CONSTRUÇÃO CIVIL II ENG 2333 (2016/1)
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- Silvana Castro Machado
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1 ENG 2333 (2016/1) Aula 05 Revestimentos Argamassados de Paredes
2 ARGAMASSA NBR 13281: Mistura homogênea de agregados miúdos, aglomerantes inorgânicos e água, contendo ou não aditivos químicos, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria.
3 ARGAMASSA DE REVESTIMENTO Utilizada para revestir paredes, muros e tetos, os quais, geralmente, recebem acabamentos como pintura, revestimentos cerâmicos, laminados, etc. Camadas: Chapisco Emboço Reboco Camada única Revestimento monocamada decorativo
4 ARGAMASSA DE REVESTIMENTO Propriedades: Plasticidade: Deformar-se e manter a forma depois de seca; Fluidez: Envolver a base; Retenção de água: Manter a trabalhabilidade por um intervalo de tempo.
5 REVESTIMENTO ARGAMASSADO Funções: Regularizar as superfícies de paredes (e também de tetos, muros e fachadas), resguardando-as das intempéries e do desgaste de maneira geral. Auxiliar na função termo-acústica das vedações. Qualidades essenciais: Resistência ao choque e a esforços de abrasão; Durabilidade Impermeabilidade, quando necessária.
6 REVESTIMENTO ARGAMASSADO Funções: Regularizar as argamassado superfícies dissimular de paredes (e também de tetos, muros imperfeições e fachadas), grosseiras resguardando-as base. das intempéries e do desgaste de maneira geral. Auxiliar na função termo-acústica das vedações. Na prática, isto ocorre com freqüência, devido à falta de Qualidades essenciais: cuidado na execução da estrutura e da alvenaria, que ficam desaprumadas e desalinhadas. Com isso, é necessário Resistência ao choque e a esforços de abrasão; esconder na massa as imperfeições, o que compromete o Durabilidade Não é função do revestimento cumprimento adequado das reais funções do revestimento. Impermeabilidade, quando necessária.
7 O PROBLEMA EM GOIÁS Figura 1 - Distribuição das manifestações patológicas nas edificações de Goiás (BRANDÃO, 2007).
8 LIMITES NORMATIZADOS Espessuras admissíveis Fonte: ABNT NBR Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas Especificação (2013).
9 LIMITES NORMATIZADOS Resistência de aderência Fonte: ABNT NBR Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas Especificação (2013).
10 REVESTIMENTO DE PAREDES
11 REVESTIMENTO DE PAREDES Chapisco: Camada fina de preparo da base (e = 5mm) Argamassa forte de cimento e areia grossa lavada (geralmente, traço 1:3) Aplicada de forma contínua ou descontínua, Finalidades: Uniformizar a superfície quanto à absorção; Melhorar a aderência do revestimento posterior.
12 REVESTIMENTO DE PAREDES Chapisco: Desempenado Tradicional Rolado
13 REVESTIMENTO DE PAREDES Emboço: Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base, propiciando uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo (por exemplo, cerâmica). Espessura de 1 a 2 cm, de acabamento áspero; Aplicado somente após o endurecimento total do chapisco e com as tubulações de instalações elétricas e hidráulicas, de esgoto, gás, etc., já embutidas nas paredes;
14 REVESTIMENTO DE PAREDES Emboço: Camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a base, propiciando - Trabalhabilidade; uma superfície que permita receber outra camada, de reboco ou - Baixa retração de revestimento decorativo (por na exemplo, secagem; cerâmica). - Resistência Espessura de 1 a 2 cm, de acabamento mecânica; áspero; - Elasticidade Aplicado somente após o endurecimento total do chapisco e com as tubulações de adequada; instalações elétricas e hidráulicas, de esgoto, - Aderência gás, etc., já embutidas nas paredes; suficiente à base.
