CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS LUANA BEATRIZ MATTA E SILVA

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1 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS LUANA BEATRIZ MATTA E SILVA UMA ABORDAGEM SOBRE AS PRINCIPAIS PARASITOSES INTESTINAIS MAIS PREVALENTES NA INFÂNCIA E SUAS CAUSAS. Porto Velho - RO 2017

2 2 LUANA BEATRIZ MATTA E SILVA UMA ABORDAGEM SOBRE AS PRINCIPAIS PARASITOSES INTESTINAIS MAIS PREVALENTES NA INFÂNCIA E SUAS CAUSAS. Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Biomedicina do Centro Universitário São Lucas como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Biomedicina. Orientador: Prof Esp. Paulo de Tarso dos Santos Junior. Porto Velho - RO 2017

3 3 LUANA BEATRIZ MATTA E SILVA UMA ABORDAGEM SOBRE AS PRINCIPAIS PARASITOSES INTESTINAIS MAIS PREVALENTES NA INFÂNCIA E SUAS CAUSAS. Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Biomedicina do Centro Universitário São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do Título de Bacharel em Biomedicina. Orientador: Prof Esp. Paulo de Tarso dos Santos Junior Porto Velho, 22 de Junho de Avaliação/Nota: BANCA EXAMINADORA Titulação e Nome Nome da instituição Titulação e Nome Nome da instituição Titulação e Nome Nome da instituição

4 4 Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por me acompanhar durante esses anos de estudos e ter me dado força. Aos meus pais, por terem me educado e, orientado quanto às maravilhas da vida e por acreditarem e nunca me deixarem desistir dos meus objetivos.

5 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me proporcionado fé e sabedoria para chegar até aqui. A minha família por ter dado força para sempre lutar pelo meu objetivo, e que sempre me incentivou a continuar seguindo em frente, mesmo em momentos de difíceis. Aos professores, por compartilhar o conhecimento e por muitas vezes ter paciência para transmitir o aprendizado. Ao meu orientador professor Paulo de Tarso dos Santos Junior, que dedicou seu tempo e seu conhecimento para a conclusão deste trabalho. Aos amigos, companheiros na jornada acadêmica, que sempre estiveram presente ajudando de certa forma para a conclusão de muitas realizações. Aqui fica meu muito obrigado a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que eu pudesse realizar esse trabalho e que acreditaram no meu potencial.

6 6 Se as crianças tiverem que ser vítimas do destino que jamais sejam de nossa omissão ou negligência. John F. Kennedy

7 7 RESUMO As parasitoses intestinais são definidas pelo desenvolvimento de parasitas no intestino. Os parasitas intestinais causadores de enteroparasitoses em crianças e adultos são classificados em grupos de helmintos: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis e protozoários: Giardia lamblia e Entamoeba histolytica. As enteroparasitoses representam um elevado problema de saúde pública a nível mundial, principalmente em países em desenvolvimento e subdesenvolvido, devido à precariedade da região de cada país, destacando-se: saneamento básico inadequado, poluição fecal da água e alimentos e hábitos de higienização. Embora as parasitoses intestinais possam acometer indivíduos de todas as faixas etárias, a vulnerabilidade é maior em crianças, principalmente, em idade pré-escolar, devido ao sistema imunológico imaturo, aos comportamentos lapsos básicos de higiene típicos dessa faixa etária. As enteroparasitoses são responsáveis por desencadear disfunções gastrintestinais, alterações no desenvolvimento físico e intelectual, diarreia crônica, desnutrição, anemia, infecções e complicações agudas. Dentro desta perspectiva, o presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, descrevendo a epidemiologia das parasitoses intestinais em crianças a nível mundial e no Brasil, destacando os fatores responsáveis pelo seu desenvolvimento e medidas de prevenção e controle, de acordo com a necessidade de cada população. Palavras-Chave: Parasitoses intestinais; infância; parasitas.

8 8 ABSTRACT Intestinal parasites are defined by the development of parasites in the intestine. Intestinal parasites that cause enteroparasitoses in children and adults are classified into groups of helminths: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale and Strongyloides stercoralis and protozoa: Giardia lamblia and Entamoeba histolytica. Enteroparasitoses represent a major public health problem worldwide, especially in developing and underdeveloped countries, due to the precariousness of the region of each country, such as: inadequate basic sanitation, fecal water pollution and food and hygiene habits. Although intestinal parasitic diseases can affect individuals of all age groups, the vulnerability is higher in children, especially pre-school children due to the immature immune system, to the typical basic hygiene lapses behaviors of this age group. The enteroparasitoses are responsible for triggering gastrointestinal dysfunctions, changes in physical and intellectual development, chronic diarrhea, malnutrition, anemia, infections and acute complications. In this perspective, the present study is a bibliographic review, describing the epidemiology of intestinal parasitoses in children worldwide and in Brazil, highlighting the factors responsible for its development and prevention and control measures, according to the need for Population. Key-words: Intestinal parasites; childhood; Parasites.

9 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Cisto de Entamoeba histolytica Figura 2 - Ciclo biológico da Amebíase no organismo humano Figura 3 - Ovo e verme adulto de Ancylostoma duodenale e Necator americanus. 21 Figura 4 - Larva de Ancylostoma sp Figura 5 - Ciclo biológico da Ancilostomíase no organismo humano Figura 6 - Verme Ascaris Lumbricoides Figura 7 - Ciclo biológico da Ascaridíase no organismo humano Figura 8 - Larva filarioíde de Strongyloides Stercoralis Figura 9 - Ciclo biológico da Estrongiloidíase no organismo humano Figura 10 - Ovo e verme adulto de Trichuris Trichiura Figura 11 - Ciclo biológico da Tricuríase no organismo humano Figura 12 - Ovo e verme adulto de Enterobius vermiculares Figura 13 - Ciclo biológico da Enterobíase no organismo humano Figura 14 - Cisto e trofozoíto de Giardia lambia Figura 15 - Ciclo biológico da Giardíase no organismo humano... 36

10 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS REFERENCIAL TEÓRICO PRINCIPAIS PARASITOSES INTESTINAIS Amebíase Ancilostomíase Ascaridíase Estrongiloidíase Tricuríase Enterobíase Giardíase EPIDEMIOLOGIA Incidência Mundial Incidência no Brasil DISCUSSÃO METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 55

