Minas Trata Esgoto. Plano de Ações Estratégicas para Redução do Lançamento de Carga Poluidora nas Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais

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2 Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Fundação Estadual do Meio Ambiente Diretoria de Gestão da Qualidade e Monitoramento Ambiental Gerência de Monitoramento de Efluentes Minas Trata Esgoto Plano de Ações Estratégicas para Redução do Lançamento de Carga Poluidora nas Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais Belo Horizonte 2016

3 2016 Fundação Estadual do Meio Ambiente Governo do Estado de Minas Gerais Fernando Damata Pimentel Governador Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SISEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SEMAD Jairo José Isaac Secretário Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM Rodrigo de Melo Teixeira Presidente Diretoria de Gestão da Qualidade e Monitoramento Ambiental DGQA Irene Albernáz Arantes Diretora Gerência de Monitoramento de Efluentes GEDEF Ivana Carla Coelho Gerente Coordenação: Alessandra Souza Jardim Analista Ambiental, Bióloga, Especialista em Estudo de Impacto Ambiental em uma Perspectiva Multidisciplinar. Matheus Ebert Fontes Analista Ambiental, Administrador de Empresas, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas Elaboração: André Ferreira Milton, Bolsista Fapemig Biólogo Kamila Bhering dos Santos, Bolsista Fapemig Engenheira Ambiental Marcela França Rosa Severino, Bolsista Fapemig Engenheira Ambiental Raul Soares Peixoto, Bolsista Fapemig Biólogo, Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre Sara Vasconcelos dos Santos, Bolsista Fapemig Engenheira Ambiental, Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos Colaboradores: Alessandro Ribeiro Campos Núcleo de Geoprocessamento Edwan Fernandes Fioravante Gabinete da Presidência da FEAM Gilcele Cristina Silva Núcleo de Geoprocessamento Bernardo Lopes Vieira Vasconcelos, Estagiário - Graduando em Engenharia Ambiental Ivana Carla Coelho Engenheira de Produção Civil, especialista de Formas Alternativas de Energia Ficha catalográfica elaborada pelo Núcleo de Documentação Ambiental do Sisema F981m Fundação Estadual do Meio Ambiente. Minas trata esgoto: plano de ações estratégicas para redução do lançamento de carga poluidora nas bacias hidrográficas do estado de Minas Gerais / Fundação Estadual do Meio Ambiente. --- Belo Horizonte: FEAM, p.; il. 1. Esgoto sanitário. 2. Tratamento de esgoto. 3. Lançamento de carga poluidora.. 4. Bacia Hidrográfica. I. Título. CDU: 628.3

4 APRESENTAÇÃO No ano de 2003, foi implementado no estado de Minas Gerais, pela Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM, o programa Minas Trata Esgoto, que tem como principal objetivo realizar a gestão estratégica da implantação de sistemas de tratamento de esgotos. Para facilitar essa gestão, foi utilizado como ferramenta o Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal IESM, que, como o próprio nome diz, permite analisar a situação atual do esgotamento sanitário nos municípios de Minas Gerais. O presente trabalho é composto por três etapas: (i) diagnóstico da situação do esgotamento sanitário no Estado; (ii) avaliação da qualidade do serviço de esgotamento sanitário dos municípios mineiros; (iii) diretrizes. Na primeira etapa do trabalho, a situação do esgotamento sanitário foi caracterizada por meio de dados primários (informações disponibilizadas pelos titulares e prestadores de esgotamento sanitário - ofícios, vistorias de campo, além de documentos internos da FEAM) e secundários (consultas aos estudos realizados nos Planos de Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos PITEs e ao Sistema Integrado de Informação Ambiental SIAM). Foram considerados os seguintes fatores: população atendida pelos serviços de coleta e tratamento de esgotos na área urbana, programa de monitoramento e regularização ambiental das ETEs, atendimento à Deliberação Normativa DN COPAM nº 96/2006 e recebimento de Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos. Na segunda etapa, realizou-se a avaliação da qualidade dos serviços de esgotamento sanitário dos municípios mineiros por meio do IESM. Este índice agrupa três indicadores: Percentual de Coleta, Percentual de Tratamento e Regularização Ambiental das ETEs, sendo este último dividido em quatro subindicadores: ETE Regularizada, Atendimento à DN nº 96/2006, Realização do Monitoramento de Efluentes e Recebimento de ICMS Ecológico. Conforme a pontuação obtida, os municípios foram enquadrados em quatro classes quanto à situação do esgotamento sanitário: Bom, Médio, Ruim e Alarmante.

5 Por fim, foram identificados os principais problemas que afetam a qualidade e dificultam a universalização dos serviços de esgotamento sanitário nos municípios mineiros. Em seguida, foram elaboradas diretrizes no sentido de dirimir ou atenuar essas deficiências identificadas via ofícios respondidos pelas prefeituras.

6 LISTA DE SIGLAS ABCON AA AAF AL ARSAE/MG Aw BA BHRG BHRMP BHRP BHRPA BHRPG BHRPI BHRV BNDES Bswh CBH CEP CERH/MG Cfa COPAM COPANOR COPASA Cwa Cwb DAE DAGES DIMOG DMAE DN DN DN DO UPGRH DO1 UPGRH DO2 UPGRH DO3 UPGRH DO4 UPGRH DO5 UPGRH DO6 DR ER Associação das Concessionárias Privadas de Água e Esgoto Análise Adicional (indicador do IQES) Autorização Ambiental de Funcionamento Alagoas Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais Clima tropical de inverno seco e chuvas máximas no verão Bahia Bacia Hidrográfica do Rio Grande Bacia Hidrográfica dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba Bacia Hidrográfica do Rio Pará Bacia Hidrográfica do Rio Piranga Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Clima semiárido, com curto período de chuva no verão Comitê de Bacia Hidrográfica Código de Endereçamento Postal Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais Clima subtropical com chuvas distribuídas e verões quentes Conselho Estadual de Política Ambiental COPASA Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais S/A Companhia de Saneamento de Minas Gerais Clima subtropical de verões quentes e inverno seco Clima subtropical temperado de inverno seco e verão temperado Departamento de Água e Esgoto Departamento de Água e Esgotos Divisão de Monitoramento e Geoprocessamento Departamento Municipal de Água e Esgoto Atendimento dos municípios à DN nº 96/2006 (subindicador do IESM) Atendimento dos municípios à DN nº 128/2008 (subindicador do IQES) Deliberação Normativa Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio Doce Rio Piranga Rio Piracicaba Rio Santo Antônio Rio Suaçuí Grande Rio Caratinga Rio Manhuaçu Disposição final dos resíduos sólidos da ETE (indicador do IQES) ETE Regularizada (subindicador do IESM)

7 ETE FCE FEAM FHIDRO FUNASA GD GEDEF IBGE ICMS IDH IE IESM IGAM IQA IQES JQ UPGRH JQ1 UPGRH JQ2 UPGRH JQ3 LE LI LNSB LO LP MC ME MG MI MMA MO MTE NUCASE OP PA UPGRH PA1 PAC PC Estação de Tratamento de Esgoto Formulário de Caracterização de Empreendimentos Fundação Estadual do Meio Ambiente Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais Fundação Nacional de Saúde Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio Grande Gerência de Monitoramento de Efluentes Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços Índice de Desenvolvimento Humano Recebimento de ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos (subindicador do IQES e IESM) Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal Instituto Mineiro de Gestão das Águas Índice de Qualidade das Águas Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário Municipal Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio Jequitinhonha Rio Jequitinhonha Rio Araçuaí Médio e Baixo rio Jequitinhonha Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos dos Rios do Leste Licença de Instalação Lei Nacional de Saneamento Básico Licença de Operação Licença Prévia Ministério das Cidades Monitoramento de Efluentes Líquidos (subindicador do IESM) Minas Gerais Ministério da Integração Nacional Ministério do Meio Ambiente Apresentação do programa de monitoramento da ETE (subindicador do IQES) Minas Trata Esgoto Núcleo Sudeste de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental Operacionalidade das ETEs (indicador do IQES) Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio Pardo Rio Pardo Programa de Aceleração do Crescimento Percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgotos (indicador do IQES e IESM)

8 PCD Percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgotos declarado pelo município PDRH Plano Diretor de Recursos Hídricos PERH Política Estadual de Recursos Hídricos PITE Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários PJ Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos dos Rios Piracicaba e Jaguari PLANSAB Plano Nacional de Saneamento Básico PMSB Plano Municipal de Saneamento Básico PN Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio Paranaíba UPGRH PN1 Alto rio Paranaíba UPGRH PN2 Rio Araguari UPGRH PN3 Baixo rio Paranaíba PNRH Política Nacional de Recursos Hídricos PNSB Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PRSF Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco PS Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio Paraíba do Sul UPGRH PS1 Rios Preto e Paraibuna UPGRH PS2 Rios Pomba e Muriaé PT Percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos (indicador do IQES e IESM) PTD Percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos declarado pelo município q Peso do indicador Q7,10 Vazão mínima média de sete dias sequenciais com um período de retorno de 10 anos Q95 Vazão em que 95% do tempo as vazões do rio são iguais ou superiores a ela (obtida por curva de permanência) Qmlp Vazão média de longo período RA Regularização ambiental da ETE (indicador do IQES e IESM) SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgoto SEDRU Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana SEGRH Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos SEMAD Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SF Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Rio São Francisco SIAM Sistema Integrado de Informação Ambiental SISEMA Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SISEMG Serviços de Esgotamento Sanitário dos Municípios de Minas Gerais SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

9 SNIS SNSA SUPRAM UPGRH Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Superintendência Regional de Regularização Ambiental Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos

10 LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 Distribuição da população urbana, segundo censo IBGE 2010, por grupo. 9 Figura Percentual de população urbana com e sem tratamento de esgoto por grupo Figura Evolução da capacidade instalada para atendimento da população urbana dos anos de 2000 a 2015 no Estado Figura Comparativo entre os Percentuais de Coleta (PC) e Tratamento (PT) de esgoto das Bacias dos Rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Piracicaba, Mogi-Guaçu e Pardo e Piranga Figura População atendida pelos serviços de coleta e tratamento de esgoto das Bacias dos Rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Piracicaba, Mogi-Guaçu e Pardo e Piranga Figura Bacias Hidrográficas de Minas Gerais. Fonte: CBH Araguari, Figura Percentual de Coleta de Esgoto Declarado (PCD) nas bacias hidrográficas em relação ao PCD do estado de Minas Gerais Figura Percentual de Tratamento de Esgotos Declarado (PTD) nas bacias hidrográficas em relação ao PTD do estado de Minas Gerais Figura Panorama da situação das ETEs no estado de Minas Gerais Figura Panorama da situação das ETEs quanto à regularização ambiental no estado de Minas Gerais Figura Panorama da situação das ETEs quanto à regularização ambiental nas bacias hidrográficas de Minas Gerais Figura Percentual de ETEs que realizam programa de monitoramento de efluentes nas bacias hidrográficas em relação à média do estado de Minas Gerais Figura Número e percentual de empreendimentos que realizam o monitoramento de efluentes de acordo com a regularização ambiental das ETEs Figura Percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PC no estado de Minas Gerais Figura Percentual de coleta por município do estado de Minas Gerais de acordo com as faixas do indicador PC

11 Figura Percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PT por bacia hidrográfica do estado de Minas Gerais Figura Percentual de tratamento por município do estado de Minas Gerais de acordo com as faixas do indicador PT Figura Valores de IQA das bacias do estado entre 2004 e 2014 (exceto as Bacias dos Rios do Leste e Piracicaba e Jaguari) Figura Atendimento ao subindicador ER pelos municípios nas áreas de abrangência das bacias Figura Número de municípios de Minas Gerais distribuídos por grupo segundo DN nº 96/ Figura Número de municípios que atendem ou não ao subindicador DN nº 96/ Figura Número de municípios que atendem ou não ao subindicador DN nº 96/2006 distribuídos por bacias Figura Atendimento ao subindicador ME pelos municípios nas áreas de abrangência das bacias Figura Atendimento ao subindicador ICMS Ecológico pelos municípios nas áreas de abrangência das bacias Figura Número de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador RA no estado de Minas Gerais Figura Resultado da aplicação do IESM nos municípios de Minas Gerais para o ano de Figura Percentual de municípios enquadrados nas faixas do IESM por bacias Figura Proporção de municípios por dificuldades e problemas identificados pelos mesmos na gestão de efluentes dentre as listadas pela GEDEF no estado de Minas Gerais, Figura Proporção de municípios que identificaram as principais deficiências na gestão de efluentes listadas pela GEDEF, estado de Minas Gerais, Figura Distribuição dos recursos aprovados, a partir de 2013, pelos órgãos de fomento Funasa, Sedru e Ministério das Cidades, entre as bacias do Estado

12 LISTA DE TABELAS Tabela 3.1 Critérios e prazos para regularização ambiental dos sistemas de tratamento de esgotos segundo as DNs COPAM nº 96/20006 e 128/ Tabela Número de municípios enquadrados em faixas e categorias de acordo com o IQES das Bacias dos Rios Paraopeba, Piracicaba, Pará, Piranga e Mogi-Guaçu e Pardo Tabela Comparação entre o número de municípios de cada bacia e o número de municípios amostrados Tabela Peso dos indicadores que compõem o IQES Tabela Peso dos indicadores e subindicadores que compõem o IESM Tabela Faixas de classificação do IESM Tabela Análise de regressão múltipla: Coeficientes de determinação e p-valor (nível de significância) das variáveis explicativas Tabela Número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PC no estado de Minas Gerais Tabela Número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PT no estado de Minas Gerais Tabela Número e percentual de municípios que atendem ou não ao subindicador ER Tabela Número de municípios que atendem ou não ao subindicador DN nº 96/ Tabela Número e percentual de municípios que atendem ou não ao subindicador ME Tabela Número e percentual de municípios que atendem ou não ao subindicador ICMS Ecológico Tabela Número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador RA no estado de Minas Gerais Tabela Classificação, número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do IESM no estado de Minas Gerais Tabela Panorama sobre o enquadramento dos municípios nas faixas do IESM entre os anos de 2014 e

13 Tabela Proporção amostral de municípios que identificaram as dificuldades, problemas e deficiências na gestão de efluentes citadas pela GEDEF/FEAM e intervalo de 95% para a proporção inferida para os 853 municípios do estado de Minas Gerais, Tabela Proporção dentre os 92 municípios participantes da amostragem que identificaram as dificuldades, problemas e deficiências na gestão de efluentes citadas pela GEDEF/FEAM e proporção calculada para 58 municípios que identificaram essas dificuldades antes da amostragem, Tabela Valores dos benefícios aprovados e liberados por órgãos de fomento do estado de Minas Gerais LISTA DE QUADROS Quadro Resumo sobre as fontes de captação de recursos

14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos HISTÓRICO Histórico do saneamento no Brasil Histórico de legislações referentes ao saneamento Agência Reguladora Programa Minas Trata Esgoto Demandas identificadas e projetos executados no MTE Percentuais de coleta e de tratamento entre as bacias estudadas Comparativo entre os IQES das Bacias dos rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Piracicaba, Mogi-Guaçu e Pardo, e Piranga METODOLOGIA Diagnóstico Pesquisa de opinião Levantamento de dificuldades dos municípios para universalização dos sistemas de esgotamento sanitário Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal Cálculo do IESM DIAGNÓSTICO DO ESTADO Bacias hidrográficas de Minas Gerais Percentual de coleta e tratamento de esgoto Estações de tratamento de esgoto no estado de Minas Gerais AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO NOS MUNICÍPIOS MINEIROS Indicador PC Percentual de Coleta Indicador PT Percentual de Tratamento Indicador RA Regularização Ambiental IESM - Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal... 89

15 7 DIRETRIZES Diretrizes específicas aos municípios Diretrizes específicas ao Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) APÊNDICES Ofício Circular FEAM 01/ Ofício Circular GEDEF/FEAM/SISEMA 02/ Análise de Regressão Múltipla Tabela cálculo do IESM Formulário da pesquisa de opinião Pesquisa de opinião ANEXOS Deliberação Normativa COPAM nº 96 de 12 de abril de Deliberação Normativa COPAM nº 128, de 27 de novembro de Ofício Circular GEDEF.FEAM.SISEMA 01/ Ofício Circular GEDEF.FEAM.SISEMA 02/

16 1 INTRODUÇÃO As ações antrópicas têm gerado grandes impactos nas bacias hidrográficas através do intenso processo de uso do solo sem planejamento adequado e substituição das áreas naturais. Entre os principais impactos estão a perda de disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos, diminuição dos níveis de capacidade e suporte dos ecossistemas, assoreamento, perda da biodiversidade, queda na fertilidade do solo e intensificação dos processos erosivos. Esses impactos são ainda intensificados pelo lançamento de esgotos nos corpos hídricos, em sua maioria in natura, tanto de populações urbanas quanto rurais. Essa carga poluidora causa a perda da qualidade da água, proliferação de vetores e doenças de veiculação hídrica, eutrofização e dificulta o tratamento da água para abastecimento humano. A edição mais recente da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNSB (2010b) realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE em parceria com o Ministério das Cidades, trouxe informações acerca do manejo de resíduos sólidos, manejo de águas pluviais, abastecimento de água e esgotamento sanitário. Como resultado, apenas 55,2% dos municípios brasileiros contavam com serviços de esgotamento sanitário por rede coletora, sendo que somente 28,5% dos municípios apresentavam tratamento de esgoto. A precariedade desses serviços é evidenciada nos estratos de renda mais baixa e de menor escolaridade, nas periferias das grandes e médias cidades e em locais onde predominam a população rural, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país (PLANSAB, 2013). Diante desse quadro, o poder público foi impulsionado a discutir políticas que proporcionassem a universalização do esgotamento sanitário. Em 2006, o Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM determinou por meio da Deliberação Normativa DN n 96/2006 (MINAS GERAIS, 2006) o estabelecimento de prazos e a convocação para que todos os municípios implantassem sistemas de tratamento de esgotos regularizados. Corroborando com os objetivos dessa DN COPAM, no mesmo ano, a Fundação Estadual do Meio Ambiente FEAM lançou o programa 1

17 Minas Trata Esgoto, que tem como objetivo principal realizar a gestão estratégica da implantação de sistemas de tratamento de esgotos no Estado. A fim de organizar a convocação dos 853 municípios para a regularização ambiental dos sistemas de tratamento de esgotos, a DN COPAM nº 96/2006 determinou a sua distribuição em sete grupos com diferentes faixas populacionais e critérios de eficiência de tratamento e percentual de atendimento exigidos. Todavia, em 2008, os prazos estabelecidos foram prorrogados pela DN COPAM nº 128/2008 (MINAS GERAIS, 2008). Diante desse quadro, a implementação do programa Minas Trata Esgoto e as execuções das Deliberações Normativas COPAM nº 96/2006 e nº 128/2008, somente poderão ser avaliadas positivamente se resultarem em avanços nas questões relativas à qualidade das águas e melhorias na saúde pública. Para alcançar esse objetivo, alguns projetos foram desenvolvidos no âmbito do programa, como os Planos para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos das Bacias Hidrográficas PITE, cursos de capacitação para operadores de estações de tratamento de esgotos e a elaboração de metodologia para o controle das atividades dos caminhões limpa fossa. Com o passar do tempo, verificou-se a necessidade da criação de um índice para avaliar a qualidade das Estações de Tratamento de Esgotos ETEs implantadas e que contribuísse para identificar os locais de ações prioritárias do governo. Assim, o projeto Minas Trata Esgoto, além de detalhar a situação atual do saneamento no estado de Minas Gerais, busca avaliar a efetividade e eficácia da convocação dos municípios através das DN COPAM nº 96/2006 e nº 128/2008, uma vez que as questões referentes ao saneamento ganham especial importância no planejamento público e na gestão dos recursos hídricos. Os dados gerados são de fundamental importância para o direcionamento de políticas públicas para a evolução do cenário do saneamento em Minas Gerais. 2

18 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Avaliar o sistema de esgotamento sanitário do estado de Minas Gerais de modo a realizar sua gestão estratégica, permitindo, desta forma, a universalização do serviço e melhorias na qualidade de vida da população. 2.2 Objetivos específicos Identificar as estações de tratamento de esgoto em fase de projeto, instalação e operação em Minas Gerais, bem como o percentual da população atendida com coleta e tratamento de esgoto; Identificar as principais dificuldades encontradas pelos municípios na universalização dos serviços de esgotamento sanitário; Identificar, dentre os municípios que possuem ETE, se a mesma se encontra regularizada de acordo com a DN COPAM nº 74/2004; Aplicar o Índice de Esgotamento Sanitário Municipal IESM nos municípios do estado de Minas Gerais de modo a contribuir para identificar os locais de ações prioritárias do governo; Padronizar o programa de automonitoramento das ETEs em operação (AAF e LO); Elaborar plano de ação contendo as diretrizes gerais e específicas que contribuirão para a gestão dos serviços de esgotamento sanitário no Estado e, consequentemente, da qualidade de suas águas. 3

19 3 HISTÓRICO 3.1 Histórico do saneamento no Brasil O saneamento básico no Brasil tem um histórico de avanços lentos obtidos com dificuldade ao longo dos últimos séculos, tendo iniciado seu desenvolvimento somente em meados do séculos XIX, no Rio de Janeiro. Diante do quadro de ocorrência de diversas epidemias letais de veiculação hídrica, foi então criada a primeira organização dos serviços de saneamento básico no país (RIBEIRO, 2013). A contínua migração de pessoas para os centros urbanos contribuíram para o aumento da demanda por saneamento nas cidades e, através da Lei Federal nº 4.089/1962, surgiram as primeiras autarquias para regulação desses serviços, desvinculadas do sistema de saúde (RIBEIRO, 2013). A seguir, na década de 70, surgiu o Plano Nacional de Saneamento PLANASA, responsável pelo aumento da população atendida por sistemas de abastecimento de água, mas que, em contrapartida, não contribuiu para o aumento da coleta e tratamento de esgoto, demanda ainda verificada atualmente em grande parte do país (LEONETI et al., 2011). Em meados da década de 1980, o PLANASA foi extinto e o período posterior foi marcado pela dificuldade de consenso de uma nova política de saneamento no país, caracterizado pela reorganização e concessão de serviços públicos às companhias estaduais e à iniciativa privada, articulação entre as esferas de governo e estruturação de um marco regulatório (MC/SNSA, 2011). No ano de 2007, houve uma retomada dos esforços nesse sentido, quando foi criado pelo Governo Federal o Programa de Aceleração do Crescimento PAC, que consiste em um conjunto de medidas destinadas a promover o desenvolvimento do país. Nesse mesmo ano, foi promulgada a Lei Federal nº /2007 que estabeleceu diretrizes nacionais para o saneamento e para a política federal de saneamento básico, definiu instrumentos e regras para o planejamento, a fiscalização, a prestação e a regulação dos serviços, e atribuiu ao Governo Federal, sob a coordenação do Ministério das Cidades, a responsabilidade de elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico PLANSAB (MMA, 2015). 4