15 REVESTIMENTO DE PAREDES Emboço: Técnica de aplicação: Taliscamento; Execução das mestras, faixas-guias de argamassa que definem um plano; Espalhamento da argamassa com colher; Regularização com régua (sarrafo) e, em alguns casos, com desempenadeira, seguindo o alinhamento das mestras;
16 REVESTIMENTO DE PAREDES Emboço: 1. Taliscamento
17 REVESTIMENTO DE PAREDES Emboço: 2. Mestras
18 REVESTIMENTO DE PAREDES Emboço: 3.Sarrafeamento / Desempenamento
19 REVESTIMENTO DE PAREDES Emboço:
20 REVESTIMENTO DE PAREDES Reboco: Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo (por exemplo, pintura) ou que se constitua no acabamento final; Utiliza areia fina (DMC máximo 0,6 mm); É aplicado após o endurecimento do emboço (mínimo de 7 dias), com menor espessura (0,5 cm) e acabamento mais liso; Deve ser executado depois de peitoris e guarnições de portas e janelas, mas antes da instalação de rodapés e alisares.
21 REVESTIMENTO DE PAREDES Reboco: Camada de revestimento utilizada para cobrimento do emboço, propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo (por exemplo, pintura) ou que se constitua no acabamento final; Utiliza areia fina (DMC máximo 0,6 mm); É aplicado após o endurecimento do emboço (mínimo de 7 dias), com menor espessura (0,5 cm) e acabamento mais liso; OBS.: Pode ter acabamento camurçado (em que se utiliza, Deve ser executado depois além de da peitoris desempenadeira, e guarnições feltro de portas e janelas, mas antes ou espuma, da instalação alisando mais de rodapés e alisares. finamente o revestimento).
22 REVESTIMENTO DE PAREDES Camada única / Reboco paulista: Aplicado em uma só camada sobre a alvenaria (com ou sem chapisco, conforme a rugosidade da base).
23 REVESTIMENTO DE PAREDES Camada única / Reboco paulista: Em geral, é a tecnologia mais usada no Brasil hoje, principalmente pela economia de tempo. No entanto, nas paredes que serão revestidas com cerâmica, o acabamento do revestimento argamassado não precisa ser fino, já que ele será coberto. Por isso, nestes casos, utiliza-se o emboço, feito com argamassa mais barata do que o reboco paulista.
24 REVESTIMENTO DE PAREDES Acabamentos:
25 ACABAMENTOS Grosso (sarrafeado): Para revestimentos em que a espessura global seja maior que 5 cm (com cerâmica, por exemplo) Superfície regular e compacta (não muito lisa) Fino (desempenado): Base para massa corrida acrílica e posterior pintura Textura final homogênea, lisa e compacta Desempeno com madeira, seguido de desempeno com aço. Extra-fino (feltrado ou acamurçado): Base para pintura aplicada diretamente sobre a argamassa Textura final homogênea, lisa e sem imperfeições visíveis Desempeno com madeira, seguido de desempeno com feltro ou espuma (densidade de 26 ou 28).
26 REBOCO PAULISTA PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO
27 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Condições para início: A alvenaria deve estar concluída e fixada (encunhada) há pelo menos 15 dias; Os peitoris, marcos e contra-marcos precisam estar chumbados; Todas as instalações embutidas na alvenaria devem estar passadas; As instalações hidráulicas embutidas na alvenaria devem estar preferencialmente testadas.
28 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Preparação da base: Remover sujeiras ou incrustações, como óleos, desmoldantes, pregos, arames, etc. Preencher os vazios provenientes de rasgos, quebra parcial de blocos (por acidente), depressões localizadas (de pequenas dimensões) e outros defeitos com argamassa de mesmo traço da que será utilizada no revestimento. Em caso de rasgos maiores para embutimento de instalações, é preciso colocar tela de aço zincada fio 1,65 mm malha 15 mm x 15 mm ou similar.
29 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Chapisco: Antes do início: Molhar a superfície da parede com broxa, para que não ocorra absorção excessiva de água da argamassa; Chapiscar a superfície com a argamassa fluida de cimento e areia, no traço 1:3, com ou sem aditivo adesivo (que é adicionado à água de amassamento, na proporção indicada pelo fabricante). Tempo mínimo para a cura do chapisco: Em geral, três dias (deve-se aguardar antes de iniciar a segunda camada do revestimento).
30 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Chapisco: A argamassa tem de ser projetada energicamente, de baixo para cima, contra o substrato. O revestimento em chapisco deve ser feito tanto nas superfícies verticais da estrutura do concreto como nas de alvenaria. A espessura máxima do chapisco é de 0,5 cm. Como alternativa ao chapisco tradicional, pode ser aplicado chapisco rolado ou projetado (com argamassa específica) ou com desempenadeira dentada (chapisco industrializado).
