CONVIVÊNCIA COM A REALIDADE SEMIÁRIDA, PROMOVENDO O ACESSO A ÁGUA, SOLIDARIEDADE E CIDADANIA.

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1 CONVIVÊNCIA COM A REALIDADE SEMIÁRIDA, PROMOVENDO O ACESSO A ÁGUA, SOLIDARIEDADE E CIDADANIA. José Dias Campos CENTRO DE EDUCAÇÃO POPULAR E FORMAÇÃO SOCIAL CEPFS RESUMO A experiência vem sendo desenvolvida em comunidades rurais dos municípios de Teixeira, Cacimbas e Maturéia, no médio Sertão da Paraíba, região semiárida, desde o ano de 1994 e tem como principal objetivo promover o empoderamento social das famílias e das comunidades a partir do resgate de práticas de solidariedade, já vivenciadas pelas famílias, que possam contribuir, efetivamente, para uma melhoria na qualidade de vida, como direito humano, a partir dos potenciais locais e da gestão de recursos através da dinâmica de Fundos Rotativos Solidários. A experiência parte do princípio de que os agricultores(as) são atores sociais importantes, portanto, cumprem um papel importantíssimo no desenvolvimento comunitário, através da promoção de mudanças na realidade onde estão inseridos. O programa contempla diversas tecnologias sociais associadas às atividades educativas voltadas para a melhoria da qualidade de vida. Uma das principais inovações está na forma de trabalhar, tanto do ponto de vista metodológico como na própria concepção. Para o CEPFS, as tecnologias não são consideradas com um fim, mas, como meio. Seu uso permite um despertar das famílias como protagonistas, como consumidoras dos recursos naturais, como cidadãs e como gestoras do meio ambiente que, necessita ser ocupado, trabalhado e utilizado de maneira adequada, racional, vislumbrando um novo paradigma de desenvolvimento com qualidade de vida sustentável. APLICABILIDADE As tecnologias desenvolvidas são de fácil aplicabilidade, necessitando, para tanto da adoção de procedimentos metodológicos com abordagem participativa, incluindo ferramentas apropriadas, tais como: visitas de intercâmbio para conhecimento in loco de elementos tanto em relação ao funcionamento prático das tecnologias, como em termos técnicos focados nas implementações. Também é recomendável que sejam adotadas iniciativas de formação, tais como: oficinas e cursos que promovam a efetiva participação das famílias no processo de construção, assim como, sua apropriação, sobretudo, no tocante ao manejo da água

2 de chuva na propriedade, a partir do caminho natural da água, de modo a suscitar uma nova visão de futuro que contemple a perspectiva de uso racional e integrado dos recursos naturais, através de um olhar sistêmico e holístico, com princípios de sustentabilidade. OBJETIVOS: Geral: Capacitar agricultores e agricultoras familiares para o desenvolvimento de ações práticas e educativas com vistas a convivência com a realidade semiárida, a partir dos potenciais locais, tendo como espaços de gestão, Fundos Rotativos Solidários, já iniciados em projetos anteriores através da implementação de tecnologias sociais de convivência com a realidade semiárida ou por meio da criação de novos fundos gerados a partir dos novos apoios e projeto. Específicos: Promover a auto-estima dos agricultores e agricultoras através de ações práticas e educativas gerando e socializando conhecimentos, numa escala horizontal, por meio de intercâmbio e compartilhamento de experiências, objetivando a melhoria da qualidade de vida de forma ecológica, cultural, econômica e socialmente sustentável; Possibilitar espaços de gestão de recursos (Fundos Rotativos Solidários) que coloquem em evidência a capacidade dos agricultores e agricultoras como protagonistas na construção de mudança da realidade onde estão inseridos; Promover o debate sobre a equidade de gênero e geração, a partir das ações desenvolvidas no âmbito da convivência com a realidade semiárida, como estratégia para a sustentabilidade; Promover a interação e a incidência das experiências dos agricultores e agricultoras com as políticas públicas governamentais; Promover o empoderamento social das famílias e comunidades, a partir das implementações e inovações nas tecnologias sociais de convivência com a realidade semiárida; Promover espaços de debate a partir de ações práticas, estratégicas, visando a educação dos beneficiários em relação ao uso adequado dos recursos naturais, incluindo práticas de manejo e gestão sustentável, principalmente, da água como fonte de vida. 1. DESENVOLVIMENTO Quando a experiência foi formatada, os agricultores e agricultoras já desenvolviam algumas experiências no âmbito da convivência com a realidade semiárida, geridas através de Fundos Rotativos Solidários, portanto, havia algo que seria importante ser fortalecido, através de espaços formativos e de investimentos para inovações e implementações de novas tecnologias sociais de tal modo a promover e evidenciar, cada vez mais, o protagonismo dos mesmos no processo de

