ASPECTOS DA DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E SOCIAL NO BRASIL

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1 ASPECTOS DA DIVERSIDADE LINGUÍSTICA E SOCIAL NO BRASIL ANTONIA ALVES PEREIRA 1 Instituto de Estudos da Linguagem Universidade Estadual de Campinas Rua Sérgio Buarque de Holanda, Campinas-SP Brasil antoniapereira1@yahoo.com.br Resumo. Neste artigo, fazemos uma reflexão sobre as relações entre língua, sociedade e cultura. Partimos da ideia de que essas relações são preponderantes para as transformações linguísticas. Procuramos refletir também sobre as contribuições que as línguas indígenas dão ao português do Brasil, bem como sobre a sua importância para o conhecimento das variedades linguísticas e sua relevância para os estudos tipológicos e o estabelecimento de universais linguísticos. Ao longo do trabalho, fica evidenciado que a multiplicidade de línguas no Brasil convivem pacificamente, tendo apenas uma língua oficial: a portuguesa, mas assegurada, através da nossa constituição, a educação formal em língua materna aos povos indígenas. Palavras-chave. Variedade. Língua. Sociedade. Cultura. Povos indígenas. Abstract. In this article we reflect on the relations between language, society, and culture. We begin with the idea that these relations are a preponderant factor in language change. We also reflect on the contributions that indigenous languages have made to Brazilian Portuguese, the importance of these languages for the knowledge of language varieties, and their relevance the study of typology and language universals. We show that the multiplicity of languages in Brazil live together peacefully. Although there is only one official language (Portuguese), formal education in the first languages of the indigenous people is guaranteed by the Brazilian constitution. Keywords. Linguistic variety. Language. Society. Culture. Indigenous peoples. 1 Realiza pós-doutorado no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, na área de concentração Linguística Textual em interface com a Linguística Aplicada, sob a supervisão da Profa. Dra. Ingedore G. V. Koch. 37

2 1. Introdução Este trabalho tem como objetivo refletir sobre aspectos da diversidade linguística no Brasil. Para isso, buscamos compreender como se relacionam língua, sociedade e cultura, partindo-se do fato de que esses três aspectos estão inter-relacionados. Sabe-se que a língua é algo social, como já apregoava Saussure, e resultante da cultura de um povo. Sendo assim, é imprescindível sua compreensão em trabalhos de cunho linguístico dentro de uma abordagem funcional, que é a pretendida para esse trabalho. É a partir da segunda metade do século XX que ganham impulso os estudos linguísticos com enfoque na relação entre língua, sociedade e cultura, culminando com o aparecimento da Sociolinguística, de contribuição ímpar para a explicação de certos fenômenos linguísticos, como a variação e a mudança nas línguas. Para a realização desse trabalho buscamos apoio em obras de autores como Labov (1972), Sapir (1971), Rodrigues (1993, 1986), Seki (1993, 199), Câmara Jr (1979), Melo (1981). O trabalho está dividido em três partes. Na primeira, refletimos sobre aspectos da relação entre língua, sociedade e cultura; na segunda, discutimos sobre a contribuição das línguas indígenas brasileiras para a diversidade linguística no Brasil e para a tipologia linguística. Por fim, apresentamos nossas considerações finais. 2. Breve nota sobre língua, sociedade e cultura Não constitui novidade afirmar-se que língua e cultura se influenciam mutuamente. A questão vem sendo estudada há muito tempo e ganhou especial notoriedade com os estudos de Sapir. Nosso interesse, no entanto, é verificar aspectos da relação língua, sociedade e cultura no Brasil, partindo da relação entre o português e o indígena, e suas respectivas línguas 2. Em Monteiro (2000, p. 13), encontra-se a ideia de que A língua e a sociedade são duas realidades que se inter-relacionam de tal modo, que é impossível conceber-se a existência de uma sem a outra. Ainda, conforme esse autor, sendo a finalidade básica de uma língua a de servir como meio de comunicação, ela costuma ser interpretada como produto e expressão da cultura de que faz parte. Nossa meta, nesse trabalho é demonstrar como se influenciam 3 língua e cultura portuguesas e as línguas e culturas indígenas, bem como os fundamentos dessa influência. 2 Ao lado das línguas e culturas indígenas, também foram de grande importância para a formação da nossa cultura e do português brasileiro, a língua e cultura africanas, tão presentes nos costumes e hábitos dos negros, além de outras culturas de menor expoente, como a italiana, a japonesa e tantas outras. Por questão didática, fazemos um recorte, dada a extensão do assunto. Assim, vamos restringir nosso objeto, abordando a diversidade linguística e cultural apenas a partir das influências das línguas e culturas indígenas na língua portuguesa, mas deixando claro que reconhecemos a importância de outros povos para a formação do português brasileiro e para a cultura do nosso povo. 3 Utilizamos o verbo no presente, pois não vemos esse processo como estático, mas ao contrário, como dinâmico, algo que continua acontecendo. 38

