RESTITUIÇÃO DE ICMS POR ESTADO QUE CONCEDE INCENTIVO FISCAL É TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL
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1 Ano li Edição Nº 56 02/11/2011 RESTITUIÇÃO DE ICMS POR ESTADO QUE CONCEDE INCENTIVO FISCAL É TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL Foi admitida a existência de repercussão geral em recurso que será analisado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a concessão de crédito de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) nos casos em que a operação inicialmente tributada seja feita em estado que concede, unilateralmente, incentivo fiscal. O tema constitucional foi analisado pelo Plenário Virtual do STF nos autos do Recurso Extraordinário (RE) , de relatoria do ministro Joaquim Barbosa. No recurso, uma indústria questiona decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), que legitimou a negativa do estado em estornar integralmente à empresa o ICMS por ela pago na compra feita em frigorífico do Paraná. A Receita Pública gaúcha concordou em restituir (em forma de crédito) apenas parcialmente o valor destacado nos documentos fiscais de venda, alegando que na operação realizada em território paranaense houve concessão ilegal de incentivo fiscal. O crédito concedido foi de apenas 5% sobre as compras realizadas no Paraná, embora a alíquota destacada na nota fiscal fosse de 12%. Fonte: STF STF MANDA REPUBLICAR ACÓRDÃO QUE DERRUBOU INCENTIVOS FISCAIS NO DF Por Maíra Magro - de Brasília O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou a republicação do acórdão que derrubou incentivos fiscais no Distrito Federal, concedidos por meio do programa Pró-DF. O STF declarou a inconstitucionalidade dos benefícios em agosto, no julgamento em bloco de 14 ações contra a guerra fiscal envolvendo seis Estados e o DF. Mas, no caso do DF, o acórdão publicado chamou a atenção: o item 9 da ementa modulava os efeitos do julgamento, ou seja, dizia que seus efeitos valeriam somente para o futuro. Significava, na prática, uma anistia a todos os benefícios fiscais usados pelas empresas do DF antes da decisão do Supremo. O item chamou a atenção porque, das 14 ações julgadas, só a do DF fazia essa ressalva. Nos outros casos, os benefícios foram declarados inconstitucionais desde sua edição. No dia do julgamento, alguns ministros sugeriram que o STF se posicionasse sobre o que fazer com os créditos do passado, mas a discussão não chegou a entrar nesse mérito. 1
2 FIM DA GUERRA FISCAL ENTRE ESTADOS UNE INDÚSTRIA E GOVERNO Por Thiago Resende BRASÍLIA Representantes de vários setores da indústria nacional disseram que a reunião com o secretárioexecutivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, na sexta-feira, foi positiva, pois o governo concordou com a urgência de eliminar a guerra fiscal entre os Estados ao concederam benefícios para importações. Segundo o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, o governo se comprometeu em intensificar, no próximo mês, as ações para aprovar um projeto que prevê a uniformização da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para importações. O texto que tramita no Senado Federal é de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Data: 30/10 EMPRESA RECEBE RESTITUIÇÃO DE R$ 2,27 MILHÕES Por Laura Ignacio - de São Paulo A empresa de transportes ID Logística conseguiu receber restituição de R$ 2,27 milhões da Receita Federal. A companhia obteve a devolução de contribuições previdenciárias pagas a mais em 2006 e 2007 depois de entrar com uma ação na Justiça. Uma liminar da 17ª Vara Cível Federal de São Paulo obrigou a fiscalização a analisar em 30 dias o pedido de restituição. Com a decisão, a delegacia da receita federal em Osasco (São Paulo) verificou o caso e determinou o depósito do saldo de créditos em conta corrente. SANTANDER SE LIVRA DE AUTUAÇÃO BILIONÁRIA Por Thiago Resende - de Brasília A 1ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) cancelou uma autuação bilionária contra o Banco Santander por operação realizada na compra do Banespa. A multa de R$ 3,95 bilhões, segundo os autos, foi aplicada pela Receita Federal porque o banco teria usado indevidamente um ágio de R$ 7,4 bilhões - resultante da