3 mudança da realidade, na época, ainda com um cenário de grandes desafios: falta de água para o consumo humano, para a produção e demais gastos das famílias; dependência das famílias com relação a carros pipas para abastecimento, sobretudo, nos anos de estiagem (seca), isolamento (predominância do individualismo), dependência em relação aos poderes públicos, insegurança alimentar; pouca socialização de informações e das experiências geradas pelos mesmos, etc. Portanto, a experiência nasceu a partir da necessidade de uma ação, com abordagem metodológica participativa, que valorizasse as experiências já existentes e o conhecimento popular, colocando-os em evidência como fruto da ação dos agricultores e agricultoras, de tal modo que os mesmos pudessem perceber a força que possuem no processo de mudanças da realidade onde estão inseridos. Nesse contexto, tanto a água captada da chuva e armazenada nas cisternas, como as tecnologias sociais hora de construção das cisternas, hora de barragens subterrâneas, tanques em fendas de pedras, barramento de água de chuva em estradas, reciclagem de água, melhoramento da água captada das chuvas, etc., em si, não são considerados como os elementos mais importantes. O destaque da abordagem se volta para os processos de diálogo e, por conseguinte, os desdobramentos através de novas descobertas e iniciativas, por parte das famílias, consideradas fundamentais, em termos de avanços e inovações no horizonte da Convivência com a realidade semiárida; ao mesmo tempo em que promovem um aprendizado mútuo. O trabalho foi inscrito no primeiro ciclo do CONCURSO: EXPERIÊNCIAS EM INOVAÇÃO SOCIAL NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE, promovido pela CEPAL com o apoio da FUNDAÇÃO W.K. KELLOGG, onde concorreu com experiências de 33 paises da América Latina e Caribe, inscritas na primeira etapa. A dinâmica apresentada chegou entre as 20 finalistas que participaram da I Feira de Experiências em Inovação Social, realizada em Santiago do Chile no período de 10 a 12 de novembro de Na oportunidade recebeu o Certificado de Menção Honrosa e o destaque de experiência com maiores características de reaplicação em qualquer parte do mundo. No ano de 2006, a Agencia Nacional de Águas - ANA, através da I edição do PRÊMIO ANA, reconheceu a experiência desenvolvida pelo CEPFS, em parceria com as comunidades rurais, na área de recursos hídricos, intitulada Convivência com a realidade Semi-Árida Construção de Cisternas para Captação e Armazenamento de água da Chuva, atribuindo-lhe o primeiro lugar na categoria Água para a Vida. No ano de 2007 o Prêmio von Martius de Sustentabilidade reconheceu a experiência como sustentável, atribuindo-lhe o 3 0 lugar na categoria humanidade. A edição 2007 do Prêmio von Martius de sustentabilidade reconheceu que a região rural, de clima semiárido, dos municípios de Teixeira Cacimbas e Maturéia, no médio sertão da Paraíba, conta com um projeto para o desenvolvimento local sustentável, partindo do princípio de que os agricultores e agricultoras estão sendo motivados a atuarem como atores sociais para influenciarem mudanças na realidade onde estão inseridos.

4 No ano de 2008 a experiência foi inscrita no prêmio Inovação em sustentabilidade, realizado pelo Instituto Ethos e a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) onde concorreu entre as 104 experiências inscritas, sendo selecionada como uma das 05 finalistas. Ainda no ano de 2008 foi finalista e conquistou o primeiro lugar na categoria tecnologia ambiental do Prêmio FIEMA 2008 (Feira Internacional de Tecnologias Ambientais), em Bento Gonçalves Rio Grande do Sul. Também no ano de 2008 conquistou o primeiro lugar na categoria humanidade do prêmio vom Martius de sustentabilidade desenvolvido pela Câmara de comercio Brasil Alemanha. Do ponto de vista metodológico, a experiência é desenvolvida através de uma abordagem participativa, de modo a tornar evidente que os atores principais de um processo de desenvolvimento rural não são as organizações nem as instituições de apoio, mas, os agricultores e agricultoras. As entidades ou instituições têm o papel ou função de apoiar e promover processos que permitam o compartilhamento e socialização das experiências que estão sendo desenvolvidas e vivenciadas pelos agricultores e agricultoras, de tal modo que eles se apropriem tanto da construção que estão erguendo, como do processo de gestão e possam interagir entre si e para com a realidade de outras regiões ou países, numa perspectiva de reaplicação e inovação. O que é saída para uma região semiárida de um determinado país, também, pode servir como orientação estratégica para outras regiões. Esse compartilhamento de experiências tanto entre os agricultores, internamente, no âmbito de uma região geográfica, como de uma região para outra, sem sombra de dúvida, é o caminho para a construção de um novo paradigma de desenvolvimento com características sustentáveis. Ainda com relação a abordagem metodológica, a experiência busca o protagonismo dos beneficiários na medida em que o agricultor(a) é considerado um ator social importante, detentor de saberes, conhecimentos e experiências que, socializadas contribui, efetivamente, para o desenvolvimento local sustentável. Na concepção tradicional de extensão e assistência técnica, esse enfoque não é dado. O agricultor(a), geralmente, é considerado como alguém que não tem conhecimentos, saberes nem experiências, estas são frutos da ação dos acadêmicos, que tiveram a oportunidade de estudar e de se aprofundar em determinadas temáticas. A abordagem metodológica desenvolvida pela experiência, hora relatada vem trilhando por outro caminho, aprofundando a afirmação de que os agricultores(as) sim são detentores de experiências, saberes e conhecimentos. Portanto, procura, através de um processo de reflexão e debate garantir o aprofundamento em vistas de avanços na concepção, afirmativa, de que a troca de experiências e informações entre os agricultores(as), somado com as informações externas e o debate é que gera um conhecimento apurado, como combustível, de boa qualidade, que permite o processo desenvolver-se, com sucesso e eficácia. A partir do aprofundamento dessa concepção, as atividades de formação são desenvolvidas a partir da necessidade dos participantes e do resgate de conhecimentos e saberes já existentes nas comunidades, porém, muitas das vezes, em estado adormecido, mas, já vivenciado por alguém na comunidade. Em outros casos a troca de experiência evidencia-se como método eficiente para a gestão do conhecimento e saberes e, portanto, a auto-estima dos agricultores e agricultoras que começam a compreender que também eles são portadores de conhecimento e saberes que, sistematizados podem ajudar a outros a despertarem para esse potencial que até então não

