COAF - Novas Regras para o Combate ao Crime de Lavagem de Dinheiro - Processo de Gestão Minimizando Riscos

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1 Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) ramal 1529 (núcleo de relacionamento) desenvolvimento@crcsp.org.br web: Rua Rosa e Silva, 60 Higienópolis São Paulo SP Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão Palestra COAF - Novas Regras para o Combate ao Crime de Lavagem de Dinheiro - Processo de Gestão Minimizando Riscos A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Elaborado por: Paulo César Raimundo Peppe O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). Setembro 2014

2 Novas Regras para o Combate ao Crime de lavagem de Dinheiro PROGRAMA: COAF estrutura e organização Lavagem de Dinheiro - Conceito e Origem Crime de Lavagem de Dinheiro O que é Lavagem de Dinheiro Etapas do processo na Lavagem de Dinheiro Setores Visados no Processo da Lavagem de Dinheiro Responsabilidades dos Contadores no Processo Seção de Perguntas e Respostas Postura e responsabilidade do profissional e da organização contábil frente aos crimes de lavagem de dinheiro Resolução CFC 1.445/13 O que é o COAF? O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) é um órgão de deliberação coletiva com jurisdição em todo o território nacional, criado pela Lei n.º 9.613, de 3 de março de 1998, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, que tem por finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas relacionadas à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre os Setores Público e Privado. Unidade de Inteligência Financeira do Brasil 2

3 Qual o princípio da Lei n.º 9.613/98 e alterações? A Lei n.º baseia-se nos princípios da Convenção de Viena de 1988, nos quais os países signatários devem adotar medidas para tipificar como crime a lavagem ou ocultação de bens oriundos do tráfico de drogas e nas diretrizes do Grupo de Ação Financeira sobre Lavagem de Dinheiro escritas em 1990 e revisadas em O que é o COAF? Unidade de Inteligência Financeira do Brasil 3

4 O que é o COAF Entidades vinculadas ao sistema Unidade de Inteligência Financeira do Brasil O que é Crime de lavagem de Dinheiro? O crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país, de modo transitório ou permanente, de recursos, bens e valores de origem ilícita e que se desenvolvem por meio de um processo dinâmico que envolve, teoricamente, três fases independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente. 4

5 O que é Crime de lavagem de Dinheiro Em , o Brasil, dando continuidade a compromissos internacionais assumidos a partir da assinatura da convenção de Viena de 1988, aprovou, com base na respectiva Exposição de Motivos, a Lei de Lavagem de Dinheiro ou Lei 9.613/98, posteriormente alterada pela Lei nº , de O que é lavagem de dinheiro? Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, dos crimes antecedentes Quantas vezes não lemos ou vemos notícias reportando crimes de lavagem de dinheiro, seja por políticos corruptos ou traficantes de drogas em jornais ou telejornais? Todavia, o que é lavagem de dinheiro? 5

6 Lavagem de dinheiro CONCEITO É uma expressão que se refere a práticas econômicofinanceiras que têm por finalidade dissimular ou esconder a origem ilícita de determinados ativos financeiros ou bens patrimoniais, de forma a que tais ativos aparentem uma origem lícita ou a que, pelo menos, a origem ilícita seja difícil de demonstrar ou provar. É dar fachada de dignidade a dinheiro de origem ilegal Lavagem de dinheiro CONCEITO Pela definição mais comum, a lavagem de dinheiro constitui um conjunto de operações comerciais ou financeiras que buscam a incorporação na economia de cada país dos recursos, bens e serviços que se originam ou estão ligados a atos ilícitos. Em termos mais gerais, lavar recursos é fazer com que produtos de crime pareçam ter sido adquiridos legalmente. Especialistas estimam que cerca de US$ 500 bilhões em "dinheiro sujo" cerca de 2% do PIB mundial - transitam anualmente na economia. 6

7 Lavagem de dinheiro Origem da expressão A expressão inglesa money laundering resulta do fato que o dinheiro adquirido ilegalmente é sujo devendo ser lavado ou branqueado. Uma origem lendária leva a Al Capone que teria comprado em 1928, em Chicago, uma cadeia de lavanderias (laundromats), da marca Sanitary Cleaning Shops. Esta fachada legal ter-lhe-ia permitido fazer depósitos bancários de notas de baixo valor nominal, habituais nas vendas de lavanderia mas resultantes afinal do comércio de bebidas alcoólicas interdito pela Lei Seca e de outras atividades criminosas como a exploração da prostituição, do jogo e a extorsão. Lavagem de dinheiro Origem da expressão De fato, a expressão laundering apareceu pela primeira vez no jornal inglês Guardian e populariza-se nos anos 1970 quando do Caso Watergate. Um informante, batizado de Garganta Profunda (William Mark Felt), aconselhou o repórter Bob Woodward, do Washington Post: Siga o dinheiro... O Comitê de Reeleição do então Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, envolvera-se em transações financeiras que direcionavam fundos ilegais de campanha para o México e depois de volta para os Estados Unidos, através de uma companhia em Miami. A história foi contada no filme Todos os Homens do Presidente. 7

