GLOBAL SCIENCE AND TECHNOLOGY (ISSN ) COMPORTAMENTO DA ALFACE CRESPA EM FUNÇÃO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA
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- Luísa Catarina Dinis Farias
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1 GLOBAL SCIENCE AND TECHNOLOGY (ISSN ) COMPORTAMENTO DA ALFACE CRESPA EM FUNÇÃO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA Janaine Myrna Rodrigues Reis 1, Jaqueline Fátima Rodrigues 2*, Marcelo de Almeida Reis 3 RESUMO: Dentre as várias hortaliças existentes, a alface (Lactuca sativa L.) é uma das mais consumidas. Este trabalho teve como objetivo verificar a influência da adubação nitrogenada e potássica na produção da alface crespa. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, com quatro tratamentos, cinco repetições e parcela constituída de 16 plantas de alface crespa, cultivar Verônica. Os tratamentos foram ausência de adubação de cobertura, três adubações de cobertura (15, 30 e 40 dias após transplantio), duas adubações de cobertura (15 e 30 dias) e uma adubação de cobertura (15 dias). Ao final do ciclo avaliou-se a biomassa fresca da cabeça, biomassa seca da raiz e a circunferência da cabeça comercial. A análise de variância mostrou influência significativa da variação no número de adubações de cobertura nos parâmetros. O melhor desempenho da produção de biomassa fresca da cabeça e tamanho da mesma foi obtido por ocasião da aplicação de duas adubações de cobertura aos 15 e 30 dias após o transplantio. Para a produção de biomassa seca de raiz a realização de uma cobertura foi a melhor opção. Portanto, de acordo com os dados foi possível realizar duas adubações de cobertura (nitrogênio e potássio) aos 15 e 30 dias após o transplantio sem o comprometimento do valor comercial da alface crespa. Palavras-Chave: Lactuca sativa L., nitrogênio, potássio. RESPONSE OF CURLY LETTUCE TO TOPDRESSING FERTILIZATION ABSTRACT: Among vegetables, lettuce (Lactuca sativa L.) is one of the most consumed. The objective of this study was to determine the influence of nitrogen and potassium side-dress application on the commercial quality of curly lettuce. The experiment was set up in randomized blocks with four treatments, five repetitions and plots consisting of 16 curly lettuce plants. The treatments were no fertilization, three side-dress applications (15, 30 and 40 days after transplant), two side-dress applications (15 and 30 days) and one side-dress application (15 days). At the end of the cycle, fresh head weight, root dry weight and commercial head circumference were measured. Analysis of variance showed the number of applications had a significant impact on the parameters. The highest fresh head weight and head circumference were obtained with two sidedress applications at 15 and 30 days after transplant. One application yielded the best results for root dry weight. Therefore, according to the data, it was possible to carry out two nitrogen and potassium side dress applications at 15 and 30 days after transplant without compromising the commercial value of curly lettuce. Keywords: Lactuca sativa L., nitrogen, potassium. 1 Centro Universitário de Patos de Minas. Rua Major Gote, 808 Caiçaras (MG). CEP: Universidade Federal de Goiá Campus Jataí-UFG/CAJ. BR 364, Km192, Jataí (GO). CEP: * jakerodrigues_mg@yahoo.com.br. Autor para correspondência. 3 Universidade Federal de Uberlândia UFU - Campus Santa Mônica. Av. João Naves de Ávila Cp. 593, Uberlândia (MG). CEP Recebido em: 19/05/2011. Aprovado em: 10/07/2012.
