ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O MAR E A POLÍTICA MARÍTIMA EUROPEIA. Miguel Sequeira

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1 ESTRATÉGIA NACIONAL PARA O MAR E A POLÍTICA MARÍTIMA EUROPEIA Miguel Sequeira

2 Miguel Sequeira Nota curricular Desde 2005 Responsável pela Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar; Representante Nacional nas reuniões Member State Expert Group on Maritime Policy de preparação da Política Marítima Europeia; Apoio executivo ao Presidente da Comissão Interministerial para os Assuntos do Mar criada em Fevereiro de 2007 para coordenar a Implementação da Estratégia Nacional para o Mar; Preparação e participação nos vários eventos relacionados com Assuntos do Mar e Política Marítima Europeia durante a Presidência Portuguesa da UE - (2.ª semestre de 2007) Promoção e lançamento do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar, previsto no programa do Governo e aberto a toda a sociedade Civil. Representante Nacional nas reuniões de Member State High Level Focal Points on Maritime Policy ; Desde 2005 Docente nas Pós -Graduações do ISAL - Madeira: Negociação Desde 2001 Docente nas Pós -Graduações do ISCTE (CEMAF e INDEG): Gestão.com Negociação, CRM, Marketing de Serviços e Gestão Estratégica; 2000/2005 Partner da GMtel - Director Consultoria, Formação e Inovação; 1999/2000 Director Geral, MLL Telecomunicações, S.A; 1998/99 Director Geral Adjunto, ACITEL 4, SA; 1997/98 Director Técnico, Coordenador Gestão de Produto, ACITEL Lda; Desde 1996 Consultor independente e formador em gestão empresarial; 1995/99 Docente na Universidade Católica Portuguesa, Sistemas De Informação na Empresa - Lic. Em Administração e Gestão de Empresas; Desde 1994 Consultor independente em telecomunicações empresariais; 1993/97 Chefe do Serviço de Telecomunicações Filares, Direcção de Infra -Estruturas, Armada; 1992/2000 Docente no I.S.L.A., Lic. em Matemáticas Aplicadas e Informática de Gestão; 1991/93 Chefe do Serviço de Processamento Automático de Dados, Centro de Comunicações da Armada; 1989/91 Chefe da Secção de Sistemas Integrados de Comunicações, Gabinete de Estudos, Armada; 1982/86 Oficial de Guarnição em vários Navios da Armada Portuguesa. 88 Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial

3 Estratégia nacional para o mar e a política marítima europeia A Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM) foi criada por Resolução do Conselho de Ministros (RCM) em Agosto de 2005 dando corpo à Necessidade de Portugal adoptar uma política integrada e abrangente na governação de todos os assuntos do mar, alicerçada numa estratégia transversal e multidisciplinar expressa no Programa do XVII Governo Constitucional. A lei orgânica do governo incumbe ao Ministro da Defesa Nacional o desenvolvimento de uma política integrada do Governo para os assuntos do mar, em articulação com os demais ministros competentes em razão da matéria. De acordo com a RCM a EMAM tem por missão e objectivo a elaboração, no prazo de um ano de uma proposta que estabeleça: As linhas orientadoras para uma Estratégia Nacional para o Mar - ENM (recorrendo no aplicável às conclusões da Comissão Estratégica dos Oceanos que apresentou o seu relatório em Novembro de 2004); Acções e medidas para assegurar a coordenação intergovernamental dos assuntos do mar; Acções de curto prazo baseadas em critérios de aceitabilidade e exequibilidade. Adicionalmente foram atribuídas à EMAM responsabilidades na coordenação de posições/contribuições nacionais para o Livro Verde da Política Marítima Europeia. A EMAM, respeitando os objectivos e termos do seu mandato, preparou e submeteu em final de Junho de 2006 uma proposta na qual se identificam as principais linhas orientadoras de uma Estratégia Nacional para o Mar. Esta proposta circulou pelos vários ministérios, com vista à sua análise política e adequação ao conteúdo programático do Governo. O trabalho desenvolvido pela EMAM com vista à elaboração da proposta de ENM teve por base: O Relatório da Comissão Estratégica dos Oceanos, apresentado em Novembro de 2004 e que contém uma Análise SWOT e cerca de 250 recomendações e propostas; Auscultação a cerca de uma centena de entidades públicas e privadas, governamentais e não governamentais e a várias individualidades ligadas aso assuntos do mar; O trabalho do Conselho Consultivo da EMAM composto por representantes das várias tutelas e das Regiões Autónomas; Outras estratégias, programas e políticas nacionais; Os trabalhos de preparação do Livro Verde da Futura Política Marítima Europeia; Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial 89

