AS REFORMAS NEOLIBERAIS DO DIREITO DO TRABALHO EUROPEU E ALGUMAS PROPOSTAS EM DISCUSSÃO PARA DEBELAR SEUS EFEITOS DESASTROSOS

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1 AS REFORMAS NEOLIBERAIS DO DIREITO DO TRABALHO EUROPEU E ALGUMAS PROPOSTAS EM DISCUSSÃO PARA DEBELAR SEUS EFEITOS DESASTROSOS Wilson Ramos Filho 1 1. Introdução O intervencionismo estatal nas atividades econômicas desenvolvido na Europa durante os anos da guerra fria e potencializado ao final dos anos sessenta sofreu forte abalo com crise do petróleo de meados da década seguinte. Para enfrentá-la, a reação capitalista se deu, por um lado, pela reestruturação produtiva, expressão utilizada pelos economistas para sintetizar as profundas alterações ocorridas na produção pela implantação do pósfordismo e do pós-taylorismo como métodos de gestão; de outro lado, por reformas trabalhistas em vários países, de modo sequencial, nas décadas seguintes. Estas reformas trabalhistas sequenciais precarizaram o Direito do Trabalho europeu ao argumento de que se faziam necessárias para combater o desemprego. Na narrativa que se produziu, o sistema de garantias articulado sobre o emprego teria sido a causa direta da eliminação dos empregos e da incapacidade da iniciativa econômica para produzir novos empregos em tempos de crise, de tal forma que a insistência constante desta relação entre emprego e redução dos custos derivados da eliminação dos postos de trabalho se projeta diretamente sobre todo o espaço da normatividade laboral (BAYLOS, PÉREZ REY, 2009: 31), produzindo inauditas situações de discriminação recepcionadas pelo Direito do Trabalho, e não apenas entre trabalhadores intelectuais e braçais; entre homens e mulheres, entre gerações de trabalhadores, como nas décadas anteriores, caracterizadas pela articulação entre fordismo e keynesianismo. Desde então, a estas se somam 1 Wilson Ramos Filho, doutor em Direito (UFPR, Curitiba, 1998), pós-doutor (EHESS, Paris, 2009), catedrático de Direito do Trabalho (UNIBRASIL), professor adjunto na graduação, mestrado e doutorado (UFPR), professor do máster/doctorado en Derechos Humanos, Interculturalidad y Desarollo (UPO, Sevilha, Espanha), coordenador do Grupo de Pesquisas Trabalho e Regulação no Estado Constitucional (GPTREC), membro da Academia Paranaense de Direito do Trabalho, presidente do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (DECLATRA).

2 outras modalidades discriminatórias entre: trabalhadores insiders e outsiders; europeus e extracomunitários ; documentados e imigrantes irregulares; ganhadores e perdedores 2 ; e, mais significativo, entre trabalhadores submetidos a distintos estatutos de direitos reconhecidos pela ordem jurídica, na mesma empresa laborando muitas vezes lado a lado, desempenhando atividades similares. No interesse do empresariado precarização e desemprego passaram a ser ideologicamente interrelacionados 3. Produz-se a precarização sob o pretexto de combater o desemprego e a própria precarização, por debilitar o contrapoder sindical dos trabalhadores, acaba por dificultar a retomada dos empregos ou pelo menos os de qualidade superior à daqueles empregos precários instituídos para combater o desemprego. Os índices de desemprego passam a aparecer nos discursos econômicos e jurídicos como álibi e como coação. Como álibi para por intermédio das reformas trabalhistas tentar justificar o conjunto de decisões políticas que objetivam a transferência de renda da classe trabalhadora para a classe empregadora sob o argumento de que, capitalizadas, as empresas criariam novos postos de trabalho. Como coação, para pressionar os governos ainda resistentes ao receituário neoliberal para que redimensionem o papel do Estado na economia e nos sistemas de proteção às classes destituídas da propriedade dos meios de produção que havia sido construído nos trinta gloriosos anos da construção da Europa social como condição para que 2 Os ganhadores são os operários qualificados, especialistas de várias ordens, jovens com formação universitária empregados nas empresas de alta tecnologia que surgiram na virada do século. Os perdedores são os peões e os trabalhadores semiqualificados ou aqueles submetidos a processos de discriminação continuada, clientela das políticas públicas de combate ao desemprego. Cada vez mais necessárias em face do crescimento do desemprego ocasionado pela adoção do pós-fordismo e do pós-taylorismo, essas políticas públicas visavam combate o chamado desemprego seletivo, observado nas indústrias em declive e nos trabalhadores perdedores, que castiga aos trabalhadores que carecem de formação ocupacional e aos jovens sem experiência laboral (LETAMENDIA, 2009: 143). 3 Desemprego e precarização, separados ou em conjunto, na virada do século passaram a se constituir assim em verdadeiros fatores de ampliação da lucratividade empresarial. O desemprego no marco da ética capitalista neoliberal se converteu verdadeiramente em problema insuperável de ordem estrutural. Insuperável, porque o capital só consegue administrar o tempo de trabalho maximizando a exploração do tempo de trabalho necessário da força de trabalho empregada, ignorando totalmente o tempo disponível na sociedade de onde não pode extrair lucro, razão pela qual não tem interesse em superar este problema. Estrutural, pelo seu caráter global, por sua vinculação ao desenvolvimento da mobilidade das empresas no processo de deslocalização e relocalização permanente e em decorrência da constante necessidade de ampliação da acumulação do capital (MESZÁROS, 2006: 42-43).

