N.º de julho de 2011

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1 LEIA NO PANORAMA GERAL Um novo olhar sobre o meio rural N.º de julho de 2011 LEIA NESTA EDIÇÃO Clima: Frio compromete qualidade das pastagens Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo, Porto Alegre RS Fone: (051) Fax: (051) Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações, Analise e Planejamento NIP Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte PANORAMA GERAL Um novo olhar sobre o meio rural Entre as primeiras medidas adotadas pelo governador Tarso Genro assim que assumiu o mandato, em janeiro de 2011, esteve a criação de uma nova pasta: a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, gerida pelo secretário Ivar Pavan. A estrutura foi montada para atender às necessidades dos pequenos produtores gaúchos, com uma visão inédita sobre o setor: a atuação do Governo passou a ir além da adoção de medidas para aumentar a produção e a produtividade das lavouras e das criações, e passou a lançar um olhar especial sobre a qualidade de vida dos moradores da zona rural. O campo começou finalmente a ser visto como um modo de vida, e não apenas um espaço para negócios. Nesta quinta-feira (07/07), durante seminário sobre as políticas para a agricultura familiar e o desenvolvimento rural sustentável, promovido pela Cresol no escritório da ater/rs-ascar em Porto Alegre, o secretário Ivar Pavan apresentou esta nova visão e os projetos montados para concretizá-la. Entre os eixos que dão foco ao trabalho da SDR e instituições vinculadas - Ceasa e ater/rs-ascar -, estão a qualificação das economias de base familiar e cooperativas, e a conjugação do desenvolvimento econômico com a sustentabilidade ambiental. Faz parte ainda a elevação da auto-estima e da renda dos produtores: ao invés de medir apenas a produção e a produtividade, o Governo trabalha agora pelo aumento real da renda das famílias. É uma nova percepção que precisa ser construída e consolidada junto a todos os envolvidos. A diretoria da ater/rs e o secretário Pavan visitarão nas próximas semanas os dez escritórios regionais da ater/rs-ascar no Estado, para debater este projeto com os colegas que implementam as políticas públicas junto aos moradores da zona rural. A primeira destas reuniões será realizada nesta sexta-feira (08/07), em Lajeado. Nosso desafio é consolidar esta percepção sobre o papel fundamental da agricultura no desenvolvimento do Estado, e reunir todos os atores sociais do campo em defesa do setor e de um projeto de desenvolvimento baseado não apenas na produção, mas principalmente na qualidade de vida. Gervásio Paulus Diretor Técnico da ater/rs

2 CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS A primeira semana de julho foi marcada por temperaturas muito baixas. Desde o dia 04, a presença de uma massa de ar polar, estacionada sobre o Estado, tem provocado temperaturas abaixo ou muito próximas de 0 C em vários municípios, fato que provocou a formação de fortes geadas, inclusive na Região Metropolitana, o que é pouco comum mesmo nos meses de inverno. As consequências mais severas se fazem sentir com mais intensidade nas pastagens nativas, que se encontram totalmente crestadas e sem condições de fornecer uma dieta alimentar adequada aos animais, que também sofrem com o desconforto térmico. Frutas e hortaliças mais sensíveis ao frio também tiveram sua produção comprometida nos últimos dias, diminuindo sua oferta nos mercados locais. Porém, antes do frio, a chuva ainda se fez presente em algumas áreas. Os maiores