11 11 1 INTRODUÇÃO O parasitismo é a interação ecológica por pelo menos dois seres de espécies distintas, em que geralmente apenas o parasita é beneficiado e o hospedeiro é lesado, já que este é o responsável pelo fornecimento de alimento e abrigo para o parasita (AVELAR, 2012). A presença de parasitas no organismo de um hospedeiro significa infecção parasitária, mas não necessariamente doença parasitária. Para que haja doença parasitaria é necessária à manifestação de fatores clínicos, devido à interação entre hospedeiro, parasita e ambiente, os quais apresentam características próprias, caracterizada pelo surgimento de alterações patológicas no hospedeiro (BEZERRA, 2015). A doença parasitária exige algumas características biológicas dos parasitas, como sua quantidade, localização no trato gastrointestinal, consumo de nutrientes, estágio de evolução, virulência e metabolismo. As características do hospedeiro são idade, hábitos de higienização, estado nutricional, resposta imune e associação com outras alterações patológicas. Esses fatores são responsáveis por determinar se o hospedeiro trata-se de um indivíduo doente ou portador assintomático (MARINHO, 2008; DIAS et al., 2013; SOUSA, 2015). A sobrevivência do parasita é assegurada pela retirada de subsídios, como alimento ou local para seu desenvolvimento do hospedeiro. A parasitose intestinal é definida pelo desenvolvimento de parasitas ou pela multiplicação desses no intestino do ser humano ou de outros animais (CLERICI; PIGATTO, 2015). O ser humano pode ser infectado por mais de cem tipos de parasitas. As parasitoses intestinais podem causar diversos fatores de risco na saúde do indivíduo como, anemia, desnutrição proteica, causar incapacidade no desempenho de atividades rotineiras, tanto físicas como intelectuais, principalmente nos jovens (BARREMAKER; FRIGHETTO; DAMBRÓS, 2013). Os principais parasitas intestinais são classificados em protozoários e helmintos: os helmintos causadores de enteroparasitoses em crianças e adultos são Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis. Dentre os

12 12 protozoários destacam-se, Giardia lamblia e Entamoeba histolytica, e o comensal Entamoeba coli (BARRETO et al., 2012; LUDWIG et al., 2012; OLIVEIRA, 2013). As enteroparasitoses representam um elevado problema de saúde pública a nível mundial, principalmente em países em desenvolvimento e subdesenvolvido (MARINHO, 2008). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças parasitárias destacam-se pelos altos índices de morbidade e mortalidade. Estima-se que aproximadamente 3,5 bilhões de pessoas estejam infectadas, das quais 450 milhões são crianças e, com incidência de 2 a 3 milhões de óbitos por ano, no mundo (MARINHO, 2008; MATTOS, 2013). No Brasil, essas parasitoses são de ampla distribuição geográfica, ocorrendo em diversas regiões, tanto em zona rural quanto urbana, com intensidade variável e, em faixas etárias variadas (OLIVEIRA; AMOR, 2012; CROZARA et al., 2016). A prevalência dessa patologia apresenta variações em todos os países do mundo, de acordo com a precariedade da região de cada país, como, condições de saneamento básico inadequadas, nível socioeconômico, poluição fecal da água e alimentos consumidos, clima, grau de escolaridade, idade, número de moradores por domicílio, hábitos de higiene de cada indivíduo e, até mesmo por larvas que penetram a pele (MELO; FERRAZ; ALEIXO, 2010; ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014; CLERICI; PIGATTO, 2015; ZANOTTO, 2015). A endemia das parasitoses intestinais em países do terceiro mundo é agravada pelo saneamento básico precário e pelas condições de moradia deficientes (LUDWIG et al., 2012). Aproximadamente, um terço da população das cidades dos países subdesenvolvidos vive em condições ambientais propícias à contaminação das infecções parasitárias. Nessas localidades, metades das crianças são parasitadas (BARBOSA; VIEIRA, 2013). Embora as parasitoses intestinais possam acometer indivíduos de todas as faixas etárias, a vulnerabilidade é maior em crianças, principalmente, em idade préescolar e escolar, devido ao sistema imunológico imaturo, aos comportamentos lapsos básicos de higiene (contato íntimo e constante com o solo contaminado), típicos dessa faixa etária (CAVAGNOLLI et al., 2015). As creches são os principais meios de exposição a protozoários. Esse real risco à exposição ocorre devido ao contato interpessoal que ocorre entre as crianças

13 13 e até mesmo funcionários, além das baixas condições de higiene no local. Além disso, nessa fase de vida as crianças ainda não possuem um sistema imunológico maturo, estão na fase oral de exploração, possuem poucos hábitos higiênicos e estão em constante contato com o solo (ALEXANDRE et al., 2015). As enteroparasitoses são responsáveis por desencadear disfunções gastrintestinais, alterações no desenvolvimento físico e intelectual, interferindo diretamente no déficit intelectual, diarreia crônica, desnutrição, perda de peso, anemia, irritabilidade, infecções e complicações agudas (VASCONCELOS et al., 2011; BELO et al., 2012; GIGONZAC et al., 2012; CROZARA et al., 2016). No entanto, a sintomatologia das enteroparasitoses, pode variar de leve a grave. Nos quadros leves, as manifestações podem ser inespecíficas, como anorexia, irritabilidade, distúrbios do sono, vômitos ocasionais, náuseas e diarreia. Os quadros mais graves são mais frequentes em indivíduos desnutridos e imunodeprimidos (BOEIRA et al., 2010). Do ponto de vista social, as parasitoses intestinais podem resultar na redução da qualidade de vida da população, gerando problemas econômicos, produtividade diminuída e, danificar a função de alguns órgãos vitais (GOMES et al., 2016). O diagnóstico laboratorial destas parasitoses é realizado por meio de sedimentação espontânea, flutuação simples (Willis), Hidro e termotropismo positivo de larvas vivas (Baermann-Moraes). No entanto, estes exames podem não ser solicitados pelo médico, devido à inespecificidade de sinais e sintomas destas patologias, dificultando o diagnostico e tratamento das mesmas (FREITAS et al., 2014). O diagnóstico, através dos exames parasitológico de fezes são específicos, sensíveis e de baixo custo. É de suma importante para a detecção da presença de parasitas, pois somente através da pesquisa de parasitas nas fezes é possível identificar, tratar e prevenir as infecções parasitárias, possibilitando desta forma, evitar prováveis epidemias e formação de novas áreas endêmicas, colaborando para os inquéritos epidemiológicos (BEVILACQUA et al., 2009). O diagnóstico é de extrema importância para o tratamento das enteroparasitoses, para direcionar o tratamento mais adequado. O diagnóstico também pode possibilitar o controle da morbidade e mortalidade, redução de incidência e até mesmo casos de reinfecção. Além de proporcionar a população orientação sobre as devidas medidas profiláticas (ALEXANDRE et al., 2015).