3 possam enfrentar a concorrência internacional com o aumento da competitividade dos bens e serviços produzidos. A primeira consequência é o aumento da discriminação, com o surgimento de regulações diferenciadas para a compra e venda da força de trabalho, com a redução da capacidade de consumo dos trabalhadores submetidos a modalidades contratuais precarizadas. Depois, a crise estrutural do capitalismo europeu que terminou por ampliar os níveis de desemprego. No presente artigo serão analisadas algumas das mais recentes reformas trabalhistas precarizadoras do Direito do Trabalho no velho continente, para em seguida reportar algumas das articulações em curso para minorar os efeitos desastrosos destas reformas nos níveis de vida e de consumo da classe trabalhadora europeia. 2. As reformas trabalhistas na Europa: a era neoliberal Nas três grandes famílias do Direito Capitalista do Trabalho europeu (RAMOS FILHO, 2012) temas como desemprego, precarização, novos métodos de gestão capitalistas e reestruturação produtiva se fizeram presentes, embora em graus diversos, dependendo do maior ou do menor peso que cada uma destas famílias atribui ao Direito legislado, como se verá nos tópicos seguintes, sendo certo que cada uma delas sofre influência das demais e dos contextos em que estão inseridas 4. Feitas estas ressalvas, se apreciará as alterações na normatividade incidente sobre a regulação laboral nos distintos sistemas de relações de trabalho: na Grã-Bretanha, na família germânica e nos demais países continentais europeus. 4 Merece ser destacado que os distintos modelos nacionais de Direito do Trabalho não são fechados em si mesmos, não cessando de influenciar uns aos outros, sendo todos submetidos a influências comuns. Há uma constante influência recíproca entre os distintos modelos o Direito do Trabalho. Exemplificativamente, o modelo do Direito do Trabalho japonês inicialmente influenciado pelo nascente Direito do Trabalho germânico baseado na comunidade de interesses adaptado à concepção semifeudal característica da organização das empresas japonesas, após a Segunda Guerra restou fortemente transformado para mesclar a estrutura extraordinariamente hierarquizada das empresas japonesas e seus códigos tradicionais de lealdade, com mecanismos da collective bargaining estadunidense (SUPIOT, 2004: 29-30). O mesmo deve ser dito em relação às distintas famílias do Direito Capitalista do Trabalho, todas influenciadas pelo ideário neoliberal e pelas Doutrinas interessadas em flexibilizá-lo, e todas retroinfluenciando as demais, em graus diversos.

4 2.1. As reformas no Direito do Trabalho na família da Common Law Significativa reconfiguração na relação entre as classes sociais se produziu na Grã-Bretanha ao ensejo de serem combatidos os efeitos das sequenciais crises econômicas iniciadas nos anos setenta. Naquele sistema vige o princípio da ampla autonomia privada coletiva sem que haja qualquer regra de Direito obrigando as partes a estabelecerem negociações coletivas (voluntarism). Assim as negociações dos contratos coletivos de trabalho dependem sempre da correlação de forças estabelecida entre os empregadores e as entidades representativas dos trabalhadores. Esse modelo funcionou satisfatoriamente em face da relativa força dos sindicatos para impor negociações favoráveis aos trabalhadores, muito embora desde sempre tenha acarretado grande heterogeneidade remuneratória entre os distintos ramos de produção, de tal forma que as categorias melhor organizadas conquistavam maiores salários e melhores condições de trabalho em comparação com as categorias profissionais com organização mais débil. A chegada ao poder dos governos conservadores em 1979 deu início a um período de dezoito anos de ininterrupta perseguição sindical e de repressão aos movimentos reivindicatórios 5 exatamente para permitir o surgimento de uma nova correlação de forças entre as classes sociais fundamentais e, consequentemente, uma nova regulação da compra e venda da força de trabalho. Para tanto foram aprovadas leis proibindo a prática de piquetes e de greves de solidariedade, ao mesmo tempo em que se estimulava a abertura de canais diretos de comunicação entre as empresas e os trabalhadores, sem a mediação sindical; foram diminuídas as garantias à manutenção dos empregos 6 e foram introduzidas diversas medidas para o compartilhamento 5 A estratégia britânica de debilitamento dos sindicatos para beneficiar os empregadores começou pela supressão (i) dos organismos paritários que se ocupavam do estabelecimento dos salários mínimos para as categorias menos organizadas (Wages Concils), (ii) dos organismos paritários que controlavam a organização e o funcionamento da formação profissional (Industrial Training Boards) e, não menos importante, por uma série de normas dificultando o exercício do direito de greve e a sindicalização dos trabalhadores. Findo este período conhecido como era Thatcher o mercado de trabalho britânico estava bastante desregulamentado e o campo da negociação coletiva, que singularizava esta família do Direito Capitalista do Trabalho, havia ficado bastante reduzido. 6 O desaparecimento dos freios às despedidas e a redução no valor das indenizações por desemprego não foram obtidas com a concordância do movimento sindical, como em outros

5 dos postos de trabalho 7 que na verdade precarizavam os empregos então existentes. Embora os especialistas mais influenciados pela Doutrina neoliberal prefiram omiti-los em suas análises, todos os indicadores sociais e econômicos pioraram na Grã-Bretanha, com o aumento da pobreza e das diferenças remuneratórias dentro da mesma empresa, com o estabelecimento de estatutos jurídicos diferenciados (pela proliferação de subcontratações, da utilização de estagiários e de trabalhadores a tempo parcial, com remunerações significativamente inferiores) e com a ampliação da utilização das horas extraordinárias para os trabalhadores com contratos de tempo integral, como forma de compensar a estagnação dos níveis remuneratórios. A conjunção destes fatores, entre outros, conduziu ao desaquecimento econômico e à chegada dos trabalhistas ao governo em O novo governo que se apresentava como terceira via entre o capitalismo e o socialismo (new labour) em um primeiro momento promoveu (i) a adesão da Grã-Bretanha ao tratado de Amsterdã e às diretrizes europeias em matéria social, dotando-a pela primeira vez de uma legislação social, ainda que supranacional; (ii) a criação de um salário mínimo nacional para trabalhadores adultos; (iii) a obrigatoriedade de negociação coletiva sempre que majoritariamente os trabalhadores forem sindicalizados nas empresas; e, ao mesmo tempo e de modo contraditório, (iv) políticas públicas de fomento países europeus. Bem ao contrário, foram impostas pelo governo conservador obcecado em derrotar o que considerava ser o excessivo poder sindical. Efetivamente, depois da derrota dos sindicatos nos conflitos trabalhistas dos anos de 1984 e 1985 restaram fortemente precarizados não apenas os direitos dos empregados, como também aos que se viam provisoriamente privados de um trabalho subordinado. Em relação a estes o valor das indenizações e o conjunto de alocações públicas aos desempregados sofrem forte redução ao mesmo tempo em que se estabeleceu a obrigação de aceitar qualquer trabalho ao final de seis meses de inscrição no programa (segundo a matriz contratualizada característica da common law cada desempregado assina um job seeker s agreement concordando com tais condições para recebimento da indenização por desemprego). Os resultados destas políticas na vitalidade econômica da Grã-Bretanha são conhecidos 7 Ao argumento de combater o desemprego se desenvolveu em todos os países da família da Common Law o conceito de partilha dos empregos em duas vertentes: o job-sharing e o jobsplitting. O primeiro, consistente em novo método de reorganização do tempo de trabalho, possibilitaria a repartição de um posto de trabalho de tempo integral e do salário a ele correspondente, por dois ou mais trabalhadores, os quais dividiriam as tarefas, responsabilidades e benefícios segundo critérios de proporcionalidade, objetivando a manutenção dos empregos. O segundo consistia em política pública de incentivo aos empregadores para cindirem um posto de trabalho a tempo completo preexistente em dois empregos a tempo parcial, que seriam ocupados por desempregados ou por pessoas em risco iminente de desemprego.

