Metodologia de Dissertação II. Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

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1 Metodologia de Dissertação II Renata Lèbre La Rovere IE/UFRJ

2 Pesquisa Qualitativa e Quantitativa Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 2

3 Pesquisa Qualitativa e Quantitativa Métodos quantitativos e qualitativos não são rivais, e sim complementares (Creswell, 2007) Nenhum método é superior ao outro Entrevistas narrativas ou abertas são passíveis de quantificação, através da análise da frequência das respostas O inverso (transformar dados quantitativos em qualitativos) é mais complicado: estatísticas não informam o contexto Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 3

4 Exemplo de contagem de frequencia Familia Processo produtivo carga de trabalho Conhecimento Codificado Rotina Banca de madeira Pingo Utensilhos e estrutura Materia prima e ambiente Laços de confiança Maturação Saber fazer Terroir Tradição Legislação Leite cru Density Grounded Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 4

5 Exemplo de contagem de frequencia Importância dos codigos entre agentes Utensilhos e estrutura Area demarcada 110,0% Banca de madeira Tradição Terroir Saber fazer Rotina 90,0% 70,0% 50,0% 30,0% 10,0% carga de trabalho Conhecimento Codificado IG Inovação & empreendedorismo Pingo laços de confiança Mercado Legislação Maturação Leite cru Materia prima e ambiente Instituições endógenas Instituições exógenas Produtores Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 5

6 Pesquisa Qualitativa e Quantitativa Combinações mais frequentes de métodos quantitativos e qualitativos ocorrem por meio da associação dos resultados da pesquisa qualitativa e quantitativa um após o outro ou enfocando diferentes aspectos Numa pesquisa qualitativa, o fato do número de entrevistas ser limitado não impede a generalização. A pergunta a se fazer não é quantos casos? e sim quais casos? A definição da combinação entre métodos qualitativos e quantitativos e a relação entre os resultados deve seguir a lógica da pesquisa. Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 6

7 Utilização da Literatura na Pesquisa Pesquisador deve utilizar vários tipos de literatura em sua pesquisa: Literatura teórica sobre o tema do estudo Literatura empírica sobre pesquisas na área do estudo ou em áreas similares Literatura metodológica sobre como realizar a pesquisa e sobre como utilizar os métodos escolhidos Literatura teórica e empírica para a contextualização, a comparação Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 7

8 Perguntas de partida Quais os trabalhos existentes sobre a situação social no campo em que se pretende fazer entrevistas ou observações? O que já se sabe sobre os entrevistados? O que já foi descoberto sobre este campo de pesquisa? Quais as teorias utilizadas e discutidas nesta área? Que conceitos são utilizados ou contestados? Quais as discussões ou as controvérsias teóricas e metodológicas neste campo? Quais são as questões ainda em aberto? O que ainda não foi estudado? Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 8

9 Quadro-Síntese da Estrutura do Projeto de Dissertação Elementos pré-textuais Capa Folha de rosto Listas de Siglas Lista de Gráficos Lista de tabelas Sumário Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 9

10 1. Elementos textuais 1. Introdução 1.1. Contextualização e Formulação do problema 1.2. Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos 1.3. Justificativas 2. Referencial Teórico (com as subdivisões) 3. Metodologia (com as subdivisões) 4. Estrutura preliminar da dissertação 5. Cronograma Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 10

11 2. Elementos Pós textuais Referências Apêndices Anexos Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 11

12 Revisão de Literatura (Creswell, 2007) Primeiramente, cabe definir o tópico (tema): O título da pesquisa é uma ideia tangível para continuar se refocando e mudando à medida que o projeto prossegue A seguir, deve-se buscar: Saber se o tópico agrega ao conhecimento de pesquisa disponível sobre o assunto; Saber como este projeto contribui para a literatura? Saber se o tópico deve ser estudado também está relacionado ao fato de outras pessoas fora do círculo da instituição do pesquisador estarem interessadas nele.

13 Revisão de Literatura - Objetivos Compartilha com o leitor os resultados de outros estudos que estão proximamente relacionados ao estudo que está sendo relatado; Relaciona um estudo ao diálogo corrente mais amplo na literatura sobre um tópico preenchendo lacunas e ampliando estudos anteriores; Fornece uma estrutura para se estabelecer a importância do estudo e um indicador para comparar os resultados de um estudo com outros resultados.

