O ÔNUS PROBATÓRIO NO CÓDIGO DE 1973

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O ÔNUS PROBATÓRIO NO CÓDIGO DE 1973"

Transcrição

1 O ÔNUS PROBATÓRIO NO CÓDIGO DE 1973 Arnaldo de A. Machado Júnior, advogado, especialista em direito processual civil pela Fanese, Mestre em Direito Processual pela Universidade Católica de Pernambuco, professor do curso de graduação em direito na Fase e Fanese, professor do curso de pós-graduação em direito civil e processo civil na Unit, membro do Conselho Seccional da OAB/SE e presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo da OAB/SE. Adriana Bonfim Rodrigues, acadêmica do curso de Direito da Fanese e monitora das disciplinas de processo civil I e II. SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Direito de Acesso à Justiça. 3. Distribuição do Ônus da Prova: características gerais O Modelo Clássico Adotado no Código de Processo Civil de Conclusão. 5. Referências Bibliográficas 1. INTRODUÇÃO A partir do movimento de constitucionalização do processo civil, a ciência processual passou a girar em torno da necessidade/concepção de se assegurar resultados práticos para o jurisdicionado possuidor do direito material. A título de exemplo, cita-se o esforço legislativo desenvolvido por meio do Código de Processo Civil de 1973 para garantir o direito à tutela específica. 1 Hoje se reconhece que o fim do processo é a proteção efetiva dos direitos materiais postos em juízo. 2 1 A respeito dessa linha de raciocínio: Hoje os direitos já não podem mais ser medidos tão somente pelo metro da pecúnia. Existem direitos, os chamados novos direitos, que só podem ser tutelados na forma específica. Muitos deles 1

2 Essa leitura passou a ser desenvolvida por força de todo um estudo do processo pautado na justiça e nos próprios direitos fundamentais processuais, que influenciam sobremaneira o direito processual contemporâneo. Aos poucos os princípios processuais foram sendo inseridos nas Leis Fundamentais, como foi o caso da Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988, que expressamente estabeleceu, dentre eles, o acesso à justiça (art. 5º, XXXV), o devido processo legal (art. 5º, LIV), a ampla defesa (art. 5º, LV), o contraditório (art. 5º, LV) e a duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII). A doutrina se ressente de estudos voltados para o tema da distribuição dinâmica do ônus da prova. Nesta pesquisa pretende-se empregar maior atenção à distribuição do ônus da prova, enquanto técnica consentânea com a paridade de armas, sob um formato realmente substancial, que leva em conta as particularidades da causa, de maneira a garantir que a prestação jurisdicional seja pautada em um processo/procedimento justo, com arrimo no nosso modelo de Estado constitucional. 2. DIREITO DE ACESSO À JUSTIÇA Seguindo as pegadas da jurisdição constitucional contemporânea, o direito processual civil passou a prestigiar a concretização dos direitos discutidos em juízo, independentemente de estarem previstos expressamente na Lex Matter. O processo, outrora identificado com o plano substancial, passou a ser considerado ciência autônoma, bem como instrumento do Estado para a administração da justiça. Esta é a fase denominada instrumentalidade. 3 Essa nova sistemática processual, filiada às expectativas sociais do mundo contemporâneo, fez com que o processo civil brasileiro deixasse a sua postura indiferente de lado, e passasse a se comprometer com o resultado da demanda. Vários conceitos insculpidos na época da autonomia entre o direito processual e o direito material foram revistos, relativizados, inclusive só podem ser realmente protegidos preventivamente. Os direitos de personalidade, o direito ao meio ambiente, o direito à saúde, o direito ao ensino são exemplos vivos (MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. O Projeto do CPC: crítica e propostas. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, p. 25). 2 Nesse sentido: Um dos grandes serviços que o processualista prestou ao direito e à justiça nas últimas décadas foi a enérgica afirmação do comprometimento axiológico das instituições processuais: ele repensou o significado e a medida da indiferença inicial a que obrigado o juiz, o qual na realidade precisa estar iluminado pela visão dos resultados sócio-econômicos e políticos que a sua decisão poderá conduzir (DINAMARCO, Cândido Rangel. A Instrumentalidade do Processo. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 41). 3 DINAMARCO, op. cit., p

3 enquanto outros foram resgatados ou criados, tudo em homenagem ao novo enfoque de acesso à justiça. 4 Busca-se assegurar a todos os jurisdicionados que se encontrem em situação jurídica de vantagem a tutela jurisdicional adequada e apta a espelhar a justiça no caso em concreto. Doutrinadores chegam a afirmar que o acesso à justiça é uma expressão do princípio do devido processo legal. 5 Por estas razões, há quem entenda que a cláusula do devido processo legal se refere a um processo efetivo, garantidor do direito à tutela jurisdicional efetiva, em sentido estrito. Isto é, toda a prestação jurisdicional deve ser pautada pela preocupação fundamental em proporcionar uma solução prática e efetiva para os litígios, atendendo aos anseios do jurisdicionado. 6 A própria exposição de motivos do Código de Processo Civil de 1973 demonstra a preocupação dos doutrinadores e legisladores com o tempo de duração do processo e com a realização da justiça, por intermédio da disponibilização processual de meios aptos a fornecer um acesso efetivo à justiça. 7 Contudo, como é do conhecimento da comunidade jurídica, o diploma processual civil brasileiro vigente já não mais consegue atender aos seus objetivos. A prestação jurisdicional adquiriu a função de proporcionar à parte o resultado equivalente ao que obteria caso o bem da vida lhe fosse entregue espontaneamente pelo adversário. A partir dessa ideologia ético-jurídica, tornou-se necessário que o processo fosse estruturado/municiado por procedimentos capazes de fornecer uma tutela jurisdicional em sua plenitude, independentemente da espécie de direito material posto em juízo. 8 Entende-se que o Estado falha quando não proporciona a tutela efetiva ao jurisdicionado, independente de ter propiciado um julgamento tecnicamente muito bom. O que importa é a efetividade prática do julgado, que é o verdadeiro desideratum do acesso à justiça. 9 O direito a uma tutela efetiva não pode deixar de ser pensado como fundamental, mormente em face da 4 Expressão utilizada pelos autores Cappelletti e Garth, para designar essa atual fase do direito processual civil, comprometida com o oferecimento de resultados práticos para o jurisdicionado, por intermédio da jurisdição pública (CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Editor, 1988, p. 08). 5 Nesse sentido: CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, v. I, p DIDIER JÚNIOR, Fredie. Direito Processual Civil: Tutela jurisdicional individual e coletiva. 5. ed. Volume I. Salvador: Edições Juspodivm, 2005, p Capítulo III - Método da Reforma Exposição de Motivos do Código de Processo Civil Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de CUNHA, Leonardo José Carneiro. A Fazenda Pública em Juízo. 2. ed. São Paulo: Dialética, 2005, p DINAMARCO, op. cit., p