6 aos empregos precários, que, ao contrário do que se poderia esperar de um Partido que havia estado tanto tempo na oposição, não romperam com as propostas flexibilizadoras das tutelas incidentes sobre o trabalho subordinado que caracterizaram o governo anterior 8, combalindo usa legitimidade e possibilitando o retorno dos conservadores ao poder no início de 2010, em aliança com o Partido Liberal Democrata. Nos últimos anos esta coligação promoveu alterações significativas nas condições de acesso ao seguro desemprego ao mesmo tempo em que, por mecanismos diversos, fomentou-se a criação preferencial de empregos com menos contrapartidas aos trabalhadores, merecendo destaque especial a imposição de contratos de emprego a tempo parcial, modalidade preferida pelos empregadores britânicos em face das exonerações fiscais concedidas ao patronato como forma de incitação à opção por tal modalidade precária de contratação, profundamente discriminatória, reduzindo a capacidade de consumo da população. Para manter seus níveis de consumo a classe trabalhadora britânica, assim como a dos demais países europeus, se endividou mediante mecanismos de crédito facilitado. Quando tais dívidas não puderam ser quitadas, seja pela redução generalizada da massa de salários existente na economia britânica, seja pelo desemprego causado pelas deslocalizações empresariais, seja pelo enxugamento das empresas, seja pelas diversas precarizações da regulação incidente sobre o trabalho produzidas no período, o sistema entrou em colapso, em um círculo infernal 9. Curiosamente, portanto, a crise capitalista iniciada em 2008 se explica por causa das medidas precarizadoras do Direito do Trabalho e não por culpa da generosidade excessiva da legislação social, como prega 8 De fato, aproximando-se daquelas praticadas na era Thatcher, entre as quais as políticas de imposição da aceitação de empregos precários, mal remunerados ou a tempo parcial, as políticas dos trabalhistas continuaram a seguir a mesma lógica que presidiu os governos conservadores, de tal forma que em 2006 um quarto dos empregos são ocupados por trabalhadores independentes e a tempo parcial sem direito a acesso a uma seguridade social que lhes permita escapar dos efeitos negativos desta política (ZOBERMAN, 2011: 290). 9 Assim, o aparente círculo virtuoso que levava do endividamento ao consumo e a partir deste à produção, que demandava mais crédito, havia cedido passagem ao círculo infernal: da escassez de crédito à abstinência do consumo que paralisou a produção; desta paralisação à inadimplência e ao endurecimento das condições para a concessão de novos créditos (LORENTE, CAPELLA, 2009: 85 a 90).

7 o ideário neoliberal 10. Processo semelhante pode ser verificado nas demais famílias do Direito do Trabalho europeu As reformas no Direito do Trabalho na Alemanha O sistema germânico sempre funcionou pela articulação de uma dupla normatização: fixando um standard de preservação da existência da classe trabalhadora por intermédio de direitos de proteção do emprego e aos desempregados ao lado de um regime de contratos de trabalhos, mediado por mecanismos de contratação coletiva (por empresa) asseguradores de direitos de participação nos frutos da produção. Este sistema, a partir dos governos conservadores dos anos oitenta liderados pelo partido democrata-cristão, também foi sendo progressivamente erodido, embora com consequências menos danosas para os trabalhadores, em comparação com o que ocorreu na Grã-Bretanha, subvertendo em alguma medida a progressividade contínua na normatividade das garantias estabelecidas pelo Direito Coletivo do Trabalho germânico, a partir de mecanismos de cogestão 11 nos Conselhos de Empresa que oportunizaram melhores condições de resistência para os trabalhadores. Não obstante a existência de tais mecanismos o Direito do Trabalho 10 A progressiva redução da massa salarial, quantidade global de recursos repassada à classe trabalhadora como retribuição pelo trabalho atingiu seu ponto crítico em A queda do poder aquisitivo rompeu o pacto fordista característico dos trinta gloriosos ensejando a necessidade da ampliação do crédito aos consumidores e às próprias empresas para a manutenção da atividade econômica. Este sistema de crédito ilimitado se baseava em quatro suposições: (i) que os bancos emprestavam e investiam com responsabilidade e com conhecimento dos riscos envolvidos em cada operação de crédito; (ii) que os investidores nos papéis bancários, alimentando o volume de recursos necessários às operações de crédito, tinham consciência da saúde financeira dos bancos; (iii) que existiam instrumentos suficientes para compartilhar os riscos mediante processos sequenciais de securitização das dívidas interbancárias e interinstitucionais; e (iv) que as altas rentabilidades asseguradas pelos bancos iria se manter pela expansão ilimitada de créditos que seriam honrados nos prazos fixados contratualmente. Todavia, estas suposições se mostraram totalmente ilusórias. A crise de 2008 terminou com a festa das riquezas fictícias depois da quebra em cadeia de diversas instituições financeiras (LORENTE, CAPELLA, 2009: 52-60) produzindo uma importante contração do consumo, em todos os setores de um mercado laboral altamente segmentado e dualizado por conta das mencionadas reformas neoliberais. 11 Durante os trinta anos posteriores ao final da Segunda Guerra os salários reais dos trabalhadores alemães haviam sido quadruplicados e houve uma redução média de 17% nas jornadas laborais, por força dos convênios coletivos firmados pelos sindicatos com as empresas nas quais os trabalhadores tinham acesso às informações por força dos mecanismos de cogestão. Esses mecanismos, embora tenham alterado o compartilhamento da renda nacional entre capital e trabalho, não lograram limitar o poder patronal de dispor livremente dos meios de produção, uma vez que a participação dos empregados é aceita desde que não questione os princípios da distribuição de renda (MICHEL, 1986: ).