5 conheciam. Existe uma valorização, acima de tudo, humana. O foco principal está no ser humano e nas suas relações com o meio onde vive. Com esse enfoque o conhecimento ter valor solidário e não valor de mercadoria. Esse é, sem sombra de dúvida, um aspecto importantíssimo para o desenvolvimento sustentável que a abordagem metodológica tem buscado evidenciar. Com essa abordagem as tecnologias sociais desenvolvidas são vistas e refletidas como instrumentos geradores de processos que vão desencadeando outras descobertas e iniciativas e, permitindo um despertar das famílias como proprietárias, como consumidoras e também como gestoras do meio ambiente onde vivem que, necessita ser trabalhado numa perspectiva sustentável. Nesse contexto os Fundos Rotativos Solidários, são concebidos como dinâmica metodológica e também como uma grande inovação que o trabalho vem incentivando, promovendo e gerando novas perspectiva de desenvolvimento e empoderamento social. Eles despertam nos agricultores e agricultoras suas capacidades para promoverem o desenvolvimento de forma libertadora, através do empoderamento social das famílias e das comunidades. Ao contrário, os programas tradicionais de desenvolvimento, muitos defendidos e desenvolvidos pelos políticos conservadores, adotam abordagens geradoras de dependência. Talvez, muitos gestores ainda estejam insistindo na velha estratégia de ter os pobres, sempre, como incapazes, que nada podem fazer, e, portanto, sempre dependerão de ajudas externas. Na experiência dos Fundos Rotativos Solidários as famílias recebem apoio para a implementação de tecnologias sociais de convivências com a realidade semiárida, de acordo com a necessidade e adequação de suas propriedades e, se comprometem a devolver esse apoio para um Fundo Rotativo Solidário objetivando o desenvolvimento comunitário. Como iniciativa prática destaca-se o acesso à água como fonte de vida, dentro de um contexto e olhar sistêmico de tal modo que os agricultores e agricultoras possam exercer e aprimorar a compreensão quanto a importância do manejo adequado dos recursos naturais, dentre eles a água, em vista de uma melhor qualidade de vida, com uma visão integradora e mitigadora de impactos de modo a assegurar o uso sustentável considerando a importância desses recursos, também, para futuras gerações Resultados e Impactos Aqui são apresentados os principias benefícios gerados pela ação direta da entidade e também pela sua interação com as parcerias, executadas a partir do planejamento do ano de 2003 até dezembro de pessoas, incluindo adultos, jovens e crianças passaram a ter condições adequadas para armazenar, aproximadamente, litros de água potável, através da construção de 841cisternas.. Construção de 96 cisternas através de financiamento dos próprios Fundos Rotativos, beneficiando 158 crianças, 122 jovens e 252 adultos, somando um

6 total de 532 pessoas que passaram a ter condições adequadas para armazenar, aproximadamente litros de água potável. Beneficiamento de 98 homens e 108 mulheres, através da construção de 10 tanques em lajedos de pedra que foram transformados em área de captação e armazenamento de água de chuva, permitindo o empoderamento das famílias através da capacidade de armazenar, em torno de litros de água, contribuindo assim para a segurança hídrica. Mobilizarão e formação de homens e mulheres sobre associativismo; Mobilização e formação de 264 homens e 203 mulheres sobre manejo adequado dos recursos naturais; Mobilização e formação de homens e mulheres sobre o uso adequado da água como fonte de vida; Mobilização e formação de 839 famílias para a construção de cisternas de placas; Mobilização formação e acompanhamento a 907 homens e 847 mulheres no tocante a gestão participativa e itinerante nos Fundos Rotativos Solidários; Mobilização e formação de 409 homens e 332 mulheres para interação das experiências que as famílias estão desenvolvendo com as políticas públicas governamentais (discussão sobre Orçamento público participativo); Mobilizarão e formação de 64 homens e 80 mulheres, agricultores e agricultoras familiares, para a criação de pequenos animais (caprinos); Mobilização e formação de 781 homens e mulheres agricultores e agricultoras familiares para novas relações de gênero, a partir de iniciativas práticas (horta com economia de água, constituição de pomares domésticos, cultivo e uso de plantas medicinais e oficinas de segurança alimentar a partir do aproveitamento de frutos nativos) visando a equidade de gênero na família e nas comunidades); Mobilização e formação de homens e mulheres agricultores e agricultoras visando o fortalecimento e criação de bancos de sementes comunitários; Criação e acompanhamento a 17 bancos de sementes comunitários que conta hoje com 169 sócios homens e 179 sócias mulheres, perfazendo um total de 348 sócios e uma capacidade de armazenamento de toneladas; Mobilização e formação de 407 homens e 337 mulheres, através de visitas de intercâmbio para a convivência com a realidade semi-árida; Incentivo a reflorestamento e recuperação de áreas degradadas ambientalmente através da produção de mudas (frutíferas e florestais) que foram distribuídas entre as famílias de diversas comunidades dos municípios de Teixeira, Cacimbas, Desterro e Princesa Isabel. Mobilização e formação para luta e combate a desertificação envolvendo a participação de 438 homens e 275 mulheres. Mobilização e formação sobre mudanças climáticas envolvendo a participação de 59 homens e 26 mulheres Mobilização e participação de mulheres e homens nas comemorações da semana da água;

7 Sensibilização de famílias rurais, através de visitas de intercâmbio à experiências desenvolvida na área experimental de reciclagem de água servida para a irrigação de salvação. No ano de 2007 foi desenvolvida uma experiência, na área experimental, que permite um manejo adequado, por parte da família, em relação a captação de água de chuva. A orientação que era dada para as famílias era que fosse feito o desligamento dos canos nas primeiras chuvas, além de lavar as bicas e a cisternas com água sanitária. Ocorre que no intervalo de uma chuva para outra o telhado, geralmente, pode ser contaminado com sujeiras trazidas pelo vento, ou por pequenos insetos que estejam morando nos telhados. Portanto, não se podia dizer, com segurança que as orientações quanto aos cuidados no processo de captação assegurava uma água de qualidade. Com a experiência que foi desenvolvida esse problema é totalmente solucionado e a água utilizada para lavagem do telhado pode ser aproveitada para outras necessidades que não requeira uma excelente qualidade, em termos de potabilidade. Conforme pode ser visualizada nas fotos, a experiência consta de uma pequena caixa, ao lado da cisterna, construída com a capacidade de armazenamento de água, de acordo com a necessidade de água para lavagem do telhado. A necessidade de água para lavagem de um telhado é de dois litros por M 2. A caixa pequena é totalmente fechada e tem um suspiro em cima para ir saindo o ar na medida em que for enchendo. Na parte de baixo tem um registro de passagem para possibilitar, após cada chuva, ser dada a descarga da água armazenada. No entroncamento da bica é colocado um T, na decida, de modo que uma parte do T seja direcionada para a pequena caixa e a outra para a cisterna. Na parte do T que desce para a caixa pequena é colocada uma garrafa PET de dois litros, cortada numa certa altura. No cano que desce para a pequena caixa é colocada uma garrafa PET, de um litro, fechada. Na parte de baixo do cano há um joelho que dá direção ao cano que vai para a pequena caixa, de modo que a garrafa PET de um litro fica no pé do cano, na parte do joelho. Quando a caixa pequena enche, com a água resultante da lavagem do telhado a garra PET de um litro sobe e, encontrando-se com a parte da garrafa de dois litros veda a direção do T para a pequena caixa, permitindo que a água, totalmente limpa, tome a direção da cisterna. A água da pequena caixa deve, após toda e qualquer chuva, ser feita a descarga para que a garra de um litro volte para o seu lugar e o sistema possa funcionar bem na próxima chuva. A água da descarga pode servir para regar plantas, para colocar na descarga dos banheiros, etc. Já a água da cisterna vai ter outra qualidade, do ponto de vista de potabilidade, pois, todas as primeiras águas de todas as chuvas serão destinadas à lavagem do telhado. Com este sistema a família pode manejar bem a captação e armazenamento de água de chuva, conseguindo qualidade para a água de beber e, ao mesmo tempo, não desperdiçando a água que lava o telhado, podendo armazená-la com o objetivo de usar em outras necessidades que não requer água de primeira qualidade. Entende-se que inovações dessa natureza podem ser fundamentais, sobretudo, na atual conjuntura onde o meio ambiente começa a exigir um novo comportamento em relação ao uso sustentável dos recursos naturais. Nesse novo cenário, as famílias rurais precisam de ferramentas, apropriadas, que permitam a otimização do uso dos recursos naturais, tirando deles o máximo para o atendimento de suas necessidades, de forma sustentável.