4 Miguel Sequeira A participação em conferências e seminários (nacionais e internacionais), o estudo de Melhores Práticas e a Agenda Global para os Oceanos. Nos últimos anos a crescente percepção da importância dos Oceanos está bem patente na Agenda Global. A nível Nacional, só em 1998 tivemos: A Expo 98 - com o tema: Oceano, um Património para o Futuro ; O relatório da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO - O Oceano - Nosso Futuro (Presidida pelo Dr. Mário Soares); A criação da Comissão Oceanográfica Intersectorial; A aprovação do Programa Dinamizador Ciências e Tecnologias do Mar; A criação da Comissão Interministerial para a Delimitação da Plataforma Continental. Mais recentemente em 2003 foi criada a Comissão Estratégica dos Oceanos que produziu um Relatório de referência tanto a nível nacional como internacional e que já foi mencionado como um dos elementos base do trabalho da EMAM. Em 2005 a criação da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental que veio substituir a Comissão Interministerial para a Delimitação da Plataforma Continental e que está a desenvolver um trabalho notável e ainda a Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar. Finalmente em 2006, temos a instalação em Lisboa da Agência Europeia de Segurança Marítima dando visibilidade a Portugal como país marítimo. Já a nível internacional verifica-se um aumento de países envolvidos na formulação de estratégias ou políticas integradas para o Oceano e Zonas Costeiras. Nas Nações Unidas, no âmbito da Convenção para o Direito do Mar, ou da UNESCO estão na ordem do dia temas como: Biodiversidade marinha em áreas fora das jurisdições nacionais; Recursos genéticos; Áreas Marinhas Protegidas; Património Cultural Subaquático. A nível da União Europeia temos: O Livro Verde e o Livro Azul da Política Marítima Europeia A Directiva para a Protecção do Meio Marinho (considerada o pilar ambiental da Política Marítima Europeia) E ainda: A extensão da Rede Natura 2000 ao meio marinho; A Directiva Quadro da Água O Terceiro Pacote de Segurança Marítima (ERIKA III) E a Política Comum de Pescas Com não podia deixar de ser a ENM está alicerçada num conjunto de valores e princípios globais e universalmente reconhecidos: A Gestão Integrada; O Desenvolvimento Sustentável nas suas vertentes: económica, ambiental e social; 90 Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial

5 Estratégia nacional para o mar e a política marítima europeia O princípio da precaução respeitante ao problema da gestão do risco; Abordagem ecossistémica como metodologia e enquadramento para a gestão integrada dos ecossistemas terrestres e aquáticos e dos seus recursos, com vista à sua conservação e uso sustentável. Visando: Abordar as causas e não apenas os sintomas dos problemas; Desenvolver ferramentas de gestão partilhada; A adopção e implementação de processos transparentes, rigorosos e credíveis; A Co-responsabilização de todos os actores envolvidos e a resolução de conflitos. e, não menos importante: A salvaguarda activa dos interesses nacionais O principal objectivo da ENM é assumir definitivamente o Mar como factor diferenciador e de identidade nacional adoptando-o como um Projecto Nacional que conjugue e valorize: O crescimento das actividades económicas; O emprego, a coesão social contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses; O respeito, a protecção e a manutenção do património natural e cultural e das condições ambientais para as gerações vindouras. Para que Portugal aproveite as oportunidades existentes e mitigue as dificuldades, as linhas orientadoras da Estratégia Nacional para o Mar assentam em três pilares estratégicos: O Conhecimento; O Planeamento e o Ordenamento Espaciais; A Promoção e a Defesa Activas dos Interesses Nacionais. Estes são os factores críticos de sucesso, ou seja, aquilo que se torna indispensável assegurar para valorizar definitivamente a importância do mar como elemento diferenciador, projectando-o no futuro como um dos principais motores de desenvolvimento do país. A Estratégia Nacional para o Mar dado o seu carácter horizontal requer uma base de coordenação e articulação que assegure a necessária coerência das acções, promovendo a complementaridade das políticas sectoriais e criando mecanismos de valorização dos objectivos partilhados e incentivos a acções conjuntas. O Conhecimento, é utilizado aqui no seu sentido mais lato. Só através de uma aposta coerente e sustentada na formação, na educação, na investigação científica e no desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas ao Oceano e às zonas costeiras é possível criar uma base sólida para as decisões de governação, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável e de gestão integrada. Adicionalmente, a sensibilização, a difusão da informação e o acesso a ela, bem como o uso de indicadores objectivos de suporte às várias políticas sectoriais e intersectoriais, são certamente os melhores factores de credibilidade Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial 91

6 Miguel Sequeira e dinamização do investimento, público e privado, nas actividades relacionadas com o Mar. O Planeamento e o Ordenamento Espaciais são as ferramentas de governação indispensáveis para assegurar uma visão de conjunto assente nos princípios do desenvolvimento sustentável, da precaução e da abordagem ecossistémica. O levantamento e ordenamento de todas as utilizações existentes e futuras, permitem dar suporte a uma gestão verdadeiramente integrada, progressiva e adaptativa do Oceano e das zonas costeiras. O desenvolvimento das actividades associadas ao Mar deve assentar em critérios de rigor e transparência. A Promoção e a Defesa Activas dos Interesses Nacionais obtêm-se pelo envolvimento empenhado e competente no âmbito das relações bilaterais e multilaterais, prosseguidas através da participação, cooperação e contribuição pró-activas nos diversos fora internacionais. É necessário reforçar a articulação a nível nacional, nas suas vertentes diplomática, política, económica, social, ambiental, científica, tecnológica, de defesa nacional e segurança, reforçando a imagem, a soberania e a identidade nacionais. A abordagem adoptada e validada foi a de construir sobre o que existe e está a ser feita nas várias tutelas, partilhando objectivos e realizando acções conjuntas, racionalizando meios e recursos. Nesta óptica, propõe-se que os necessários planos de acção de carácter horizontal/transversal e os respectivos encargos plurianuais sejam definidos em articulação e complementaridade das políticas sectoriais e nacionais através de um mecanismo de coordenação adequado. A ENM propõe 8 acções estratégicas que se pretendem estruturantes e transversais, que tangibilizem os Pilares Estratégicos já referidos e que acrescentem valor ao que está em curso. Face ao contexto actual são ainda apresentadas 3 acções prioritárias. Como referido os planos de acção específicos a dinamizar em coordenação e articulação com as tutelas devem indicar quais os principais intervenientes e seu papel, quais os meios financeiros a mobilizar e sua origem e ainda indicadores de avaliação específicos e mensuráveis. Assim temos as seguintes acções estratégicas: 1. Sensibilizar e mobilizar a sociedade para a importância do Mar. Uma das principais dificuldades associadas à implementação de uma Estratégia Nacional para o Mar é a sua falta de visibilidade na sociedade portuguesa. Sendo certo que as glórias do passado estão bem presentes na nossa cultura, a verdade é que poucos cidadãos olham para o Mar como uma oportunidade de modo de vida ou de investimento e negócio. Para alcançar este objectivo é necessário apostar em medidas de médio e longo prazo que permitam consubstanciar uma mobilização crescente da sociedade para a importância do Mar como factor de desenvolvimento do país. 2. Em complemento, é necessário fomentar a divulgação nas escolas das actividades ligadas ao Mar, promovendo a difusão do tema Mar em todos os níveis de ensino, os desportos náuticos como componentes do desporto escolar, o 92 Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial

7 Estratégia nacional para o mar e a política marítima europeia envolvimento dos estudantes do ensino básico e secundário em actividades e profissões ligadas ao Mar e cursos profissionalizantes e superiores nestas áreas; 3. As condições únicas que o nosso país apresenta no contexto Europeu exigem a definição de Portugal como um centro de excelência de investigação das ciências do Mar da Europa, optimizando os meios existentes e apostando na formação e fixação de recursos humanos altamente qualificados; 4. Uma das principais ferramentas para a promoção das actividades económicas ligadas ao Mar é o correcto ordenamento e planeamento espacial do espaço oceânico e das zonas costeiras. Para isso, torna-se necessário inventariar, cartografar e promover a agilização e simplificação dos procedimentos que fomentem a economia do Mar, sem prejuízo de ser assegurada a sua sustentabilidade ambiental, criar mapas de oportunidade para as novas utilizações e articular os sistemas de acompanhamento, vigilância, controlo, segurança e defesa nacional; 5. É fundamental a protecção do valioso património natural marinho que Portugal possui, através do conhecimento e avaliação da biodiversidade marinha e dos valores geológicos, arqueológicos, da implementação de uma rede nacional de áreas marinhas protegidas, da recuperação de ecossistemas degradados e da monitorização do ambiente marinho, 6. Uma economia do Mar forte e sustentada só é possível criando os mecanismos que permitam aos investidores apostar nas actividades marítimas. Para isso, é fundamental assegurar informação credível e actualizada que possa ser colocada ao serviço do desenvolvimento económico e social do país. É ainda necessário promover a definição de mecanismos de implantação de indústrias e aproveitamento dos recursos naturais existentes que sejam céleres, transparentes e atractivos para o investimento; 7. Existe um conjunto de novas actividades que iniciaram o processo de procura e ocupação do espaço oceânico e para as quais Portugal tem condições excepcionais de desenvolvimento. Entre estas, temos a aquicultura offshore, a biotecnologia, as energias renováveis e a robótica submarina. Importa, assim, promover as condições para a instalação destas indústrias e actividades no nosso país apostando no seu potencial económico e tecnológico e retirando no futuro os benefícios decorrentes dessa aposta; 8. Finalmente, nenhuma Estratégia Nacional para o Mar pode ser eficazmente implementada sem um eficiente sistema integrado de vigilância, segurança e defesa nacional, que possua os meios que possibilitem uma vigilância marítima eficaz e articulada, a salvaguarda contra riscos naturais, o combate à poluição, ao terrorismo, ao tráfico de droga e às restantes actividades ilícitas. As acções prioritárias contêm um conjunto de medidas que permitem acompanhar os processos actualmente em curso e consolidar as fundações para a implementação desta Estratégia Nacional para o Mar: Criação de um Mecanismo de Coordenação adequado à implementação plena da Estratégia Nacional para o Mar e à dinamização do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar (CIAM - Comissão Interministerial para os Assuntos do Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial 93