2 Comportamento da alface INTRODUÇÃO Dentre as várias hortaliças produzidas no Brasil pode-se destacar a alface (Lactuca sativa L.) como uma das mais consumidas; pertence à família Asteraceae e sub-família Cichorioideae, apresentando folhas lisas ou crespas, de coloração verde, arroxeada ou amarelada, podendo ou não formar cabeça. De baixo teor calórico, esta hortaliça é ideal para os dias de verão e seu teor de fibras é ótimo para o funcionamento intestinal (MATTOS et al., 2007), possuindo como princípios ativos as vitaminas A e C, fósforo e ferro. Atualmente, o consumidor de hortaliças tem se tornado mais exigente, havendo necessidade de produzi-las com qualidade e em quantidade para manter o seu fornecimento o ano todo. Para que seja possível atender ao exigente mercado consumidor, surgiram novas técnicas de plantio, como o cultivo hidropônico em estufas, cultivo no solo em estufas ou ao ar livre. Na condução da alface alguns aspectos devem ser levados em consideração, como a sua preferência por solos arenosos a argilosos com baixa acidez e teor elevado de matéria orgânica (HERRMANN et al., s.d.). Quanto à nutrição mineral, a cultura tem uma maior exigência em relação aos macronutrientes primários (FURLANI, 1998). De maneira geral, dentre os nutrientes exigidos, o nitrogênio é o elemento que as plantas necessitam em maior quantidade. No entanto, de acordo com Faquin et al. (1996), especificamente para a alface, o potássio é mais exigido que o próprio nitrogênio. Furlani (1998) encontrou para a alface crespa as concentrações de 39,1; 6,8 e 65,3 g kg -1 respectivamente de N, P e K, indicando uma maior exigência de K. No metabolismo da planta o nitrogênio faz parte de muitos compostos, principalmente das proteínas, sendo seu efeito externo mais visível a vegetação verde e abundante. Este nutriente promove aumento no rendimento da cultura, bem como no peso médio da cabeça, sendo por essa razão, utilizado em grandes quantidades (FURLANI, 1998). Porém, o excesso de nitrogênio pode ser prejudicial, devendo-se buscar o equilíbrio da sua dose em relação aos outros nutrientes necessários, como o fósforo e potássio. A deficiência de nitrogênio caracteriza-se pelo amarelecimento das folhas velhas com posterior desenvolvimento de coloração marrom e seca das folhas (HAAG & MINANI, 1988), retardando o crescimento e causando a má formação da cabeça (FURLANI, 1998). Em casos de deficiência de N, ocorre redução na produtividade, sendo os sintomas mais severos nas hortaliças. Já o potássio aumenta a resistência natural da parte aérea das hortaliças às doenças fúngicas, tornando os tecidos mais fibrosos e resistentes. Entretanto, o excesso deste nutriente pode provocar um desequilíbrio nutricional, dificultando a absorção de cálcio e magnésio (FILGUEIRA, 2000). Diante da importância e exigência do nitrogênio e potássio, tem-se a necessidade de recorrer à adubação, sendo que as plantas, de modo geral, respondem bem a esta prática com retorno econômico, garantido uma vez que a maioria dos solos apresenta disponibilidade insuficiente destes nutrientes em relação à demanda das plantas. De acordo com Mantovani et al. (2005), no cultivo desta hortaliça, é comum a aplicação de elevadas quantidades de adubo nitrogenado. Porém, este nutriente apresenta maiores dificuldades de manejo na produção devido ao seu comportamento no solo. Em relação ao manejo desta adubação, devido ao crescimento lento do sistema radicular da alface logo após o transplante, é necessário que se faça o parcelamento da aplicação do nitrogênio, visando evitar as perdas por lixiviação, otimizando assim o aproveitamento do fertilizante nitrogenado (FERREIRA, 2002). Para se obter a máxima eficiência do fertilizante nitrogenado é importante determinar as épocas em que esse nutriente é
