Cep: São Paulo - Brasil; andre.marangoni@bg-group.com; Mariana São Paulo Cep: ; simonemarangoni@ipaf.com.br

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cep: 04696-000 - São Paulo - Brasil; andre.marangoni@bg-group.com; Mariana São Paulo Cep: 04012.000; simonemarangoni@ipaf.com.br"

Transcrição

1 A Sócio-Histórica na Educação Ambiental André Luis Marangoni 1 e Joaquim Maria Quintino Aires 2 Simone de F. S. Marangoni 3 1 Centro Universitário Senac - Av. Engenheiro Eusébio Stevaux, Santo Amaro - Cep: São Paulo - Brasil; andre.marangoni@bg-group.com; 2 IPAF Instituto de Psicologia Aplicado e Formação Av Almirante Reis, 106 3º F Cep: Lisboa Portugal; lisboa@ipaf.pt; 3 IPAF Instituto de Psicologia Aplicado e Formação Rua Pelotas, 299 Vila Mariana São Paulo Cep: ; simonemarangoni@ipaf.com.br Resumo Educação ambiental em sua construção histórica e com seus principais temas integrantes - meio ambiente, sustentabilidade, desenvolvimento sustentável é vista neste artigo por uma abordagem sócio-histórica. O presente artigo tem como objetivo explorar histórica e criticamente os interesses econômicos, políticos, sociais nos temas: meio ambiente, sustentabilidade, desenvolvimento sustentável e educação ambiental e oferece uma análise da Educação Ambiental suportado no materialismo histórico e dialético para compreender o indivíduo e o meio ambiente para não dicotomizar as ações ambientais, econômicas, políticas e sociais. Palavras chave: Educação Ambiental; sustentabilidade; desenvolvimento sustentável; Sócio- Histórica; meio ambiente.

2 1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento das sociedades, no decorrer dos anos, aponta inúmeros benefícios para diversas áreas: telecomunicações, medicina, transporte, educação, porém o simples acompanhamento dos noticiários junto à imprensa e os constantes alertas da academia, através de diversas vozes, apontam uma necessária reflexão sobre as práticas econômicas e sociais que afetam o meio ambiente. A degradação do meio ambiente e do ecossistema são reflexos dessa evolução, descrita muitas vezes como em uma abordagem de desenvolvimento ou crescimento econômico, que segundo Jacobi (2005) eram, até recentemente, considerados sinônimos. No contexto do desenvolvimento e meio ambiente deve-se considerar a forma como sociedade vêm explorando os recursos do planeta que segundo Guimarães (2001 apud JACOBI 2005) caracteriza como uma crise de impacto ao planeta, o que configura o esgotamento de um estilo de desenvolvimento ecologicamente predador, socialmente perverso, politicamente injusto, culturalmente alienado e eticamente repulsivo (p. 235). Na construção de uma sociedade sustentável, surgem dificuldades e conflitos em variados aspectos como, meio ambiente, sociedade, economia, política e cultura e o tema Educação Ambiental envolve variáveis importantes como indivíduo, meio ambiente, cultura e conscientização, entre outras (JACOBI, 2003; LIMA, 2005). Nesse contexto a importância de práticas educacionais e responsabilidade e ética tornam-se relevantes no âmbito do meio ambiente e, portanto parte integrante na cultura e consciência do indivíduo que habita e habitará esse planeta. Para uma proposta de atuação nesses temas tem-se a busca de mudanças de crenças, valores, pressupostos, convicções, opiniões. Para que esse processo se efetive é determinante a ação educacional, corroborando com o foco desse artigo, que pretende lançar mais uma contribuição pela busca de novas abordagens para educação ambiental. 2. OBJETIVOS 2

3 O objetivo desse trabalho é, através de um panorama histórico, aprofundar os temas: educação ambiental, meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. Promovendo um estudo dos processos em sua constituição social e histórica e não somente os objetos, buscando os diferentes estágios que o compõe. Ainda refletir o contexto social e histórico vivenciado pelos indivíduos e os conceitos subjacentes da sociedade e do meio ambiente e, lançar novas argumentações de acordo com a abordagem Sócio-Histórica para extensão do tema. 3. REVISÃO DA LITERATURA 3.1. Meio Ambiente um breve histórico O surgimento do debate envolvendo os temas meio ambiente, desenvolvimento e sustentabilidade inicia-se na década de 70, citando como um dos primeiros fóruns relevantes o Clube de Roma que foi uma associação livre de cientistas, empresários e políticos de diversos países que se reuniu em Roma, no princípio dessa década, para refletir, debater e formular propostas sobre os problemas do sistema global. (MCCORMICK, 1992 apud LIMA 2003) Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo (1972), foi um decisivo marco no debate sobre os problemas ambientais em nível internacional que pelas iniciativas das Nações Unidas promoveram a inserção do tema ameaça ao meio ambiente como conseqüência do crescimento econômico e o respectivo impacto da poluição industrial, trazendo para esse debate os países industrializados e em desenvolvimento (MALHEIROS et al., 2005; SORRENTINO et al., 2005). Nessa época os países em desenvolvimento ainda apontavam para prioridades focadas unicamente no crescimento econômico em detrimento ao meio ambiente, considerando atuação direta na pobreza que reverteriam em conseqüências positivas na qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente (MALHEIROS et al. 2005). Ainda na década de 1970, surge através de Ignacy Sachs o termo ecodesenvolvimento que tem como proposto um modelo de desenvolvimento multidimensional condizente com as relações econômicas, o bem-estar das sociedades, discutindo racionalmente a responsabilidade da utilização dos recursos 3