volumes foram registrados no Norte do Estado, variando entre 35mm e 50mm. Nas demais regiões, as precipitações foram insignificantes ou mesmo inexistentes. Para as culturas de inverno, a umidade do solo durante o período ainda é considerada suficiente para o desenvolvimento das lavouras. Segundo a meteorologia, as chuvas deverão retornar ao Estado de maneira mais ampla a partir do dia 12, com volumes acumulados ao redor dos 30mm. O frio também deverá dar uma trégua, com as mínimas retornando a níveis mais elevados. Nos quadros a seguir, a precipitação acumulada até as 09h do dia 07 e sua comparação com a média esperada para o total do mês em curso. Município mm Méd.Hist Desvio(%) Dias Chuv Iraí 53,1 127,0-58,2 6 SLGonzaga 0,9 163,0-99,4 2 Cruz Alta 6,8 148,0-95,4 3 P Fundo 35,7 151,0-76,4 3 L Vermelha 28,7 128,0-77,6 3 Cx do Sul 10,5 154,0-93,2 3 S Maria 3,8 145,0-97,4 3 P Alegre 8,4 122,0-93,1 3 Uruguaiana 0,0 70,0-100,0 0 Livramento 0,0 112,0-100,0 0 Bagé 0,0 141,0-100,0 0 Pelotas 0,9 141,0-99,4 2 S V Palmar 0,0 107,0-100,0 0 Fonte: 8º DISME/INMET Precipitação Acumulada (mm): julho/10 Elaboração: ater/rs-ascar (GPL/NIP) Precipitação - Distribuição semanal (mm): julho/10 Município 1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª seman Iraí 53,1 0,0 0,0 0 SLGonzaga 0,9 0,0 0,0 0 Cruz Alta 6,8 0,0 0,0 0 P Fundo 35,7 0,0 0,0 0 L Vermelha 28,7 0,0 0,0 0 Cx do Sul 10,5 0,0 0,0 0 S Maria 3,8 0,0 0,0 0 P Alegre 8,4 0,0 0,0 0 Uruguaiana 0,0 0,0 0,0 0 Livramento 0,0 0,0 0,0 0 Bagé 0,0 0,0 0,0 0 Pelotas 0,9 0,0 0,0 0 S V Palmar 0,0 0,0 0,0 0 Fonte: 8º DISME/INMET GRÃOS Trigo O plantio segue em ritmo considerado normal pelos técnicos. A umidade presente no solo tem possibilitado a implantação das lavouras sem maiores dificuldades, além de permitir uma germinação adequada às sementes. Nesta semana, o percentual de área plantada chega a 90% do total previsto, com 85% já germinado. As condições de frio intenso têm proporcionado às lavouras uma situação de praticamente ausência de pragas e moléstias, conferindo-lhes um bom stand inicial, além de favorecer um bom enraizamento e perfilhamento. Nas lavouras mais adiantadas, continua a prática de adubação nitrogenada em cobertura. Fases da cultura no RS Trigo Safra Atual Safra Anterior Média* 07/07 22/06 07/07 07/07 Plantio 90% 75% 87% 89% Germinação/Des. Veget 85% 72% 83% 84% Fonte: EMATER/RS-ASCAR *média Na comercialização do produto, a saca de 60 kg teve ligeiro aumento de 0,53% no seu preço médio, passando para R$ 24,65 pagos ao produtor. 2

3 OUTRAS CULTURAS T r i g o - P r e ço M éd i o P a g o a o P r o d u t o r - R $ / s a c a 6 0 k g 2 7, , , , , , , , 0 0 R $ 2 0, , 0 0 Cana-de-açúcar - fase de colheita e sendo parte transformada em melado. O produtor está vendendo o melado a R$ 1,60 /kg e o açúcar mascavo a R$ 2,50/kg na região Metropolitana e no Litoral Norte. 10, 0 0 Na Semana M ês Ano M édi a semana passada anter i or anter i or ger al M édi a j ul ho HORTIGRANJEIROS % O b s : S e ma n a A t u a l, S e ma n a A n t e r i o r e M ês A n t e r i o r : V a l o r N o mi n a l P r e ço M éd i o T r i g o e m 0 7 d e j u l h o = R $ 2 4, 6 5 ( 6 0 k g ) , 5 3 Semana anter ior 1, 2 3 V a r i a ção p e r c e n t u a l e m r e l a ção à... 5, , , 8 4 Mês anter ior Ano anter ior Média ger al Média julho A oferta de algumas hortaliças está bastante reduzida nas feiras e mercados, em razão da pouca insolação e, especialmente, das baixas temperaturas da estação que estão ocorrendo, o que está retardando o seu desenvolvimento e prejudicando o