PORTUGAL Tabagismo em Números 2014
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- Sônia Lage Barateiro
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1 PORTUGAL Tabagismo em Números de novembro Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo
2 Sumário 1. Mortalidade, morbilidade atribuível e perda de anos de vida saudável 2. Consumos e tendências população anos 3. Consumo nos adolescentes escolarizados 4. Cessação tabágica 5. Proteção da exposição ao fumo ambiental 6. Perceção do risco 7. Recomendações
3 1. Mortalidade e Morbilidade atribuível Perda de anos de vida saudável
4 O Tabaco Não é um Produto de Consumo Comum O fumo do Tabaco Aerossol (gases e partículas) 7000 Químicos: Nicotina 70 Cancerígenos Centenas de Tóxicos Irritantes Mutagénicos
5 Consequências do Consumo Associação causal USDHHS, The Health consequences of smoking. 50 years of progress.surgeon General Report, 2014
6 Fumar e risco de Diabetes Fumar é causa de diabetes mellitus tipo 2 O risco de desenvolver diabetes é 30 40% superior em fumadores activos, relativamente a não fumadores CDC, 2014, Smoking. Infographics Gallery
7 Fumar e risco de Tuberculose Fumar aumenta o risco de doença e de morte por tuberculose. Fonte: USDHHS, Sugeon General report, CDC, 2104 Fonte: USDHHS, The Health consequences of smoking. 50 years of progress. Surgeon General Report, 2014
8 Fumar e risco de Cegueira Fumar aumenta o risco de degenerescência macular e de cataratas, que podem conduzir à cegueira. CDC, 2014, Smoking. Infographics Gallery
9 Consequências da Exposição ao Fumo Ambienal - Associação causal USDHHS. The Health consequences of smoking. 50 years of progress.surgeon General Report, 2014
10 Tabaco 1.ª Causa Evitável de Morte Mundo 6 milhões mortes /ano 5,4 milhões de mortes de fumadores e ex-fumadores mortes de não fumadores Europa 1,6 milhões mortes/ano União Europeia mortes /ano mortes/ano de fumadores e ex-fumadores mortes de não fumadores Fontes: WHO. Fact sheet n.º 339, Maio 2012 European Comission, DGSANCO
11 N.º Mortes Atribuíveis ao Consumo de Tabaco e à Exposição ao Fumo Ambiental (2010) Mortes Fumar Exposição ao Fumo Ambiental Total óbitos N.º % do Total 10,3% 0,08 11,1% Fonte Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease (GBD 2010) IHME, University of Washington, Disponível em:
12 Número de Mortes Atribuíveis ao Consumo de Tabaco, por Causa (2010) Mortes % no Total Mortes por Causa ,6% Cancro ,2% D. Ap. Circulatório , 9% D. Respiratórias 188 Outras causas ,3% total de óbitos Fonte Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease (GBD 2010) IHME, University of Washington, Disponível em:
13 N.º Mortes Atribuíveis ao Consumo de Tabaco, por Causa e por Sexo (2010) Fonte Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease (GBD 2010) IHME, University of Washington, Disponível em:
14 Número de Mortes Atribuíveis ao Consumo de Tabaco (2010) Cancro DCCV 1000 D Respir > Outras Fonte Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease (GBD 2010) IHME, University of Washington, Disponível em:
15 Grupo Etário (anos) Grupo Etário (anos) Taxa de Mortalidade Atribuível Consumo de Tabaco Evolução Sexo Masculino Sexo Feminino > > (N.º de óbitos/ habitantes) (N.º de óbitos/ habitantes) Fonte Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease (GBD 2010) IHME, University of Washington, Disponível em:
16 Perda de Anos de Vida Saudável (DALY) Sexo Masculino (2010) Riscos alimentares Tabagismo Hipertensão arterial 12,34% Consumo de álcool Baixa densidade mineral óssea Glicose plasmática em jejum Inatividade física e baixo nível de Colesterol total elevado Poluição do ar por partículas Consumo de drogas Exposição ao chumbo Abuso sexual na infância Exposição ao radão residencial Défice de ferro Poluição do ar por Ozono Défice de Zinco Falta de saneamento básico Baixo peso na infância Défice de Vitamina A Falta de água de abastecimento 0% 5% 10% 15% 20% Percentagem total de DALY Riscos alimentares Hipertensão arterial Índice de massa corporal elevado Inatividade física e baixo nível de Glicose plasmática em jejum Consumo de álcool Fumo de tabaco Colesterol total elevado 3,09% Poluição do ar por partículas Exposição ao chumbo Violência por parceiro íntimo Consumo de drogas Abuso sexual na infância Exposição ao radão residencial Poluição do ar por Ozono Défice de ferro Défice de Zinco Falta de saneamento básico Baixo peso na infância Défice de vitamina A 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% Percentagem total de DALY Fonte Institute for Health Metrics and Evaluation. Global Burden of Disease (GBD 2010) IHME, University of Washington, Disponível em:
17 2. Consumo de tabaco e tendências de evolução
18 Consumo de tabaco (últimos 30 dias) anos, Portugal, , por Sexo Masculino 40,1 40,1 35,1 Feminino 17,6 19,0 18,0 Total 28,6 29,4 26,3 Redução relativa de 11% Fonte: Balsa, Vital, Urbano. III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral/ Portugal CESNOVA Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa/SICAD Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2014.
