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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA O EQUILÍBRIO E A REVISÃO DOS CONTRATOS NAS RELAÇÕES EMPRESARIAIS Por: Vinícius Guimarães da Rosa Orientador Prof. William Rocha Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE O EQUILÍBRIO E A REVISÃO DOS CONTRATOS NAS RELAÇÕES EMPRESARIAIS Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito da Empresa, Negócios e Mercado. O objetivo deste trabalho é demonstrar o equilíbrio contratual nas relações empresariais, bem como a possibilidade de revisão pelo Poder Judiciário no caso de onerosidade excessiva e a possibilidade de aplicação do Código de Defesa do Consumidor.

3 3 AGRADECIMENTOS...agradeço a Deus, a minha família, pelo amor e compreensão, aos funcionários da biblioteca do escritório Siqueira Castro, a qual sem o auxílio não seria possível a conclusão deste trabalho.

4 4 DEDICATÓRIA...dedico este trabalho a minha esposa, por todo a amor, compreensão e apoio, essenciais a conclusão do curso e a elaboração deste trabalho.

5 5 RESUMO O trabalho visa expor os contratos empresariais, seus elementos e princípios. Adentrar nas hipóteses de revisão dos contratos por onerosidade excessiva e aplicação da teoria da imprevisão e a base do negócio. De igual forma, tem o intuito de verificar a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, na revisão contratual, bem como se há uma relação de consumo entre as empresas, e se é correto aplicar os institutos que colocam o consumidor em posição de vantagem na relação contratual. Visa demonstrar o limite de controle do Poder Judiciário ao realizar a revisão dos contratos empresariais em razão de onerosidade excessiva, ou seja, até onde pode o magistrado interferir na vontade das partes, sem que haja abusos e manifesta vantagem a uma delas.

6 6 METODOLOGIA O trabalho foi elaborado através de pesquisa a obras de direito civil, as quais foram retirados os conceitos basilares dos contratos e principais características, bem como a de livros de direito empresarial, os quais foram extraídas as peculiaridades da relação contratual entre empresários e sociedade empresárias. A pesquisa foi efetuada observando a atual jurisprudência dos Tribunais sobre o tema proposto, com a análise de julgados e enunciados de encontros de juristas na área cível e empresarial. A coleta de dados em diversos meios tem o escopo de proporcionar uma visão ampla do equilíbrio e a revisão contratual no atual cenário empresarial e jurídico.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I- O Contrato Conceito Elementos do contrato Princípios contratuais Contratos empresariais 19 CAPÍTULO II- A Revisão do Contrato em Razão de Fato Superveniente 2.1 Teoria da imprevisão Teoria da base do negócio 25 CAPÍTULO III-Aplicação do Código de Defesa do Consumidor na Revisão dos Contratos Empresariais 27 CAPITULO IV-Limites do Poder Judiciário na Revisão Contratual 32 CONCLUSÃO 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35 ÍNDICE 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO 38

8 8 INTRODUÇÃO A partir do século XX, as relações contratuais sofreram transformações e suas regras foram expandidas, qualitativamente e quatitativamente, em razão da massificação, da especialização e da socialização dos contratos. A liberdade de contratar encontra limites na justiça ou no equilíbrio das prestações recíprocas, assim como a liberdade individual deve ser instrumento para a prática do justo. No curso do contrato, a conduta das partes deve ser regida pela boafé, devendo ocorrer o equilíbrio entre elas em sua execução e o enriquecimento injusto é coibido. O contrato é um meio, instrumento ou técnica de cooperação e solidariedade entre os cidadãos, cujo objetivo consiste na justiça ou no equilíbrio entre as prestações recíprocas. Em caso da ocorrência de desequilíbrio contratual, a revisão ou resolução por onerosidade excessiva de uma das partes, constitui uma forma de se afastarem os efeitos do contrato validamente celebrado entre elas. Com a criação da teoria da imprevisão quando ocorrer a onerosidade excessiva para uma parte e correlato enriquecimento ou vantagem excessiva para outra em decorrência de evento imprevisível superveniente a celebração do contrato de execução diferida ou de trato sucessivo, poderá o contratante prejudicado pedir a revisão o resolução do contrato. Desde a idade média, é utilizada a teoria revisionista, através da cláusula rebus sic stantibus, a qual previa que os contratos vigorariam enquanto as circunstâncias de sua formação estivessem presentes. Caso ocorresse a alteração das circunstancias de forma extraordinária e imprevisível

9 9 e excessivamente onerosa de uma das partes, causando o desiquilíbrio entre as elas, poderia ser resolvido o contrato. No mundo moderno, no desenvolvimento da atividade econômica, a sociedade empresária celebra contratos diversos com outras empresas, e durante a execução desses contratos pode ocorrer fato superveniente que ocasione onerosidade no cumprimento da prestação pactuada, que a leve a requerer judicialmente a revisão ou resolução do contrato. Com o surgimento do Código de Defesa do Consumidor, há entendimento na doutrina e jurisprudência de sua aplicação nos contratos empresariais, quando o empresário figurar como destinatário final do produto e serviço, sendo aplicados os institutos para a facilitação do exercício de seus direitos na revisão dos contratos. O grande desafio recai sobre o magistrado, pois deve verificar a ocorrência de fatos supervenientes que causaram o desequilíbrio no contrato firmado entre os empresários, e resolver entre a sua revisão ou resolução, ou ainda verificar se é cabível a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, em razão da vulnerabilidade de uma partes, a aplicar a facilitação de direito nele constante.