aprontamento final para a sua colocação em mercado, além das perdas que ocorrem, principalmente, nas olerícolas cultivadas a céu aberto. decorrência desta situação, os preços tendem a subir pela diminuição de volumes ofertados, mesmo que a qualidade de alguns produtos não seja a melhor. Olerícolas Canola - A cultura encontra-se na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo na Metade Norte do Estado, com bom aspecto fitossanitário, necessitando da complementação da fertilização com nitrogênio em cobertura. O excesso de umidade, acompanhado de dias nublados, retardou o desenvolvimento das plantas. As varietais mais cultivadas são a Iola 61, na maior área, a Iola 76 e Iola 433. Preços de referência estão entre R$ 43,00 e R$ 46,00/sc de 60 kg. Cevada - Aproximadamente 24 mil hectares já foram implantados na região do Planalto Médio, representando 95% dos 25 mil hectares que serão destinados à cultura. As lavouras formadas apresentam bom stand de plantas e estão livres da presença de doenças, necessitando da complementação da adubação nitrogenada com urgência em algumas áreas, pois as plantas apresentam sintomas de amarelecimento. Preços de referência - R$ 28,60/sc. Alho - Mesmo sob condições adversas do solo, os produtores da Serra prosseguiram o plantio da cultura nos poucos dias em que não ocorreram precipitações. A situação começa a preocupar, pois, na maior parte do período, as chovas e a alta umidade está impossibilitando a confecção dos canteiros. O plantio, sob essas condições, torna-se mais oneroso, em razão do menor desempenho das equipes, além de forçar produtores a trocar de herbicidas de pré para pós-emergente. Cebola - Nos raros dias em que o clima possibilitou, os cebolicultores intensificaram o transplante das variedades precoces. A variedade Crioula, a principal da região Serrana, vem se desenvolvendo de forma lenta, devido aos constantes frios e à alta umidade do solo, além da ausência de insolação. Situação essa que vem exigindo maiores cuidados dos cebolicultores quanto à incidência de fitomoléstias, requerendo tratamentos frequentes. Frutícolas Banana - Cultura se encontra com bom desenvolvimento na região do Litoral Norte. Cerca de 80 % da área é de banana da cultivar Prata, sendo o restante da cultivar Caturra. Os preços no mercado local se situam em: 3

4 Banana variedade Prata: R$ 20,00/cx de 20 kg de primeira qualidade e de R$ 10,00/cx para a banana de segunda. Banana variedade Caturra: R$ 8,00/cx de 20 kg de primeira qualidade e de R$ 4,00/cx para a banana de segunda. Na região, neste período, diminuiu a disponibilidade de produto pronto para o corte. Morango - Prossegue firme o plantio da cultura nas áreas de maior altitude da região da Serra, com bom pegamento das mudas. Práticas como disposição do sistema de fertirrigação e armação do túnel plástico estão com intensa aplicação. Nos locais de clima mais quente, as mudas já estão iniciando a emissão das inflorescências e formação do fruto. Alguns pomares implantados com mudas formadas pelos próprios moranguicultores principiam a colheita, com frutas de ótima qualidade e com valores das cotações chegando a R$ 12,00/kg. Comercialização de Hortigranjeiros Na Ceasa/RS de Porto Alegre, dos 35 principais produtos analisados em relação a preços pela Gerência Técnica, no período entre os dias 28/06/11 a 05/07/11, dezesseis se mantiveram estáveis, dezesseis tiveram alta e três tiveram queda. PRODUTOS EM ALTA 28/06/11 05/07/11 % de Aumento (R$) (R$) Banana Caturra 0,75/kg 0,83/kg 10,67 Laranja suco 0,60/kg 0,67/kg 11,67 