4 naturais. Discussão esta que acirra as críticas ao discurso desenvolvimentista da época com limites não só econômicos como também social, ambiental e éticocultural (LIMA, 2003; SORRENTINO, 2005). Nessa dinâmica de evolução, em 1987, o Relatório Bruntland, também conhecido como Nosso futuro comum, foi publicado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida na época pela primeira-ministra norueguesa Gro Bruntland. Esse relatório apresentava o conceito de desenvolvimento sustentável reorientando as necessárias relações entre economia, tecnologia, sociedade e política, reforçando uma nova postura ética em relação à preservação do meio ambiente, apontando para o desafio do desenvolvimento humano, tanto entre as novas gerações, quanto entre os integrantes da sociedade da época. (JACOBI, 2003; LIMA, 2003; MALHEIROS, 2005; SORRENTINO, 2005). Lima identifica em Leff (2001) essa caracterização ao afirmar que: antes que as estratégias de Ecodesenvolvimento conseguissem romper as barreiras da gestão setorializada de desenvolvimento... as próprias estratégias de resistência à mudança da ordem econômica foram dissolvendo o potencial crítico e transformador das práticas de Ecodesenvolvimento. Daí surge à busca de um conceito capaz de ecologizar a economia, eliminando a contradição entre crescimento econômico e preservação da natureza... Começa então naquele momento a cair em desuso o discurso do Ecodesenvolvimento, suplantado pelo discurso de Desenvolvimento Sustentável. (p. 102) Na esteira do debate crescimento econômico e meio ambiente, ocorre em 1992 a 2ª Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, no Rio de Janeiro, denominada posteriormente de Rio 92, como destaques, além da intensa discussão sobre o desenvolvimento sustentável foram estabelecidos compromissos internacionais com a chancela de vários países, como a Declaração do Rio de Janeiro e a Agenda 21 Global (MALHEIROS et al. 2005; JACOBI; 2003). A Agenda 21 considerou que na relação desenvolvimento e o meio ambiente, desenhada para o século XXI, os modelos tradicionais de crescimento deviam ser reconsiderados para que a sociedade industrial tivesse novos referenciais suportados pelo desenvolvimento sustentável, destacando a pluralidade, diversidade, multiplicidade e heterogeneidade. Vale ressaltar que, apesar das críticas existentes 4

5 como confronto com o paradigma sociedade de risco, consumo desenfreado dos recursos naturais, o conceito de desenvolvimento sustentável apresenta um importante avanço, na medida em que garante o direito ao desenvolvimento, principalmente em países com níveis insatisfatórios de renda e riqueza, e o direito ao ambiente saudável das futuras gerações (JACOBI, 2003; DEGANI, 2003 apud QUELHAS 2006). No mais recente encontro mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, consagrado como Rio + 10, realizado em 2002 em Joanesburgo, os objetivos preconizados sobre desenvolvimento sustentável não foram aprofundados e praticamente não foram acordados novos passos nem no plano teórico, nem nas medidas práticas, apesar da oportunidade de ampliar as discussões a respeito do tema (JACOBI, 2005). No Brasil, a postura do governo nesse período era focada somente no crescimento econômico sem considerar os impactos ao meio ambiente e estava em desacordo com as propostas estabelecidas e defendidas na 1ª Conferência Mundial para o Meio Ambiente em Estocolmo (1972), no entanto com o passar dos anos busca pelo desenvolvimento sustentável vem se alterando e procura um alinhamento legal, político e educacional, sendo disseminado através de políticas públicas, como: Política Nacional de Meio Ambiente (1981), Constituição Brasileira (1988), Política Nacional de Recursos Hídricos (1997). A educação ambiental também tem sido impulsionada pela Política Nacional de Educação Ambiental (1999), Leis de Crime Ambientais (1999) e Estatuto da Cidade (2000), que tem em seus artigos a devida apropriação do tema (MALHEIROS et al., 2005; SORRENTINO et al., 2005). Vale ressaltar que o debate sobre meio ambiente, sustentabilidade e educação ambiental ganha constantemente contribuições que levam a demonstrar a dinâmica, riqueza e importância desses temas para a sociedade atual e futura Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável Ao trazer a luz da sociedade os temas como sustentabilidade e desenvolvimento sustentável não determinam que o consenso tenha sido alcançado como cita Silva (2006) sustentabilidade continua causando muitas controvérsias, principalmente 5

6 relativas ao consumo de recursos não renováveis que devem ser explorados em bases sustentáveis (p. 387). A sustentabilidade pode também ser fundamentada em sua construção, segundo Lima (2003), nas inconsistências de exploração de recursos em atendimento ao sistema produtor capitalista, intensamente conduzido ao longo dos anos 70 que além da recorrente exploração desenvolvimentista não atuou na perspectiva de gerenciar os resíduos ou impactos decorrentes do crescimento preconizado. Suportado por Lima (2003) a compreensão e articulação do tema sustentabilidade pode ser mais facilmente conduzido como um discurso, no sentido empregado por Michel Foucault no contexto da arqueologia e, sobretudo, da genealogia do saberpoder, pois segundo Foucault toda sociedade controla e seleciona o que pode ser dito numa certa época, quem pode dizer e em que circunstâncias, como meio de filtrar ou afastar os perigos e possíveis subversões que daí possa advir. (FOUCAULT, 2001, apud LIMA 2005, p. 100). Ainda por Foucault (2001 apud LIMA 2005) os discursos são entendidos como práticas geradoras de significados que se apóiam em regras históricas para estabelecer o que pode ser dito, num certo campo discursivo e num dado contexto histórico. Essa prática discursiva possível resulta de um complexo de relações com outras práticas discursivas e sociais. O discurso, portanto, relaciona-se simultaneamente, com suas regras de formação, com outros discursos e com as instituições sociais e o poder que elas expressam. (p. 100) A proposta da contribuição de Foucault é de reter a idéia de que todo discurso expressa uma vontade de poder que aspira e luta para ser reconhecido como a verdade sobre um determinado campo em um certo contexto histórico. (LIMA, 2005 p. 101) Pela necessidade de reconhecimento atual e no contexto histórico vivido, a noção de sustentabilidade encontra-se em um momento adequado para sua compreensão por reunir sob si posições teóricas e políticas contraditórias e até mesmo opostas (JACOBI, p. 238), todavia ao discutir sustentabilidade deve-se compreender que o tema em si traz uma limitação nas oportunidades de crescimento que devem ser discutidas com um conjunto de iniciativas determinadas pelos interlocutores e 6

