DIREITO PENAL MILITAR MILITAR RETA FINAL CFO PMMG
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- Eugénio Valverde Figueiredo
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1 MILITAR RETA FINAL CFO PMMG JOÃO PAULO LADEIRA AULAS 12 e 13
2 PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA MODELO SANCIONATÓRIO ADOTADO PENAS E MEDIDAS DE SEGURANÇA PENAS PRINCIPAIS ACESSÓRIAS PESSOAIS MEDIDAS DE SEGURANÇA PATRIMONIAIS PENAS PRINCIPAIS: 1 MORTE 2 RECLUSÃO 3 DETENÇÃO PRIVATIVAS DE LIBERDADE 4 PRISÃO 5 IMPEDIMENTO RESTRITIVA DE LIBERDADE 2
3 6 SUSPENSÃO RESTRITIVAS DE DIREITOS 7 - REFORMA QUESTÃO: DPU/2010: O CPM dispõe soe hipóteses de crimes milites, próprios e impróprios, e soe infrações disciplines milites. Entre as sanções penais, está expressa a possibilidade de se aplic a pena de multa nos casos de delitos de natureza patrimonial ou de infração penal que cause prejuízos financeiros à administração milit. QUESTÃO: MPE/ES/2010: Nos casos de crimes milites, a pena de multa somente poderá ser imposta aos autores de delitos milites impróprios, por expressa disposição contida no CPM. QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2011: Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível pa os crimes milites a cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de direitos e multa, conforme também prevê o Código Penal Comum. 3
4 PENA DE MORTE AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL PREVISÃO LEGAL: FORMA DE EXUCUÇÃO: QUESTÃO: ANALISTA JUDICIÁRIO/STM/2004: A legislação penal milit estabelece que a pena de morte é executada por fuzilamento e que, nessa situação, o condenado milit deverá deix a prisão com o uniforme sem as insígnias, e o condenado civil deverá est vestido decentemente, devendo ambos os condenados est de olhos vendados no momento da execução, salvo se o recusem. PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o mínimo da pena de detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A MILITAR Art A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a milit, é convertida em pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: (Redação dada pela Lei nº 6.544, de ) I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento milit; II - pela praça, em estabelecimento penal milit, onde ficá sepada de presos que estejam cumprindo pena disciplin ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos. 4
5 QUESTÃO: DPU/2004: A pena de reclusão superior a dois anos somente será cumprida pelo oficial em estabelecimento prisional civil após ser declada a perda do posto e da patente. ART. 2º, ÚNICO, LEP Págrafo único. Esta Lei aplic-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Milit, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. SÚMULA 192, STJ: COMPETE AO JUIZO DAS EXECUÇÕES PENAIS DO ESTADO A EXECUÇÃO DAS PENAS IMPOSTAS A SENTENCIADOS PELA JUSTIÇA FEDERAL, MILITAR OU ELEITORAL, QUANDO RECOLHIDOS A ESTABELECIMENTOS SUJEITOS A ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL. PENA DE IMPEDIMENTO Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da instrução milit. QUESTÃO: MPE/ES/2010: A pena de impedimento prevista no COM é aplicável a qualquer crime milit, próprio ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. Essa pena obsta o exercício das funções policiais e milites pelo prazo mínimo de dois anos, submetendo o apenado, quando se trat de oficial, à pena acessória de perda do posto. 5
6 PENAS ACESSÓRIAS PERDA DO POSTO E PATENTE OFICIAIS INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO PRAÇAS EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA CIVIS FUNÇÃO PÚBLICA INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE SUSPENSÃO POLÍTICOS PODER FAMILIAR, TUTELA OU CURATELA/DIREITOS MEDIDAS DE SEGURANÇA Espécies de medidas de segurança 6
7 Art As medidas de segurança são pessoais ou patrimoniais. As da primeira espécie subdividem-se em detentivas e não detentivas. As detentivas são a internação em manicômio judiciário e a internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de outro. As não detentivas são a cassação de licença pa direção de veículos motorizados, o exílio local e a proibição de freqüent determinados luges. As patrimoniais são a interdição de estabelecimento ou sede de sociedade ou associação, e o confisco. DETENTIVAS PESSOAIS NÃO-DETENTIVAS PATRIMONIAIS QUESTÃO: DPU/2001: O estatuto penal milit vigente não contempla as medidas de segurança de natureza patrimonial. Súmula 527, STJ: O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapass o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado. Exílio local Art O exílio local, aplicável quando o juiz o considera necessário como medida preventiva, a bem da ordem pública ou do próprio condenado, consiste na proibição de que este resida ou permaneça, durante um ano, pelo menos, na localidade, município ou comca em que o crime foi praticado. 7