20 3.2 Histórico de legislações referentes ao saneamento A proteção ambiental é responsabilidade do poder público e deve ser implementada através da adoção de políticas públicas estatais. Dessa forma, o Estado deve agir através de seus órgãos ambientais, atuando em defesa do meio ambiente para evitar sua degradação e, para que as políticas ambientais sejam asseguradas, os instrumentos legais são indispensáveis (COUTINHO, 2008). Nesse sentido, a legislação nacional sofreu um forte impacto com o surgimento de novas leis ambientais, a exemplo do estado de Minas Gerais, quando publicada a Lei Estadual nº 7.772/1980 que Dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente. Posteriormente, institui-se a Política Nacional do Meio Ambiente Lei 6.938/1981 (BRASIL, 1981) que veio estabelecer fins e mecanismos de formulação e aplicação dessas políticas, objetivando a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental; também constituiu o Sistema Nacional do Meio Ambiente Sisnama e o Cadastro de Defesa Ambiental. Essa lei reconhece juridicamente o meio ambiente como um direito próprio e autônomo e, portanto, a partir desse momento, iniciou-se no Brasil uma Política do Meio Ambiente que estabeleceu princípios, diretrizes e instrumentos para a proteção ambiental (COUTINHO, 2008) Política Estadual de Recursos Hídricos Lei nº /1999 No âmbito da gestão dos recursos hídricos, a Lei nº , de 20 de junho 1994, instituiu a política de gerenciamento de recursos hídricos no estado de Minas Gerais e deu início a um conjunto de ações efetivas para a criação e instalação dos Comitês de Bacia Hidrográfica (IGAM, 2011). Passados três anos, em 8 de abril de 1997, houve a criação da Lei Federal nº (BRASIL, 1997) instituindo a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Diante desses adventos, foi elaborado um anteprojeto de lei destinado a reformular a Lei Mineira /1994 (MINAS GERAIS, 1994), dando origem à Lei nº , de 29 de janeiro de 1999 (MINAS GERAIS, 1999b), com a finalidade de disciplinar a Política 5

21 Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos SEGRH/MG, passando a ser a nova lei do estado de Minas Gerais incumbida do gerenciamento de recursos hídricos, elaborada em estreita sintonia com a Lei Federal e, desde então, o Estado tem apresentado avanços na implantação de sua política Lei do Saneamento Básico Lei Federal nº /2007 Em 5 de janeiro de 2007, foi sancionada a Lei Federal nº , chamada Lei Nacional de Saneamento Básico LNSB, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e determina a elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico Plansab pela União (AEGEA, 2015). A referida lei definiu diretrizes nacionais para a prestação de serviços de água e esgoto, fixando os direitos e obrigações da União de manter políticas para o setor, através de regulação, inspeção e planejamento. Também determinou a criação de entidade reguladora específica em cada instância governamental, estabeleceu objetivos para o planejamento municipal de saneamento e criou mecanismos legais e políticos de pressão para atingir metas. Em complemento à Lei nº /2007, após a aprovação do marco regulatório, os municípios passaram a se estruturar como poder concedente. Desde então, tem sido crescente a participação de empresas privadas no setor de saneamento, chegando em 2014 com pouco mais de 10% do setor. A expectativa da Associação das Concessionárias Privadas de Água e Esgoto ABCON é de que a iniciativa privada atinja 30% do setor até o final de 2017, quando o marco regulatório completará 10 anos Plano Municipal de Saneamento Básico PMSB Com a publicação da Lei nº /2007, todas as prefeituras têm a obrigação de elaborar seu Plano Municipal de Saneamento Básico PMSB, que tem por objetivo a universalização desse serviço público. Em 2010, houve necessidade de regulamentar a Lei Federal nº /2007, sendo instituído o Decreto nº 7.217/2010, onde consta o aprofundamento e o detalhamento de temas já abordados na referida Lei Federal, como a necessidade dos serviços de saneamento serem prestados, via de regra, ou diretamente pelo titular, por meio de 6

22 órgão de sua administração direta ou por entidade que integre a sua administração indireta; ou por intermédio de contratação mediante concessão ou permissão, sempre precedida de licitação na modalidade concorrência pública. O Decreto nº 7.217/2010 também estabelecia prazos para a elaboração do PMSB a partir do exercício de 2014, passando a existência do PMSB a ser condição necessária para acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico. Todavia, em 21 de março de 2014, estes prazos foram alterados pelo Decreto nº 8.211/2014, passando o PMSB a ser exigido, nas condições anteriores, após 31 de dezembro de Houve ainda um segundo Decreto alterando os prazos para 31 de dezembro de 2017, o Decreto nº 8.629/2015. Sendo assim, os municípios precisam elaborar seus PMSB para usufruir dos benefícios estabelecidos pela Lei. Faz-se saber que o PMSB deve abranger os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais, apresentado para discussão e aprovação pelo município, conforme previsto no art. 19 da Lei Federal nº /2007. Uma vez aprovado, estabelecidas as diretrizes para o saneamento básico e fixadas as metas de cobertura e atendimento com desses serviços, o PMSB passa a ser a referência de desenvolvimento de cada município e, portanto, torna-se um instrumento estratégico de planejamento e de gestão participativa (SANEPAR, 2015) Regularização Ambiental Uma vez que esse estudo foi elaborado antes do sancionamento da Lei /2016, na qual foi apresentada modificações das regras de licenciamento no estado e até a data de conclusão não foi publicado decreto para regulamentá-la, a referida lei não foi considerada na análise e desenvolvimento desse trabalho. Assim, de acordo a legislação anterior, as atribuições do licenciamento ambiental e da Autorização Ambiental de Funcionamento AAF, no Estado, são exercidas pela 7

23 Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas SEMAD, por meio das nove Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SUPRAMs, distribuídas pelo Estado. Para a regularização ambiental, considera-se a classificação dos empreendimentos nos termos da Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004 (MINAS GERAIS, 2004), que: estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ambiental de funcionamento ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização ambiental e de licenciamento ambiental, e dá outras providências. Os empreendimentos foram classificados conforme a seguir: Classe 1: pequeno porte e pequeno ou médio potencial poluidor Classe 2: médio porte e pequeno potencial poluidor Classe 3: pequeno porte e grande potencial poluidor ou médio porte e médio potencial poluidor Classe 4: grande porte e pequeno potencial poluidor Classe 5: grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte e grande potencial poluidor Classe 6: grande porte e grande potencial poluidor Para os empreendimentos classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, é obrigatória a obtenção da Autorização Ambiental de Funcionamento AAF. Para as demais classes (3 a 6), o caminho para a regularização ambiental é o processo de licenciamento, com o requerimento das licenças Prévia LP, de Instalação LI e de Operação LO (SEMAD/MG, 2015). A regularização ambiental de um empreendimento não termina, entretanto, com a obtenção da LO ou da AAF. O fato de ter obtido algum deles significa que o empreendimento atendeu a uma exigência legal, mas a manutenção da regularidade 8

24 ambiental pressupõe o cumprimento permanente de diversas exigências legais e normativas, explícitas ou implícitas na licença ambiental ou na AAF (SEMAD/MG, 2015) DN COPAM 96/2006 e DN COPAM 128/2008 Em 2006, o COPAM, por meio da Deliberação Normativa nº 96/2006, convocou os municípios do estado de Minas Gerais a realizarem a implantação e a formalizarem a regularização ambiental de suas ETEs, definindo uma porcentagem mínima de 80% da população urbana a ser atendida e uma eficiência mínima de tratamento de 60%. Nos grupos 1 ao 5, a implantação de sistema de tratamento de esgotos deve contar com regularização ambiental que atenda um percentual mínimo de 80% da população urbana, com eficiência mínima de 60%, já para os grupos 6 e 7, foram definidos requisitos específicos. Como forma de estabelecer critérios e organizar os prazos, os 853 municípios mineiros foram divididos em sete grupos, de acordo com seu contingente populacional e o índice de coleta de esgotos, levando em conta a população urbana. A Figura 3.1 demonstra essa divisão, que considerou a população urbana atualizada, do censo de Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 Figura 3.1 Distribuição da população urbana, segundo censo IBGE 2010, por grupo. Tendo em vista que a busca de recursos em fontes financiadoras para construção de ETEs pode demandar tempo, por vezes em decorrência da necessidade de mão de obra especializada para a realização dos projetos, outras por burocracias e situações adversas 9

25 encontradas nas administrações municipais, a DN COPAM nº 128/2008 veio alterar os prazos estabelecidos pela primeira, apresentados na Tabela

26 Tabela 3.1 Critérios e prazos para regularização ambiental dos sistemas de tratamento de esgotos segundo as DNs COPAM nº 96/20006 e 128/2008. Grupo População Urbana (CENSO 2000) Número de municípios Licença Prévia - LP Licença de Instalação - LI Licença de Operação - LO Requisito mínimo de: População Atendida Eficiência de Tratamento Autorização Ambiental de Funcionamento -AAF 1 pop. = 150 mil 13 13/11/ /04/ /10/ mil = pop.< 150mil. Índice de coleta de esgotos > 70% /08/ mil = pop. = 150mil. Índice de coleta de esgotos < 70% 30mil = pop < 50mil. Índice de coleta de esgotos < 70% /09/ /08/ Municípios Estrada Real /04/ mil = pop. < 30 mil % 40% 31/10/ % 50% 31/03/ % 60% 31/03/ Pop. < 20 mil % 60% 31/03/

27 Porcentagem de população urbana feam A situação dos 853 municípios mineiros em 2015, oito anos após a instituição da DN COPAM nº 96/2006, é ilustrada no gráfico da Figura 3.2, destacando, por grupo, a porcentagem de municípios que continuam sem tratamento, bem como a porcentagem de municípios que possuem tratamento de esgoto. De modo geral, observa-se que no Grupo 1 e 5 a porcentagem de municípios que possuíam tratamento, em 2015, é maior que aquelas que não o possuíam. Enquanto nos demais grupos, pode-se perceber que a porcentagem de municípios que não contemplavam ainda o tratamento de esgotos é maior do que aqueles que o tinham. 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Com tratamento Sem tratamento 0% Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 Grupos da DN COPAM nº 96/2006 Figura Percentual de população urbana com e sem tratamento de esgoto por grupo. O Grupo 1 é o que possui municípios com população urbana superior a habitantes e, segundo a DN COPAM nº 96/2006, esses municípios deveriam formalizar os processos de regularização ambiental das suas ETEs até outubro de Todavia, o percentual de tratamento de esgoto regularizado dessas cidades era de 71,77%. Dos 28,23% da população que não contavam com esse serviço, 7% corresponde a população urbana de Divinópolis e Governador Valadares, uma vez que ambos não possuem tratamento de esgoto regularizado, despejando-o diretamente no corpo d água. O Grupo 2 é representado por 20 municípios com população urbana entre 30 e 150 mil habitantes (CENSO 2000) e índice de coleta de esgoto superior a 70% da população urbana. Segundo a DN COPAM nº 128/2008, esses municípios tinham o prazo até agosto 12

28 de 2010 para a regularização de suas ETEs. O percentual de tratamento de esgoto regularizado dessas cidades era de 46,16%, enquanto que 53,84% da população ainda não contavam com esse serviço. Cidades como Coronel Fabriciano, Itaúna, Oliveira e Ponte Nova não tratavam o esgoto, colaborando com 16% dos 53,84% que não possuem tratamento. Já Caeté, João Monlevade e Viçosa apresentaram pequeno percentual de tratamento, com valores abaixo de 5%. O Grupo 3 é representado por 26 municípios com população urbana entre 50 e 150 mil habitantes e índice de coleta de esgoto inferior a 50% da população urbana. Segundo a DN COPAM nº 128/2008, esses municípios tinham até setembro de 2010 para a implantação e regularização de suas ETEs. Porém, o percentual de tratamento de esgoto regularizado dessas cidades era de 32,40%, sendo que ainda 67,60% da população não contavam com esse serviço. Dos 26 municípios, apenas 12 tratavam esgoto regularmente. Cidades importantes como Caratinga, Ibirité, Patos de Minas, Sabará, São Sebastião do Paraíso e Timóteo não apresentavam tratamento de esgoto, descartandoo diretamente no corpo d água, colaborando assim com 27% dos 67,60% que não possuem tratamento. O Grupo 4 é representado por 22 municípios com população urbana entre 30 e 50 mil habitantes, segundo o Censo 2010 e índice de coleta de esgoto inferior a 70% da população urbana. Segundo a DN COPAM nº 128/2008, que prorroga os prazos da DN COPAM nº 96/2006, esses municípios tinham o prazo até agosto de 2010 para a implantação e regularização de suas ETEs. Apesar desse prazo, o percentual de tratamento de esgoto regularizado dessas cidades era de apenas 15,38%, sendo que 84,62% da população urbana ainda não contavam com esse serviço (Figura 3.2). Dos 22 municípios, apenas sete tratavam esgoto regularmente. O Grupo 5 é representado por quatro municípios, conhecidos como municípios do circuito Estrada Real. Segundo a DN COPAM nº 128/2008, esses municípios tinham o prazo até abril de 2009 para a implantação e regularização de suas ETEs. Em 2015, o percentual de tratamento de esgoto regularizado dessas cidades era de 64,22%, sendo que 35,78% da população não contavam com esse serviço (Figura 3.2). Dos quatro 13

29 municípios, Conceição do Mato Dentro, Ouro Branco e Serro apresentavam tratamento de esgoto urbano regularizado. Apenas Tiradentes não tratava o esgoto, sendo 8% dos que não possuem tratamento, ou seja, que lançam seus esgotos diretamente no curso d água. O Grupo 6 é representado por 33 municípios com população urbana entre 20 e 30 mil habitantes, de acordo com o censo Segundo a DN COPAM nº 128/2008, os municípios foram divididos em três faixas: 20% população urbana atendida com eficiência de tratamento de 40%: AAF até 31/10/2009, 60% população urbana atendida com eficiência de tratamento de 50%: AAF até 31/03/2010 e 80% da população urbana atendida com eficiência de tratamento de 60%: AAF até 31/03/2017. O percentual de tratamento de esgoto regularizado dessas cidades era de 33,44%, sendo que 66,56% da população não contavam com esse serviço (Figura 3.2). O Grupo 7 engloba o maior número de municípios mineiros, representado por 735 deles, com população urbana entre 20 e 30 mil habitantes, de acordo com o Censo Segundo a DN COPAM nº 128/2008, esses municípios têm o prazo até 31/03/2017 para a implantação e regularização de suas ETEs, através de Autorização Ambiental de Funcionamento AAF. O percentual de tratamento de esgoto regularizado dessas cidades era de 14,79%, sendo que 85,21% da população não contavam com esse serviço, como é apresentado no gráfico da Figura Agência Reguladora No contexto de privatizações dos serviços públicos na década de 90, surgiram as primeiras agências reguladoras do país, que foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada, controlar a qualidade da prestação dos serviços e estabelecer regras para o setor ou atividade (MEIRELLES, 1990). Em atendimento à Lei Federal nº /2007 (BRASIL, 2007), a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais ARSAE-MG foi criada em 2009, pela Lei Estadual nº /2009 (MINAS GERAIS, 2009b). 14

30 A ARSAE-MG tem como objetivo garantir aos usuários dos serviços de água e esgoto em Minas Gerais a regularidade, continuidade e a segurança na prestação dos serviços; editar normas técnicas, econômicas, contábeis e sociais, incluindo o regime tarifário; e fiscalizar o cumprimento pelas concessionárias, pelos usuários e pelo poder concedente das normas traçadas, zelando pela observância dos direitos, deveres e obrigações das três partes (ARSAE-MG, 2015). 3.4 Programa Minas Trata Esgoto Tendo em vista que a Política Estadual de Recursos Hídricos PERH prevê a implantação de programas que tenham como objetivo o tratamento de águas residuárias, em especial dos esgotos urbanos domésticos, para promover a melhoria da qualidade dos recursos hídricos do Estado, foi lançado, em 2006, pela FEAM, o programa Minas Trata Esgoto MTE. Dentre os objetivos do programa tem-se o apoio aos municípios no atendimento à legislação ambiental, como por exemplo, no atendimento à Deliberação Normativa DN do COPAM n 96/2006 (MINAS GERAIS, 2006), que convocou e estabeleceu prazos para que todos os municípios implantassem sistemas de tratamento de esgotos regularizados. Além dos prazos, alterados pela DN COPAM nº 128/2008 (MINAS GERAIS, 2008), também era necessária à implantação de sistemas de tratamento de esgotos com regularização ambiental e que atendam um percentual mínimo de 80% da população urbana, com eficiência de tratamento de 60%. Para estimular o tratamento de esgotos nos municípios, a Lei Estadual /2009 (MINAS GERAIS, 2009a) determina, para os municípios que possuem sistemas de tratamentos de esgotos com atendimento a no mínimo 50% da sua população urbana, o repasse de recursos do Governo Estadual e Federal, denominado ICMS Ecológico. Considerando a capacidade instalada das ETEs em funcionamento no Estado, observase um aumento significativo na população urbana atendida por tratamento de esgoto desde o ano Neste ano, a porcentagem de população urbana atendida era de 0,69% da população urbana do estado, totalizando apenas habitantes, 15

31 Percentual da população urbana População atendida feam aumentando para 44,69% em 2015, equivalente a habitantes, conforme verifica-se na Figura 3.3 abaixo. Além disso, 735 municípios mineiros, aqueles com população urbana inferior a 20 mil habitantes, ainda tem prazo até março de 2017 para implantação dessas ETEs. Percentual da população População atendida 100% 90% 80% 70% 60% 50% % 30% 20% 10% 0% ,69%1,24%1,50% 5,88% 6,70% 9,91% ,02% 13,50% 28,71% 34,80% 41,64% 42,92%42,54%43,01%44,12% 44,69% Ano Figura Evolução da capacidade instalada para atendimento da população urbana dos anos de 2000 a 2015 no Estado. 3.5 Demandas identificadas e projetos executados no MTE Durante a execução do programa Minas Trata Esgoto, verificou-se a necessidade de outras informações para avaliar a qualidade dos sistemas de esgotamento sanitário implantados e melhorar a gestão desses serviços. Esse diagnóstico é de suma importância para a implementação de medidas e ações de preservação e participação pública no gerenciamento ambiental das bacias. A definição das ações e diretrizes, a partir das informações e dificuldades identificadas nos municípios para a universalização do saneamento em Minas Gerais, proporcionará uma melhoria na qualidade de vida da população, redução na incidência de doenças de veiculação hídrica e àquelas decorrentes do lançamento de esgoto sem tratamento, 16

32 redução no custo de tratamento de água pelas companhias de abastecimento e saneamento presentes nos municípios, bem como o aumento e a preservação da biodiversidade aquática nas bacias do estado. A seguir, serão apresentados algumas demandas e projetos executados dentro do Programa Histórico dos PITEs A Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) lançou, em novembro 2006, o Programa Minas Trata Esgoto para apoiar os municípios no atendimento à Deliberação Normativa (DN) do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) nº 96/2006. Tal deliberação dividiu os municípios em grupos, estabelecendo prazos e condições diferenciadas para regularização ambiental das estações de tratamento de esgoto sanitário (ETE). Os prazos foram modificados com a publicação da DN COPAM nº 128/2008. Esse apoio ao município ocorreu por meio de seminários, publicação de cartilhas com orientações e vistorias técnicas, de modo a mobilizar os agentes municipais para o cumprimento dos prazos definidos pelo COPAM. Além disso, o Programa monitora o avanço no aumento do percentual de esgoto tratado no Estado por meio do número de regularizações ambientais concedidas para ETEs municipais (FEAM, 2016). Em 2007, a Meta 2010 tornou-se um dos projetos estruturadores do governo de Minas Gerais e procurou tornar efetivo o enquadramento do trecho metropolitano do Rio das Velhas, de Classe 3, proibida para diversos usos, para Classe 2, perante as características definidas pela legislação ambiental, por meio de limites para a concentração de parâmetros químicos e biológicos. Assim, o governo empenhou-se na implementação de obras de saneamento nas principais sub-bacias da região metropolitana, intervindo na ampliação da coleta de esgotos e na implantação de ETEs. Desse modo, como estratégia para aprimoramento da avaliação da eficácia do Programa Minas Trata, a FEAM desenvolveu uma metodologia de análise por bacias hidrográficas por meio da execução do Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários (PITE), sendo eleita a bacia hidrográfica do rio das Velhas (BHRV) como piloto, contribuindo, assim, para o cumprimento da Meta 2010, já alterada para Meta 2014 (FEAM, 2016). 17

33 Desse modo, em 2010, foi desenvolvido o Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários da bacia do rio das Velhas (PITE BHRV) para identificar as demandas por ampliação dos serviços de saneamento e para melhoria dos serviços de saneamento existentes na bacia. Nesse estudo, buscou-se (i) atualizar os dados referentes ao esgotamento sanitário do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio das Velhas, cuja elaboração foi direcionada pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) em 2004; (ii) ampliar e permitir melhor direcionamento às ações do programa Minas Trata Esgoto, gerenciado pela FEAM; (iii) apoiar a maximização dos resultados da Meta 2010 e sua continuidade através da contribuição ao alcance da Meta 2014 e (iv) fornecer a situação do esgotamento sanitário em toda a BHRV (FEAM, 2016). Durante a execução do PITE BHRV, verificou-se a necessidade de um critério único para verificar e comparar a situação do esgotamento sanitário dos municípios de diferentes bacias. Assim, em 2011, durante a elaboração do Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários da bacia do rio Paraopeba (PITE BHRP) foi proposta pela FEAM a primeira versão do Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário (IQES) para sanar a necessidade identificada (FEAM, 2016). O IQES agrupa seis indicadores: Percentual de coleta de esgoto (PC), Percentual de tratamento de esgotos (PT), Regularização ambiental da ETE (RA), Disposição final dos resíduos sólidos da ETE (DR), Análise adicional (AA) e Operacionalidade das ETE (OP). Os municípios são então enquadrados em faixas (muito bom, bom, médio, ruim, muito ruim ou alarmante), conforme a situação dos serviços de esgotamento sanitário (FEAM, 2015b). Nos anos de 2012 e 2013, o IQES foi aprimorado na elaboração dos PITEs das bacias dos rios Pará (PITE BHRPA) e Piracicaba (PITE BHRPI). Para tanto, foi realizada a ampliação, revisão e ajuste nos cálculos dos indicadores. Ademais, aplicou-se um questionário Delphi com especialistas da área de esgotamento sanitário de diversos setores (universidades, companhias de saneamento, empresas privadas, e serviços autônomos de água e esgoto) para consulta acerca da importância e para redefinição dos pesos dos indicadores, subindicadores e parâmetros que compõem o índice. Nos anos de 2014 e 18

