LAVAGEM DE DINHEIRO NO MERCADO DE SEGUROS. Professor: Aluízio Barbosa
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- Giuliana Aquino Palha
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1 NO MERCADO DE SEGUROS Professor: Aluízio Barbosa
2 Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal; Colocação: introdução dos recursos obtidos dos recursos obtidos com a prática de atividades criminosas no sistema financeiro, na economia de varejo ou, ainda, sua remessa para países diversos daquele onde foram obtidos, com o objetivo de ocultar a sua origem ilegal; Ocultação: o disfarce ou encobrimento da fonte daqueles recursos obtidos ilegalmente, criando camadas complexas de transações financeiras projetadas com o propósito de dificultar a identificação da origem do dinheiro e promover o anonimato dos seus verdadeiros titulares; Integração: os recursos ilícitos são reintroduzidos no sistema econômico-financeiro, integrando-se aos demais ativos do sistema, completamente desconectados da sua origem criminosa. Nesta fase, é extremamente difícil distinguir a riqueza legal da ilegal.
3 PREVENÇÃO À Convenção de Viena 1988; Lei 9.613/98 atualizada pelas Leis /02 e /12; Circular SUSEP 445/12 -> sanções e comportamentos aplicáveis às entidades fiscalizadas pela SUSEP; COAF Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
4 PENAS PREVISTAS LEI 9.613/98 Reclusão de 3 a 10 anos e multa; Perda, em favor da União - e dos Estados, nos casos de competência da Justiça Estadual -, de todos os bens, direitos e valores relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos crimes previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados para prestar a fiança, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; Interdição do exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência, pelo dobro do tempo da pena privativa de liberdade aplicada.
5 LEI 9.613/98 ARTS. 9º, 10 E 11 Estabelece uma série de atividades empresariais que deverão fornecer dados de determinadas operações, dentre elas, seguradoras, corretoras, entidades de previdência privada e capitalização; Estabelece obrigações de identificação cadastral de sua operações, adoção de políticas de prevenção à lavagem de dinheiro, nos termos estabelecidos pelos órgãos competentes;
6 LEI 9.613/98 PUNIÇÕES PELA NÃO COMUNICAÇÃO E MANUTENÇÃO DE CADASTRO Advertência; Multa pecuniária variável não superior: a) ao dobro do valor da operação; b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou c) ao valor de R$ ,00 (vinte milhões de reais); Inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador em empresas do mercado; Cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento.
7 CIRCULAR SUSEP 445/12 Seguradoras; Resseguradoras locais e admitidas; Entidades abertas de previdência complementar; Corretoras de Resseguro e Corretores de Seguro quando o faturamento anual ultrapassar R$ 12 milhões.
8 PESSOAS POLITICAMENTE EXPOSTAS Agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado, nos 5 (cinco) anos anteriores, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiras, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e outras pessoas de seu relacionamento próximo. Deverá ser objeto de comunicação operações envolvendo Pessoas Politicamente Expostas acima de R$ 10 mil.
9 PESSOAS POLITICAMENTE EXPOSTAS Detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União; Os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União: a) de ministro de Estado ou equiparado; b) de natureza especial ou equivalente; c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista; e d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 6, e equivalentes; Os membros do Conselho Nacional de Justiça, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores;
10 PESSOAS POLITICAMENTE EXPOSTAS Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal; Os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União; Os governadores de Estado e do Distrito Federal, os presidentes de Tribunal de Justiça, de Assembleia Legislativa e de Câmara Distrital, e os presidentes de Tribunal e de Conselho de Contas de Estado, de Municípios e do Distrito Federal; Os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal das capitais de Estado.
11 OBRIGAÇÕES REGULATÓRIAS DAS SEGURADORAS Estabelecimento de política de prevenção e combate à lavagem de dinheiro; Elaboração de critérios e implementação de procedimentos de identificação de clientes, beneficiários, terceiros e outras partes relacionadas, e de manutenção de registros referentes a produtos e procedimentos expostos ao risco de servirem à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo; Manualização e implementação dos procedimentos de identificação, monitoramento, análise de risco e comunicação de operações que possam constituir-se em indícios de lavagem de dinheiro ou de financiamento ao terrorismo, ou com eles relacionar-se;
12 OBRIGAÇÕES REGULATÓRIAS DAS SEGURADORAS Elaboração e execução de programa de treinamento específico de qualificação dos funcionários para o cumprimento do disposto na Lei no 9.613/98, e demais regulamentos referentes à lavagem de dinheiro e à prevenção e combate ao financiamento ao terrorismo; e Elaboração e execução de programa anual de auditoria interna que verifique o cumprimento dos procedimentos desta Circular, em todos os seus aspectos, podendo tal verificação, a critério da sociedade, do ressegurador ou do corretor, ser conduzida pelo seu departamento de auditoria interna ou por auditores independentes; Tais regras se aplicam aos corretores de seguros somente na hipótese do faturamento anual ultrapassar 12 milhões de reais.