10 10 CAPÍTULO I O CONTRATO 1.1- Conceito Antes de adentrarmos ao objetivo deste trabalho, é necessário trazer de forma breve o conceito de contrato, os elementos necessários para sua formação e princípios que o compõe. Caio Mário resume a definição de contrato como o acordo de vontades com finalidade de produzir efeitos jurídicos (PEREIRA, 1997, p.2). Já Orlando Gomes, entende como o negócio jurídico bilateral, ou plurilateral que sujeita as partes à observância de conduta idônea à satisfação dos interesses que regularam. (GOMES,1996, p. 10) Para Maria Helena Diniz, contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial (DINIZ, 2007, p.14) Conforme se observa, o conceito de contrato engloba o acordo de vontade das partes e a relação obrigacional que nasce desse acordo. Assim, a vontade é a força propulsora de formação e aperfeiçoamento do vínculo ou relação jurídica. O acordo representa o aspecto subjetivo, e a relação obrigacional o aspecto objetivo, da mesma entidade jurídica. O contrato é negócio jurídico típico e fonte por excelência de direitos e obrigações. Atualmente o estudo do contrato, não pode ser efetuado apenas através de sua definição, classificação, formação, validade, efeitos e extinção.

11 11 Com a evolução do contrato, seu conteúdo ideológico tornou-se mais complexo, e o interprete não pode prescindir de um conceito integrado e abrangente do contrato, levando em consideração seu conteúdo lógico, econômico, ético e sociológico, bem como sua finalidade social e seus reflexos nas atividades do desenvolvimento humano. Para Paulo Roberto Speziali (p.6), os fatores mencionados constituem a construção do contrato no direito contemporâneo e influem em sua interpretação, em conjunto com os princípios contratuais e gerais do direito e o intervencionismo do Estado. Desse modo o contrato deve ser interpretado sob o prisma da própria finalidade do Direito, que é a tutela dos interesses gerais e o bem-estar de todos, como instrumento de organização e desempenho do Estado em sua tarefa de promover a justiça e equidade, o bem público e o progresso social. 1.2-Elementos do Contrato O contrato depende para a sua validade da conjunção de elementos extrínsecos e intrínsecos, ou seja, de pressupostos e requisitos. Para Orlando Gomes, (GOMES, 1996,p. 45) pressupostos são as condições sob as quais se desenvolve e pode se desenvolver o contrato. Agrupam-se em três categorias, conforme digam respeito: 1) aos sujeitos; 2) aos objetos; 3) à situação dos sujeitos em relação ao objeto. Todo o contrato pressupõe; a) capacidade das partes; b) idoneidade do objeto; c)legitimação para realizá-lo. De acordo com o autor, esses pressupostos devem estar presentes no momento em que o contrato se realiza ou alcança vigor. São, portanto, extrínsecos, embora se integrem posteriormente na relação contratual. Menciona que a lei exige outras condições para o contrato cumprir sua função econômico-social, requisitos complementares, elementos intrínsecos indispensáveis a validade de qualquer contrato; a) o consentimento; b) a causa; c) o objeto; d) a forma.

12 12 Paulo Roberto Speziali considera para a composição válida e os efeitos dos contratos a existência de pressupostos, requisitos e elementos acidentais. (...) Dessa forma consideramos: a) pressupostos aqueles elementos preexistentes, sem qual o negócio jurídico não poderia alcançar se consecução, consubstanciados na capacidade e legitimação das partes e a idoneidade do objeto do contrato; b) requisitos não preexistentes, mas essenciais a validade das cláusulas contratuais, quais sejam o conteúdo, o consentimento e a forma; c) elementos acidentais os de índoles facultativa, relevantes na execução do contrato, como condição, o termo e o modo ou encargo; e d) elementos acidentais relacionados com a natureza do negócio, aqueles que decorrem de certos tipos de contratos, surgindo seus efeitos, a exemplo da responsabilidade por vícios redibitórios ou pelos riscos da evicção, no contrato de compra e venda.(speziali, 2002, P.7) No entendimento do autor, partes capazes e legitimadas a contratar devem preexistir ao contrato, pois o pressuposto subjetivo do contrato e externo a ele é o sujeito, cujo conceito não se confunde com o da parte, já que a pluralidade de sujeitos pode se unificar para formar uma parte no contrato. A capacidade do agente é pressuposto de todo o negócio jurídico, ou seja, a parte deve estar apta a realizá-lo. Distingue-se a capacidade de direito ou de gozo da capacidade de exercício ou de agir. A primeira decorre da própria personalidade, relaciona-se com todos os direitos e obrigações na ordem civil, e a segunda diz respeito à aptidão para exercer direitos sem a necessidade de representação ou assistência de terceiro, ou seja, a pessoa deve ter capacidade de praticar atos jurídicos. Outro pressuposto é a legitimação das partes para celebrar o contrato. Ilegítima será a parte contratante que embora tenha capacidade, encontre-se impedida ou impossibilitada a prática do contrato. A legitimação concerne à situação circunstancial daquele que pratica o ato, ou à sua idoneidade em

13 13 relação a determinados bens ou a categoria do negócio jurídico implicado, que é distinta de sua capacidade para os atos da vida civil. Quanto ao objeto, o contrato é acordo destinado a regular interesses, razão a qual deve ter objeto lícito e possível, e imprescindível que haja adequação do objeto ao fim pretendido pelos contratantes. Assim, o aperfeiçoamento do contrato, depende, da existência prévia de seu objeto pressuposto, que não se confunde com o objeto da obrigação ou da prestação. Se aquele não configurar nos moldes traçados pelo ordenamento jurídico, será inexistente ou inidôneo, em razão da impossibilidade jurídica, ou desvio de sua função econômica. Portanto, haverá inidoneidade do objeto por impossibilidade jurídica quando ocorrer a transgressão a determinados limites impostos pelo legislador. Os limites impostos seguem razões de ordem pública, que variam nas diferentes fases do desenvolvimento humano, sob as influências dos fenômenos sociais, científicos e filosóficos, marcando limites á liberdade das parte se obrigarem. O conteúdo é requisito que corresponde ao complexo de todos os elementos do contrato, desde o comportamento negocial até o resultado final pretendido. Engloba a própria causa, além de todos os atos, elementos, cláusulas e condições do contrato, da formação a extinção. As cláusulas e condições constantes no contrato integram o seu conteúdo e devem estar em plena conformidade com a lei e os preceitos de ordem pública, sob pena de ficar configurado a ilicitude ou inidoneidade do conteúdo. O consentimento representa o acordo de vontades das partes, para exprimir a formação bilateral do negócio jurídico. Integradas as vontades, dá-se o acordo, que consiste na fusão de duas declarações, distintas e coincidentes.