7 participantes sociais, buscando através de práticas educativas levarem os variados setores ao diálogo construindo responsabilidades e valores éticos. A sustentabilidade como campo de construção comum conduz para o consenso às diversas concepções e grupos divergentes atenuando os conflitos que até então os dividiam (LIMA, 2003). Esse campo em sua formação genérica aproximou variados agentes capitalistas e socialistas, conservacionistas e ecologistas, antropocêntricos e biocêntricos, empresários e ambientalistas, ONGs, movimentos sociais e agências governamentais, promovendo o desenvolvimento sustentável que introduz a temática ambiental em fóruns político-econômicos nacionais e internacionais, conquistando um reconhecimento inédito na trajetória do ambientalismo até então (LIMA, 2003, p. 105). Para o desenvolvimento sustentável deve-se pensar em um equilíbrio entre avanços tecnológicos, pressões econômicas e o meio ambiente que deverá sustentar esse futuro, para tanto a preocupação com os recursos naturais deve alcançar padrões de transparência e ética (SILVA, 2006). O termo desenvolvimento sustentável em sua construção histórica passa pelo relatório Bruntland (1987) e como mencionado anteriormente traz para o debate em uma esfera que envolva economia, tecnologia, sociedade e política, suportado em um campo ético na preservação do meio ambiente, considerando o grande desafio desta nova etapa. Como uma versão mais elaborada do desenvolvimento sustentável, construída por cientistas sociais de países desenvolvidos como Suécia, a Holanda, a Alemanha, a Noruega e o Japão, surge a Modernização Ecológica que propõe um discurso coerente de crescimento econômico e proteção ambiental, e aceito internacionalmente entre países e corporações do ecocapitalismo. Resumidamente a Modernização Ecológica pode ser entendida como uma proposta de reestruturação da economia política do capitalismo que se esforça em demonstrar a compatibilidade entre crescimento econômico e proteção ambiental (LIMA, 2003, p. 105). A proposta de sustentabilidade determina o imperativo em definir limites às possibilidades de crescimento como premissa que proporcione um conjunto de iniciativas principalmente por meio de práticas educativas com participação de 7

8 variados interlocutores governo, indústria, terceiro setor, academia, sociedade que atendam e desenvolvam ativamente um processo de diálogo. Essa proposta torna-se real e relevante quando atinge um sentimento de co-responsabilidade e de constituição de valores éticos e transparentes. Sendo assim, o desenvolvimento sustentável como uma proposta concreta, algo como uma política / padrão multinacional tem de atingir as dimensões culturais, econômicas, educacionais, sociais, as relações de poder existentes e compreender os limites ambientais não como barreira e sim como padrões bem definidos e intrínsecos para evitar uma ação contínua predatória do meio ambiente (JACOBI, 2003; 2005; MALHEIROS et al. 2005). 3.3 Educação Ambiental - um pouco de história A educação ambiental tornou-se pauta de discussão de conferências mundiais, também a partir da 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo em 1972, em que essencialmente estabeleceu que a educação da população fosse primordial para disseminação das bases de opinião mais esclarecidas e se tornava necessário construir o sentimento de responsabilidade nos indivíduos na busca da proteção e melhoria do meio ambiente (PELICIONI, 2005). Na seqüência, o Encontro Internacional de Educação Ambiental em Belgrado, Iugoslávia em 1975, propôs orientações que foram inseridas no Programa Internacional de Educação Ambiental de Estocolmo, como a divulgação de uma nova ética global que proporcionasse a erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição e da dominação e exploração humana. (DIAS, 1992 apud PELICIONI, 2005, p. 588) Segundo o referido autor, em síntese, este encontro lançava a urgência de difundir um processo de mudança de comportamentos e de conscientização para o desenvolvimento e reforma nos sistemas educacionais vigentes, como o suporte de programas mundiais de educação ambiental. Esses preceitos também lançaram as bases para a I Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental realizada em 1977 em Tbilisi em que se iniciou um amplo processo em nível global orientado para criar as condições que formem uma nova consciência sobre o valor da natureza e para reorientar a 8

9 produção de conhecimento baseada nos métodos da interdisciplinaridade e nos princípios da complexidade (JACOBI 2005, p. 190). Nesse sentido produziu-se um documento de 41 recomendações que sustentam as bases até os dias atuais. Neste documento propõe-se o conceito, os objetivos e os princípios da educação ambiental como estratégia de compreensão e condução da sustentabilidade ambiental e social do planeta (PELICIONI, 2005; SORRENTINO et al. 2005). Nesse evento recomendava-se a formatação de um processo contínuo e estruturado para a educação ambiental, atendendo os requisitos teóricos e práticos, buscando alcançar, em uma conceituação de ensino-aprendizagem, variados grupos profissionais e sociais com estratégias mais modernas e adequadas (PELICIONI, 2005). Na Rio 92, a educação ambiental foi tema presente em todas as propostas da Agenda 21, proporcionando as transformações sociais necessárias ao combate à pobreza, levando a população à obtenção de meios de subsistência sustentáveis que conduzam a reorientar uma sociedade humana (PELICIONI, 2005). No Brasil, em 1997, foram realizados eventos específicos de educação ambiental de relevante importância que geraram conteúdo para a Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Conscientização para a Sustentação em Tessalônica, na Grécia, nesse mesmo ano. Entre as necessidades identificadas nessa conferência ficou caracterizado a melhor preparação dos professores e materiais didáticos e a necessidade de ações de educação ambiental baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e participação e práticas interdisciplinares (JACOBI, 2003; PELICIONI, 2005). Pode-se perceber que os itens discutidos até esse momento salientam que o tema educação ambiental, além de ser composto por variáveis importantes e difíceis de serem transformadas pelos indivíduos e pela sociedade, tais como: sentimento de responsabilidade; a ética que proporcione a erradicação da pobreza e da fome; uma nova consciência sobre o valor da natureza; a identidade cultural; a diversidade; a importância das práticas interdisciplinares; a compreensão e construção de estratégias para a sustentabilidade ambiental, entre outros, não estão descolados das variáveis subjacentes ao próprio desenvolvimento da sociedade como um todo. 9