19 Prevalência (%) do consumo de tabaco, últimos 30 dias, 15 aos 64 anos 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10, ,0 0, Fonte: Balsa, Vital, Urbano. III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral/ Portugal CESNOVA Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa/SICAD Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2014.
20 35 30 % Fumadores Atuais anos, Portugal, por Região LVT Açores Alentejo Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Açores Madeira Fonte: Balsa, Vital, Urbano. III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral/ Portugal CESNOVA Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa/SICAD Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2014.
21 3. Consumo nos adolescentes
22 % Consumo Tabaco ALUNOS DO 3.ºCICLO ENSINO PÚBLICO, últimos 30 dias (2011) Masculino Feminino 5 0 Norte Centro LVT Alentejo Algarve Açores Madeira Fonte: Feijão F. Inquérito Nacional em Meio Escolar, 2011, 3.º Ciclo) Consumo de Drogas e outras substâncias psicoativas: Uma abordagem integrada - Síntese de resultados. SICAD, Ministério da Saúde.
23 % Consumo Tabaco ALUNOS SECUNDÁRIO ENSINO PÚBLICO, no últimos 30 Dias (2011) Norte Centro LVT Alentejo Algarve Açores Madeira Masculino Feminino Fonte: Feijão F. Inquérito Nacional em Meio Escolar, 2011 (Secundário) Consumo de Drogas e outras substâncias psicoativas: Uma abordagem integrada - Síntese de resultados. SICAD, Ministério da Saúde.
24 % Consumos 3.º Ciclo e Secundário, ensino público, últimos 12 meses , por Região ciclo 10 Secund 0 Fonte: Feijão F. Inquérito Nacional em Meio Escolar, 2011 (Secundário) Consumo de Drogas e outras substâncias psicoativas: Uma abordagem integrada - Síntese de resultados. SICAD, Ministério da Saúde.
25 4. Cessação Tabágica
26 Cessação Tabágica Principal estratégia para reduzir a mortalidade atribuível ao consumo de tabaco até 2050 Cessation is the only practicable way to avoid a substantial proportion of tobacco-attributable deaths before 2050, because a substantial reduction by 2025 in uptake by adolescents will have its main effect on mortality only after In: Prabhat J, Phil D, Peto R. Global effects of smoking, of quitting and of taxing tobacco, New England Journal of Medicine, 370 (2014)
27 Tabagismo: Mortalidade Prematura mortality among cigarette smokers was two to three times the mortality among otherwise similar persons who had never smoked, leading to a reduction in life span by an average of about 10 years Prabhat J, Phil D, Peto R. Global effects of smoking, of quitting and of taxing tobacco, N Engl J Med 370 (2014) 60-8.
28 Parar de fumar Ganhos em anos de vida potencialmente perdida Parar aos 30 anos = 10 anos de esperança de vida Parar aos 40 anos = 9 anos de esperança de vida Parar aos 50 anos = 6 anos de esperança de vida Parar aos 60 anos = 3 anos de esperança de vida Doll R, Peto R, Wheatley K, et al. Mortality in relation to smoking: 50 years observations on male british doctors. BMJ, 328, 2004,
29 Grau de interesse (%) em parar de fumar fumadores, dos 15 aos 64 anos, Sem interesse Interesse ligeiro Interesse moderado Forte interesse Fonte: Balsa, Vital, Urbano. III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral/ Portugal CESNOVA Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa/SICAD Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2014.
30 Motivação para parar de fumar 2012 (15-64 anos) (Teste de Richmond) 1,8% Motivação elevada 12,6% Motivação moderada 85,5% Motivação baixa 3.º Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Portuguesa, 2012 (Balsa, Vital, Urbano, 2013)
31 Intenção de Parar de Fumar nas próximas 2 semanas; nos próximos 6 meses Mais de metade fumadores (15-64 anos) não pretende parar de fumar Menos de 5% tem intenção de parar de fumar nos próximos 6 meses Fonte: Balsa, Vital, Urbano. III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral/ Portugal CESNOVA Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa/SICAD Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2014.