14 14 Para que ocorra a redução das parasitoses intestinais, é necessário prevenirse dos fatores responsáveis pela sustentação da cadeia de transmissão destes parasitas, como o controle da propagação da contaminação fecal do solo e da água, que compõem o principal mecanismo de disseminação dos parasitas (ZANOTTO, 2015). Dentre alguns meios profiláticos indispensáveis, estão às práticas adequadas de higienização pessoal, doméstica e dos alimentos, como: evitar o consumo de carnes mal cozidas, condições mínimas de saneamento básico, utilização de água potável e manejo dos dejetos humanos em locais específicos, evitar o acesso de crianças em terrenos baldios, contato com lixo ou água poluída, detectar e eliminar a fonte de contaminação (SILVA; PARENTE; BURGOS, 2010; ZANOTTO, 2015). O equacionamento deste problema de saúde pública está na necessidade de conhecimento da realidade e dos fatores de risco que favorecem seu surgimento, como a manutenção e a propagação desses agentes, destacando-se os reservatórios destes agentes, as condições de moradia e saneamento básico da população, os hábitos alimentares e de higienização pessoal (ZAIDEN et al., 2008). A elevada prevalência das enteroparasitoses também está relacionada as negligências e falta de conhecimento da população. Além da dificuldade de diagnóstico devido os sintomas clínicos inespecíficos que podem ser confundidos com os de outras doenças, acarretando danos aos indivíduos parasitados e ficando de forma silenciosa por longos anos (FIGUEIREDO; QUEROL, 2011). Devido aos malefícios gerados pelas parasitoses intestinais apresentados sobre a saúde dos indivíduos, principalmente das crianças, é de suma importância á realização de um levantamento destacando as principais parasitoses infantis, destacando os fatores epidemiológicos, possíveis estratégias de prevenção e controle de acordo com a necessidade de cada população (REUTER et al., 2015). Dentro desta perspectiva, o presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica através de estudos já publicados sobre os parasitas intestinais, que buscou descrever a epidemiologia das parasitoses intestinais em crianças a nível mundial e no Brasil, destacando os fatores responsáveis pelo seu desenvolvimento e as medidas de prevenção.

15 15 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Descrever por meio de revisão literária os dados epidemiológicos já publicados sobre os principais entereroparasitas ocorridos na infância. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Descrever sobre os principais parasitas; Discorrer sobre os fatores causais; Relatar a epidemiologia mundial; Relatar a epidemiologia no Brasil; Abordar as medidas de controle e prevenção.

16 16 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 PRINCIPAIS PARASITOSES INTESTINAIS As enteroparasitoses de maior incidência em humanos são classificadas em helmintos e protozoários de acordo com o ciclo biológico. Os helmintos podem ser subdivididos em: bio-helmintos (necessitam de hospedeiro intermediário) e geohelmintos (que utilizam o solo para sua evolução). Entre os geo-helmintos, os ovos do Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis e Trichuris trichiura ou as larvas de Ancylostoma duodenale, Necator americanos, Strongyloides stercoralis (LODO et al., 2010). Dentre os protozoários destacam-se pela sua importância na infância, a Giardia duodenalis e a Entamoeba histolytica (SILVA et al., 2015). As parasitoses intestinais são infestações que podem desencadear alterações no estado físico, psicossomático e social, interferindo diretamente na qualidade de vida de seus portadores, principalmente em crianças de classes sociais mais baixas, com precárias condições sanitárias, maus hábitos de higiene, em situação de desnutrição e em locais de aglomerações tais como creches, escolas, asilos e orfanatos, pela facilidade de contaminação e disseminação. A presença desses agentes etiológicos pode aumentar sobremaneira, tanto em quantidade quanto em qualidade, conforme as alterações ambientais sejam favoráveis à presença e manutenção concomitante de diversos tipos de parasitas, resultando no poliparasitismo, situação debilitante para o indivíduo (ZAIDEN et al., 2008). O indivíduo infectado pode apresentar diversos problemas, conforme o parasito infectante. Entre os principais danos causados, estão os distúrbios de sono e distração mental (causada pelo Enterobius vermicularis), deficiência nutricional e no crescimento (Ascaris lumbricoides), bem como náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso e má absorção (Giardia lamblia), perda de sangue, anemia, retardo físico e mental (ancilostomídeos), ulcerações intestinais, obstrução gastrointestinal, diarreia sanguinolenta e peritonite (Entamoeba histolytica) (REUTER et al., 2015). Misodor (2008) descreve em seu estudo os danos causados pelos enteroparasitas a seus portadores, como a obstrução intestinal (Ascaris lumbricoides), a desnutrição (Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura), a anemia por deficiência de ferro (ancilostomídeos) e quadros de diarreia e de má absorção

17 17 (Entamoeba histolytica e Giardia duodenalis), sendo as manifestações clínicas proporcionais à carga parasitária presentes no indivíduo. Nunes (2012) relata em seu estudo que as parasitoses podem favorecer o aparecimento ou agravamento da desnutrição, através de alterações nos mecanismos: lesão de mucosa (Giardia lamblia, Necator amerinanus, Strongyloides stercoralis, coccidios), metabolismo dos sais biliares (Giardia lamblia), competição alimentar (Ascaris lumbricoides), exsudação intestinal (Giardia lamblia, Strongyloides stercoralis, Necator americanos e Trichuris trichiura), favorecimento de proliferação bacteriana (Entamoeba histolytica), sangramento (Necator americanus, Trichuris trichiura). As opções terapêuticas são variadas na maior parte das patologias. Foi elaborada uma síntese com os fármacos disponíveis com maior eficácia e menores efeitos secundários. Os derivados benzimidazóis (mebendazol, albendazol) são o grupo de fármacos mais amplamente utilizado, devido à sua elevada eficácia e comodidade de administração (FERNANDES et al., 2012). A sensibilização através do conhecimento é uma das melhores maneiras para o cidadão conhecer, identificar, educar e se prevenir das doenças que causam danos ao homem. Projetos relacionados à prevenção de parasitoses intestinais buscam incentivar a população a adquirir hábitos saudáveis de higiene alimentar, hídricos e ambientais. O conhecimento garante a sensibilização para a educação social (DIAS et al., 2013) Amebíase Figura 1: Cisto de Entamoeba histolytica. Fonte:

