RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE)
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1 2016 RELATÓRIO DO ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA (art.º 155.º CIRE) Tribunal Comarca de Braga V. N. Famalicão Inst. Central 2ª Secção do Comércio J4 Processo n.º 3618/16.6T8VNF Nuno Albuquerque Dealpneus Comércio de Pneus, Ldª ;
2 Índice ÍNDICE INTRODUÇÃO IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE COMISSÃO DE CREDORES O ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA DATAS DO PROCESSO ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE CAUSAS DA INSOLVÊNCIA ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA SITUAÇÃO DA EMPRESA DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO DA APREENSÃO DE BENS
3 6.2. ANÁLISE COMPARATIVA DOS ACTIVOS EXISTENTES... Erro! Marcador não definido DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE)
4 1. INTRODUÇÃO Pelo credor Passion Pneu Europe, SA foi requerida a insolvência da sociedade Dealpneus Comércio de Pneus, Ldª, tendo sido proferida sentença em 17 de Agosto de Nos termos do art.º 155.º do CIRE, o administrador da insolvência deve elaborar um relatório contendo: a) A análise dos elementos incluídos no documento referido na alínea c) do n.º 1 do artigo 24.º; b) A análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os documentos de prestação de contas e de informação financeira juntos aos autos pelo devedor; c) A indicação das perspectivas de manutenção da empresa do devedor, no todo ou em parte, da conveniência de se aprovar um plano de insolvência, e das consequências decorrentes para os credores nos diversos cenários figuráveis; d) Sempre que se lhe afigure conveniente a aprovação de um plano de insolvência, a remuneração que se propõe auferir pela elaboração do mesmo; e) Todos os elementos que no seu entender possam ser importantes para a tramitação ulterior do processo. Ao relatório devem ser anexados o inventário e a lista provisória de credores. Assim, nos termos do art.º 155.º do CIRE, vem o administrador apresentar o seu relatório. O Administrador da Insolvência 4
5 2. IDENTIFICAÇÃO E APRESENTAÇÃO GERAL DA INSOLVENTE 2.1. IDENTIFICAÇÃO DA INSOLVENTE SOCIEDADE NIPC SEDE OBJECTO SOCIAL CAPITAL SOCIAL ,00 GERENTE SÓCIO Dealpneus Comércio de Pneus, Ldª Parque Industrial de Ruães, Pavilhão n.º 14, Mire de Tibães, Braga Importação, exportação e comércio de pneus, acessórios, peças de automóvel e automóveis Rosa Lopes Garcias (Nota: gerente desde 29/01/2016) Eric Visee QUOTA 1.000,00 % 1% SÓCIO QUOTA ,00 % 99% FORMA DE OBRIGAR International Strategies, SA Com a intervenção de um gerente ou de um procurador Nota: Desde 26/06/2013 até 29 de janeiro de 2016 exerceu as funções de gerente da sociedade insolente o João Filipe Veloso de Oliveira, sendo que a respectiva renuncia foi objecto de renúncia naquela data COMISSÃO DE CREDORES Não nomeada. 5
6 2.3. O ADMINISTRADOR DA INSOLVÊNCIA Nuno Albuquerque NIF/NIPC: Rua Bernardo Sequeira, 78, 1.º - Apartado Braga Telef: nunoalbuquerque@nadv.pt; Site para consulta: ; 2.4. DATAS DO PROCESSO Declaração de Insolvência: Data e hora da prolação: pelas 14h00m Publicado no portal Citius Fixado em 30 dias o prazo para reclamação de créditos. Assembleia de Credores art.º 155.º CIRE: pelas 10h30m 3. ANÁLISE DOS ELEMENTOS INCLUÍDOS NO DOCUMENTO REFERIDO NA ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 24ª 3.1. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS Dispõe a alínea c) do n.º 1 do artigo 24ª do CIRE que o devedor deve juntar, entre outros, documento em que se explicita a actividade ou actividades a que se tenha dedicado nos últimos três anos e os estabelecimentos de que seja titular, bem como o que entenda serem as causas da situação em que se encontra. 6
7 Após ser notificado a insolvente e os seus representantes legais, nos termos dos art.º 29.º, n.º 2 e 83.º do CIRE, para proceder à entrega à signatária dos documentos referidos no n.º 1 do artigo 24.º do CIRE, apenas o ex-gerente João Filipe Veloso de Oliveira juntou os seguintes documentos: a) Certidão permanente; b) Contacto móvel da Contabilista certificada. O Administrador da Insolvência entrou em contacto com a Contabilista Certificada da insolvente, Patrícia Fernandes, que contudo, até à elaboração do pressente relatório não disponibilizou quaisquer documentos: Pela requerente da insolvência foram juntos os seguintes documentos: a) Faturas pendentes; b) Taxa de justiça EXPLICITAÇÃO DA ACTIVIDADE DA INSOLVENTE NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS Em referência à actividade a que a sociedade se tenha dedicado nos últimos três anos de actividade e tendo por base os elementos que foi possível compilar, a mesma dedicou-se à revenda de pneus. Até 29 de janeiro de 2016 o João Filipe Veloso de Oliveira exerceu as funções de gerente da sociedade insolente, sendo que a respectiva renuncia foi objecto de renúncia naquela data. 7
