DIREITO AMBIENTAL. Tutela processual civil do meio ambiente e instrumentos extrajudiciais de proteção. Ação Popular. Prof.

Transcrição

1 DIREITO AMBIENTAL Tutela processual civil do meio ambiente e instrumentos extrajudiciais de proteção Ação Popular Prof. Rodrigo Mesquita

2 Art.5º, LXXIII, da CRFB/88 Lei nº 4.717/65 BASE NORMATIVA

3 Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

4 LEGITIMIDADE ATIVA CIDADÃO CONDIÇÃO DE ELEITOR a idade mínima do autor deverá ser de 16 anos.

5 LEGITIMIDADE PASSIVA Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.

6 A Ação Popular Ambiental REPRESSIVA objetiva a anulação de ato lesivo ao meio ambiente, tendo natureza predominantemente desconstitutiva. Visa anular o ato praticado. Também é possível o uso da Ação Popular Ambiental PREVENTIVA, com a finalidade de impedir o Poder Público de editar ato ilegal e potencialmente lesivo ao meio ambiente.

7 Para que a Ação Popular seja conhecida, é preciso que o sujeito ativo demonstre cumulativamente a ILEGALIDADE e a LESIVIDADE do ato ao meio ambiente, salvo as hipóteses presumidas pelos artigos 2º e 4º da Lei da Ação Popular.

8 CIDADÃO O cidadão, ao propor a ação popular, pretende defender, em nome próprio (substituindo toda a coletividade), direitos transindividuais, numa claro exemplo de exercício da democracia direta.

9 Lei nº 4.717/65 Art.1º, 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.

10 Qualquer cidadão pode se habilitar como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular, consoante o art. 6º, 5º, da Lei nº 4.717/65, in verbis: Art. 6º, 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.

11 Art. 6º, 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.

12 SENTENÇA Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.

13 EFEITOS DA SENTENÇA SENTENÇA PROCEDENTE: Terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes. SENTENÇA IMPROCEDENTE COM ANÁLISE DA PROVA: Terá eficácia de coisa julgada opinível erga omnes.

14 SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA EM FUNÇÃO DE DEFICIÊNCIA DE PROVA: Qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.

15 SENTENÇA PROCEDENTE A sentença PROCEDENTE proferida na ação popular DETERMINA a anulação do ato lesivo.

16 Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.

17 Desta forma, a doutrina entende ser possível a reparação dos danos por meio da ação popular, desde que seja a forma de reconstituir o bem jurídico lesado pelo ato ilegal praticado pelo Poder Publico e pelos eventuais particulares que concorreram para a sua prática.