3 Saussure (1916), ao delimitar a língua como objeto dos estudos linguísticos, definiu-a como um fato social, embora naquele momento tenha excluído das tarefas da linguística a preocupação com os elementos de ordem social e pressuposto a homogeneidade como um requisito básico para a descrição linguística, é sem dúvida um passo importante rumo ao desenvolvimento da linguística e, consequentemente, à concepção de língua que se tem hoje. O princípio da homogeneidade linguística foi tão intenso que influenciou várias gerações, foi seguido pelo Estruturalismo, intensificado pelos adeptos da Glossemática e pelos gerativistas. Como sabemos, a teoria gerativista apregoava que com a fala de um único indivíduo, o pesquisador poderia estudar dado fenômeno da linguagem: analisar uma língua, por exemplo. Bloomfield (1933), ao delimitar o campo de interesse da linguística, desconsiderou diversos aspectos da linguagem, tais como a natureza semântica do signo e sua função social. Os estudos das ideias de estruturalistas ortodoxos evidenciavam que os aspectos linguísticos, cujos limites fugissem a abstrações formais não seriam interessantes para os estudos linguísticos. É de particular interesse os universais linguísticos propostos pelos gerativistas, aqui representados por seu expoente maior Chomsky. É indubitável a contribuição desses universais para com os estudos linguísticos. Com o advento do Funcionalismo ganhando terreno cada vez mais no campo das ideias linguísticas, a partir da década de 1960, chegou-se à conclusão de que a análise de uma língua não podia pautar-se apenas na forma. O estudo de uma língua que não leve em consideração seus usuários é tão controverso quanto um estudo sociológico que não leve em conta a sociedade. A partir dos trabalhos, desenvolvidos por Labov (1972), ganhou impulso a ideia de heterogeneidade linguística e a preocupação em procurar entender a língua, a partir não somente de sua estrutura, mas, também, através da sociedade na qual estão inseridos seus usuários. Para Labov, todo enfoque linguístico teria que necessariamente ser social, em virtude da natureza da linguagem. Dessa forma, para ele, o termo sociolinguística era redundante, uma vez que não se podia conceber uma linguística que não fosse social. Com o avanço no campo de estudos da sociolinguística, muita coisa passou a ser tema de investigações desse ramo de estudo. Baylon (1991) arrola, entre outros, os seguintes assuntos: as funções e usos da linguagem na sociedade, a análise do discurso, o domínio da linguística, as atitudes e julgamentos das comunidades de fala acerca de sua(s) língua(s). Hoje, a concepção predominante nos estudos linguísticos é aquela em que um estudo sobre a linguagem não pode deixar de levar em conta seus usuários e, consequentemente, o fator sociocultural, já que estes usuários vivem em sociedade e estão inseridos numa cultura. Assim, passam a predominar as ideias de que língua, sociedade e culturas constituem um verdadeiro tripé rumo a explicações sobre o funcionamento desse tão fabuloso mundo da linguagem. Através da língua, as pessoas interagem e mantém vínculos diversos. Em Monteiro (2000, p. 16), encontramos a ideia de que a função da língua de estabelecer 39