8 Lavagem de dinheiro AS ETAPAS DO PROCESSO Lavagem de dinheiro AS ETAPAS DO PROCESSO Lavagem de dinheiro, em termos simples, é o ato de fazer o dinheiro que sai de uma origem ilícita parecer que vem da lícita. Na prática, criminosos tentam camuflar a origem do dinheiro proveniente de atividades ilegais para que pareça que foi obtido de fontes legais. Do contrário, não podem usar o dinheiro porque ele seria vinculado a atividades criminais e a polícia iria bloqueá-lo. 8

9 Lavagem de dinheiro AS ETAPAS DO PROCESSO Os criminosos que mais precisam lavar dinheiro são traficantes de drogas, estelionatários, políticos e servidores públicos corruptos, membros de quadrilhas, terroristas e golpistas. Há também outras operações, mas que serão classificadas mais adiante. Traficantes de drogas precisam de bons sistemas de lavagem porque lidam quase que exclusivamente com dinheiro vivo, o que causa todo tipo de problemas logísticos. O dinheiro vivo não só chama a atenção da polícia, como também é pesado. Um milhão de dólares em cocaína pesa cerca de 20kg, enquanto um milhão de dólares em cédulas pesa cerca de 110kg. Lavagem de dinheiro AS ETAPAS DO PROCESSO Basicamente são três etapas sendo: 9

10 Lavagem de dinheiro AS ETAPAS DO PROCESSO Lavagem de dinheiro SIGNIFICADO DAS ETAPAS DO PROCESSO 10

11 Lavagem de dinheiro SIGNIFICADO DAS ETAPAS DO PROCESSO Fase 1 COLOCAÇÃO: Nesta etapa, o criminoso coloca o dinheiro sujo em uma instituição financeira legítima. Isto geralmente acontece na forma de depósitos bancários em dinheiro. É a etapa mais arriscada do processo de lavagem porque grandes quantias de dinheiro chamam muito a atenção, e os bancos são obrigados a declarar transações de valor alto. Assim, muitos fazem pequenos depósitos para despistar. Lavagem de dinheiro SIGNIFICADO DAS ETAPAS DO PROCESSO Fase 1 COLOCAÇÃO: A primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. A colocação se efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens. Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie. 11

12 Lavagem de dinheiro SIGNIFICADO DAS ETAPAS DO PROCESSO Fase 2 OCULTAÇÃO: É o envio do dinheiro através de várias transações financeiras para mudar seu formato e dificultar o rastreamento. A ocultação pode ser feita através de várias transferências de um banco para outro; transferências eletrônicas entre várias contas de pessoas diferentes em países diversos; realização de depósitos e saques a fim de alterar os saldos das contas; mudança de moeda e compra de artigos caros (barcos, casas, carros, diamantes) para mudar a forma do dinheiro. É a fase mais complexa do esquema de lavagem, e seu objetivo é dificultar ao máximo o rastreamento da origem do dinheiro sujo. Lavagem de dinheiro SIGNIFICADO DAS ETAPAS DO PROCESSO Fase 2 OCULTAÇÃO: A segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário ou realizando depósitos em contas fantasmas.. 12

13 Lavagem de dinheiro SIGNIFICADO DAS ETAPAS DO PROCESSO Fase 3 INTEGRAÇÃO: Nesta fase, o dinheiro é reincorporado ao sistema econômico de forma legítima. Parece que é proveniente de uma transação legal. Isto pode ser feito através de uma transferência bancária para a conta de uma empresa local na qual o criminoso investe em troca de participação nos lucros; da venda de um iate comprado durante a fase de ocultação; ou da compra de outros bens de uma empresa da qual o criminoso seja proprietário. Neste estágio, o criminoso pode usar o dinheiro sem ser pego em flagrante. É muito difícil pegar um criminoso durante a fase de integração se não houver documentação durante as fases anteriores. Lavagem de dinheiro SIGNIFICADO DAS ETAPAS DO PROCESSO Fase 3 INTEGRAÇÃO: Nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. 13