8 Miguel Sequeira mar); Articulação e Coordenação das posições nacionais relativas a Assuntos do Mar nos diversos fora internacionais; Participação activa no processo de definição da Política Marítima Europeia. É de facto no contexto da elaboração da Politica Marítima Europeia que a aprovação em 16 de Novembro de 2006 (Dia Nacional do Mar) da Estratégia Nacional para o Mar ganhou uma importância acrescida. No início de 2005 a Comissão Europeia lançou uma reflexão sobre uma futura política marítima para a União que foi conduzida de forma exemplar pelo Comissário Joe Borg com a pasta dos Assuntos do Mar. Portugal e França, conjuntamente com o nosso vizinho comum, a Espanha, foram os primeiros a apresentar uma contribuição substancial para esta reflexão que resultou no Livro Verde da Política Marítima Europeia. Este documento, lançado em Junho de 2006, propôs pela primeira vez uma abordagem holística e integrada que promovia uma visão transversal dos diversos assuntos do mar, plenamente alinhado com as ideias chave contidas na contribuição conjunta apresentada pelos nossos países. Imediatamente após o lançamento do Livro Verde foi iniciado um amplo período de discussão pública que contou com um envolvimento e participação sem precedentes, evidenciado pela elevada taxa de participação e pelo alto nível das contribuições recebidas, oriundas de representantes dos vários sectores ligados ao mar, dos meios científicos e académicos, de empresas, de organizações não-governamentais e mesmo de cidadãos em nome individual. Mais uma vez Portugal esteve na linha da frente deste processo acolhendo, ainda em Junho de 2006, a primeira conferência de lançamento e discussão pública do Livro Verde, nomeadamente nos Açores. Já durante a presidência Portuguesa, a Comissão apresentou a 10 de Outubro de 2007 a sua visão para uma Política Marítima Integrada para a União Europeia. Este documento - também chamado o Livro Azul - inclui um Plano de Acção e um relatório sobre o processo de consulta. Portugal reiterou o seu apoio a esta visão integrada e transversal da governação dos assuntos do mar e às acções definidas para o arranque e implementação desta política marítima, que mantêm válidos e levam em contas os principais aspectos apresentados na nossa contribuição conjunta inicial e na própria Estratégia Nacional para o Mar. Este apoio ao trabalho desenvolvido pela Comissão foi de resto confirmado e partilhado pelos restantes Estados Membros na conferência ministerial organizada em 22 de Outubro pela Presidência Portuguesa em Lisboa, escassos dias após a adopção do Livro Azul. O Conselho Europeu de Chefes de Estado e de Governo de Dezembro de 2007, que encerrou a Presidência Portuguesa, reconheceu igualmente nas suas conclusões a relevância das propostas da Comissão contidas no Livro Azul, adoptando esta política marítima integrada como política oficial da União. 94 Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial

9 Estratégia nacional para o mar e a política marítima europeia Entendidas como uma base sólida para o desenvolvimento de uma nova política marítima, o Conselho Europeu apoiou as propostas da Comissão e deu-lhe um mandato claro para, conjuntamente com as futuras presidências, dar continuidade ao plano de acção proposto, maximizando sinergias entre os vários Estados Membros, Regiões e Instituições, no respeito pelo princípio da subsidiariedade e garantindo a coerência com outras políticas, nomeadamente as que contribuem para responder aos desafios do desenvolvimento sustentável, do emprego e da competitividade, e da qualidade de vida. É nestes termos que na próxima presidência do Conselho, a iniciar já no próximo semestre, a França se empenhará na implementação das medidas previstas no plano de acção do Livro Azul, ajudando a União Europeia a responder com sucesso ao desafio lançado pelo Concelho de atingir resultados concretos e tangíveis antes do fim de 2009 no estabelecimento de uma verdadeira política marítima integrada. O caminho apontado pelo Livro Azul enquadra-se claramente na Agenda de Lisboa para o crescimento e emprego assim como na Estratégia Europeia de Desenvolvimento Sustentável e, ao articular as diferentes abordagens sectoriais, esta nova política marítima europeia pode contribuir efectivamente para uma melhor competitividade da União Europeia no quadro global e, ao mesmo tempo, assegurar assim uma mais eficaz protecção do meio marinho através da implementação de uma verdadeira abordagem ecossistémica. Neste contexto, considera-se extremamente importante assegurar as condições necessárias para que a Directiva-Quadro Estratégia Marinha venha a constituir o pilar ambiental da política marítima europeia conferindo-lhe uma relevante dimensão de sustentabilidade, em conjunto com as restantes políticas de ambiente e de regulamentação das diferentes actividades que se desenvolvem no mar. A necessidade de reforçar a vigilância e fiscalização dos espaços marítimos sob jurisdição dos estados membros é outra das perspectivas partilhadas por Portugal de modo a assegurar uma mais eficaz protecção e segurança dos espaços marítimos, garantindo condições propícias ao exercício de todas as actividades humanas sustentáveis associadas ao mar, sejam elas de carácter económico, científico ou de laser. A melhoria dos mecanismos de governação dos assuntos do mar é uma condição fundamental para alcançar estes objectivos. Neste âmbito, tencionamos reforçar a cooperação a desenvolver no domínio da vigilância e da intervenção no mar, com vista a um combate conjunto e mais eficaz contra estes tipos de riscos e de ameaças, em particular através da consolidação dos esforços das autoridades marítimas. De igual modo, Portugal reconhece o papel determinante das acções desenvolvidas pela Agência Europeia de Segurança Marítima nesta área, e continua empenhado em contribuir e participar em iniciativas conjuntas para melhorar a segurança no mar. Outro tema reconhecidamente importante é o do Transporte Marítimo, e em particular as auto-estradas do mar. Portugal encontram-se já a trabalhar em Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial 95