4 contatos sociais e o papel social, por ela desempenhado, de transmitir informações sobre o falante constituem uma prova cabal de que existe uma íntima relação entre língua e sociedade. Ou seja, através de um indivíduo, temos oportunidades de conhecer diversos aspectos de sua realidade. Além disso, para Labov (1972), a língua acompanha a evolução da sociedade e reflete os padrões de comportamento tanto em função do tempo quanto do espaço. Essa é uma explicação cientificamente aceita para o surgimento dos fenômenos de diversidade e de mudança linguísticas. E, inversamente, conforme esse autor, pode-se supor que certas atitudes sociais sejam influenciadas pelas características que a língua da comunidade apresenta. Com o desenvolvimento dos estudos sobre as relações entre língua e sociedade, chegou-se a ponto de linguistas formularem a hipótese do determinismo linguístico, isto é, nossa visão de mundo é condicionada por nossa língua (MALMBERG, 1979). Apesar de ter seus adeptos, essa hipótese não é totalmente aceita entre os linguistas. Grande parte desses profissionais credita que existe uma estreita relação entre língua e sociedade, mas não em determinismo linguístico. Trudgill e outros autores (1979 apud MONTEIRO, 2000) apresentam vários exemplos que evidenciam os efeitos da sociedade sobre a língua e da maneira sobre a qual o mundo exterior nela se reflete. Um desses aspectos diz respeito ao ambiente físico que são refletidos nos sistemas linguísticos, normalmente na organização do léxico. O autor cita como exemplo o fato de o português ter apenas uma palavra para neve, enquanto o esquimó tem várias. As razões para esse fato são, conforme Monteiro, são óbvias: é necessário para o esquimó saber discernir eficientemente entre os diferentes tipos de neve. Já, em português, tais distinções são irrelevantes, apesar disso a língua dispõe de vários recursos para fazer distinções análogas: neve fina, neve seca, neve macia e outras tantas, mas para o esquimó esse tipo de distinção é lexicalizada. O tabu é outro aspecto interessante que nos leva a refletir sobre a influência que os valores sociais exercem sobre a língua. À época de nossos avós, e ainda hoje em comunidade mais longínquas, é comum se ouvir expressões do tipo: Ele morreu de doença feia, Ele está com aquela doença, para se referir a doenças como câncer ou lepra. O temor vinha da crença de que ao pronunciar o nome da doença, traziam-na para próximo deles. Na cultura asurini do Xingu, quando uma pessoa da família morre, alguns membros dessa família trocam o nome (PEREIRA, 2008; 2009). Nessa mesma sociedade, alguns membros não podem pronunciar o nome de outros. Porém, esses tabus são distintos entre as línguas, ou seja, certo aspecto que é visto como proibido numa língua, pode ser normal em outras. De forma que a explicação mais plausível é aquela que postula que a sociedade pode condicionar a língua. Para Labov (1972), as variações nas línguas são provenientes de pressões sociais, que podem ser observadas e descritas. Partindo desses pensamentos labovianos, podemos facilmente observar nas sociedades de classe, fatores que reforçam as ideias desse autor. Na nossa sociedade, por exemplo, é comum observarmos que as pessoas quando acedem socialmente ou mesmo quando adquirem nível cultural mais elevado mudam a forma de 40

5 falar, isto é, passam a fazer uso de uma variedade linguística dita de prestígio, em detrimento daquela que usavam quando pertenciam a um outro grupo social distinto. Em 2000, fizemos uma pesquisa sobre a variação na fala de pescadores migrantes do município de Bragança, estado do Pará. A pesquisa consistia em comparar o falar de pesquisadores migrantes que haviam se mudado das comunidades pesqueiras para a cidade de Bragança, a mais de cinco anos, seja porque tinham se aposentado, seja porque tinham melhorado suas condições econômicas. A pesquisa verificava a mudança no vocabulário. Ao final, verificamos que os pescadores migrantes apresentaram profundas mudanças no léxico, comprovando, assim, mais uma vez, a teoria de Labov de que os indivíduos que mudam de classe social alteram o comportamento linguístico. Depreendemos disso que a forma como as línguas se organizam dizem muito a respeito da organização social de seus usuários. E mais do que isso, dentro de uma mesma classe social se refletem padrões linguísticos distintos, resultantes de estratificações socioculturais. 3. As línguas indígenas brasileiras e sua contribuição para a diversidade linguística no Brasil Segundo Rodrigues (1993), o tempo decorrido entre o início do povoamento da América do Sul e a chegada dos primeiros europeus, no fim do século XV, ainda não é conhecido. No presente estudo, por falta de dados precisos, tomamos como ponto de referência Quando os europeus aqui adentraram, conforme nos conta a história, encontraram vários povos indígenas e nesses contatos, europeus e indígenas influenciaram e foram influenciados. É certo que o indígena, principalmente, o povo tupi, influenciou acentuadamente os recém-chegados. Essa influência foi tão acentuada que até o século XIX, conta-nos Melo (1981) que o Tupi era mais falado que a língua Portuguesa: Transplantada para cá, sofreu a língua [portuguesa] forte concorrência de uma importante rival, o tupi, que se ouvia em quase toda a costa e que, com o tempo e por circunstâncias várias, se tornou língua geral (destaque do autor), do Brasil-Colônia. Nos primeiros tempos, e até o século XVIII em alguns lugares falou-se mais tupi que português, sendo esta a língua oficial, a das cidades maiores, a língua da administração ou do comércio, e tupi a língua caseira, transmitida principalmente de mães a filhos, instrumento de comunicação do cotidiano. (MELO, 1981, p. 89) Mas, como bem acentua Foucault, língua é poder, isto é, a língua funciona como reflexo de políticas sociais, e posto que na história vence o mais forte política e economicamente, acabou por ser reduzida a influência indígena sobre a língua portuguesa. Temendo, os rumos que ganhavam o Tupi, no século XVIII, o rei de Portugal, Marquês de Pombal, baixou um decreto proibindo o uso do Tupi. 41