14 14 Requisito essencial á validade dos negócios jurídicos é a forma pelo devem ser realizados. A regra geral para os contratos é a forma livre. No entanto, os contratos formais ou solenes devem seguir a forma prescrita em lei, sob pena de invalidação do contrato, se não observada. A invalidade somente pode ser decretada se a forma prescrita for da substância do contrato. Embora não exigida na maioria dos contratos, a forma escrita é preferida, pois sua superioridade sobre a forma verbal é manifesta, principalmente no que tange à prova judicial da existência de seu conteúdo Princípios Contratuais Desde a sua formação o contrato se submete a uma série de princípios norteadores, disciplinados pelo Código Civil. A doutrina não adota uma uniformização na exposição dos princípios. Entretanto, alguns princípios são reconhecidos por grande parte da doutrina, são eles: autonomia da vontade, consensualismo, da força obrigatória, da relatividade dos contratos, da boa-fé e função social do contrato Princípio da autonomia de vontade O princípio fundamental da teoria geral do direito contratual é da autonomia da vontade das partes contratantes, que assegura ás pessoas a liberdade de contratar, desde que respeitada função social dos contratos, nos termos do artigo 421 do Código Civil: a liberdade de contratar será exercida em razão dos limites da função social do contrato.

15 15 Para Orlando Gomes (GOMES, 1996, p.22) o princípio significa o poder dos indivíduos de suscitar, mediante declaração de vontade, efeitos reconhecidos e tutelados pela ordem jurídica As partes são livres, para escolher com quem vão manter relações contratuais, delimitar o que vai ser objeto da relação contratual e fixar o conteúdo da obrigação. No entanto, esta liberdade de contratar não é absoluta, sendo limitada ao atendimento da função social, nos termos do art. 421 do Código Civil, pelos preceitos de ordem pública respeito aos bons costumes. O ordenamento jurídico, assegura o equilíbrio contratual entre as partes contratantes, motivo a qual a legislação estipula limites a autonomia de vontade, o que se denominou dirigismo contratual. O dirigismo contratual, nasceu em razão do reconhecimento de que a liberdade de contratar, num regime de desigualdades econômicas, produz forte desiquilíbrio em muitas relações contratuais, devendo o ordenamento jurídico estipular limites as partes Princípio do Consensualismo De acordo com o princípio do consensualismo, basta para a constituição do vínculo contratual o acordo de vontade entre as partes, sendo desnecessária qualquer outra condição para que se aperfeiçoe o contrato. Nem todos os contratos, podem ser classificados como consensuais, por exemplo os contratos reais, além do consentimento, é imprescindível, para o aperfeiçoamento da relação contratual, a entrega de determinada coisa.

16 16 Da mesma forma fogem a regra os contratos solenes, que se submetem a formalidades específicas, sem as quais não se aperfeiçoa Princípio da força obrigatória A expressão pacta sunt servanda resume o princípio da força obrigatória, também chamado de vinculação entre as partes, ou seja, o contrato faz lei entre as partes, obrigando-as pelo que contrataram. Com base na segurança jurídica, o princípio da força obrigatória destaca a intangibilidade do conteúdo do contrato e sua irretratibilidade, significa dizer que uma vez aperfeiçoado e obediente ao que dispõe a lei, não se possibilita a alteração de suas cláusulas ou a resilição por uma das partes sem o consentimento da outra. O inadimplemento do contrato confere a parte lesada o direito de acionar o Poder Judiciário no intuito de obrigar a outra parte a cumprir a obrigação assumida, ou indenizar pelas perdas e danos, sob pena de execução patrimonial. No entanto, há situações que não podem ser evitadas ou inibidas e que justificam o não cumprimento do contrato pelos contratantes. São os chamados casos fortuitos ou de força maior, circunstâncias que demonstradas pelo contratante o isentam de responder pelos prejuízos deles resultantes e que o impediram de cumprir o contrato ( Código Civil, art.393). O sistema jurídico prevê atenuações à rigidez do princípio da obrigatoriedade, o que foi denominado teoria da imprevisão e adotada pelo legislador no Código Civil no artigo 317, revisão de prestação excessiva por fatos supervenientes e nos artigos 478 a 480, resolução por onerosidade excessiva. A aplicação da teoria da imprevisão, será objeto de estudo em capítulo próprio deste trabalho.

