Palestra. expert PDF. Trial. Junho 2015
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- Gabriel Henrique Azambuja Prado
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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) desenvolvimento@crcsp.org.br web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão Palestra Práticas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro - Implantação: Exigências Legais, Controles Internos Mínimos, Procedimentos e Formalização da Política de Prevenção Elaborado por: Luiz Fernando Nóbrega A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n.º 9610/1998). TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Junho 2015 O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).
2 De 14 a 16 de junho de 2015 Acesse: Lei de Prevenção a Crimes de Lavagem de Dinheiro e a Responsabilidade do Profissional da Contabilidade 1
3 Introdução e Contexto Mundial Legislação Brasileira Regulamentação da Lei Aspectos Relevantes da Resolução do CFC Comunicado Técnico do Ibracon Dúvidas Lei , que alterou e ampliou o alcance da Lei de 1998 não é uma novidade ou modismo criado no Brasil, ou seja, faz parte do contexto mundial onde as legislações dos mais diversos países foram ou estão sendo adaptadas para atingir o objetivo de coibir as atividades criminosas que envolvem lavagem de dinheiro e outros ilícitos. 2
4 O que é lavagem de dinheiro? Definições para todos os gostos e preferência Define-se a lavagem de dinheiro como um conjunto de operações por meio das quais os bens, direitos e valores obtidos com a prática de crimes são integrados ao sistema econômico financeiro, com a aparência de terem sido obtidos de maneira lícita. É dar fachada de dignidade a dinheiro de origem ilegal. Lavagem de dinheiro é o ato de "esconder" a origem de um dinheiro conseguido de forma ilícita (errada, suja). Lavagem de dinheiro é o processo que tem por objetivo disfarçar a origem criminosa dos proveitos do crime. É uma expressão que se refere a práticas econômico-financeiras que têm por finalidade dissimular ou esconder a origem ilícita de determinados ativos financeiros ou bens patrimoniais, de forma a que tais ativos aparentem uma origem lícita ou a que, pelo menos, a origem ilícita seja difícil de demonstrar ou provar. 3
5 Lavagem de dinheiro no Vaticano PETROLÃO! Mais um exemplo 4
6 E o mais recente... Definição do COAF O Define-se crime de a lavagem lavagem de dinheiro de dinheiro como um caracteriza-se por um Lavagem de dinheiro é o conjunto de de operações por meio comerciais das quais os ou financeiras que buscam a ato de "esconder" a incorporação bens, direitos e valores na economia obtidos com de a prática cada de país, de origem modo de um transitório dinheiro ou crimes são integrados ao sistema econômico permanente, conseguido de forma financeiro, com a de aparência recursos, de terem bens sido e valores de origem ilícita e ilícita (errada, suja). que obtidos se desenvolvem maneira lícita. por meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, Lavagem de dinheiro três fases é o processo independentes que tem por (colocação, ocultação e integração) objetivo disfarçar que, a origem com criminosa frequência, dos proveitos ocorrem do crime. simultaneamente. É uma expressão que se refere a práticas econômico-financeiras que têm por finalidade dissimular ou esconder a origem ilícita de determinados ativos É dar fachada de financeiros ou bens patrimoniais, de dignidade a dinheiro de forma a que tais ativos aparentem uma origem ilegal. origem lícita ou a que, pelo menos, a origem ilícita seja difícil de demonstrar ou provar. 5
7 Fases da Lavagem de Dinheiro Lei 9.613/1998 Editada em 3 de março de 1998, introduziu uma série de iniciativas previstas em acordos internacionais visando o combate à lavagem de dinheiro. Especificamente: A definição legal de lavagem de dinheiro e dos crimes que a antecedem Base Convenção de Viena de 1998 Como um dos signatários o Brasil assumiu o compromisso de editar lei 6