4 própria proibição da autotutela, bem como porque constitui o direito de fazer valer os próprios direitos, razão pela qual tem sido proclamado como o mais importante dos direitos. 10 Em várias situações, a busca pela duração razoável do processo contende com outros direitos processuais fundamentais. Desse modo, enfatiza-se que razões de economia processual não podem servir como fundamento para restrição aleatória de garantias processuais, pelo menos tendo como prisma o nosso modelo constitucional de processo. Sobre esse ponto, preleciona Duarte 11 : Sempre que for impossível se compatibilizar uma prestação jurisdicional célere e a aptidão do processo para o alcance de resultados justos (o que só é possível se forem observados aqueles direitos processuais fundamentais), tem-se que se deve preferir uma injustiça temporal da solução (pela excessiva duração), à respectiva injustiça material. Diante dessa sistemática instrumental, depreende-se que o tempo do processo deve ser utilizado de forma racional, de modo a distribuir os ônus do tempo da demanda equanimente entre as partes, nos limites do razoável, sem se esquecer das necessidades inerentes à sobrevivência do próprio direito postulado, sob pena de violar o direito fundamental de acesso à justiça. Além disso, os princípios da ampla defesa e do contraditório devem ser garantidos, devendo guardar estreita relação de afinidade com o princípio do acesso à justiça, não permitindo que, em nome daqueles, partes possam exercer o seu direito de defesa além dos limites impostos pela Constituição Federal, salvaguardando assim a utilidade do próprio objeto litigioso do processo DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA: CARACTERÍSTICAS GERAIS 10 MARINONI, Luiz Guilherme. Técnica Processual e Tutela dos Direitos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p DUARTE, Ronnie Preuss. Garantia de Acesso à Justiça: os direitos processuais fundamentais. Coimbra: Coimbra, 2007, p MARINONI, op. cit., nota 10, p

5 Em princípio, o ônus da prova é do autor, vez que caberá a ele a responsabilidade de provar os fatos alegados na petição inicial. Quanto ao réu, este pode se limitar a negar a verdade dos fatos afirmados pelo autor, tendo em vista que o ônus da prova pertence àquele que alega os fatos, e não àquele que os negam (probatio incumbit ei qui dicit non ei qui negat). 13 Denomina-se ônus da prova a conduta processual exigida da parte para que o juiz admita a verdade dos fatos alegados por ela. Decorre do risco que o litigante corre de não conseguir provar os fatos articulados por ele e, portanto, não demonstrar a existência do direito material disputado em juízo. 14 Consoante Carnelutti, ônus não se confunde com obrigação, porque esta se caracteriza por impor a quem não realiza um determinado ato uma sanção jurídica (execução ou pena), enquanto o ônus gera apenas a perda dos efeitos úteis do próprio ato. 15 O ônus da prova serve para definir a parte da relação processual que deverá responder pela ausência de prova dos fatos necessários ao conhecimento da verdade. São regras de julgamento que somente incidem nas hipóteses em que as partes não conseguem provar os fatos (ou pelo menos convencer o magistrado acerca da existência deles), sendo assim de aplicação subsidiária. 16 O ônus da prova se relaciona ao risco de um resultado desfavorável que a parte se sujeita, caso não produza a prova do fato aduzido. Nessa argúcia, o descumprimento desse ônus não implica, necessariamente, um resultado desfavorável, mas o aumento do risco de um julgamento contrário. Isso porque o ônus da prova não se vincula a um resultado favorável, mas sim ao fato 13 MONTENEGRO FILHO, Curso de Direito Processual Civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010, v. I., p THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: teoria geral do direito processual civil e processo de conhecimento. 48. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, v. I, p Sobre o ônus da prova, registra-se passagem de Santos: Ônus do latim onus quer dizer carga, fardo, peso. Onus probandi traduz-se apropriadamente por dever de provar, no sentido de necessidade de provar. Trata-se apenas de dever no sentido de interesse, necessidade de fornecer a prova destinada à formação da convicção do juiz quanto aos fatos alegados pelas partes (SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, v. II, p. 358). 15 CARNELUTTI, Francesco. A Prova Civil. Tradução Lisa Pary Scarpa. 4. ed. Campinas: Bookseller, 2005, p A respeito da natureza jurídica das regras de distribuição do ônus da prova, registra-se: As regras do ônus da prova não são regras de procedimento, não são regras que estruturam processo. O ônus da prova é regra de juízo, isto é, de julgamento, cedendo ao juiz, quando da prolação da sentença, proferir julgamento contrário àquele que o ônus da prova e dele não se desincumbiu (DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil: teoria da prova, direito probatório, teoria do precedente, decisão judicial, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela. 4 ed. Salvador: JusPodivm, 2009, v. II, p. 76). 5