8 alemão também experimentou reformas precarizadoras que ampliaram a discriminação. Sob o argumento de ampliar o acesso ao mercado de trabalho em 1983 foram derrogadas algumas garantias fixadas pela legislação que previa restrições ao trabalho noturno dos jovens e garantias de que o trabalho não poderia impedir ou dificultar a formação escolar destes trabalhadores. Dois anos mais tarde, para atender aos interesses dos empregadores uma segunda reforma foi instituída, pela lei de promoção do emprego, por intermédio de três iniciativas: (i) facilitou-se a utilização dos contratos por prazo determinado para as novas contratações às quais não seria assegurada a garantia no emprego; (ii) estabeleceu-se a possibilidade de contratação de empregados a tempo parcial no sistema de job sharing sob o argumento de possibilitar o compartilhamento dos postos de trabalho para combater o desemprego ; e (iii) ampliou-se o prazo de contratação dos trabalhadores temporários de três para seis meses. Os pífios resultados destas reformas na redução do desemprego foram quase que totalmente anulado com a reunificação alemã que também teve efeitos na ampliação da discriminação, embora tenham tido certa relevância para que uma aliança entre o socialdemocrata SPD com o Partido Verde chegasse ao governo com Gerhard Schröder. De modo também contraditório com a ideologia destes Partidos foram aprovadas quatro leis caracterizadas por: (i) ampliação da flexibilidade com a possibilidade de contratações isentas de cotizações sociais, por trinta horas semanais, com baixos salários complementados pelo poder público; (ii) ampliação da idade mínima para aposentadoria de 60 para 65 anos, reduzindo os valores dos proventos; (iii) facilitação das despedidas nas pequenas empresas; e (iv) instituição de aceitação obrigatória de um emprego após três recusas consecutivas por parte dos inscritos no seguro-desemprego, sob pena da suspensão de seu pagamento (ZOBERMAN, 2011: 287). Este conjunto de medidas impopulares, algumas delas contando com a chancela sindical, além de ineficaz para o combate ao desemprego, foi desastroso para a coalizão governamental, derrotada nas eleições seguintes, em 2005, para os democrata-cristãos liderados por Angela Merkel. Para os objetivos deste artigo, o que importa reportar é que também na família do Direito Capitalista do Trabalho germânica, sob a alegação de

9 combate ao desemprego, reformas no padrão normativo de proteção foram introduzidas de modo a privilegiar os direitos dos empregadores em desfavor do direito dos trabalhadores. Esta tendência teve sua intensidade diminuída com a crise capitalista de 2008 pela instituição do regime de prestações sociais combinado com redução parcial e temporária da duração do trabalho, mas sem que fosse restituído o padrão de garantias existente nos anos setenta naquele país. De fato, o Estado alemão, fortemente tensionado pelas críticas endereçadas às políticas conduzidas pela coalizão conservadora no poder, não permaneceu inerte em face da crise atual. Contrariamente ao que preconiza o ideário neoliberal, a Alemanha engendrou um rígido plano de proteção aos postos de trabalho que, resumidamente, combina redução das horas trabalhadas, com consequente redução da remuneração dos trabalhadores, mediante contrapartidas governamentais: o Estado atualmente assegura uma contrapartida assistencial que cobre um percentual do valor pago diretamente ao trabalhador em desemprego parcial e, para os empresários, instituíram-se algumas desonerações fiscais. De toda sorte, como na Grã-Bretanha, também na Alemanha se vislumbra a existência de discriminações decorrentes de reformas trabalhistas que são minoradas por intermédio de subsídios governamentais, constituindo-se o que vem sendo denominado modelo alemão, para preservação do mercado consumidor interno As reformas no Direito do Trabalho na família europeiacontinental Nos demais países da Europa ocidental, diferentemente do que aconteceu na Grã-Bretanha e na Alemanha, historicamente se construiu um modelo de Direito Capitalista do Trabalho que combina a intervenção legislativa e a possibilidade do estabelecimento de normas, em princípio supletivas, através de instrumentos de negociação coletiva entre empregadores e sindicatos de trabalhadores. A intervenção legislativa, no grupo de países que adotam este modelo ao final da Segunda Guerra, tinha por pressupostos uma importante limitação à liberdade contratual, já que o conteúdo mínimo dos contratos encontra-se estabelecido em lei, e à autonomia da vontade, dado não eram permitidas

10 estipulações contratuais contrárias à legislação, combinando elementos do intervencionismo e do liberalismo. A intervenção através do poder normativo negocial, por outro lado, com as ressalvas das inevitáveis diferenciações existentes em cada país, baseava-se no reconhecimento da autonomia privada coletiva, na liberdade e na autonomia sindicais e na força obrigatória dos contratos coletivos de trabalho firmados entre sindicatos e empregadores, em intervenção igualmente limitada pelo ordenamento jurídico, em graus diversos. Tais características também foram impactadas pelos mecanismos de álibis e coações típicos da Doutrina neoliberal de tal sorte que, com maior ou menor intensidade, vários países que integram esta família do Direito do Trabalho também vivenciaram processos de erosão nas garantias e nos direitos dos trabalhadores, por intermédio de reformas trabalhistas. A seguir, serão destacados alguns momentos desta precarização discriminatória avaliando-se o ocorrido na Itália, na França e na Espanha, a título meramente ilustrativo do ocorrido nos demais países europeus. a) A precarização à italiana: Na Itália a Constituição de 1948 consolidou a transição do regime corporativo ao modelo atual que reconhece a liberdade sindical, o direito de greve, a força normativa dos contratos coletivos e um conjunto de garantias para o exercício da negociação coletiva. Durante os anos seguintes concebeuse um complexo sistema de relações de trabalho, em bases democráticas, aprimorado em 1970 com a edição do Statuto dei diritti dei lavoratori. O modelo de relações de trabalho italiano assim reconfigurado baseavase no princípio da democracia industrial: ao facilitar a ação sindical no interior das empresas fixava certas compensações àqueles que admitissem o direito a subordinar atribuído aos empregadores mediante a submissão voluntária à maneira de existir sob o capitalismo. Sob o impacto da crise do petróleo, como em toda a Europa, depois de três ciclos de negociação tripartite (em 1977, em 1983 e em 1984) entre empregadores, sindicatos nacionais e governo o sistema de relações de trabalho italiano passa a permitir, resumida e simplificadamente o estabelecimento de leis negociadas entre empregadores e trabalhadores,