18 18 As amebas que parasitam o ser humano e animais são protozoários que estão classificadas dentro do Reino Protozoa e gêneros Entamoeba, Iodamoeba e Endolimax. O gênero Entamoeba possui seis espécies, dos destca-se como enteroparasistose a Entamoeba hystolitica. A Entamoeba coli e Entamoeba díspar juntas formam o complexo histolytica. (MENEZES, 2013). Zanotto (2015) relata em seu que estudos que os gêneros Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar possuem características morfológicas idênticas, situados dentro de um mesmo complexo, no entanto, possuem graus de infectividade e patogenicidade diferentes. A presença dos comensais Entamoeba coli e Endolimax nana não constitui patogenicidade, no entanto, indica contaminação por via fecal-oral estando o indivíduo suscetível a contaminação por outros patógenos (ALEXANDRE et al., 2015). A Entamoeba díspar possui estado clínico assintomático, enquanto a E. histolytica é a espécie patogênica, causadora de doença sintomática (ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014). As amebas possuem duas formas evolutivas: o cisto que é a forma infectante ao homem e o trofozoíto que é a forma presente no intestino grosso, capaz de penetrar na mucosa intestinal e produzir ulcerações intestinais ou complicações em outras regiões do organismo, como fígado, pulmão, rim e mais raramente no cérebro. A amebíase é causada pelo protozoário Entamoeba histolytica (MARINHO, 2008; AVELAR, 2012). A transmissão da Entamoeba histolytica se da pelo consumo uso de água sem tratamento, contaminada por dejetos humanos e a ingestão de alimentos contaminados. Além disso, a falta de higiene pessoal e domiciliar pode facilitar a disseminação de cistos (AVELAR, 2012). Após ser ingerido, o cisto maduro da ameba é levado para o estômago onde sofre ação do suco gástrico que retira sua camada quitinosa externa. Ao chegar aos intestinos libera o trofozoíto (forma amebóide parasitária), que irá aderir à mucosa intestinal nas porções do cólon, onde irá crescer e multiplicar-se, nutrindo-se dos detritos fecais e de enterobactérias, podendo também, invadir os tecidos do hospedeiro, conforme o ciclo biológico na figura 2: (ZANOTTO, 2015).

19 19 Figura 2: Ciclo biológico da Amebíase no organismo humano. Fonte: Menezes, Esses processos provocam a escavação e ferimentos na mucosa intestinal, sendo responsáveis por desenvolver disenteria amebiana, com a manifestação por diarreia muco sanguinolenta intermitente, febre, desidratação e septicemia secundária podendo levar ao óbito quando não tratada (MENEZES, 2013). Quando invade a corrente sanguínea, é possível produzir os chamados amebomas, decorrentes da presença do parasita em diversos órgãos tais como pulmões, pele, coração, e até cérebro (raramente), caracterizando a chamada amebíase extra-intestinal, com complicações fisiológicas severas. Atinge principalmente o fígado, ocasionando processos inflamatórios e necróticos (NUNES, 2012; ZANOTTO, 2015). Já as amebas do gênero Entamoeba dispar não possuem potencial invasivo aos tecidos humanos, porém, podem perfurar a mucosa intestinal, gerando episódios de cólicas e de diarreia com muco, sem sangue, caracterizando a colite não-disentérica. Essa ameba, como as demais amebas não patogênicas, não possui tratamento medicamentoso preconizado nos protocolos estabelecidos pela OMS (ZANOTTO, 2015).

20 20 O diagnóstico laboratorial comum é realizado por pesquisa de formas císticas em fezes consistentes e trofozoíticas em material fecal diarreico ou pastoso. Em casos de pesquisa inespecífica em fezes, é realizado o imunodiagnóstico e a reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para pesquisa de anticorpos específicos contra o parasita no soro do paciente e o ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de coproantígenos nas fezes (ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014). O tratamento geralmente é realizado com Metronidazol (35-50 mg/kg/dia e máx. 750 mg), com 3 tomadas diárias entre 7-10 dias; Tinidazol (50 mg/kg/dia e máx. 2 g), com tomada diária única entre 3-5 dias; Cotrimoxazol (800 mg sulfametoxazol mg trimetoprim), com 4 tomadas diárias por 7 dias. Deve também associar-se a terapêutica endoluminal (paromomicina, iodoquinol e diloxanida) (FERNANDES et al., 2012). Como medida geral para controlar ou amenizar esses parasitas deve-se impedir a contaminação fecal da água e alimentos através de medidas de saneamento, destino adequado das fezes, educação em saúde e controle dos indivíduos infectados (ZANOTTO, 2015). No estudo de Oliveira (2013) essas medidas preventivas constituem-se de saneamento básico como tratamento da água e esgotos; higienização de alimentos crus (vegetais e frutas) com detergentes, seguido de imersão em solução de vinagre, ácido acético ou solução de cloro e água por 10 a 15 minutos; a água somente após ser fervida fica totalmente livre destes protozoários; e hábitos de higienização das mãos. E a fiscalização pela vigilância sanitária aos prestadores de serviços na área de alimentos também é de suma importância para a prevenção desses patógenos.

21 Ancilostomíase Figura 3: Ovo e verme adulto de Ancylostoma duodenale e Necator americanus. Fonte: A ancilostomíase também conhecida como Amarelão, é causada pelo Ancylostoma duodenale e Necator americanus. São geo-helmintos, e a fêmea produz cerca de 10 a 20 mil ovos por dia. Ao ser eliminado no solo irá ocorrer a evolução das larvas, tornando-se posteriormente infectante, em que é capaz de penetrar a pele do hospedeiro e, por via linfática ou venosa chegar ao pulmão, alvéolos, árvore respiratória e então será deglutida e chegar ao intestino delgado onde se transforma em verme adulto (AVELAR, 2012; NUNES, 2012). Os ovos de ancilostomídeos são indistinguíveis, sendo denominados de ovo de Ancylostoma sp. As larvas rabditóides de A. duodenale e de N. americanus são também indistinguíveis, por isso são designadas de larvas de ancilostomídeos (MONITORIAPARASITO, 2010).