6 da produção da prova proporcionar uma maior probabilidade de convencimento do magistrado a respeito dos fatos articulados. 17 Havendo prova dos fatos alegados, não será nem mesmo relevante apurar qual das partes a produziu. 18 O que importa é que a verdade dos fatos restou demonstrada nos autos, possibilitando assim o magistrado julgar a demanda sem aplicar a regra de julgamento de ônus da prova. Consoante a doutrina, o ônus da prova classifica-se em ônus subjetivo ou formal e ônus objetivo ou material. O primeiro é uma regra de conduta ordinariamente dirigida às partes, as quais tomam conhecimento acerca da incumbência de produzi-la, a exemplo do que acontece com o autor de uma demanda ao saber que a ele cabe o ônus de provar o fato constitutivo. Ocorre que nem sempre a verdade dos fatos aparece nos autos, ou, quando aparece, as partes não conseguem convencer o magistrado a respeito da existência dela. 19 Nessa hipótese, em que não há prova dos fatos, como o magistrado não pode se esquivar de julgar, já que é vedado o non liquet, surge aí o ônus da prova objetivo ou material, que é uma regra de julgamento dirigida ao juiz, destinada a indicar como o magistrado deve julgar o caso, já que as partes não provaram os fatos narrados. 20 Superada a caracterização da distribuição do ônus da prova, ocasião em que se definiu se tratar de regra de julgamento, bem como que sua aplicação é subsidiária, apenas na hipótese das partes não conseguirem provar os fatos, ocasião que o juiz se depara com uma situação de perplexidade sobre a causa (dúvida), chega-se ao momento de abordar sobre os dois modelos de distribuição (estática e dinâmica) O Modelo Clássico Adotado no Código de Processo Civil de MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil: Processo do Conhecimento. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, v. II, p ALVIM, J. E. Carreira. Teoria Geral do Processo. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p Sobre esse ponto, ver também: Diante da inexistência de dúvida, realmente não há razão para o juiz invocar a regra do ônus da prova como regra de decisão e, nessa perspectiva, é correta a conclusão de que a regra do ônus da prova somente deve importar em caso de dúvida (MARINONI, op. cit., nota 17, p. 263). 19 DIDIER JÚNIOR, op. cit., nota 16, p Ibdem., p

7 Após terem sido abordados os principais aspectos pertinentes à distribuição do ônus da prova, passa-se a tratar do Sistema Legal do Ônus da Prova, previsto no Código de Processo Civil de O art. 333, aplicando o princípio dispositivo, reparte o ônus da prova entre os litigantes da seguinte forma. Ao autor, atribui-se o ônus de provar o fato constitutivo do seu direito. Ao réu, atribui-se o ônus de provar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Se o réu contesta negando tão somente o fato em que se baseia a pretensão autoral, o ônus probatório recai sobre este. Nessa hipótese, mesmo sem qualquer iniciativa probatória, o réu ganhará a causa, se o autor não demonstrar a veracidade dos fatos constitutivos do seu direito _ Actore non probante absolvitur reus. De outra banda, quando o réu apresenta resposta pautada em defesa indireta, argüindo fato capaz de alterar ou eliminar as conseqüências jurídicas do fato invocado pelo autor na petição inicial, a regra inverte-se, já que, ao se arrimar em fato modificativo, extintivo ou impeditivo do direito autoral, o réu implicitamente admite como verídico o fato narrado pelo autor na petição inicial. 21 Nesse toar, o sistema processual brasileiro, ao definir que a cada parte cabe provar o que alegou, ou contra provar a matéria alegada e provada pelo seu adversário, adotou uma concepção estática do ônus da prova. Isto é, a distribuição do ônus da prova, segundo o Código de Processo Civil de 1973, define-se abstrativamente, levando-se em conta apenas as hipóteses legais, sem sofrer qualquer tipo de influência ou interferência da situação em concreto posta em juízo. 22 Constata-se, portanto, que o Código de Processo Civil vigente não compreendeu o ônus da prova de modo que as particularidades da causa pudessem, em determinadas hipóteses, alterar a regra comum de distribuição de ônus da prova. Adotando-se a Teoria Clássica (Estática) de distribuição do ônus da prova, as particularidades da causa foram ignoradas, demonstrando assim uma total desarmonia com o modelo constitucional do direito processual civil, pautado na concepção substancial do direito fundamental de acesso à justiça _ justiça processual, que exige uma leitura do processo, de seus procedimentos e de suas técnicas, consoante as particularidades da causa. 21 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: teoria geral do direito processual civil e processo de conhecimento. 48. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, v. I, p Nessa mesma linha de raciocínio, destaca-se: O réu pode defender-se simplesmente negando os fatos trazidos pelo autor, quando sobre ele, a princípio, não pesa qualquer ônus de fazer prova sem excluir a possibilidade de contraprova abaixo mencionada. Trata-se da chamada defesa direta. Mas, se trouxer fatos novos (defesa indireta), aptos a modificar o direito do autor, extingui-lo ou impedir que ele nasça, cabe-lhe o encargo legal de prová-los, afinal de contas é seu interesse que esse direito não seja reconhecido (DIDIER JÚNIOR, op. cit., nota 16, p. 77). 22 DIDIER JÚNIOR, op. cit., nota 16, p

8 4. CONCLUSÃO Tem-se defendido ao longo dos últimos anos que o processo civil deve ser reconhecido como uma ferramenta importante para a realização/concretização dos direitos fundamentais. O processo civil estaria em perfeita harmonia com a perspectiva do Estado constitucional moderno, que exige a leitura do direito de acesso à justiça, sob a ótica de um processo justo, caracterizado pela materialização de uma tutela jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva de direitos. Com a constitucionalização do processo civil, passou-se a conceber o processo judicial sob o prisma dos resultados práticos à prestação jurisdicional, da proteção efetiva dos direitos materiais postos em juízo. Tornou-se necessário que o processo fosse estruturado por procedimentos e técnicas capazes de fornecer a tutela jurisdicional em sua plenitude, independentemente da espécie de direito material posto em juízo. O ônus da prova se relaciona ao risco de um resultado desfavorável que a parte se sujeita, caso não produza a prova do fato aduzido. Não se vincula a um resultado favorável, mas sim ao fato da produção da prova proporcionar uma maior probabilidade de convencimento do magistrado a respeito dos fatos articulados. O sistema processual brasileiro, ao definir que a cada parte cabe provar o que alegou, ou contra provar a matéria alegada e provada pelo seu adversário, adotou uma concepção estática do ônus da prova. Isto é, a distribuição do ônus da prova, segundo o Código de Processo Civil de 1973, define-se abstrativamente, levando-se em conta apenas as hipóteses legais, sem sofrer qualquer tipo de influência ou interferência da situação em concreto posta em juízo. 23 Constata-se, portanto, que o Código vigente não compreendeu o ônus da prova de modo que as particularidades da causa pudessem, em determinadas hipóteses, alterar a regra comum de distribuição de ônus da prova. Adotando-se a Teoria Clássica de distribuição do ônus da prova, as particularidades da causa foram ignoradas, demonstrando assim uma total desarmonia com o modelo constitucional do direito processual civil, pautado na concepção substancial do direito fundamental de acesso à justiça _ justiça processual, que exige uma leitura do processo, de seus procedimentos e de suas técnicas, consoante as particularidades da causa. 23 DIDIER JÚNIOR, op. cit., nota 16, p