6 Porém não se pode dizer que a língua e a cultura europeias, aqui no Brasil, não tenham sofrido influências profundas, afinal, mais de 200 anos afastaram esse decreto do uso real do Tupi, como língua predominante. Uma análise superficial já revela o quão são diferentes língua e cultura portuguesas europeias das língua e cultura portuguesas do Brasil. É certo que o lapso de tempo e a distância espacial por si só já seriam suficientes para revelarem transformações entre o português falado no Brasil e português falado em Portugal, pois como se sabe, quando uma mesma variedade de língua se distancia no espaço, a tendência é que com o tempo se torne duas variedades distintas em virtude das diferentes influências que sofrem seus falantes. Um exemplo bastante esclarecedor entre nós é o caso das línguas asurini do Xingu e Asurini do Tocantins. Inicialmente, eram uma única língua, mas, hoje, conforme Rodrigues (1986), são línguas distintas, estando inclusive em grupos distintos. Mas, para além dos fatores tempo e espaço, as influências das línguas indígenas brasileiras foram preponderantes para configurar tantas distinções entre o português, falado no Brasil e aquele falado em Portugal. Em virtude da escassez de estudos sobre as línguas faladas no Brasil antes de 1500, é difícil saber sobre o número aproximado de línguas que aqui existiam antes de Conforme Rodrigues (1993), não se pode saber quantas línguas entraram sucessivamente neste continente, mas é certo que aqui elas tiveram muito tempo para diferenciarem-se das línguas da América do Norte e das dos demais continentes, seja pela alteração ou perda de propriedades antes comuns; seja pelo desenvolvimento de novas propriedades; seja, ainda, por não coparticiparem de inovações ocorridas mais recentemente naquelas. Por outra parte, foram diferenciando-se entre si e multiplicandose em consequência do crescimento demográfico e da dispersão das populações. Segundo Seki (1999), embora não haja dados totalmente precisos, atualmente os estudiosos das línguas indígenas concordam com a estimativa de que no Brasil são faladas cerca de 180 línguas indígenas. Estima-se que esse número represente apenas 25% das línguas faladas no século XVI, havendo, assim, uma perda de cerca de mil línguas, o que representa 85% das línguas faladas desde a chegada dos portugueses no território brasileiro. Ainda segundo a autora: As línguas remanescentes são todas minoritárias, calculando-se em aproximadamente o número total de falantes. É muito variável o número de falantes por língua, havendo apenas uma, o Ticuna, com cerca de Três línguas o Makuxi, o Terena e o Kaingang contam com falantes; vinte têm entre e falantes, e as outras 156 têm menos de 1.000, sendo que dentre elas, 40 são faladas por menos de cem pessoas, havendo casos de línguas com menos de 20 falantes. (SEKI, 1999, p ) Rodrigues (1993) nos mostra que no século XVI já se delineavam, através das descrições de Anchieta, as primeiras contribuições do Tupi para a Linguística Geral. Conforme o autor, na descrição do Tupinambá no século XVI, Anchieta foi um dos primeiros gramáticos a expor claramente a distinção entre pronomes inclusivos e exclusivos, a expressão de tempo em nomes, as consequências sintáticas da topicalização de sintagmas adverbiais, a incorporação de objetos nos verbos transitivos, as mudanças de valência verbal por causativização, por reflexivização e por incorporação do objeto. 42