8 Págrafo único. O exílio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa condicionalmente a execução da pena privativa de liberdade. PENAS ACESSÓRIAS Não se trata de substituição de penas principais A aplicação depende da imposição de uma pena principal São aplicadas cumulativamente com as penas principais, de acordo com a natureza do crime Rol taxativo de penas acessórias (t. 98, CPM) 1 PERDA DO POSTO E DA PATENTE (Art. 99, CPM) Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das condecorações. OBS.: Art. 142, 3º, inciso VI, CRFB VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal milit de cáter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra 8
9 2 DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO (Art. 100, CPM) Art Fica sujeito à declação de indignidade pa o oficialato o milit condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobdia, ou em qualquer dos definidos nos ts. 161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312. QUESTÃO: DPU/2004: Considere que um tenente, estando de serviço, em área fora da administração milit, tenha constrangido uma mulher à prática de conjunção cnal, mediante grave ameaça, e por isso tenha sido preso em flagrante e denunciado pela prática do crime previsto no t. 232, CPM (estupro). Considere ainda que, durante o processo, tenha sido juntada aos autos certidão de casamento do referido tenente com a vítima, fato ocorrido após o dia do delito. Em face dessas considerações e com base no CPM, julgue o item que se segue: Se o oficial for condenado pelo crime em tela, será declado indigno pa o oficialato. Ementa: Representação pa declação de indignidade. Condenação de oficial à pena privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos. Sentença transitada em julgado. Concussão. Ofensa aos preceitos éticos e morais. Inviabilidade da permanência do oficial na Força. Fato atinge o decoro e o pundonor milit. Procedência do pedido pa decl o milit oficial indigno do oficialato, com a perda do seu posto e patente, na forma do t. 142, 3º, VI e VII, da CF. STM, RDIIOF DF 9
10 3 DECLARAÇÃO DE INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO (Art. 101, CPM) Art Fica sujeito à declação de incompatibilidade com o oficialato o milit condenado nos crimes dos ts. 141 e 142. Entendimento pa ger conflito ou divergência com o Brasil Art Entr em entendimento com país estrangeiro, ou organização nêle existente, pa ger conflito ou divergência de cáter internacional entre o Brasil e qualquer outro país, ou pa lhes perturb as relações diplomáticas: Pena - reclusão, de quatro a oito anos. Art Tent: I - submeter o território nacional, ou pte dêle, à soberania de país estrangeiro; II - desmem, por meio de movimento mado ou tumultos planejados, o território nacional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a sua soberania; III - internacionaliz, por qualquer meio, região ou pte do território nacional: Pena - reclusão, de quinze a trinta anos, pa os cabeças; de dez a vinte anos, pa os demais agentes. 4 EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS Exclusão das forças madas 10
11 Art A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos, importa sua exclusão das forças madas. Art. 125, 4º, CRFB: Compete à Justiça Milit estadual process e julg os milites dos Estados, nos crimes milites definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplines milites, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir soe a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. MILITAR. EXCLUSÃO DA CORPORAÇÃO. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE DE 12 (DOZE) ANOS DE RECLUSÃO PELA PRÁTICA DO CRIME DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. 1. Compete à Justiça Milit Estadual decidir soe a perda da graduação de praças somente quando se trat de crimes milites. 2. No caso sub examine, o recorrente foi condenado à pena de 12 (doze) anos de reclusão, pela prática do crime homicídio qualificado, e como efeito secundário dessa condenação, perdeu a função de policial milit, sem a necessidade de instauração de procedimento específico pa esse fim. Precedente: RE ED/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 22/6/ In casu, o acórdão originiamente recorrido assentou: CRIMINAL HOMICÍDIO QUALIFICADO DECISÃO QUE NÃO SE APRESENTA MANIFESTAMENTE CONTRÁRIA À PROVA DOS AUTOS CONDENAÇÃO MANTIDA PERDA DO CARGO PÚBLICO MANUTENÇÃO. Encontrando o veredicto apoio no conjunto probatório, a sentença deve ser confirmada, não havendo fal-se em decisão manifestamente contrária à prova dos autos. A perda do cgo público constitui efeito da condenação, quando a pena privativa de liberdade é superior a 04 (quatro) anos de reclusão, sendo decidida tal questão Perda do cgo público -, pelo Tribunal Milit apenas em caso de cometimento de crime milit, o que não se verifica na espécie. Desprovimento ao recurso que se impõe (fl. 132 do volume 3 dos autos eletrônicos). 4. Agravo regimental DESPROVIDO. ARE AgR / MG - MINAS GERAIS - STF E M E N T A: CRIME DE TORTURA CONDENAÇÃO PENAL IMPOSTA A OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR PERDA DO POSTO E DA PATENTE COMO CONSEQUÊNCIA NATURAL DESSA CONDENAÇÃO (LEI Nº 9.455/97, ART. 1º, 11