11 aprovadas pelo Parlamento, e o exercício do poder normativo negocial in pejus dos direitos e das garantias estabelecidos em lei, por intermédio de negociações coletivas de trabalho, permitindo, consequentemente, a precarização e novas modalidades de discriminação. Essas mudanças paradigmáticas tiveram por fundamento a necessidade de combater o desemprego ou o combate aos efeitos das crises econômicas operando em distintas direções: (i) atribuem diretamente aos acordos concluídos a faculdade de introduzir derrogações desfavoráveis às normas legais preexistentes; (ii) disciplinam a dinâmica da negociação coletiva impondo limites intransponíveis em se tratando de cláusulas econômicas, e (iii) fixam procedimentos particulares, notadamente em matérias relativas à demissão de trabalhadores, instituindo mecanismos de consulta junto aos sindicatos e à administração pública. De um modo geral, esta possibilidade de derrogação de direitos veio associada à necessidade do Direito do Trabalho em se adaptar à realidade fática do desemprego gerado pela concorrência internacional engendrando uma racional concordância quanto à redução nos direitos e garantias, ou seja, a necessidade da precarização dos direitos, obtida com a concordância dos trabalhadores representados pelos sindicatos majoritários. Naquele país, de fato, depois de rompida a lógica da concessãoaquisição de direitos, a admissão legal das derrogações coletivas in pejus teve por consequência a percepção por parte de grande número de trabalhadores de que os sindicatos seriam os principais responsáveis pela perda das suas garantias. Não obstante, ante a ameaça de demissões em massa e a critério exclusivo dos empregadores, parte do movimento sindical aderiu à tese da tutela dinâmica dos interesses dos trabalhadores que, fundada na negociação e no controle sindical dos poderes do empregador, aceitou participar na construção do modelo de reestruturação produtiva estabelecido na Itália no final do século passado (GHEZZI, ROMAGNOLLI, 1986:141). Para enfrentar o desemprego as reformas havidas no Direito italiano previram inicialmente a possibilidade de existirem duas espécies de contratos de solidariedade, visando ao compartilhamento de postos de trabalho: numa primeira, dita defensiva ou propulsiva, a redução do tempo de trabalho de todos os trabalhadores de uma empresa em situação econômica difícil apresenta-se

12 como alternativa para o despedimento coletivo ou para a suspensão dos contratos de trabalho (lay-off), implicando uma diminuição dos salários proporcional à redução da duração do trabalho que, contudo, é compensada em 50% pela Cassa Integrazione durante 24 meses. Na segunda vertente, dita expansiva, a lei prevê incentivos para os empregadores que procedam a novas admissões por meio da redução do tempo de trabalho e da correspondente retribuição paga aos trabalhadores a serviço da empresa (REDINHA, 1995: 66). A previsão destes contratos precários, como na Grã-Bretanha e na Alemanha, também se insere no progressivo processo de flexibilização vivenciado na Europa depois da introdução dos novos métodos de gestão e da transformação do neoliberalismo em política hegemônica. Previstos nos Acordos de amplitude nacional tais contratos de emprego precários atribuíram uma maior flexibilidade ao sistema de relações de trabalho italiano (TUMA, 1999: 50), instaurando facilidades para contratar, demitir, modular as jornadas e reduzir o grau de indexação salarial permitindo a instituição de diversas formas de remuneração variável, com consequências conhecidas: piora nos indicadores sociais, concentração de renda, diminuição das garantias às classes trabalhadoras, estagnação econômica, diminuição na capacidade de consumo interno, ampliação do acesso ao crédito para incentivar a atividade econômica, aumento da inadimplência junto aos bancos e crise econômica generalizada a partir de 2008, com ampliação do desemprego e da discriminação. No plano político as consequências destas reformas ficaram evidenciadas nos resultados eleitorais do início de 2013 em que 90% dos eleitores rejeitaram as políticas de austeridade do governo Monti de inspiração neoliberal, monitoradas pelo Banco Mundial, pelo Fundo Monetário Internacional e pela Comissão Europeia (conhecida como a troica) em que nenhuma das três principais forças políticas alcançou a maioria para conformação de um governo estável, embora o Partido Democrático, socialdemocrata, tivesse obtido maioria na câmara dos deputados. b) A precarização à francesa:

13 As reformas do Direito Capitalista do Trabalho francês ocorridas nos últimos trinta anos também tinham por objetivo declarado a luta contra o desemprego, seja modificando o direito do empregador por fim aos contratos de trabalho de seus empregados, seja incitando o compartilhamento do trabalho reduzindo a duração semanal ou encorajando o recurso aos contratos a tempo parcial, seja ampliando a idade mínima para aposentadoria, seja reduzindo os encargos sociais incidentes sobre os salários (SUPIOT, 2004: 20). Como consequência das lutas sociais anticapitalistas que tiveram seu auge em 1968, como na Itália, também ocorreram várias tentativas de relegitimação do modo de produção e da maneira de existir que lhe é inerente. Em resposta à plataforma intersindical apresentada por duas importantes centrais sindicais francesas (CGT e CFDT), em 1974, ou seja, durante a crise do petróleo, foi assegurado aos demitidos um seguro-desemprego equivalente a 90% do último salário, por um período de 12 meses (ARTOUS, 2011: 9), benefício que foi basicamente garantido até 1984 quando foi substituído por um modelo que combinava o modelo de cotização patronal e obreira com um regime de solidariedade em favor dos setores mais vulneráveis financiado pelo Estado (HOANG-NGOC, 2000: 67), mas, ao mesmo tempo, se produziram neste período importantes medidas precarizadoras do estatuto do salariado. As alterações legislativas francesas a partir dos anos oitenta, como nos demais países europeus, permitiram importante alteração na estrutura do sistema de relações de trabalho ao permitir a existência de acordos coletivos derrogatórios, precarizadores. Até então só eram admitidas as convenções coletivas de trabalho que ampliassem direitos fixados em lei aos trabalhadores (derrogações in mellius), jamais aquelas que visassem reduzir tais direitos (derrogações in pejus), deixando, assim, de fixar um mínimo intangível que a negociação não poderia alterar salvo se em sentido mais favorável ao trabalhador (SUPIOT, 2004: 39), como evidenciado pelos acordos intersindicais parciais de 1992 que, em câmbio de paradigmas, restringiram o acesso ao seguro-desemprego e permitiram uma significativa redução no montante e no tempo de duração de algumas indenizações para grupos de beneficiários, ampliando a discriminação.