34 2015, com a metodologia consolidada, foram realizados os PITEs das bacias do rio Piranga (PITE BHRPG) e dos rios Mogi-Guaçu e Pardo (PITE BHRMP) (FEAM, 2016). Dentre as principais informações levantadas pelos PITEs, estão o atendimento da população por serviços de coleta e tratamento de esgotos, identificação dos prestadores desses serviços, avaliação das condições de infraestrutura e operação das ETEs, identificação dos programas de monitoramento e regularização ambiental das ETEs, identificação dos pontos de lançamento de esgotos bruto e tratado, situação da disposição de resíduos sólidos das ETEs, identificação das necessidades e dificuldades para captação de recursos, atendimento à Deliberação Normativa COPAM nº 96/2006 e nº 128/2008, recebimento de ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos, e situação frente à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (FEAM, 2010) Pite Velhas A primeira bacia contemplada com a realização do PITE foi a Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas BHRV, localizada na região central do estado de Minas Gerais. O lançamento de esgoto doméstico era o principal fator de influência na degradação do rio das Velhas, responsável por cerca de 73% do total de lançamentos de efluentes em superfície. Outros fatores, como a atividade agropecuária, a indústria e a mineração, contribuíram para a alteração das características qualitativas e quantitativas das águas do rio das Velhas (FEAM, 2010). Segundo o PITE da BHRV, dentre os postos-chaves identificados a Ausência ou insuficiência de tratamento foi o que apresentou maior ocorrência, em média 91% dos municípios da BHRV (FEAM, 2010). Ao final do estudo foram propostas 16 macrodiretrizes que deveriam ser trabalhadas junto às entidades responsáveis para viabilizar as ações específicas. Foram definidas regiões prioritárias para demandas como implantação de rede coletora de esgotos e de ETE, realização de cursos de operação e monitoramento de ETE e viabilização de verbas para adequação de ETE em operação (FEAM, 2010). 19

35 3.5.3 Pite Paraopeba O PITE da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba BHRP foi realizado em 2011 logo após o da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. Na declaração de carga poluidora de 2008 e 2009, verificou-se que a BHRP foi uma das bacias com mais intenso lançamento de carga orgânica nos cursos d água do Estado, alcançando valores de carga orgânica entre e toneladas por mês. No ano de 2011, a bacia ainda não dispunha do Plano Diretor de Recursos Hídricos PDRH, instrumento de grande importância na determinação de obras e investimentos prioritários e ações de gestão da bacia. Nesse contexto, o PITE da BHRP visou contribuir para a recuperação da bacia, e promover uma ação contínua ao da BHRV (FEAM, 2011). Do total de 48 ETEs consideradas na etapa de diagnóstico, 22 foram classificadas como estação em condição precária de operação, atendendo a habitantes. Em contrapartida, apenas sete ETEs foram classificadas como em boa condição de operação, com atendimento a habitantes. Verificou-se ainda que aproximadamente 73% dos municípios foram classificados com Índice de Qualidade do Esgotamento Sanitário IQES Ruim e Muito ruim. Após o estudo dos dados obtidos, foram elencadas 21 diretrizes para implantação de melhorias na bacia, visando a minimização dos impactos ambientais e aumento da qualidade da água Pite Pará O PITE da Bacia Hidrográfica do Rio Pará BHRPA foi realizado em Segundo dados do PITE da BHRPA, habitantes contribuem diariamente com o lançamento de esgotos sanitários na bacia. Na fase de prognóstico, observou-se um percentual de 77% dos municípios com qualidade de serviço de esgotamento sanitário classificado como Ruim ou Muito ruim, segundo o IQES. Tendo em vista a necessidade de adoção de medidas para o uso racional e sustentável das águas, bem como a sua preservação, foram propostas as seguintes diretrizes: criação do Sistema de Informação sobre Serviços de Esgotamento Sanitário dos municípios de Minas Gerais SISEMG, orientação dos gestores municipais acerca das fontes de recursos para obras e projetos em saneamento, capacitação dos operadores de ETE, e 20

36 alterações no formulário de caracterização do empreendimento e no termo de responsabilidade para obtenção de AAF (FEAM, 2013b) Pite Piracicaba O quarto volume da série dos PITEs contemplou a Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba BHRPI, inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Doce e localizada na região centro leste de Minas Gerais. Os valores de percentual de tratamento de esgotos entre os municípios da bacia são discrepantes, variando de 0 a 98%. É interessante notar também que 75% dos municípios têm percentual de tratamento menor ou igual a 2,5%, sendo que pelo menos 50% dos municípios têm percentual de tratamento igual a 0%, o que atenta para a urgência na implantação dos sistemas de tratamento de esgoto na BHRPI. Na fase de prognóstico, verificou-se que a maioria dos municípios (75%) foi classificada como Ruim quanto à situação do esgotamento sanitário, segundo os valores calculados do IQES. Através da análise dos dados do PITE da BHRPI foram propostas macrodiretrizes para minimização dos principais entraves para a gestão do esgotamento sanitário, a saber: orientações aos gestores municipais através de articulação da FEAM e IGAM com outros órgãos ligados ao saneamento, armazenamento e disponibilização de dados referentes ao esgotamento sanitário dos municípios, criação do Sistema de Informação sobre Serviços de Esgotamento Sanitário de Minas Gerais SISEMG, e capacitação dos operadores e gestores das ETEs através de promoção de oficinas ou contratação de profissionais para a melhoria das condições de manutenção e operação de sistemas de tratamento de esgotos (FEAM, 2013c) Pite Piranga No ano de 2013, foi iniciado o PITE da Bacia Hidrográfica do Rio Piranga BHRPG em continuidade ao PITE Piracicaba, concluído em 2013, visando a recuperação da Bacia do Rio Doce. No caso do PITE Piranga, a análise foi feita para toda a Unidade de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos (UPGRH) DO1, que é composta pelas 21

37 bacias dos rios Piranga, Casca, do Carmo, Matipó e pela bacia Incremental. A UPGRH DO1 ocupa uma área de ,37 km² e abrange total ou parcialmente 77 municípios. A população total estimada na bacia é de habitantes, em que 77,5% da população residem em área urbana e 22,5% em área rural (IBGE, 2010a). Segundo o PITE da BHRPG, verificou-se que habitantes, correspondente a 47,8% da população urbana dos 77 municípios, contribuem com o lançamento de esgotos sanitários na BHRPG, enquanto que habitantes, isto é, 52,2% lançam seus esgotos fora desta. Na etapa de prognóstico observou-se que 96% dos municípios da bacia apresentaram IQES Ruim, Muito Ruim ou Alarmante. Na tentativa de orientar governantes estaduais e municipais, bem como a equipe do comitê de bacia e agências de bacia para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário, foram criadas diretrizes para os principais entraves identificados na bacia. Dentre essas, cita-se a distribuição e divulgação do guia de Captação de Recursos elaborado pela FEAM, implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos como fonte de recursos para elaboração do PMSB e projetos de implantação de ETEs, preparo de profissionais na área operacional de sistemas de esgotamento sanitário, implantação da tarifação dos serviços de esgotamento sanitário, aplicação do princípio jurídico da supremacia do interesse público sobre o privado na obtenção de terreno para implantação dos sistemas de tratamento de esgoto, descentralização do tratamento de esgoto para ampliação das áreas disponíveis com topografia favorável (FEAM, 2015a) Pite Mogi-Guaçu e Pardo. O PITE da Bacia Hidrográfica dos afluentes mineiros dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo BHRMP também foi iniciado no ano de 2013, sendo o sexto volume dentre os PITEs realizados pela FEAM/IGAM desde Segundo dados obtidos pelo PITE BHRMP, 95% dos municípios da bacia tiveram IQES classificado como Ruim. Na tentativa de orientar governantes estaduais e municipais, bem como a equipe do comitê de bacia e agências de bacia para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário, foram criadas diretrizes para os principais entraves identificados na bacia. Dentre essas, cita-se a distribuição e divulgação do guia de 22

38 Percentual da população atendida feam Captação de Recursos elaborado pela FEAM, implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos como fonte de recursos para elaboração do PMSB e projetos de implantação de ETEs; preparo de profissionais na área operacional de sistemas de esgotamento sanitário, implantação da tarifação dos serviços de esgotamento sanitário, aplicação do princípio jurídico da supremacia do interesse público sobre o privado na obtenção de terreno para implantação dos sistemas de tratamento de esgoto, descentralização do tratamento de esgoto para ampliação das áreas disponíveis com topografia favorável (FEAM, 2015b). 3.6 Percentuais de coleta e de tratamento entre as bacias estudadas Com a realização dos PITEs nas bacias dos Rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Piracicaba, Piranga e Mogi-Guaçu e Pardo, foi possível comparar os percentuais de coleta e tratamento da população atendida por esses serviços. Através da Figura 3.4, pode-se dizer que o grau de cobertura da rede de esgoto nas bacias estudadas não é totalmente ruim, pois atinge um percentual considerável da população de cada bacia (mínimo de 79%). Por outro lado, os percentuais da população atendida por tratamento de esgoto das bacias apresentaram valores menores, chegando a 3% e 4% para as Bacias dos rios Mogi-Guaçu e Pardo e do rio Piranga, respectivamente. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% PC PT BHRV BHRP BHRPA BHRPI BHRMP BHRPG Bacias Figura Comparativo entre os Percentuais de Coleta (PC) e Tratamento (PT) de esgoto das Bacias dos Rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Piracicaba, Mogi-Guaçu e Pardo e Piranga. 23

39 População atendida, habitantes feam Em termos absolutos, a população atendida por rede coletora e tratamento de esgoto nas bacias estudadas pode ser observada na Figura 3.5. Apesar dos percentuais de coleta de esgoto das bacias resultarem em valores aproximados, o número de habitantes atendidos varia muito. Verifica-se um maior número de pessoas na Bacia do Rio das Velhas com cobertura do serviço, justamente por se tratar da bacia mais populosa ( habitantes). As Bacias dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo ( habitantes) e Piranga ( habitantes) são as menos populosas e apresentaram atendimento por serviço de tratamento de esgoto a populações de e habitantes, respectivamente Coleta Tratamento BHRV BHRP BHRPA BHRPI BHRMP BHRPG Bacias Figura População atendida pelos serviços de coleta e tratamento de esgoto das Bacias dos Rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Piracicaba, Mogi-Guaçu e Pardo e Piranga. 3.7 Comparativo entre os IQES das Bacias dos rios das Velhas, Paraopeba, Pará, Piracicaba, Mogi-Guaçu e Pardo, e Piranga A Tabela 3.2 mostra o número de municípios enquadrados em faixas e categorias de acordo com sua pontuação obtida pela aplicação do IQES. Observa-se que os municípios classificados na categoria Ruim foram os mais abundantes nas cinco bacias estudadas. Em geral, esses municípios até apresentam um elevado percentual de atendimento por coleta de esgotos, no entanto, o serviço de tratamento é inexistente ou pouco expressivo em termos de atendimento. 24

40 Esse resultado mostra que a má qualidade da prestação do esgotamento sanitário foi algo generalizado nas regiões estudadas. Contudo, a avaliação do IQES mostrou uma situação um pouco melhor nas Bacias do Paraopeba, Piracicaba e Pará em relação às do Piranga e do Mogi-Guaçu e Pardo, o que foi evidenciado por uma maior parcela dos municípios enquadrados nas categorias Muito bom, Bom ou Médio (FEAM, 2016). Tabela Número de municípios enquadrados em faixas e categorias de acordo com o IQES das Bacias dos Rios Paraopeba, Piracicaba, Pará, Piranga e Mogi-Guaçu e Pardo. IQES BH Paraopeba BH Piracicaba BH Pará BH Piranga Faixas Categoria Número de municípios 80 x < 100 Muito bom BH Mogi-Guaçu e Pardo 0 (0%) 3 (15%) 1 (3,45%) 1 (1,44%) 1 (4,76%) 6 60 x < 80 Bom 5 (12,19%) 0 (0%) 4 (13,79%) 2 (2,89) 0 (0%) x < 60 Médio 6 (14,63%) 1 (5%) 1 (3,45%) 4 (5,80%) 0 (0%) x < 40 Ruim 19 (46,34%) 15 (75%) 20 (68,96%) 39 (56,52%) 20 (95,24%) 113 Total 10 x < 20 Muito ruim 4 (9,76%) 1 (5%) 2 (6,89%) 21 (30,43%) 0 (0%) 28 0 x < 10 Alarmante 7 (17,07%) 0 (0%) 1 (3,45%) 2 (2,90%) 0 (0%) 10 Total Ressalta-se que o IQES foi calculado baseando-se nas informações disponibilizadas à época da visita técnica, fornecendo uma avaliação da qualidade da prestação dos serviços de esgotamento sanitário naquele momento. É provável que atualmente algumas ETEs que estavam em obras, projeto ou temporariamente fora de operação tenham sido ativadas ou reativadas, o que alteraria a avaliação do IQES do município Guia para captação de recursos para Investimento em esgotamento sanitário Desde a realização do primeiro Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos Sanitários em 2010, constatou-se um desconhecimento sobre as fontes de recursos para obras e projetos nesse setor. Sendo assim, uma das diretrizes apontadas no estudo visou auxiliar os municípios quanto à falta de preparação e de informações 25

41 para captação de recursos públicos para investimento em serviços de esgotamento sanitário (FEAM, 2010). Observou-se também que alguns municípios têm conhecimento dos órgãos financiadores e já recorreram a eles para solicitar recursos, porém, alguns tiveram suas propostas recusadas por não se informar sobre os critérios de seleção. Dada a diversidade de fontes, como FUNASA, Ministério das Cidades, Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais FHIDRO e a diversidade das modalidades para investimento (por exemplo: projetos, obras ou elaboração de Planos Municipais de Saneamento) com suas respectivas condições e exigências, os gestores podem ter tido dificuldade para acessar as informações precisas sobre os investimentos necessários para o seu município (FEAM, 2013b). Essa deficiência de informações e conhecimento foi verificada nos PITEs e, nesse sentido, foi elaborado pela FEAM o Guia para Captação de Recursos para Investimento em Esgotamento Sanitário (SEMAD/MG, 2013). Dessa maneira, o Guia tem como objetivo auxiliar os gestores municipais na captação de recursos para investimento em soluções coletivas de esgotamento sanitário junto aos principais órgãos e entidades do poder público, responsáveis pela alocação de recursos e apoio à gestão do saneamento nas esferas estadual e federal (SEMAD/MG, 2013) Metodologia caminhão limpa fossa A situação do esgotamento sanitário nos municípios mineiros é bastante variável, possuindo desde lugares com uma extensa rede de coleta e tratamento de esgotos domésticos até municípios sem o mínimo de infraestrutura em saneamento. Independentemente do nível de desenvolvimento e de implantação das técnicas de coleta e tratamento de esgotos domésticos nos municípios, é comum o uso de tanques sépticos como alternativa de tratamento parcial dos efluentes, reduzindo o lançamento dos dejetos em corpos d água, valas a céu aberto e fossas secas, o que ameniza os impactos ambientais (FEAM, 2013a). 26

42 O inconveniente da fossa é que o lodo fonte considerável de poluição e contaminação dos recursos hídricos e do solo acumula em seu interior e necessita ser retirado periodicamente. A retirada sistemática desse lodo é usualmente realizada por meio de caminhões a vácuo, conhecidos como limpa fossa. O caminhão a vácuo é um veículo equipado com um tanque reservatório e equipamentos como bombas e mangotes para limpeza de unidades de tratamento de esgoto residenciais ou coletivos, poços de visita, galerias de água pluviais e redes de esgoto, através do processo de sucção (SANASA CAMPINAS, 2008). Após a retirada, o lodo deverá ser disposto, considerando-se alternativas ambientalmente adequadas, devido ao risco potencial à saúde da população e à qualidade ambiental (FEAM, 2013a). Para garantir uma disposição correta, os municípios carecem de um processo de gestão e controle dessa atividade de acordo com suas especificidades. No intuito de auxiliá-los no processo de regulamentação, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável no âmbito do projeto Estratégico Meta 2014 Revitalização da Bacia do Rio das Velhas, em parceria com a FEAM, propôs a construção de uma metodologia de cadastro e controle de caminhões limpa fossa, considerando os principais atores envolvidos no processo de saneamento e definindo as responsabilidades de cada esfera governamental (FEAM, 2013a). Essa metodologia de cadastro e controle dos caminhões limpa fossa propôs-se a regulamentar a atividade quanto ao estabelecimento de regras gerais nas etapas de coleta, transporte, tratamento e destinação final, dando amparo legal para que o município construa sua metodologia de acordo com a realidade local, ou seja, considerando as especificidades regionais (FEAM, 2013a) Capacitação para operadores de ETE convênio NUCASE A operação adequada dos equipamentos de saneamento propicia benefício para a sociedade e para o trabalhador, ao mesmo tempo em que reduz o risco de acidentes. Nesse sentido, foi publicado em outubro de 2012, convênio de cooperação técnica e financeira celebrado entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável SEMAD, com interveniência da Fundação Estadual do Meio Ambiente - 27

43 FEAM e a Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, com o objetivo de capacitar profissionais de nível operacional nas áreas temáticas de Sistema de Esgotamento Sanitário SES e Resíduos Sólidos Urbanos RSU para municípios pertencentes à Bacia do Rio das Velhas. A execução do Plano de Trabalho foi realizada pelo Núcleo Sudeste de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental NUCASE que tem por objetivo o desenvolvimento de atividades de capacitação de profissionais da área de saneamento, nos quatro estados da região sudeste do Brasil). É importante lembrar que o NUCASE é coordenado pela UFMG no segundo ciclo da Rede Nacional de Capacitação e Extensão Tecnológica em Saneamento Ambiental - ReCESA (NUCASE, 2015). Foram previstas oficinas de forma regionalizada, de maneira a abarcar nesse projeto no mínimo 32 municípios da bacia do rio das Velhas nos quatro anos do Plano Plurianual de Ação Governamental PPAG , sendo capacitados no mínimo oito municípios por ano, além de quatro oficinas de qualificação de gestores e a validação de processo de alfabetização profissional para profissionais de saneamento. Foram definidas quatro regiões para a capacitação: Alto Rio das Velhas, Médio Rio das Velhas I, Médio Rio das Velhas II e Baixo Rio das Velhas. Dentre as diversas metas estabelecidas pelo NUCASE, destaca-se a produção dos Guias dos profissionais em treinamento, que são utilizados nas oficinas de capacitação de operadores em saneamento. Esses guias têm uma identidade visual e uma abordagem pedagógica que visa estabelecer um diálogo facilitado e a troca de conhecimentos entre os profissionais em treinamento e os instrutores, fazendo-se notar que foram tomados cuidados especiais com a forma de abordagem dos conteúdos, tipos de linguagem e recursos de interatividade para promover a troca de conhecimentos (RECESA, 2008) Cartilha com orientações básicas para operação de estações de tratamento de esgoto A primeira Cartilha com Orientações Básicas para Operação de Estações de Tratamento de Esgotos foi publicada em 2005 e seu objetivo é dirigir-se aos operadores e 28

44 funcionários das ETEs, definindo algumas das modalidades de sistemas de tratamento de esgotos sanitários e sua aplicabilidade, além de orientar sobre a sua manutenção e operação, para que sejam obtidas condições adequadas de funcionamento (FEAM, 2010). Um dos requisitos para que uma ETE possa manter a sua eficiência é a manutenção dos equipamentos e rigoroso controle da operação, de modo a garantir o funcionamento do sistema dentro das condições licenciadas. Nesse sentido, é fundamental a permanência de um encarregado devidamente treinado e capacitado para o controle operacional da unidade, uma vez que há particularidades que só o próprio operador da unidade pode identificar, baseado em seu conhecimento e experiência. Assim sendo, quanto melhor orientação técnica este receber, maiores as probabilidades de resolução de problemas pontuais (FEAM, 2010). Após o primeiro lançamento da Cartilha em 2005, houve três edições de atualização (2006, 2007 e 2011) e, em 2015, a nova atualização foi publicada pela FEAM, por meio da Gerência de Monitoramento de Efluentes GEDEF, devido à identificação do uso de novas tecnologias nas ETEs do estado de Minas Gerais. 29

45 4 METODOLOGIA 4.1 Diagnóstico A fase de diagnóstico consistiu no levantamento das informações disponíveis sobre a situação do esgotamento sanitário no Estado. Desse modo, realizou-se o levantamento de informações, utilizando como fonte os dados provenientes do SIAM, as respostas aos ofícios circulares GEDEF nº 01, 02/2013 (Anexos 10.3 e 10.4) e 01/2015 (Apêndice 9.1) enviados aos municípios, as fiscalizações e vistorias de campo, os estudos realizados nos PITEs; informações adquiridas por meio de correio eletrônico para prefeitura ou concessionária do serviço de esgotamento sanitário de alguns municípios; além de revisão bibliográfica. Os ofícios circulares GEDEF nº 01, 02/2013 e 01/2015 que foram enviados aos municípios, as vistorias de fiscalização do ICMS Ecológico, os estudos desenvolvidos pelos PITEs das bacias hidrográficas, os relatórios de vistorias da ARSAE e as informações disponibilizadas pelo SNIS foram consultados para auxiliarem na comprovação e/ou questionamento das informações levantadas no SIAM a respeito dos sistemas de tratamento de esgotos, além de fornecerem o percentual da população urbana atendida por coleta e tratamento de esgoto pelas respectivas ETEs. A população urbana de cada um dos municípios do Estado foi obtida por meio da Tabela População residente, por situação do domicílio e sexo segundo os municípios e os distritos - Minas Gerais da Sinopse do Censo Demográfico do IBGE, Ressalta-se que foi utilizado o prazo até 15 de janeiro de 2016 para o recebimento e atualização dos dados a respeito dos percentuais de coleta, tratamento de esgoto e regularização ambiental das ETEs dos municípios. 4.2 Pesquisa de opinião Com a intenção de tornar obrigatória a apresentação dos resultados do monitoramento de efluentes para as ETEs regularizadas por AFF e padronizar os parâmetros de análises, bem como suas frequências, para cada tipo de regularização (AAF, LO Classe 3 e LO 30