8 Amplitude do Artigo 1º. da Lei 9.613/1998 Art. 1º. - Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime: I. de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; II. de terrorismo; III. de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua produção; IV. de extorsão mediante sequestro; V. contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de atos administrativos; VI. contra o sistema financeiro nacional; VII. praticado por organização criminosa. (ampliado pela Lei 10472/02 e alterado substancialmente pela Lei 12683/12) 1º do artigo 1º. Da Lei 9.613/1998 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo: I. os converte em ativos lícitos; II. os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; III. importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. (Mesmo antes das alterações introduzidas pela Lei /12, o profissional contábil já deveria estar atento à possibilidade de ser envolvido, mesmo que sem intenção, no processo - Exemplo da emissão da DECORE ou outra forma de dissimulação) 7
9 Abrangência da Lei 9.613/1998 Além da definição legal de lavagem de dinheiro e dos crimes que a antecedem é importante considerar que a Lei já tratava dos seguintes aspectos A criminalização de quem também ajuda no processo Definição de penas de prisão, além de perda de bens, direitos e objetos de valor associados ao crime de lavagem de dinheiro Definição das entidades abrangidas pela Lei Definição das obrigações dessas entidades em relação à Lei Criação do COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras COAF É o Conselho de Controle de Atividades Financeiras que tem como missão prevenir a utilização dos setores econômicos para a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre os Setores Público e Privado. Vinculado ao Ministério da Fazenda 8
10 Composição do COAF??CFC?? Somos honestos...nada temos a ver com isso??? 9
11 Como somos afetados??? Se antes (Lei de 1998) já devíamos nos preocupar com possível envolvimento, a mudança introduzida pela Lei no artigo 9º. da Lei passou a incluir os profissionais e organizações contábeis diretamente no rol das pessoas que devem prestar informações ao COAF Alteração no Art. 9º. Art. 9º. Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não: I ao XIII... XIV as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em... operações elencadas nas letras a a f desse item (grifo nosso) 10
12 Redação do item XIV da Lei (alterada em 2012) XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações: a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou participações societárias de qualquer natureza; b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários; d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas; e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais; Lei /2012 Altera diversos dispositivos da Lei 9.613/1998, de modo a tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro Entre as principais mudanças, estão: Ampliou os crimes que podem dar origem ao crime de lavagem de dinheiro, que passam a abranger toda e qualquer infração penal Altera diversos aspectos das disposições processuais específicas, visando torná-las mais eficazes, além de esclarecer pontos que tinham diferentes interpretações no meio legal Alterou a composição do COAF, de modo a incluir representantes da ABIN, Ministério da Justiça, Polícia Federal e Ministério da Previdência Social 11
13 Lei /2012 Entre as principais mudanças, estão: As comunicações de operações suspeitas passam a ser feitas diretamente ao COAF Introdução da necessidade da Confirmação Negativa Exigência adicionais, como a adoção de políticas, procedimentos e controles que permitam o atendimento às obrigações da lei, além de manutenção de cadastro no órgão regulador ou fiscalizador ou, na sua ausência, no COAF Inclusão de novas pessoas que devem prestar informações, como já mencionado no item XIV que incluiu os profissionais e organizações contábeis Regulamentação da Lei Objetivo e Importância da Resolução CFC 1445/2013 Regulamentar a aplicação da Lei para os profissionais e organizações contábeis Permitir a eles que se protejam da utilização indevida de seus serviços para atos ilícitos. Evitar sanções penais previstas em lei, além dos riscos de imagem pela associação do seu nome a organizações criminosas. Ela reproduz artigos importantes da Lei e da Resolução 24 do COAF Resolução 24 do COAF não se aplica 12
14 Combate à Lavagem de Dinheiro Tem importância destacada no sistema financeiro Com controle, denúncia e punição as instituições financeiras podem ajudar na prevenção e repressão de atividades ilícitas. Conceito Lei n /98 e alterações Lavagem de Dinheiro Processo de conversão de recursos financeiros oriundos de atividades criminosas em fundos de origem aparentemente lícita 13
15 Conceito Lei n /98 e alterações Crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. Lavagem de Dinheiro Ato de limpar um dinheiro sujo, tornando aparentemente legais recursos provenientes de alguma atividade ilícita. 14