9 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVIM, J. E. Carreira. Teoria Geral do Processo. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 19. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009, v. I. CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Editor, CARNELUTTI, Francesco. A Prova Civil. Tradução Lisa Pary Scarpa. 4. ed. Campinas: Bookseller, CUNHA, Leonardo José Carneiro. A Fazenda Pública em Juízo. 2. ed. São Paulo: Dialética, DIDIER JÚNIOR, Fredie. Direito Processual Civil: Tutela jurisdicional individual e coletiva. 5. ed. Salvador: Edições Juspodivm, 2005, v I. ; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil: teoria da prova, direito probatório, teoria do precedente, decisão judicial, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela. 4 ed. Salvador: JusPodivm, 2009, v. II DINAMARCO, Cândido Rangel. A Instrumentalidade do Processo. 12. ed. São Paulo: Malheiros, DUARTE, Ronnie Preuss. Garantia de Acesso à Justiça: os direitos processuais fundamentais. Coimbra: Coimbra, MARINONI, Luiz Guilherme. Técnica Processual e Tutela dos Direitos. São Paulo: Revista dos Tribunais, ; ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil: Processo do Conhecimento. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, v. II. ; MITIDIERO, Daniel. O Projeto do CPC: crítica e propostas. São Paulo: Revista dos Tribunais, MONTENEGRO FILHO, Curso de Direito Processual Civil: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010, v. I. SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, v. II. 9

10 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: teoria geral do direito processual civil e processo de conhecimento. 48. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2008, v. I. 10

A DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: O MODELO PAUTADO NA JUSTIÇA PROCESSUAL

A DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: O MODELO PAUTADO NA JUSTIÇA PROCESSUAL A DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: O MODELO PAUTADO NA JUSTIÇA PROCESSUAL Arnaldo de A. Machado Júnior, advogado, especialista em direito processual civil pela Fanese, Mestre

Leia mais

FUNDAMENTOS DO NOVO PROCESSO CIVIL: UMA VISÃO PANORÂMICA

FUNDAMENTOS DO NOVO PROCESSO CIVIL: UMA VISÃO PANORÂMICA FUNDAMENTOS DO NOVO PROCESSO CIVIL: UMA VISÃO PANORÂMICA Arnaldo de A. Machado Júnior, advogado, especialista em direito processual civil pela Fanese, Mestre em Direito Processual pela Universidade Católica

Leia mais

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. e Processo do Trabalho. Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. e Processo do Trabalho. Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST Gustavo Filipe Barbosa Garcia Novo CPC e Processo do Trabalho Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST 2ª edição Revista, ampliada e atualizada 2017 Garcia-Novo CPC e Processo do

Leia mais

O EMBATE ENTRE PROVA EMPRESTADA E CONTRADITÓRIO: UMA ANÁLISE CONFORME O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

O EMBATE ENTRE PROVA EMPRESTADA E CONTRADITÓRIO: UMA ANÁLISE CONFORME O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL O EMBATE ENTRE PROVA EMPRESTADA E CONTRADITÓRIO: UMA ANÁLISE CONFORME O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Lais Zumach Lemos Pereira INTRODUÇÃO Denomina-se prova emprestada aquela que, produzida em um processo,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Teoria Geral da Prova no Processo Civil Daniel Nobre Morelli INTRODUÇÃO Podemos considerar prova como o meio pelo qual se procura demonstrar que certos fatos, expostos no processo,

Leia mais

A NATUREZA CONSTITUCIONAL DA RECLAMAÇÃO PARA O STF. A reclamação para o STF possui natureza constitucional.

A NATUREZA CONSTITUCIONAL DA RECLAMAÇÃO PARA O STF. A reclamação para o STF possui natureza constitucional. DAESCIO LOURENÇO BERNARDES DE OLIVEIRA A NATUREZA CONSTITUCIONAL DA RECLAMAÇÃO PARA O STF A reclamação para o STF possui natureza constitucional. Inicialmente, devemos entender o que define atividade jurisdicional.

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte III Prof. Francisco Saint Clair Neto Prescrição e decadência (130 questões) Inversão do Ônus da Prova (79 questões) Ações Coletivas (183 questões) Cláusulas Abusivas (117 questões)

Leia mais

ADAPTABILIDADE DOS PROCEDIMENTOS CÍVEIS: UMA LEITURA CONSENTÂNEA COM O ACESSO À JUSTIÇA

ADAPTABILIDADE DOS PROCEDIMENTOS CÍVEIS: UMA LEITURA CONSENTÂNEA COM O ACESSO À JUSTIÇA ADAPTABILIDADE DOS PROCEDIMENTOS CÍVEIS: UMA LEITURA CONSENTÂNEA COM O ACESSO À JUSTIÇA Arnaldo de A. Machado Júnior, advogado, especialista em direito processual civil pela Fanese, Mestre em Direito Processual

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte VIII Prof. Francisco Saint Clair Neto Momento de inversão do ônus da prova Na inversão convencional e legal, não surge problema quanto ao momento de inversão do ônus da prova;

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Direito Processual Civil

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. Novo. e Processo do Trabalho. 39 e 40 de 2016 do TST. Conforme a Lei / ª edição Revista e atualizada

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. Novo. e Processo do Trabalho. 39 e 40 de 2016 do TST. Conforme a Lei / ª edição Revista e atualizada Gustavo Filipe Barbosa Garcia Novo CPC e Processo do Trabalho 39 e 40 de 2016 do TST Conforme a Lei 13.467/2017 3ª edição Revista e atualizada 2017 CAPÍTULO 1 ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DO CPC DE 2015 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Pré - Requisito: CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Pré - Requisito: CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA - UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS Curso: DIREITO Créditos: 05 Carga Horária: 075 Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO Professora: Débora Soares Guimarães