privatização - para pagar menos Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) no período de 2002 a A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ainda pode recorrer da decisão para a 1ª Turma da Câmara Superior do Carf. Na sexta-feira, a 2ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 1ª Seção deu provimento, por unanimidade, ao recurso do banco. Entendeu que as diversas operações feitas pelo Santander foram necessárias para que a empresa pudesse fazer a dedução tributária do ágio, benefício conquistado ao vencer o processo de desestatização. Registrado como despesa no balanço, o ágio reduz o lucro da empresa e, consequentemente, o cálculo tributário. Mas no caso do Santander, a Receita argumenta que os recursos para a compra do Banespa vieram da Espanha, por isso a dedução tributária não poderia ter sido feita no Brasil. 2
3 PERDENDO NOS TRIBUNAIS, FISCO DEVE MELHORAR PRÁTICAS Por Dalton Cesar Cordeiro de Miranda A semana de 17 a 21 de outubro foi de fato e de Direito um período repleto de notícias referentes a vitórias obtidas pelos contribuintes, seja na esfera judicial, seja na administrativa. No Supremo Tribunal Federal, julgada a ADI do DEM, decidiram os ministros, à unanimidade, que o IPI deve sim observar o princípio constitucional da noventena; daí que os veículos importados poderão ser adquiridos, até dezembro de 2011, sem a majoração do tributo nos 30 pontos percentuais então fixados. Já o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais proveu os recursos voluntários interpostos por Santander e a Tele Norte Leste (TNL), quando da análise dos processos administrativos originários das autuações levadas a efeito contra eles e em hipóteses de amortizações de ágio, cada qual em situações fáticas bastante específicas, cujo mérito não nos cabe aqui examinar. Fonte: Conjur RECEITA REABRIRÁ PRAZO PARA INCLUSÃO DE DÉBITOS NO REFIS Por Laura Ignacio e Bárbara Pombo - de São Paulo A Receita Federal vai abrir novo prazo, no início de 2012, para que os contribuintes que aderiram ao Refis da Crise possam incluir ou excluir débitos do programa de parcelamento. A chamada "reconsolidação" só não acontecerá neste ano porque, de acordo com o Fisco, um novo sistema de informática está sendo desenvolvido para fazer as modificações necessárias. O prazo será reaberto porque a Receita já recebeu mais de 7,5 mil pedidos de revisão. "Por enquanto, só analisamos alguns desses pedidos, por ordem judicial", afirma o subsecretário de arrecadação e atendimento da Receita, Carlos Roberto Occaso. (...) O impacto da reconsolidação na arrecadação ainda não pode ser calculado pelo Fisco. Mas segundo Occaso, da Receita Federal, assim como há exemplos de empresas reclamando dos valores altos das parcelas, há também contribuintes com valores menores aos que deveriam pagar. Ele explica que a reconsolidação só deverá acontecer no início do ano que vem "porque é preciso grandes investimentos para a adaptação do nosso sistema tecnológico". Data: 25/10 3
4 COMPENSAÇÃO NEGADA ENTRA EM PARCELAMENTO Por Bárbara Pombo - de São Paulo Uma empresa de ônibus que opera no Estado de São Paulo conseguiu incluir cerca de R$ 500 mil em débitos de Cofins, inscritos em dívida ativa, no Refis da Crise. A inclusão foi determinada pela 3ª Vara Federal de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou que já recorreu da decisão. (...) Na sentença, proferida no dia 3, o juiz Wilson Pereira Junior reconheceu o direito do contribuinte diante do tempo que o Fisco levou para analisar o pedido de homologação. Data: 25/10 INCENTIVOS FISCAIS NAS FUSÕES E AQUISIÇÕES Por Nazir Takieddine e Adriana Stamato A já antiga e conhecida guerra fiscal entre os Estados sobre benefícios fiscais de ICMS ganhou fôlego com recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a matéria e trouxe preocupação para o mercado brasileiro de fusões e aquisições. São muitas as oportunidades de transações que podem envolver empresas que realizaram investimentos, construíram ou transferiram suas plantas industriais, centros de distribuição e operações de importação para Estados nos quais o principal - senão único - atrativo eram justamente os benefícios fiscais de ICMS. Atualmente, tanto essas empresas quanto compradores, que