8 Outra experiência implantada no ano de 2007, na área experimental, está voltada para o reuso da água servida, ou seja, um segundo uso da água que é usada para tomar banho, para lavar as mãos, para lavar a louça, etc. No monitoramento do sistema de reciclagem de água implantado na área experimental do CEPFS, foram auferidos dados durante 43 dias, nos meses de setembro e outubro Também se calculou a quantidade de descargas pelos banheiros da casa e a quantidade de água disponível no tanque de distribuição. Com a manipulação destes dados foi possível constatar que se pode reciclar numa casa, com um número médio de 06 pessoas, 166 litros de água por dia. Tomando em conta que um sistema de gotejamento de uma gota por segundo usa 4 litros de água por dia, se pode regar mais que 40 árvores por dia, com água reciclada, promovendo assim a otimização do uso da água como estratégia importantíssima para a região semi-árida. MEMÓRIA DE CÁLCULO Total de descargas = 655 descargas X 8 Litros por descarga = Litros Total de dias monitorado = 43 Número médio de pessoas por dia na casa = 7 Pessoas Média diária de gastos de água com as descargas : 43 = 122 Litros Média diária de gastos de água com as descargas por pessoa = 122 : 7 = 17 Litros Média anual de gastos de água com as descargas por pessoa = 17 X 365 dias = Litros Média anual de gatos de água com as descargas pela família = X 7 pessoas = L Quantidade de água reciclada em 43 dias = Litros Média diária de litros de água reciclado : 43 = 166 Litros Capacidade anual reciclagem de água pelo sistema atual 166 X 365 = Litros Quantidade de água monitorada (43 dias) que não foi para o processo de reciclagem Litros Potencial de água que poderá ser reciclada anualmente na área Dados aproximados em virtude de arredondamentos para mais ou para menos. Benefícios demonstrados pela experiência para adaptação às mudanças climáticas: conscientização social na conservação e uso sustentável dos recursos naturais; tecnologia simples; incentivo para reduzir uso de cloro e outros detergentes químicos na lavada de loucas e roupas e incentivar o uso de detergentes biodegradáveis (e.g. sabão de coco) que podem ser produzidos localmente; aumento da produção de alimentos, promovendo a segurança alimentar e nutricional das famílias, através do resgate de pomares domésticos. Essas experiências, em parte, já comprovadas seu êxito, tem um papel importante no desenvolvimento sustentável da região semi-árida e, portanto, sua disseminação é estratégica, sobretudo, numa perspectiva de difusão e busca de absorção por parte das políticas públicas governamentais. Do ponto de vista de impactos, registram-se, também alguns indicadores importantes que revelam a incidência da experiência no melhoramento da saúde

9 humana, inclusive na infância. Os problemas de saúde nas comunidades iam além das diarréias e dores provocadas pelo levantamento das pesadas latas d água. As noites sem dormir pensando na incerteza diária de ter ou não água para o consumo da família, também, prejudicava a saúde dos sertanejos, principalmente, das mulheres. Segundo depoimentos das próprias mulheres a falta de água dá muito nervoso, dá dor mental. A gente não dormia de noite, não tinha sossego um só dia. A água das cisternas, além de liberar várias horas no dia, principalmente, das mulheres, melhorou a saúde e reduziu, significativamente, a mortalidade infantil, porque a água anteriormente utilizada pelas famílias não era apropriada para o consumo humano. Em Teixeira, segundo informações da secretária de saúde, em contato direto, no primeiro semestre de 2004, a mortalidade infantil, entre 1998 e 2003, caiu de 82,64 óbitos por mil nascidos vivos para 22,3 uma queda de 60%. Nesse período foram construídas 348 cisternas na zona rural do município. As mortes dos recémnascidos, na grande maioria, eram causadas por diarréia. A seguir relatam-se dados e depoimentos, extraídos de artigo produzido por Ligia Maria...(2005), dirigida a 73 mulheres agricultoras e 30 jovens (agricultores e agricultoras, na faixa etária de 14 a 24 anos) que, de alguma forma, participaram das ações desenvolvidas pelo CEPFS. Perguntado: As ações desenvolvidas nas comunidades trouxeram alguma melhoria na qualidade de vida das famílias? Das pessoas entrevistadas 100% afirmaram que sim e que melhorou principalmente a qualidade de vida e atribuíram essa melhoria a construção das cisternas. Uma pessoa disse que as cisternas e a criação de cabras melhoraram muito a vida das famílias porque têm água de boa qualidade e as famílias com saúde têm mais disposição para a vida comunitária. Outras melhorias atribuídas: redução de doenças, saúde para todas as famílias; tranqüilidade para as mulheres; hoje toda a família dorme mais, depois das cisternas, só vieram coisas boas: saúde, menos trabalho e tranqüilidade para a família; facilitou a vida da família; melhorou muito. Melhorou muito, só pegamos água de poço para a limpeza da casa, melhorou a qualidade de água e a devolução do apoio que recebemos vai para os Fundos Rotativos Solidários que tem tirado as famílias do sufoco. Com água perto de casa a gente tem mais tempo para trabalhar, estudar e participar das atividades sociais na comunidade. Alguns comentários feitos por pessoas que se encontravam nos locais: A nossa vida era um verdadeiro inferno, a gente não dormia, tinha que ir pegar água a meia noite, quando voltava o dia já estava claro e aí não dava mais para dormir já era hora de começar os trabalhos. Todos sofriam muito até as crianças pegavam galão e lata de água na cabeça, minha filha vivia se queixando de dor de cabeça e tudo isso para beber água com lama, porque do mês de outubro em diante a gente trazia lama para casa. As cisternas foram uma benção de Deus porque o nosso sofrimento só a gente que sentiu na pele pode imaginar. Um dia eu ia de madrugada sofri uma queda fiquei toda arranhada, mas não podia volta porque se eu fizesse isso a minha família ia passar sede. Agradecemos primeiro a Deus e depois ao