10 Nesse sentido necessita-se analisar e reavaliar as políticas econômicas, educacionais e públicas que acabam, muitas vezes, constituindo e reforçando a exploração desenfreada dos indivíduos e do meio ambiente que, num processo dialético, se traduz na dificuldade de conscientização e disseminação de opinião de uma sociedade desigual, oprimida e constituída da própria exploração. 4. CONCLUSÕES Educação Ambiental em uma abordagem sócio-histórica Pode-se ressaltar na discussão desse artigo que na construção de uma sociedade sustentável surgem dificuldades e conflitos inerentes a qualquer tema que envolva aspectos como meio ambiente, sociedade, economia, política e cultura e, o tema educação ambiental envolve além desses tópicos variáveis importantes como indivíduo, meio ambiente, cultura e conscientização, entre outras (JACOBI, 2003; LIMA, 2005). Como proposta se vê necessário novas atitudes e comportamentos que buscam a mudança de valores dos indivíduos, da sociedade, com a construção de um pensamento crítico, com estabelecimentos éticos, sustentáveis e políticos da educação ambiental, "situando o ambiente conceitual e político onde a educação ambiental pode buscar sua fundamentação enquanto projeto educativo que pretende transformar a sociedade e o indivíduo (CARVALHO, 2004 apud JACOBI, p. 244). Nesse contexto utilizando-se a abordagem Sócio-Histórica, com suporte de Morin, na educação ambiental crítica, o conhecimento para ser pertinente não deriva de saberes desunidos e compartimentalizados, mas da apreensão da realidade a partir de algumas categorias conceituais indissociáveis ao processo pedagógico (2002, apud JACOBI, 2005, p. 244). Dessa forma a educação ambiental deve fugir das armadilhas paradigmáticas como define Guimarães (2004 apud JACOBI, 2005) contribuindo para mudanças no quadro da crise sócio-ambiental recorrente. Com a construção desse novo formato Jacobi (2005) propõe um processo intelectual ativo com desenvolvimento do diálogo e interação para novas interpretações das informações, conceitos e significados, que tendem a se originar do aprendizado dos indivíduos. 10

11 Como refere os autores Carvalho, Leff, Sauvé e Gaudiano, um discurso ambiental dissociado das condições sócio-históricas pode ser alienante e levar a posições politicamente conservadoras, na medida em que mobiliza o que Carvalho denomina de um consenso dissimulado, em virtude da generalização e do esvaziamento do termo desenvolvimento sustentável, das diferenças ideológicas e os conflitos de interesses que se confrontam no ideário ambiental. (2003, apud JACOBI, p. 245) Nesse sentido a abordagem Sócio-Histórica propõe superar o reducionismo, ampliando o diálogo, contribuindo com os saberes, à participação, os valores éticos fortalecendo a complexa interação entre sociedade e natureza. O homem consciente que em suas ações no meio ambiente modifica-o e dialeticamente se transforma é capaz de repensar e criticar as políticas ambientais, econômicas e sociais, utilizando a ética para se perceber como agente construtor ou destruidor do meio ambiente. A Educação Ambiental suportada na abordagem Sócio-Histórica de Vygotsky permite pensar na sociedade, na economia, na cultura e no meio ambiente não dissociado e não reduzido às armadilhas paradigmáticas desse conceito, devido utilizar a dialética como método de análise dos fenômenos. No entanto esse trabalho além de árduo, por movimentar muitos interesses sociais, individuais, políticos e econômicos, deve ser intensificado para que a cultura do consumo desenfreado, do capitalismo massacrante que apenas usufrui o meio ambiente sem consciência crítica, possa ser repensado e transformado, assim como compreender que não só as políticas públicas são responsáveis pelo meio ambiente, mas os atos individuais também transformam e são transformados pela Educação. Nesse sentido pode-se pensar no meio ambiente individual e social, universal e individual ao mesmo tempo, sem dicotomizar as ações éticas, econômicas, políticas, sociais e individuais. Os indivíduos conscientes de que são participantes ativos no meio ambiente, com a contribuição da Educação Ambiental, seja como construtor ou destruidor são capazes de repensar as suas atividades e as atitudes em relação ao meio ambiente. 11

12 5. REFERÊNCIAS JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 118, p , março Educação Ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.31, n.2, p , mai/ago LIMA, G. C. O discurso da sustentabilidade e suas implicações para a educação. Ambiente & sociedade, Campinas, v.6, n.2, p , jul/dez MARANGONI, S. F. S. A mediação da palavra e do brincar na psicoterapia com crianças f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade São Marcos, MALHEIROS, T. F.; PHILIPPI, A. Jr. Saneamento e saúde pública: Integrando homem e ambiente. In: Saneamento, Saúde e Ambiente. São Paulo: Manole, PELICIONI, M. C. F. Educação ambiental: Evolução e conceitos. In: Saneamento, Saúde e Ambiente. São Paulo: Manole, SILVA, L. S. A.; QUELHAS, O. L. G. Sustentabilidade empresarial e o impacto no custo de capital próprio das empresas de capital aberto. Gestão & Produção, São Carlos, v.13, n.3, p , set./dez SORRENTINO, M.; TRAJBER, R; MENDONÇA, P; FERRARO, L. A. Educação ambiental como política pública. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.31, n.2, p , mai/ago VYGOTSKY, L. S. Estudos sobre a história do comportamento: símios, homem primitivo e crianças. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,

Centro Universitário Senac - Av. Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 - Santo Amaro - São Paulo Cep: 04696-000; andre.marangoni@bg-group.com.