8 Por aquele ex-gerente foi transmitido que a sociedade já não se encontra a laborar desde o inicio do março/abril de 2016, em data que não sabe precisar. A explicitação da actividade da empresa nos últimos três anos resultaria, de uma forma mais rigorosa, de uma análise à informação contabilística disponível da sociedade, no entanto não foi junto qualquer documento contabilístico, quer pela gerência da sociedade, quer pela Contabilista certificada. Pela Contabilista Certificada da sociedade foi transmitido que renunciou às suas funções, sendo que, contudo, nenhum documento foi junto por esta. Certo é que pelas informações retiradas do portal do Ministério da Justiça Publicações a sociedade apresentou contas e depositou-as na Conservatória do Registo Comercial referentes ao ano de 2012, 2013, 2014 e ESTABELECIMENTOS ONDE EXERCIA A ACTIVIDADE A sociedade tem a sua sede registada em instalações arrendadas, sitas no Parque Industrial de Ruães, Pavilhão n.º 14, Mire de Tibães, Braga. Após a deslocação ao local verificou-se que as instalações correspondentes à sede da insolvente, encontram-se devolutas e com a inscrição na fachada do edifício Aluga-se. Pelos vizinhos da sociedade foi dito que a insolvente já não trabalha no local pelo menos desde março/abril de
9 3.4. CAUSAS DA INSOLVÊNCIA A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência, tendo a mesma sido requerida pela sociedade Passion Pneu Europe, S.A., a qual reclamou créditos referentes a fornecimentos de diversos produtos. O motivos justificativos da actual situação de insolvência da sociedade e elencadas na petição inicial foram os seguintes: A devedora atravessa uma grande crise e cessou os pagamentos a todos os credores, encontrando-se em generalizado incumprimento; Tem dívidas à requerente da insolvência de ,89; Tem dívidas às Finanças de cerca de ,00; Das diligências efectuadas pelo Administrador da Insolvência, indicam-se os motivos justificativos que foram possíveis apurar da actual situação de insolvência da sociedade: A devedora já não labora desde pelo menos março/abril de 2016; O imóvel sede da devedora encontra-se devoluto e com a inscrição na fachada do edifício Aluga-se ; Actualmente não tem quaisquer bens da sua propriedade sujeitos a registo; A devedora tem, pelo menos, diversas dívidas à Segurança Social, Autoridade Tributária e ao fornecedor Passion Pneu Europe, SA.; Até 29 de janeiro de 2016 o João Filipe Veloso de Oliveira exerceu as funções de gerente da sociedade insolente, 9
10 sendo que a respectiva renuncia foi objecto de renúncia naquela data. 4. ANÁLISE DO ESTADO DA CONTABILIDADE, DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA No relatório apresentado ao abrigo do art.º 155.º do CIRE, deve o Administrador da insolvência efectuar uma análise do estado da contabilidade do devedor e a sua opinião sobre os documentos de prestação de contas e de informação financeira juntos pelo devedor. A contabilidade da empresa foi processada sob a responsabilidade técnica do Contabilística Certificada Patrícia Fernandes. Pela Contabilista Certificada da sociedade foi transmitido que renunciou às suas funções, sendo que, contudo, nenhum documento foi junto por esta. Em termos gerais, a contabilidade tem de transmitir uma imagem verdadeira e apropriada da realidade económica e financeira da sociedade e tem de ser compreensível para o conjunto de entidades com as quais se relaciona, nomeadamente investidores, empregados, mutuantes, fornecedores, clientes, Estado e outros. Nos termos do art.º 115.º do CSC, as sociedades comerciais são obrigadas a dispor de contabilidade organizada nos termos da lei comercial e fiscal e não são permitidos atrasos na execução da contabilidade superiores a 90 dias. 10
11 Certo é que até à elaboração do presente relatório não foi facultado qualquer balancete ou documentos da insolvente. Regista-se o facto da insolvente ter efectuado o depósito na Conservatória do Registo Comercial, das contas dos exercícios de 2012, 2013, 2014 e PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA 5.1. SITUAÇÃO DA EMPRESA A empresa não se apresentou voluntariamente à insolvência e não se encontra a laborar desde, pelo menos, março/abril de O Administrador da Insolvência deslocou-se ao local onde já laborou o insolvente, sito no Parque Industrial de Ruães, Pavilhão n.º 14, Mire de Tibães, Braga, sendo possível verificar que no local não existem bens da propriedade da devedora e com a inscrição na fachada do edifício Aluga-se. 11
12 5.2. DA CONVENIÊNCIA DE SE APROVAR UM PLANO DE INSOLVÊNCIA Após recolha de elementos sobre a sociedade, não foi possível reunir condições para vir a ser apresentado um Plano de Insolvência. Assim, tendo em conta as informações supra referidas, apenas se poderá concluir pela impossibilidade de manutenção da empresa. Nada foi junto aos autos que permita sustentar a inversão daquela situação. Desta forma, entende-se por inexequível um qualquer plano de recuperação CENÁRIOS POSSÍVEIS E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA OS CREDORES Actualmente a insolvente não possui qualquer estabelecimento. Procedeu-se à deslocação ao morada identificado como correspondente ao local onde a mesma teve instalações, tendo sido possível verificar que a mesma já ali se não encontra a laborar. Sem prejuízo, o Administrador da Insolvência encetou diligências no sentido de averiguar a existência de bens no património da insolvente, nomeadamente através da deslocação à sede da 12