Leia mais

Fredie Didier Jr. Paula Sarno Braga Rafael Alexandria de Oliveira

Fredie Didier Jr. Paula Sarno Braga Rafael Alexandria de Oliveira Fredie Didier Jr. Paula Sarno Braga Rafael Alexandria de Oliveira Teoria da Prova, Direito Probatório, 2 Decisão, Precedente, Coisa Julgada e Tutela Provisória 12ª edição revista, ampliada e atualizada

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2017/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INSTITUIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL II. Código 082 Curso Graduação. Período 4º Período

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INSTITUIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL II. Código 082 Curso Graduação. Período 4º Período Página 1 de 5 DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INSTITUIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL II Código 082 Curso Graduação Período 4º Período Turma (s) A, B e D Carga Horária 48 horas-relógio 58 horas-aula

Leia mais

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Reconhecimento renovado pela portaria MEC nº 608 de , DOU de

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Reconhecimento renovado pela portaria MEC nº 608 de , DOU de COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Reconhecimento renovado pela portaria MEC nº 608 de 19.11.13, DOU de 20.11.13 Componente Curricular: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Código: DIR-369c Pré-requisito: Direito Processual

Leia mais

Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Tipo de aula. Semana

Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Tipo de aula. Semana PLANO DE CURSO DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO PROCESSO (CÓD.: ENEX 60116) ETAPA: 3ª TOTAL DE ENCONTROS: 15 SEMANAS Semana Conteúdos/ Matéria Categorias/ Questões Tipo de aula Habilidades e Competências Textos,

Leia mais

PODERES DO JUIZ E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL LEI Nº /2015

PODERES DO JUIZ E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL LEI Nº /2015 PODERES DO JUIZ E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL LEI Nº 13.105/2015 Flávio Romero de Oliveira Castro Lessa 1 Resumo: aborda os poderes atribuídos ao juiz a partir do Código de

Leia mais

PLANO DE ENSINO. PRÉ-REQUISITO Teoria Geral do Processo SEMESTRE/ANO 1º/2013

PLANO DE ENSINO. PRÉ-REQUISITO Teoria Geral do Processo SEMESTRE/ANO 1º/2013 DADOS PLANO DE ENSINO INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DISCIPLINA Direito Processual Civil I PRÉ-REQUISITO Teoria

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

Fase Probatória II - Ônus da Prova

Fase Probatória II - Ônus da Prova LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO DO TRABALHO Fase Probatória II - Ônus da Prova Professor: Rogério Martir Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela, Advogado Especializado em Direito Empresarial e Direito

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Dr. Francisco José Rodrigues de Oliveira Neto. Segunda 10:10 h / terça 10:10 h

PLANO DE ENSINO. Dr. Francisco José Rodrigues de Oliveira Neto. Segunda 10:10 h / terça 10:10 h UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DEPARTAMENTO DE DIREITO Campus Universitário - Trindade - Caixa Postal 476 88040-900 - Florianópolis - Santa Catarina Fone: (048) 3721-9815

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Provas em espécie parte 7 Prof(a). Bethania Senra - Logo, se for resolvida como questão principal, a solução dada fará coisa julgada comum (art. 503, caput, CPC). Porém, se for

Leia mais

REVELIA (ART. 319 A 322)

REVELIA (ART. 319 A 322) REVELIA (ART. 319 A 322) Ocorre quando o réu, regularmente citado, deixa de responder à demanda. O CPC regulou esse instituto, considerando revel o réu que deixa de oferecer contestação após regularmente

Leia mais

A distribuição dinâmica do ônus da prova no processo previdenciário Renata Cortez

A distribuição dinâmica do ônus da prova no processo previdenciário Renata Cortez A distribuição dinâmica do ônus da prova no processo previdenciário Renata Cortez HÁ DIREITO FUNDAMENTAL À PROVA? Para Fredie Didier Júnior, sim, compreendendo: a) Direito à adequada oportunidade de requerer

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2018/2 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

FACULDADE ESCOLA PAULISTA DE DIREITO. Curso de Direito - Bacharelado

FACULDADE ESCOLA PAULISTA DE DIREITO. Curso de Direito - Bacharelado 1 Faculdade Escola Paulista de Direito Curso de Direito - Bacharelado Professor: Ementa: Maria Cecília de Araujo Asperti C/H: 80 h/a Disciplina: Teoria Geral do Processo ANO: 2014 Ementa Ementa: PLANO

Leia mais

PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA - PED

PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA - PED Disciplina: Teoria Geral do Processo Civil Professora: Gabriela Cristine Buzzi Período: 3º semestre Ano Letivo: 2017/1 Carga Horária: 72 h/a Turno: Noturno Ementa: Considerações Gerais. Acesso à justiça

Leia mais

PERÍODO: 5 CRÉDITO: 4CARGA HORÁRIA SEMANAL: 4 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II NOME DO CURSO: DIREITO

PERÍODO: 5 CRÉDITO: 4CARGA HORÁRIA SEMANAL: 4 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II NOME DO CURSO: DIREITO 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 5 CRÉDITO: 4CARGA HORÁRIA SEMANAL: 4 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL II NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA Sentença. Coisa Julgada. Da Ordem

Leia mais

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INSTITUIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL I. Código 075 Curso Graduação. Período 3º Período

PLANO DE ENSINO DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INSTITUIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL I. Código 075 Curso Graduação. Período 3º Período Página 1 de 5 DE GRADUACÃO Curso Semestral Disciplina INSTITUIÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL I Código 075 Curso Graduação Período 3º Período Turma (s) A, B e D Carga Horária 48 horas-aula relógio 58 horas-aula

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Dr. Francisco José Rodrigues de Oliveira Neto

PLANO DE ENSINO. Dr. Francisco José Rodrigues de Oliveira Neto UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DEPARTAMENTO DE DIREITO Campus Universitário - Trindade - Caixa Postal 476 88040-900 - Florianópolis - Santa Catarina Fone: (048) 3721-9815

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2018/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

Quais os três conceitos fundamentais do direito processual?