Bergamota comum 0,44/kg 0,67/kg 52,27 Limão Tahiti 0,67/kg 0,83/kg 23,88 Caqui chocolate 1,11/kg 1,22/kg 9,91 Alface 0,33/pé 0,42/pé 27,27 Brócolis híbrido 1,25/und 2,08/und 66,40 Couve-flor 1,25/cab 1,67/cab 33,60 Espinafre 0,83/mol 1,00/mol 20,48 Repolho verde 0,39/kg 0,44/kg 12,82 Moranga Cabotiá 0,65/kg 0,75/kg 15,38 Pimentão verde 1,80/kg 2,00/kg 11,11 Vagem 3,00/kg 3,33/kg 11,00 Batata-doce 0,83/kg 1,00/kg 20,48 Beterraba 1,40/kg 1,50/kg 7,14 cenoura 1,11/kg 1,28/kg 15,32 PRODUTOS EM BAIXA 28/06/11 05/07/11 % de Queda (R$) (R$) Tomate caqui Lvida 2,00/kg 1,75/kg 12,50 Alho importado 1,30/kg 1,20/kg 4,76 Batata rosa esp. 1,30/kg 1,20/kg 7,69 Grande produtor de folhosas na região metropolitana, os produtores de Gravataí tem recebido os seguintes preços pelos produtos na propriedade: Produto R$/dz Tempero verde 3,00 Couve 6,00 Alface crespa 4,00 Alface americana 6,00 Brócolis comum 12,00 Mostarda 8,00 Radiche 5,00 Rúcula 5,00 Os preços de tempero verde, couve, radiche e rúcula são considerados como razoáveis. Os preços do brócolis e da mostarda são considerados bons. O valor da alface é considerado baixo. O frio e as chuvas ocorridos na última semana, causaram danos na horticultura, na ordem de 60% na região do Planalto Médio e 30% na região do Alto Uruguai. As perdas maiores foram nas folhosas cultivadas a céu aberto, com perdas de quase toda a produção, restando as cultivadas em ambiente protegido. Os preços praticados na feira do produtor de Passo Fundo são: Produto em R$ Alfaces lisa, crespa e americana 0,75/pé Brócolis 1,50/mol Chicória 0,75/pé Couve-flor 1,50/cab Couve-folha 1,25/mol Tempero verde 0,75/mol Cenoura 1,00/mol Beterraba 2,00/mol Repolho roxo 1,50/cab Repolho verde 1,00/czb Aipim 2,00/kg 4

5 CRIAÇÕES Forrageiras Na maioria dos municípios do Estado do Rio Grande do Sul, ou não houve ocorrência de chuvas, ou os volumes pluviométricos foram muito baixos durante o período que passou. Neste início de inverno gaúcho, as temperaturas foram muito baixas, ocorrendo fortes geadas no período, queimando o campo nativo e reduzindo, significativamente, a produção de massa verde. Apesar do baixo volume de chuvas durante a semana, o teor de umidade no solo está permitindo a continuidade da implantação das áreas com pastagens anuais e perenes de inverno, principalmente azevém e leguminosas como o cornichão e trevos. As pastagens de inverno implantadas apresentam bom desenvolvimento vegetativo, com muitas áreas em condições de serem utilizadas no pastejo direto. Neste período, os pecuaristas avaliam se as áreas implantadas com forrageiras de inverno, perenes e anuais, serão suficientes conforme a necessidade dos rebanhos, considerando as diferentes espécies (bovinos de corte, bovinos de leite, ovinos, etc.) e a respectiva natureza da atividade (cria, recria ou terminação). Além do dimensionamento correto das áreas de pastagens conforme as necessidades de cada propriedade, é muito importante que o criador realize o manejo correto destas glebas, preferencialmente mediante o pastoreio rotativo e deferimento das mesmas no momento correto, permitindo o rebrote e desenvolvimento das plantas, pois as primeiras impressões indicam que este inverno poderá ser longo e rigoroso. Bovinocultura de Corte O estado sanitário do rebanho é bom, havendo redução significativa na incidência de carrapato e mosca do chifre. O estado corporal dos animais ainda é bom, mas o gado que está sendo mantido somente em campo nativo, já está perdendo peso, principalmente o rebanho de cria. A engorda está ocorrendo