46 Classe 5), sugeriu-se na edição anterior do Minas Trata Esgoto que fosse proposta uma padronização de monitoramento. Dessa maneira, nesta edição, foi realizada uma pesquisa de opinião (Apêndice 8.6) entre profissionais renomados na área de saneamento, dando início a padronização dos parâmetros de monitoramento de ETE. Futuramente, com o aprofundamento e refinamento dessa pesquisa, será possível a proposição de uma Deliberação Normativa que de fato torne essa prática respaldada por meios legais e passível de fiscalização e consequente autuação, caso não haja seu cumprimento. A pesquisa contou com 22 participantes de universidades, concessionárias, autarquias, agências reguladoras e fundações; e não somente atuantes no estado de Minas Gerais. Essa maior diversidade e competência dos participantes pôde enriquecer a pesquisa e torná-la um importante início no sentido de alcançar o objetivo final, que seria a padronização do monitoramento como DN. Para que os profissionais pudessem acrescentar ao máximo, foram elaboradas sete questões contemplando desde a avaliação da importância dos parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005 para avaliar a qualidade do monitoramento dos efluentes provenientes das ETEs, passando pela verificação das condições sanitárias e ambientais dos corpos d água que recebem os efluentes das ETEs e das condições ambientais do lençol subterrâneo associado aos sistemas de tratamento de efluentes até a contribuições de efluentes industriais (Apêndice 9.5). Em posse das respostas e sugestões, bem como dos comentários dos profissionais que aderiram à pesquisa, foram destacados os parâmetros e frequências de análises que 50% ou mais dos participantes julgaram relevantes. 4.3 Levantamento de dificuldades dos municípios para universalização dos sistemas de esgotamento sanitário No intuito de dar maior visibilidade às diretrizes que serão propostas no Plano de Ação deste trabalho, buscou-se um profissional especializado para realizar um estudo 31

47 estatístico a respeito da amostragem de municípios que deveriam responder ao Ofício 002/2015. Esse novo Ofício trata-se de um documento trazendo, agora, somente a questão das dificuldades eventualmente encontradas pelos municípios mineiros na universalização dos serviços de esgotamento sanitário, de modo que cada um dos selecionados para responder ao ofício, deveria marcar qual (is) das opções dadas é uma realidade local, além da possibilidade de discorrer sobre problema não especificado, caso existisse. No que diz respeito à estatística, optou-se pela amostragem aleatória simples dos 853 municípios com representatividade apenas para o estado de Minas Gerais, considerando variável aleatória dicotômica (atende ou não atende critérios preestabelecidos), variância máxima para proporção dessa variável, erro de estimação de 10% e distribuição de probabilidade normal. A população em estudo é composta por 853 municípios distribuídos entre as bacias: Rio Doce (190), Rio Grande (206), Rio Jequitinhonha (59), Rio Paraíba do Sul (80), Rio Paranaíba (44), Rio Pardo (12), Rio São Francisco (222), Rios do Leste (36), Rios Piracicaba e Jaguari (4). O cálculo do tamanho amostral corresponde a 93 municípios que foram distribuídos proporcionalmente entre as bacias: Rio Doce (20), Rio Grande (22), Rio Jequitinhonha (7), Rio Paraíba do Sul (9), Rio Paranaíba (5), Rio Pardo (2), Rio São Francisco (23), Rios do Leste (4), Rios Piracicaba e Jaguari (1). Em relação à classificação grupo, foi comparado na Tabela 4.1 o número esperado proporcionalmente de municípios por bacia hidrográfica e grupo com o respectivo número de municípios que fazem parte da amostra. 32

48 Tabela Comparação entre o número de municípios de cada bacia e o número de municípios amostrados. Bacia Rio Doce Bacia Rio Grande Bacia Rio Jequitinhonha Grupo Amostra esperada Amostra obtida Amostra esperada Amostra obtida Amostra esperada Amostra obtida 1 0,2 0 0, ,5 2 0, ,3 1 0, ,1 0 0,5 1 0, ,2 0 0, ,3 0 0,6 0 0, , ,1 20 6,3 6 Total Bacia Rio Paraíba do Sul Bacia Rio Paranaíba Bacia Rio Pardo Grupo Amostra esperada Amostra obtida Amostra esperada Amostra obtida Amostra esperada Amostra obtida 1 0,1 0 0, ,1 0 0, ,2 0 0, ,3 1 0, ,3 0 0,3 0 0, ,9 8 3,9 3 1,8 2 Total Bacia Rio São Francisco Bacia Rios do Leste Bacia Rios Piracicaba e Jaguari Grupo Amostra Amostra Amostra Amostra Amostra esperada obtida esperada obtida esperada Amostra obtida 1 0, , ,9 1 0, , , , ,2 19 3, Total Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal O Índice de Avaliação do Sistema de Esgotamento Sanitário Municipal (IESM) utilizou como base referencial o Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário (IQES) desenvolvido pela FEAM no âmbito do Plano para Incremento do Percentual de Tratamento de Esgotos realizado em 2011 na bacia do Paraopeba (FEAM, 2011). No ano 33

49 de 2012, com a realização dos PITEs Piracicaba e Pará, foi verificada a necessidade de aperfeiçoamento do índice com a revisão nos cálculos dos indicadores. Assim, na revisão de 2012, o IQES utilizou a metodologia Delphi, que é uma técnica para a busca de um consenso de opiniões de um grupo de especialistas a respeito de um determinado tema, para determinar os pesos e indicadores que compõem o índice. Na Tabela 4.2, são apresentados os indicadores e subindicadores do IQES, com os respectivos pesos (FEAM, 2013). Tabela Peso dos indicadores que compõem o IQES. Indicador Peso (q) do indicador Percentual de Coleta PC 23 Percentual de Tratamento PT 25 Operacionalidade da ETE OP 21 Disposição final de resíduos sólidos da ETE DR 12 Regularização ambiental da ETE RA 9 Apresentação do Programa de Monitoramento Análise 3,9 MO Adicional Atendimento à DN Copam nº 128/2008 DN 3,7 AA Recebimento do ICMS Ecológico IE 2,4 Total 100 O IESM foi criado a partir do IQES, porém com alguns ajustes nos indicadores e subindicadores, mantendo a proporcionalidade simples dos pesos - distribuição dos 33 pontos referentes a 21 pontos da Operacionalidade da ETE (OP) e 12 da Disposição final dos resíduos sólidos da ETE (DR) entre os indicadores remanescentes - para a base de cálculo do índice. A exclusão destes dois indicadores (OP e DR) foi necessária, uma vez que a maioria dos municípios do Estado não dispunha de vistorias com informações completas para compor o checklist. O indicador Regularização Ambiental da ETE foi modificado e abrangeu 4 subindicadores (ETE Regularizada, Atendimento à DN nº 96/2006, Monitoramento de Efluentes Líquidos e ICMS Ecológico). Todos esses quatro já faziam parte do IQES, sendo o primeiro subindicador considerado o antigo indicador Regularização Ambiental e os três últimos, pertencentes à Análise Adicional. 34

50 4.5 Cálculo do IESM Os indicadores e subindicadores do IESM são apresentados na Tabela 4.3 com seus respectivos pesos. Ressalta-se que esses pesos correspondem à nova proporcionalidade simples com os reajustes feitos nos pesos do IQES. Tabela Peso dos indicadores e subindicadores que compõem o IESM. Indicador Peso (q) do indicador Percentual de Coleta PC 34 Percentual de Tratamento PT 37 ETE Regularizada ER 13 Regularização Atendimento à DN Copam nº 96/2006 DN 6 Ambiental Realização do Monitoramento de Efluentes ME 6 RA Recebimento do ICMS Ecológico IE 4 Total 100 Os indicadores e subindicadores do IESM são descritos a seguir: Indicador 1 - Percentual da População Atendida por Rede Coletora de Esgotos (PC) Esse indicador propõe-se a avaliar o percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgotos por meio da pontuação dada ao município em função de seu percentual de coleta declarado (PCD). O cálculo é realizado conforme apresentado na Equação 4.1: PC = PCD x q PC (Equação 4.1) Em que: PC = indicador do percentual de coleta (valor entre 0 e 34) PCD = percentual de coleta declarado pelo município (valor entre 0 e 100%) qpc = peso do indicador PC (valor igual a 34) Indicador 2 - Percentual da População Atendida por Tratamento de Esgotos (PT) Esse indicador propõe-se a avaliar o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgoto por meio da pontuação dada ao município em função de seu 35

51 percentual de tratamento declarado (PTD). O cálculo é realizado conforme apresentado na Equação 4.2. PT = PTD x q PT (Equação 4.2) Em que: PT = indicador do percentual de tratamento (valor entre 0 e 37) PTD = percentual de tratamento declarado pelo município (valor entre 0 e 100%) qpt = peso do indicador PT (valor igual a 37) Indicador 3 - Regularização Ambiental (RA) Esse indicador visa avaliar a situação do empreendimento no que diz respeito a 4 subindicadores considerados importantes para avaliar a situação de cada uma das estações nos municípios, frente às exigências legais dos órgãos ambientais Subindicador ETE Regularizada (ER) O subindicador ETE Regularizada pontua o município em função da detenção ou não de regularização ambiental das ETEs em operação. A pontuação será máxima para o peso do subindicador (ER = 13) caso o município possua pelo menos uma ETE regularizada, AAF ou LO, vigentes. Quando o município não apresentar ETE ou possuir empreendimento operando sem regularização ou com licença vencida, a pontuação será zero para o peso do subindicador (ER = 0) Subindicador Atendimento à DN COPAM nº 96/2006 (DN) Este subindicador refere-se à pontuação dada ao município pelo atendimento ou não dos prazos para a formalização dos processos de regularização ambiental dos sistemas de tratamento de esgotos e o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela DN COPAM nº 96/2006, cujos prazos foram prorrogados pela DN COPAM nº 128/2008. Para os grupos 1 a 6, consideraram-se o percentual de tratamento de esgoto da população urbana e os prazos para implantação de ETE com regularização ambiental vigente. Já para o Grupo 7, avaliou-se apenas a entrega dos ofícios circulares ao órgão ambiental. Dessa forma há duas as possibilidades: 36

52 DN = 6 DN = 0 quando o município atende aos prazos e requisitos deliberados pela DN COPAM nº 96/2006. quando o município não atende aos prazos e requisitos deliberados pela DN COPAM nº 96/ Subindicador Realização do Monitoramento de Efluentes (ME) Este subindicador diz respeito à pontuação dada ao município em função da apresentação de programa de monitoramento das ETEs aos órgãos responsáveis por sua fiscalização. Se o município possui pelo menos uma ETE que realiza programa de monitoramento regular, a pontuação será igual ao valor máximo do peso do parâmetro. Já os municípios que não possuem ETE ou que não realizem o programa de monitoramento, a pontuação será zero para o peso do subindicador. ME = 6 ME = 0 quando o município realiza o programa de monitoramento e o entrega ao órgão ambiental responsável. quando o município não realiza o programa de monitoramento ou não possui ETE Subindicador Recebimento do ICMS Ecológico (IE) Este subindicador corresponde à pontuação dada ao município caso ele faça jus ou não ao recebimento do ICMS Ecológico, critério Saneamento Ambiental, subcritério Tratamento de Esgotos, por possuir sistema de tratamento de esgoto regularizado que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. O percentual acima se refere ao art. 4, inciso I da Lei Estadual /2009. Se o município atender a esse valor, ganhará nota máxima para o peso do indicador e caso ao contrário, receberá nota zero. Dessa forma há duas possibilidades: IE = 4 quando o município recebe a parcela do ICMS Ecológico, critério Saneamento Ambiental, subcritério Tratamento de Esgotos. 37

53 IE = 0 quando o município não recebe a parcela do ICMS Ecológico, critério Saneamento Ambiental, subcritério Tratamento de Esgotos. Como mencionado anteriormente, devido às dificuldades de realização de visitas a todos os municípios do Estado, a equação do IESM (Equação 4.3) foi reestruturada, possibilitando a avaliação da situação do esgotamento sanitário em Minas Gerais. O índice permitirá, também, a identificação dos locais de ações prioritárias do governo, contribuindo, dessa forma, para a universalização e melhoria do serviço prestado. IESM = PC + PT + ER + DN + ME + IE (Equação 4.3) Em que: IESM = Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal (valor entre 0 e 100) PC = indicador do percentual de coleta PT = indicador do percentual de tratamento ER = ETE Regularizada DN = Atendimento à DN COPAM nº 96/2006 ME = Monitoramento de Efluentes IE = Recebimento do ICMS Ecológico Após cálculo do IESM de cada município, eles são então classificados quanto à situação do esgotamento sanitário, conforme as faixas de valores do IQES adaptados para o IESM (Tabela 4.4). Tabela Faixas de classificação do IESM. IESM Classificação 75 x 100 Bom 50 x < 75 Médio 35 x < 50 Ruim 0 x < 35 Alarmante 38

54 5 DIAGNÓSTICO DO ESTADO 5.1 Bacias hidrográficas de Minas Gerais Localizado na região sudeste do país, o estado de Minas Gerais possui uma área territorial de ,122 km 2 e uma das maiores redes hidrográficas do país. Em seu território, encontram-se afluentes de algumas das principais bacias hidrográficas localizadas ou que se estendem a outras regiões geográficas do país, como a Tocantins- Araguaia (Norte), São Francisco (Nordeste) e Paraná (Sul). Deste modo, o estado possui uma posição estratégica na gestão dos recursos hídricos no país e devido a essa característica passou a ser conhecido popularmente como a caixa d água do Brasil. De acordo com IGAM (2015), o estado possui nove bacias hidrográficas: Rio Doce, Rio Grande, Rio Jequitinhonha, Rio Paraíba do Sul, Rio Paranaíba, Rio Pardo, Rio São Francisco, Rios Piracicaba e Jaguari e a Bacia dos Rios do Leste (Figura 5.1). Nesta última, são agrupadas sete pequenas bacias, cujos rios principais nascem em diferentes localidades do leste de Minas Gerais. Essas bacias hidrográficas foram subdivididas em 36 Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos UPGRH. O objetivo dessas unidades é a estruturação dos Comitês de Bacia, bem como descentralizar a implantação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos PNRH e da Política Estadual de Recursos Hídricos PERH. Abaixo é realizada a caracterização física e geográfica das nove bacias hidrográficas de Minas Gerais. Essas serão objetos de estudos deste trabalho, por meio da situação dos sistemas de esgotamento sanitário dos municípios localizados em suas áreas de abrangências. 39

55 Figura Bacias Hidrográficas de Minas Gerais. Fonte: CBH Araguari, Bacia Hidrográfica do Rio Doce (DO) Situada na região sudeste do país, em sua maior parte no estado de Minas Gerais (86%) e em parte do estado do Espírito Santo (14%), a Bacia Hidrográfica do Rio Doce compreende uma área de drenagem de km². Com nascentes em Minas Gerais, nas Serras do Espinhaço e da Mantiqueira, o rio Doce se estende por 850 km até sua foz no distrito de Regência, município de Linhares no Espírito Santo (CBH-DOCE, 2015). A BHRD é dividida em três regiões, tendo o Alto Rio Doce seus limites definidos pela nascente do rio Doce e sua confluência com o rio Piracicaba, sendo formada pelas subbacias do Alto Rio Doce (calha principal), Piranga, Xopotó, Turvo Limpo, do Carmo, Gualaxo do Sul, Casca, Piracicaba e Santa Bárbara. O Médio Rio Doce é formado pelas sub-bacias dos rios Tanque, Corrente Grande, Suaçuaí Pequeno, Caratinga e Manhuaçu, e o Baixo Rio Doce pelas sub-bacias dos rios Pancas, S. José, Guandu, Santa Maria, Santa Júlia e Tabocas. Segundo dados de 2007, a Bacia do Rio Doce possui uma população total de 3,5 milhões de habitantes, distribuídos parcial ou totalmente em 228 municípios, sendo 203 deles 40

56 mineiros. Dessa população, cerca de 73% estão alocados em áreas urbanas e mais de 85% do total de municípios têm até 20 mil habitantes (CBH-DOCE, 2015). A Bacia do Rio Doce possui quase a totalidade de seu território inserido no bioma de Mata Atlântica, e conta com 2% de Cerrado (CBH-DOCE, 2015). Apenas 28% da área da bacia apresenta cobertura vegetal, caracterizada principalmente por Floresta Estacional, dispersa em pequenos fragmentos, sendo raramente encontradas manchas de vegetação nativa com porte significativo para permitir sua regeneração (CBH-DOCE, 2015). No território de Minas Gerais, a gestão dos recursos hídricos é caracterizada pela subdivisão das principais bacias em Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos UPGRH. A Bacia do Rio Doce é subdividida em seis UPGRH: Rio Piranga (DO1), Rio Piracicaba (DO2), Rio Santo Antônio (DO3), Rio Suaçuí (DO4), Rio Caratinga (DO5), Rio Manhuaçu (DO6). No estado do Espírito Santo, não há subdivisões administrativas, existindo os Comitês de Bacia Hidrográfica CBH dos Rios Santa Maria do Doce, Guandu e São José (CBH-DOCE, 2015). Apesar da desigualdade hídrica entre as regiões da Bacia do Rio Doce, este apresenta disponibilidade de em média 12,5 l/s.km² em sua foz, alcançando valores máximos da ordem de 26 l/s.km², na sub-bacia do rio do Carmo, e mínimos em torno dos 9 l/s.km², nas sub-bacias dos rios Caratinga, Suaçuí e dos afluentes capixabas Santa Joana, Santa Maria, Pancas e São José (CBH-DOCE, 2015a). Segundo o Atlas Digital das Águas de Minas, as vazões de referência Q7,10 e Q95 do rio Doce apresenta valores de 3,1 L/s.km² e 4,8 L/s.km², respectivamente (HIDROTEC, 2011). O Índice de Qualidade das Águas IQA, no período de 1999 a 2005, enquadrou-se na categoria Médio na maioria das estações amostrais da Bacia do Rio Doce. Verificou-se que em certos trechos da bacia, as águas encontravam-se contaminadas por efluentes domésticos, com elevadas contribuições de coliformes termotolerantes, matéria orgânica, fosfatos e sólidos em suspensão, além de impactadas por sólidos desestabilizados decorrentes de atividades mineradoras, uso e manejo inadequado do solo e despejos de atividades de suinocultura e siderurgia. 41

57 Em relação à caracterização climática da Bacia do Rio Doce inserida no estado de Minas Gerais, as regiões apresentam características distintas. No Alto Rio Doce, os índices pluviométricos são bastante significativos, variando de cerca de mm a mm/ano. A precipitação se distribui durante o ano em dois períodos bem definidos, verão chuvoso e inverno seco, e devido à topografia acidentada da região há ocorrência de intensas chuvas orográficas, principalmente nas proximidades das Serras do Espinhaço e Caparaó. De acordo com a classificação de Köeppen, os tipos climáticos dominantes no Alto Rio Doce são os tipos Macrotérmico e Subtropical Temperado de inverno seco e verão temperado (Cwb), além do Subtropical com chuvas distribuídas e verões quentes (Cfa), que domina uma pequena parcela do extremo sudoeste da bacia (CBH-DOCE, 2015). O clima dominante no Médio Rio Doce, segundo a classificação climática de Köeppen, enquadra-se nos tipos subtropical de verões quentes e inverno seco (Cwa), e tropical de inverno seco e chuvas máximas no verão (Aw). A região é caracterizada como úmida com umidade relativa do ar entre 70 e 81%, e apresenta variações significativas de temperatura (CBH-DOCE, 2015). A caracterização dos solos da bacia também foi subdividida nas regiões do Alto, Médio e Baixo Rio Doce. Das porções que abrangem Minas Gerais, na região do Alto Rio Doce são encontrados os Argissolos Vermelho Amarelo, predominantemente distróficos, e os Latossolos Vermelho Amarelo distróficos, ocorrendo em menor quantidade os Neossolos Litólicos e os Afloramentos Rochosos junto às cidades de Mariana, Ouro Preto, Barão de Cocais, Santa Bárbara e Itabira (CBH-DOCE, 2015). Enquanto que no Médio Rio Doce são observados os Neossolos Flúvicos, Argissolos Vermelho Amarelo distróficos, Latossolos Vermelho Amarelo distróficos, Neossolos Litólicos e Afloramentos Rochosos (CBH-DOCE, 2015). Quanto ao uso e ocupação do solo da Bacia do Rio Doce, 69,6% de seu território se devem à usos antrópicos, 1,7% à afloramentos rochosos e os 28,4% restantes à cobertura vegetal. Dos usos antrópicos, destaca-se a atividade de pastagem que ocupa 64,7% do território da bacia atingindo 5,4 milhões de hectares, seguida pelas atividades 42

58 de menores proporções de área: silvicultura com 4,38%, área urbana com 0,39%, agricultura com 0,36% e mineração com 0,03% (CBH-DOCE, 2015). As principais atividades econômicas desenvolvidas na bacia são: o cultivo de lavouras tradicionais como café, cana de açúcar, hortifrutigranjeiros, pecuária de corte e leiteiro, suinocultura, geração de energia elétrica, produção de açúcar e álcool, indústrias de papel e celulose, laticínios, metalúrgica, siderúrgica, mecânica, química, alimentícia, têxtil, curtume, comércio e serviços voltados aos complexos industriais, e mineração de ferro, ouro, bauxita, manganês, rochas calcárias e pedras preciosas. Dessas, as atividades econômicas mais expressivas relacionam-se à mineração e siderurgia (CBH- DOCE, 2015) Bacia Hidrográfica do Rio Grande (GD) A Bacia Hidrográfica do Rio Grande (BHRG) está localizada na região sudeste do Brasil entre os estados de Minas Gerais e São Paulo (CBH GRANDE, 2015). A área de drenagem da bacia perfaz um total de ,79 km 2. Em território mineiro situam-se ,43 km 2, correspondendo a 60,20% da área total (ITC, 2008). A Bacia Hidrográfica do Rio Grande em Minas Gerais (BHRG-MG) é composta por um total de 214 municípios, sendo que 189 encontram-se totalmente inseridos na bacia. A população total dos municípios pertencentes à bacia foi estimada de acordo com o IBGE (2010) em habitantes, sendo que 83,82% habitam a zona urbana e 16,18% a zona rural. Os municípios mais populosos são Uberaba, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Varginha, Barbacena e Passos. Todos possuem populações superiores a 100 mil habitantes. Um total de oito Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos UPGRH (IGAM, 2015) compõe a BHRG-MG. Cada uma delas possui o seu comitê de bacia, mas ainda não foram criadas agências de bacia ou entidades equivalentes. As características climáticas e da vegetação da área de abrangência dessas UPGRHs são descritas em Igam (2015). A fisionomia vegetal revela-se bastante heterogênea variando de ambientes típicos da região Centro-Oeste como o Cerrado, da região sudeste como a Mata 43