Centro Universitário Senac - Av. Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 - Santo Amaro - São Paulo Cep: 04696-000; andre.marangoni@bg-group.com. A Sócio-Histórica na Educação Ambiental André Luis Marangoni Centro Universitário Senac - Av. Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 - Santo Amaro - São Paulo Cep: 04696-000; andre.marangoni@bg-group.com. Resumo

Leia mais

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE INTRODUÇÃO José Izael Fernandes da Paz UEPB joseizaelpb@hotmail.com Esse trabalho tem um propósito particular pertinente de abrir

Leia mais

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES ENTRE EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES ENTRE EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES ENTRE EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Ana Paula Cavalcanti e Renata Cristine de Sá Pedrosa Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco FACP/UPE paulacav@cnen.gov.br Introdução

Leia mais

P.42 Programa de Educação Ambiental - PEA Capacitação professores Maio 2013 Módulo SUSTENTABILIDADE

P.42 Programa de Educação Ambiental - PEA Capacitação professores Maio 2013 Módulo SUSTENTABILIDADE P.42 Programa de Educação Ambiental - PEA Capacitação professores Maio 2013 Módulo SUSTENTABILIDADE Definições de sustentabilidade sustentar - suster 1. Impedir que caia; suportar; apoiar; resistir a;

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Educando gerações para repensar, reduzir, reaproveitar e reciclar EDSON MANOEL DA SILVA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Educando gerações para repensar, reduzir, reaproveitar e reciclar EDSON MANOEL DA SILVA 1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Educando gerações para repensar, reduzir, reaproveitar e reciclar Introdução EDSON MANOEL DA SILVA O projeto de Educação Ambiental realizado na Escola Antônio Firmino, rede municipal

Leia mais

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA

VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA VAMOS CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS FORMANDO COM-VIDA CONSTRUINDO AGENDA 21AMBIENTAL NA ESCOLA COM-VIDA Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola Criado a partir das deliberações da I Conferência

Leia mais

PROPOSTA DE SEMINARIO: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS

PROPOSTA DE SEMINARIO: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS PROPOSTA DE SEMINARIO: PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS Vitória 2006 1. JUSTIFICATIVA O mundo começa a respirar ares novos de cidadania. Um número cada vez maior de empresas se engajam no aprimoramento

Leia mais

Educação Ambiental Crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis

Educação Ambiental Crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis Educação Ambiental Crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis Ciclo de Cursos de Educação Ambiental Ano 4 Secretaria de Estado do Meio Ambiente Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno A crise de representação e o espaço da mídia na política RESENHA Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno Rogéria Martins Socióloga e Professora do Departamento de Educação/UESC

Leia mais

RESENHA. Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios

RESENHA. Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios RESENHA Desenvolvimento Sustentável: dimensões e desafios Sustainable Development: Dimensions and Challenges Marcos Antônio de Souza Lopes 1 Rogério Antonio Picoli 2 Escrito pela autora Ana Luiza de Brasil

Leia mais

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando

Leia mais

Educação ambiental crítica e a formação de professores de pedagogia em uma faculdade municipal no interior do estado de São Paulo

Educação ambiental crítica e a formação de professores de pedagogia em uma faculdade municipal no interior do estado de São Paulo Educação ambiental crítica e a formação de professores de pedagogia em uma faculdade municipal no interior do estado de São Paulo Eliane Aparecida Toledo Pinto Docente da Faculdade Municipal de Filosofia,

Leia mais

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas

Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Boletim ABLimno 42(1), 14-19, 2016 Educação ambiental na gestão das bacias hidrográficas Ana Tiyomi Obara 1 e Mara Luciane Kovalski 2 1- Departamento de Biologia, Área de Ensino, Universidade Estadual

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

PROJETO RECICLAR PARA PRESERVAR

PROJETO RECICLAR PARA PRESERVAR PROJETO RECICLAR PARA PRESERVAR FABIA GRAVINA VIEIRA ROCHA Colégio e Faculdade Modelo do Paraná- Curitiba/PR fabiagravina@hotmail.com RESUMO Sensível à necessidade de reflexão sobre as relações dos seres

Leia mais

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil Introdução Mauri J.V. Cruz O objetivo deste texto é contribuir num processo de reflexão sobre o papel das ONGs na região sul

Leia mais

Resumo. O caminho da sustentabilidade

Resumo. O caminho da sustentabilidade Resumo O caminho da sustentabilidade Termos recorrentes em debates e pesquisas, na mídia e no mundo dos negócios da atualidade, como sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, responsabilidade empresarial

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL (EA)

EDUCAÇÃO AMBIENTAL (EA) EDUCAÇÃO AMBIENTAL (EA) Processos educativos que procuram incorporar em suas propostas pedagógicas as implicações tanto teóricas quanto práticas do ideário ambientalista. A EA teve sua origem vinculada

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um 1 TURISMO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS DERIVADOS DA I FESTA DA BANAUVA DE SÃO VICENTE FÉRRER COMO TEMA TRANSVERSAL PARA AS AULAS DE CIÊNCIAS NO PROJETO TRAVESSIA DA ESCOLA CREUSA DE FREITAS CAVALCANTI LURDINALVA

Leia mais

GUIA PARA O GT RECURSOS FINANCEIROS

GUIA PARA O GT RECURSOS FINANCEIROS GUIA PARA O GT RECURSOS FINANCEIROS Um projeto é um empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades integradas e coordenadas, com o fim de alcançar objetivos específicos dentro dos limites

Leia mais

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG Curso de Graduação Administração Modalidade a Distância Dados do Curso Contato Ver QSL e Ementas Universidade Federal do Rio Grande / FURG 1) DADOS DO CURSO: COORDENAÇÃO: Profª MSc. Suzana Malta ENDEREÇO:

Leia mais

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

Curso Sustentabilidade e Saúde Humana:

Curso Sustentabilidade e Saúde Humana: Curso Sustentabilidade e Saúde Humana: Ações individuais para melhorias em todo o planeta Nosso maior desafio neste século é pegar uma idéia que parece abstrata desenvolvimento sustentável e torná-la uma

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/

Leia mais

educação ambiental: estamos caminhando... EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTAMOS CAMINHANDO...

educação ambiental: estamos caminhando... EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTAMOS CAMINHANDO... EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTAMOS CAMINHANDO... RAQUEL DA SILVA PEREIRA raquelspereira@uol.com.br universidade municipal de são caetano do sul O livro escrito pelos professores e pesquisadores José Carlos Barbieri