13 insolvente, contactos com a Contabilista Certificada, bem como junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel e Repartição de Finanças, tendo-se verificado que actualmente não possui quaisquer bens sujeitos a registo. Sendo a massa insolvente insuficiente para a satisfação das custas do processo e das restantes dívidas da massa insolvente, desta situação se dá, desde já, conhecimento nos termos e para os efeitos no disposto nos artºs 232.º e 230º, n.º 1, al. d), a fim de, caso assim se entenda, ser declarado encerrado o presente processo de insolvência. Assim, considerando que: 1. De acordo com a percepção recolhida pelo Administrador de Insolvência, e tendo em atenção as análises já referidas e explicitadas acima, afigura-se que o Insolvente não tem qualquer capacidade económica ou financeira de poder vir a solver os seus compromissos; 2. Não existe por parte dos Credores ou qualquer legitimado intenção de apresentação de um Plano de Insolvência; o Administrador da Insolvência propõe, nos termos do art.º 156.º do CIRE: a) O encerramento definitivo do estabelecimento onde a insolvente prestava a sua actividade (n.º 2 do art.º 156.º do CIRE); b) O encerramento do processo de insolvência por insuficiência da massa (artºs 232.º e 230º, n.º 1, al. d)). c) A notificação da AT -Autoridade Tributária e Aduaneira Serviço de Finanças de que, nos termos do n.º 2 do artigo 156.º do CIRE com a deliberação de encerramento 13
14 da actividade do estabelecimento, se extinguem todas as obrigações declarativas e fiscais da Insolvente e para que proceda oficiosamente à cessação imediata da respectiva actividade, em sede de IVA e de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (I.R.C.), de acordo com do nº 3, do art.º 65º do C.I.R.E. (com a redacção da Lei nº 16/2012, de 20 de Abril). d) A notificação da Segurança Social com informação da cessação da respectiva actividade (modelo RV 1011 DGSS). 6. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO 6.1. DA APREENSÃO DE BENS O Administrador da Insolvência deslocou-se à sede onde já laborou o insolvente, sita na no Parque Industrial de Ruães, Pavilhão n.º 14, Mire de Tibães, Braga, sendo possível verificar que no local não existem bens da propriedade da devedora e com a inscrição na fachada do edifício Aluga-se. Das buscas efetuadas pelo Administrador da Insolvência junto da Conservatória do Registo Predial e Automóvel e Repartição de Finanças, foi localizado um veículo automóvel da marca Citroen C15, com a matrícula FG alienado em 17/11/
15 Questionado o ex-gerente da insolvente das condições do referido negócio, este transmitiu que o veículo foi alienado por 750,00. Analisado o valor de mercado e efectuadas buscas no site de venda de veículos automóveis, foi possível verificar que, actualmente, o valor de um veículo com características semelhantes ascenderá a cerca 500,00. Entende-se pois que, atendendo ao valor de mercado e ao reduzido benefício que poderia advir para a massa insolvente, não haverá interesse que a transmissão em causa seja objecto de resolução DO INCIDENTE DE QUALIFICAÇÃO DA INSOLVÊNCIA Caso disponha de elementos que justifiquem a abertura do incidente de qualificação da insolvência, na sentença que declarar a insolvência, o juiz declara aberto o incidente de qualificação, com carácter pleno ou limitado cfr. al. i) doa rt.º 36.º do CIRE. Nos presentes autos a sentença que decretou a insolvência não declarou, desde logo, aberto aquele incidente. Assim, nos termos do n.º 1 do art.º 188.º do CIRE, até 15 dias após a realização da assembleia de apreciação do relatório, a administradora da insolvência ou qualquer interessado deverá alegar, fundamentadamente, por escrito, em requerimento autuado por apenso, o que tiver por conveniente para efeito da qualificação da insolvência como culposa e indicar as pessoas 15
16 que devem ser afectadas por tal qualificação, cabendo ao juiz conhecer dos factos alegados e, se o considerar oportuno, declarar aberto o incidente de qualificação da insolvência, nos 10 dias subsequentes. Para o efeito, regista-se, desde já a inexistência de colaboração por parte da actual gerência da devedora e ausência de elementos referentes à insolvente. Em face dos factos supra referidos, deverá ser declarado aberto o incidente de qualificação, o que se requer. 7. INVENTÁRIO (ART.S 153.º E 155º/2 CIRE) Não foi possível localizar e lograr a apreensão de quaisquer bens pertencentes à insolvente. 8. LISTA PROVISÓRIA DE CREDORES (ART. 155º CIRE) Em anexo 16
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