14 Lavagem de dinheiro Setores visados no Processo de Lavagem de Dinheiro Dentre os setores mais visados no Processo de Lavagem de Dinheiro, destacam-se: Instituições Financeiras; Paraísos Fiscais e Centros off-shore; Bolsas de Valores; Companhias Seguradoras; Mercado Imobiliário; e Jogos e Sorteios. Lavagem de dinheiro Setores visados no Processo de Lavagem de Dinheiro Instituições Financeiras: No Brasil controladas pelo Banco Central (BACEN), compõem um dos setores mais visados pelas organizações criminosas para realização de operações de lavagem de dinheiro. A razão disso é que as novas tecnologias e a globalização dos serviços financeiros imprimem uma velocidade sem precedentes à circulação do dinheiro. Recursos em busca de taxas de juros mais atraentes, compra e venda de divisas e operações internacionais de empréstimo e financiamento misturam-se num vasto circuito de transações complexas. 14

15 Lavagem de dinheiro Setores visados no Processo de Lavagem de Dinheiro Paraísos Fiscais e Centros off-shore: Tanto os paraísos fiscais quanto os centros off-shore compartilham de uma finalidade legítima e uma certa justificação comercial. No entanto, os principais casos de lavagem de dinheiro descobertos nos últimos anos envolvem organizações criminosas que se aproveitaram, de forma generalizada, das facilidades oferecidas por eles para realizarem manobras ilegais. Lavagem de dinheiro Setores visados no Processo de Lavagem de Dinheiro Bolsas de Valores: As bolsas de valores oferecem condições propícias para se efetuarem operações de lavagem de dinheiro, tendo em vista que: a) permitem a realização de negócio com características internacionais; b) possuem alto índice de liquidez; c) as transações de compra e venda podem ser efetuadas em um curto espaço de tempo; d) as operações são realizadas, em sua grande maioria, por intermédio de um corretor; e a) existe muita competitividade entre os corretores.. 15

16 Lavagem de dinheiro Setores visados no Processo de Lavagem de Dinheiro Companhias Seguradoras: O mercado de seguros, capitalização e previdência privada aberta, fiscalizado no Brasil pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), é outro setor vulnerável à lavagem de dinheiro. Quer em relação aos acionistas, quer em relação aos segurados, subscritores, participantes e intermediários pode haver a tentativa de limpeza de recursos: a) Os acionistas podem usar seu poder de deliberação realizando investimentos que possibilitem a prática de lavagem de dinheiro; b) Os segurados, por sua vez, podem lavar recursos mediante a apresentação de avisos de sinistros falsos ou fraudulentos, o mesmo ocorrendo com os subscritores e participantes, os quais podem, respectivamente, transferir a propriedade de títulos de capitalização sorteados e inscrever pessoas inexistentes ou falecidas em planos de previdência privada aberta; e c) A intermediação, materializada na corretagem, também pode ensejar a malfadada lavagem nas transações envolvendo terceiros ou clientes não residentes. Lavagem de dinheiro Setores visados no Processo de Lavagem de Dinheiro Mercado Imobiliário: A lavagem de dinheiro é uma prática muito frequente no setor imobiliário. Por meio da transação de compra e venda de imóveis e de falsas especulações imobiliárias, os agentes criminosos lavam recursos com extrema facilidade, principalmente se eles utilizam recursos em espécie. A criatividade das organizações criminosas faz com que suas atuações no setor sejam extremamente dinâmicas, dificultando o trabalho de detecção das ilegalidades. A ausência de controle do setor imobiliário também facilita a ação dos criminosos. 16

17 Lavagem de dinheiro Setores visados no Processo de Lavagem de Dinheiro Jogos e Sorteios: São conhecidos os casos de lavagem de dinheiro por meio de jogos e sorteios, como bingos e loterias. As principais características dos processos criminosos envolvem a manipulação das premiações e a realização de alto volume de apostas em uma determinada modalidade de jogo, buscando fechar as combinações. Em muitos casos, o agente criminoso não se importa em perder uma parte dos recursos, contanto que consiga finalizar o processo de lavagem com êxito. Novas Regras para o Combate ao Crime de lavagem de Dinheiro Responsabilidades dos Contadores no Processo Resolução CFC 1.445/13 17

18 Novas Regras para o Combate ao Crime de lavagem de Dinheiro LEI Nº , DE 9 DE JULHO DE Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Altera a Lei n o 9.613, de 3 de março de 1998, para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro MPF Notifica o CFC Como órgão regulador da profissão, o CFC foi notificado pelo Ministério Público Federal, para no prazo de 20 (vinte) dias, se pronunciar quanto às providências tomadas para a regulação e a aplicação dos dispositivos da Lei n.º /12 por parte dos profissionais e organizações contábeis. 18

19 RESOLUÇÃO Nº 24, DE 16 DE JANEIRO DE Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas pessoas físicas ou jurídicas não submetidas à regulação de órgão próprio regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, na forma do 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de Resolução CFC 1.445/13 COAF desobriga advogados de comunicarem informações confidenciais de clientes De acordo com a resolução 24/13, os advogados são excluídos da obrigação de comunicarem ao Coaf informações confidenciais de seus clientes. Isso porque os causídicos e os escritórios de advocacia se submetem a regulação da OAB e a regra dispõe especificamente sobre os procedimentos por pessoas não submetidas à regulação de órgão próprio. A resolução entra em vigor dia 1º de março. 19