59 Atlântica; aos Campos de Altitude e Rupestres. Quatro climas estão presentes nessa região: Tropical de Altitude, Tropical Mesotérmico Brando, Tropical Mesotérmico Médio e Tropical Semi Úmido. As classes de solo que ocorrem na BHRG-MG são os latossolos, argissolos, cambissolos e neo-solos (FEAM et al., 2010). As duas primeiras apresentam uma maior área de ocorrência. A atividade agropecuária representa a classe mais expressiva de uso e ocupação do solo na BHRG-MG. As pastagens e as culturas agrícolas são responsáveis por 71,4% e 22,1% da área da bacia, respectivamente (ITC, 2008). A vegetação nativa de porte arbóreo abrange apenas 3,4%, enquanto as demais formas de uso e ocupação do solo: espelho d água, área urbana e reflorestamento correspondem a uma proporção 2,3%, 0,7% e 0,1%, respectivamente. Em decorrência das hidroelétricas instaladas na região, a produção de energia assume grande relevância econômica. Outras atividades importantes são a mineração e a indústria de transformação. A nascente do rio Grande está situada na Serra da Mantiqueira, no município de Bocaina de Minas (ITC, 2008). Os seus principais afluentes são: rio das Mortes, Jacaré, Santana, Pouso Alegre, Uberaba, Feio, Capivari, Sapucaí-Mirim, Sapucaí, Pardo, Mogi-Guaçu e Turvo. De acordo com HIDROTEC (2010) a vazão média de longo período (Qmlp) da BHRG- MG no ano de 2010 foi estimada 1524,1 m 3 /s, correspondendo a 23,5% da vazão média total do estado de Minas Gerais. Quando comparada às outras bacias do estado, essa vazão é inferior apenas àquela estimada para a Bacia do Rio São Francisco Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (PS) A Bacia do Rio Paraíba do Sul localiza-se na região sudeste do Brasil, abrangendo três estados São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais sendo sua nascente localizada na Serra da Bocaina no estado de São Paulo. A bacia possui uma população estimada em habitantes. Sua área total de drenagem perfaz km 2, sendo que 37,3% ( km²) estão localizados no estado de Minas Gerais. Essa região é composta de 88 municípios, dos quais 76 estão inseridos integralmente, e apresenta população estimada em habitantes (AGEVAP, 2013). 44

60 A bacia situa-se na região da Mata Atlântica, sendo este bioma florestal um dos mais devastados do Brasil, hoje com menos de 7% de sua extensão original estimada em cerca de 1,3 milhão de km 2, e em contínuo processo de desmatamento (AGEVAP, 2013). A cobertura vegetal é composta por Floresta Ombrófila, Floresta Estacional Semidecidual, vegetação Secundária (Capoeiras), vegetação de Restinga, vegetação de Mangue, vegetação de Várzea, Campos de Altitude e Campo/Pastagem. Em Minas Gerais, a Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul é dividida em: Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros dos Rios Preto e Paraibuna (PS1) e Bacia Hidrográfica dos Rios Pomba e Muriaé (PS2). A primeira abrange uma área de drenagem de km² com mais de 22 sedes municipais e disponibilidade hídrica entre 10 e 20 litros por segundo por km². Já a segunda, abrange uma área de drenagem de km² com um total de 58 sedes municipais e disponibilidade hídrica entre 10 e 20 litros por segundo por km 2 (IGAM, 2015). Os principais usos dos recursos hídricos na bacia são para irrigação, geração de energia elétrica e despejo de esgoto, além do pequeno uso da pesca e recreação (CEIVAP, 2015). O clima da bacia hidrográfica é classificado como Tropical de Altitude de acordo com Köppen, com temperatura média de 18 C a 24 C. Sabe-se que as mais altas temperaturas incidem na região de Itaperuna, na bacia do rio Muriaé, atingindo média das máximas centrada em torno de 32 C. Suas estações alteram em meio a chuvosas e secas, com os maiores níveis pluviométricos encontrados na região paulista da serra do Mar, nas regiões do maciço do Itatiaia e seus contrafortes (CEIVAP, 2006). Nas últimas décadas, ocorreram mudanças no solo das regiões de abrangência da bacia, sendo que boa parte da Mata Atlântica foi substituída por plantações de diversas culturas como o café e a cana-de-açúcar. Atualmente, a agricultura ocupa uma área de cerca de 10% e representa importante fonte de poluição do solo e da água devido ao uso descontrolado de fertilizantes e agrotóxicos. Outro significativo elemento poluidor da Bacia do Rio Paraíba do Sul é a pecuária. Essa atividade econômica é a que ocupa a maior extensão, com aproximadamente 70% das terras cobertas por campos/pastagens, em sua maioria deteriorada pelas reiteradas queimadas e pelo pisoteio do gado. 45

61 Há ainda a extração de madeira para lenha e carvão e a retirada indiscriminada de areia do leito, principalmente, nas planícies de inundação dos rios Paraíba do Sul, Muriaé e Guandu, que tem alterado significativamente trechos dos rios e a qualidade das águas. Hoje, 86% da população da bacia concentram-se em área urbana e a região possui grande destaque industrial. No setor mineiro da bacia, localizam-se mais de indústrias, entre metalúrgicas, químicas, têxteis, alimentícias, de papel, moveleiras e outras, com destaque para os municípios de Juiz de Fora, Muriaé, Cataguases, Ubá e Visconde do Rio Branco (ANA, 2015) Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba (PN) A Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba, que integra a Bacia do Rio Paraná, drena uma área de aproximadamente 223 mil km 2 e está localizada entre os paralelos 15 e 20 sul e os meridianos 45 e 53 oeste. Posicionada na região central do Brasil, ocupa cerca de 2,6% do território nacional, com quase 8,5 milhões de habitantes e inclui os estados de Goiás (63,3%), Mato Grosso do Sul (3,4%) e Minas Gerais (31,7%), além do Distrito Federal (1,6%) em um total de 197 municípios. Em Minas Gerais, a bacia ocupa uma área de aproximadamente 71 mil km 2, abrangendo um total de 55 municípios com população estimada em habitantes (CBH-PARANOA, 2011). No tocante à vegetação, a bacia está inserida na região de ocorrência dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, encontrando-se bastante desmatada em função das atividades antrópicas. O Cerrado é o bioma predominante e possui 22,4% de sua cobertura original, enquanto a Mata Atlântica apenas 14,4% (CBH-PARANAÍBA, 2015). No estado de Minas Gerais, a Bacia do Rio Paranaíba apresenta três bacias hidrográficas: (1) Bacia Hidrográfica do Baixo Paranaíba (PN3) que possui disponibilidade hídrica entre dois e 10 litros por segundo por km 2, com exceção da parte oriental, onde se situa entre 10 e 20 litros por segundo por km 2, (2) Bacia Hidrográfica do Rio Araguari (PN2) que possui disponibilidade hídrica acima de 20 litros por segundo por km 2 e (3) Bacia Hidrográfica do Baixo Paranaíba (PN1) que possui disponibilidade hídrica entre 10 e 20 litros por segundo por km 2 (IGAM, 2015). 46

62 Nas últimas décadas, devido ao mau uso do recurso hídrico, gerando inclusive assoreamentos, o Paranaíba perdeu cerca de 60% de sua vazão. Apesar disso, a bacia ainda apresenta relevante potencial hidrelétrico, responsável pela geração de grande parte da energia de Minas e Goiás (CBH-PARANOA, 2011). Segundo análises realizadas nas bacias, os índices de qualidade da água variam de médio a ruim, devido à destruição de ambientes naturais, das matas ciliares, lançamento de efluentes domésticos e industriais, utilização de agrotóxicos e dragas irregulares na agricultura (CEMIG, 2015). Os principais afluentes do rio Paranaíba são os rios São Marcos, Corumbá, Piracanjuba, Meia Ponte, Verde, Corrente, Claro, dos Bois e Aporé, pela margem direita, e os rios Dourados, Perdizes, Bagagem, Araguari, Piedade, Tijuco e Prata, pela margem esquerda (CEMIG, 2015). A bacia apresenta clima de Úmido e Semiúmido a Semiárido e caracteriza-se, segundo a classificação climática de Köppen, pelo tipo Aw, que corresponde ao clima tropical quente em todas as estações do ano (temperatura média mensal maior ou igual a 18 C) com inverno seco. O período seco é marcado entre os meses junho e agosto e o período chuvoso entre os meses outubro a abril, sendo que as médias pluviométricas anuais giram em torno de 1300 mm a 1800 mm. Em Minas Gerais, nas Bacias do Alto Paranaíba e Araguari, o clima é considerado Semiúmido com período seco entre quatro a cinco meses por ano. Já na Bacia do Baixo Paranaíba, o clima é considerado Semiúmido, com período seco entre quatro a cinco meses por ano, com exceção da divisa estadual, onde o clima é Úmido, com período seco entre um a dois meses por ano (IGAM, 2015). Quanto à classificação pedológica, a bacia é composta por diversos tipos de solos como: Nitossolo Vermelho Eutrófico, Argissolo Vermelho- Amarelo Eutrófico, Latossolo Vermelho Alumínico e Distrófico, Latossolo Vermelho Distroférrico, Latossolo Vermelho- Amarelo Alumínico e Distrófico, Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico Latossólico, Nitossolo Vermelho Distrófico, Argissolo Vermelho-Amarelo Alumínico e Distrófico, Cambissolo Háplico Alumínico e Distrófico, Gleissolo Melânico, Glei Háplico, Pintossolo, 47

63 Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos, Neossolos Flúvicos, Organossolos, Nessolos Quartzarênicos, Neossolos Litólicos, Cambissolos Háplicos (CBH-PARANOA, 2011). Com a intensificação do uso do solo, os solos da bacia em geral, apresentam problemas que exigem investimentos consideráveis em tratos agrícolas, calagem e nutrientes. O uso agropecuário em sua área de abrangência está relacionado principalmente aos cultivos de soja, milho, cana-de-açúcar, feijão e café e as criações de bovinos, suínos e frangos. Segundo dados da Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, em 2008, a área plantada na bacia do Paranaíba representou 20% do seu território total. Merece destaque também a exploração mineral, que foi importante no processo de ocupação da bacia, e ainda hoje se mantém como atividade expressiva. Atualmente, há 35 substâncias minerais que são produzidas e comercializadas nos municípios de sua área de abrangência, nas quais fosfato, apatita, ouro, pirocloro, calcário, nióbio e zinco se destacam por maior valor arrecadado, respectivamente. Há ainda a exploração de diamante em Coromandel/MG e mineração de areia, que está localizada principalmente no rio Paranaíba. Já as concentrações industriais estão associadas às áreas urbanas de maior porte por causa da oferta de mão de obra e apoio de infraestrutura para o recebimento de matéria-prima e escoamento da produção. Essas indústrias localizam-se, principalmente, nos municípios de Brasília, Cachoeira Dourada, Catalão, Goiânia, Araxá, Limeira do Oeste, Santa Juliana, Tapira, Santa Vitória, Uberaba e Uberlândia (CBH- PARANOA, 2011) Bacia Hidrográfica do Rio Pardo (PA) A Bacia Hidrográfica do rio Pardo, que possui sua nascente no município de Montezuma MG tem uma área total de km², ocupando 26 municípios, sendo 12 deles localizados em Minas Gerais e o restante no estado da Bahia, contabilizando aproximadamente 260 mil habitantes. Em Minas Gerais, a bacia é composta por apenas uma Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos, a UPGRH PA1 Bacia Hidrográfica do Rio Mosquito e demais afluentes mineiros do rio Pardo, ocupando uma área de 12 mil km². 48

64 Os principais afluentes da bacia são o rio Ribeirão, o ribeirão Maravilha, rio Moquém e os rios Pardinho, Itaperaba e Mosquito (CEMIG, 2013). A vegetação da bacia é formada por Campos Cerrados, Cerrados e Campos Rupestres, correspondendo a cerca de 45% de sua área. Em uma parcela menor, ocorrem Florestas Estacionais Ciliares. As vazões de referência da bacia, segundo o Atlas das Águas de Minas (2015), são: Q7,10 = 0,2 l/s.km² e Q95 = 0,4 l/s.km², enquanto a disponibilidade hídrica varia de dois a dez l/s.km², exceto na região oriental da bacia, onde a disponibilidade hídrica é menor que dois l/s.km². (CEMIG, 2013). Segundo dados do IGAM-C (2015), o Índice de Qualidade da Água IQA da bacia foi classificado como Bom em análises realizadas no ano de 2014, na estação de monitoramento localizada no município de Indaiabira. Na Bacia do Rio Pardo predomina o clima Semiúmido, com um período entre quatro e cinco meses de seca (CEMIG, 2013). Porém, de acordo com o Igam - A (2013), na classificação Köppen, a bacia apresenta clima Bswh, Semiárido, com curto período de chuva no verão. Quanto ao tipo de solo encontrado na bacia, em sua área de abrangência, predominam os Latossolos e Cambissolos, principalmente os distróficos, e aparecem em menor quantidade os Argissolos e os Neossolos Flúvicos. Na Serra do Espinhaço há presença de afloramentos rochosos (IGAM-A, 2013). As atividades que mais se destacam nessa bacia são a pecuária, a agricultura, o extrativismo vegetal, a mineração e, em menor escala, as pequenas atividades industriais. Além disso, há na Bacia do Rio Pardo, no município de Ninheira, a usina hidrelétrica Machado Mineiro, que opera desde 1992 com duas unidades geradoras, gerando uma potência de 1,720 MW (CEMIG, 2013) Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (SF) A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco abrange aproximadamente 7,5% da área de drenagem do país, totalizando km 2. Intercepta sete unidades da federação: Bahia (48,2%), Minas Gerais (36,8%), Pernambuco (10,9%), Alagoas (2,2%), Sergipe 49

65 (1,2%), Goiás (0,5%), e Distrito Federal (0,2%), englobando 504 municípios cerca de 9% do total de municípios do país (CBHSF, 2015). No estado de Minas Gerais, apresenta uma área de drenagem de km 2, englobando 219 municípios e possui as seguintes vazões de referência: Q7,10 (l/s.km 2 ) = 2,7 e Q95 (l/s.km 2 ) = 2,4, segundo o Atlas Digital das Águas de Minas. Considerado o rio da integração nacional, por ser o caminho de ligação entre o Sudeste e o Centro-Oeste com o Nordeste brasileiro, o São Francisco possui km de extensão e vazão média de m 3 /s (2% do total do país). Nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, chegando ao Oceano Atlântico através da divisa entre Alagoas e Sergipe (CBHSF, 2015). A população aproximada que habita a bacia é de 16,14 milhões de pessoas 9,5% da população do país com maior concentração no Alto (56%) e Médio São Francisco (24%). A população urbana representa 77% da população total e a densidade populacional é de 22 hab/km 2. Nas demais regiões, observam-se percentual de população da ordem de 10% no Submédio e no Baixo São Francisco (SEMARH, 2015). A grande dimensão territorial da Bacia do Rio São Francisco motivou a sua divisão por regiões, para fins de planejamento e, ao mesmo tempo, para facilitar a caracterização das diversas populações e recursos naturais (CBHSF, 2015). A divisão se fez de acordo com o sentido do curso do rio e com a variação de altitudes, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da seguinte forma: Alto São Francisco - das nascentes até a cidade de Pirapora km 2 (17,5% da região); Médio São Francisco - de Pirapora até Remanso km 2 (53% da região) - segmento que recebe os maiores afluentes: rio das Velhas, Paracatu e Urucuia; Submédio São Francisco - de Remanso até Paulo Afonso ( km 2-24,4% da região); Baixo São Francisco - de Paulo Afonso até sua foz ( km 2-5,1% da região). 50

66 Devido a essa extensão, a Bacia do São Francisco possui também grande diversidade ambiental e contempla fragmentos de diferentes biomas: floresta atlântica, cerrado, caatinga, costeiros e insulares. O cerrado cobre, praticamente, metade da área da bacia de Minas Gerais ao oeste e sul da Bahia, enquanto a caatinga predomina no nordeste baiano, onde as condições climáticas são mais severas. A região do Alto São Francisco é um exemplar da floresta atlântica, porém devastada pelo uso agrícola e pastagens, principalmente nas cabeceiras. Margeando os rios, onde a umidade é mais elevada, observam-se regiões de mata seca (CBHSF, 2015). Em relação aos tipos de solos que podem ser encontrados na bacia, segundo o Caderno da Região Hidrográfica do São Francisco (MMA, 2006), observa-se a seguinte divisão: Alto São Francisco - Latossolos, argilossolo vermelho, alissolo crômico, cambissolos háplico, areias quartzosas e litossolos; Médio São Francisco - Latossolos, argilossolo vermelho e alissolo crômico; Submédio São Francisco - Latossolos, argilossolo vermelho, alissolo crômico, cambissolos háplico, areias quartzosas e litossolos; Baixo São Francisco - Argissolos, alissolos, latossolos, hidromórficos, litossolos, areias quartzosas e espodossolos. O clima na bacia apresenta uma variabilidade associada à transição do úmido para o árido, com temperaturas médias anuais variando entre 18 e 27 o C, baixo índice de nebulosidade e grande incidência de radiação solar (CBHSF, 2015). Segundo o Caderno da Região Hidrográfica do São Francisco (MMA, 2006), a classificação é feita da seguinte forma: Alto São Francisco - Tropical úmido e Temperado de altitude; Médio São Francisco - Tropical semiárido e Sub-úmido seco; Submédio São Francisco - Semiárido e Árido; Baixo São Francisco Sub-úmido. No estado de Minas Gerais, o clima predominante, segundo a classificação de Köppen, é Aw, ou seja, clima tropical úmido (megatérmico) de savana, com inverno seco e verão 51

67 chuvoso, onde a temperatura média do mês mais frio é superior a 18ºC e a precipitação do mês mais seco inferior a 60 mm. (MINAS GERAIS, 2002). A pluviosidade apresenta média anual de mm, sendo que os mais altos valores de precipitação, da ordem de mm, ocorrem nas nascentes do rio e, os mais baixos, cerca de 350 mm, entre Sento Sé e Paulo Afonso, na Bahia. O trimestre mais chuvoso é de novembro a janeiro, contribuindo com 55 a 60% da precipitação anual, enquanto o mais seco é de junho a agosto. A evapotranspiração média é de 896 mm/ano, apresentando valores elevados entre mm, ao sul, e 840 mm no norte, em função das elevadas temperaturas, da localização geográfica intertropical e da reduzida nebulosidade na maior parte do ano (CBHSF, 2015). O polígono das secas, que fica sujeito a períodos críticos de prolongadas estiagens com várias zonas geográficas e diferentes índices de aridez, situa-se majoritariamente na região Nordeste, porém estende-se até o norte de Minas Gerais. A Bacia do São Francisco possui 58% da área do polígono, sendo 270 de seus municípios ali inscritos (CBHSF, 2015). No âmbito social, o Plano Decenal de Recursos Hídricos da Bacia, concebido para o período , identificou variações significativas em indicadores como o índice de mortalidade infantil, variável de 25,66% em Minas até 64,38% em Alagoas; o Índice de Desenvolvimento Humano IDH entre 0,823 no Alto São Francisco, onde se localiza a Região Metropolitana de Belo Horizonte e 0,538 nas demais sub-bacias e o PIB per capita, de R$5.239 em Minas até R$2.275 em Alagoas. Esse panorama reflete a realidade socioeconômica da bacia do rio São Francisco, que apresenta grande contraste entre as regiões, estados, entre os meios urbanos e rurais e, ainda, entre as faixas de população, ressaltando a desigualdade social, que caracteriza a sociedade brasileira (CBHSF, 2015). Na esfera econômica, há regiões mais fortemente contempladas com a presença de indústrias e agroindústrias, como acontece no Alto, Médio e Sub-médio nas zonas industriais extrativas de Minas e nos pólos agroindustriais de grãos e fruticultura localizados no Norte e Oeste da Bahia e no Sul de Pernambuco. No Baixo, a economia ribeirinha ainda se vincula significativamente à agropecuária e à pesca tradicionais, 52

68 porém ocorre crescimento expressivo da aquicultura, turismo e lazer. O Plano Decenal apontou que mais de 70% das demandas de água na bacia se destinam à irrigação, com maior concentração no Médio e Sub-médio. A área irrigada ocupa, aproximadamente, ha, correspondendo a projetos agrícolas públicos e privados (CBHSF, 2015). As demandas urbanas e industriais mais expressivas no Alto São Francisco se relacionam, sobretudo, com a siderurgia, mineração, química, têxtil, papel e equipamentos industriais. Tanto as indústrias quanto as unidades residenciais lançam indiscriminadamente efluentes nas calhas do São Francisco e de seus afluentes. Uma das áreas onde a poluição é mais crítica é a Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde se registra, além dos esgotos domésticos e industriais, uma alta carga inorgânica, proveniente da extração e beneficiamento minerais (CBHSF, 2015). Rica em recursos naturais, a Bacia do São Francisco abriga uma diversidade de culturas, de locais históricos, de sítios arqueológicos e de importantes centros urbanos. Tudo isso associado à imensidão do rio e às belezas naturais da região oferece um grande potencial para o desenvolvimento do turismo, atividade ainda incipiente (ANA, 2015). O São Francisco representa ainda um extraordinário potencial para o desenvolvimento do transporte hidroviário. Estima-se em km a extensão navegável na calha. Destacam-se dois trechos principais: km entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) e 208 km entre Piranhas (AL) e a foz (CBHSF, 2015). Dessa forma, a bacia tem grande importância para o país não apenas pelo volume de água transportado em uma região semiárida, mas também pelo potencial hídrico passível de aproveitamento e por sua contribuição histórica e econômica para a região. O rio constitui a base para o suprimento de energia elétrica da região Nordeste do país. Os represamentos construídos nas últimas décadas correspondem atualmente a nove usinas hidrelétricas em operação (CBHSF, 2015). O potencial hidrelétrico aproveitado da bacia é de MW, distribuídos principalmente nas usinas Três Marias, Queimado, Sobradinho, Itaparica, Complexo Paulo Afonso e Xingó. Os reservatórios em Três Marias e Sobradinho têm papel fundamental na regularização das vazões do São Francisco. Um dos maiores desafios é 53