Quais os três conceitos fundamentais do direito processual? Quais os três conceitos fundamentais do direito processual? Jurisdição + Ação ( e defesa) + Processo Qual o conceito de ação? AÇÃO= direito ( ou poder) de exigir do Estado o exercício da atividade jurisdicional

Leia mais

O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais

O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais O ACESSO À JUSTIÇA E O NOVO CPC. GT I: Direito, Cidadania e Concretização dos Direitos Humanos e Fundamentais Sheila Lyrio Cruz Zelma 1 Arthur de Souza Gomes 2 Carla Luz da Silva 3 David de Melo Oliveira

Leia mais

Curso de Direito PROCESSUAL CIVIL 8 a edição 2018

Curso de Direito PROCESSUAL CIVIL 8 a edição 2018 Fredie Didier Jr. Leonardo Carneiro da Cunha Paula Sarno Braga Rafael Alexandria de Oliveira Curso de Direito PROCESSUAL CIVIL Execução 5 8 a edição revista, atualizada e ampliada 2018 Parte I Teoria da

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito SÉRIE: 3º Semestre DISCIPLINA: Teoria Geral do Processo CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas/aula I EMENTA Meios de solução dos conflitos

Leia mais

1. IDENTIFICAÇÃO 2. EMENTA

1. IDENTIFICAÇÃO 2. EMENTA 1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D- 17 PERÍODO: 4º CRÉDITO: 04 CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA

Leia mais

A Ciência tem uma missão grave: o estudo racional das formas vigentes, sem o qual o legislador vagará na incereza e no erro

A Ciência tem uma missão grave: o estudo racional das formas vigentes, sem o qual o legislador vagará na incereza e no erro PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 5º TURNO: NOTURNO DATA: 10/07/2013

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2016/2 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

I Identificação Teoria Geral do Processo. Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º. II Ementário

I Identificação Teoria Geral do Processo. Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º. II Ementário I Identificação Disciplina Teoria Geral do Processo Código PRO0013 Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º II Ementário Noções gerais da teoria geral do processo e do direito processual:

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Inversão do Ônus da Prova Parte V Prof. Francisco Saint Clair Neto INVERSÃO DOÔNUS DA PROVA Inversão do Ônus da Prova CONVENCIONAL LEGAL JUDICIAL LEGAL A inversão legal vem prevista

Leia mais

PROVAS NO DIREITO PREVIDENCIÁRIO

PROVAS NO DIREITO PREVIDENCIÁRIO PROVAS NO DIREITO PREVIDENCIÁRIO José Roberto SODERO Victório Advogado Pós-doutor pela Universidade de Salerno (ITA) Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela UMSA (ARG) Mestre em Ciências Ambientais

Leia mais

PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução

PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução Prof. Dra. Liana Cirne Lins Faculdade de Direito do Recife Universidade Federal de Pernambuco Programa Teoria geral da execução o Conceito, natureza e finalidade da

Leia mais

A QUESTÃO DA DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA NO SISTEMA PROCESSUAL CIVIL Letícia Zanin Weber (UEPG) (

A QUESTÃO DA DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA NO SISTEMA PROCESSUAL CIVIL Letícia Zanin Weber (UEPG) ( A QUESTÃO DA DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA NO SISTEMA PROCESSUAL CIVIL Letícia Zanin Weber (UEPG) (E-mail: lzaninweber@gmail.com) Marcelo Jorge Marquart Fontes Novo (UEPG) Orientadora: Professora

Leia mais

Estudo teórico do direito e dos elementos estruturais do direito processual civil e penal.

Estudo teórico do direito e dos elementos estruturais do direito processual civil e penal. 1. INFORMAÇÕES GERAIS 1.1 PROFESSOR: Wellington José Tristão 1.2 DEPARTAMENTO: Disciplinas de Formação Fundamental 1.3 DISCIPLINA: Teoria Geral do Direito e do Processo 1.4 SÉRIE: 1º TURMAS: A e B TURNOS:

Leia mais

UNIDADE: FACULDADE DE DIREITO GRUPOS DE PESQUISA INSTITUCIONAL

UNIDADE: FACULDADE DE DIREITO GRUPOS DE PESQUISA INSTITUCIONAL DEPARTAMENTO DE PROCESSUAL GRUPOS DE PESQUISA INSTITUCIONAL ÍNDICE Código Disciplina Página DIR 06-07846 GPI em Direito Processual Civil 2 DIR 06-07847 GPI em Direito Processual do Trabalho 3 DIR 06-07848

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Direito. Teoria Geral do Processo II Professor Vallisney Oliveira

Universidade de Brasília Faculdade de Direito. Teoria Geral do Processo II Professor Vallisney Oliveira Universidade de Brasília Faculdade de Direito Teoria Geral do Processo II Professor Vallisney Oliveira Aluna: Marina Novetti Velloso Matrícula: 11/0132386 2º Semestre de 2013. ACÓRDÃO RECURSO ESPECIAL

Leia mais

I Identificação Teoria Geral do Processo. Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º. II Ementário

I Identificação Teoria Geral do Processo. Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º. II Ementário I Identificação Disciplina Teoria Geral do Processo Código PRO0013 Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º II Ementário Noções gerais da teoria geral do processo e do direito processual:

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Inversão do Ônus da Prova Parte VII Prof. Francisco Saint Clair Neto REQUISITOS PARA A INVERSÃO JUDICIAL O primeiro requisito para a inversão do ônus da prova previsto no art. 6.º,

Leia mais

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 4º CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA Estrutura do Código de Processo

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2016/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DADOS PLANO DE ENSINO INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DISCIPLINA Direito Processual Civil II PRÉ-REQUISITO Direito

Leia mais

Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão

Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão Fundamentação das decisões judiciais no centro dos debates do XIV Congresso de Direito Tributário em Questão O artigo 489 do novo Código de Processo Civil, que estabelece regras para a fundamentação das

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO. PLANO DE AULA i PLANO DE AULA i INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 7º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

I Identificação Direito Processual Civil II. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º. II Ementário

I Identificação Direito Processual Civil II. Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º. II Ementário I Identificação Disciplina Direito Processual Civil II Código PRO0035 Carga horária 72 horas/aula Créditos 4 Semestre letivo 5º II Ementário Processo de conhecimento. Tutela Provisória de Urgência e Cautelar.