3 J. M. R. Reis et al. 26 mais exigido pelas plantas, assim a resposta à época, dose e parcelamento da adubação nitrogenada tem sido variável a ser estudada (RAGAGNIN et al., 2010). Assim, o manejo correto da adubação nitrogenada em alface é de suma importância na obtenção de altos rendimentos. No caso específico da cultura da alface, são recomendadas três adubações nitrogenadas de cobertura após seu transplantio (RIBEIRO et al., 1999), fazendo com que para o manejo desta prática haja a necessidade de alocar mão-de-obra nestas três operações, o que onera o custo de produção. Assim, a possibilidade de se fornecer o nitrogênio necessário à cultura em um menor número de coberturas sem afetar a qualidade do produto, seria uma boa alternativa, facilitando o manejo da cultura e contribuindo para a redução do custo final. Além da adubação mitrogenada de cobertura que é necessariamente recomendada para a alface e outras tantas culturas, outro nutriente que pode ser parcelado em condições específicas é o potássio. Neste caso, o parcelamento deve ser realizado quando se tem a recomendação de doses elevadas deste nutriente. Por ser um nutriente mineral absorvido em grande quantidade pelas plantas (COSTA et al., 2011), o fertilizante potássico muitas vezes é recomendado em doses mais elevadas, sendo assim aplicado conjuntamente com o fertilizante nitrogenado, aproveitando esta operação de manejo. Diante do exposto, este estudo teve por objetivo verificar a influência do número de adubações nitrogenada e potássica de cobertura na produção da alface crespa. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Campus II do Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam), na Fazenda Canavial localizada no município de Patos de Minas MG, na região do Alto Paranaíba (18 34 S, 46 W e altitude 832 m), em solo sob cerrado classificado como Latossolo Vermelho distrófico de textura argilosa, em uma área em pousio há um ano. A análise da amostra composta do solo apresentou as seguintes características químicas: P (Mehlich I) = 17,18 mg dm -3 ; Al = 0,0 cmol c dm -3 ; Ca = 2,4 cmol c dm -3 ; Mg = 0,7 cmol c dm -3 ; K = 84,00 mg dm -3 ; ph (H2O) = 5,95; H + Al = 5,8 cmol c dm - 3 ; M.O. = 3,5 g dm -3, conforme metodologia da EMBRAPA (1997). Foi utilizado o delineamento experimental em blocos casualizados (DBC) completos, constituído por quatro tratamentos e cinco repetições, totalizando 20 parcelas com 16 plantas cada, dispostas em 4 fileiras, tendo como área útil 8 plantas. Cada bloco foi constituído de um canteiro com 6 m de comprimento, 1,2 m de largura e 0,20 m de altura, sendo utilizado 0,30 m de separação entre os tratamentos. Portanto, cada parcela apresentava uma área total de 1,44 m 2. Os tratamentos testados foram diferentes números de adubações nitrogenada e potássica de cobertura, sendo SC (sem adubação de cobertura); 3C (adubações de cobertura aos 15, 30 e 40 dias após transplantio das mudas - DAT); 2C (adubações de cobertura aos 15 e 30 DAT); 1C (adubação de cobertura aos 15 DAT). Diante da necessidade de calagem na área (Tabela 1) para a implantação das mudas de alface, esta prática foi realizada utilizando no canteiro a dose correspondente a 2,9 t ha -1 de calcário dolomítico filler com 100% de PRNT, de acordo com Ribeiro et al. (1999). A calagem foi feita 30 dias antes do transplantio das mudas nos canteiros. As adubações foram determinadas de acordo com a análise de solo e a recomendação para a cultura da alface (RIBEIRO et al., 1999), sendo utilizados como fonte de N, P e K os fertilizantes ureia (45% de N), superfosfato triplo (45% de P 2 O 5 ) e cloreto de potássio (60% de K 2 O), nas doses de 50 g, 160 g e 15 g, respectivamente, no plantio e em todas as parcelas, assim como 2,7 Kg de esterco de aves. Por ocasião da aplicação da adubação de plantio, foram transplantadas mudas da cultivar Verônica de alface crespa com 20 dias da semeadura, obtidas de viveiro de muda comercial.