16 PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por: conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país; ocorrer de modo transitório ou permanente, de recursos, bens e valores de origem ilícita; desenvolver por meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases independentes: colocação, ocultação e integração, que, com frequência, ocorrem simultaneamente. ORGANOGRAMA 15
17 Não são responsáveis por investigar crimes, julgar, avaliar ou penalizar nenhum indivíduo Unidades de Inteligência Recebem, analisam e distribuem as denúncias para quem é de direito 16
18 O COAF recebe informações de diversas instituições Ele vai analisar e distribuir as denúncias para o Ministério Público, para a Receita Federal, ou para a Polícia Federal Essas instituições vão investigar, punir e transcorrer todo o processo de detecção e julgamento do crime. LAVAGEM DE DINHEIRO: O QUE É? COMO E ONDE ACONTECE? Pela definição mais comum, a lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país dos recursos, bens e serviços (ativos) que se originam ou estão ligados a atos ilícitos. Em termos mais comuns, lavar recursos é fazer com que produtos de crime pareçam ter sido adquiridos legalmente. Para disfarçar lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer: 17
19 HISTÓRICO A origem do termo lavagem de Dinheiro faz referência histórica do gângster norte americano Al Capone. Em 1928, ele comprou uma rede de lavanderias em Chicago, que servia de fachada para legalizar dinheiro originário de uma série de atividades ilegais, como prostituição, extorsão e o comércio de bebidas alcoólicas no período de lei seca, (hoje pode ser comparado ao comércio da droga). A fachada permitia fazer depósitos bancários de notas de baixo valor (R$), normais para uma lavanderia, misturadas com aquelas resultantes do comércio ilegal. Para disfarçar lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer: 1º o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; 2º o disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; 3º a disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem r poder ser considerado LIMPO. 18
20 OS MECANISMOS MAIS UTILIZADOS NO PROCESSO QUE ENVOLVEM TEORICAMENTE AS TRES ETAPAS INDEPENDENTES, COM FREQUENCIA OCOREM SIMULTANEAMENTE 1. COLOCAÇÃO - a primeira etapa é da colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e que possuem um sistema financeiro mais liberal; 2. OCULTAÇÃO - a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento CONTÁBIL dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro; 3. INTEGRAÇÃO - nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades, podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. SETORES MUITO VISADOS NO PROCESSO DE LAVAGEM DE DINHEIRO Instituições Financeiras - a globalização, a tecnologia, facilitam a circulação rápida de dinheiro global; Paraísos Fiscais e centros off-shore - oportunidades vantajosas para a movimentação financeiras; Bolsas de Valores - Facilidade na compra e venda de ações; Cias. Seguradoras - o poder dos acionistas para realizar investimento de lavagem de dinheiro; Mercado Imobiliário - compra e venda de imóveis uma prática frequente; Jogos e Sorteios - uma prática muito conhecida para a lavagem de dinheiro; Mercado de Joias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antiguidade - comércio de alto valor; Postos de Gasolina. 19
21 R$ ETANOL CONTEXTO INTERNACIONAL E NO BRASIL 20
22 CONTEXTO INTERNACIONAL E MARCOS HISTÓRICOS PARA O BRASIL 1 - Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas 20/12/1988; 2-40 recomendações sobre lavagem de dinheiro do Grupo de Ação Financeira GAFI de 1990, revisadas em 1996; 3 - Elaboração pela Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD) e aprovação pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1992; 4 - O Comunicado Ministerial da Conferência da Cúpula das Américas sobre Lavagem de Dinheiro e Instrumentos Criminais em 1995 Buenos Aires; 5 - Declaração Política e o Plano de Ação contra a Lavagem de Dinheiro, da Assembleia Geral da ONU, sobre o Problema Mundial em LEGISLAÇÃO NO BRASIL Lei de 3 de março de 1998 Dispõe sobre Crimes de Lavagem de Dinheiro, ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos; Lei Complementar 105 de 10 de janeiro de 2001 dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e outras providencias; Lei de 11 de junho de altera o Código Penal, incluindo os Crimes de Lavagem de Dinheiro à Lei 9.613; Lei 7.560/86 Cria o Fundo Nacional Antidrogas e sobre bens apreendidos e adquiridos com produtos de tráfico; Decreto de 8 de outubro de 1998 aprova o Estatuto do Conselho de Controle de Atividades Financeiras COAF; lei de 9 de junho de 2012 que inseriu as Profissões. 21