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² A Responsabilidade Social tem sido considerada, entre muitos autores, como tema de relevância crescente na formulação de estratégias empresarias

Leia mais

Estratégias e Desenvolvimento Sustentável. Ementa desta Aula. Ao Final desta Aula, Você Deverá ser Capaz de: Histórico de Desenvolvimento

Estratégias e Desenvolvimento Sustentável. Ementa desta Aula. Ao Final desta Aula, Você Deverá ser Capaz de: Histórico de Desenvolvimento Estratégias e Desenvolvimento Aula 1 Prof. Marcos Rogério Maioli rogeriomaioli@grupouninter.com.br MBA em Planejamento e Gestão Estratégica Ementa desta Aula Conceitos de sustentabilidade Histórico de

Leia mais

GESTÃO AMBIENTAL. Profª: Cristiane M. Zanini

GESTÃO AMBIENTAL. Profª: Cristiane M. Zanini GESTÃO AMBIENTAL Profª: Cristiane M. Zanini Afinal, O que é Gestão Ambiental? A novíssima área de conhecimento e trabalho intitulada "Gestão Ambiental" vem causando muita confusão entre os especialistas

Leia mais

Agenda Estratégica Síntese das discussões ocorridas no âmbito da Câmara Técnica de Ensino e Informação

Agenda Estratégica Síntese das discussões ocorridas no âmbito da Câmara Técnica de Ensino e Informação Agenda Estratégica Síntese das discussões ocorridas no âmbito da Câmara Técnica de Ensino e Informação Ao largo do segundo semestre de 2014 e início de 2015, a CTEI debruçou-se sobre o Termo de Referência

Leia mais

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992)

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento, Tendo-se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 21 de junho de

Leia mais

O Currículo das Séries Iniciais e a Educação para a Saúde

O Currículo das Séries Iniciais e a Educação para a Saúde Nas séries iniciais do ensino fundamental, o currículo enfatiza a assimilação de conceitos e busca desenvolver as estruturas cognitivas. Ele procura fornecer aos alunos condições necessárias para aprendizagens

Leia mais

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS Kely-Anee de Oliveira Nascimento Universidade Federal do Piauí kelyoliveira_@hotmail.com INTRODUÇÃO Diante

Leia mais

Aline de Souza Santiago (Bolsista PIBIC-UFPI), Denis Barros de Carvalho (Orientador, Departamento de Fundamentos da Educação/UFPI).

Aline de Souza Santiago (Bolsista PIBIC-UFPI), Denis Barros de Carvalho (Orientador, Departamento de Fundamentos da Educação/UFPI). A Produção de pesquisas sobre Educação dos Programas de Pós-graduação (Mestrados e Doutorados) cadastrados na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD. Aline de Souza Santiago (Bolsista PIBIC-UFPI),

Leia mais

O DESAFIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PATOS, PARAÍBA: A PROFICIÊNCIA DOS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE PATOS

O DESAFIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PATOS, PARAÍBA: A PROFICIÊNCIA DOS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE PATOS O DESAFIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM PATOS, PARAÍBA: A PROFICIÊNCIA DOS ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE PATOS Davi Argemiro Henrique Cardoso de Oliveira e-mail: davicardosod@gmail.com Francione Gomes Silva

Leia mais

Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1

Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 PROGRAMA ÉTICA E CIDADANIA construindo valores na escola e na sociedade Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 Ulisses F. Araújo 2 A construção de um ambiente ético que ultrapasse

Leia mais

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR.

ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. 1 ASPECTOS HISTÓRICOS: QUANTO A FORMAÇÃOO, FUNÇÃO E DIFULCULDADES DO ADMINISTRADOR. Rute Regina Ferreira Machado de Morais Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG Este texto visa refletir sobre o papel

Leia mais

EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL:

EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL: EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL: AÇÃO TRANSFORMADORA IV Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública Belo Horizonte Março de 2013 Quem sou eu? A que grupos pertenço? Marcia Faria Westphal Faculdade

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

REF: As pautas das crianças e adolescentes nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

REF: As pautas das crianças e adolescentes nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Brasília, Dezembro de 2015 Exma. Sra. Dilma Rousseff Presidente da República Federativa do Brasil Palácio do Planalto Gabinete da Presidência Praça dos Três Poderes, Brasília - DF, 70150-900. REF: As pautas

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

Produção e consumo sustentáveis

Produção e consumo sustentáveis Produção e consumo sustentáveis Fernanda Capdeville Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis DPCS Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental - SAIC 14 Plenária do Fórum Governamental

Leia mais

DISCIPLINA A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL E A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

DISCIPLINA A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL E A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS CAPÍTULO 1. Atividade 1 Ligando as ideias Pág.: 5 O documento "Declaração sobre o ambiente humano" está disponível na Biblioteca Virtual da Acesse esse documento e, após realizar uma leitura atenta, identifique

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local 1 Por: Evandro Prestes Guerreiro 1 A questão da Responsabilidade Social se tornou o ponto de partida para o estabelecimento

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

UNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras

UNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras UNESCO Brasilia Office Representação no Brasil Declaração sobre as Responsabilidades das Gerações Presentes em Relação às Gerações Futuras adotada em 12 de novembro de 1997 pela Conferência Geral da UNESCO

Leia mais

MARINHA DO BRASIL CAPITANIA DOS PORTOS DO RN O NOSSO LIXO, O QUE FAZER?