12 5º) INAPLICABILIDADE DA REGRA INSCRITA NO ART. 125, 4º, DA CONSTITUIÇÃO, PELO FATO DE O CRIME DE TORTURA NÃO SE QUALIFICAR COMO DELITO MILITAR PRECEDENTES SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO PRETENSÃO RECURSAL QUE VISA, NA REALIDADE, A UM NOVO JULGAMENTO DA CAUSA CARÁTER INFRINGENTE INADMISSIBILIDADE PRONTO CUMPRIMENTO DO JULGADO DESTA SUPREMA CORTE, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO RESPECTIVO ACÓRDÃO, PARA EFEITO DE IMEDIATA EXECUÇÃO DAS DECISÕES EMANADAS DO TRIBUNAL LOCAL POSSIBILIDADE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO CONHECIDOS. TORTURA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM PERDA DO CARGO COMO EFEITO AUTOMÁTICO E NECESSÁRIO DA CONDENAÇÃO PENAL. - O crime de tortura, tipificado na Lei nº 9.455/97, não se qualifica como delito de natureza castrense, achando-se incluído, por isso mesmo, na esfera de competência penal da Justiça comum (federal ou local, conforme o caso), ainda que praticado por memo das Forças Armadas ou por integrante da Polícia Milit. Doutrina. Precedentes. - A perda do cgo, função ou emprego público que configura efeito extrapenal secundário constitui consequência necessária que resulta, automaticamente, de pleno direito, da condenação penal imposta ao agente público pela prática do crime de tortura, ainda que se cuide de integrante da Polícia Milit, não se lhe aplicando, a despeito de trat-se de Oficial da Corporação, a cláusula inscrita no t. 125, 4º, da Constituição da República. Doutrina. Precedentes. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO UTILIZAÇÃO PROCRASTINATÓRIA EXECUÇÃO IMEDIATA POSSIBILIDADE. - A reiteração de embgos de declação, sem que se registre qualquer dos pressupostos legais de embgabilidade (CPP, t. 620), reveste-se de cáter abusivo e evidencia o intuito protelatório que anima a conduta processual da pte recorrente. - O propósito revelado pelo embgante, de impedir a consumação do trânsito em julgado de decisão que lhe foi desfavorável valendose, pa esse efeito, da utilização sucessiva e procrastinatória de embgos declatórios incabíveis, constitui fim que desqualifica o comportamento processual da pte recorrente e que autoriza, em consequência, o imediato cumprimento da decisão emanada desta Suprema Corte, independentemente da publicação do acórdão consubstanciador do respectivo julgamento. AI
13 5 PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 103, CPM) Art Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil: I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever inerente à função pública; II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos. Págrafo único. O disposto no tigo aplica-se ao milit da reserva, ou reformado, se estiver no exercício de função pública de qualquer natureza. QUESTÃO: ANALISTA/STM/2004: De acordo com a legislação penal milit, a condenação da praça e a do civil a pena privativa de liberdade superior a dois anos, implicam, respectivamente, a exclusão do milit das Forças Armadas e a perda da função pública ao civil 6 INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA (Art. 104, CPM) Art Incorre na inabilitação pa o exercício de função pública, pelo prazo de dois até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação do dever milit ou inerente à função pública. Termo inicial Págrafo único. O prazo da inabilitação pa o exercício de função pública começa ao termo da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da data em que se extingue a referida pena. 13
14 7 SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA E CURATELA (Art. 105, CPM) Art O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual for o crime praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a execução da pena, ou da medida de segurança imposta em substituição (t. 113). Suspensão provisória Págrafo único. Durante o processo pode o juiz decret a suspensão provisória do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela. 8 SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (Art. 106, CPM) Art Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou enquanto perdura a inabilitação pa função pública, o condenado não pode vot, nem ser votado. 14
O art. 98, do CPM enumera as chamadas penas acessórias. As três primeiras foram, desde sempre, consideradas inconstitucionais.
ENCONTRO 08 DAS PENAS ACESSÓRIAS Penas Acessórias Art. 98. São penas acessórias: I - a perda de posto e patente; (considerado inconstitucional) II - a indignidade para o oficialato; (considerado inconstitucional)
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