32 Total de Consultas de Cessação Tabágica efetuadas, por ARS ( ) Norte Centro LVT Alentejo Algarve Fonte: ARS
33 Consultas de Apoio Intensivo à Cessação Tabágica nos ACES ARS Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total
34 Consultas de Cessação Tabágica em Hospitais (2013)
35 5. Exposição ao Fumo Ambiental
36 Exposição ao FAT em Casa (%) 2010, por Grupo Etário ,7 27, ,1 <18 anos anos >65 anos Fonte: Adaptado de: Pereira et al.prevalência da exposição ao fumo ambiental do tabaco em casa e do tabagismo na população Portuguesa - estudo INAsma; Rev Port Pneumol. 2013; 19(3):
37 Exposição ao FAT em casa (%) , , ,2 28, Fonte: Adaptado de: Pereira et al.prevalência da exposição ao fumo ambiental do tabaco em casa e do tabagismo na população Portuguesa - estudo INAsma; Rev Port Pneumol. 2013; 19(3):
38 6. Perceção do Risco
39 Perceção do Risco do Consumo de Tabaco, jovens anos, 2008 Fonte: Adaptado de European Commission. Flash Eurobarometer 233, Young people and drugs. Analytical report. May 2008
40 Grau de importância atribuída ao consumo de tabaco como risco para a saúde (2012) , ,3 37,937,1 30,9 22,5 13 8,5 6,9 8,8 6,8 0,3 0,4 0,3 Muita Alguma Pouca Nenhuma NS/NR Balsa, Vital, Urbano. III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral/ Portugal CESNOVA Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa/SICAD Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2014.
41 Perceção do Risco Consumo de 1 ou mais Maços de Tabaco/Dia (pop anos), 2012 Balsa, Vital, Urbano. III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral/ Portugal CESNOVA Centro de Estudos em Sociologia da Universidade Nova de Lisboa/SICAD Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, 2014.
42 7. Recomendações
43 Recomendações 1. Melhorar a monitorização do consumo de tabaco, com destaque para o seu impacte nas iniquidades em saúde. Desenvolver um sistema de informação que permita melhorar o conhecimento sobre o consumo e a exposição ao fumo ambiental, em particular das crianças e das mulheres grávidas.
44 Recomendações 2. Promover a revisão da Lei do tabaco, no sentido da transposição da Diretiva 2014/40, de 3 de abril do Parlamento e do Conselho, e da adoção das linhas diretrizes para aplicação da Convenção quadro da OMS para o controlo do tabaco, no sentido de garantir a proteção da saúde e promover uma redução sustentada do consumo, em particular nos jovens.
45 Recomendações 3. Definir uma rede de referenciação de apoio intensivo à cessação tabágica, que garanta uma resposta equitativa e ajustada às necessidades de saúde da população a nível da totalidade dos ACES, com criação de pelo menos uma consulta de apoio intensivo em todos os ACES que ainda não atingiram esse objetivo.
46 Recomendações 4. Incentivar a cessação tabágica através da melhoria da formação pré e pós graduada dos profissionais de saúde na realização de intervenções breves e da redução dos custos das terapêuticas de cessação tabágica para o utilizador.
47 Recomendações 5. Promover o aumento anual dos preços dos produtos do tabaco, dado tratar-se de uma medida de reconhecida efetividade na redução do consumo, em particular nos jovens e nos grupos populacionais com menores recursos económicos.
48 Recomendações 6. Promover a aprovação, na legislação nacional, do Protocolo de combate ao comércio ilícito de tabaco, no âmbito da Convenção quadro da OMS, assinado por Portugal em 8 de janeiro de 2014.
49 Recomendações 7. Reforçar o investimento em estratégias de informação e educação para a saúde destinadas aos jovens, às mulheres, às mulheres grávidas e aos pais, e incentivar o desenvolvimento de iniciativas de promoção da literacia em saúde e de capacitação para escolhas saudáveis, em articulação com outros sectores governamentais e com a sociedade civil.
50 Recomendações 8. Promover a informação e o envolvimento de toda a sociedade no cumprimento e aplicação de medidas efetivas de prevenção e controlo do tabagismo, incluindo os agentes políticos nos diferentes sectores da ação governativa, consubstanciando o primado da saúde em todas as políticas, que se sobreponham a considerações económicas ou fiscais de curto prazo, tendo em vista garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.
51 Emília Nunes 25 novembro 2014
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