10 Miguel Sequeira conjunto com outros Estados-Membros com a finalidade de trocar experiências, partilhar boas práticas e desenvolver acções conjuntas no sentido de desenvolver e tornar mais sustentável e competitivo este sector tão importante para a nossa economia. Na área das ciências e das tecnologias do mar é já longa a tradição de colaboração e intercâmbio de conhecimento que mantemos com outras prestigiadas instituições de investigação. Em particular, no que respeita ao mar profundo, é nosso interesse comum aprofundar os conhecimentos científicos desta que é a região menos conhecida do planeta, sendo nossa intenção reforçar ainda mais esta colaboração e colocar os conhecimentos adquiridos ao serviço do desenvolvimento apostando na investigação científica, inovação e desenvolvimento tecnológico. Em linha com o proposto no Livro Azul, o desenvolvimento de redes europeias de observação e de recolha de dados e a partilha de informação sobre o oceano que permitam facilitar a integração e necessário cruzamento entre informação e conhecimento sobre a economia do mar, as ciências marinhas e as ciências sociais, são fundamentais para a tomada de decisão e o suporte de uma politica marítima verdadeiramente integrada e sustentável. Uma preocupação adicional é a valorização das regiões ultraperiféricas (RUP) onde os territórios marítimos sob jurisdição ou soberania de Estados Membros ganham uma dimensão única a nível mundial. As enormes áreas sob jurisdição dos nossos países devem-se em grande medida a estas regiões. Os importantes valores de biodiversidade marinha e os serviços de regulação ambiental prestados por estas regiões devem ser devidamente reconhecidos e valorizados constituindo a sua preservação e protecção um pólo de interesse comum e de colaboração não só entre os nossos países, mas também entre os restantes Estados Membros e própria Comissão. É assim necessário assegurar, de forma objectiva, que o desenvolvimento económico e social das duas regiões autónomas portuguesas é devidamente contemplado nos futuros desenvolvimentos da política marítima europeia, dada a sua fraca densidade populacional, grande distância em relação ao continente europeu, e grande dependência do transporte marítimo. Apesar destes constrangimentos, estas regiões são activos fundamentais no contexto de uma política marítima europeia. Em resumo, Portugal em linha com a sua Estratégia nacional para o Mar, aposta claramente no processo em curso de consolidação de uma política marítima europeia, que promova um ambiente marinho mais produtivo e saudável para as presentes e futuras gerações, garantindo a adequada segurança, vigilância e monitorização do mar e assegurando que os objectivos do desenvolvimento sustentável são plenamente alcançados a bem do emprego, qualidade de vida e desenvolvimento económico. 96 Lusíada. Direito e Ambiente / Número Especial

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