CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas

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1 CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas Decreto-Lei n.º 53/2004 de 18 de Março Processo n.º 4087/12.5TBPRD Tribunal Judicial de Paredes 1º Juízo Cível Relatório do (Artigo 155º do CIRE) de Maria Antónia Soares de Almeida Costa & Companhia, Lda. Av. da República, PAREDES João Fernandes de Sousa Guimarães, 5 de Fevereiro de 2013 Rua de Mataduços, 121 Fermentões Ap Guimarães Tel. e Fax: Tlm: JoaoFernandesSousa@mail.telepac.pt

2 I N D I C E 1. Identificação da insolvente Competência Comissão de Credores Datas do Processo Relatório Nota Prévia Considerações Actividade desenvolvida Contabilidade Perspectivas de manutenção da empresa insolvente Proposta do Remuneração do Anexos Inventário (requerimento de pedido de dispensa) Lista Provisória de Credores

3 1. Identificação da insolvente A sociedade Maria Antónia Soares de Almeida Costa & Companhia, Lda., constituiu-se por contrato de sociedade apresentado a registo em 26/06/1985 e encontra-se registada na Conservatória do Registo Comercial de Paredes sob o número de matrícula Tem o número de contribuinte fiscal: Não possui actualmente qualquer trabalhador ao seu serviço. O Objecto social consiste em Sapataria. A sede social é na Avenida da República, nº 72, freguesia de Castelões de Cepeda do concelho de Paredes. O seu capital social inicial era de ,70, representado da seguinte forma: Maria Antónia Soares de Almeida Costa ,85 50 % Laurindo de Sousa Costa ,85 25 % A sociedade obrigava-se em todos os seus actos e contratos com a intervenção de um gerente, tendo sido nomeados para essas funções ambos os sócios. A sede social situava-se inicialmente na Avenida da República, nº 411, freguesia de Castelões de Cepeda do concelho de Paredes. Em 08/08/2010, Maria Antónia Soares de Almeida Costa renunciou à gerência, e em 23/10/2010 ocorreu a cisão da sua quota em duas quotas iguais, de ,92, tendo transmitido uma quota para Ana Cristina de Almeida e Costa e outra para Jorge Emanuel de Almeida e Costa. A 06/01/2011 foi registada a alteração a sede social para a localização actual, na Avenida da República, nº 72, freguesia de Castelões de Cepeda do concelho de Paredes. Jorge Emanuel de Almeida Costa e Ana Cristina de Almeida e Costa transferiram as suas quotas em 11/04/2012 para Laurindo de Sousa Costa, que passou a deter a totalidade do capital social. 2. Competência Tribunal Judicial de Paredes 1º Juízo Cível Processo nº 4087/12.5TBPRD Insolvência de Pessoa Colectiva (Apresentação) 3. Comissão de Credores Não nomeada 2

4 4. João Fernandes de Sousa Rua de Mataduços, 121 Fermentões - Apartado Guimarães Telefone e Fax: Telemóvel: JoaoFernandesSousa@mail.telepac.pt 5. Datas do Processo Declaração de Insolvência: 19 de Dezembro de 2012 Publicação no Portal Citius em 02 de Janeiro de 2013 Assembleia de credores de apreciação do relatório: 05 de Fevereiro de Relatório 6.1. Nota Prévia Maria Antónia Soares de Almeida Costa & Companhia, Lda. veio apresentar-se à insolvência alegando, em suma, ter verificado uma quebra acentuada nas vendas no segundo semestre de 2012, não conseguindo reverter a situação por incapacidade de competir com os estabelecimentos concorrentes, não possuindo capacidade para cumprir as suas responsabilidades vencidas, encontrando-se em situação de incumprimento generalizado das suas obrigações. Verificada nos autos a situação e por conseguinte, sem necessidade de mais considerações, face ao evidenciado, foi declarada a insolvência da requerida no dia 19 de Dezembro de 2012, pelo que nos termos do artigo 37º do CIRE, a Juiz mandou citar os credores da insolvente, nomeou o, fixou o prazo de reclamação de créditos, que se procedesse à apreensão dos bens e da contabilidade e fosse cumprido o disposto no artigo 24º do CIRE, tendo declarado aberto o incidente de qualificação de insolvência com carácter pleno. Foi concedido o prazo de 30 dias para os credores reclamarem os seus créditos, e foi marcada a assembleia de credores para apreciação do relatório do administrador de insolvência nos termos do artigo 155º do CIRE, para o dia 5 de Fevereiro de 2013 pelas 09,00 horas no 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Paredes. Foram preenchidos todos os requisitos do artigo 36º do CIRE, nomeadamente o relacionado com as alíneas f) e g), no que tange à satisfação pelo devedor da entrega imediata ao administrador de insolvência dos documentos referidos no nº 1 artigo 24º, bem como da generalidade dos bens para apreensão. O gerente da insolvente e seus colaboradores responderam à chamada para assistir o administrador da insolvência para o bom exercício das suas funções, com vista à 3