22 22 Figura 4: Larva de Ancylostoma sp. Fonte: Outra via de transmissão para alcançar o hospedeiro é a ingestão da larva A. duodenal (figura 4). O Necator americanus não pode ser transmitido por esta via. Os vermes adultos se fixam a parede intestinal delgado fazendo intensa espoliação sanguínea, lesionando o tecido. A eliminação de ovos nas fezes demora em torno de 8 a 12 semanas após a infecção (MARINHO, 2008; LODO et al., 2010). As larvas penetram a pele, atingem a circulação e migram até o coração e de lá para os alvéolos pulmonares. Dos alvéolos, seguem para os brônquios, traquéia, laringe, faringe, esôfago, estômago e intestino delgado, onde irá transforma-se em adultos. No intestino as fêmeas e os machos irão acasalar, após o acasalamento as fêmeas depositam os ovos, que misturam-se as fezes, e são eliminados no solo. A diferença da Ancilostomíase em relação à ascaridíase é que, neste caso, os ovos eclodem no solo e liberam as larvas, conforme o ciclo biológico na figura 5: (SOBIOLOGIA, 2017). Figura 5: Ciclo biológico da Ancilostomíase no organismo humano. Fonte:

23 23 Geralmente a infecção por estes parasitas é assintomática, porém quando ocorrem os sintomas, a gravidade dos mesmos dependerá da carga infectante, da espécie do ancilostomídeo, da sua localização da capacidade imunológica e nutricional do hospedeiro. Na fase aguda é comum que ocorram sintomas como: dermatite larvária, pneumonite larvária, epigastralgia, palpitações cardíacas, vertigens, distúrbios gástricos como náuseas, vômitos, flatulência, diarreia. Na fase crônica pode ocorrer anemia ferropriva, anorexia, fraqueza, cefaleia, sopro cardíaco, palpitações (MARINHO, 2008; NUNES, 2012). Rocha; Fonseca e Maia (2014) e Moraes (2016) relatam em seu estudo que as manifestações clínicas mais importantes incluem distúrbios gástricos agudos caracterizado por dor gástrica, náuseas, vômitos, diarreia, constipação e flatulência. Em crianças, os casos mais graves podem causar prejuízo ao desenvolvimento físico e intelectual devido deficiência prolongada de ferro, resultado da infecção de ancilostomídeos. O diagnóstico clínico baseia-se na anamnese do paciente, associando aos sintomas da fase aguda (cutâneos, pulmonares intestinais, seguidos ou não de anemia) e o laboratorial, que é realizado pelo exame parasitológico de fezes, com a pesquisa de ovos ou vermes adultos através das técnicas de Kato-Katz, Willis ou Faust e HPJ (Hoffman, Pons e Janer; ou Método da Sedimentação Espontânea) (MARINHO, 2008; AVELAR, 2012). O tratamento geralmente é feito com Albendazol (400 mg, dose única); Mebendazol/Flubendazol (100 mg, 12/12h) durante 3 dias; Pamoato de pirantel (11 mg/kg e máx. 1 g), com tomada diária única por 3 dias (FERNANDES et al., 2012). Também deve ser realizada como tratamento a suplementação nutricional com sulfato ferroso, e uma dieta rica em ferro e outros sais minerais, além de vitaminas e outros nutrientes (MARINHO, 2008; ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014). A prevenção consiste em melhorias de saneamento básico, educação sanitária, evitar uso de adubos com fezes humanas e a utilização de calçados, já que larvas penetram o indivíduo através dos pés (NUNES, 2012; ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014).

24 Ascaridíase Figura 6: Verme Ascaris lumbricoides. Fonte: A ascaridíase é causada pelo parasita Ascaris lumbricoides que quando adulto, mede cerca de 20 a 30 cm de comprimento e apresenta cor leitosa. São encontrados no intestino delgado, principalmente no jejuno e íleo, e cada fêmea fecundada é capaz de depositar em média ovos por dia (AVELAR, 2012). A transmissão do parasita ocorre através da ingestão de água e alimentos contaminados com ovos embrionados ou hábitos de higiene pessoal (ZANOTTO, 2015). Os ovos ingeridos passam pelo suco gástrico eles eclodem e liberam larvas infectantes no intestino delgado, estas atravessam a mucosa intestinal e, chegam até o sistema porta, e atingem o fígado e os pulmões. Após 10 a 14 dias, as larvas maduras ainda nos pulmões, penetram os alvéolos pulmonares e árvore traqueobrônquica sendo eliminadas pela expectoração ou deglutidas. Quando deglutidas retornam pela faringe, estômago, e chegam ao intestino delgado onde tornam-se adultos e adquirem maturidade sexual, se reproduzem e depositam os ovos, que serão liberados nas fezes, conforme o ciclo biológico exibido na figura 7 (AVELAR, 2012; MENEZES, 2013; MORAES, 2016).

25 25 Figura 7: Ciclo biológico da Ascaridíase no organismo humano. Fonte: Zanotto (2015) afirma em seu estudo que os vermes na fase adulta podem atingir até 40 centímetros de comprimento, multiplicar-se e em casos de hiperinfestações podem chegar até 600 vermes adultos, que podem ocorrer na dependência do binômio parasita-hospedeiro e de fatores ambientais circundantes. A ascaridíase pode ser assintomática ou sintomática. As manifestações clínicas comumente apresentadas são irritação brônquica (a larva pode contaminar as vias respiratórias, apresentando tosse, catarro com sangue ou crise de asma), falta de apetite, cólicas abdominais, náuseas, êmese e irritação no sistema nervoso. Em casos mais graves, grande número de vermes pode ocorrer obstrução intestinal (tufo de áscaris), do colédoco (icterícia obstrutiva), da ampola de Vater ou do canal de Wirsung apendicite e pancreatite (NUNES, 2012; OLIVEIRA, 2013; MORAES, 2016). No estudo de Fernandes et al. (2012) as manifestações clínicas são descritas como queixas inespecíficas de dor ou desconforto abdominal e sintomas de má absorção quando a infecção é prolongada. Na fase de migração da larva pode haver envolvimento pulmonar, sob a forma de pneumonite transitória aguda, com febre e eosinofilia (Síndrome de Löffler), que pode ocorrer semanas antes da sintomatologia gastrointestinal. Clerici e Pigatto (2015) afirmam em seu estudo que os danos mais graves interferem sobre estado nutricional, crescimento e função cognitiva em escolares. E as infecções por A. lumbricoides apresentam maior incidência em lugares onde há