20 Resolução CFC 1.445/13 Dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelos profissionais e Organizações Contábeis, quando no exercício de suas funções, para cumprimento das obrigações previstas na Lei n.º 9.613/1998 e alterações posteriores. Objetivos e Importância da Resolução CFC 1.445/13 O objetivo da Resolução é regulamentar a aplicação da Lei para os profissionais e organizações contábeis, permitindo a eles que se protejam da utilização indevida de seus serviços para atos ilícitos que lhe possam gerar sanções penais previstas em lei, além dos riscos de imagem pela associação do seu nome a organizações criminosas. 20

21 Resolução 24/13 Resolução CFC 1.445/13 Leis 9.613/98 e /13 SEÇÃO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS. 1. A quem se aplica a Lei n.º 9.613/98 e alterações? No aspecto penal, já se aplicava a toda a sociedade brasileira, mesmo antes das alterações introduzidas pela Lei n.º /12, que ampliou o conceito dos crimes de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores. No aspecto administrativo, aplica-se as pessoas físicas e jurídicas elencadas no Art. 9º da Lei, e mais especificamente, no inciso XIV, inclui os profissionais e organizações contábeis no rol de responsáveis pela prestação de informações ao COAF. 21

22 2. Qual a obrigação atribuída ao CFC na Lei n.º 9613/98? A Lei n.º 9.613/98 estabelece em seus Arts. 10 a 14 que os órgãos reguladores e as autoridades competentes, nas quais se incluem os conselhos de profissão regulamentada, devem disciplinar os procedimentos próprios ao exercício profissional no atendimento à lei, conforme contemplado na Resolução CFC n.º 1.445/ A quem se aplica a Resolução n.º 1.445/13? Aos profissionais e organizações contábeis que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas operações elencadas no Art. 1º da Resolução, exceto, o Contador e Técnico em Contabilidade empregado de empresa em geral. 22

23 4. A Resolução CFC n.º 1.445/13 se aplica aos profissionais e organizações contábeis que se enquadram no limite de faturamento do SIMPLES? Sim, independente de serem, ou não, optantes pelo SIMPLES. A exceção refere-se à não necessidade de formalização de política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ( 2º do Art. 2º), bem como aos procedimentos adicionais instituídos no 1º do mesmo artigo, devendo cumprir os demais dispositivos estabelecidos na Resolução. 5. Quais os procedimentos que os profissionais e as organizações contábeis devem adotar perante os seus clientes para atender à Resolução do CFC? Os profissionais devem esclarecer aos seus clientes os propósitos da Lei e da Resolução e incluir nos contratos de prestação de serviços, que tem por objetivo estabelecer os direitos e deveres dos profissionais e organizações contábeis na relação com seus clientes, cláusula que ressalta a obrigação de cumprimento à Lei n.º 9.613/98 e alterações e a Resolução CFC n.º 1.445/13. 23

24 6. Quais são as operações que devem ser analisadas pelos profissionais e organizações contábeis? As operações previstas no Art. 9º, inciso XIV, da Lei n.º 9613/98 e regulamentadas nos Arts. 1º, 9º e 10 da Resolução CFC n.º 1.445/ Considerando a necessidade de implantação de política de prevenção, quais os procedimentos de controle que os profissionais e organizações contábeis deverão adotar? Os profissionais e organizações contábeis, no desempenho de sua atividade, devem adotar procedimentos de controle, observando a resposta do item 4, que visem de forma detalhada conhecer seu cliente e as operações comerciais e financeiras de seus clientes, evitando assim práticas suspeitas que comprometam a prestação do serviço e consequentemente a responsabilidade técnica. 24

25 8. Os profissionais e organizações contábeis devem manter cadastro de seus clientes? Sim. Conforme Art. 10 da Lei n.º 9.613/98 e regulado nos Arts. 4º, 5º e 15 da Resolução CFC n.º 1.445/13. Nesse aspecto, cabe ressaltar que o profissional e a Organização Contábil deve observar o princípio do conheça o seu cliente. 9. Quem são as pessoas politicamente expostas? De acordo com a Resolução COAF n.º 16/2007: consideram-se pessoas politicamente expostas os agentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado, nos últimos cinco anos, no Brasil ou em países, territórios e dependências estrangeiras, cargos, empregos ou funções públicas relevantes, assim como seus representantes, familiares e estreitos colaboradores. (Vide letra e do inciso I e letra d do inciso II do Art. 4º da Resolução CFC n.º 1.445/13). 25