4 Comportamento da alface As plantas foram conduzidas recebendo irrigações diárias por aspersão sempre que necessário e mantidas sem a presença de plantas daninhas através de capinas manuais para evitar competição por nutrientes e outros fatores de produção. Durante a condução do experimento não foram necessários controles fitossanitários. Aos 15 DAT foram realizadas as adubações de cobertura com nitrogênio e potássio nas parcelas de acordo com os tratamentos (Tabela 1); a aplicação dos fertilizantes foi feita através de sua distribuição nas entre linhas, seguido de irrigação. O mesmo procedimento se repetiu aos 30 DAT e aos 45 DAT de acordo com os tratamentos. Tabela 1 - Aplicação de N e K 2 O, em cobertura, de acordo com os tratamentos Tratamento Nutriente Doses (Kg ha -1 ) 15 DAT 30 DAT 40 DAT SC N K 2 O C N K 2 O C N K 2 O C N K 2 O Aos 50 dias após o transplantio das mudas, as plantas da área útil da parcela foram coletadas; onde foram separadas com a ajuda de um estilete na altura do colo, procedendo-se a separação da parte aérea e da raiz. Determinou-se a circunferência da cabeça comercial com o auxílio de uma fita métrica, com valores expressos em cm; a biomassa fresca da cabeça com a ajuda de uma balança eletrônica (Modelo US.15/5 da marca Urano), com valores expressos em gramas, depois de descartadas as folhas externas; enquanto, para a biomassa seca da raiz o material obtido através do corte no colo da planta com auxílio de um estilete e lavagem em água corrente, foi também pesado na balança eletrônica após secagem em estufa com ar forçado a 70 o C até o peso constante, com valores em gramas. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância (teste F), e os tratamentos comparados através de teste de médias (Tukey), a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa Sisvar (FERREIRA, 2000). RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise de variância (Tabela 2) mostrou-se significativa para todos os parâmetros avaliados, ou seja, foram verificadas diferenças na circunferência da cabeça comercial, na biomassa fresca da cabeça e na biomassa seca da raiz quando submetidas aos diferentes números de adubações nitrogenada e potássica de cobertura.
5 J. M. R. Reis et al. 28 Tabela 2 - Resumo da análise de variância da circunferência da cabeça comercial (CCC), biomassa fresca da cabeça (BFC) e biomassa seca da raiz (BFR) de alface crespa cultivar Verônica submetida à diferentes parcelamentos da adubação nitrogenada e potássica Fontes de Variação CCC (cm planta - 1) BFC (g planta -1 ) BSR (g planta -1 ) GL QM QM QM Bloco 4 0,0005 0,0020 5,30E-06 Tratamento 3 0,0301** 0,0218** 6,79E-05** Resíduo 12 0,0004 0,0007 1,03E-06 CV (%) 3,62 5,26 5,91 **Significativo pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade A Tabela 3 mostra os valores médios dos parâmetros avaliados de acordo com os tratamentos aplicados. Para a circunferência da cabeça comercial a realização de duas adubações nitrogenada e potássica de cobertura aos 15 e 30 DAT proporcionaram valores superiores para este parâmetro. Já a realização de uma ou três coberturas, não diferiram significativamente entre si. Tabela 3 - Valores médios da circunferência da cabeça comercial (CCC), biomassa fresca da cabeça (BFC) e biomassa seca da raiz (BFR) de alface crespa cultivar Verônica submetida à diferentes parcelamentos da adubação nitrogenada e potássica Coberturas CCC(cm planta -1 ) BFC (g planta -1 ) BSR (g planta -1 ) SC 48 c 453,8 c 2,7 d 3C 61 b 522,2 b 3,4 b 2C 66 a 612,8 a 3,9 b 1C 59 b 551,8 b 4,5 a *Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey, ao nível 5% de probabilidade Para Ferreira (2002), a alface absorve pouco nitrogênio na primeira metade do ciclo de desenvolvimento, devido ao sistema radicular ainda pouco desenvolvido. E segundo o mesmo autor, a terceira e última cobertura por estar próxima da colheita pode não ter ser aproveitada pela cultura da alface, devido ao curto período de tempo entre a adubação e a colheita. A ausência de adubação de cobertura levou ao pior resultado para este parâmetro, o que era de se esperar uma vez que toda a necessidade de nitrogênio e potássio não foi suprida por ocasião da adubação de plantio. Segundo Resende et al. (2005), como a alface é uma cultura composta basicamente de folhas, esta responde muito à adubação