17 Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos Em regra os contratos geram efeitos somente entre as partes contratantes, o terceiro alheio ao negócio jurídico não é atingido, não pode ser credor ou devedor de obrigações nele estipuladas. Entretanto, há uma gradação na aplicação desse princípio, levando-se em conta a natureza de interesse de terceiros que podem estar envolvidos no contrato. Sua incidência é plena nas obrigações personalíssimas, como ocorre na cláusula de preferência ou preempção. No entanto, o princípio comporta exceções quanto à sua aplicação, pois há contratos que excepcionalmente, produzem efeitos em relação a terceiros não vinculados á relação contratual. È o que ocorre no contrato de seguro em favor de terceiro. Ressalte-se que para que o contrato possa produzir efeitos sobre terceiros estranhos ao pacto, é preciso que esta possibilidade esteja prevista expressamente em lei Princípio da boa fé O princípio da boa-fé está relacionado a uma questão de interpretação do contrato. Nesse sentido, entende-se que não deve fazer prevalecer sobre a real intenção das partes, apenas o que está escrito no acordo firmado. Assim, em todos os contratos há certas regras implícitas, decorrentes da própria natureza da relação contratual firmada. Mas esse princípio pode ser ainda visualizado sob outro aspecto, o da necessidade das partes atuarem com boa-fé na celebração do contrato, bem como na sua exceção, algo que é defendido há bastante tempo pela doutrina e que Código Civil expressamente consagrou em seu artigo em art. 422: Os

18 18 contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Este dispositivo incorporou ao ordenamento jurídico brasileiro, conforme aponta a doutrina, o chamado princípio da boa-fé objetiva. A boa-fé objetiva, traduz-se pela realização e execução do negócio expressando as intenção pura, isenta de malícia, na conformidade com o direito, visando ao êxito do contrato no interesse genuíno das partes, não obstantes a consciência de que os seus interesses são contrapostos Princípío da função social do contrato Atualmente, a liberdade de contratar sofre limitações que acentuam o caráter de mutação a que o direito contratual está exposto em seu desenvolvimento. O artigo 421 do Código Civil prevê que a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Assim, o artigo acrescentou ao contrato uma função limitadora a ser observada que deve ser somada a função econômica perseguida pelas partes contratantes. A função social do contrato impõe aos contratantes deveres de duas naturezas: primeiro de realizar sua função econômica dentro da sociedade, fazendo circular riquezas, e assim impulsionando o seu progresso material e consequentemente instalando o bem estar social, e o segundo, de não prejudicar os interesses extracontratuais de terceiros ou da coletividade, quando da regulação de seus próprios interesses. O enunciado 26 da I Jornada de Direito Comercial estipula: O contrato empresarial cumpre sua função social quando não acarreta prejuízo a direitos ou interesses, difusos ou coletivos, de titularidade de sujeitos não participantes da relação negocial.

19 19 Sobre o tema o enunciado 22 da I Jornada de Direito Civil acrescenta a função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando troca úteis e justas. Por ser princípio de ordem pública, caberá ao magistrado, nos casos submetidos a seu exame, verificar nas cláusulas formuladas pelas partes contratantes e na execução do contrato, a incidência de limitação prevista no art. 421 do Código Civil, reordenando o contrato para possibilitar que atinja o objetivo previsto na norma. 1.4 Os Contratos Empresariais Na exploração de sua atividade econômica, os empresários celebram diversos contratos cotidianamente, pois precisam adquirir insumos, distribuir os produtos, associar-se para desenvolvimento de novas tecnologias e abertura de mercado. Desde sua constituição a sociedade empresária necessita celebrar alguns contratos, por exemplo: os serviços de uma firma de contabilidade, de locação do imóvel, de um agente de propriedade industrial para efetuar o registro no INPI, com empregados, de fornecimento de energia elétrica, etc. São diversos os contratos celebrados pelos empresários no exercício diário de suas atividades, e, portanto, estes podem ser estritamente empresariais, quando firmado entre empresários, como é o caso do Leasing, entre a indústria e um banco para aquisição de novo maquinário, ou não, quando se sujeitarão a disciplina especial, no caso dos contratos de trabalho, com consumidores ou com administração pública. Assim, os empresários no desenvolvimento de suas atividades, celebram contratos sujeitos a diferentes regimes jurídicos: cível, tutela do consumidor, administrativo e trabalhista. Portanto, cada regime regula de

20 20 maneira diferente a validade e eficácia das cláusulas originadas da autonomia de vontade dos contratantes. No entanto, objetivo deste estudo está relacionado aos contratos realizados entre empresários, ou seja, aquele em que as duas partes contratantes desenvolvem atividade empresarial, bem como as consequências do desiquilíbrio contratual ocasionado pela ocorrência de fatos supervenientes que tornem as prestações onerosas a uma das partes contratantes.

21 21 CAPÍTULO II A REVISÃO DO CONTRATO EM RAZÃO DE FATO SUPERVENIENTE 2.1-Teoria da imprevisão Conforme visto nos capítulos anteriores, o contrato se forma pela manifestação de vontades, livres e conscientes, que se vinculam aos efeitos nele previstos e as consequências advindas do negócio. Se as circunstâncias econômicas se mantêm relativamente estáveis durante a execução do contrato, as partes contratantes são capazes de prever as consequências das obrigações contraídas e cumpri-las sem maiores problemas. No entanto, no decorrer da execução dos contratos, acontecimentos estranhos aos usualmente previstos pelos contratantes, desvinculados de suas vontades, podem gerar o desequilíbrio contratual, causando lesão a uma das partes. Tal situação pode se dar em decorrência de fatos supervenientes, gerados por ocorrências imprevistas no momento da realização do contrato. Nos últimos tempos, frequentes situações lesivas aos contratantes passaram a ocorrer em razão de súbitas mudanças na economia, imprevisíveis as partes quando da celebração do contrato. Cumprir uma obrigação sob tais circunstâncias, pode representar um prejuízo contratual significativo para uma das partes, sem que ela pudesse ter previsto o fato na ocasião do ajuste. Assim, juristas, tribunais e legisladores desenvolveram a teoria da imprevisão, para sustentar que a responsabilidade dos contratantes deve guardar relação com o estado vigente ao tempo da estipulação do contrato.