26 10. É necessário comunicar ao COAF operação que não foi possível identificar o beneficiário final? Não. Entretanto, os profissionais e Organizações Contábeis deverão documentar as medidas adotadas na tentativa de identificação e dispensar especial atenção a essas operações, conforme previsto no Art. 7º parágrafo único. 11. Quais os registros de operações que os profissionais e organizações contábeis devem manter? Os profissionais e organizações contábeis deverão manter o registro de todos os serviços que prestarem de acordo com o Art. 10 da Lei n.º /98 e Art. 8º da Resolução CFC n.º 1.445/ Quais as operações que devem ser informadas pelos profissionais e organizações contábeis ao Coaf? As operações consideradas suspeitas de acordo com os Arts. 9º e 11 da Lei n.º 9613/98, regulados pelo Art. 1º, 9º e 10 da Resolução CFC n.º 1.445/13. Ressalta-se que as operações listadas no Art. 10 da Resolução CFC, devem ser comunicadas ao Coaf, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração. 26

27 13.Em quais situações a Lei n.º 9.613/98 e a Resolução CFC n.º 1.445/13 não obriga o profissional ou a organização contábil a informar ao COAF? No Art. 9º da Lei n.º 9.613/98 e nos Arts. 1º e 12 da Resolução CFC n.º 1.445/13, não contempla os serviços de perícias e análises de riscos em organização que não seja seu cliente, exercidos pelo profissional ou a organização contábil, portanto, não será objeto de comunicação ao COAF. 14. Como devem ser tratadas as comunicações prestadas ao COAF? Os profissionais e as organizações contábeis na prestação de serviço, diante da Lei n.º 9.613/98 e da Resolução CFC n.º 1.445/13, não são investigadores ou denunciantes das operações realizadas por seus clientes. As comunicações, quando efetuadas, são informações protegidas por sigilo e não são denúncias. 27

28 15. Como fica o sigilo profissional das informações prestadas ao COAF? O sigilo, o zelo, a diligência e a honestidade a serem observados pelo profissional, previsto no Código de Ética, referem-se ao exercício da atividade lícita e não nos casos ilícitos. Lavagem de dinheiro é uma atividade ilícita. Portanto, é crime previsto em Lei e como tal não é protegido pelo sigilo profissional. 16.Qual o tratamento que o COAF dá a uma informação recebida? O COAF procederá à análise da informação, podendo se utilizar de informações recebidas de outros agentes. Se concluir pela existência de crimes previstos na lei, de fundados indícios de sua prática ou de qualquer outro ilícito, comunicará às autoridades competentes para instauração dos procedimentos cabíveis, mantendo a confidencialidade do informante. 28

29 17. Quem deve se cadastrar no sítio do COAF? Os profissionais da Contabilidade que atuam como pessoa física e as organizações contábeis, exceto aqueles com vínculo empregatício. 18. Qual o tempo de guarda de registros e documentos? Prazo mínimo de 5 (cinco) anos de acordo com o Art. 10 da Lei n.º 9.613/98 e Art. 15 da Resolução CFC n.º 1.445/ A partir de quando e como as comunicações deverão ser feitas ao COAF? As comunicações deverão ser efetuadas a partir de 1º de janeiro de 2014, no prazo de 24 horas, a partir do conhecimento da operação e conclusão da necessidade de informar ao COAF (Art. 13 da Resolução CFC n.º 1.445/13). Não havendo operações a comunicar do exercício de 2014, o profissional ou a organização contábil deverá fazer comunicação negativa no prazo de 1 a 31 de janeiro de 2015 (Art. 14 da Resolução CFC n.º 1.445/13). A comunicação deverá ser feita após o cadastro no sítio do COAF ( conforme orientações contidas no mesmo. 29

30 20. Quais são as sanções a serem aplicadas aos profissionais que descumprirem a Resolução CFC n.º 1.445/13? O profissional está sujeito às sanções administrativas éticodisciplinares no âmbito dos Conselhos de Contabilidade constantes do Art. 27 do Decreto-Lei N.º 9.295/46 e do Código de Ética Profissional do Contador (Resolução CFC n.º 803/96), sem prejuízo das sanções e penalidades previstas na Lei n.º 9613/98. Novas Regras para o Combate ao Crime de lavagem de Dinheiro Postura e responsabilidade do profissional e da organização contábil frente aos crimes de lavagem de dinheiro 30