nitrogenada, sendo afetada quando na ausência deste nutriente. Quanto ao potássio, de acordo com Kanno et al. (2006), a deficiência deste nutriente promove a redução no crescimento e da formação da cabeça da alface. De acordo com Resende et al. (2005), a deficiência de nitrogênio retarda o crescimento da planta e induz a má formação da cabeça. Portanto, o fornecimento de nutrientes que proporcionem maior circunferência da parte comercial (cabeça) são desejáveis, já que esta é uma das principais características da alface, considerando a preferência do consumidor para a aquisição do produto (BUENO, 1998). Foi verificado o mesmo comportamento entre a circunferência da cabeça comercial e a biomassa fresca da cabeça quando submetidas às variações do número de adubações com nitrogênio e potássio em cobertura. Para o parâmetro biomassa fresca da cabeça, Ferreira (2002) ao estudar várias formas de adubação nitrogenada em alface cultivar Elisa, constatou a menor produção de massa seca quando não foi realizada a cobertura, não diferindo estatisticamente da
6 Comportamento da alface dose aplicada aos 30 dias após o transplantio. Ainda foi observado, na ausência do nitrogênio ou a aplicação de doses baixas acarretam em menores produções; já a aplicação de todo o nitrogênio de uma única vez pode ter promovido a perda do nutriente, principalmente por lixiviação. De acordo com André et al. (2008), a aplicação parcelada do nitrogênio se mostra como melhor alternativa do que a aplicação da dose total em uma única cobertura, devido a maior perda deste nutriente por ocasião da aplicação da dose total de fertilizante nitrogenado. Melgar et al. (1991) relatam que a disponibilidade do nitrogênio pode ser aumentada através de aplicações parceladas durante o período de crescimento das plantas uma vez que o parcelamento melhora a absorção do elemento pelas plantas e reduz suas perdas por lixiviação pelo fato do sistema radicular das plantas já estar desenvolvido. No presente estudo, a aplicação de uma única cobertura aos 15 DAT proporcionou o segundo melhor desempenho da circunferência comercial da cabeça e biomassa fresca fresca da cabeça, sendo significativamente semelhante a três coberturas. Este resultado está em acordo com Rodrigues e Tannús (2009), que ao estudarem variações nas épocas de adubação nitrogenada no peso de cabeça da alface crespa cultivar Verônica como forma de redução do custo de produção não encontraram diferenças significativas, concluindo que se poderia aplicar todo o nitrogênio em uma única cobertura aos 15 dias após o transplantio. Para a biomassa seca da raiz a aplicação de uma única adubação de cobertura foi a que proporcionou o maior valor médio (4,5 g planta -1 ), e diferiu estatisticamente das demais coberturas utilizadas. Batista e Monteiro (2006) relatam que o nitrogênio exerce efeito determinante no comprimento, superfície e produção de massa seca de raiz. No entanto, não foi encontrada correlação entre a biomassa seca da raiz e a biomassa fresca da cabeça como seria esperado. Somente na ausência de adubação de cobertura é que estes dois parâmetros se comportaram de maneira semelhante, apresentando o pior desempenho. CONCLUSÃO Para a produção de alface crespa cv. Verônica deve-se utilizar dois parcelamentos da adubação nitrogenada e potássica sem comprometimento da qualidade. REFERÊNCIAS ANDRÉ, L.F.; CARMO, C.A. do; PEREIRA, F.C.M.; FARINELLI, R. Parcelamento da adubação nitrogenada em cultivares de feijoeiro Disponível em: uizfelipeconafe2008.pdf. Acesso em: 21 de mai BATISTA, K.; MONTEIRO, F.A. Sistema radicular do capim-marandú, considerando as combinações de doses de nitrogênio e de enxofre. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 30: , BUENO, C.R. Efeito da adubação nitrogenada em cobertura via fertirrigação por gotejamento para a cultura da alface tipo americana em ambiente protegido f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, COSTA, K.A de P.; OLIVEIRA, I.P. de; FAQUIN, V.; SEVERIANO, E. da C.; GUIMARÃES, K.C.; MOREIRA, J.F.M.; BENTO, J.C. Adubação nitrogenada e potássica na produção de massa seca e composição bromatológica do campi-xaraés. Global Science and Technology, v.4, n.1, p.51-60, EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de análises de solo. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro, p.:il.