10 CEPFS porque hoje a gente vive como gente tomando água limpa e boa, antes eu tinha até vergonha de oferecer água para uma visita. Perguntado aos jovens se consideravam os Fundos Rotativos Solidários importantes e por quê? Dos entrevistados 98,6% disseram que sim e os demais disseram que não sabiam responder. Acham importantes porque o dinheiro devolvido beneficia outras famílias, aumenta os benefícios para a comunidade; contribui para que outras pessoas sejam beneficiadas, promove a solidariedade na prática. Avalia-se que os resultados expressam, em parte, impactos significativos que a experiência vem produzindo. O principal aspecto inovador que os resultados apresentam não trata em si do benefício, ou seja, das cisternas que foram construídas, ou a água que foi captada e armazenada, mas, o grande referencial de inovação está no processo que as tecnologias permitem desenvolver, motivado pela construção das cisternas e constituição ou formação dos Fundos Rotativos Solidários. Pode-se assim compreender que ambos, tanto a construção das cisternas (tecnologia) como a formação dos Fundos Rotativos Solidários são instrumentos que permitem a mobilização das famílias para um diálogo e, por conseguinte, descobertas de várias outras necessidades e iniciativas que se deslocam na perspectiva de construção de um referencial de desenvolvimento, sustentável e participativo, evidenciando os agricultores e agricultoras como protagonistas do processo de mudanças que está sendo vivenciado em plena região semi-árida. Na opinião das mulheres, de acordo com um artigo produzido por Claudia Sonda...(2001) indiscutivelmente as cisternas proporcionaram a melhoria de qualidade de vida para todas as famílias que aderiram à dinâmica. As evidências são muitas. Antes das cisternas, as mulheres e as crianças, que em geral são os que buscam água para a casa, acordavam de madrugada, entre 24:00 h a 4:00 h e andavam cerca de 1 a 6 km até as fontes mais próximas, normalmente, cacimbas ou açudes. Carregavam a água em latas, na cabeça ou sobre o lombo de jumentos. Perdiam muito tempo esperando, havia muitos conflitos nas cacimbas, brigas entre as mulheres, falta de solidariedade entre todos. A água era poluída, principalmente por fezes e urina de animais (guará, sapos, cachorros, entre outros). Na comunidade de São Francisco foi mencionado também que a água continha agrotóxicos utilizados nas hortas de cenoura. Havia muitas doenças, principalmente nas crianças; as mais citadas foram a diarréia, ameba, verminoses, giárdia, dengue e cólera. As mulheres também relataram que até hoje apresentam problemas (dores) na coluna. Síntese sobre a vida das mulheres, antes da chegada das cisternas, segundo depoimentos das próprias mulheres: Acordavam de madrugada, entre 24:00 h e 4:00 h da manhã. Andavam 1 a 6 km para buscar água. Carregavam água na cabeça e na carroça de jumento.

11 Ocorriam várias doenças: diarréia, verminoses, cólera, dengue, ameba, pneumonia, tosse, falta de ar, giárdia, gripe. A água era contaminada (urina de guará, fezes de sapos, querosene; cachorro tomava banho, agrotóxicos usados na cenoura), barrenta, sem tratamento, salgada. As fontes de água: cacimbas, barreiros; não havia onde armazenar água; dormiam pouco, saíam cedo e voltavam tarde; havia pouca água, às vezes nem a encontravam. Havia muitas brigas por água nas cacimbas, as pessoas não colaboravam com a limpeza do local. Haviam muitas doenças adquiridas com o transporte da água: dores na coluna, nas pernas e na cabeça. Perdiam tempo esperando juntar água nas cacimbas. A água para lavar roupa ainda ficava mais longe. As crianças adoeciam muito. Síntese sobre a vida das mulheres depois das cisternas, segundo depoimentos das próprias mulheres. Melhorou/facilitou a vida da dona de casa. Água limpa, sem poluição, sem veneno, sem sal. Há mais saúde, diminuíram as diarréias,as crianças adoecem menos. Hoje temo formas de aproveitamento/armazenamento de água da chuva. Também, os carros pipas têm como abastecer as cisternas, nos períodos de secas. A água mais perto, diminuiu o trabalho, sobra mais tempo para outras coisas (estudar, dormir, assistir novela, fazer vassouras, doces), Temos água suficiente para beber e cozinhar. Diminuíram as doenças para quem faz o manejo adequado das cisternas (tratar água com o cloro, não deixar a encanação da cisterna ligada para não pegar a primeira chuva). Melhorou a partilha da água, gestão participativa. Ficou mais fácil encontrar água nas cacimbas, para os outros fins, porque a maioria já tem cisternas Beneficiários Os beneficiários são integrantes de famílias rurais, enquadrados na categoria de agricultores familiares. A grande maioria possuem pequenas áreas de terra que varia entre 02 à 08 há. Em muitas delas a principal fonte de renda advém da aposentadoria, outra parte recebe bolsas sociais do governo que em média atinge um valor de R$ 90,00. Os produtos oriundos da agricultura, em grande parte, quando há colheita, são destinados à alimentação, apenas uma pequena parte, denominada de excedente, é vendida para cobrir algumas outras necessidades das famílias. Quando há um ano de extrema seca, algo que no passado acontecia numa escala de 8 em 8 anos, mas, atualmente a freqüências de anos secos tem aumentado, portanto, há mais anos com irregularidade pluviométrica, consequentemente, há muito sofrimento, principalmente, com relação ao acesso a água para o consumo humano. Em anos com essa característica o poder das famílias e comunidades diminui e a força dos políticos tradicionais aumenta. As famílias que ainda não tem acesso à água se submetem a beber água de péssima qualidade, expondo-se ao risco de contrair doenças, principalmente, nas crianças que, em muitos casos morrem por falta de condições para comprar medicamentos. Geralmente á água para o consumo humano e também para os gastos da casa estar na responsabilidade da mulher providenciar, portanto, nos períodos de estiagens chegam a percorrer entre 08 a 10 km para poder conseguir encontrar água, geralmente, de péssima qualidade. Essa realidade contribui para que a