23 ALCANCE - LEI /12 No Contexto de Organismos Internacionais Primeiramente é importante consignar que a Lei , alterou e ampliou o alcance da Lei de 1998 não é uma novidade ou modismo criado no Brasil, ou seja, faz parte do contexto mundial onde as legislações dos mais diversos países estão sendo adaptadas para atingir o objetivo de coibir as atividades criminosas que envolvem lavagem de dinheiro e outros ilícitos. Contexto no Brasil Legislação Brasileira Lei alterada pela Lei A lei foi editada em 9 de julho de Ela modificou de forma relevante a Lei 9.613, incluindo os de contadoria, que se incluem os profissionais e organizações contábeis, nos serviços que compreendem a consultoria, assessoria, auditoria, sujeitos a prestar informações sobre os crimes de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos previstos nessa lei. Importante destacar que essa nova responsabilidade dos profissionais da área contábil não foi criada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e sim pela Lei. CRONOGRAMA DOS TRABALHOS GRUPO DE TRABALHO: CFC/IBRACON/ FENACON No dia 19/9/12, após reunião entre o CFC e representantes do Ibracon e da Fenacon, ficou decidido a constituição de grupo de trabalho para atuar de forma conjunta na apresentação de proposta de regulamentação dos procedimentos a serem observados pelos profissionais e organizações contábeis. 22
24 RESOLUÇÃO CFC n.º 1.445/13 Resolução CFC 1445/
25 EMENTAS DAS RESOLUÇÕES: COAF N.º 24 X CFC N.º 1.445/13 COAF Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas pessoas físicas ou jurídicas não submetidas à regulação de órgão próprio regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, na forma do 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de Vigência COAF ATRIBUIÇÕES CFC REGULAR O PRESIDENTE DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS COAF, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 9º do Estatuto aprovado pelo Decreto n 2.799, de , torna público que o Plenário do Conselho, com base no art. 7º, incisos II, V e VI do referido Estatuto, em sessão realizada em , deliberou e aprovou a Resolução a seguir, em conformidade com as normas constantes dos arts. 9º, 10, 11 e 14, caput e 1º, todos da Lei nº 9.613, de O Conselho Federal de Contabilidade dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelos profissionais e Organizações Contábeis, quando no exercício de suas funções, para cumprimento das obrigações previstas na Lei n.º 9.613/1998 e alterações posteriores. Vigência: janeiro 2014 Considerando a competência atribuída ao Conselho Federal de Contabilidade pelo Decreto-Lei n.º 9295/1946 e suas alterações; Considerando a necessidade de regulamentar o disposto nos Arts. 9, 10 e 11 da Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações; Considerando que o profissional da Contabilidade não participa da gestão e das operações e transações praticadas pelas pessoas jurídicas e físicas; Considerando que os serviços profissionais contábeis devem estar previstos em contratos de acordo com a Resolução CFC n.º 987/2003; Considerando a diversidade dos serviços de contabilidade, que devem observar os princípios e as normas profissionais e técnicas específicas; Considerando a amplitude de valores constantes nas demonstrações contábeis geradas pelas diversas entidades em decorrência de seu porte e volume de transações, RESOLVE: 24
26 APLICAÇÃO DA LEI Resolução 24 do Coaf Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas pessoas físicas ou jurídicas não submetidas à regulação de órgão próprio regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, na forma do 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de RESOLUÇÃO CFC 1.445/13 Dispor aos profissionais e organizações contábeis que estão sujeitos a riscos de imagem e até sanções penais previstos em lei. A Resolução estabelece as diretrizes para que o profissional se proteja desses riscos. EXCLUSÕES DO ALCANCE DA LEI E DA RESOLUÇÃO 24 2º As pessoas jurídicas de que trata este artigo devem observar as disposições desta Resolução em todos os negócios e operações que realizarem, inclusive naqueles que envolverem: Excluído I a compra ou venda de outros bens ou a prestação de outros serviços não pertinentes nem vinculados à atividade principal desenvolvida; e Excluído II a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem seu ativo. Excluído 25