Leia mais

INTRODUÇÃO. É sabido que o número que ações que tramita perante o Poder Judiciário é. assim uma grande demora em se obter a solução dos conflitos.

INTRODUÇÃO. É sabido que o número que ações que tramita perante o Poder Judiciário é. assim uma grande demora em se obter a solução dos conflitos. 9 INTRODUÇÃO O Direito Processual Civil vem sofrendo modificações ao longo dos anos em decorrência da evolução da sociedade e não diferente disto, o direito probatório vem se adequando a essas mudanças.

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PRÁTICA FORENSE EM DIREITO DO CONSUMIDOR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PRÁTICA FORENSE EM DIREITO DO CONSUMIDOR PRÁTICA FORENSE EM DIREITO DO CONSUMIDOR Aula de n. 65 - Réplica 1 DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E DO SANEAMENTO Artigo 347 do Código de Processo Civil Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará,

Leia mais

O TERMO FUNDAMENTO CONTIDO NO ARTIGO 10 DO CPC/2015 E O CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL

O TERMO FUNDAMENTO CONTIDO NO ARTIGO 10 DO CPC/2015 E O CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL O TERMO FUNDAMENTO CONTIDO NO ARTIGO 10 DO CPC/2015 E O CONTRADITÓRIO SUBSTANCIAL Carlos Medeiros da Fonseca 1 1) Contraditório O que é? O contraditório, além de ser uma garantia individual, um direito

Leia mais

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO 1. IDENTIFICAÇÃO PERÍODO: 4º CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 CRÉDITO: 03 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 45 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA Formação do Processo e Petição

Leia mais

PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução

PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução PROCESSO CIVIL IV EXECUÇÃO introdução Prof. Dra. Liana Cirne Lins Faculdade de Direito do Recife Universidade Federal de Pernambuco Programa Teoria geral da execução o Conceito, natureza e finalidade da

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CÃMPUS JATAÍ PLANO DE ENSINO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CÃMPUS JATAÍ PLANO DE ENSINO PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO Unidade Acadêmica: Câmpus Jataí Curso: Direito Disciplina: Direito Processual Civil II Carga horária semestral: 64 horas Semestre/ano: 2º semestre de 2013 Turma/Turno:

Leia mais

PLANO DE ENSINO. I Identificação Teoria Geral do Processo. Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º. II Ementário

PLANO DE ENSINO. I Identificação Teoria Geral do Processo. Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º. II Ementário PLANO DE ENSINO I Identificação Disciplina Teoria Geral do Processo Código PRO0013 Carga horária 36 horas/aula Créditos 2 Semestre letivo 3º II Ementário Noções gerais da teoria geral do processo e do

Leia mais

PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE

PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE NOÇOES GERAIS - CONCEITO O direito processual civil, inserido no direito público, refere-se ao conjunto de normas jurídicas que regulamentam a jurisdição, a ação e o processo, como

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL I. A Norma Processual e suas Características... 002 II. Jurisdição, Ação e Competência... 005 III. Processo... 024 IV. Formação, Suspensão e Extinção do processo... 025 V. Sujeitos

Leia mais

1. IDENTIFICAÇÃO 2. EMENTA 3. OBJETIVOS 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. IDENTIFICAÇÃO 2. EMENTA 3. OBJETIVOS 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D-17 PERÍODO: 3º PERÍODO CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO PROCESSO NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL:

Leia mais

A DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA NO PROJETO DE LEI Nº 8.046/2010, QUE INSTITUI O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

A DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA NO PROJETO DE LEI Nº 8.046/2010, QUE INSTITUI O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL A DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA NO PROJETO DE LEI Nº 8.046/2010, QUE INSTITUI O NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Arnaldo de A. Machado Júnior, advogado, especialista em direito processual civil pela

Leia mais

TEORIA GERAL DA PROVA II

TEORIA GERAL DA PROVA II TEORIA GERAL DA PROVA II MEIOS DE PROVA E SUA ADMISSIBILIDADE - MEIO DE PROVA: é tudo quanto possa servir, direta ou indiretamente, à comprovação da verdade que se procura no processo. - CPP prevê: exame

Leia mais

Processo PLANO DE ENSINO. Prof. Luis Fernando Alves

Processo PLANO DE ENSINO. Prof. Luis Fernando Alves 1 Teoria Geral do Processo PLANO DE ENSINO Prof. Luis Fernando Alves www.professorluisfernando.jur.adv.br 1. EMENTA 2 O Estado, o processo e a tutela jurisdicional. Fontes das normas processuais. Princípios

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte IV Prof. Francisco Saint Clair Neto INVERSÃO DOÔNUS DA PROVA CONVENCIONAL LEGAL JUDICIAL CONVENCIONAL A inversão convencional decorre de um acordo de vontades entre as partes,

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2017/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL JATAÍ PLANO DE ENSINO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL JATAÍ PLANO DE ENSINO PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO Unidade Acadêmica Especial de Letras, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Regional Jataí Curso: Direito. Disciplina: Direito Processual Civil II. Carga horária semestral:

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL NOVO

DIREITO PROCESSUAL CIVIL NOVO DIREITO PROCESSUAL CIVIL NOVO PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA O Novo Código de Processo Civil fixa princípios da não surpresa e do contraditório substancial. O princípio do contraditório é formado por três elementos:

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL JATAÍ PLANO DE ENSINO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL JATAÍ PLANO DE ENSINO PLANO DE ENSINO I. IDENTIFICAÇÃO Unidade Acadêmica: UNID. ACAD. ESP/LETRAS-HUMANAS-SOCIAIS Curso: Direito Disciplina: TEORIA GERAL DO PROCESSO Carga horária semestral: 64H/AULA. Teórica: 43hs.. Prática:

Leia mais

PROCESSO CIVIL BRASILEIRO

PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Jurisdição PROCESSO CIVIL BRASILEIRO PRINCÍPIOS Isonomia (tratamento igualitário às partes) Art. 7 o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais,

