ADVOCACIA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO.

Transcrição

1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO. URGENTE ANTÔNIO FERNANDES DO AMARAL, brasileiro, casado, vereador em Cuiabá-MT, inscrito no CPF/MF sob n , Rg nº SSP/MT, Titulo de eleitor nº: , residente e domiciliado na Rua Cristalina, nº 54, bairro: Alvorada, Cuiabá-MT, por seu advogado, que esta subscreve, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente perante a presença de Vossa Excelência, propor : AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR, Em face do Estado de Mato Grosso, contra o ato do Ex. Sr. Governador do Estado e Secretário de Infra-estrutura de MT, localizados nos centro político administrativo, nos termos do artigo 1º da Lei 4.717/65, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. Av. Marechal Deodoro, Bairro Goiabeiras, Cuiabá-MT Fone: : (65) (65) 9606-

2 DOS FATOS Acontece Excelência, que o Requerente na condição de representante da população Cuiabana, e cidadão mato-grossense, devidamente eleito para este fim através do voto popular nas eleições de 2008, sempre procurou legislar e fiscalizar as ações públicas, trabalhando para o bem da coletividade, visando ajudar o próximo. Nesse sentido, o Requerente já havia feito várias denuncias em Plenário em Novembro/2011, pedindo ao governo do Estado providencias no sentido de desobstruir o centro da pista de rolamento da Rodovia MT Emanuel Pinheiro, em frente ao Supermercado Atacadão. Desse modo, Excelência, não há calçadas e nem acostamento na referida rodovia, o que dificulta o acesso não só de motoristas, mas, principalmente de pedestre e ciclistas. Diante disso, várias vezes, veículos que apresentam defeitos, naquele trecho, ocasionam constantes engarrafamentos. Nesse sentido, não há acessos nas laterais e os blocos impedem saídas de emergências. Data vênia, Excelência, naquele trecho está acontecendo vários acidentes, devido, a colocação dos gelos baianos, inclusive com vitimas fatais como o ocorrido na noite do último dia 04/01/12, conforme noticia veiculada na imprensa, cuja cópia consta anexa. Nesse diapasão, a vida é de um valor imensurável, e se faz necessário, uma intervenção jurídica para que outras vidas não sejam ceifadas. É bem verdade a negligência do Requerido, sendo clara e cristalina, diante de um ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. DO DIREITO Av. Marechal Deodoro, Bairro Goiabeiras, 2 Cuiabá-MT Fone: : (65) (65) 9606-

3 O Requerente é cidadão conforme título de eleitor, e está indignado com a negligência estatal, pois, quantas vidas precisaram ser sacrificadas para que os gelos baianos sejam removidas? No caso em tela, já está mais que comprovado que, os concretos, são responsáveis pelos acidentes naquele trecho, e ainda, com vitimas fatais. Nesse sentido, estabelece o art. 5º, inciso LXXIII da CF/88.Vejamos: LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Dessa maneira, a lei 4717/65 em seu art. 1º diz: Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas... Assim Excelência, a continuação dos gelos baianos na rodovia Emanuel Pinheiro MT-251, é contrário aos princípios da administração pública, causa dono a administração, ao meio ambiente, a ainda, ilegal, lesivo ao patrimônio público e também, continuará causando acidentes e morrendo pessoas se não for retirado imediatamente Av. Marechal Deodoro, Bairro Goiabeiras, 3 Cuiabá-MT Fone: : (65) (65) 9606-

4 Sobre o tema, ensina o professor Hely Lopes Meirelles: Ação popular é o meio constitucional posto à disposição de qualquer cidadão para obter a invalidação de atos ou contratos administrativos - ou a estes equiparados - ilegais e lesivos do patrimônio público. (Mandado de Segurança e Ação Popular. Malheiros, 15ª Edição, p. 85) DA LIMINAR O artigo 5º, 4º, da Lei n.º 4.717/65 autoriza o magistrado conceder liminar para suspender o ato lesivo ao patrimônio público. Para tanto, o juiz concederá a medida se estiverem presentes os requisitos do fundamento relevante e do perigo de dano. No presente caso, conforme restou demonstrado o Ex.Sr. Governador e o Secretário de Infra-estrutura de MT, praticou ato ilegal ao permitir que os gelos baianos continue na rodovia MT-251, de forma ilegal, causado acidentes, causando ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural portanto, trata-se de questão relevante. Além disso, a continuidade na prática do ato que ofende o interesse público causará dano grave de difícil reparação, justificando a concessão da liminar diante do periculum in mora. Depreende-se, assim, presentes os requisitos que autorizam a concessão da liminar. DO PEDIDO Desde logo, requer a concessão da liminar para suspender o ato ilegal, retirando-se os gelos baianos da MT-251, do trevo de chapada, Km 01, ao trevo do Jardim Florianópolis, Km 02, como medida de justiça. Av. Marechal Deodoro, Bairro Goiabeiras, 4 Cuiabá-MT Fone: : (65) (65) 9606-

5 Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência a procedência do pedido de DECLARAÇÃO de nulidade do ato do Ex. Sr. Governador e do Secretário de Infraestrutura de MT. Requer ainda, a CONDENAÇÃO dos Réus à obrigação de ressarcir o erário público, o que será apurado em liquidação de sentença (art. 286 do CPC). O Autor protesta provar o alegado por todos os meios em Direito admitidos, inclusive prova testemunhal e documental. Requer, ainda, a citação dos Réus para que, no prazo defesa e possam acompanhar o feito até a sua extinção. legal, apresentem Requer, sejam decretados os benefícios da justiça gratuita, e condenação de honorários advocatícios. Requer, por fim, a intimação do Ministério Público. Dá à causa o valor de R$ ,00 ( dez mil reais) Nesses termos, pede deferimento. Cuiabá, 06 de janeiro de 2012 CARLOS ODORICO DORILÊO ROSA JUNIOR OAB/MT Av. Marechal Deodoro, Bairro Goiabeiras, 5 Cuiabá-MT Fone: : (65) (65) 9606-