7 J. M. R. Reis et al. 30 FAQUIM, V. FURTINI NETO, A.E., VILELA, L.A.A. Produção de alface em hidroponia. Lavras: UFLA, p. FERREIRA, D. F. Manual do sistema sisvar para análises estatísticas. Lavras: UFLA, FERREIRA, V.P. Doses e parcelamentos de nitrogênio em alface f. Dissertação (Mestrado em Horticultura) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, FILGUEIRA, F. A. R. Manual de olericultura: cultura e comercialização de hortaliças. 3. ed. Viçosa: UFV, p. FURLANI, P. R. Instruções para o cultivo de hortaliças de folhas pela técnica de hidroponia - NFT. Campinas: Instituto Agronômico, p. (Boletim Técnico 168). HAAG, H.P; MINANI, K. Nutrição mineral em hortaliças. 2º Ed. Fundação Cargill. Campinas, SP HERRMANN, J.C.; KINETZ, S.R.R.; ELSNER, T.C. Alface. s.d. Disponível em: /modelagem/alface/index.html. Acesso em: 13 de jul KANNO, C.; CARDOSO, A. I. I.; HIGUTI, A. R. O.; VILLAS BOAS, R.L. Doses de potássio na produção e qualidade de sementes de alface. Horticultura Brasileira, v.24, n.3, p , MANTOVANI, J.R.; FERREIRA, M. E.; CRUZ, M. C. P. da. Produção de alface e acúmulo de nitrato em função da adubação nitrogenada. Horticultura Brasileira, v.23, n.3, p , MATTOS, L.M.; MORETTI, C.L.; CHITARRA, A.B; PRADO, M.E.T. Qualidade de alface crespa minimamente processada armazenada sob refrigeração em dois sistemas de embalagem. Horticultura Brasileira, v.25, n.4, p , MELGAR, R.J.; SMYTH, T.J.; CRAVO, M.S.; SÁNCHEZ, P.A. Doses e épocas de aplicação de fertilizantes nitrogenados para milho em Latossolo da Amazônia Central. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v.15, n.3, p , RAGAGNIN, V.A.; SENA JÚNIOR, D.G de.; KLEIN, V.; LIMA, R.S.; COSTA, M.M.; OLIVEIRA NETO, O.V. de. Adubação nitrogenada em milho safrinha sob plantio direto em Jataí-GO. Global Science and Technology, v.3, n.2, p.70-77, RESENDE, G. M. de; YURI, J.E.; MOTA, J.H.; RODRIGUES JÚNIOR, J.C.; SOUZA, R.J. de; CARVALHO, J.G de. Produtividade e qualidade pós-colheita da alface americana em função de doses de nitrogênio e molibdênio. Horticultura Brasileira, v.23, n.4, RIBEIRO, A. C.; GUIMARÃES, P. T. G.; ALVAREZ V, V.H. (Eds). Recomendações para uso de corretivos e fertilizantes em MG. 5ª aprox. Viçosa: CFSEMG, p. RODRIGUES, J.F.; TANNÚS, S.P. Manejo racional da adubação nitrogenada de cobertura na cultura da alface como forma de redução do custo de produção. In: Workshop Unipac de Tecnologia Aplicada a Gestão, 3., 2009, Uberlândia. Anais... Uberlândia: UNIPAC, CD-ROM.
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