MARINHA DO BRASIL CAPITANIA DOS PORTOS DO RN O NOSSO LIXO, O QUE FAZER? MARINHA DO BRASIL CAPITANIA DOS PORTOS DO RN O NOSSO LIXO, O QUE FAZER? NATAL/RN 2005 DEODORO AMILCAR CAVALCANTE DE ARAÚJO O NOSSO LIXO, O QUE FAZER? Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Educação

Leia mais

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE UNIPLAC PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO E APOIO COMUNITÁRIO

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE UNIPLAC PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO E APOIO COMUNITÁRIO UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE UNIPLAC PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO DE EXTENSÃO E APOIO COMUNITÁRIO Projeto do Curso de Extensão ORGANIZAÇÃO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO

Leia mais

SUSTENTABILIDADE NO LORDÃO: UMA FERRAMENTA DE ENSINO- APRENDIZAGEM

SUSTENTABILIDADE NO LORDÃO: UMA FERRAMENTA DE ENSINO- APRENDIZAGEM SUSTENTABILIDADE NO LORDÃO: UMA FERRAMENTA DE ENSINO- APRENDIZAGEM Acácio Silveira de Melo (UFCG); Adriano dos Santos Oliveira (UFCG); Filipe da Costa Silva (UFCG), Francinildo Ramos de Macedo (UFCG),

Leia mais

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL MOHAMED HABIB* & GIOVANNA FAGUNDES** * Professor Titular, IB, UNICAMP ** Aluna

Leia mais

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas.

Conjunto de pessoas que formam a força de trabalho das empresas. 1. OBJETIVOS Estabelecer diretrizes que norteiem as ações das Empresas Eletrobras quanto à promoção do desenvolvimento sustentável, buscando equilibrar oportunidades de negócio com responsabilidade social,

Leia mais

Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C.

Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C. Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C. Declaração de Princípios Quem Somos Somos uma organização não-governamental dedicada à promoção da liderança juvenil e da participação da cultura da juventude

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

Autor(es) PAULA CRISTINA MARSON. Co-Autor(es) FERNANDA TORQUETTI WINGETER LIMA THAIS MELEGA TOMÉ. Orientador(es) LEDA R.

Autor(es) PAULA CRISTINA MARSON. Co-Autor(es) FERNANDA TORQUETTI WINGETER LIMA THAIS MELEGA TOMÉ. Orientador(es) LEDA R. 9º Simposio de Ensino de Graduação INVESTIGANDO OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS PROFESSORES DE UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO INTERIOR DE SÃO PAULO Autor(es) PAULA CRISTINA MARSON

Leia mais

Os Princípios do IDFC para Promover um Desenvolvimento Sustentável 1

Os Princípios do IDFC para Promover um Desenvolvimento Sustentável 1 Os Princípios do IDFC para Promover um Desenvolvimento Sustentável 1 I. Histórico O Clube Internacional de Financiamento ao Desenvolvimento (IDFC) é um grupo de 19 instituições de financiamento ao desenvolvimento

Leia mais

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA III EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL Giovani Cammarota

Leia mais

CURSO: GESTÃO AMBIENTAL

CURSO: GESTÃO AMBIENTAL CURSO: GESTÃO AMBIENTAL OBJETIVOS DO CURSO Objetivos Gerais O Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental tem por objetivo formar profissionais capazes de propor, planejar, gerenciar e executar ações

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Eixo temático 2: Formação de Professores e Cultura Digital Vicentina Oliveira Santos Lima 1 A grande importância do pensamento de Rousseau na

Leia mais

A PRÁTICA DE ENSINO EM QUÍMICA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE COMO TEMA TRANSVERSAL

A PRÁTICA DE ENSINO EM QUÍMICA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE COMO TEMA TRANSVERSAL A PRÁTICA DE ENSINO EM QUÍMICA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE COMO TEMA TRANSVERSAL Ana Maria G. D. MENDONÇA 1, Darling L. PEREIRA 2,,José J. MENDONÇA 3, Aluska M. C. RAMOS 4 Maria S. B. DUARTE

Leia mais

Simone Cristina de Oliveira (1) Engenheira Agrônoma (UFV), Mestre em Sociologia (UNESP), Gerente de Gestão Ambiental do DAAE

Simone Cristina de Oliveira (1) Engenheira Agrônoma (UFV), Mestre em Sociologia (UNESP), Gerente de Gestão Ambiental do DAAE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA PARA O PLANEJAMENTO DA GESTÃO DO SANEAMENTO TEMA VII.c: EDUCAÇÂO AMBIENTAL Simone Cristina de Oliveira (1) Engenheira Agrônoma (UFV), Mestre em Sociologia (UNESP), Gerente

Leia mais

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos. Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Contextos da Educação Ambiental frente aos desafios impostos pelas mudanças climáticas Maria Teresa de Jesus Gouveia Núcleo de Educação Ambiental Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

ESTÁGIO DOCENTE DICIONÁRIO

ESTÁGIO DOCENTE DICIONÁRIO ESTÁGIO DOCENTE Ato educativo supervisionado realizado no contexto do trabalho docente que objetiva a formação de educandos que estejam regularmente frequentando cursos e/ou programas de formação de professores

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO

II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO II TEXTO ORIENTADOR 1. APRESENTAÇÃO A III Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência acontece em um momento histórico dos Movimentos Sociais, uma vez que atingiu o quarto ano de ratificação

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

América Latina e geopolítica crítica: contribuições para o ensino de geografia no Ensino Médio

América Latina e geopolítica crítica: contribuições para o ensino de geografia no Ensino Médio América Latina e geopolítica crítica: contribuições para o ensino de geografia no Ensino Médio Cláudio Roberto Ribeiro Martins claudiorrmartins@gmail.com FCT/UNESP - Presidente Prudente Palavras-chave:

Leia mais

FDC E SUA RESPONSABILIDADE COMO UMA ESCOLA DE NEGÓCIOS

FDC E SUA RESPONSABILIDADE COMO UMA ESCOLA DE NEGÓCIOS FDC E SUA RESPONSABILIDADE COMO UMA ESCOLA DE NEGÓCIOS IV CONFERÊNCIA INTERAMERICANA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL RIAL Cláudio Boechat Fundação Dom Cabral 12 DE DEZEMBRO, 2006 F U N D A Ç Ã O

Leia mais

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO. Projeto do. CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO. Projeto do. CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE FRAGOSO Projeto do CLUBE É-TE=igual? Equipa Dinamizadora: Elisa Neiva Cruz Uma ação educativa de abertura para a comunidade Ano letivo 2014/2015 Índice 1. Introdução