69 que a bacia registra todos os tipos de usos dos recursos hídricos, o que exige uma análise do conjunto para que se possa planejar adequadamente sua gestão (ANA, 2015). Em 2004, foi criado o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco PRSF, com o objetivo de preservar, conservar e recuperar a bacia por meio de ações integradas e permanentes que promovam o uso sustentável dos recursos naturais, a melhoria das condições socioambientais, o aumento da quantidade e a melhoria da qualidade da água para usos múltiplos. O Programa é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente MMA, em parceria com o Ministério da Integração Nacional MI e tem previsão de execução de 20 anos (MMA, 2015). O modelo de gestão do PRSF conta com câmaras técnicas temáticas, instâncias de apoio técnico e consultivo, com o objetivo de desenvolver a transversalidade governamental e efetivar a interação sistêmica entre as diversas políticas públicas formuladas pelo governo federal, relacionadas ao processo de revitalização e ao desenvolvimento sustentável das bacias hidrográficas com vulnerabilidade e degradação ambiental (MMA, 2015) Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba e Jaguari (PJ) A Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba e Jaguari está localizada no extremo sul do estado de Minas Gerais, com área de drenagem de km² distribuída, total ou parcialmente, entre os municípios de Extrema, Camanducaia, Toledo, Itapeva, e Sapucaí-Mirim. No entanto, as áreas de drenagem de parte dos municípios de Camanducaia e Sapucaí- Mirim estão alocadas fora da bacia, numa proporção de 5,7% e 62,5% de seus territórios, respectivamente. Segundo o IBGE (2000), a população total da bacia em 2007 era de aproximadamente habitantes, dos quais 74% residiam em áreas urbanas constituindo uma importante fonte de poluição dos rios da bacia (CBH-PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ, 2008). Grande importância é dada à bacia por sua contribuição para o Sistema Cantareira, responsável pelo fornecimento de água a aproximadamente 10 milhões de habitantes da Grande São Paulo (PORTAL DOS COMITÊS DE BACIA-MG, 2015). 54

70 A Bacia dos Rios Piracicaba e Jaguari está inserida no bioma da Mata Atlântica, sendo a região caracterizada principalmente por formações originais de Floresta Estacional Semidecidual. Essas formações encontram-se fragmentadas em remanescentes concentrados, em geral, nos topos de morros e encostas íngremes, altamente impactadas, estando a maior parte em estágios secundários devido à retirada de grande volume de madeira no passado (CBH-PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ, 2008). Uma das bacias com maior disponibilidade hídrica do estado de Minas Gerais, a Bacia dos Rios Piracicaba e Jaguari conta com contribuições específicas de drenagem de 17 a 19 l/s km² e índice pluviométrico anual de a mm/ano (CBH-PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ, 2008). Segundo o Atlas Digital das Águas de Minas, as vazões específicas mínimas variam desde valores próximos a 5,0 l/s.km² na região hidrográfica do Piracicaba/Jaguari até 0,2 l/s.km² na região hidrográfica do rio Pardo, em Minas Gerais. A bacia ocupa o primeiro lugar no ranking de produtividade hídrica do estado, com as vazões de referência, Q95 e Q7,10, alcançando valores de 7,2 e 4,9 l/s.km², respectivamente (HIDROTEC, 2011). O clima da região é caracterizado por dois domínios climáticos, o Mesotérmico Brando Úmido e Superúmido, e o Mesotérmico Médio Superúmido, o qual impõe-se apenas em algumas áreas da Serra da Mantiqueira. O caráter Superúmido é caracterizado por uma curta estação seca no inverno, com apenas um ou dois meses secos. O clima Mesotérmico Brando se estabelece nas áreas acima de 900m, onde o verão é brando com médias entre 20 C e 18 C, e o inverno é bastante sensível, possuindo pelo menos um mês com temperatura média inferior a 15 C e média das mínimas variando de 8 C a 6 C. O clima Mesotérmico Médio atua nas superfícies mais elevadas da Mantiqueira, acima de 1.600m, onde há o predomínio de temperaturas amenas durante todo o ano e a média da temperatura dos meses mais quentes é inferior a 17 C (CBH-PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ, 2008). A bacia apresenta três tipos de solos: Latossolos, Argissolos e Cambissolos, originados pela influência de um clima relativamente quente e de precipitações abundantes. No município de Extrema e ao norte deste ocorrem Latossolos Vermelho-Amarelo distrófico 55

71 argiloso. A sudoeste de Camanducaia e ao sul de Extrema ocorrem solos Argissolos Vermelho-Amarelo distrófico com textura média a argilosa (CBH-PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ, 2008). Em relação ao uso e ocupação do solo têm-se o predomínio de pastagens, havendo fragmentos florestais dispersos e muitas áreas com plantios de batatas na região de Camanducaia, incluindo a porção central do município de Extrema e toda a área de Itapeva e Toledo. Extensas áreas de plantios comerciais de pinus, araucária e eucalipto, entremeados com florestas ombrófila mista e ombrófila densa são encontradas a sul/sudeste da Serra das Antas, município de Camanducaia, se estendendo para a região de Monte Verde e a leste/nordeste deste distrito (CBH-PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ, 2008). Dentre os diversos usos do solo encontrados na bacia, o mais expressivo é a agricultura ou pastagem, ocupando 40% (465 km²) do território, o qual possui 43% (498 km²) de vegetação nativa. Em menores proporções estão o reflorestamento, ocupando 16% da área da bacia e a área urbana, ocupando apenas 0,7% ou 8 km² (CBH-PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ, 2008) Bacias Hidrográficas dos Rios do Leste (LE) Situadas nas mesorregiões mineiras dos vales do Mucuri, Jequitinhonha, Doce e Zona da Mata, as Bacias Hidrográficas dos Rios do Leste são compostas por sete principais rios: Buranhém, Jucuruçu, Itanhém ou Alcobaça, Peruípe, Mucuri e São Mateus (IGAM, 2009). No entanto, apenas as bacias dos dois últimos constituem uma UPGRH e possuem comitê de bacia (IGAM, 2015). A área de drenagem conjunta dessas bacias no estado de Minas Gerais perfaz um total de km 2, abrangendo 41 municípios, dos quais 35 encontram-se totalmente inseridos. A população total dos municípios pertencentes às bacias foi estimada de acordo com IBGE (2010) em habitantes, sendo que 67,45% habitam a zona urbana e 32,45% a zona rural. Os municípios mais populosos são Teófilo Otoni e Nanuque com e habitantes, respectivamente. 56

72 A disponibilidade hídrica foi estimada na bacia do rio São Mateus entre 10 e 20 litros por segundo por km 2. Já nas outras bacias, essa estimativa varia entre 2 e 10 litros por segundo por km 2 (IGAM, 2009). O clima predominante é o Tropical Semiúmido, sendo que na divisa com o estado do Espírito Santo há ocorrência do clima Tropical Úmido (IGAM, 2009). A vegetação dessas bacias é caracterizada pela fisionomia do bioma Mata Atlântica em toda sua extensão. No entanto, devido à economia estar sustentada na pecuária, a paisagem atual da região é dominada por pastagens e fazendas de produção de gado (IGAM, 2009) Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha (JQ) A Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha está localizada entre os paralelos 16 e 18 S e os meridianos 39 e 44 W, abrangendo uma área de mais de 70 mil km² (IBGE, 1997). A bacia ocupa territórios pertencentes aos estados de Minas Gerais e Bahia, sendo a maior parte de sua área, mais de 65 mil km², localizada em terras mineiras. A nascente do rio Jequitinhonha está localizada na serra do Espinhaço, no município de Serro - MG. A bacia é composta por três Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos UPGRHs: Alto Rio Jequitinhonha (JQ1), Rio Araçuaí (JQ2) e Médio e Baixo Rio Jequitinhonha (JQ3); abrange 63 municípios, sendo que 41 destes estão totalmente inseridos na bacia, enquanto 22 estão apenas parcialmente inseridos. Em Minas Gerais, a bacia abrange 59 municípios, correspondendo a aproximadamente 783 mil habitantes, em uma área de km². Cerca de 56% da população está em área urbana. Região de ecótono, a bacia é o encontro de três diferentes biomas, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, abrangendo cinco domínios fitoecológicos: Floresta Ombrófila, Floresta Estacional, Cerrado, Caatinga e Formações Pioneiras (FERREIRA, 2007). No que diz respeito aos recursos hídricos, apresenta regime perene e é abastecida por afluentes originários da Serra do Espinhaço. Cercada pelas Bacias dos Rios Pardo, Doce, Mucuri e por diversas pequenas bacias, seus principais afluentes são os rios Itacambiriçu, Vacaria, Salinas, São Pedro, São Francisco, Araçuaí, Piauí, São Miguel e São 57

73 João (IBGE, 1997). No território mineiro, a bacia está localizada em uma das regiões mais secas do estado, enquanto na porção baiana ocupa uma área mais úmida. Considerando a disponibilidade hídrica per capta, a bacia do rio Jequitinhonha apresenta m³ por habitante por ano e as vazões de referência são Q7,10 = 0,5 l/s.km² e Q95 = 0,9 l/s.km² (Atlas das Águas de Minas, 2010). Segundo o IGAM, as UPGRHs Alto Jequitinhonha, Araçuaí e Médio e Baixo Jequitinhonha apresentaram média anual de Índice de Qualidade das Águas IQA classificado como Bom, em Na Bacia do Rio Jequitinhonha, as precipitações têm sua maior intensidade nos períodos de novembro a março, onde ocorrem 80% das chuvas do ano. Porém as chuvas ocorrem de forma irregular, devido à grande variação altimétrica e topográfica e dependendo da distância em relação ao litoral. Segundo Ferreira (2007), na classificação de Köpen, são identificadas duas variações principais de clima: Aw - Clima tropical com estação seca de inverno, também conhecido como clima semiúmido. Apresenta temperatura média anual maior que 18, e pelo menos um mês apresenta precipitação inferior a 60 mm. É predominante na região do Alto Jequitinhonha. Bswh - Clima semiárido, com curta estação chuvosa no verão, apresenta temperatura elevada, e baixa amplitude térmica. É predominante na região do Médio Jequitinhonha. Em relação ao tipo de solo, destaca-se na bacia a presença de cambissolos, argissolos e latossolos. Uma parte do território está exposta ao supergrupo Espinhaço, nesta região ocorrem manchas de litossolos e afloramentos rochosos. Segundo Ferreira (2007), a atividade que mais se destaca na bacia é a pecuária, que ocupa cerca de 55% do seu território. A maior atuação é da pecuária bovina, seguida da suína e, por fim, a criação de aves. A segunda atividade é o extrativismo mineral, que ocorre principalmente na alta e média bacia e no leito do rio Jequitinhonha. Há também a extração de madeira e lenha para carvoarias. 58

74 A terceira atividade de destaque é o reflorestamento, ocupando áreas de Cerrado da média e alta bacia e em menor quantidade nas áreas de Florestas Estacionais. Por fim, a quarta atividade representativa é a agricultura, que é limitada pelos grandes períodos de seca recorrentes na bacia. Porém, com a modernização agrícola, há uma tendência ao aumento dessa atividade (IBGE, 1997). 5.2 Percentual de coleta e tratamento de esgoto Para avaliar o percentual da população urbana atendida por coleta e por tratamento de esgoto nos municípios do estado de Minas Gerais, trabalhou-se com as informações fornecidas pelos gestores municipais presentes nos bancos de dados da FEAM. Dessa forma, optou-se por empregar os termos Percentual de Coleta Declarado PCD e Percentual de Tratamento Declarado PTD. A presença de rede coletora de esgotos foi identificada em 800 municípios mineiros, o que representa 93,79% do total. Dos 53 municípios restantes, 44 não apresentam rede coletora e em nove não há informação. Já o percentual de atendimento à população urbana pelo serviço de coleta de esgotos em Minas Gerais foi estimado em 87,86% (Figura 5.2), o que corresponde a habitantes. Este resultado demonstra que o serviço de coleta de esgoto no Estado encontra-se praticamente universalizado, uma vez que atende grande parte da população e dos municípios mineiros. 59

75 Percentual de Coleta de Esgoto Declarado feam 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% PCD PCD-MG 87,86% DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Percentual de Coleta de Esgoto Declarado (PCD) nas bacias hidrográficas em relação ao PCD do estado de Minas Gerais. Na área de abrangência das nove bacias estudadas, quatro apresentaram PCD superior ao índice estimado para o Estado (Rio Doce, Rio Grande, Rio Paraíba do Sul e Rio Paranaíba), sendo a Bacia do Rio Paranaíba a que apresentou o maior percentual de atendimento pela rede coletora de esgotos, 97,19%. A Bacia dos Rios Piracicaba e Jaguari apresentou PCD de 87,37%, praticamente, igual ao estimado para o Estado. Já as demais bacias (Rio Jequitinhonha, Rio Pardo, Rio São Francisco e Rios do Leste) apresentaram PCD inferior ao índice estimado para o Estado, sendo que o menor percentual de atendimento pelo serviço de coleta de esgotos foi verificado nos municípios da Bacia do Rio Pardo, 69,04%. Quanto ao tratamento de esgotos, verificou-se que dos 800 municípios mineiros que realizam a coleta, apenas 264 municípios possuem sistemas de tratamento do esgoto em operação. O percentual de atendimento à população urbana no Estado pelo serviço de tratamento de esgotos por ETEs regularizadas ambientalmente foi estimado em 44,69%, que corresponde a habitantes (Figura 5.3). Considerando as ETEs irregulares, o PTD e a população urbana atendida pelo serviço aumentam para 45,79% e habitantes, respectivamente. 60

76 Percentual de Ttratamento de Esgoto Declarado feam PTD Regular PTD Total PTD Regular MG PTD Total MG 70% 60% 50% 40% 45,79% 44,69% 30% 20% 10% 0% DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Percentual de Tratamento de Esgotos Declarado (PTD) nas bacias hidrográficas em relação ao PTD do estado de Minas Gerais. As áreas de abrangências de três bacias (Rio Paranaíba, Rio Pardo e Rio São Francisco) apresentaram PTD Total superior ao registrado para o Estado. O maior valor foi registrado na primeira, 64,37%. As outras bacias apresentaram PCD inferior ao índice estimado para o Estado. Os destaques negativos foram as bacias do Rio Paraíba do Sul e a dos Rios Piracicaba e Jaguari, que apresentaram percentuais de atendimento à população urbana pelo serviço de tratamento de esgotos estimados em apenas 7,51% e 0,19%, respectivamente. Com o objetivo de explicar as diferenças observadas entre os percentuais de tratamentos de esgotos das bacias hidrográficas de Minas Gerais realizou-se a análise de regressão linear múltipla. No modelo proposto, a variável resposta foi o PTD Total, enquanto as variáveis explicativas foram: (1) percentual de municípios na bacia em que as prefeituras são responsáveis diretamente pelos serviços de esgotos, (2) percentual de municípios na bacia enquadrados no Grupo 7 (municípios de pequeno porte) segundo DN COPAM 96/2006. Testaram-se as seguintes hipóteses: (i) O PTD das bacias é influenciado negativamente pela proporção de municípios em que as prefeituras são responsáveis diretamente pelos serviços de esgotamento sanitário; (ii) O PTD das bacias é influenciado negativamente pela proporção de municípios enquadrados no Grupo 7. 61

77 Para realização da análise, a Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba e Jaguari foi agrupada à bacia adjacente, Bacia Hidrográfica do Rio Grande. Esse procedimento foi necessário devido ao baixo número de municípios da primeira (apenas 4). A análise foi realizada no software estatístico Action 2.9. O modelo proposto apresentou elevado poder explicativo, R 2 ajustado= 0,7285. Isso significa que 72,85% da variação do PTD entre as bacias foi devido às variáveis explicativas. Tanto o percentual de municípios na bacia em que as prefeituras são responsáveis pelos serviços de esgotos, quanto o percentual de municípios na bacia enquadrados no Grupo 7 exerceram influências negativas (Coeficientes de determinação negativo) e significativas (p<0,05) (Tabela 5.1). O resultado completo da análise realizada se encontra no Apêndice 9.3. Tabela Análise de regressão múltipla: Coeficientes de determinação e p-valor (nível de significância) das variáveis explicativas. Variáveis Coeficiente de determinação P-valor Prefeitura -0,84 0,019 Grupo 7-0,02 0,019 O baixo percentual de tratamento de esgotos nas regiões onde predominam as prefeituras como prestadora dos serviços de esgotamento sanitário e os municípios do Grupo 7 está relacionada às dificuldades de investimento e manutenção dos sistemas de esgotamento sanitário. De acordo com FEAM (2015, no prelo), as dificuldades relatadas mais frequentemente pelos representantes das prefeituras foram a falta de recursos financeiros e a ausência de corpo técnico qualificado para elaboração de projetos e manutenção dos sistemas de esgotamento sanitário. Os sistemas de esgotamento sanitário dos municípios do Grupo 7 apresentam, em geral, elevada deficiência quando se refere ao tratamento de esgotos. O PTD dos municípios deste grupo foi de apenas 14,73%, um valor muito inferior ao registrado para o Estado como um todo (45,67%). Dos 853 municípios mineiros, 735 (86,17%) enquadram-se no Grupo 7. Essa elevada proporção de municípios de pequeno porte pode ser considerada por si só uma dificuldade intrínseca do estado de Minas Gerais para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário. 62

78 5.3 Estações de tratamento de esgoto no estado de Minas Gerais Situação das ETEs Para a avaliação da situação das estações de tratamento de esgoto do estado de Minas Gerais, foram definidas cinco categorias, de acordo com as informações fornecidas pelo prestador de serviços de esgotamento sanitários do município: 1. ETE em operação: quando a estação opera e executa os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento; 2. ETE paralisada: quando não há aporte de esgotos à estação, mas existe possibilidade de reativação; 3. ETE desativada: quando não há aporte de esgotos à estação e não existe possibilidade de reativação; 4. ETE em instalação: quando a estação encontra-se em fase de construção; 5. ETE em fase de projeto: quando o projeto encontra-se em fase de elaboração ou quando já foi concluído. Um total de 778 ETEs foram identificadas nas áreas urbanas de 535 municípios. Nos outros 243 municípios, não há ETEs em nenhuma das categorias listadas. Com 363 empreendimentos (47%), em um total de 264 municípios, a categoria ETE em operação foi a mais numerosa (Figura 5.4). A implantação e ativação das 273 ETEs em projeto e das 65 em instalação, bem como a reativação das 28 paralisadas podem representar um grande incremento no percentual de tratamento de esgoto do estado de Minas Gerais. No entanto, a implantação das ETEs em projeto deve ser vista com ressalvas, pois muitos desses empreendimentos não possuem recursos para as obras possuindo, portanto, baixa possibilidade de viabilização. As 49 ETEs desativadas por sua vez constituem motivo de preocupação, pois podem estar evidenciando a falta de planejamento na implantação, bem como as dificuldades de operação e manutenção desses empreendimentos. 63

79 Operação Projeto Instalação Desativada Paralisada Figura Panorama da situação das ETEs no estado de Minas Gerais Panorama sobre a regularização ambiental das ETEs A Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004 e o Decreto Estadual nº /2008 definem o tipo de regularização ambiental que cada empreendimento está sujeito, dividindo-os em classes de 1 a 6, de acordo com o seu porte e potencial poluidor/degradador, o qual é estabelecido após a conjugação dos potenciais impactos nos meios físico, biótico e antrópico. Já o decreto estabelece normas para o licenciamento ambiental e a Autorização Ambiental de Funcionamento AAF, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades. Segundo o Art. 2 da DN COPAM nº 74/2004, os empreendimentos e atividades enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à AAF. Já o Art. 1º da mesma DN, estabelece que os empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente sujeitos ao licenciamento ambiental no nível estadual são aqueles enquadrados nas classes 3, 4, 5 e 6. Uma vez enquadrado nestas classes, o COPAM, no exercício de sua competência de controle, poderá expedir a Licença Prévia LP, Licença de Instalação LI e Licença de Operação LO. 64

80 No estado de Minas Gerais, a partir dos dados coletados pela FEAM até janeiro de 2016, registrou-se 363 ETEs em operação distribuídas por 264 municípios. Sendo, desse total, 65% regularizadas por AAF, 18% através do Licenciamento e 17% dos empreendimentos foram identificados como irregulares (regularização ambiental ausente ou vencida), conforme apresentado na Figura 5.5. AAF Licenciamento Irregular 17% 18% 65% Figura Panorama da situação das ETEs quanto à regularização ambiental no estado de Minas Gerais. A Figura 5.6 mostra o panorama da regularização ambiental das ETEs nas regiões de estudo. Com um total de 142 ETEs, a Bacia do São Francisco é a região que possui o maior número absoluto de empreendimentos em todas as categorias analisadas (85 AAF, 27 LO e 30 irregulares). O menor número de ETEs nos municípios das Bacias do Rio Pardo, Rios do Leste e Rios Piracicaba e Jaguari não deve ser visto apenas como uma deficiência em relação às outras, mas uma consequência de uma menor área de abrangência no estado de Minas Gerais. 65

81 Número de ETEs Porcentagem de ETEs irregulares feam Licenciamento Irregular AAF % de ETEs irregulares DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Figura Panorama da situação das ETEs quanto à regularização ambiental nas bacias hidrográficas de Minas Gerais. O cenário da regularização ambiental na Bacia dos Rios do Leste é o mais preocupante, uma vez que ela possui a maior porcentagem de ETEs irregulares em relação ao total de empreendimentos, dentre as bacias. Na região, há 3 ETEs que realizam atividades de tratamento de esgotos sem regularização ambiental vigente, o que corresponde 33,33%. Em contraste, as regiões das Bacias do Rio Pardo e Rio Piracicaba e Jaguari, apesar de terem poucos empreendimentos, sete e um, respectivamente, o percentual de ETEs irregulares em ambas é zero. As demais bacias possuem porcentagens entre 22 e 5% de ETEs que realizam atividades de tratamento de esgotos sem regularização ambiental vigente Panorama sobre a realização de programa de monitoramento de efluentes líquidos nas ETEs Segundo o artigo 2º, inciso XXIV, da DN Conjunta COPAM/CERH nº 1/2008, monitoramento é a medição ou a verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água e dos ambientes aquáticos, que pode ser contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e controle da qualidade do corpo de água. 66

82 Percentual de ETEs feam Neste item, foi avaliada apenas a realização do programa de monitoramento de efluentes das ETEs em operação. Descartou-se o mérito da qualidade do efluente líquido, do cumprimento do programa de monitoramento de efluentes líquidos e da adequação dos laboratórios. A média estadual de realização de programa de monitoramento de efluentes é de 58,40% das ETEs, ou seja, dos 363 empreendimentos em operação presentes no estado, apenas 212 realizam algum programa de monitoramento (Figura 5.7). A Bacia do Rio Paranaíba foi a que mais se destacou positivamente, em que 82,93% das ETEs realizam programa de monitoramento. Outras bacias que também apresentaram percentual de monitoramento acima do registrado para o Estado foram as do Rio Grande, Rio Jequitinhonha, Rio Paraíba do Sul, Rio Pardo e Rios do Leste, com 66,67%, 62,07%, 75%, 71,43% e 66,67%, respectivamente. Por outro lado, nas Bacias do Rio Doce (35,71%), Rio São Francisco (53,52%) e a dos Rios Piracicaba e Jaguari (0%) este parâmetro analisado, apresentou valores inferiores à média do Estado. Esta última possui apenas uma ETE em operação que não realiza programa de monitoramento. 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% % ME Média Estadual 58,40% DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Percentual de ETEs que realizam programa de monitoramento de efluentes nas bacias hidrográficas em relação à média do estado de Minas Gerais. No processo de licenciamento ambiental, o órgão regularizador estabelece o programa de monitoramento do empreendimento, com os parâmetros e frequência de análise, 67