temem efetuar aquisições por valores artificialmente inflados por incentivos questionáveis, estão receosos em relação aos impactos das decisões do STF. CÂMARA DEVE VOTAR ESSA SEMANA MP QUE PREVÊ INCENTIVOS À INDÚSTRIA Por Agência Câmara BRASÍLIA - A pauta das sessões ordinárias do plenário da Câmara continua trancada por três medidas provisórias, das quais a principal é a MP 540/11, que faz parte do plano do governo de incentivo à indústria (Brasil Maior). O texto concede vários benefícios fiscais, como restituição de tributos para a indústria exportadora, permissão para aproveitamento de créditos conseguidos com a compra de bens de capital e desoneração da folha de pagamentos para alguns setores. Nas sessões extraordinárias, a pauta será definida pelo presidente da Casa, Marco Maia, em reunião com os líderes partidários. Podem ser pautadas as propostas de emenda à Constituição 98/07, que concede imunidade tributária a CDs e DVDs com produção musical brasileira; e a que prorroga a vigência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) até dezembro de 2015 (PEC 61/11). 4
5 ADI CONTRA NORMA SOBRE ICMS DO ESTADO DE MATO GROSSO TERÁ RITO ABREVIADO A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal, aplicou à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4623 o procedimento abreviado previsto no artigo 12 da Lei 9.868/1999. Na ADI, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) contesta o parágrafo 6º do artigo 25 da Lei 7.098/98, do Estado do Mato Grosso, que estabeleceu diferença tributária no crédito de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Para a CNI, o dispositivo contraria a Constituição Federal, pois gerou cumulatividade do imposto nas aquisições interestaduais. A Confederação alega que a lei torna mais oneroso gerar produtos, emprego e renda em todos os estados do Brasil, com exceção do Mato Grosso. Além disso, acrescenta que a norma faz distinção tributária em função da procedência da mercadoria, o que é vedado pelo artigo 152 da Constituição. Fonte: STF LIMINAR DO IPI DE CARROS IMPORTADOS RESGATA CONSTITUIÇÃO Por Fábio Garcia Foi acertada, do ponto de vista jurídico, a aprovação unânime do Supremo Tribunal Federal, em 20 de outubro, que suspendeu liminarmente a aplicação imediata das alíquotas do IPI para carros importados estabelecidas pelo decreto 7.567, de Ao determinar que tal aumento só pode ser cobrado a partir de 15 de dezembro de 2011, ou seja, decorridos os 90 dias de prazo mínimo estabelecidos pela Constituição para que o aumento de IPI passe a valer, a decisão resguarda o direito dos contribuintes. A votação, relativa à análise de Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pelo partido Democratas e relatada pelo ministro Marco Aurélio Mello, escora-se no artigo 150, inciso III, alínea c, da Constituição, que garante ao contribuinte o direito de não ser surpreendido com aumento repentino de impostos. É o chamado princípio da anterioridade. Fonte: Conjur Data: 25/10 IMPORTADORAS PODEM SER MULTADAS POR VALOR DE ICMS Empresas que importam produtos, além de enfrentarem a burocracia no pagamento dos tributos, precisam ficar atentas em relação às diferenças de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, dependendo do Estado em que o item ingressa no País. Especialistas alertam que há unidades da Federação que oferecem vantagens fiscais a importadores a chamada guerra fiscal, mas na hora da comercialização 5
6 do produto em outro Estado, se houver alíquota diferente do ICMS para aquele item, o Fisco estadual pode autuar o comprador da mercadoria. Para o especialista Hamilton Oliveira Marques, que já foi julgador tributário chefe da Secretaria da Fazenda, todo benefício fiscal concedido fora das normas do Conselho de Política Fazendária, que rege as normas das receitas estaduais é ilegal, pois foi concedido sem a obediência à Lei Complementar número 24 de Fonte: Diario do Grande ABC EXPORTADORES ESPERAM POR RESSARCIMENTO DE TRIBUTO Por Guilherme Meirelles A gradativa implantação do Sped (Sistema Público de Escrituração Digital) ainda não solucionou um dos principais gargalos das empresas exportadoras: a demora no ressarcimento dos tributos pagos durante a cadeia produtiva de bens voltados para o mercado