27 Políticas de Prevenção Art. 2º As pessoas físicas e jurídicas de que trata o Art. 1º devem estabelecer e implementar a política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo compatível com seu volume de operações e, no caso das pessoas jurídicas, com seu porte, a qual deve abranger, no mínimo, procedimentos e controles destinados: I à identificação e realização de devida diligência para a qualificação dos clientes e demais envolvidos nas operações que realizarem; II à obtenção de informações sobre o propósito e a natureza dos serviços profissionais em relação aos negócios do cliente; III à identificação do beneficiário final dos serviços que prestarem; IV à identificação de operações ou propostas de operações praticadas pelo cliente, suspeitas ou de comunicação obrigatória; V à revisão periódica da eficácia da política implantada para sua melhoria visando atingir os objetivos propostos. Políticas de Prevenção 1º A política mencionada no caput deve ser formalizada expressamente pelo profissional, ou com aprovação pelo detentor de autoridade máxima de gestão na Organização Contábil, abrangendo, também, procedimentos para, quando aplicável: I a seleção e o treinamento de empregados em relação à política implantada; II a disseminação do seu conteúdo ao quadro de pessoal por processos institucionalizados e de caráter contínuo; e III o monitoramento das atividades desenvolvidas pelos empregados. 2º As disposições do 1º deste artigo não se aplicam aos profissionais e Organizações Contábeis que possuem faturamento até o limite estabelecido no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte SIMPLES NACIONAL. 26
28 Políticas de Prevenção Art. 3º Os profissionais e Organizações Contábeis devem avaliar a existência de suspeição nas propostas e/ou operações de seus clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998 ou com eles relacionar-se. Do cadastro de Clientes e Demais Envolvidos Art. 4º Os profissionais e Organizações Contábeis devem manter cadastro de seus clientes e dos demais envolvidos nas operações que realizarem, inclusive representantes e procuradores, em relação aos quais devem constar, no mínimo: I SE PESSOA FÍSICA: nome completo; número de inscrição no cadastro de Pessoa Física (CPF); número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil; enquadramento em qualquer das condições previstas no Art. 1º da Resolução Coaf n.º 15, de ; e enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução Coaf n.º 16, de ; ou 27
29 Do cadastro de Clientes e Demais Envolvidos II SE PESSOA JURÍDICA: razão social; número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CNPJ; nome completo, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil, dos demais envolvidos; e identificação dos beneficiários finais ou o registro das medidas adotadas com o objetivo de identificá-los, nos termos do Art. 7º, bem como seu enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução Coaf n.º 16, de Do cadastro de Clientes e Demais Envolvidos III registro do propósito e da natureza da relação de negócio; IV data do cadastro e, quando for o caso, de suas atualizações; e V as correspondências impressas e eletrônicas que suportem a formalização e a prestação do serviço. Parágrafo único. Devem ainda constar do cadastro o registro dos procedimentos e as análises de que trata o Art. 6º. Art. 5º Para a realização das operações de que trata esta Resolução, as pessoas de que trata o Art. 1º deverão assegurar-se de que as informações cadastrais do cliente estejam atualizadas no momento da contratação do serviço. Art. 6º Os profissionais e Organizações Contábeis devem adotar procedimentos adicionais de verificação sempre que houver dúvida quanto à fidedignidade das informações constantes do cadastro, QUANDO houver suspeita da prática dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998 ou de situações a eles relacionadas. 28