14 Essas reformas apesar de estimularem a negociação coletiva efetivamente favoreciam a derrogação de direitos fixados em lei, de maneira ambivalente: se estabeleciam a obrigação das empresas negociarem de boa fé com os sindicatos, também instituíam a negociação por empresa em que o poder de convencimento patronal restava ampliado em relação às negociações por ramo de atividade; se impunham limites ao poder disciplinar do empregador, as reformas tornavam os sindicatos cúmplices da reestruturação produtiva promovida sob o argumento de combate ao desemprego. Demais disso, se ampliou a possibilidade de admissão de trabalhadores por intermédio de contratos precários como os de duração determinada, a tempo parcial, de estágio, entre outros, merecendo destaque a iniciativa do governo conservador em 1994 de criar o contrato de inserção profissional para combater o desemprego dos jovens. Este projeto que previa a criação de um subsalário-mínimo para fomentar o primeiro emprego dos jovens contou com forte oposição dos estudantes apoiados pelos principais sindicatos cuja luta se prolongou por uma década. Como nos demais países europeus a nova regulação promovida pelas reformas trabalhistas francesas se apresentava também como sendo a consequência lógica da democratização da empresa e da redescoberta da convergência parcial entre a esquerda reformista e a direita esclarecida introduzindo na subjetividade dos operadores jurídicos o conceito da eficácia econômica do Direito do Trabalho (JEAMMAUD, LYON-CAEN, 1986: 23 a 45) e a compreensão equivocada de que a culpa pelo desemprego deveria ser atribuída ao excesso de proteção aos trabalhadores nas sociedades capitalistas avançadas 12. Também em outro sentido o direito francês passou a admitir a derrogação precarizadora como mecanismo de combate ao desemprego. 12 Em certa medida esta percepção esteve presente nas diversas discussões europeias naquele período. Merece referência neste sentido o chamado Relatório Supiot à Comissão Europeia no final da década de noventa. Apesar de visar proteger os direitos adquiridos dos trabalhadores europeus, propondo dotá-los de um estatuto profissional assegurador de diversos direitos sociais (SUPIOT, 1999), referido relatório acaba por naturalizar o pressuposto de que a flexibilidade laboral se constituiria em uma condicionante necessária da economia globalizada, em face da qual não haveria possibilidade de resistência, apenas adaptação e, no caso das indenizações aos desempregados, se estabelece a necessidade de comprovação por parte do desempregado de que efetivamente está engajado na busca de um novo posto de trabalho, sob pena da supressão do benefício.

15 Trata-se aqui daquela possibilidade instituída pela Lei Fillon, de maio de 2004, que autorizava as convenções de empresa a derrogarem as disposições das convenções de nível superior, salvo aquelas relativas aos pisos salariais, às classificações funcionais e às contribuições aos fundos destinados à formação profissional: nas outras matérias os acordos coletivos por empresa podem servir para degradar, ao invés de melhorar, o estatuto convencional assegurado ao trabalhador (SUPIOT, 2004: 105). Na realidade, sob o pretexto de combater o desemprego, a possibilidade jurídica de haver a derrogação de direitos facilitou a precarização do conteúdo do Direito do Trabalho também na França depois da implantação dos métodos pós-fordistas e pós-tayloristas, na virada do século, ampliando as possibilidades de ocorrência de estatutos de direitos diferenciados e, enquanto tal, discriminatórios. O desemprego por causa destas medidas flexibilizadoras não cessou de se desenvolver e só não é maior em decorrência de leis intervencionistas que reduziram a carga horária para trinta e cinco horas semanais ao mesmo tempo em que promoviam a desoneração fiscal sobre as folhas de pagamento. Em outras palavras, não foram as leis de inspiração neoliberal editadas sob o pretexto de combater o desemprego aquelas que obtiveram melhores resultados na luta pela preservação e ampliação dos empregos. Bem ao contrário: foram leis intervencionistas que instituíram redução da carga horária semanal aquelas que melhor impacto produziram para o combate ao desemprego. Apesar disso, ganhando as eleições em 2008, a direita francesa introduziu significativa alteração no conceito anterior de proteção em face do desemprego 13 passando a condicionar o recebimento das prestações sociais à demonstração de busca de nova colocação no mercado de trabalho, sob responsabilidade do próprio desempregado por intermédio de renhido ataque às políticas de redução da carga horária semanal dos governos anteriores, 13 Nos dez anos anteriores constituiu-se na França um verdadeiro estatuto dos desempregados em torno de certos direitos de todos os inscritos nos órgãos oficiais de recolocação profissional e a pessoas muito mal remuneradas, sem contrapartidas, pelo fato de pertencerem a tais coletivos. Esses direitos exprimem o participação no estatuto do salariado, reunindo trabalhadores em atividade, desempregados, jovens não inscritos nos órgãos de busca de empregos, ou seja, pelo que anteriormente era denominado com inscrição em uma classe social (BARNIER, 2011: 58)