externo. A promessa do Ministério da Fazenda é que a devolução seria feita às empresas aderentes do Sped em 60 dias a partir deste mês de outubro. Mas, de acordo com previsões de profissionais ligados à área tributária, para alcançar esta meta ainda há um longo caminho a percorrer. Segundo o advogado tributarista Guilherme Roman, da Gasparino Advogados, o atraso no cumprimento da meta não é culpa da Receita Federal, e sim das empresas exportadoras, muitas delas ainda não totalmente familiarizadas com os novos procedimentos digitais. CÂMARA SETORIAL APOIA A PRORROGAÇÃO DO ICMS PARA SUÍNOS Presidente da Acsurs afirma que criadores gaúchos teriam acréscimo de 20 reais por animal. A Câmara Setorial da Suinocultura apoia a reivindicação da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) que solicita a renovação do Decreto Estadual nº O texto que estabelece isenção de ICMS na comercialização de carne fria, resfriada ou congelada no Rio Grande do Sul e também dos animais vivos vendidos para outros estado - que vem sendo adotado desde fevereiro deste ano -, tem prazo previsto para encerramento dos benefícios no próximo dia 31. A medida visava, inicialmente, dar igualdade de competição aos suinocultores gaúchos na disputa de mercado com os catarinenses, cujo governo adotara idêntica iniciativa. Os suinocultores solicitam a renovação sob o argumento de que o mercado ainda não se estabilizou, que há grande oferta de animais no Estado e que a indústria não está conseguindo absorver. Segundo o presidente da Acsurs, Valdecir Folador, caso o decreto venha a ser extinto, os suinocultores gaúchos teriam um acréscimo de 20 reais por animal, o que aumentaria, ainda mais, as perdas verificadas na comercialização do produto. Fonte: Jornal do Comercio 6
7 ISENÇÕES FISCAIS PARA A FIFA SERÃO AVALIADAS PELA OAB Brasília - O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) encaminhou à Comissão Nacional de Estudos Constitucionais proposta apresentada na sessão de segunda-feira, para uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) sobre o decreto da presidenta Dilma Rousseff que prevê concessões de isenções fiscais à Federação Internacional de Futebol (Fifa), suas subsidiárias e parceiros durante a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em A proposta de ação visa essencialmente à declaração da inconstitucionalidade do Decreto 7.578, baixado este mês para regulamentar medidas tributárias referentes aos eventos esportivos e de dispositivos da Lei /2010, no qual ele se baseia. O autor da proposta é o conselheiro federal da OAB pelo Espírito Santo, Luiz Cláudio Allemand, que preside a Comissão Especial de Direito Tributário da OAB Nacional. Allemand disse que o Decreto afronta diversos princípios constitucionais, entre eles o da isonomia, ao conceder isenções fiscais à Fifa e a seus parceiros, inclusive à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo ele, o instrumento que autoriza as isenções passa literalmente por cima da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ao permitir a renúncia tributária sem apontar claramente as fontes de compensação. Com base nessas questões, o Conselho Federal da OAB analisa também uma programação de discussões e audiências com o governo e a sociedade civil sobre as medidas legislativas decorrentes da Copa. Fonte: DCI Data: 27/10 REFIS DA CRISE: RFB E PGFN DESCARTAM REABERTURA DE PRAZO A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional não abrirão novo prazo para que os contribuintes optantes pelos parcelamentos instituídos pela Lei nº , de 2009, indiquem débitos para a consolidação dos respectivos parcelamentos. A indicação deveria ter ocorrido durante o primeiro semestre até agosto do corrente ano, conforme cronograma amplamente divulgado pelos órgãos. O que ocorrerá em momento futuro é a efetiva inclusão dos débitos já indicados tempestivamente pelos contribuintes e que, por algum motivo, não foram consolidados na dívida parcelada. Por outro lado, a reconsolidação presta-se também para exclusão de débitos, nos casos em que houve inclusão indevida de débito sem êxito nos procedimentos de exclusão por parte do contribuinte. Fonte: Receita Federal Data: 26/10 7
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