5 apresentação na assembleia de credores do relatório elaborado nos termos do referido artigo 155º do CIRE. É pois sua convicção de que o trabalho desenvolvido permitirá transmitir a todos os credores as informações necessárias e suficientes para poderem decidir em consciência a proposta que vai ser apresentada Considerações O deixa aqui o seu relatório de forma a permitir que seja apreciado e dele extraído o que as partes envolventes entenderem ser o melhor para a solução do processo Actividade desenvolvida A empresa insolvente dedicava-se à actividade de comércio a retalho de calçado em estabelecimento especializado, CAE 47721, actividade essa desenvolvida desde O constatou na visita ao estabelecimento que este se encontrava encerrado e a actividade paralisada. Pela análise dos registos contabilísticos foi dado a constatar que: Vendas , , , ,91 CMVMC , , , ,03 FSE , , , ,27 Gastos Pessoal , , , , Result Operac , , , ,83 Result Financ , , , ,49 Resultado Liquido 2.288, , , ,89 No ano de 2012 a insolvente realizou receitas no valor de ,37, observando-se a manutenção da tendência descendente que se prolonga desde 2008, tendo o volume de negócios diminuído cerca de 62% nesse período. Os resultados operacionais apurados desde 2010 são negativos, o que é demonstrativo de que não estavam a ser gerados rendimentos suficientes sequer para suportar os custos correntes de exploração. A exploração negativa teve impacto na situação financeira da empresa, que se foi depauperando em virtude de não estar a ser criado valor, como seria necessário para garantir a prossecução da actividade, até ao ponto de completo estrangulamento de tesouraria, tornando a gestão inviável, verificandose a incapacidade de cumprir as suas obrigações vencidas, o que culminou numa penhora com remoção de existências por parte de um credor e, consequentemente, viu-se a empresa incapaz de prosseguir a actividade. 4

6 6.4. Contabilidade Ao foi apresentada e facilitada a consulta em tempo útil dos dados necessários ao desempenho da sua análise contabilística, económica, financeira e fiscal da empresa. A contabilidade encontra-se elaborada até final de 2012 e as obrigações declarativas encontram-se regularizadas, tendo sido entregue a IES referente aos anos de 2009, 2010 e 2011, bem como as declarações Modelo 22 e as restantes obrigações declarativas fiscais Perspectivas de manutenção da empresa insolvente O administrador de insolvência não vê qualquer possibilidade de manutenção da actividade da insolvente. Tal opinião é sustentada no facto de a actividade da empresa se encontrar já paralisada, sem estabelecimento ou trabalhadores nem perspectivas de obtenção do financiamento necessário para relançar a actividade de forma a poder gerar rendimentos suficientes para saldar o passivo acumulado, não tendo sido manifestado qualquer interesse na recuperação da actividade pelo sócio ou qualquer investidor. Entretanto terá de ser a Assembleia de credores a deliberar, depois de apreciado este relatório, sobre o encerramento da empresa ou qualquer outro destino que se pretenda para a insolvente Proposta do Face ao descrito nos pontos anteriores o propõe: que seja submetida à discussão e votação o encerramento definitivo do estabelecimento artigo 156º nº 2 do CIRE; e efectuada pelo tribunal a comunicação à administração fiscal (Serviço de Finanças de Paredes) para efeitos de cessação da actividade para efeitos de IVA e IRC artigo 65º nº 3 do CIRE que se proceda com a maior celeridade possível à liquidação do activo da empresa, através da modalidade de negociação particular, e posterior pagamento em rateio aos credores de conformidade com a graduação de créditos a efectuar Remuneração do Não se afigurando ao conveniência para a aprovação de qualquer plano de insolvência, desde já propõe-se levar a efeito o processo de liquidação do activo da insolvente mediante a retribuição do valor da remuneração fixa legalmente estipulada e constante do nº 1 do artigo 1º da portaria nº 51/2005 de 20 de Janeiro e da parte 5

7 variável de conformidade com o anexo I da Tabela a que se refere o nº 2 do artigo 20º da Lei nº 32/2004, de 22 de Julho, que aprovou o estatuto do administrador de insolvência, na redacção do DL 282/2007 de 07 de Agosto. 7. Anexos 7.1. Inventário (requerimento de pedido de dispensa) Relativamente ao inventário foi nesta data requerida a dispensa da sua apresentação nos termos do nº 5 do artigo 153º do CIRE, em virtude de ter sido já efectuada a apreensão de bens Lista Provisória de Credores Junta-se a este relatório a lista provisória de credores, nos termos do artigo 154º do CIRE. Guimarães, 05 de Fevereiro de 2013 O João Fernandes de Sousa 6