somente com o uso de pastagens cultivadas, especialmente, de aveia e azevém, ou em confinamentos. Por ocasião do toque nas vacas, está se constatando que haverá uma redução entre 20 a 30% na natalidade de terneiros na primavera em alguns municípios produtores da região sul e fronteira oeste do Estado, sendo que, na região de Bagé, constata-se índice de prenhez em torno de 40% em algumas propriedades amostradas, enquanto que na Fronteira Oeste este índice está entre 45 e 50%. A causa provável da redução do índice de prenhez é a ocorrência de uma longa estiagem durante a primavera e verão, seguida de uma entrada de inverno rigoroso. algumas propriedades do município de Bagé, após a realização de diagnóstico, foi constatado um índice de prenhez de 35%, mas ainda é muito cedo para concluir se são casos isolados ou uma tendência generalizada. O preço do gado gordo continuou estável durante a semana, mas o clima frio já interferiu no mercado, principalmente na reposição de animais de invernar. Os remates apresentaram significativa redução na oferta de animais para serem comercializados. Animais para abate estão com pouca oferta, o deverá ocasionar alta futura no preço do gado gordo. Na região de Porto Alegre, na semana que passou, o boi gordo foi comercializado a 3,30kg/vivo e vaca gorda a 3.10/kg/vivo. Bovinocultura de Leite O preço do leite recebido pelos produtores na semana que passou, se manteve estável, com pequenas oscilações conforme os incentivos dados pelas empresas de laticínios. Os incentivos são em relação à quantidade e qualidade de leite entregue pelo produtor, uso de resfriador a granel na propriedade, ordenha canalizada e ainda em relação à realização dos testes de tuberculose e brucelose. alguns municípios produtores de leite do Estado, em função das baixas temperaturas, da pouca insolação e do pisoteio dos animais nas áreas mais úmidas, as pastagens cultivadas de inverno tiveram desenvolvimento reduzido durante o período. algumas propriedades, os produtores continuam fornecendo feno, silagem e rações, porém em menor quantidade; em outras, devido à maior disponibilidade de pastagens de inverno, a produção de leite está sendo feita à base de pasto, reduzindo assim, os custos de produção da atividade. Os produtores continuam vacinando os animais contra a brucelose, raiva, e realizando o controle de ecto e endo parasitas, principalmente verminoses. Quanto à comercialização do leite, as perspectivas continuam boas para o setor, principalmente pelo aumento no consumo do leite e derivados no mercado brasileiro, devido ao incremento do emprego e renda da população. No período, na região de Erechim, os preços por litro de leite recebidos pelos agricultores variaram de 0,56 a 0,86, com tendência à estabilidade. Ovinocultura Os rebanhos ovinos, de modo geral, apresentam bom estado, apesar das baixas 5

6 temperaturas do período, que reduziram a oferta de pastagens nativas. No aspecto sanitário, nos locais onde a umidade é excessiva, os criadores devem redobrar a atenção com a ocorrência de verminoses, pois, nesta época do ano, os animais encontram-se em estágio final de gestação, sofrendo naturalmente uma redução da imunidade e ficando mais suscetíveis aos endoparasitas. Neste período, é de suma importância o preparo das fêmeas para parição, com a escolha de um potreiro adequado mais próximo da sede para facilitar a vigilância e a realização de algumas práticas importantes, como a limpeza de úbere e entrepernas das ovelhas prenhes. Neste momento, é possível, examinando-se o úbere, verificar