Leia mais

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular Daiele Zuquetto Rosa 1 Resumo: O presente trabalho objetiva socializar uma das estratégias de integração curricular em aplicação

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT 1 RESOLUÇÃO CONSU 2015 04 de 14/04/2015 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT Campus Virtual 2 A. JUSTIFICATIVA A vida universitária tem correspondido a um período cada vez mais

Leia mais

TUTORIA DE ESTÁGIO: CONTRIBUIÇÕES À FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES/AS

TUTORIA DE ESTÁGIO: CONTRIBUIÇÕES À FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES/AS TUTORIA DE ESTÁGIO: CONTRIBUIÇÕES À FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES/AS Gabriella Pizzolante da Silva Universidade Federal de São Carlos gabriellapizzolante@gmail.com Maria José da Silva Rocha - Universidade

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

Consumo Consciente e Sustentabilidade. Uma estratégia para minimizar os impactos ambientais nas indústrias

Consumo Consciente e Sustentabilidade. Uma estratégia para minimizar os impactos ambientais nas indústrias s5 Consumo Consciente e Sustentabilidade Uma estratégia para minimizar os impactos ambientais nas indústrias Slide 1 s5 Aplicar a dinâmica Recursos Escassos ss08476; 22/09/2010 Objetivo Promover reflexão

Leia mais

Ciências Humanas e Suas Tecnologias - Geografia Ensino Médio, 3º Ano Principais Conferências Internacionais sobre o Meio Ambiente

Ciências Humanas e Suas Tecnologias - Geografia Ensino Médio, 3º Ano Principais Conferências Internacionais sobre o Meio Ambiente Ciências Humanas e Suas Tecnologias - Geografia Ensino Médio, 3º Ano Principais Conferências Internacionais sobre o Meio Ambiente Prof. Claudimar Fontinele Em dois momentos a ONU reuniu nações para debater

Leia mais

Que o poder público apóie as iniciativas locais de intervenção na insegurança alimentar e nutricional fortalecendo o desenvolvimento local

Que o poder público apóie as iniciativas locais de intervenção na insegurança alimentar e nutricional fortalecendo o desenvolvimento local CARTA DE JOINVILLE No período de 26 a 29 de maio de 2010 a cidade de Joinville em Santa Catarina sediou o CONBRAN 2010 - XXI Congresso Brasileiro de Nutrição, I Congresso Iberoamericano de Nutrição e o

Leia mais

A EPISTEMOLOGIA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A EPISTEMOLOGIA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL A EPISTEMOLOGIA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Nilson Duarte Rocha 1 Lúcio Jorge Hammes 2 Resumo Este artigo apresenta a epistemológica para a efetivação de uma educação ambiental transformadora do sujeito-aluno

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E ENSINO DE FÍSICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E ENSINO DE FÍSICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NÚCLEO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E ENSINO DE FÍSICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Edson Crisostomo dos Santos Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES edsoncrisostomo@yahoo.es

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

META Possibilitar ao aluno uma reflexão sobre os aspectos teóricos e práticos da Educação Ambiental.

META Possibilitar ao aluno uma reflexão sobre os aspectos teóricos e práticos da Educação Ambiental. TEORIA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL META Possibilitar ao aluno uma reflexão sobre os aspectos teóricos e práticos da Educação Ambiental. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: Compreender os

Leia mais

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA PROPOSTAS

Leia mais

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU 1 EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU Resumo Rodrigo Rafael Pinheiro da Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros digasmg@gmail.com

Leia mais

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N o 02/01 ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Resolução N o 38/95 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

Movimento Ação para Sustentabilidade

Movimento Ação para Sustentabilidade Movimento Ação para Sustentabilidade Contribuição para a pesquisa de conceitos para a proposta do movimento UBQ - 2004 Deborah Munhoz GMA/FIEMG [Digite texto] Sustentabilidade: 3 Fritoj Capra 3 Ignach

Leia mais

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do sumário Introdução 9 Educação e sustentabilidade 12 Afinal, o que é sustentabilidade? 13 Práticas educativas 28 Conexões culturais e saberes populares 36 Almanaque 39 Diálogos com o território 42 Conhecimentos

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

Fragmentos da historia da educação ambiental (EA)

Fragmentos da historia da educação ambiental (EA) Fragmentos da historia da educação ambiental (EA) Aldenice Alves Bezerra 1 Resumo Este trabalho é resultado de uma pesquisa exploratória onde foi utilizado como procedimento para coleta de dados um levantamento

Leia mais

PSICOPEDAGOGIA. DISCIPLINA: Desenvolvimento Cognitivo, Afetivo e Motor: Abordagens Sócio Interacionistas

PSICOPEDAGOGIA. DISCIPLINA: Desenvolvimento Cognitivo, Afetivo e Motor: Abordagens Sócio Interacionistas PSICOPEDAGOGIA DISCIPLINA: Fundamentos da Psicopedagogia EMENTA: Introdução e fundamentos da Psicopedagogia. O objeto de estudo. Visão histórica e atual. Concepções que sustentam a Psicopedagogia. O papel

Leia mais

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL Danilo Coutinho da Silva Bacharel e Licenciado em Geografia - UFPB danilogeog@hotmail.com INTRODUÇÃO A Educação Ambiental (EA) deve

Leia mais

Você já pensou em como realizar os seus sonhos?

Você já pensou em como realizar os seus sonhos? Você já pensou em como realizar os seus sonhos? Sua escola adota o Programa DSOP de Educação Financeira nas Escolas Etapas do Programa : Curso de Educação Financeira; Capacitação Pedagógica; Palestra para

Leia mais

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO CURRICULO ANO 2 - APROFUNDAMENTO

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO CURRICULO ANO 2 - APROFUNDAMENTO ESTRUTURA GERAL DOS ROTEIROS DE ESTUDOS QUINZENAL Os roteiros de estudos, cujo foco está destacado nas palavras chaves, estão organizados em três momentos distintos: 1º MOMENTO - FUNDAMENTOS TEÓRICOS -

Leia mais