22 22 O Código Civil de 2002 deu ênfase as exigências de justiça e equidade na relação contratual, reconhecendo a função social do contrato, e a importância da boa-fé, consagrando expressamente a teoria da imprevisão. É pertinente assinalar, que a cláusula rebus sic stantibus foi renovada no direito moderno, sob o nome de teoria da imprevisão, pois limita a autonomia da vontade no interesse da comutatividade dos contratos. Tem por finalidade, portanto, assegurar a equivalência das prestações assumidas pelas partes no contrato, quando, por motivo imprevisível, uma delas se tornou excessivamente onerosa. Nesse contexto, a teoria da imprevisão é um importante elemento para a readequação dos contratos, com o fim de manter a sua base econômica no caso de acontecimentos supervenientes ou alteração posterior das circunstâncias nele originalmente previstas. Sob a ótica da imprevisão, não se considera o contrato como um negócio jurídico isolado, mas inserido dentro de uma realidade e sujeito a incertezas inevitáveis próprias e imanentes ao futuro. A aplicação da teoria da imprevisão se justifica, portanto, quando há modificação das circunstâncias de forma a onerar excessivamente um dos contratantes, buscando restabelecer o equilíbrio quando as partes não mais vislumbram a mesma realidade que conduziu a celebração do contrato. Nos contratos de execução continuada ou diferida, a ocorrência de evento extraordinário que acarrete mudança profunda das circunstâncias existentes ao tempo que as vincularam pode levar a resolução ou à revisão do contrato. Para isso o evento deverá ser imprevisível na ocasião da celebração do contrato, e a alteração de tamanha grandeza a tornar excessivamente onerosa ou difícil para uma das partes a prestação, ou provocar um desequilíbrio acentuado entre as prestações reciprocamente assumidas entre as partes.

23 23 Orlando Gomes sobre a onerosidade excessiva das prestações assumidas no contrato, entende que a onerosidade excessiva da prestação é apenas um obstáculo ao cumprimento da obrigação. Não se trata, portanto, de inexecução por impossibilidade, mas de extrema dificuldade(...) Assim, para que haja a resolução do contrato é preciso, que seja excessiva a diferença de valor do objeto da prestação entre o momento de sua perfeição e o da execução. A onerosidade há de ser objetivamente excessiva, isto é, a prestação não deve ser excessivamente onerosa em relação ao devedor, mas a toda e qualquer pessoa que se encontre em sua posição. Não basta, porém, que a prestação tenha se agravado exageradamente, é necessário que a onerosidade tenha sido determinada por acontecimentos extraordinários e imprevisíveis. (GOMES, 1996, p.178 e 179) O autor conclui que se a onerosidade excessiva decorre de acontecimento extraordinário e imprevisível, que dificulte extremamente o cumprimento da obrigação, o devedor, que se sacrificaria com a execução, tem a faculdade de pedir a rescisão do contrato. (p.179) Sobre o tema o enunciado 175 da III Jornada de Direito Civil estipula: A menção à imprevisibilidade e à extraordinariedade, insertas no art. 478 do Código Civil, deve ser interpretada não somente em relação ao fato que gere desequilíbrio, mas também as consequências que ele produz. O artigo 478 do Código Civil, prevê a possibilidade de resolução do contrato, quando ocorrer o desiquilíbrio contratual em razão da onerosidade excessiva. Através da leitura do mencionado artigo, podem ser extraídos três elementos que possibilitam a resolução do contrato por onerosidade excessiva; a) alteração da realidade em que foi realizado o negócio, que não poderia ter sido prevista pelas partes; b) oneração excessiva de uma das partes; c) correspondente vantagem para a outra parte contratante. Em geral, muito embora o artigo 478 do Código Civil mencione a possibilidade de rescisão do contrato nos casos de onerosidade excessiva, o entendimento dos Tribunais é pela preservação do contrato, conforme

24 24 demonstra a redação do enunciado n 176 da III jornada de Direito Civil do Conselho de Justiça Federal Em atenção ao principio da conservação dos negócios jurídicos, o artigo 478 do Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos contratos, e não a resolução contratual Deve ser verificada a viabilidade da conservação do pacto obrigacional mediante mero ajustamento das prestações, no intuito de restabelecer o equilíbrio entre as partes. Atualmente, fala-se menos em extinção, mas em readaptação das prestações. Despreocupa-se em caráter de ser imprevisível e extraordinário o fato que acarreta a ruptura da equivalência, atentando-se mais para este efeito por obra da acentuada oneração da prestação de uma das partes em si. O artigo 317 do Código Civil, prevê a possibilidade de revisão do contrato pelo Poder Judiciário, no caso da ocorrência de onerosidade excessiva, no intuito de se adequar a prestação e manter o contrato firmado entre as partes. Seguindo a orientação de mantença da avença entre as partes, o artigo 479 do Código Civil, menciona a possibilidade de modificação equitativa das condições do contrato, no intuito de evitar a sua resolução. A jurisprudência e doutrina apontam pela manutenção do contrato e sua revisão como prioridade, sendo a sua resolução a ultima ratio. Assim, ainda que uma das partes contratantes pretenda a resolução e outra deseje a revisão contratual, é outorgado ao julgador, privilegiar a manutenção do contrato.