31 1. INTRODUÇÃO As alterações foram promovidas com o intuito de estender aos profissionais e organizações contábeis a obrigação de promover: a) a identificação dos clientes e manutenção de registros pertinentes; e b) a comunicação de operações financeiras ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A disciplina regulamentada pela Resolução CFC nº 1.445/2013 será aplicável partir de 1º Nota Os profissionais e organizações contábeis devem manter seu registro cadastral atualizado no Conselho Regional de Contabilidade de seu Estado. 2. Objetivo e Abrangência da Resolução CFC nº 1.445/2013 A Resolução CFC nº 1.445/2013 tem por objetivo estabelecer normas gerais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, que sujeita ao seu cumprimento os profissionais e organizações contábeis que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas seguintes operações: a) De compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais, ou participações societárias de qualquer natureza; b) De gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos; c) De abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários; 31

32 2. Objetivo e Abrangência da Resolução CFC nº 1.445/2013 d) De criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas; e) Financeiras, societárias ou imobiliárias; e f) De alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais. Nota Os profissionais e organizações contábeis devem manter seu registro cadastral atualizado no Conselho Regional de Contabilidade de seu Estado. 3. POLÍTICAS DE PREVENÇÃO DE CRIMES A SEREM IMPLANTADAS PELOS PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS Os profissionais e organizações contábeis devem estabelecer e implementar a política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo compatível com seu volume de operações e, no caso das pessoas jurídicas, com seu porte, a qual deve abranger, no mínimo, procedimentos e controles destinados: 32

33 ... a qual deve abranger, no mínimo, procedimentos e controles destinados: a) à identificação e à realização de devida diligência para a qualificação dos clientes e demais envolvidos nas operações que realizarem; b) à obtenção de informações sobre o propósito e a natureza dos serviços profissionais em relação aos negócios do cliente; c) à identificação do beneficiário final dos serviços que prestarem; d) à identificação de operações ou propostas de operações praticadas pelo cliente, suspeitas ou de comunicação obrigatória; e) à revisão periódica da eficácia da política implantada para sua melhoria visando atingir os objetivos propostos Formalização das políticas de controle para prevenção de crimes A política mencionada no anteriormente deve ser formalizada expressamente pelo profissional, ou com aprovação pelo detentor de autoridade máxima de gestão na organização contábil, abrangendo também procedimentos, quando aplicáveis, para: a) a seleção e o treinamento de empregados em relação à política implantada; b) a disseminação do seu conteúdo ao quadro de pessoal por processos institucionalizados e de caráter contínuo; e c) o monitoramento das atividades desenvolvidas pelos empregados. 33

34 3.1 - Formalização das políticas de controle para prevenção de crimes Nota-se que a regra supramencionada não se aplica aos profissionais e organizações contábeis que possuem faturamento até o limite estabelecido no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). No entanto, essa desoneração não exime o profissional / escritório de cumprir o estabelecido no tópico das POLÍTICAS DE PREVENÇÕES DE CRIMES A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS. 4. CUIDADOS A SEREM TOMADOS PELOS PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS Os profissionais e organizações contábeis devem avaliar a existência de suspeição nas propostas e/ou operações de seus clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613/1998 ou com eles relacionar-se. 34

35 5. CADASTRO DE CLIENTES E DEMAIS ENVOLVIDOS Os profissionais e organizações contábeis devem manter cadastro de seus clientes e dos demais envolvidos nas operações que realizarem, inclusive representantes e procuradores, em relação aos quais devem constar, no mínimo: a) Se pessoa física a.1) Nome completo; 5. CADASTRO DE CLIENTES E DEMAIS ENVOLVIDOS a.2) Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); a.3) Número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil; a.4) Enquadramento em qualquer das condições previstas no art. 1º da Resolução Coaf nº 15/2007; e a.5) Enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução Coaf nº 16/2007; ou 35

36 b) Se pessoa jurídica b.1) razão social; 5. CADASTRO DE CLIENTES E DEMAIS ENVOLVIDOS b.2) número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); b.3) nome completo, número de inscrição no CPF e número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil, dos demais envolvidos; e b.4) identificação dos beneficiários finais ou o registro das medidas adotadas com o objetivo de identificá-los, nos termos do art. 7º, bem como seu enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução Coaf nº 16/2007; c) Registro do propósito e da natureza da relação de negócio; d) Data do cadastro e, quando for o caso, de suas atualizações; e e) As correspondências impressas e eletrônicas que suportem a formalização e a prestação do serviço. Para a realização das operações referidas neste trabalho, o profissional contábil e a organização contábil deverão assegurar-se de que as informações cadastrais do cliente estão atualizadas no momento da contratação do serviço. 5. CADASTRO DE CLIENTES E DEMAIS ENVOLVIDOS 36