Leia mais

AS POSSIBILIDADES DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

AS POSSIBILIDADES DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA ALEXANDRE MAGALHÃES DE MATTOS 2000128599 AS POSSIBILIDADES DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA INCLUSIVE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Trabalho acadêmico apresentado como atividade gradual complementar da

Leia mais

A PROVA DA JORNADA DO TRABALHADOR DOMÉSTICO À LUZ DA EC 72/13 Mauro Schiavi 1

A PROVA DA JORNADA DO TRABALHADOR DOMÉSTICO À LUZ DA EC 72/13 Mauro Schiavi 1 A PROVA DA JORNADA DO TRABALHADOR DOMÉSTICO À LUZ DA EC 72/13 Mauro Schiavi 1 A Emenda Constitucional 72/13 estendeu diversos direitos ao trabalhador doméstico, dentre os quais o regime de limitação de

Leia mais

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Ciências Jurídicas CCJ Departamento de Direito DIR PLANO DE ENSINO

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Ciências Jurídicas CCJ Departamento de Direito DIR PLANO DE ENSINO Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Ciências Jurídicas CCJ Departamento de Direito DIR PLANO DE ENSINO Disciplina: Processo e Jurisdição Curso: Programa de Pós-Graduação em Direito -

Leia mais

DISCIPLINA: Direito Processual Civil IV

DISCIPLINA: Direito Processual Civil IV DISCIPLINA: Direito Processual Civil IV CH total: 72h SEMESTRE DE ESTUDO: 8º Semestre TURNO: Matutino / Noturno CÓDIGO: DIR137 1. EMENTA: Aspectos gerais da execução. Liquidação de sentença. Execução de

Leia mais

TEORIA DO PROCESSO. Revisão 12/08/2016

TEORIA DO PROCESSO. Revisão 12/08/2016 TEORIA DO PROCESSO Ação é o direito subjetivo, público, autônomo, abstrato e condicionado de exigir do Estado a prestação jurisdicional e possuiinegávelnaturezaconstitucional.(art5 º,XXXVda CF). Direito

Leia mais

Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Tipo de aula. Semana

Textos, filmes e outros materiais. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Categorias/ Questões. Tipo de aula. Semana PLANO DE CURSO DISCIPLINA: PROCESSO DE CONHECIMENTO (CÓD. ENEX 60123) ETAPA: 4ª TOTAL DE ENCONTROS: 15 SEMANAS Semana Conteúdos/ Matéria Categorias/ Questões Tipo de aula Habilidades e Competências Textos,

Leia mais

NOTAS SOBRE CRITÉRIOS PARA LIMITAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS

NOTAS SOBRE CRITÉRIOS PARA LIMITAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS NOTAS SOBRE CRITÉRIOS PARA LIMITAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS João Paulo Barbosa Lyra 1 Flávio Romero de Oliveira Castro Lessa 2 Resumo: Demonstra que o Direito Processual é autônomo em relação

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (03/09/2018). Princípios diretores

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (03/09/2018). Princípios diretores CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (03/09/2018). Princípios Diretores. Segundo Pontes de Miranda os princípios formam as bases das

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Direitos Básicos do Consumidor Parte II Prof. Francisco Saint Clair Neto Destinatários da Prova É costumeira a afirmação, encontrada em doutrina e jurisprudência, de que o destinatário

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2015/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

Olá, pessoal! Chegamos ao nosso sétimo módulo. Falaremos da petição inicial, da(s) resposta(s) do réu e do fenômeno da revelia.

Olá, pessoal! Chegamos ao nosso sétimo módulo. Falaremos da petição inicial, da(s) resposta(s) do réu e do fenômeno da revelia. CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL PONTO A PONTO PARA TRIBUNAIS MÓDULO 7 PETIÇÃO INICIAL. RESPOSTA DO RÉU. REVELIA. Professora: Janaína Noleto Curso Agora Eu Passo () Olá, pessoal! Chegamos

Leia mais

LIMINARES DE NATUREZA CAUTELAR Cautelar e Tutela Antecipada

LIMINARES DE NATUREZA CAUTELAR Cautelar e Tutela Antecipada LIMINARES DE NATUREZA CAUTELAR Cautelar e Tutela Antecipada o Semelhança advinda da sumariedade, medida cautelar e antecipação da tutela não se confundem. Distinguem as figuras no objetivo; a medida cautelar

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES 2007/1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I Curso: DIREITO Código CR PER Co-Requisito Pré-Requisito

Leia mais

PLANO DE APRENDIZAGEM

PLANO DE APRENDIZAGEM PLANO DE APRENDIZAGEM 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Direito Disciplina: Prática Jurídica Simulada I (Civil) Código: DIR38 Professor: Frank Land Ribeiro Bastos E-mail: frank.bastos@fasete.edu.br

Leia mais

Aula 04. Ação. Como direito a jurisdição. Refere-se à ação mencionada no art. 5º, XXXV da CRFB (inafastabilidade do controle jurisdicional).

Aula 04. Ação. Como direito a jurisdição. Refere-se à ação mencionada no art. 5º, XXXV da CRFB (inafastabilidade do controle jurisdicional). Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Ação. Acepções da Palavra Ação. Teorias do Direito de Ação. Condições da Ação. Teoria da Asserção / 04 Professor: Edward Carlyle Monitora:

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2016/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2 AULA 19 PARTE 2 Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo I - Introdução ao Código de Defesa do Consumidor: Inversão do ônus da prova nas relações de consumo 1 Defesa do Réu (Fornecedor)

Leia mais

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Ciências Jurídicas CCJ Departamento de Direito DIR PLANO DE ENSINO

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Ciências Jurídicas CCJ Departamento de Direito DIR PLANO DE ENSINO Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Ciências Jurídicas CCJ Departamento de Direito DIR PLANO DE ENSINO Disciplina: Processo e Constituição Curso: Programa de Pós-Graduação em Direito

Leia mais

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO

Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO Ministério da Educação Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Direito PLANO DE ENSINO 1) IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Direito Processual Civil

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o Ementa: PARTE 1 INTRODUÇÕES: CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES; INTRODUÇÃO SOBRE O PROCESSO DE CONHECIMENTO; FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO; PARTE 2 PROCEDIMENTO COMUM: DA PETIÇÃO INICIAL; DA TUTELA

Leia mais