a prenhez das mesmas e, com isso, separá-las do resto do rebanho para dar-lhes um tratamento diferenciado. O preço da carne ovina está estabilizado na maioria das regiões. Existe boa demanda de animais para o abate, porém, a oferta de animais para o abate continua pequena. R$ 7,00 e 10,00/kg na venda direta ao consumidor. Piscicultura - As condições ambientais do período, principalmente devido às baixas temperaturas, prejudicaram o desenvolvimento da piscicultura. Os produtores realizam o manejo dos viveiros, controlando a coloração da água e fornecendo alguma ração para o crescimento dos alevinos recém-introduzidos. As adubações, de maneira geral, foram reduzidas para evitar a redução do teor de oxigênio dissolvido na água. Nesta estação do ano, normalmente, as atividades na piscicultura são reduzidas. Suinocultura A situação da produção de suínos é considerada normal na maioria das regiões. Os produtores integrados estão recebendo valor fixado pela indústria com pequena margem de lucratividade. Na região de Santa Rosa, o preço recebido pelo produtor autônomo teve redução, assim, a lucratividade da atividade diminui ainda mais, principalmente, devido ao aumento dos custos da ração (elevação do preço do milho e soja). Existe forte preocupação de todos os agentes participantes da cadeia produtiva com o fechamento das vendas de carne suína para o mercado russo, importante e tradicional consumidor deste produto no contexto global. Na região do Vale do Taquari, o preço médio do suíno vivo, nesta semana, ficou em R$ 1,77/kg, e o máximo em R$ 2,12./kg O preço mínimo chegou a R$ 1,60/kg. Apicultura A colheita de mel nas regiões mais quentes do Estado - safra de outono - foi totalmente encerrada no início do mês de junho. Neste momento, entrada de inverno, os apicultores recebem orientação técnica de como proceder na manutenção dos enxames para que não falte alimento durante este período de reduzida floração e para que os enxames estejam protegidos das chuvas e ventos frios da estação. Estes cuidados possibilitam manter as colméias fortes e em condições de, no início da primavera, começarem imediatamente a produção de mel. Os estoques de mel estão baixos na maioria das regiões. O preço médio na semana que passou variou entre 6

7 PRODUTOS ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES UNIDADE SEMANA ATUAL 07.JUL.11 SEMANA ANTERIOR 30.JUN.11 MÊS ANTERIOR 09.JUN.11 ANO ANTERIOR MÉDIAS DOS VALORES DA SÉRIE HISTÓRICA JUL.10 GERAL JULHO ARROZ 50 kg 19,43 19,21 18,96 29,16 29,30 29,41 FEIJÃO 60 kg 67,73 67,75 67,92 76,99 83,19 78,26 MILHO 60 kg 25,93 25,89 25,30 17,79 20,80 20,30 SOJA 60 kg 40,37 40,66 41,89 37,80 41,16 41,00 SORGO 60 kg 20,35 20,13 19,23 13,65 17,12 17,35 TRIGO 60 kg 24,65 24,52 24,35 23,44 27,56 27,96 BOI kg v 3,17 3,16 3,17 3,02 2,71 2,85 VACA kg v 2,85 2,82 2,84 2,66 2,43 2,54 SUÍNO kg v 1,78 1,86 1,95 2,34 2,34 2,31 CORDEIRO kg v 3,77 3,77 3,70 3,00 2,68 2,68 LEITE litro 0,69 0,69 0,69 0,70 0,59 0,63 P e r í o d o 04/07-08/07 27/06-01/07 06/06-10/06 05/07-09/ Fonte dos dados/elaboração: ater/rs-ascar. Índice de correção: IGP-DI (FGV). NOTA: Semana atual, Semana anterior e Mês anterior são preços correntes. Ano anterior e Médias dos valores da série histórica são valores corrigidos. Média geral é a média dos preços mensais do quinquênio corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais corrigidos, da série histórica OBS.: 1) Bovinos e ovinos com prazo de pagamento de 20 e 30 dias. 2) Leite: preço bruto. 3) SI indica sem informação. ST indica sem transação.