7 Atualmente, as pesquisas linguísticas com as línguas indígenas brasileiras têm revelado fenômenos novos ou raros tanto na gramática quanto na fonologia de línguas brasileiras, alguns dos quais sugerem a necessidade de revisão em certas concepções teóricas, segundo Rodrigues (1993). No âmbito da gramática, alguns exemplos são a existência de língua, cuja ordem oracional básica tem o objeto em posição inicial (OVS e OSV). Esse recurso sintático não foi atestado nos universais linguísticos propostos por Greeberg (1966). Além disso, com o avanço dos estudos com as línguas indígenas, novas propriedades vêm se revelando. Algumas propriedades morfossintáticas são: a ocorrência de incorporação de posposições e de incorporação recursiva de nomes no sintagma verbal, a expressão da negação pela ausência de marca de afirmação, ou a alternância entre construções sintáticas ergativas e acusativas (RODRIGUES, ibid.). Dentre os fenômenos fonológicos descobertos em línguas brasileiras estão, conforme Rodrigues (ibid.), três novas fontes de nasalidade: a compactação vocálica, o silêncio (e, por extensão, a fronteira de palavra) e uma terceira, ainda não esclarecida quanto à sua fisiologia, que produz nasalidade em contato com glides, não só o oclusivo e o fricativo glotais (glides II de Chomsky e Halle), como já se havia descoberto também no sueste da Ásia, mas igualmente os glides vocálicos w e y (glides I de Chomsky e Halle), também a ocorrência de segmentos fonológicos complexos, com até três fases de realização fonética, tanto consonantais como vocálicos ou ainda a margem inicial da sílaba para a colocação do acento. No Atlas Mundial das estruturas linguísticas (WALS), Comrie reforça o que Rodrigues (1993) colocava sobre o fato de certas propriedades morfológicas, sintáticas e fonológicas serem raras em outras línguas do mundo, sendo que algumas dessas propriedades ocorrem essencialmente nas línguas indígenas brasileiras, por exemplo, as ordens de constituintes OSV e OVS apesar de correr em outras línguas, são mais recorrentes nas línguas indígenas brasileiras. Fenômenos como a conjugação de adposições quase não são encontradas em línguas europeias, mas podem ser encontradas em línguas indígenas brasileiras, como na língua Wari. Outro traço pouco ocorrente nas línguas do mundo é ausência de fonemas nasais, entretanto, pode ser encontrado em línguas indígenas brasileiras, a saber: Piharã e Maxakali. Assim, pode-se afirmar que a contribuição das línguas indígenas brasileiras é muito relevante para o conhecimento da diversidade linguística, haja vista que há fenômenos linguísticos encontrados apenas nessas línguas e outros raros em outras línguas. Daí a relevância da documentação e descrição dessas línguas, sendo de extrema importância para a preservação do patrimônio cultural da humanidade. Como já colocava Câmara Jr. (1979), e autores como Rodrigues (1993) e Seki (1999), as línguas indígenas foram objeto de poucos estudos até a primeira metade do século XX. É a partir da segunda metade desse referido século, que as pesquisas com essas línguas ganham mais volume, podendo ainda hoje serem consideradas tímidas. Nos últimos anos, a importância da diversidade linguística tem sido abordada no contexto da diversidade em geral, enfatizando-se a compreensão das línguas como parte intrínseca da cultura, da sociedade e visão de mundo dos falantes, bem como o fato de 43