16 opondo ao bordão socialdemocrata que pregava trabalhar menos para que trabalhem todos outro mais afinado com o individualismo que caracteriza a ideologia neoliberal: trabalhar mais, para ganhar mais. Essas iniciativas legislativas encetadas pelo Governo Sarkozy, ao contrário do que apregoava, não ampliaram a remuneração de quem já estava empregado e, pior, não contribuíram para a diminuição do desemprego, tendo sido esta uma das causas da eleição de François Hollande, em 2012, candidato pelo Partido Socialista. De modo coerente com sua ideologia socialdemocrata, o novo governo convocou as cinco centrais sindicais obreiras (CGT, FO, CFDT, CFTC e CFE- CGC) e as três principais entidades que representam os interesses do patronato (UPA, CGPME e MEDEF) para que concebessem uma concertação social 14 que possibilitasse a construção de um novo modelo social para diminuir a precariedade e fomentar a criação de novos empregos. Depois de significativas radicalizações por parte do patronato, que desde 2008 se recusava a negociar questões gerais com os sindicatos, enfim, no início de 2013, um acordo parcial foi obtido, embora contando com a rejeição das duas maiores e mais representativas centrais sindicais francesas. Este acordo, redigido em não mais que trinta páginas e alguns anexos, passou a servir de subsídio às futuras alterações legislativas, contando com a legitimidade de que seu conteúdo essencial ter sido amplamente discutido pelos interessados contendo pontos positivos 15 e, obviamente, questões muito polêmicas por suas características precarizadoras. 14 Cabe uma breve referência ao contexto que presidiu a negociação. A negociação entre os parceiros sociais que começou em outubro de 2012 foi concluída sob o signo da ameaça governamental: se as partes não conseguissem um acordo o governo (que detém a maioria parlamentar) legislaria sobre os temas em debate. Confrontado pelo patronato, irresignado com tal postura governamental bastante distinta daquela adotada pelos demais países europeus, o governo francês reiterava que (i) coerente com sua perspectiva ideológica reformista preferia que os atores sociais chegassem a uma posição reciprocamente satisfatória, mas que (ii) se isso não fosse possível não hesitaria em legislar ampliando os encargos sociais para as empresas que se utilizam majoritariamente de contratos de trabalho estranhos ao contrato de duração indeterminada (CDI) que sempre singularizou o Direito do Trabalho europeu e tomaria outras medidas que, no seu entendimento favoreceriam a criação de novos empregos de qualidade. 15 A principal novidade alvissareira contida neste acordo consistiu na retomada do diálogo social, característica principal desta família do Direito Capitalista do Trabalho europeu, interrompido durante o governo Sarkozy. De fato, por se considerar amplamente representado no aparelho de Estado e nas políticas desenvolvidas pelo governo, o patronato se negava a discutir com os trabalhadores políticas públicas relacionadas com o mercado de trabalho e com a proteção dos desempregados. De outra parte, pela primeira vez desde que o neoliberalismo

17 Entre os motivos alegados pela Force Ouvrière (FO) e pela Confédération générale du travail (CGT) para a rejeição deste acordo figura a resistência em aceitar a lógica da flexisecuritè, comentada mais adiante, adotada em inúmeros países europeus visando dotar as empresas de uma menor rigidez para a admissão e para o desligamento de empregados. Além disso, argumentavam que, na exata medida em que o acordo propiciava alguns pequenos avanços 16 por outro lado, vários de seus dispositivos atenderiam prioritariamente a interesses do empresariado francês: (i) amplia o jus variandi no que se refere à possibilidade de transferência de funções e de local da prestação de serviços dos empregados, dentro de certas condições, de tal modo que a não aceitação da mobilidade imposta pelo empregador implicará em rompimento do contrato de trabalho como se fosse por motivo pessoal, indenizado de forma bastante mais precária do que a despedida por iniciativa patronal; (ii) legaliza práticas que vinham sendo bastante contestadas judicialmente pelos empregados ao admitir a possibilidade de ampliação da carga horária ou de redução salarial nas empresas que estiverem em dificuldades econômicas ; (iii) prevê a possibilidade de instituição de novos se tornou hegemônico na Europa, o patronato concorda com uma taxação diferenciada das empresas que se utilizam massivamente de contratos de trabalho precários, rompendo com dogma de que este tema incumbiria tão somente às empresas e que estas modalidades contratuais seriam racionais e necessárias para competitividade internacional dos produtos franceses, condição tida como essencial para a retomada do crescimento e para o controle da crise iniciada em Por fim, ainda como ponto positivo no resultado desta concertação, houve uma abertura maior para a representatividade dos sindicatos nas grandes empresas: representação dos trabalhadores no conselho de administração (ou equivalente) das empresas com mais de 10 mil empregados (ou se a empresa estiver instalada apenas na França). Longe de ser um mecanismo de cogestão como na Alemanha, este representante terá acesso e direito a voz e, por exceção, a voto em algumas matérias, nas tomadas de posição estratégicas da empresa. 16 Entre as principais medidas acordadas para diminuição da precariedade, figuram (i) a instituição de Planos de Saúde para 3,5 milhões de trabalhadores que, por conta de seus contratos de trabalho precarizados no período interior, a ele não tinham acesso, ampliando-se o prazo de nove para doze meses o período em que um trabalhador que deixou a empresa poderá seguir contribuindo, a um custo máximo de 32 euros mensais e usufruindo dos seus benefícios; (ii) a ampliação da taxação da contribuição patronal para o seguro desemprego nos contratos de duração determinada (CDD), que cresceram 88% nos últimos dez anos, de 4% para 7% nos contratos de menos de um mês e para 5,5% nos CDDs de até três meses de duração, medida que, por alcançar contratos de aproximadamente nove milhões de trabalhadores na França, contava com forte resistência patronal; (iii) a exoneração patronal por três meses da contribuição para o seguro desemprego nos casos de contratações em CDI de jovens de até 26 anos; e, (iv) a possibilidade de que trabalhadores atualmente contratados em CDI em empresas que contem com mais de trezentos empregados em tal modalidade contratual possam experimentar um novo emprego, mais rentável, com garantia de retorno ao emprego anterior, caso o mesmo não se adapte na nova colocação.