26 26 aglomerados de pessoas, sendo a transmissão facilitada por contato pessoa-pessoa ou por contaminação do alimento e água (típicas do ambiente escolar). O diagnóstico clínico tem como dificuldade por ter sintomatologia assintomática. O diagnóstico laboratorial é feito através da pesquisa de ovos nas fezes, pelo método de sedimentação espontânea ou pelo método de Kato-Katz (AVELAR, 2012). O Tratamento farmacológico é feito com Albendazol (400 mg), dose única; Mebendazol/Flubendazol (100 mg, 12/12h), durante 3 dias ou com 500 mg em dose única; Pamoato de pirantel (11 mg/kg e máx. 1 g), com tomada diária única por 3 dia. Em casos de risco de obstrução intestinal ou biliar dever administrado Citrato de piperazina (75 mg/kg/dia e máx. 3,5 g), com tomada diária única durante 2 dias (FERNANDES et al., 2012). A prevenção desta patologia deve ser realizada através de medidas de saneamento básico e implementação de educação sanitária, higienização das mãos (principalmente antes de qualquer refeição), higienização de frutas e verduras com água tratada e higiene pessoal (NUNES, 2012; OLIVEIRA, 2013) Estrongiloidíase Figura 8: Larva filarióide de Strongyloides stercoralis. Fonte:

27 27 É causada pelo Strongyloides stercoralis, o menor parasita que o causa infecção ao homem, medindo cerca de um a dois milímetros. Este helminto apresenta várias fases evolutivas, que podem ser vistas durante seu ciclo: fêmea partenogenética parasita, larva rabditoide, larva filarióide, macho e fêmea de vida livre (AVELAR, 2012; MENEZES, 2013). Parte do ciclo do S. stercoralis ocorre no solo e mantém seu ciclo sem deixar o hospedeiro através de reinfecção interna e externa, onde é capaz de propagar formas adultas de vida livre que se multiplicam sexuadamente sendo responsáveis pela perduração dos focos de infecção (ZANOTTO, 2015). A transmissão ocorre pela heteroinfecção, quando as larvas presentes no solo penetram no homem pela pele; autoinfecção interna, os ovos eclodem no intestino e assumem a forma infectante penetrando na mucosa; e autoinfecção externa, onde as larvas penetram na pele pela região perianal (AVELAR, 2012). A forma de transmissão da amebíase em humanos se da por meio da ingestão de água e/ou alimentos contaminados por dejetos contendo cistos do protozoário. Animais domésticos (gatos e cachorros), também podem ser reservatórios deste parasita. (MANFROI; STEIN; CASTRO FILHO, 2009). As larvas filarióides em solo contaminado penetram na pele do hospedeiro humano iniciando o ciclo parasitário e são transportados para os pulmões penetrando nos espaços alveolares, são transportados através da árvore bronquial para a faringe, onde são engolidos e, em seguida, atingem o intestino delgado. No intestino delgado, tornam-se vermes fêmeas adultas e produzem ovos por partenogénese, que posteriormente, eclodem surgindo larvas rabditoides (não infectante) podendo ser eliminado pelas fezes ou podendo causar autoinfecção (MENEZES, 2013). Pode ocorrer, também, auto-endoinfecção, quando as larvas passam a ser filarióides (filárias), no interior do próprio hospedeiro, sem passar por fase evolutiva no meio externo. Auto-exoinfecção ocorre quando as larvas filarióides se localizam na região anal ou perianal, onde novamente penetram no organismo do hospedeiro, conforme o ciclo biológico na figura 9: (OLIVEIRA, 2013).

28 28 Figura 9: Ciclo biológico da Estrongiloidíase no organismo humano. Fonte: Oliveira, O período de incubação ocorre no prazo de 2 a 5 semanas entre a penetração na pele e o aparecimento de larvas rabditoides nas fezes. O período para a manifestação dos primeiros sintomas é variado e a fase de transmissibilidade acontece enquanto o homem portar larvas infectantes (OLIVEIRA, 2013). As primeiras manifestações clínicas ocorrem no momento da penetração da larva na pele, aparecimento de sintomas urticariformes e vermelhidão local. Quando as larvas atingem a corrente sanguínea ou linfática, elas migram até os pulmões causando manifestações asmatiformes com hemorragias pulmonares e quadros de pneumonia, nesses casos é possível evidenciar larvas no escarro e lavado brônquico dos indivíduos doentes (ZANOTTO, 2015). As manifestações clínicas mais comuns são indigestão, vômitos, cólicas com dores abdominais, perda de peso, diarreias, esteatorréia e enteropatia perdedora de proteína. Em casos mais graves podem ser observados ulcerações, estenoses e edema do duodeno com pregas mucosas irregulares. Casos fatais podem ocorrer devido ás hiperinfecções em indivíduos imunocomprometidos, sendo de início repentino, apresentando febre, dor abdominal generalizada e distensão abdominal. Múltiplos órgãos podem ser acometidos devido à disseminação de larvas pelo corpo, resultando em bacteremia e septicemia. As manifestações cutâneas incluem