83 Número de ETEs Realização de ME feam bem como a periodicidade de envio ao órgão ambiental. Tal programa faz parte das condicionantes da licença. Para as autorizações ambientais de funcionamento, por se tratar de um processo simplificado de regularização ambiental, não são estabelecidas nenhuma condicionante. Entretanto, é de responsabilidade do empreendedor verificar e comprovar que o sistema de tratamento adotado atende aos padrões de lançamento definidos na legislação ambiental vigente. Em consonância com a legislação ambiental, todos os empreendimentos cuja regularização ambiental é sujeita ao licenciamento (LO) realizavam programa de monitoramento de efluentes (Figura 5.8). Embora estejam dispensáveis de quaisquer condicionantes ambientais, a maioria (58,47%) das ETEs com AAF vigente realizavam o programa de monitoramento. Nos empreendimentos irregulares, apenas 19,70% das ETEs realizam o monitoramento dos efluentes. Este fato demonstra que empreendimentos regularizados ambientalmente e principalmente aqueles submetidos a uma legislação mais rigorosa (LO), adotam procedimentos relacionados à qualidade do tratamento de esgotos como a realização do programa de monitoramento de efluentes. Sim Não Realização ME (%) ,00% 100% 90% 80% 70% ,47% 60% 50% 40% ,70% 30% 20% 10% 0 LO AAF Irregular 0% Regularização Ambiental Figura Número e percentual de empreendimentos que realizam o monitoramento de efluentes de acordo com a regularização ambiental das ETEs. 68

84 6 AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO NOS MUNICÍPIOS MINEIROS Com o objetivo de analisar a situação ambiental dos municípios, no que diz respeito a esgotamento sanitário, foi realizada a aplicação do Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal, que, conforme dito anteriormente, é composto pelos seguintes indicadores: 1. Percentual de coleta de esgoto (PC) peso Percentual de tratamento de esgoto (PT) peso Regularização ambiental da ETE (RA) peso 29 ETE regularizada (ER) peso 13 Atendimento dos municípios à DN nº 96 de 2006 (DN) peso 6 Monitoramento de efluentes líquidos (ME) peso 6 Recebimento de ICMS Ecológico pelo tratamento de esgotos (IE) peso 4 A seguir são apresentados os valores obtidos dos indicadores, subindicadores e do IESM aplicados em todos os municípios do Estado. 6.1 Indicador PC Percentual de Coleta O indicador PC é calculado a partir do Percentual de Coleta Declarado (PCD) de cada município e multiplicado pelo peso do indicador (q = 34). Desse modo, cada município de Minas Gerais possui uma pontuação do indicador PC diretamente proporcional ao percentual de atendimento por coleta de esgotos. A maior pontuação possível para esse indicador é 34. Observa-se que em 2015 a maior parte dos municípios mineiros (74,21%) realizava coleta de esgotos gerados por pelo menos 75% da população urbana, sendo enquadrados na faixa Bom (Tabela 6.1), enquanto no ano anterior esse percentual era de 63,31%. As faixas, Médio, Ruim e Alarmante tiveram enquadrados 12,66%, 2,58% e 10,55% dos municípios, respectivamente. 69

85 Porcentagem de municípios feam Tabela Número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PC no estado de Minas Gerais. Indicador PC Classificação N Munic. % N Munic. % 25,5 x 34 Bom ,31% ,21% 17 x < 25,5 Médio ,84% ,66% 11,9 x < 17 Ruim 19 2,23% 22 2,58% 0 x < 11,9 Alarmante ,63% 90 10,55% De 2014 para 2015, houve um aumento de 33 municípios que declararam realizar a coleta do esgoto gerado por 100% de sua população urbana, recebendo a pontuação máxima para o indicador. Esse aumento corresponde a um percentual de 3,87. Em contrapartida, em 2014 foram registrados 169 municípios que receberam pontuação zero por não realizarem a coleta de esgotos ou não disponibilizarem essa informação ao órgão ambiental. Já em 2015, esse valor reduziu em 6,21% (53 municípios). A seguir, apresenta-se, na Figura 6.1, um gráfico que ilustra a faixa do indicador PC de acordo com a porcentagem média de coleta do esgoto dentro das Bacias que se enquadram no estado de Minas Gerais. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Bom Médio Ruim Alarmante DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PC no estado de Minas Gerais. A Bacia do Rio Doce possui 81,05% de seus 190 municípios enquadrados na faixa Bom. Desses, 51 apresentaram pontuação máxima no indicador, uma vez que obtiveram PCD 70

86 de 100%. Na faixa Médio e Ruim, a bacia apresentou 25 (13,16%) e três (1,58%) municípios, respectivamente. Por outro lado, 4,21% dos municípios se enquadraram na faixa Alarmante, sendo que três deles (37,5%) declararam que não realizam coleta dos esgotos gerados em seus territórios. A maioria dos municípios da área de abrangência da Bacia do Rio Grande foram enquadrados na faixa Bom, sendo 91,75% de um total de 206. Dos 189 municípios que ficaram nessa faixa, 76 realizam a coleta do esgoto gerado por 100% da população urbana, o que corresponde a 40,21%. As demais faixas foram pequenas nessa bacia, sendo de 5,34% para Médio, 0,49% para Ruim e 2,43% para Alarmante. Dos cinco municípios que se enquadraram na faixa Alarmante, três não realizam coleta de esgotos. Enquanto isso, na Bacia do Rio Jequitinhonha, 62,71% dos seus 59 municípios foram enquadrados na faixa Bom do indicador PC, sendo que oito deles declararam coletar 100% do esgoto gerado pela população urbana. Em contrapartida, dentre os nove municípios enquadrados na faixa Alarmante (15,21%), quatro declararam não realizar coleta de esgotos. Nas faixas Médio e Ruim foram enquadrados 16,95% e 5,08% dos municípios, respectivamente. Dos 80 municípios pertencentes à Bacia do Rio Paraíba do Sul, 64 foram enquadrados na faixa Bom, o que corresponde a 80% dos municípios. Desses, 28 realizam a coleta do esgoto gerado por 100% da população urbana. Em contrapartida, 7,5% (6) dos municípios se enquadraram na faixa Alarmante, sendo que quatro deles declararam não realizar o serviço de coleta de esgoto. Dos demais municípios, 12,5% se enquadram na faixa Médio, com percentual de coleta entre 50% e 75%, enquanto na faixa Ruim não houve municípios enquadrados. A Bacia do Rio Paranaíba é composta por apenas 44 municípios no estado de Minas Gerais, sendo que 88,64% deles foram enquadrados na faixa Bom do indicador PC. Desse percentual, 23 municípios declararam coletar o esgoto gerado por 100% da população urbana. Na faixa Alarmante, foram enquadrados 2,27% dos municípios, 71

87 assim como na faixa Ruim. Outros três municípios enquadraram-se na faixa Médio, correspondendo a 6,82%. A Bacia do Rio Pardo foi a que apresentou o menor percentual de municípios enquadrados na faixa Bom, 41,67%. Desses, apenas o município de Santo Antônio do Retiro realiza a coleta do esgoto gerado por 100% da população urbana. Enquanto isso, 25% dos municípios se enquadraram na faixa Alarmante. Esse percentual é o mais elevado para essa faixa do indicador PC entre as bacias. Outros 33,33% dos municípios foram enquadrados na faixa Médio com percentual de coleta entre 50% e 75% e nenhum na faixa Ruim, com percentual de coleta entre 35% e 50%. A Bacia do Rio São Francisco é a que possui maior número de municípios no estado de Minas Gerais, num total de 222. Desses, 118 municípios, correspondendo a 53,15%, foram enquadrados na faixa Bom para o indicador PC, sendo que 30 receberam pontuação máxima por realizarem coleta do esgoto gerado por 100% da população urbana. Destaca-se ainda que 56 municípios apresentaram PCD maior que 95%. Na faixa Alarmante foram enquadrados 54 municípios (24,32%), sendo que 36 deles não realizam o serviço de coleta. Outros 17,57% dos municípios foram enquadrados na faixa Médio e 4,95% na faixa Ruim. A Bacia dos Rios do Leste possui 36 municípios inseridos na sua área de abrangência em Minas Gerais. Desse total, 66,67% foram enquadrados na faixa Bom do indicador PC, sendo que seis obtiveram pontuação máxima por apresentar PCD igual a 100%. Por outro lado, 11,11% dos municípios se enquadraram na faixa Alarmante, dos quais apenas um não apresenta serviço de coleta de esgotos. Na faixa Médio, enquadraramse 16,57% dos municípios e 5,56% na Ruim. A Bacia dos Rios Piracicaba e Jaguari, na porção que pertence ao estado de Minas Gerais, foi a que apresentou os melhores resultados relacionados ao indicador PC, com 100% dos seus municípios enquadrados na faixa Bom. Dos quatro municípios localizados na sua área de abrangência, apenas um recebeu a pontuação máxima por realizar a coleta do esgoto gerado por 100% da população urbana, enquanto os outros três coletam em torno de 80 a 86%. 72

88 O mapa da Figura 6.2 apresenta uma visualização geral da situação do percentual de coleta por município em cada UPGRH do estado de Minas Gerais, diferenciado por cores de acordo com as faixas do indicador PC. 73

89 Figura Percentual de coleta por município do estado de Minas Gerais de acordo com as faixas do indicador PC. 74

90 6.2 Indicador PT Percentual de Tratamento O indicador PT é calculado a partir do Percentual de Tratamento Declarado (PTD) de cada município e multiplicado pelo peso do indicador (q = 37). Desse modo, cada município de Minas Gerais possui uma pontuação de PT diretamente proporcional ao PTD. A maior pontuação possível para o indicador é 37. Ao analisar o enquadramento dos municípios de acordo com as faixas do indicador PT para o ano de 2015, observou-se uma situação mais preocupante quando comparado ao indicador PC, pois a maior parte dos municípios (76,55%) do Estado não realiza tratamento de esgotos ou atende a menos de 35% da população, sendo enquadrados na faixa Alarmante (Tabela 6.2). Apenas 15,59% dos municípios foram classificados como Bom, faixa em que o percentual da população atendida por tratamento de esgoto varia entre 75 a 100%. Em relação ao ano de 2014, observa-se um avanço do acesso ao esgotamento sanitário. Dez municípios deixaram de pertencer à faixa Alarmante, passando a dispor de tratamento ou ampliando o percentual de população atendida pelo tratamento existente. Além disso, cinco municípios migraram para a faixa de classificação Bom. Tabela Número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PT no estado de Minas Gerais. Indicador PT Classificação N Munic. %. N Munic. % 27,75 x 37 Bom ,00% ,59% 18,5 x < 27,75 Médio 51 5,98% 50 5,86% 12,95 x < 18,5 Ruim 11 1,29% 17 1,99% 0 x < 12,95 Alarmante ,73% ,55% Na Figura 6.3, são apresentadas as porcentagens de municípios, por bacia, classificados de acordo com o indicador PT em que, de modo geral, verifica-se a predominância da classificação Alarmante em todas as bacias. 75

91 Po9rcentagem de municípios feam 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Bom Médio Ruim Alarmante DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador PT por bacia hidrográfica do estado de Minas Gerais. A Bacia do Rio Doce, composta por 190 municípios em sua área de abrangência, apresentou apenas 21 municípios (11,05%) enquadrados na faixa Bom. Por outro lado, 162 municípios (85,26%) foram enquadrados na faixa Alarmante, sendo que apenas 14 deles apresentaram algum tipo de tratamento de esgotos. Apenas seis municípios se enquadraram na faixa Médio, com percentual de tratamento declarado entre 50% e 75%, e um na faixa Ruim. A Bacia do Rio Grande possui 206 municípios, dos quais apenas 31 (15%) estão enquadrados na faixa Bom. Aproximadamente 80,58% (166) dos municípios estão enquadrados na faixa Alarmante, sendo que apenas 12 deles apresentam algum tipo de tratamento de esgotos. Dos demais municípios, sete estão enquadrados na faixa Médio, com percentual de tratamento declarado entre 50% e 75% e dois estão enquadrados na faixa Ruim. A Bacia do Rio Jequitinhonha apresenta 59 municípios em sua área de abrangência, dos quais 16 (27,12%) foram enquadrados na faixa Bom. Na faixa Alarmante, foram enquadrados 36 municípios (61,02%), sendo que a maioria deles (33) não realiza o serviço de tratamento de esgotos. Na faixa Médio, foram enquadrados seis municípios que apresentam percentual de tratamento declarado entre 50% e 75%, e apenas um município foi enquadrado na faixa Ruim. 76

92 A Bacia do Rio Paraíba do Sul, composta por 80 municípios em sua área de abrangência, apresentou a segunda maior porcentagem de municípios em situação Alarmante entre as bacias do Estado, 97,50%, equivalente a 78 municípios. Dos dois municípios restantes, um foi enquadrado na faixa Bom, Pedra Dourada, e o outro na faixa Médio, Muriaé. A Bacia do Rio Paranaíba é composta por 44 municípios, dos quais 14 (31,82%) foram enquadrados na faixa Bom, sendo que oito obtiveram pontuação máxima para o indicador. Por outro lado, 29 municípios (65,91%) foram enquadrados na faixa Alarmante, sendo que apenas quatro apresentaram algum tipo de tratamento. Um município foi enquadrado na faixa Médio, e nenhum na faixa Ruim. Dos 12 municípios pertencentes à Bacia do Rio Pardo, quatro (33,33%) se enquadraram na faixa Bom e seis (50%) na faixa Alarmante, sendo que apenas dois deles realizam algum tipo de serviço de tratamento de esgotos. Os outros dois municípios enquadraram-se na faixa Médio com PTD entre 50% e 75% e nenhum na faixa Ruim. A Bacia do Rio São Francisco é composta por 222 municípios, dos quais 42 (18,92%) foram enquadrados na faixa Bom. Na faixa Alarmante, foram enquadrados 143 municípios (64,41%), sendo que 117 deles não realizam nenhum tratamento. Dos demais municípios, 25 se enquadraram na faixa Médio (11,26%), e 12 na faixa Ruim 5,41%. A Bacia dos Rios do Leste é composta por 36 municípios, dos quais quatro (11,11%) se enquadraram na faixa Bom. Em contrapartida, 29 municípios (80,56%) foram enquadrados na faixa Alarmante, dos quais apenas dois apresentaram algum tratamento de esgotos. Outros dois municípios enquadraram-se na faixa Médio e um na faixa Ruim. A Bacia dos Rios Piracicaba e Jaguari é a que possui o menor número de municípios, apenas quatro, todos enquadrados na faixa Alarmante. Essa característica levou a bacia a receber o maior percentual de municípios em estado Alarmante entre as 77

93 bacias do Estado. Dentre os quatro, apenas o município de Extrema realiza algum tipo de tratamento de esgoto, atendendo a 0,35% da população. O mapa da Figura 6.4 apresenta uma visualização geral da situação do percentual de tratamento por município em cada UPGRH do estado de Minas Gerais, diferenciado por cores de acordo com as faixas do indicador PT. 78

94 Figura Percentual de tratamento por município do estado de Minas Gerais de acordo com as faixas do indicador PT. 79

95 IQA feam O Índice de Qualidade das Águas IQA das bacias estudadas é apresentado na Figura 6.5, no período de 2004 a 2014, exceto as Bacias dos Rios do Leste e Piracicaba e Jaguari devido a insuficiência de dados. O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água, visando seu uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos (PQA, 2016). Doce Grande Jequitinhonha Paraíba do Sul Paranaíba Pardo São Francisco Anos Figura Valores de IQA das bacias do estado entre 2004 e 2014 (exceto as Bacias dos Rios do Leste e Piracicaba e Jaguari). Comparando os resultados obtidos para o indicador PT e o IQA das bacias, percebe-se a clara relação entre a falta de tratamento de esgoto e a má qualidade das águas. Esse comportamento pode ser observado principalmente para a Bacia do Rio Paraíba do Sul. Essa bacia apresentou o pior IQA ao longo de quase todo período estudado e obteve o maior percentual de municípios em situação Alarmante, caracterizada pela não realização do tratamento de esgotos ou atendimento a menos de 35% da população. Em contrapartida as Bacias do Rio Pardo, Paranaíba e Jequitinhonha que obtiveram os melhores percentuais de tratamento de esgoto, apresentaram os melhores valores de IQA ao longo de quase todo o período. 80

96 6.3 Indicador RA Regularização Ambiental O indicador RA é formado por quatro subindicadores: ETE Regularizada (ER), Atendimento à DN nº 96/2006, cujos prazos foram alterados pela DN nº 128/2008 (DN), Monitoramento de Efluentes (ME) e Recebimento de ICMS Ecológico (IE). Esses subindicadores são avaliados de acordo com o seguinte critério: atendimento (pontuação máxima), não atendimento (zero). A análise de cada subindicador é apresentada a seguir, primeiramente para o Estado e em seguida para as bacias hidrográficas: Subindicador ER - ETE Regularizada O subindicador ER possui peso q = 13 na composição do IESM. No estado de Minas Gerais, 210 municípios possuem ETEs regularizadas ambientalmente e receberam, portanto, a pontuação 13 referente a este subindicador. Assim, a maioria dos municípios (643) recebeu a pontuação zero, uma vez que não possuem ETEs regularizadas, podendo enquadrar-se em três condições: Municípios que possuem ETE em operação sem regularização ambiental; Municípios com regularização ambiental vencida; Municípios que não possuem ETE em operação. As duas primeiras condições enquadram um total de 54 municípios, enquanto a terceira detém 589 municípios. A situação apresentou uma pequena melhora em relação ao ano de 2014, com um aumento de cerca de 1% dos municípios com ETE regularizada. Para melhor visualização da situação do Estado, os municípios foram classificados por faixas de acordo com a pontuação obtida no subindicador ER, conforme ilustra a Tabela 6.3, que apresenta ainda o comparativo entre os anos de 2014 e 2015: 81

97 Porcentagem de municípios feam Tabela Número e percentual de municípios que atendem ou não ao subindicador ER. ER Situação N Munic. % N Munic. % 13 Atendimento ,09% ,62% 0 Não atendimento ,91% ,38% Percentualmente, a bacia que se destacou foi a do Rio Pardo, já que de seus doze municípios, sete apresentaram ETEs regularizadas, o que corresponde a quase 60% dos municípios. Em contrapartida, destacou-se negativamente a Bacia do Rio Paraíba do Sul, onde apenas 7,5% dos municípios possuem ETEs regularizadas. A relação de atendimento de todas as bacias se encontra na Figura % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% % ETE Regular % ETE Irregular DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Atendimento ao subindicador ER pelos municípios nas áreas de abrangência das bacias Subindicador DN - Atendimento à DN nº 96/2006 O subindicador DN possui peso q = 6 na composição do IESM e se refere ao cumprimento da Deliberação Normativa nº 96/2006. Por meio dessa DN, o COPAM convocou os municípios a realizarem a implantação e a regularização ambiental de suas ETEs. A mesma norma ainda os enquadra em sete grupos de acordo com critérios populacionais e requisitos de atendimento à deliberação (Anexo 9.1). A Figura 6.7 mostra a distribuição dos municípios por grupos segundo a DN nº 96/2006 em Minas Gerais. 82

98 Número de municípios feam Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7 Figura Número de municípios de Minas Gerais distribuídos por grupo segundo DN nº 96/2006. Diante das dificuldades enfrentadas pelos municípios para a implantação e regularização ambiental dos sistemas de tratamento de esgoto, foi aprovada, pelo COPAM, a Deliberação Normativa nº 128/2008 que prorrogou os prazos anteriormente estabelecidos pela DN nº 96/2006. A Figura 6.8 ilustra o número de municípios enquadrados nos grupos de 1 a 7 que atendem ou não a essa deliberação Não atende Atende Demais grupos Grupo 7 Todos os grupos Grupos da DN nº 96/2006 Figura Número de municípios que atendem ou não ao subindicador DN nº 96/

99 No estado de Minas Gerais, a maioria dos municípios (700) atende ao subindicador DN nº 96/2006. Em comparação ao ano de 2014, ocorreu um aumento de cerca de 7% no número de municípios que atendem à referida deliberação (Tabela 6.4). Tabela Número de municípios que atendem ou não ao subindicador DN nº 96/2006. DN Situação N Munic. % N Munic. % 6 Atendimento ,15% ,06% 0 Não atendimento ,85% ,94% Esse fato se explica pelo grande número de municípios enquadrados no Grupo 7, que possuem prazo até março de 2017 para implantarem sistemas de tratamento de esgotos regularizados ambientalmente. Para o atendimento à mesma DN, por hora, os municípios desse grupo precisavam apenas ter enviado à FEAM o Relatório Técnico sobre a situação de seus sistemas de esgotamento sanitário. Nos municípios enquadrados nos demais grupos, o atendimento ocorre pela implantação de sistemas de tratamento de esgotos regularizados ambientalmente, conforme os requisitos estabelecidos por essa deliberação (Anexo 10.1). Na Figura 6.9, é apresentada a aplicação do subindicador DN para as nove bacias do Estado. A Bacia do Rio Pardo possui 100% de seus municípios atendendo ao subindicador DN nº 96/2006. Esse resultado está relacionado ao fato dessa bacia possuir um número pequeno de municípios (doze) em que apenas um deles não está enquadrado no Grupo 7 pela DN nº 96/2006. Em contrapartida, a Bacia do Rio Paraíba do Sul foi a que apresentou o maior percentual de municípios (26,25%) que não atende a este subindicador. Nesta bacia, que possui 80 municípios inseridos, 70 pertencem ao Grupo 7. 84