14 Revisão de Literatura - Passos Identificação de palavras-chave; Ida à biblioteca; consulta a bases de dados artigos revisados por pares; Verificar se os artigos ou livros estão disponíveis online, na biblioteca local ou solicitar via COMUT; Leitura dos resumos dos artigos para ver a pertinência com o tema do trabalho;

15 Revisão de Literatura - Passos Identificação da literatura pertinente para elaborar o mapa da literatura Preparar resumos dos artigos mais relevantes, já registrando nas Referências do trabalho conforme ABNT; Montar a revisão de literatura na qual a literatura é estruturada por tema ou organizada por ordem de conceitos mais importantes abordados no estudo.

16 Mapa da Literatura (Almeida, 2015) Grupo Inovação Instituto de Economia da UFRJ 16

17 Revisão de Literatura - Usos Compilação do referencial teórico Base para justificativa da pesquisa Dados para seção metodológica Fundamentação de questões a serem verificadas Comparação com resultados encontrados

18 Conteúdo da seção de Metodologia Informar os critérios adotados na identificação das obras: Ano em que o levantamento foi realizado; Período de tempo do levantamento; Bases de dados consultadas; Áreas de conhecimento envolvidas na pesquisa; Palavras-chave ou expressões empregadas na pesquisa; Se incluir legislação informar quais

19 Conteúdo da seção de metodologia Informar como será realizada a análise do conteúdo do material identificado: Caracterização dos artigos selecionados: quantidade; ano; foco; classificação dos artigos em ensaios e pesquisas empíricas; Conceitos/definições; Modelos teóricos; Métodos e técnicas da pesquisa empírica Conclusões.

20 Redação Pontos principais 1. A quem nos dirigimos Clareza ao escrever é fundamental Defina o objeto do estudo Defina termos técnicos na primeira vez que são citados

21 Redação Pontos principais 2. Como se escreve Evite frases com mais de quatro linhas, e parágrafos com apenas uma frase Esclareça sempre a quem você está se referindo Abra parágrafos com frequência

22 Redação Pontos principais 2. Como se escreve Escreva o que lhe vier à cabeça, mas apenas em rascunho Use o orientador ou um colega como cobaia Siga as etapas definidas pelo projeto de monografia, e se necessário faça uma nova divisão dos capítulos depois de tê-los escrito Não use reticências ou pontos de exclamação, nem faça ironias Não use os verbos na primeira pessoa

23 Redação Pontos principais 3.Apresentação de tabelas e gráficos As tabelas e os gráficos devem ser numerados O título deve ser completo e claro A unidade de medida deve constar do título A fonte da tabela ou gráfico deve vir logo abaixo da tabela A tabela ou gráfico deve vir logo após o parágrafo relacionado As abreviaturas devem ser usadas apenas quando não prejudicam a compreensão da tabela Utilize traços para delimitar a tabela Elabore um índice de gráficos e tabelas, que deverá vir após o índice dos capítulos da monografia

24 EXEMPLO DE TABELA Tabela 4 Variação nos municípios fluminenses com maior receita Município Receita em R$ mil Valores Correntes (IPCA médio de 2011) Variação 2011/2006 Participação no total da receita corrente em % Participação no total da receita. corrente 2011 Rio de Janeiro ,7 42,9 41,7 Campos ,4 6,5 5,8 Macaé ,4 4,2 4,5 Duque de Caxias ,0 4,2 4,3 Niterói ,8 3,7 3,3 Nova Iguaçu ,3 2,3 2,2 Angra dos Reis ,7 1,7 2,2 São Gonçalo ,1 1,5 2,0 Volta Redonda ,0 1,9 1,9 Petrópolis ,8 1,8 1,8 Fonte: Finanças dos municípios fluminenses ano 5, 2012

25 EXEMPLO DE GRÁFICO Gráfico 1 - Evolução do Orçamento do FNDCT 1999 a 2010 valores expressos em R$1.000,00 de Dez/ , , , , , , , ,00 500, Orçamento Autorizado Executado Fonte: Elaborado pelo autor a partir do Relatório de Demonstrativo da Arrecadação, Orçamento e Execução dos Fundos Setoriais, 2000 a 2010, publicado pelo MCT.