12 mulher viva uma vida de stress, conseqüente aparecimento de muitas doenças. Também contribuir para dificultar a participação das mulheres na vida organizativa da comunidade. Em períodos de estiagens, como dizem os estudiosos: o deserto invoca o deserto. Cada aparecimento de uma seca parece atrair outra, maior ou menos demorada, dando à terra crescente receptibilidade para o flagelo. Os intervalos que as separam estreitam-se, acelerando-lhe o ritmo; agravando-lhe o grau termométrico das canículas que são a febre alta daquela sezão monstruosa da terra. Do ponto-de-vista político-administrativo a região está longe de ser homogeneamente desenvolvida. Ainda experimenta grandes descompassos intersetoriais no processo de desenvolvimento. Pode-se assim afirmar que o semiárido paraibano tem em si muitas particularidades, necessitando, portanto, ser considerado de tal forma quando da planificação de políticas que visem mudar as desigualdades existentes. Isso significa dizer que não se pode ter uma receita. Mesmo dentro de um mesmo município, do sertão semi-árido, podem se encontrar realidades distintas, necessitando, portanto, de serem tratadas de modo diferenciado. Nesse sentido é importante destacar que o Semiárido possui características próprias, com peculiaridades há muito tempo conhecidas, porém, não tratadas devidamente como o são. Algumas transcrições de estudiosos a respeito da temática demonstram claramente as dificuldades vivenciadas pelos sertanejos e sertanejas, o descaso e o conseqüente agravamento das vicissitudes. Esta porção significativa do território nacional e em particular da Paraíba carece há séculos carecem de políticas públicas eficientes e que tratem da questão das secas periódicas de maneira permanente, com a participação efetiva dos atores que vivenciam sua realidade, para assim, viabilizar uma vida digna, através da cidadania ativa e do protagonismo das famílias sertanejas. O Estado da Paraíba é um dos mais pobres do Nordeste. A ausência de uma indústria diversificada e dinâmica é determinante na situação de desemprego e pobreza do Estado. Em outros estados e países periféricos a agricultura desempenha um papel preponderante na economia, preenchendo lacunas da ausência da indústria na geração de emprego. De acordo com Marx Barbosa Prestes, (2005), nas últimas décadas o estado sofreu uma rápida urbanização devido a migração da zona rural para a zona urbana, de modo que 71% de sua população ocupa os espaços urbanos e 29% a zona rural. A agricultura vem sofrendo graves baixas com os problemas de solo, clima semi-árido e práticas inadequadas, não conseguindo, portanto, superar os reversos que teve com o sisal e algodão, especialmente devido ao aparecimento da corda sintética, às secas e aparecimento do bicudo. Nessa realidade, parte dos agricultores(as), principalmente, os ligados a agricultura familiar, sofrem, mas, não desistem de buscar na terra a chance de permanecer em sua região de origem. Outros que ainda não tiveram acesso a tecnologias de convivência com a realidade semi-árida, são como aves de uma determinada região, migram devido à falta de alimentação ou água, mas, tão logo sintam que houve mudanças climáticas, voltam e recomeçam a construção de seu ninho em seu habitar natural. Também há aqueles que não conseguem resistir

13 e buscam na migração, fugindo da fome e da morte, uma saída para os desafios e desigualdades vivenciadas; motivados pela imagem televisiva que transmite a beleza dos grandes centros urbanos e não dá ênfase, de forma sistemática, aos desafios que crescem, constantemente, nas periferias, gerando miséria, violência e prostituição Participação das famílias As famílias, enquanto integrantes da sociedade e também beneficiárias participam dos espaços educativos (eventos de formação) e, na implantação das tecnologias entram com a contra partida da escavação do buraco, no caso das cisternas. Também participam dos mutirões nas construções, ou seja, a mão de obra não especializada (auxiliar de pedreiros) é assumida pelas famílias. Também participam dos espaços de monitoramento e gestão através dos encontros itinerantes que acontece a cada último domingo de cada mês, onde debatem e interagem aprofundando as experiências apresentadas. Participam também das oficinas comunitárias de avaliação e assembléias ampliadas de avaliação e planejamento. As comunidades, através das associações comunitárias, constituem-se importantes espaços de gestão, monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas pelas famílias, das quais são beneficiárias. São nesses espaços coletivos de gestão, onde acontece a socialização do ponto de vista financeiro e, também, o monitoramento e avaliação sobre as experiências implantadas. Também são nesses espaços onde são levantadas as demandas para a formatação do plano de ação do projeto, as novas iniciativas a partir das descobertas que o processo vai proporcionando, as inovações, etc. Há também visitas de intercâmbio de agricultores e agricultoras de outras regiões, também estudantes da universidade e de escolas públicas que buscam beber da experiência que vem sendo desenvolvida e assim melhor poder interagir em suas localidades a partir dos potenciais de limites existentes Sustentabilidade A sustentabilidade das ações tem sido trabalhada por duas vias: a partir das próprias ações, na medida que está sendo trabalhado o enfoque temático gênero e geração, aprofundando a importância da busca coletiva por saídas, estratégicas, para a convivência com a realidade semi-árida, por parte das famílias, de modo a conjugar ou associar as idéias das mulheres, dos jovens, idosos e crianças e, por outro lado, também, se trabalha os aspectos financeiro e gerencial a partir dos Fundos Rotativo Solidários, como suporte para o desenvolvimento comunitário. A diversidade de iniciativas (necessidades) que estão sendo apoiadas pelos Fundos Rotativos Solidários é significativa e nasce da flexibilidade existente no processo de gestão onde, os próprios integrantes decidem quem e como devem receber apoios para enfrentar as dificuldades que estão sendo vivenciadas.