29 29 petéquias e púrpuras. O comprometimento pulmonar apresenta tosse, sibilos e hemoptise (ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014). A estrongiloidíase em sua forma grave pode acarretar lesões granulomatosas com hemorragia, necrose, microulcerações, produção de muco abundante (evidente no aspecto das fezes diarreicas), perda da capacidade absortiva da parede intestinal com perfuração, fibrose e infecções peritoneais que podem levar o indivíduo ao óbito (ZANOTTO, 2015). O diagnóstico pode ser feito pelo exame de fezes onde irá avaliar a presença de larvas ou ovos presentes nas fezes. Os métodos de Baermann-Moraes e Rugai os mais adequados para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercoralis, e o de Hoffman sedimentação espontânea apresenta sensibilidade para pesquisa de ovos de helmintos e cistos de protozoários (MARZAGÃO et al., 2010). As larvas poderão ser procuradas nas fezes (cultura de larvas durante 1-7 dias), no conteúdo duodenal e na expectoração (FERNANDES et al., 2012). O tratamento é realizado com Ivermectina (200 μg/kg/dia) com tomada diária única por 2 dias; Albendazol (400 mg 12/12h), durante 7 dias (FERNANDES et al., 2012). A prevenção consiste em práticas de saneamento básico adequadas, utilização de calçados e tratamento dos casos (ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014). Oliveira (2013) descreve em seu estudo as principais recomendações para se prevenir dos riscos de infecção que constituem em, evitar construir fossas próximas a fontes de água potáveis, higiene frequente dos sanitários, areia de parquinhos deverem ser trocadas frequentemente. Medidas individuais como não não andar descalço, lavar bem as roupas íntimas e de cama, ter cuidados básicos de higiene, usar instalações sanitárias adequadas, lavar as mãos antes de alimentar-se e lavar as mãos depois de ir ao banheiro.

30 Tricuríase Figura 10: Ovos e verme adulto de Trichuris trichiura. Fonte: É uma doença causada pelo parasita Trichuris trichiura, que é um nematóide que se localiza no intestino grosso. O adulto mede de 3 a 5 cm de comprimento e seus ovos apresentam um formato elíptico característico com poros salientes e transparentes em ambas extremidades. Como os ovos são extremamente resistentes no meio ambiente, têm uma maior chance de serem disseminados pelo vento ou pela água e contaminar alimentos e serem ingeridos (AVELAR, 2012). Os vermes adultos parasitam principalmente o intestino grosso, mas em infecções leves ou moderadas habitam o ceco e cólon ascendentes e em infecções maciças também habitam o cólon distal, reto e porção distal do íleo. A região mais delgada do parasito fica mergulhada na camada epitelial da mucosa intestinal, região onde se alimenta principalmente de restos de enterócitos, e a região posterior fica exposta no lúmen intestinal o que facilita a reprodução e a eliminação dos ovos (OLIVEIRA, 2013). A infecção pelo helminto Trichiura trichiura ocorre através da ingestão dos ovos embrionados contidos na água ou alimentos contaminados. Quando chegam ao intestino delgado esses ovos eclodem e a larva invade as microvilosidades intestinais, onde passa por um período de maturação até a fase adulta, posteriormente migrando até as porções cecal e retal do intestino grosso, mostrado no ciclo biológico na figura 11. A quantidade de vermes albergados, a idade do indivíduo e o seu estado nutricional irão influenciar nas manifestações clínicas de cada paciente (ZANOTTO, 2015).

31 31 Figura 11: Ciclo biológico da Tricuríase no organismo humano. Fonte: A gravidade da tricuríase depende da carga parasitária, mas também têm importantes influências como idade do hospedeiro, estado nutricional e a distribuição dos vermes adultos no intestino. A maioria dos pacientes com infecção leve se apresenta assintomático, já os moderados apresentam sintomatologia intestinal discreta, ou quando for uma infecção mais grave podes ser observados: dores de cabeça, dor epigástrica e no baixo abdômen, diarreia, náusea e vômitos (AVELAR, 2012). Os indivíduos afetados podem manter-se assintomáticos ou desenvolver um quadro disentérico (dor abdominal, tenesmo, diarreia mucosanguinolenta) ou colite crónica, frequentemente com tenesmo e prolapso retal, retardo do crescimento, déficits cognitivos e do desenvolvimento e até mesmo anemia (FERNANDES et al., 2012; ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014). O diagnóstico clínico não é específico devendo ser realizado o laboratorial, através da pesquisa de ovos típicos nas fezes, pelos métodos de sedimentação espontânea ou por centrifugação através da realização do método de Kato-Katz (MARINHO, 2008). O tratamento é feito com Mebendazol/Flubendazol de 100 mg, em 12/12h, 3 por dias ou 500 mg, em dose única; Albendazol de 400 mg, dose única (3 dias se

32 32 infestação abundante). A terapêutica com ferro é introduzida para tratamento da anemia (FERNANDES et al., 2012). A prevenção deste parasita se da através de higiene pessoal, educação sanitária da população, introdução de políticas de saneamento ambiental, melhoria das condições sanitárias e eliminação do uso de fezes como adubo (ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014; ZANOTTO, 2015) Enterobíase Figura 12: Ovo e verme adulto de Enterobius vermicularis. Fonte: Os Enterobius vermicularis (oxiúrus) são pequenos vermes esbranquiçados de 2,5 a 12 mm, que podem ser observados nas margens do ânus, nas fezes e por vezes na urina das meninas, por arrastamento durante a micção (FERNANDES et al., 2012). Os parasitas adultos vivem no ceco e apêndice, sendo que a fêmea, repleta de ovos é encontrada na região perianal. O ovo apresenta aspecto grosseiro de um D, pois um dos seus lados é achatado e o outro convexo. Este ovo eliminado já embrionado, se torna infectante em poucas horas e ao ser ingerido pelo hospedeiro, no intestino delgado, eclode saindo as larvas rabditides que transformam em duas mudas e chegam ao ceco onde se transformam em vermes adultos (AVELAR, 2012). Os mecanismos de transmissão dessa parasitose podem ser descritos como transmissão pessoa a pessoa ou por fômites. Pode ocorrer transmissão indireta quando os ovos presentes na poeira, alimentos, utensílios domésticos ou roupas contaminadas atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou. Quando o hospedeiro

33 33 ingere os ovos os mesmos eclodem no intestino delgado. As larvas migram pela mucosa intestinal até o ceco e intestino grosso, onde atingem a maturidade. (MARINHO, 2008). A heteroinfecção ou primoinfecção ocorre quando os ovos atingem um novo ou o mesmo hospedeiro (forma indireta). Quando ocorre a transmissão dos ovos da região perianal à boca do individuo, criança ou adulto é denominado autoinfecção interna ou direta. No processo de autoinfecção interna as larvas eclodem dentro do reto migrando para o ceco e lá se convertem em vermes adultos; já na retroinfecção as larvas eclodem externamente a região perianal, penetram o ânus e migram em direção ao intestino grosso onde se transformam em vermes adultos, conforme o ciclo biológico na figura 13 (ZANOTTO, 2015). Figura 13: Ciclo biológico do Enterobíase no organismo humano. Fonte: As principais manifestações clínicas deste parasita incluem prurido anal intenso, especialmente à noite; náuseas, dor abdominal, emagrecimento e diarreia. Provocam poucas lesões significativas na mucosa, exceto em casos de infecções maiores. Na região perianal e períneo, pode haver laceração da pele, com hemorragia, dermatite e infecções secundárias. Localizações ectópicas podem se manifestar como uretrite e vaginite (MARINHO, 2008).