25 Teoria da base do negócio A teoria da base de negócio foi lançada por Paul Oertmann em 1921, e embora não exista uniformidade em sua definição, ela reconduz a ideia de pressuposição, submetida a certas condições relevantes, de modo a não deixar em perigo a segurança jurídica. Para Paulo Roberto Speziali ( Speziali, 2002, p.122 e 123) constitui a base do negócio a representação mental que cada uma das partes no momento da conclusão do contrato, conhecida pela globalidade e não refutada pela outra parte, ou a intenção comum aos contratantes quanto ao que é exteriorizado e que possa sobrevir. (...)as representações mentais dos contratantes, ao tempo da conclusão do contrato, relacionam-se com certas circunstâncias fundamentais para a formação do consentimento, tais como equilíbrio dos esforços das partes, a equivalência das prestações, a existência no mercado da coisa objeto da prestação ou a possibilidade de repor a provisão de mercadorias, a permanência aproximada do preço acordado e outras circunstâncias semelhantes. O cumprimento do contrato dependeria da permanência dessas condições. A mudança dessas condições deveria ser entendida como mudança do conteúdo do contrato que teria forma antiga e conteúdo novo, justificando-se a sua revisão ou resolução. (SPEZIALI, 2002, p.123) Assim, de acordo com essa teoria, seria necessário apenas a verificação de fatos supervenientes que tivessem quebrado o equilíbrio contratual entre a prestação e contraprestação assumidas pelas partes contratantes, sendo dispensável a presença da imprevisibilidade, extraordinariedade e onerosidade excessiva para ser requerida a revisão ou resolução do contrato.

26 26 Portanto, na concepção da base do negócio, formada pelas representações mentais, comum a ambas as partes, ou pela representação de uma delas (desde que reconhecida e não contestada pela outra), acerca da existência de determinado fato ou a respeito de verificação futura de certas circunstâncias, nas quais se funda a deliberação para contratar. Se falhar a representação, porque a realidade diverge da previsão do declarante, deve-se reconhecer a parte lesada o direito de resolver ou denunciar o negócio. O Código Civil adotou a teoria imprevisão, mas a doutrina e jurisprudência tem aderido a teoria da base do negócio, visto que para sua aplicação bastaria a mudança das condições do conteúdo do contrato por fatos supervenientes, dispensando a imprevisibilidade, extraordinariedade e onerosidade excessiva que muitas vezes são de difícil comprovação..

27 27 CAPÍTULO III A APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NA REVISÃO DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS A aplicação do Código de Defesa do Consumidor nos contratos empresariais, quando as duas partes são sociedades empresárias é controvertida, tanto na doutrina quanto nos julgados dos Tribunais pátrios, que será demonstrado abaixo. O autor Fábio Ulhoa esclarece que os contratos firmados entre empresários estão sujeitos à disciplina cível, o Código de Defesa do Consumidor aplica-se apenas em duas hipóteses se um dos empresários contratantes é consumidor, tal como definido no artigo 2 da lei consumerista, ou se está perante o outro, em situação de vulnerabilidade análoga a dos consumidores. Os contratos ou estão regulados pelo regime cível ou pela tutela dos consumidores. Submetem-se ao primeiro, em que é altamente prestigiada a autonomia da vontade, os contratos celebrados entre empresários iguais. Por sua vez, submetem-se a direito do consumidor, caracterizado por normas cogentes sobre as obrigações das partes, os contratos entre empresários em que um deles é consumidor (figura como destinatário final, sob o ponto de vista econômico e não físico, da mercadoria ou serviço) ou se encontra em situação análoga a de consumidor (vulnerabilidade, econômica social ou cultural) (COELHO, 2014, p.36) No entanto, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor nos contratos empresariais é controvertida, posto que o empresário, pela exploração de atividade de produção ou circulação de bens e serviços, sempre se enquadra no conceito de fornecedor.

28 28 A aplicação do Código de Defesa do Consumidor é delineado pelo conceito de relação de consumo, e o empresário que a adquire bens ou serviços para reinseri-los, ainda que transformados, na cadeia de circulação econômica não pode ser visto como consumidor, visto que é necessário ser destinatário final, nos termos do artigo 2 do Código Consumerista. A dúvida existe acerca da aplicabilidade da legislação da tutela dos consumidores nos atos interempresariais, nas hipóteses em que não se verifica a intermediação física do bem ou serviço. Nessas situações, o empresário pode ser visto como destinatário final dos bens e serviços, uma vez que fisicamente eles deixam de circular. quando a atividade econômica explorada pelo empresário, sem alterações quantitativas ou qualitativas em seus resultados, apesar da falta de determinado bem ou serviço, então a sua aquisição é juridicamente de consumo, e o empresário estará tutelado pelo Código de Defesa do Consumidor. Ao contrário, se a ausência daquele bem ou serviço interferir, de forma considerável, nos resultados econômicos da empresa, revelando-se estritamente indispensável, então será considerado insumo a tal aquisição, aplicando-se em decorrência do Código Civil e legislação comercial complementar. (COELHO, 2014, p.202/203) Os empresários por vezes podem encontrar-se vulneráveis, técnica, jurídica ou socioeconomicamente, diante de seus parceiros comerciais. No entanto, existe a presunção de que eles tem condições de superar a vulnerabilidade cercando-se das informações necessárias ou do auxílio de especialistas. Nas relações interempresariais, a prova de vulnerabilidade cabe ao empresário que aderiu aos termos contratuais gerais propostos pela outra parte. Inverter-se, assim, a distribuição do ônus probatório, uma vez que, quanto aos consumidores, a vulnerabilidade é presumida em termos absolutos. A vulnerabilidade do contratante não está necessariamente associada a hipossuficiência. Podem vislumbrar hipóteses em que empresários de porte que se mostrem vulneráveis, porém não hipossuficientes, diante de outros agentes econômicos mais poderosos. Recai sobre o empresário invocar a