14 O aspecto, talvez, mais interessante do sistema é que as decisões são tomadas pela comunidade. Esta tem um poder real e se responsabiliza solidariamente pelo cumprimento das decisões tomadas. É o grupo (ou a Associação secundo os casos) que se responsabiliza pela gestão do Fundo: cobrança das devoluções, compra do material, seleção ou sorteio dos beneficiados, discussão dos casos de inadimplência, etc. Não podemos afirmar que não há nenhum problema - a aprendizagem da democracia não se faz do dia para a noite mas, na maioria dos casos, o sistema funciona relativamente bem, e há um número significativo de casos que são, realmente, exemplares. Essa lenta aprendizagem da tomada de decisões de forma democrática é um passo importante para a organização da comunidade e o exercício da cidadania. Por isso, os Fundos Rotativos Solidários têm efeitos políticos mais profundos; os agricultores e agricultoras vão se descobrindo e firmando ou ampliando sua capacidade de construir saídas para os desafios que enfrentam, por conta própria, sem depender de favores eles vão ganhando autonomia e auto-confiança, primeira condição para iniciativas mais ousadas. Essa dinâmica resgata a dignidade dos agricultores(as), que passam a entender que não devem ser considerados como esmoleiros, mas, como cidadãos capazes de conduzirem seus próprios destinos. Ao contrário, nas condições habituais do crédito bancário, estão em situação de inferioridade, submetidos a exigências burocráticas (por eles identificadas como humilhação ). Sem contar que, no Banco, são obrigados a pagar por tecnologias e pacotes geralmente inadequados as suas possibilidades e lógicas financeiras e, na maioria das vezes, também de gestão, de capacidade de apropria-se. Os agricultores(as) familiares organizados no sistema dos FRS estão se fortalecendo como atores sociais na medida em que sua vivência de solidariedade familiar e comunitária se traduz em organização eficaz. O sistema dos Fundos Rotativos Solidários reforça as associações e lhes dá condição de assumir um papel mais pró-ativo no desenvolvimento comunitário e municipal. Os testemunhos dos participantes são eloqüentes nesse sentido. Considerando a herança assistencialista, histórica, promovida, principalmente, pelos programas governamentais, percebe-se que a experiência dos Fundos Rotativos Solidários é bastante inovadora e surge como um processo de reeducação em vista de um novo paradigma de desenvolvimento, onde se resgata a participação efetiva das famílias, gerando auto-estima e empoderamento social. De acordo com Ghislaine Duque...,(2005), seu objetivo e apoiar a experimentação e difusão na comunidade de técnicas e inovações que contribuam para uma melhor convivência dos produtores com a realidade semi-árida. Nesse contexto, há que se considerar, nesse contexto que os avanços conseguidos, são realmente avanços, são inovadores. Trata-se de uma situação onde as famílias experimentam uma nova dinâmica organizativa para viverem melhor, em comunidade, mas, essa nova dinâmica está sempre sendo ameaçada pela influência daqueles que tem a

15 concepção de dominação e, por isso, buscam a todo custo destruir as formas de organização inovadoras. Esse é o grande desafio que a experiência vem enfrentando e continuará enfrentando, com certeza, por muitos anos pela frente. Entretanto é percebível que a dinâmica tem um papel importantíssimo na sustentabilidade das ações desenvolvidas em vista do desenvolvimento sustentável, tanto no campo educativo, como na parte de suporte financeiro. Registram-se aqui alguns depoimentos de lideranças e integrantes de famílias que participam da dinâmica dos Fundos Rotativos Solidários. São beneficiários que estando diretamente lidados as experiências testemunham sua importância enquanto ferramenta de aporte a continuidade das ações que o projeto vem desenvolvendo em vista do desenvolvimento comunitário, dentre elas, a otimização do uso dos recursos naturais em vista de uma melhor e mais sustentável qualidade de vida para essa e futuras gerações: O Fundo Rotativo Solidário é como embrião da organização na comunidade: uma coisa nova. Quando se diz que é importante que para tudo se tenha um grupo, residi aqui um sinal que já houve um despertar para a importância dos grupos no processo organizativo ; O Fundo Rotativo Solidário facilitou a aproximação entre os membros da comunidade e com os membros das comunidades vizinhas ; A partir da nossa organização, nós criamos uma associação de pequenos produtores e todo segundo domingo nós temos reuniões. Isso surgiu a partir do trabalho com os FRS. ; Se (a pessoa a ser beneficiada com o Fundo) não for membro, nós incentivamos para que essa pessoa se associe. Isso ajuda a reforçar a associação ; Com a constituição do Fundo a comunidade foi provocada para o processo de administrar, comprar. Isso é um incentivo para a comunidade, porque ela agora pode gerenciar esse recurso ; O dinheiro fica lá na comunidade, e é lá mesmo que eles vão gerenciar aqueles recursos. O dinheiro não volta de jeito nenhum para as entidades externas que estão apoiando a iniciativa. Então, se é uma organização, então eles mesmos recolhem o recurso, quando tem dinheiro de fazer uma cisterna ou outra coisa, planejam e fazem Então, ai começamos a perceber que tinha situações diferentes dentro da comunidade. ;

16 Fizemos um levantamento para saber quais eram os mais carentes, para encontrar soluções de incluí-los nos FRS: Com o trabalho comunitário, por exemplo ; Nós fizemos um mapa para levantar os recursos hídricos e as famílias, para ver quem precisava mais de água, para ser contemplado em primeiro lugar ; Mudou a maneira das pessoas pensarem, deixaram de ser individualistas, estão se organizando mais e adquirindo mais conhecimentos ; Na minha comunidade, o teto da casa de uma pessoa carente caiu num forte inverno. Essa pessoa tinha muitos filhos pequenos que ficaram ao relento; ai nós do grupo dos FRS nos reunimos e decidimos que deveríamos pegar o dinheiro em caixa para ajudar essa pessoa a reconstruir seu telhado ; O sentido político da solidariedade começa a aparecer: A união faz a força. É uma solidariedade que deve ajudar a comunidade, no apoio mútuo, na luta por sua libertação. Ela levar à autonomia. O que mudou foi o compromisso ; E o povo se orgulha de mostrar que é capaz ; Orgulho de não sentir compromisso com ninguém, com nenhum corrupto. Passar por perto se orgulhando. O trabalho é uma política pública. É um programa do povo ; Dá respaldo à comunidade se tiver bem organizada. É um desafio ; Olhe, mudou no seguinte: antes não tinha com quem falar, hoje já tem um líder da associação, tem presidente, um vice-presidente, que lembra dos nossos problemas e isso por sua vez leva a quem tem o dever de resolver, então de qualquer maneira, melhorou e muito ; Aqui houve um caso que apareceu um político dizendo que essas cisternas não eram para pagar. Mas, a gente esta procurando mostrar que a gente não trabalha com o dinheiro do governo, a gente trabalha com o dinheiro da associação. A gente tem que repassar esse trabalho, que não pare aqui, que ele fique na comunidade por muito tempo. Até que todos sejam beneficiados ;