37 5.1 Procedimentos adicionais Os profissionais e organizações contábeis devem adotar procedimentos adicionais de verificação sempre que houver dúvida quanto à fidedignidade das informações constantes do cadastro, quando houver suspeita da prática dos crimes previstos na Lei nº 9.613/1998 ou de situações a eles relacionadas. 5.2 Conhecimento claro da composição acionária e dos beneficiários finais Os profissionais e organizações contábeis devem adotar medidas adequadas para compreenderem a composição acionária e a estrutura de controle dos clientes pessoas jurídicas, com o objetivo de identificar seu beneficiário final. Quando não for possível identificar o beneficiário final, o profissional contábil e a organização contábil deverão dispensar especial atenção à operação, avaliando a conveniência de realizá-la ou de estabelecer ou manter a relação de negócio. 37

38 6. Registro das Operações Os profissionais e organizações contábeis devem manter registro de todos os serviços que prestarem e de todas as operações que realizarem em nome de seus clientes, do qual devem constar, no mínimo: a) identificação do cliente; b) descrição pormenorizada dos serviços prestados ou das operações realizadas; c) valor da operação; d) data da operação; e) forma de pagamento; f) meio de pagamento; e g) registro fundamentado da decisão de proceder, ou não, às comunicações destinadas ao Coaf. (Conforme item seguinte) 7. Comunicações a serem feitas ao COAF Os profissionais e organizações contábeis deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas. As comunicações de que tratam os subitens 7.1 e 7.2 devem ser efetuadas por meio do site oficial do Coaf, de acordo com as instruções ali definidas, no prazo de 24 horas a contar do momento em que o responsável pelas comunicações ao Coaf concluir que a operação ou a proposta de operação deva ser comunicada, abstendo-se de dar ciência aos clientes de tal ato. 38

39 7. Comunicações a serem feitas ao COAF Não havendo a ocorrência, durante o ano civil, de operações ou propostas a que se referem os subitens 7.1 e 7.2, considerando o item 8, os profissionais e as organizações contábeis devem apresentar declaração nesses termos ao CFC por meio do site do Coaf até o dia 31 de janeiro do ano seguinte. Notas (1) Conforme veremos adiante, os profissionais de contabilidade e as organizações contábeis devem fazer uma série de comunicações ao Coaf. As comunicações de boa-fé não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa. (2) As comunicações a serem feitas ao Coaf serão protegidas por sigilo. 7.1 Operações que configuram indícios de crimes As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir podem configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613/1998 ou com eles relacionar-se, devendo ser analisadas com especial atenção e, se consideradas suspeitas, comunicadas ao Coaf: a) operação que aparente não ser resultante das atividades usuais do cliente ou do seu ramo de negócio; b) operação cuja origem ou fundamentação econômica ou legal não sejam claramente aferíveis; c) operação incompatível com o patrimônio e com a capacidade econômica financeira do cliente; d) operação com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar; 39

40 7.1 Operações que configuram indícios de crimes e) operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi) de alto risco ou com deficiências de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; f) operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo Gafi de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; 7.1 Operações que configuram indícios de crimes g) resistência, por parte do cliente ou demais envolvidos, ao fornecimento de informações ou prestação de informação falsa ou de difícil ou onerosa verificação, para a formalização do cadastro ou o registro da operação; h) operação injustificadamente complexa ou com custos mais elevados que visem dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação do real objetivo da operação; i) operação aparentemente fictícia ou com indícios de superfaturamento ou subfaturamento; j) operação com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no mercado; e 40

41 7.1 Operações que configuram indícios de crimes k) operação envolvendo Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decore) incompatível com a capacidade financeira do cliente, conforme disposto em resolução específica do CFC; l) qualquer tentativa de burlar os controles e registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; e m) quaisquer outras operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613/1998 ou com eles relacionarem-se. 7.2 Operações que devem ser comunicadas ao COAF As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao Coaf, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração: a) prestação de serviço realizada pelo profissional ou organização contábil, envolvendo o recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a R$ ,00 ou equivalente em outra moeda; b) prestação de serviço realizada pelo profissional ou organização contábil, envolvendo o recebimento, de valor igual ou superior a R$ ,00, por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo dos profissionais e organizações contábeis; 41

42 7.2 Operações que devem ser comunicadas ao COAF c) constituição de empresa e/ou aumento de capital social com integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$ ,00; e d) aquisição de ativos e pagamentos a terceiros, em espécie, acima de R$ , Acompanhamento de Informações adicionais De modo a aprimorar os controles, em especial o estabelecimento da política de prevenção do crime de lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, os profissionais e organizações contábeis devem acompanhar, pelo site do Coaf - e do CFC a divulgação de informações adicionais, bem como aquelas relativas às localidades de que tratam os tópicos e e f do subitem

