucessível a retração na secagem e conseqüentemente diminuir o aparecimento de fissuras no revestimento. Mesmo assim continuava dosando de maneira volumétrica, que é sucessível a erros devido a falta de controle e também a má conservação e utilização dos equipamentos O acabamento final do revestimento foi dividido entre a equipe, onde 1 pedreiro e 1 servente ficava encarregado de fazer o arestamento dos cobogós, enquanto os outros dois faziam o desempenamento do pano maior do revestimento. Logo depois do desempenamento do revestimento, foi aplicado as juntas de movimentação no revestimento (Figura 27) especificado no projeto (Figura 30 ANEXO). Estas juntas eram aplicadas verticalmente na direção da junta do piso da fábrica e no encontro da alvenaria e os pilares Estas juntas não eram aplicadas com o material especificado no projeto. Eram aplicadas com uma colher de pedreiro e um sarrafo de alumínio. Isto ocorreu devido ao mau estado de conservação do frisador e da régua.

75 74 Figura 27 Juntas de movimentação do revestimento da parede lateral da fábrica Depois de esperado o tempo de cura do revestimento e da aplicação da pintura foram feitas as observações direta e registros fotográficos através do pesquisador, onde foi observado uma redução considerável das fissuras na mesma região onde eram visivelmente aparente na FASE 1.(Figura 28). Figura 28 Minimizações patológicas observadas no revestimento na FASE 2.

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