30 Do cadastro de Clientes e Demais Envolvidos Art. 7º Os profissionais e Organizações Contábeis devem adotar medidas adequadas para compreenderem a composição acionária e a estrutura de controle dos clientes pessoas jurídicas, com o objetivo de identificar seu beneficiário final. Parágrafo único. Quando não for possível identificar o beneficiário final, as pessoas de que trata o Art. 1º devem dispensar especial atenção à operação, avaliando a conveniência de realizá-la ou de estabelecer ou manter a relação de negócio. Do Registro das Operações Art. 8º Os profissionais e Organizações Contábeis devem manter registro de todos os serviços que prestarem e de todas as operações que realizarem em nome de seus clientes, do qual devem constar, no mínimo: I a identificação do cliente; II descrição pormenorizada dos serviços prestados ou das operações realizadas; III valor da operação; IV data da operação; V forma de pagamento; VI meio de pagamento; e VII o registro fundamentado da decisão de proceder, ou não, às comunicações de que trata o Art. 9º, bem como das análises de que trata o Art. 3º. 29
31 30
32 DAS COMUNICAÇÕES AO COAF Art. 9º As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir podem configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998 ou com eles relacionar-se, devendo ser analisadas com especial atenção e, se consideradas suspeitas, comunicadas ao Coaf: I operação que aparente não ser resultante das atividades usuais do cliente ou do seu ramo de negócio; II operação cuja origem ou fundamentação econômica ou legal não sejam claramente aferíveis; III operação incompatível com o patrimônio e com a capacidade econômica financeira do cliente; IV operação com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar; DAS COMUNICAÇÕES AO COAF V operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI) de alto risco ou com deficiências de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências consideradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; VI operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo GAFI de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; VII resistência, por parte do cliente ou demais envolvidos, ao fornecimento de informações ou prestação de informação falsa ou de difícil ou onerosa verificação, para a formalização do cadastro ou o registro da operação; 31
33 DAS COMUNICAÇÕES AO COAF VIII operação injustificadamente complexa ou com custos mais elevados que visem dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação do real objetivo da operação; IX operação aparentemente fictícia ou com indícios de superfaturamento ou subfaturamento; X operação com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no mercado; XI operação envolvendo Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decore), incompatível com a capacidade financeira do cliente, conforme disposto em Resolução específica do CFC; XII qualquer tentativa de burlar os controles e registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; e DAS COMUNICAÇÕES AO COAF XIII Quaisquer outras operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei n /1998 ou com eles relacionar-se. Art.10. As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao COAF, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração: I prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a R$30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda; 32
34 DAS COMUNICAÇÕES AO COAF II prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, de valor igual ou superior a R$ ,00 (trinta mil reais), por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas jurídicas de que trata o Art.1 ; DO ALCANCE III constituição de empresa e/ou aumento de capital social com integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$ ,00 (cem mil reais); e IV aquisição de ativos e pagamentos a terceiros, em espécie, acima de R$ ,00 (cem mil reais); DAS COMUNICAÇÕES AO COAF Art.11. No caso dos serviços de auditoria das demonstrações contábeis, as operações e transações passíveis de informação de acordo com os critérios estabelecidos nos Art. 9º e 10º são aquelas detectadas no curso normal de uma auditoria que leva em consideração a utilização de amostragem para seleção de operações ou transações a serem testadas, cuja determinação da extensão dos testes depende da avaliação dos riscos e do controle interno da entidade para responder a esses riscos, assim como do valor da materialidade para execução da auditoria, estabelecido para as demonstrações contábeis que estão sendo auditadas de acordo com as normas técnicas (NBCs TA) aprovadas por este Conselho. Art. 12. Nos casos de serviços de assessoria, em que um profissional ou organização contábil contratada por pessoa física ou jurídica para análise de riscos de outra empresa ou organização que não seja seu cliente, não será objeto de comunicação ao Coaf. 33