43 8. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS PARA OS SERVIÇOS DE AUDITORIA No caso dos serviços de auditoria das demonstrações contábeis, as operações e transações passíveis de informação de acordo com os critérios estabelecidos nos subitens 7.1 e 7.2 são aquelas detectadas no curso normal de uma auditoria que leva em consideração a utilização de amostragem para seleção de operações ou transações a serem testadas. Lembra-se que a determinação da extensão dos testes depende da avaliação dos riscos e do controle interno da entidade para responder a esses riscos, assim como do valor da materialidade para execução da auditoria, estabelecido para as demonstrações contábeis que estão sendo auditadas de acordo com as normas técnicas (NBC TA) aprovadas por este Conselho. 9. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS PARA OS SERVIÇOS DE ASSESSORIA Os serviços de assessoria, em que um profissional ou organização contábil são contratados por pessoa física ou jurídica para análise de riscos de outra empresa ou organização que não seja seu cliente, não serão objeto de comunicação ao Coaf. 43

44 10. GUARDA E CONSERVAÇÃO DE REGISTROS E DOCUMENTOS Os profissionais e organizações contábeis devem conservar os cadastros e registros referidos nos itens 5 e 6, bem como as correspondências de que trata o item 4 por, no mínimo, 5 anos, contados da data de entrega do serviço contratado. 11. SANÇÕES APLICÁVEIS AOS PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS Os profissionais e organizações contábeis, bem com os seus administradores, que deixarem de cumprir as obrigações estabelecidas pela Resolução CFC nº 1.445/2013 sujeitar-se-ão a uma série de sanções, tanto no âmbito do código de ética profissional, quando da Lei nº 9.613/1998, conforme comentado a seguir. 44

45 11.1 Penalidades ético-disciplinares (art. 27 do decreto-lei nº 9.295/1946) As penalidades ético-disciplinares aplicáveis por infração ao exercício legal da profissão, em caso de desrespeito à Lei nº 9.613/1998, são as seguintes: a) multa de 1 a 5 vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos infratores de dispositivos não mencionados nas alíneas a e b ou para os quais não haja indicação de penalidade especial; b) suspensão do exercício da profissão, pelo período de até 2 anos, aos profissionais que, dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, forem responsáveis por qualquer falsidade de documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar as rendas públicas; 11.1 Penalidades ético-disciplinares (art. 27 do decreto-lei nº 9.295/1946) c) cassação do exercício profissional quando comprovada incapacidade técnica de natureza grave, crime contra a ordem econômica e tributária, produção de falsa prova de qualquer dos requisitos para registro profissional e apropriação indevida de valores de clientes confiados a sua guarda, desde que homologada por 2/3 do Plenário do Tribunal Superior de Ética e Disciplina; d) advertência reservada, censura reservada e censura pública nos casos previstos no Código de Ética Profissional dos Contabilistas elaborado e aprovado pelos Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade, conforme previsão do art. 10 do Decreto-lei nº 1.040/

46 11.2 Penalidades perante a Lei de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (art. 12 da Lei nº 9.613/1998) Aos profissionais e às organizações contábeis, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que deixarem de cumprir as obrigações previstas na Lei nº 9.613/1998 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções: a) advertência; b) multa pecuniária variável não superior: 1. ao dobro do valor da operação; 2. ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou 3. ao valor de R$ ,00; 11.2 Penalidades perante a Lei de crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (art. 12 da Lei nº 9.613/1998) c) inabilitação temporária, pelo prazo de até 10 anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas de serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações; d) cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento Nota A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cumprimento das instruções referentes a identificação dos clientes e manutenção de cadastro atualizado e manutenção de toda transação em moeda nacional ou estrangeira ou em títulos de crédito, observados os limites estabelecidos. 46

47 Critérios para a Aplicação da Multa A multa será aplicada sempre que o profissional ou organização contábil, por culpa ou dolo: a) deixar de sanar as irregularidades objeto de advertência no prazo assinalado pela autoridade competente; b) não identificar seus clientes, não manter cadastro atualizado, não manter manutenção de toda transação em moeda nacional ou estrangeira ou em títulos de crédito, observados os limites estabelecidos, não adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e volume de operações e não se cadastrar ou não os cadastrar e manter seu cadastro atualizado no órgão regulador ou fiscalizador Critérios para a Aplicação da Multa A multa será aplicada sempre que o profissional ou organização contábil, por culpa ou dolo: c) deixar de atender às requisições formuladas pelo Coaf na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas; d) descumprir a vedação ou deixar de fazer a comunicação de operações ao Coaf. 47

48 48

49 Aspectos da Lei 9.613/98 e alterações CRIMES Tráfico, terrorismo, contrabando, extorsão mediante sequestro, contra o sistema financeiro entre outros. 49

50 Aspectos da Lei 9.613/98 PENAS 3 A 10 ANOS E MULTA Crime inafiançável Sem liberdade provisória Bibliografia Lei 9.613/98 Lei /12 Resolução COAF nº 24/13 Resolução CFC n 1.445/

51 CONTATO: 51

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