29 29 aplicação analógica do Código de Defesa do Consumidor, para requer a revisão do contrato celebrado. No atual cenário, a venda de produtos ou prestação de serviços em massa, não permitem negociações entre os contratantes, em razão do custo de processamento na organização empresarial, de eventuais contrapropostas. Somente nos contratos de valor expressivo cabem negociações sobre suas cláusulas, porque o custo de transação pode ser facilmente absorvido. Por isso muitos dos contratos entre os empresários são de adesão, ou seja, um dos contratantes aceita as cláusulas unilateralmente feitas pelo outro. Em casos em que o contrato é de adesão, haveria a necessidade de aplicar o Código de Defesa do Consumidor para tutelar o empresário mais vulnerável na relação contratual, e que sequer pode questionar as cláusula do contrato celebrado. André Luiz Santa Cruz Ramos (p. 523) entende que uma relação entre empresários, não pode ser considerada com de consumo, posto que nas relações empresariais nenhuma das partes adquire produto e serviço como destinatário final, razão a qual não podem ser aplicada as regras do Código de Defesa do Consumidor. Para o autor não seria possível esse alargamento da aplicação do Código de Defesa do Consumidor nas relações entre empresários, visto que nestas a intervenção estatal deve ser a todo custo evitada, prevalecendo a ampla liberdade entre as partes e irrestrita liberdade contratual. Além do que a revisão contratual aplicando o Código de Defesa do Consumidor acarretaria em aumento dos custos para transação e traria insegurança jurídica, o que acabaria prejudicando os consumidores, posto que tais custos seriam internalizados e refletiriam no aumento de preços.

30 30 Nesse sentido, o Enunciado 20 da I Jornada de Direito Comercial do CJF dispôs Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor aos contratos celebrados entre empresários em que um dos contratantes tenha por objetivo suprir-se de insumos para sua atividade de produção, comércio ou prestação de serviços. O STJ tem entendimento que um empresário ou uma sociedade empresária não são considerados consumidores quando adquirem produtos ou serviços que são utilizados, direta ou indiretamente, na atividade e econômica que exercem. Direito civil. Produtor rural. Compra e venda de sementes de milho para o plantio. Código de Defesa do Consumidor. Não aplicação. Precedentes. Reexame da matéria-fático probatória. Óbice da Súmula 7/STJ. Recurso especial improvido. I-os autos dão conta tratar-se de compra e venda de sementes de milho por produtor rural, destinadas ao plantio em sua propriedade em sua propriedade para posterior colheita e comercialização, as quais não foram adquiridas para o próprio consumo. II- O entendimento da egrégia Segunda Seção é no sentido de que não configura relação de consumo nas hipóteses em que o produto ou serviço são alocados na prática de outra atividade produtiva. Precedentes(...) (REsp /PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, Rel. p/acórdão Min. Massami Uyeda, 3 Turma,, j. 05/08/2010, DJe ) No entanto, quando o empresário individual ou sociedade empresária adquirem produtos e serviços na qualidade de destinatários finais econômicos, e considerado que há relação de consumo e se aplica o CDC. Recurso Especial. Fornecimento de água. Consumidor. Destinatário final. Relação de consumo. Devolução me dobro dos valores pagos indevidamente. Aplicação dos artigos 2 e 42, paragrafo único do lein 8.078/90. I-O conceito de destinatário final do Código de Defesa do Consumidor, alcança a empresa ou o profissional que adquire bens ou serviços e os utiliza em benefício próprio (AgRg no Ag n /SP, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ de ). II- No caso em exame a recorrente enquadra-se em tal conceituação,

31 31 visto ser a empresa prestadora de serviço médicohospitalares, que utiliza a água para a manutenção predial e o desenvolvimento de suas atividades, ou seja, seu consumo é em benefício próprio. III- A empresa por se destinatária final do fornecimento de água, e, portanto, por se enquadrar no conceito de consumidora, mantém com a recorrida relação de consumo, o que torna aplicável o disposto no artigo 42, parágrafo único da Lei 8.078/90. IV- Recurso especial conhecido e provido (REsp /SP, Rel. Min. Francisco Falcão, 1 Turma, J , DJe ) De igual forma, o STJ tem admitido a aplicação do CDC, quando ficar caracterizada a vulnerabilidade técnica, econômica e jurídica de uma das partes. Agravo regimental. Agravo de instrumento. Consumidor. Relação de consumo. Caracterização. Destinação final fática e econômica do produto ou serviço. Atividade empresarial. Mitigação da regra. Vulnerabilidade da pessoa juridica. Presunção relativa. 1- consumidor intermediário, ou seja, aquele que adquiriu produto ou o serviço para utilizá-lo em sua atividade empresarial, poderá ser beneficiado com a aplicação do CDC quando demonstrada sua vulnerabilidade técnica, jurídica ou econômica frente à outra parte. 2.agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no Ag 1.316,667/RO, rel. Min. Vasco Della Giustina, 3ª turma, j Dje Pelo exposto, nas relações entre empresários, em regra, não se aplica o CDC, porque as partes assumem a condições de destinatária final, já os produtos e serviço são utilizados, direta ou indiretamente em sua atividade econômica. No entanto, a doutrina e a jurisprudência tem entendido pela aplicação do Código de Defesa do Consumidor para a revisão do contrato firmado entre as partes, quando uma delas for empresário individual ou a sociedade empresaria possua a condição de destinatário final do produto ou serviço, bem como, em casos em que não seja destinatária final do bem, mas possua vulnerabilidade técnica, econômica e Jurídica em relação a outra.