31 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Preparo da argamassa Reboco paulista: Molhar o masseiro onde será virada a argamassa; Adicionar cerca de 8 litros de água limpa para cada saco de 40 kg de massa industrializada (ou outra proporção, atendendo às recomendações do fabricante); Misturar bem até conseguir uma argamassa homogênea e pastosa; Deixar a argamassa em repouso por 10 min ou por tempo definido pelo fabricante; Remisturar a argamassa sem adicionar água.
32 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Preparo da argamassa Reboco paulista: Argamassa com boa trabalhabilidade é aquela que se mantém coesa ao ser transportada, mas não adere à colher de pedreiro ao ser projetada! A espessura do revestimento deve ser entre 1,5 cm e 2,5 cm. Acima de 2,5 cm, a aplicação tem de ser feita em duas camadas.
33 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Inicialmente, é preciso identificar os pontos de maior e menor espessura utilizando esquadro e prumo. Depois, assentar, com a mesma argamassa a ser utilizada no revestimento, as taliscas de cerâmica, de preferência nos pontos de menor espessura. Transferir o plano definido por essas taliscas para o restante do ambiente, assentando então as demais.
34 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Taliscamento:
35 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Executar as mestras entre as taliscas verticais e aplicar a argamassa de revestimento em chapadas, espalhando-a até a espessura necessária e comprimindo-a fortemente com a colher de pedreiro.
36 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Executar as mestras entre as taliscas verticais e aplicar a argamassa de revestimento em chapadas, espalhando-a até a espessura necessária e comprimindo-a fortemente com a colher de pedreiro. A aplicação da argamassa sobre a superfície deve ser feita por projeção enérgica do material sobre a base, de forma manual ou mecânica (argamassa projetada).
37 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Após ser aplicada a argamassa, segue a atividade do sarrafeamento, que consiste no aplainamento da superfície revestida, utilizando uma régua de alumínio apoiada nos referenciais de espessura (mestras), descrevendo um movimento de vaivém de baixo para cima. Concluída essa etapa, as taliscas devem ser retiradas e os espaços deixados por elas, preenchidos com a argamassa de revestimento. Depois de um intervalo de tempo adequado, é dado o acabamento ao revestimento.
38 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO
39 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Acabamento: Desempeno: Movimentação circular de uma desempenadeira sobre a superfície do revestimento, imprimindo-se certa pressão. Essa operação pode exigir a aspersão de água sobre a superfície. Camurçamento: Fricção da superfície do revestimento com um pedaço de esponja ou uma desempenadeira com espuma, através de movimentos circulares. Proporciona textura mais lisa e regular para as superfícies.
40 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO As juntas de dilatação têm de ser executadas logo após o desempeno da superfície. Deve-se fazer a marcação das juntas com auxílio de nível de mangueira e, em seguida, realizar o risco do revestimento com um frisador.
41 REBOCO PAULISTA - PROCEDIMENTO Reforços com tela de aço zincada devem ser colocados nos encontros da alvenaria com a estrutura (excluindo-se os casos de alvenaria estrutural). A tela é chumbada no substrato (alvenaria e estrutura) com pinos ou grampos. É recomendável o uso sob a tela, de fita de polietileno com largura de 7,5 cm recobrindo o encontro da alvenaria com a estrutura. Utilizar tela metálica na parede toda onde o revestimento tiver espessura superior a 3 cm.
42 REBOCO PROJETADO A projeção mecanizada de argamassas permite a execução de chapisco e a aplicação do emboço ou do reboco paulista. Mais agilidade na produção dos revestimentos verticais; Redução de mão-de-obra e de desperdícios; Maior uniformidade de características do produto final.
43 REBOCO PROJETADO A projeção mecanizada de argamassas permite a execução OBS.: A otimização de chapisco do e processo só é a aplicação conseguida do se houver emboço ou do racionalização reboco paulista. dos outros subsistemas do Mais agilidade na edifício, principalmente produção alvenarias dos e estruturas revestimentos verticais; de concreto. Redução de mão-de-obra e de Ex.: desperdícios; Projeção mecanizada feita em Maior uma uniformidade alvenaria sem de características prumo?? do produto final.
44 REBOCO PROJETADO Dois tipos de bomba: Helicoidal (rosca sem fim que expele a argamassa) Pistão (mecanismo pneumático)
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