35 DAS COMUNICAÇÕES AO COAF Art.13. As comunicações de que tratam os arts. 9º e 10, devem ser efetuadas no sítio eletrônico do COAF, de acordo com as instruções ali definidas, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar do momento em que o responsável pelas comunicações ao Coaf concluir que a operação ou a proposta de operação deva ser comunicada, abstendo-se de dar ciência aos clientes de tal ato. Art. 14. Não havendo a ocorrência, durante o ano civil, de operações ou propostas a que se referem os Arts. 9º e 10, considerando o Art. 11, as pessoas de que trata o Art. 1º devem apresentar declaração nesses termos ao CFC por meio do sítio do Coaf até o dia 31 de janeiro do ano seguinte. DAS COMUNICAÇÕES AO COAF INCLUSÃO VIII operação injustificadamente complexa ou com custos mais elevados que visem dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação do real objetivo da operação; INCLUSÃO XI operação envolvendo Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decore), incompatível com a capacidade financeira do cliente, conforme disposto em Resolução específica do CFC; 34
36 Da Guarda e Conservação de Registros e Documentos Art. 13. As pessoas de que trata o art. 1º devem conservar os cadastros e registros de que tratam os arts. 4º e 8º, bem como as correspondências de que trata o art. 4º, por no mínimo 5 (cinco) anos, contados do encerramento da relação contratual com o cliente. Art. 15. Os profissionais e Organizações Contábeis devem conservar os cadastros e registros de que tratam os Arts. 4º e 8º, bem como as correspondências de que trata o Art. 4º por, no mínimo, 5 (cinco) anos, contados da data de entrega do serviço contratado. 35
37 NÃO PODEMOS ESQUECER DA LEI ANTICORRUPÇÃO - Lei n.º /13. Como Preparar OS ESCRITÓRIOS? - Pesadas multas até 20% do faturamento bruto, ou R$ 60 milhões; - Perda de bens, suspensão de atividades, proibição de acesso a incentivos públicos; - No caso de condenação, há Previsão da dissolução da Pessoa Jurídica. - A partir de 2014, empresas flagradas em atos de corrupção e fraudes estarão expostas a punições. Das Disposições Finais Art. 14. Os procedimentos para apuração de suspeição devem ser recorrentes, inclusive, quando necessário, com a realização de outras diligências além das expressamente previstas nesta Resolução. EXCLUIDO 36
38 Das Disposições Finais Art. 21. Os profissionais e Organizações Contábeis deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas. Parágrafo único. As comunicações previstas nesta Resolução serão protegidas por sigilo. 37
39 O que dispõem nossa Lei de Regência D.Lei 9295 art. 27 Das penalidades Letra f Cassação do exercício profissional quando comprovada incapacidade técnica de natureza grave, crime contra a ordem econômica e tributária, produção de falsa prova de qualquer dos requisitos O que dispõe a Lei 9613/98? 1º. Do art. 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal. A DIFUSA CONTABILIDADE CRIATIVA PERMITE: a) Produzir informações gerenciais, financeiras com o fim de avaliar a entidade de forma enganosa, demonstrar perspectivas manipuladas extraídas da contabilidade com a clara intenção de enganar acionistas, o mercado... ; b) Por um outro lado, utilizar a contabilidade criativa de forma a manipular ativos e esconder dinheiro ilícito, representa uma transgressão da legislação específica (societária, fiscal, civil e penal). Em ambos os casos, há a intenção de ocultar, de enganar, são a resposta das dificuldades financeiras de uma empresa. Os auditores devem cumprir os requisitos de um plano de trabalho cuidadoso para uma empresa em marcha. 38
40 Como fazer a comunicação? Acesse o SISCOAF por meio do sitio do COAF Como fazer a comunicação? Clique em Comunicante Novo Li e Aceito 39
41 Como fazer a comunicação? Cadastrar comunicante CFC - Contador Como fazer a comunicação? 1) Preencher cadastro e aguardar validação por parte do COAF 2) Uma vez confirmado pelo COAF O cadastramento, o sistema fica liberado para a informações positivas e negativas. 40
42 Só não aplica a lei quem é comprometido, medroso ou politicamente engajado. Joaquim Barbosa Presidente STF RESUMO DO DIA Conheça o seu cliente. TREINE SEUS FUNCIONÁRIOS. Não se envolva em operações de risco. 41
43 42
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