18 planos sociais para redução de mão-de-obra chancelados por acordos com sindicatos ou mesmo pelo órgão de fiscalização do trabalho, diminuindo enormemente a possibilidade de contestação judicial posterior. Além disso, (iv) reduz os prazos prescricionais para o questionamento destes planos sociais para reclamar nos órgãos arbitrais, de 5 para 2 anos e, ainda, (v) tarifa as indenizações nos casos de demissões de trabalhadores com CDI nas empresas com dificuldades financeiras (dois meses de salário para contrato de até 2 anos) e estabelece um teto de 14 salários para referidas indenizações, mesmo se o trabalhador contar com mais de 14 anos de contrato de trabalho, dificultando a apreciação jurisdicional posterior a respeito da causalidade nas despedidas. Muito embora não sejam negligenciáveis os avanços alcançados na mesa de negociação, principalmente em relação à representação dos trabalhadores nas grandes empresas, à ampliação da cotização patronal para as empresas que se utilizam de trabalhadores com empregos precários (CDD ou outros contratos com menos direitos aos empregados) e as modificações nos planos de saúde, de seguro desemprego e de formação profissional, resta claro que o patronato sagrou-se como o grande vencedor na nova materialização da correlação de forças estampada na legislação, pois conseguiu (i) evitar a edição de uma lei pela maioria socialista no parlamento que poderia ser mais favorável aos trabalhadores; (ii) convencer 3 das 5 centrais sindicais para as suas teses de flexissegurança que implicam novas precarizações no estatuto do salariado; (iii) dotou de segurança jurídica várias precarizações anteriores que estavam sendo contestadas na Justiça; (iv) diminuiu o prazo prescricional para contestar as despedidas; e (v) legalizou a mobilidade interna facilitando os processos de reestruturação produtiva. De qualquer modo, pelo conjunto de medidas acima resumido, resta claro que a nova regulação francesa não cria empregos, apenas reinsere a prática das negociações gerais entre empregadores e empregados que havia caído em desuso durante os últimos governos de direita na França, sem grande impacto na diminuição dos processos de discriminação que decorreram das reformas trabalhistas anteriores. c) A precarização à espanhola:

19 Na Espanha também não foram os governos conservadores que promoveram as reformas neoliberais. Foi precisamente o Partido Socialista Operário Espanhol 17 que, chegando ao poder em 1982, promoveu as principais reformas precarizadoras no Direito Capitalista do Trabalho neste país sempre tributário das conjunturas econômicas de crise. Por suas peculiaridades, o exemplo espanhol evidencia uma opção política pelo desemprego e pela redistribuição da renda nacional em favor do empresariado, em verdadeira revolução dos ricos contra os pobres. Durante os governos de centro-direita formados depois do fim do franquismo, também de modo ambivalente, se exaltava o princípio da estabilidade no emprego, como medida de afirmação da classe trabalhadora no processo de reconstrução democrática tendo por referência as experiências alemã, italiana e francesa, combinada com processos de concertação entre as classes sociais, que teriam nos pactos sociais do período sua expressão mais característica. Por intermédio deles foram estabelecidas regras segundo as quais o patronato obteve uma considerável redução de custos do fator trabalho e uma importante recuperação das margens de lucro e os sindicatos, à custa do sacrifício de alguns direitos individuais dos trabalhadores. De outra parte, os sindicatos viram reforçada sua posição institucional, inclusive conquistando o direito à representação sindical nos locais de trabalho e algumas disposições legais semelhantes à legislação de sustento dos processos de negociação similares àquelas estabelecidas pela legislação italiana. Naquela conjuntura, os sindicatos terminaram por aceitar participar dos sacrifícios impostos pela crise, obtendo em contrapartida a consolidação das posições sindicais dentro das instituições públicas e dentro das empresas (VILLA GIL, PALOMEQUE LOPEZ, 1986: 71). O Estatuto de los Trabajadores, de 1980, contudo, sofreu inacreditáveis 52 reformas trabalhistas em trinta e dois anos de vigência, muitas delas sob o 17 Segundo as análises de Francisco LETAMENDIA, o PSOE era o único partido que poderia levar a cabo um novo compromisso entre as classes sociais sem o risco da desestabilização que havia ameaçado os governos de centro-direita no período anterior, pois o PSOE contava com o apoio dos sindicatos para implantar um intervencionismo estatal moderado combinado com políticas de flexibilidade laboral e de desregulação, sem a necessidade de utilizar de métodos repressivos e anti-sindicais que estavam sendo implementados naquela época pelo reaganismo e pelo thatcherismo. (LETAMENDIA, 2009: 145),

20 pretexto de criar empregos e ampliar a competitividade dos produtos espanhóis. A primeira fase deste contínuo processo se situa entre os anos de 1984 e A Espanha, que já se beneficiava de possuir salários mais baixos que os praticados no resto da Europa ocidental em decorrência dos longos anos da ditadura franquista e dos pactos sociais da transição negociada para a democracia optou por fomentar a implantação do pós-fordismo e do póstaylorismo nas relações de produção ainda que, verdadeiramente, não tivesse desenvolvido anteriormente as políticas fordistas em sua integralidade, ao mesmo tempo em que, visando ampliar suas vantagens competitivas em relação às nações vizinhas, controlava a expansão da massa salarial. Para tentar atrair investimentos capitalistas que naquela década iniciavam o processo de deslocalização em busca de custos de produção mais baixos, o governo espanhol fomentou a instalação de empresas estrangeiras ou de filiais destas oferecendo como vantagem comparativa um Direito do Trabalho mais protetivo do empresariado, flexibilizando progressivamente o marco normativo que regulava a compra e venda da força de trabalho e permitindo a dualização salarial 18 pela utilização desordenada e extensiva da contratação por prazo determinado, ao argumento de que deste modo se estimularia a criação de novos empregos ao se contornar a rigidez imposta pelos contratos de duração indeterminada. Nesta primeira etapa das reformas trabalhistas foram introduzidas na legislação novas modalidades contratuais 19 que interessavam ao patronato, ampliando a temporalidade, a ausência de estabilidade e a insuficiência salarial, situando a flexibilidade normativa como eixo estruturante das relações de trabalho subordinado. Obviamente, como identificava erroneamente as causas do desemprego, tais medidas tiveram como consequência somente a ampliação da precariedade e do tratamento 18 Este processo de dualização, com inegável fundamentação neoliberal, criou fundamentalmente duas categorias de trabalhadores, uma portadora de estabilidade no emprego e na remuneração e outra composta por trabalhadores com poucas garantias trabalhistas, tendo por consequência a debilitação do prestígio sindical, enfraquecendo a adesão aos sindicatos e a posição institucional conquistada à custa das precarizações, dificultando sobremaneira as possibilidades para que a economia espanhola escapasse da recessão econômica gerada pela mais recente crise capitalista. 19 A título ilustrativo, a Ley 32, de 1984, criou o contrato de lanzamiento de actividad e o contrato temporal de fomento del empleo, e reformou o texto anterior do Estatuto dos Trabalhadores para regulamentar o contrato del trabajo a tiempo parcial, entre outras medidas.

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