8 que a perda de línguas tem como consequência o desaparecimento dos sistemas de conhecimentos que elas refletem e expressam, já que, como vimos, é consensual a aceitação de que língua, sociedade e cultura estão intrinsecamente relacionadas. Além disso, como se pode depreender do que foi dito acima, as línguas indígenas têm-se revelado uma importante fonte nos estudos tipológicos e comparativos. Assim, a sua extinção compromete um conhecimento mais profundo sobre a estrutura e o funcionamento de línguas naturais. A situação de comunicação em que as línguas indígenas brasileiras se encontram é variável de grupo para grupo, apesar poucos estudos nessa área, Seki (1993) afirma que: As cerca de 180 línguas ainda existentes convivem com a situação sociolingüística das línguas brasileiras que hoje está configurada, em termos gerais, da seguinte forma: - monolinguismo na língua indígena do grupo; -bilinguismo envolvendo a língua do grupo e outra língua indígena; - bilinguismo envolvendo a língua do grupo e o Português; -plurilinguismo envolvendo línguas indígenas; -plurilinguismo envolvendo línguas indígenas e o Português. (SEKI, 1993, p. 259) Reconhecendo a multiplicidade de línguas no Brasil, o Governo brasileiro, na Constituição Federal de 1988, garante a Educação formal dos povos indígenas nas suas respectivas línguas e a Lei 9394/96 trouxe a regulamentação para a Educação dos povos indígenas, assegurando o que colocara a referida constituição. 4. Considerações finais Neste trabalho, refletimos sobre as relações entre língua, sociedade e cultura. Mostramos que a sociedade é fator preponderante para a organização linguística de um grupo, além disso, mostramos também o predomínio de uma língua sobre outras. O predomínio da língua portuguesa sobre a língua Geral ou Tupi está mais relacionado a fatores políticos que a outros de ordem linguística. A cultura nos mostra um sistema de crença e de valores que se refletem na língua. Um aspecto que se revela fundamental é o da organização do léxico, isto é, a seleção lexical que seus usuários fazem a partir de recortes de sua realidade. Na sequência, mostramos aspectos da contribuição das línguas indígenas para a diversidade linguística no Brasil e sua relevância para os estudos tipológicos e comparativos. Por fim, a liberdade de os povos indígenas usarem em suas comunicações internas, bem como na educação formal suas respectivas línguas, junto às políticas linguísticas que vem proporcionando o governo brasileiro, embora de forma ainda lenta, mostra-nos que os povos indígenas caminham para o reconhecimento de seu valor histórico e cultual para a formação do povo e da cultura brasileira. 44

9 Referências BAYLON, C. Sociolinguistique; société, langue et discours. Poitiers: Nathan, BOAS, F. (ed.). Introduction to handbook of American Indian languages. Lincoln: University of Nebraska Press, BLOOMFIELD, L. Language. New York: Holt CÂMARA JÚNIOR, J. Introdução às línguas indígenas brasileiras. Linguística e Filologia. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, GREENBERG, J. H. Some universals of grammar with particular reference to the order of meaningful elements. In:. (ed.). Universals of Language. Cambridge, Mass.: The MIT Press, p LABOV, W et. al. A Quantitative study of sound change in progress. Philadelphia: U.S. Regional Survey, MALMBERG, B. Le langage, signe de l humain. Paris: Picard, MONTEIRO, J. L. Para compreender Labov. Rio de Janeiro, Ática, MELO, G. C. Iniciação à filologia à linguística portuguesa. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico,1981. RODRIGUES, A. D. Panorama das línguas indígenas da Amazônia. In QUEIXALÓS, F; RENAULT-LESCURE (Orgs.). As línguas amazônicas hoje. São Paulo: Instituto Socioambiental, p Línguas indígenas: 500 anos de descobertas e perdas. D.E.L.T.A, v. 1, n o. 1, p , Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola, PEREIRA, A. A, (inédito). Estudo morfossintático do Asurini do Xingu. Tese. Doutorado em Linguística, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Asurini do Xingu: aspectos históricos, culturais e sociolinguísticos. Qualificação de Área. UNICAMP, SAPIR, E. A Linguagem: introdução ao estudo da fala. Trad. Bras. Rio de Janeiro: Acadêmica,

10 SAUSSURE, F. de. Curso de Linguística Geral. 2ª. ed. São Paulo: Cultrix, SEKI, L. A linguística indígena no Brasil. D.E.L.T.A, v. 15, n o. especial, p , SEKI, Lucy (Org.). Linguistíca indígena e educação na América Latina. Campinas: ed. da Unicamp, p WALS: 46

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