32 32 CAPÍTULO IV OS LIMITES DO PODER JUDICIÁRIO NA REVISÃO CONTRATUAL Conforme acima mencionado, a revisão contratual deve ter por finalidade a manutenção do equilíbrio contratual, de modo a permitir que as partes possam continuar a negociar e a restabelecer prestações futuras e que os contratos assim realizados possam continuar a obedecer ao consagrados princípios da justiça. A manutenção do equilíbrio, durante toda a vida do contrato, é imperativa e decorre do princípio da boa-fé objetiva, que abrange a lealdade entre as partes, nos termos dos artigos 421 e 244 do Código Civil. O legislador e a jurisprudência entendem que justifica a revisão dos contratos não só diante de fatos imprevisíveis, mas também em consequências imprevisíveis de fatos eventualmente previsíveis. Assim, quando as partes contratantes não chegarem a um consenso quanto a revisão do contrato que se tornou oneroso para uma delas, estas poderão submeter a questão ao Poder Judiciário. Proposta a demanda revisional, o Juiz deve fazer a distinção entre a parte realmente prejudicada pela onerosidade excessiva e aquela que almeja a obtenção de vantagem indevida ao abrigo do Judiciário. A revisão não se presta para anular ou amenizar os prejuízos decorrentes da álea normal do contrato, mas para verificar a ocorrência de fato superveniente que tenha ocorrido dificultando ou impossibilitando o cumprido

33 33 dos termos do contrato, ocasionando a onerosidade excessiva da prestação convencionada a uma das partes. O juiz deve integrar o contrato revisando-o, não podendo agir em substituição a vontade das partes, devendo estimar o caráter abusivo da prestação contratual, levando em conta sua oposição ao princípio da boa fé e o desequilíbrio dos direitos e obrigações inerentes ao contrato. A luz do direito material, o Juiz deverá privilegiar a revisão do contrato, abrindo-se antes a oportunidade para que o requerente seja ouvido sobre a proposta do réu de adequação da prestação que se tornou onerosa. Poderá o julgador então, aceitar in integrum a oferta de redução do réu ou acolhe-la parcialmente, determinando, para este último caso, a revisão nas condições que sob sua avaliação reflitam o estado imediatamente anterior ao desequilíbrio. O juiz optará pela resolução do contrato somente em ultima alternativa, quando reequilíbrio do contrato, se comparado a situação anterior à onerosidade excessiva, não mais gerar vantagens às partes, ou a uma delas, ou surtir prejuízos a qualquer dos contratantes. Desta forma, o juiz deve sempre buscar a interpretação que estiver mais consentânea com a natureza do negócio e flexibilizar a força obrigatória do contrato para proporcionar a melhor adaptação do ajuste ás modificações futuras das circunstâncias.

34 34 CONCLUSÃO No atual cenário empresarial, as relações contratuais devem ser pautadas no equilíbrio das prestações recíprocas assumidas e a conduta das partes deve observar sempre a boa-fé. Havendo o desequilíbrio contratual, nos contratos de execução diferida ou de trato sucessivo, que decorra de onerosidade excessiva de uma prestação assumida por um dos contratantes, por evento imprevisível superveniente, é a facultada a parte prejudicada requer perante o Poder Judiciário a revisão ou resolução do contrato. Essa é a denominada teoria de imprevisão. A doutrina e jurisprudência, demonstram a possibilidade de revisão do contrato bastando a mudança das condições do conteúdo por fatos supervenientes, dispensando a imprevisibilidade, extraordinariedade e onerosidade excessiva que muitas vezes são de difícil comprovação, o que foi denominado teoria da base do negócio. A questão bastante controvertida, é aplicação do Código de Defesa do Consumidor nos contratos empresariais, visando a sua revisão e resolução. Conforme restou demonstrado, a doutrina e a jurisprudência vem adotando o Código Consumerista, nos casos em que o empresário figurar como destinatário final do produto e serviço, sendo aplicados os institutos para a facilitação do exercício de seus direitos na revisão dos contratos. Na prática, o magistrado deverá verificar a ocorrência de fatos supervenientes que causaram o desequilíbrio no contrato firmado entre os empresários, e tentar a sua revisão, no intuito de preservar a avença existente entre as partes. Somente poderá determinar a resolução do contrato quando não houver outra alternativa ou caso a sua mantença possa trazer prejuízo para as partes.

35 35 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA COELHO, Fábio Ulhoa, Curso de Direito Comercial, Direito da Empresa, 15ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Saraiva, FORGONI, Paula A., Teoria Geral dos Contratos Empresariais, 2ª ed., São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, GOMES, Orlando, Contratos, 17ª Ed., Rio de Janeiro, Ed.Forense, NEGRÃO, Ricardo, Manual de Direito Comercial e Empresa, São Paulo, 4ª edição, V. II, Ed. Saraiva, 2014 PEREIRA, Caio Mário da Silva, Instituições de Direito Civil, Rio de Janeiro, V. III, Ed. Saraiva, 1997 DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil, 23ª ed., São Paulo, Ed. Saraiva, V. III, RAMOS, André Luiz Santa Cruz, Direito Empresarial Esquematizado, 4ª ed, São Paulo, Ed. Método, Rey, 2002 SPEZIALI, Paulo Roberto, Revisão Contratual, Belo Horizonte, ED. Del GOMES, Luiz Roldão de Freitas. Revisão Contratual em Função das cláusulas Abusivas e Integração do Contrato. Revista de Direito do TJRJ, vol. 49, Rio de Janeiro: Espaço Jurídico, 2001.

36 36 NITSCKE. Guilherme Carneio Monteiro- Revisão, Resolução, Reindexação, Renegociação: O Juiz e o Desequilibrio Superveniente de Contratos e Duração- RTDC, Vol. 50, Abr/Jun/2012

37 37 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I- O Contrato Conceito Elementos do contrato Princípios contratuais Contratos empresariais 19 CAPÍTULO II-A Revisão do Contrato em Razão de Fato Superveniente 2.1 Teoria da imprevisão Teoria da base do negócio 25 CAPÍTULO III-Aplicação do Código de Defesa do Consumidor na Revisão dos Contratos Empresariais 27 CAPITULO IV- Limites do Poder Judiciário na Revisão Contratual 32 CONCLUSÃO 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 35 ÍNDICE 37 FOLHA DE AVALIAÇÃO 38

38 38 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito:

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