34 34 Rocha; Fonseca e Maia (2014) afirmam em sua pesquisa que a infecção normalmente não causa sérios problemas. As manifestações mais comuns são prurido e sono inquieto devido a coceira perianal e perineal. O diagnóstico laboratorial geralmente é feito através do exame de fezes, porém neste caso ele pode não ser muito eficiente. O melhor método é o da fita adesiva ou o método de Graham (AVELAR, 2012). O exame parasitológico de fezes para o diagnóstico desta infecção não é recomendado já que seus ovos são encontrados apenas em 5% dos casos. A forma mais simples de fazer o diagnóstico é identificar os ovos mediante a colocação de uma fita-cola sobre o ânus durante a noite (altura em que as fêmeas saem para pôr os ovos), que será retirada de manhã e colada numa lâmina de vidro para ser visualizada ao microscópio. Outra possibilidade é utilizar a técnica de Graham que consiste no toque das margens anais com a parte aderente da fita-cola com a ajuda de uma espátula, logo de manhã e antes de qualquer manipulação, para fazer a recolha dos ovos (FERNANDES et al., 2012). O tratamento consiste na administração de fármacos como Mebendazol/Flubendazol de 100 mg com dose única; Albendazol de 400 mg, em dose única; Pamoato de pirantel de 11 mg/kg (máx. 1 g), dose única. Qualquer um dos fármacos deve ser repetido após 2 semanas, para evitar as re-infestações (os fármacos apenas eliminam os vermes adultos, não sendo ativos contra os ovos). Simultaneamente são necessárias medidas de higiene pessoal, limpeza das roupas e do quarto, bem como desparasitação do agregado familiar (atenção à inalação de ovos em suspensão no ar durante a limpeza da cama) (FERNANDES et al., 2012). Para a redução desta parasitose é necessário a adoção de medidas sanitárias, implantação de saneamento ambiental, tratamento de doentes e de familiares são medidas importantes para o rompimento do ciclo da enterobíase. É necessário o desenvolvimento de orientações voltadas para a educação em saúde, tendo como foco principal os hábitos pessoais de higiene, como: manter a unhas bem aparadas, evitar coçar o ânus desnudo e não levar as mãos à boca, lavar as mãos antes das refeições e após defecar e trocar diariamente roupas de cama e toalhas para evitar reinfestação. Para obter sucesso na erradicação ou controle desta parasitose, atitudes como essa devem ser frequentemente relembradas e incentivadas por parte das autoridades de saúde das comunidades locais (MENEZES, 2013).

35 Giardíase Figura 14: Cisto e trofozoíto de Giardia lamblia. Fonte: A giardíase é uma parasitose de distribuição cosmopolita. Sua transmissão é fecal-oral e com transmissão de pessoa-pessoa, principalmente entre os escolares (MARINHO, 2008). Dentre as seis espécies aceitas, Giardia duodenalis (Giardia intestinalis/giardia lamblia) é a única espécie que parasita o homem podendo infectar outros mamíferos, incluindo animais de companhia como cães e gatos e uma variedade de animais domésticos e silvestres (CORADI, 2010). A Giardia lamblia é um protozoário que apresenta duas formas evolutivas: cisto e trofozoíto. A forma cística é a forma infectante, sendo a responsável pela disseminação da doença, e a forma trofozoítica é a não infectante (forma presente no duodeno, esta que se multiplica e fixa na mucosa) (MARINHO, 2008; ZANOTTO, 2015). A transmissão é oral/anal, relacionadas ás más condições de higiene, contaminação de água e alimentos, contaminação direta se faz por transferência dos cistos através de mãos sujas de fezes para a boca e relações sexuais (principalmente em sexo anal). Animais contaminados como cães, gatos e gado também são reservatórios desse parasita. Os cistos contaminantes podem permanecer viáveis no meio ambiente por meses (OLIVEIRA, 2013). A giárdia infecta os seres humanos após a ingestão de 10 a 100 cistos, O cisto passa pelo estômago onde perde sua camada cística externa devido à ação do suco gástrico, chegando ao intestino delgado liberando trofozoítos, que colonizam sua luz e a do jejuno proximal, ligando-se à borda das células epiteliais e

36 36 multiplicando-se por divisão binária. No trato intestinal, os trofozoítos se transformam em cistos ovais contendo quatro núcleos, e eliminados nas fezes, conforme o ciclo biológico na figura 15: (ROCHA; FONSECA; MAIA, 2014). Figura 15: Ciclo biológico da Giardíase no organismo humano. Fonte: Oliveira, As manifestações clínicas do paciente infectado após duas a três semanas, período de incubação, irão depender de fatores relacionados ao parasita (número de cistos ingeridos, cepas), da resposta do hospedeiro (exposição previa, estado imune, idade, nutrição) e da duração da infecção. Pode-se classificar a giardíase em três manifestações clínicas principais: forma assintomática, forma aguda e forma crônica (ZANOTTO, 2015). A forma assintomática da giardíase é a mais encontrada em crianças e adultos e o indivíduo infectado pode continuar eliminando cistos nas fezes por um período de até seis meses. A forma aguda caracteriza-se por um quadro típico de diarreia aguda infecciosa do tipo aquosa e fétida, com dores na distensão abdominal, flatulência, náuseas, vômitos e febre baixa. A forma crônica é caracterizada por uma diarreia prolongada, sem muco, pus ou sangue nas fezes. É comum a alternância entre função intestinal normal e com constipação. Sua persistência no intestino em grande número pode levar a avitaminose, devido à

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