17 Aí começamos a exigir outros direitos que fomos descobrindo que temos da prefeitura, de Estado ; Hoje as pessoas das comunidades já nos procuram para fazer um projeto produtivo. Antes não havia essa iniciativa. Eu sempre digo que eles devem ver as cisternas como uma porta aberta para outras iniciativas, outros fundos rotativos, outras oportunidades ; Antes o povo procurava o vereador, hoje é o vereador que nos procura para saber de onde está vindo isso. Outra coisa é a independência em relação aos políticos, agora eu tenho a minha cisterna. E, eu não sou obrigado que fulano ou fulana queira me manobrar porque eu preciso de um carro de água ; Ah! Eu tenho uma história para contar: um dia chegou umas pessoas dos candidatos e procurou primeiro Maria (filha), eu tava lá pra dentro. Aí eles disseram: a senhora aceita dois retratos aqui na sua casa e dois lá na cisterna? Eu disse: essa cisterna é eu que tô pagando, não foi feita por políticos não. O homem falou: não precisa dessa brutalidade não. Eu disse: eu nem quero na minha casa nem quero na minha cisterna. Ai ele foi embora. Imagine? Pintar a minha cisterna, que eu paguei? Nunca! ; Aos poucos o pessoal vai adquirindo uma consciência. Que não é votar naquele simplesmente porque é indicado não. É pelo que fez e pelo que faz melhor em prol da comunidade. A gente tem que criar esse espírito, essa idéia, o voto é uma coisa séria, não é para se vender. ; Libertou muita gente daquela doença que os políticos fazem tudo. Hoje todo mundo sabe que os benefícios não são dados pelo prefeito, mas, gerados a partir dos impostos que pagamos. A autoconfiança aumenta até no reivindicar com o prefeito. Hoje nós dependemos menos dos políticos nos ajudamos mais. CONCLUSÕES A principal conclusão é a de que o acesso a água, como direito humano para uma melhor e mais sustentável qualidade de vida está sendo viabilizado por dinâmicas organizativas que além do produto, de grande relevância paras as famílias, água, está permitindo o resgate de práticas de solidariedade e cidadania, condição essencial para a alto estima e o empoderamento das famílias e comunidades, como atores sociais importante no processo de construção de um novo paradigma de desenvolvimento para a região semi-árida. Conclui-se também que desenvolvimento, com princípios de sustentabilidade requer uma abordagem

18 participativa que permita os agricultores e agricultoras se descobrirem enquanto atores sociais capazes de contribuírem, efetivamente, com mudanças na realidade onde estão inseridos vivenciando, portanto, o seu protagonismo. Desenvolvimento sustentável pressupõe 04 pilastras: desenvolvimento econômico; mudanças culturais, portanto, mudanças no comportamento da população; exercício da cidadania e solidariedade e, por ultimo co-responsabilidade dos setores: sociedade civil, governos e empresariado. Algumas Fotografias Cisterna para captação de água de chuva através do telhado da casa, com sistema de bóia para lavagem do telhado. (Arquivo do CEPFS) Sistema de captação de água em lajedo de pedra e armazenamento em cisternas de placas. (Arquivo do CEPFS) Construção de Tanque em lajedo de pedra. (Arquivo do CEPFS) Tanque em lajedo de pedra com água. (Arquivo do CEPFS)

19 Foto de família beneficiada com cisterna de placa. (Arquivo do CEPFS) Foto de família beneficiada com cisterna de placa. (Arquivo do CEPFS) Encontro Itinerante de Gestão dos Fundos Rotativos Solidários. (Arquivo do CEPFS) Bomba d água aro trampolim, desenvolvida a partir da bomba d água bola de gude área experimental do CEPFS (Arquivo do CEPFS)

20 Sistema de reciclagem de água para reuso em irrigação de salvação área experimental do CEPFS, comunidade Riacho das Moças Maturéia PB. (Arquivo do CEPFS) Foto de planta (mangueira) sendo regada com água reciclada, através de sistema de gotejamento na área experimental do CEPFS (Arquivo do CEPFS) REFERÊNCIAS [ 1 ] Maria, Ligia de Medeiros Silva; Dias, José Campos; Rego, José Neto; Participação das Mulheres na Gestão da Água captada da chuva e armazenada em cisternas, na região do médio sertão paraibano, 5 0 Simpósio Brasileiro de Captação e manejo de água de chuva, Teresina PI, P. 3, julho de [ 2 ] Sonda, Claudia; Betania, Kelly Monteiro Batista; Dias, José Campos; Rego, José Neto; Bezerra, Otávio Sampaio, A Convivência da Mulher com o Semiárido: A Vida Antes e Depois das Cisternas, III Simpósio Brasileiro de Captação de água de chuva no semiárido, Campina Grande PB, P. 04, novembro de [ 3 ] BARBOSA, Marx Prestes, Desertificação no Estado da Paraíba: uma visão panorâmica, Fundação Grupo Esquel do Brasil/ATECEL, Campina Grande PB, p.04, [ 4 ] DUQUE, GHISLAINE; SIDERSKY, PABLO; SOCORRO, MARIA DE L. OLIVEIRA, Fundos Rotativos, organização e desenvolvimento local no Semiárido Paraibano - Potencial e limites do resgate das tradições de reciprocidade, Raízes, Campina Grande PB, vol. 23 n 0 s 01 e 02 p. 123, Jan./dez./ 2004.

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