13 OBRIGAÇÕES REGULATÓRIAS DAS SEGURADORAS Manutenção de cadastro completo dos clientes contendo, além dos dados qualificativos (nome, endereço, CNPJ ou CPF, entre outros), a informação se é enquadrável ou não no conceito de Pessoa Politicamente Exposta; Divisão das operações em dois grupos: Grupo I e Grupo II cuja ocorrência deverá ser comunicada à SUSEP e ao COAF.
14 GRUPO I Aportes no mês civil ou pagamento único de PGBL, VGBL ou de título de capitalização em valor igual ou superior a R$ ,00 (um milhão de reais); Compra de apólices por pessoas físicas, exceto para o seguro DPVAT, com prêmio de valor igual ou superior a R$ ,00 (cem mil reais) no mês civil; Resgate de valor igual ou superior a R$ ,00 (um milhão de reais) no mês civil; Pagamento ou proposta de pagamento de prêmio, contribuição ou título de capitalização fora da rede bancária, em valor igual ou superior a R$ ,00 (cinquenta mil reais), no mês civil;
15 GRUPO I Resgate de títulos de capitalização da modalidade popular, conforme definida no artigo 1o do anexo IV da Circular Susep no 365/08 e alterações posteriores, cujo somatório seja igual ou superior a R$ ,00 (dez mil reais) no mês civil; Sorteio de título de capitalização de valor igual ou superior a R$ ,00 (cem mil reais); Resgate, no caso de seguro de vida individual, cujo valor seja igual ou superior a R$ ,00 (cinquenta mil reais);
16 GRUPO I Devolução de prêmio, com cancelamento ou não de apólice, cujo valor seja igual ou superior a R$ ,00 (cinquenta mil reais); e Recebimento, em uma ou mais operações, em nome próprio, na qualidade de cessionário de beneficiário, ou em nome de beneficiário, na qualidade de mandatário, de indenizações do seguro DPVAT que perfaçam em um mês valor igual ou superior a R$ ,00 (cem mil reais).
17 GRUPO II Resistência em fornecer informações, ou fornecimento de informações incorretas, relativas à identificação ou à operação; Contratação por estrangeiro não residente de serviços prestados pelas pessoas mencionadas no art. 2o desta Circular, sem razão justificável; Propostas ou operações incompatíveis com o perfil socioeconômico, capacidade financeira ou ocupação profissional do cliente, beneficiário, terceiros, e outras partes relacionadas; Propostas ou operações discrepantes das condições normais de mercado.
18 GRUPO II Pagamento a beneficiário sem aparente relação com o segurado, sem razão justificável; Mudança do titular do negócio ou bem imediatamente anterior ao sinistro, sem razão justificável; Pagamento de prêmio, fora da rede bancária, por meio de cheque ou outro instrumento, por pessoa física ou jurídica, que não o segurado, sem razão justificável;
19 GRUPO II Transações, inclusive dentre as listadas no Grupo I, cujas características peculiares, principalmente no que se refere às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fundamento econômico ou legal, mesmo que tragam vantagem à sociedade, ao ressegurador ou ao corretor, possam caracterizar indício de lavagem de dinheiro, de financiamento ao terrorismo, ou de qualquer outro ilícito; Utilização desnecessária, pelo ressegurador, de uma rede complexa de corretores para colocação do risco; Utilização desnecessária, pelo ressegurador, de corretor na transação;
20 GRUPO II Avisos de sinistros aparentemente legítimos, mas com freqüência anormal; Variações relevantes de importância segurada sem causa aparente; e Operações do Grupo I, de valores inferiores aos limites estipulados, que por sua habitualidade e forma configurem artifício para a burla de referidos limites.
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