100 Porcentagem de municípios feam 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Atendimento Não atendimento DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Número de municípios que atendem ou não ao subindicador DN nº 96/2006 distribuídos por bacias Subindicador ME Monitoramento de Efluentes Líquidos O subindicador ME possui peso q = 6 na composição do IESM. Conforme estabelecido na Metodologia, a pontuação referente a este subindicador é recebida por municípios que realizam o monitoramento em pelo menos uma de suas ETEs regularizadas. A pontuação nula é atribuída aos municípios que não realizam o monitoramento de suas ETEs, bem como aqueles que não possuem sistema de tratamento de esgotos. No estado de Minas Gerais, a maior parte dos municípios (82,18%) não realiza o monitoramento de efluentes (Tabela 6.5). Dos 701 municípios que receberam pontuação zero, cerca de 84% representam os que não possuem ETEs, sendo 112 os municípios que possuem ETEs e não realizam seu monitoramento. Por outro lado, dos 263 municípios mineiros que apresentam sistemas de tratamento de esgotos, 152 realizam o monitoramento de efluentes das ETEs, o que corresponde a 60%. Em comparação com o ano de 2014, houve um aumento de 3% no número de municípios que realizam o monitoramento de suas estações. Tabela Número e percentual de municípios que atendem ou não ao subindicador ME. ME Situação N Munic. % N Munic. % 6 Atendimento ,42% ,82% 0 Não atendimento ,58% ,18% 85

101 Porcentagem de municípios feam A Bacia do Rio Pardo apresentou o maior percentual de municípios que atendem ao subindicador ME (50%). Dos 12 municípios pertencentes à sua área de abrangência, em cinco realiza-se o programa de monitoramento (Figura 6.10). Em contrapartida, as Bacias do Rio Paraíba do Sul e dos Rios Piracicaba e Jaguari apresentaram os mais baixos percentuais de municípios que atenderam ao subindicador com apenas 5% e 0%, respectivamente. Cabe ressaltar que a Bacia dos Rios Piracicaba e Jaguari possui apenas quatro municípios em sua área de abrangência. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Atendimento Não atendimento DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Atendimento ao subindicador ME pelos municípios nas áreas de abrangência das bacias Subindicador IE - Recebimento de ICMS Ecológico O subindicador IE corresponde ao recebimento de ICMS Ecológico e possui peso q = 4 na composição do IESM. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ICMS, tem uma parcela destinada para beneficiar os municípios que priorizam a proteção do meio ambiente ICMS Ecológico. Foi instituído e seus critérios de distribuição estabelecidos pela Lei estadual nº /1995, conhecida como Lei Robin Hood, foram alterados em 2000 pela Lei nº Esta última foi aprimorada pela Lei nº /2009, que atualmente está em vigor. Segundo o art. 4, inciso I da Lei Estadual /2009, fará jus ao recebimento do ICMS Ecológico, critério Meio Ambiente, subcritério Saneamento Ambiental/Tratamento de 86

102 Esgoto, municípios que possuírem sistema de tratamento de esgoto regularizado que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. A maioria dos municípios mineiros (84,29%) não faz jus ao recebimento deste benefício (Tabela 6.6). Analisando-se os municípios em que o serviço de tratamento de esgotos é realizado, apenas 134, dos 263 atendem ao subindicador. Os outros 129 não atendem ao percentual mínimo de 50% da população urbana e/ou não possuem regularização ambiental de suas ETEs. Em comparação ao ano de 2014, observou-se uma redução dos municípios que recebem o ICMS. Isso pode ocorrer devido a fatores como: não renovação da regularização ambiental (AAF e LO), interrupção do funcionamento da ETE ou expiração do tempo máximo de recebimento, que é de 15 anos. Tabela Número e percentual de municípios que atendem ou não ao subindicador ICMS Ecológico. IE Situação N Munic. % N Munic. % 4 Atendimento ,06% ,71% 0 Não atendimento ,94% ,29% A bacia que se destaca em termos de recebimento de ICMS Ecológico é a do Rio Pardo, que apresentou cerca de 42% de seus municípios fazendo jus ao benefício (Figura 6.11). Em contrapartida, as Bacias dos Rios Paraíba do Sul e Piracicaba e Jaguari foram as que apresentaram o menor percentual de municípios que recebem o benefício, 2,5% e 0% respectivamente. 87

103 Porcentagem de municípios feam 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Atendimento Não atendimento DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Atendimento ao subindicador ICMS Ecológico pelos municípios nas áreas de abrangência das bacias. A soma das notas de todos os subindicadores acima resulta na pontuação do indicador RA, que pode ser no máximo 29. Na classificação em faixas, observa-se que a maior parte dos municípios mineiros (74,21%) se enquadrou na faixa Alarmante, por não atender a nenhum dos subindicadores, ou atender a apenas um deles (Tabela 6.7). Tabela Número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador RA no estado de Minas Gerais. RA Classificação N Munic. % N Munic. % 21,75 x 29 Bom , ,76% 14,5 x < 21,75 Médio 37 4, ,16% 10,15 x < 14,5 Ruim 18 2, ,88% 0 x < 10,15 Alarmante , ,21% A bacia que apresentou o melhor resultado percentual foi a do Rio Pardo, com sete de seus doze municípios enquadrados na faixa Bom, correspondendo a 58%. Por outro lado, a Bacia do Rio Paraíba do Sul foi a que se destacou negativamente, com 92,5% de seus 80 municípios enquadrados na faixa Alarmante (Figura 6.12). 88

104 Porcentagem de municípios feam 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Bom Médio Ruim Alarmante DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Número de municípios que se enquadram em cada faixa do indicador RA no estado de Minas Gerais. 6.4 IESM - Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal Neste item, é apresentado o resultado final do IESM obtido pelos municípios. Os valores com os cálculos dos indicadores e subindicadores para obtenção do resultado do IESM encontram-se no Apêndice 8.4. Uma parcela considerável dos municípios mineiros, 314, que corresponde a 36,81%, enquadrou-se na faixa Alarmante, obtendo notas entre 0 e 35, como apresentado na Tabela 6.8. Desses, 10 receberam a pontuação zero por não atender a nenhum dos indicadores. Tabela Classificação, número e percentual de municípios que se enquadram em cada faixa do IESM no estado de Minas Gerais. IESM Classificação N de Munic. % Munic. 75 x 100 Bom ,30% 50 x < 75 Médio 70 8,21% 35 x < 50 Ruim ,69% 0 x < 35 Alarmante ,81% Por outro lado, 139 municípios se enquadraram na faixa Bom (16,30%), com nota entre 75 e 100. É importante destacar que os municípios Almenara, Boa Esperança, Bom Repouso, Cachoeira Dourada, Dores do Indaiá, Fernandes Tourinho, Frutal, Guarda-Mor, Itueta, José Gonçalves de Minas, Josenópolis, Lagoa Formosa, Paraguaçu, Perdizes, 89

105 Sacramento e Uberlândia receberam pontuação máxima por atender a todos os indicadores. Destacaram-se também os municípios de João Pinheiro, Limeira do Oeste e Piumhi que receberam pontuação acima de 99 no índice. A faixa Ruim foi a que contabilizou o maior número de municípios (38,69%), os quais alcançaram pontuação entre 35 e 50. Já na faixa Médio, foram enquadrados 70 municípios (8,21%), que obtiveram nota entre 50 e 75. O mapa da Figura 6.13 mostra os municípios diferenciados por cores de acordo com a faixa do IESM na qual foram enquadrados. 90

106 Figura Resultado da aplicação do IESM nos municípios de Minas Gerais para o ano de

107 Porcentagem de municípios feam A seguir é apresentado, na Figura 6.14, o enquadramento dos municípios de acordo com as faixas do IESM para cada bacia. 60% Bom Médio Ruim Alarmante 50% 40% 30% 20% 10% 0% DO GD JQ PS PN PA SF LE PJ Bacias Figura Percentual de municípios enquadrados nas faixas do IESM por bacias. Na área de abrangência da Bacia do Rio Doce, observou-se que 76 municípios (40%) enquadraram-se na faixa Alarmante do IESM. Nas faixas Ruim e Bom, foram enquadrados 83 (44%) e 22 (12%) municípios respectivamente, enquanto nove municípios (5%) enquadraram-se na faixa Médio do índice. Os municípios de Fernandes Tourinho e Itueta receberam a pontuação máxima, sendo que Araponga, Bom Jesus do Amparo, Capitão Andrade, Catas Altas, Goiabeira, Ipatinga, Itambé do Mato Dentro, Piedade de Caratinga, Rio Doce e São Domingos das Dores também se destacaram na avaliação da qualidade dos serviços de esgotamento sanitário, obtendo um valor para o índice superior a 90. Na Bacia do Rio Grande, uma parcela considerável de municípios enquadrou-se na faixa Ruim do IESM, totalizando 110 (53%). Nas faixas Alarmante, Médio e Bom, 52 (25%), dez (5%) e 34 (17%) municípios foram enquadrados, respectivamente, de acordo com a pontuação obtida. Os municípios de Boa Esperança, Bom Repouso, Frutal, Paraguaçu e Sacramento obtiveram pontuação máxima para o índice. Destacaram-se também na avaliação da qualidade dos serviços de esgotamento sanitário, os municípios de Alfenas, Alterosa, Bom Sucesso, Campina Verde, Campo do Meio, Cana Verde, Carneirinho, Caxambu, Conquista, Ibertioga, Itajubá, Iturama, Lavras, Pedralva, Pouso 92

108 Alegre, Santana da Vargem, Serrania e Varginha, obtendo uma pontuação de IESM superior a 90. Na área de abrangência da Bacia do Rio Jequitinhonha, 22 dos 59 municípios enquadraram-se na faixa Alarmante do IESM, correspondendo a 37% do total. Nas faixas Ruim, Médio e Bom foram enquadrados 13 (22%), nove (15%) e 15 (25%) dos municípios, respectivamente. Os municípios que se destacaram na avaliação da qualidade da prestação dos serviços de esgotamento sanitário foram: Almenara, José Gonçalves de Minas e Josenópolis que receberam a nota máxima do IESM, bem como Itinga e Joaíma, que obtiveram pontuação superior a 90. Como reflexo das deficiências dos serviços de esgotamento sanitário mencionadas para os indicadores que compõem o IESM, a área de abrangência da Bacia do Rio Paraíba do Sul registrou a pior situação em termos de enquadramento dos municípios pela análise do índice. A grande maioria enquadrou-se nas faixas inferiores: Alarmante 41 (51%) e Ruim 34 (43%). Nas faixas Médio e Bom, quatro (5%) e um (1%) municípios foram enquadrados, respectivamente. Apenas o município de Pedra Dourada se destacou positivamente com pontuação superior a 90. Na área de abrangência da Bacia do Rio Paranaíba, 14 (32%) dos 44 municípios enquadraram-se na faixa Bom do IESM. Quatro municípios se destacaram por obter pontuação máxima no índice: Cachoeira Dourada, Lagoa Formosa, Perdizes e Uberlândia. Outros seis municípios Araxá, Ituiutaba, Limeira do Oeste, Patrocínio, Pedrinópolis e União de Minas também se destacaram por obterem pontuação superior a 90 no índice. Nas faixas Médio, Ruim e Alarmante, enquadraram-se três (7%), 18 (41%) e nove (20%) municípios, respectivamente. Na Bacia do Rio Pardo, registrou-se a maior porcentagem de municípios inseridos na faixa Bom do IESM, sendo de 33%, que correspondem a quatro dos 12 que compõem a bacia. Os municípios de Santo Antônio do Retiro, São João do Paraíso e Taiobeiras se destacaram por obterem nota superior a 90 no índice. As faixas Médio e Alarmante registraram três (25%) e cinco (42%) municípios, respectivamente. Nenhum município foi enquadrado na faixa Ruim do IESM. 93

109 A Bacia do Rio São Francisco é a que contabiliza o maior número de municípios (222) e apresentou uma parcela considerável deles enquadrados na faixa Alarmante do IESM, 91 (41%). Nas faixas Bom, Médio e Ruim do índice, enquadraram-se 45 (20%), 29 (13%) e 57 (26%) municípios, respectivamente. Dois municípios, Dores do Indaiá e Guarda-Mor, destacaram-se na avaliação da qualidade dos serviços de esgotamento sanitário por obter pontuação máxima no IESM, bem como outros 22 que atingiram valor superior a 90 para o índice. Na Bacia dos Rios do Leste, 16 (44%) dos 36 municípios se enquadraram na faixa Alarmante do IESM. Nas faixas Bom, Médio e Ruim enquadraram-se quatro (11%), três (8%) e 13 (36%) municípios, respectivamente. Nenhum município em sua área de abrangência atingiu pontuação máxima no IESM, no entanto, o município de Santa Helena de Minas se destacou por obter pontuação superior a 90 no índice. A Bacia dos Rios Piracicaba e Jaguari possui apenas quatro municípios em sua área de abrangência. Desses, dois (50%) enquadraram-se na faixa Alarmante do IESM, e os outros dois (50%), na faixa Ruim. Não foram contabilizados municípios nas faixas Bom e Médio do índice. Observa-se que em relação ao ano de 2014, houve aumento no enquadramento dos municípios nas faixas Bom, Médio e Ruim do IESM, como consequência da diminuição dos municípios na faixa Alarmante do índice (Tabela 6.9). Esse resultado representa um pequeno avanço no cenário atual, e ao mesmo tempo, mostra que muitos esforços ainda devem ser voltados para a melhoria da qualidade do serviço de esgotamento sanitário no estado de Minas Gerais. Tabela Panorama sobre o enquadramento dos municípios nas faixas do IESM entre os anos de 2014 e Classificação IESM 2014 IESM 2015 Nº de Munic. % Nº de Munic. % Bom ,83% ,30% Médio 64 7,50% 70 8,21% Ruim ,89% ,69% Alarmante ,78% ,81% 94

110 7 DIRETRIZES 7.1 Diretrizes específicas aos municípios Através da análise dos dados obtidos na etapa de diagnóstico e do estudo estatístico realizado a partir dos ofícios para levantamento das dificuldades dos municípios na universalização dos serviços de esgotamento sanitário, foram identificados os principais problemas que afetam os municípios mineiros. Dentre os 93 municípios selecionados aleatoriamente para responder o ofício sobre as dificuldades e principais deficiências identificadas por esses municípios, apenas o município de Bocaiúva não o respondeu, reduzindo o tamanho da amostra para 92 municípios. A Figura 7.1 apresenta a proporção de municípios que identificaram os possíveis problemas e dificuldades. Não há dificuldades Dificuldade não preenchida Rede coletora precária Limpeza das fossas Tratamento de esgoto precário Interligação de redes pluvial e Cobrança indevida por Obra de concessionária fora de prazo Ligação de esgoto à rede coletora Topografia complexa Mudança de gestão Manutenção do sistema existente Obtenção de terreno Implantar a tarifação 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 Proporção Figura Proporção de municípios por dificuldades e problemas identificados pelos mesmos na gestão de efluentes dentre as listadas pela GEDEF no estado de Minas Gerais,

111 De forma geral, tem-se que menos de 30% dos municípios identificaram algum tipo de dificuldade ou problema listado pela GEDEF. As dificuldades em implantar a tarifação e a interligação de rede pluvial com a rede de esgotos foram identificadas por 27% e 24% dos municípios, respectivamente. Em seguida, tem-se que a manutenção do sistema existente e a obtenção de terreno foram citadas por 18% e 17% dos municípios, respectivamente; enquanto que a não realização da ligação de esgoto à rede coletora pela população foi citada por 13% dos municípios. A Figura 7.2 apresenta a proporção de municípios que identificaram as principais deficiências listadas pela GEDEF que variam desde a falta de recursos financeiros até a falta de capacitação e de corpo técnico especializado. Capacitação dos gestores Apoio dos governos estadual e federal Planejamento urbano Vontade política Conscientização da população Corpo técnico especializado Informação de obtenção de recursos Recursos financeiros 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 Proporção Figura Proporção de municípios que identificaram as principais deficiências na gestão de efluentes listadas pela GEDEF, estado de Minas Gerais, A falta de recursos financeiros foi citada por 75% dos 92 municípios que participaram da amostra. Logo após tem-se a falta de corpo técnico especializado (46%) e de apoio dos governos estadual e federal (33%). A falta de vontade política foi a menos citada, representando 8% da amostra. 96

112 Tendo como base os resultados obtidos para os 92 municípios que participaram da amostra, é possível inferir a proporção dos itens referentes às dificuldades, problemas e deficiências para os 853 municípios do estado de Minas Gerais. Com esse objetivo, foi calculado o intervalo de confiança para a proporção de cada um desses itens, considerando a amostragem aleatória simples sem reposição. O intervalo de 95% de confiança para a proporção populacional (P) de cada item foi calculado tendo como base a proporção calculada para a amostra de 92 empreendimentos, sob a suposição de que a proporção apresenta distribuição de probabilidade Normal, conforme apresentado na Equação 7.1, a seguir: p 1,96 p(1 p) ( n 1) N N n (Equação 7.1) onde p é a proporção amostral, N é igual a 853 municípios e n corresponde ao número de municípios amostrados. A Tabela 7.1 apresenta as proporções observadas de cada item em relação aos 92 municípios bem como o intervalo de 95% de confiança para a proporção inferida para os 853 municípios do estado de Minas Gerais. Tabela Proporção amostral de municípios que identificaram as dificuldades, problemas e deficiências na gestão de efluentes citadas pela GEDEF/FEAM e intervalo de 95% para a proporção inferida para os 853 municípios do estado de Minas Gerais, Dificuldades, problemas e faltas Proporção Intervalo de confiança amostral Limite Limite inferior superior Falta de recursos financeiros. 0,75 0,67 0,83 Falta de informação sobre obtenção de recursos 0,18 0,11 0,26 Ausência de corpo técnico especializado 0,46 0,36 0,55 Dificuldades em implantar a tarifação 0,27 0,19 0,36 Dificuldades na obtenção de terreno 0,17 0,10 0,25 Falta de conscientização da população 0,28 0,20 0,37 Problemas de manutenção do sistema existente 0,18 0,11 0,26 Falta de vontade política 0,08 0,02 0,13 Falta de planejamento urbano 0,16 0,09 0,23 Problemas com mudança de gestão 0,12 0,06 0,18 Topografia complexa 0,14 0,07 0,21 97

113 Dificuldades, problemas e faltas Proporção Intervalo de confiança amostral Limite Limite inferior superior População não realiza a ligação de esgoto à rede coletora 0,13 0,07 0,20 Concessionária de esgotamento sanitário não 0,11 0,05 0,17 atendeu os prazos previstos Falta de apoio dos governos estadual e federal 0,33 0,24 0,42 Interligação de rede pluvial com a rede de esgotos 0,24 0,16 0,32 Sistema de tratamento de esgoto precário e mal 0,10 0,04 0,16 dimensionado Falta de capacitação dos gestores 0,16 0,09 0,23 Problemas com a limpeza das fossas 0,09 0,03 0,14 Não há dificuldades 0,04 0,00 0,08 Rede coletora precária 0,03 0,00 0,07 Cobrança indevida pela concessionária na falta de 0,02 0,00 0,05 tratamento de esgoto Ofício de info. do SES - dific. em branco 0,02 0,00 0,05 Espera-se com 95% de confiança, que entre 67% e 100% dos municípios do estado de Minas Gerais, devem citar a falta de recursos financeiros como uma das dificuldades enfrentadas pelos mesmos na gestão de efluentes. Após a falta de recursos financeiros, a ausência de corpo técnico especializado e a falta de apoio dos governos estadual e federal serão, provavelmente, as mais citadas pelos municípios. Espera-se com 95% de confiança que entre 36% e 55% dos municípios citem a ausência de corpo técnico, enquanto que entre 24% e 42% dos municípios devem citar a falta de apoio. Entre 20% e 37% dos municípios do estado de Minas Gerais devem citar falta de conscientização da população como uma das dificuldades da gestão de efluentes, de forma similar às dificuldades em implantar a tarifação, cujo intervalo de confiança varia de 19% a 36%. Para os demais itens, espera-se com 95% de confiança, que a proporção de municípios que devem citá-los seja inferior a 32%. Antes da realização da amostragem, a GEDEF possuía a informação de outros 58 municípios. Entretanto, ao comparar as proporções calculadas para esses 58 municípios com aquelas calculadas para os 92 municípios que participaram da amostra, concluiu-se 98

114 que somente para alguns itens houve evidência de semelhança da proporção calculada para os dois grupos de municípios: 1) falta de recursos financeiros, 2) concessionária de esgotamento sanitário não atendeu aos prazos previstos, 3) sistema de tratamento de esgoto precário e mal dimensionado, 4) rede coletora precária, 5) cobrança indevida pela concessionária na falta de tratamento de esgoto (teste t-student, α =0,05). Portanto, esses 58 municípios não foram incorporados na análise daqueles que participaram da amostra. Apenas como exemplificação, a Tabela 7.2 apresenta as proporções calculadas para os dois grupos de município. Tabela Proporção dentre os 92 municípios participantes da amostragem que identificaram as dificuldades, problemas e deficiências na gestão de efluentes citadas pela GEDEF/FEAM e proporção calculada para 58 municípios que identificaram essas dificuldades antes da amostragem, Dificuldades, problemas e faltas Proporção dentre os 92 municípios amostrais Proporção dentre os 58 municípios Falta de recursos financeiros. 0,75 0,67 Falta de informação sobre obtenção de 0,18 0,05 recursos Ausência de corpo técnico especializado 0,46 0,17 Dificuldades em implantar a tarifação 0,27 0,02 Dificuldades na obtenção de terreno 0,17 0,02 Falta de conscientização da população 0,28 0,03 Problemas de manutenção do sistema 0,18 0,03 existente Falta de vontade política 0,08 0,00 Falta de planejamento urbano 0,16 0,03 Problemas com mudança de gestão 0,12 0,00 Topografia complexa 0,14 0,02 População não realiza a ligação de esgoto 0,13 0,02 à rede coletora Concessionária de esgotamento sanitário 0,11 0,03 não atendeu os prazos previstos Falta de apoio dos governos estadual e 0,33 0,14 federal Interligação de rede pluvial com a rede de 0,24 0,03 esgotos Sistema de tratamento de esgoto precário 0,10 0,03 e mal dimensionado Falta de capacitação dos gestores 0,16 0,02 Problemas com a limpeza das fossas 0,09 0,02 Não há dificuldades 0,04 0,00 Rede coletora precária 0,03 0,10 99

115 Dificuldades, problemas e faltas Proporção dentre os 92 municípios amostrais Proporção dentre os 58 municípios Cobrança indevida pela concessionária na 0,02 0,02 falta de tratamento de esgoto Ofício de info. do SES - dific. em branco 0,02 0,17 Para quase todos os itens, as proporções calculadas para os 92 municípios pertencentes à amostra são bem superiores às proporções calculadas para os 58 municípios cuja informação estava disponível antes da amostragem. Apenas para o item cobrança indevida pela concessionária, os dois grupos apresentaram a mesma proporção. Os resultados da Tabela 7.2 indicam que esses dois grupos não podem ser considerados completamente semelhantes, podendo haver alguma motivação para a informação espontânea dos 58 municípios que os diferem dos municípios participantes da amostra. Em seguida, foram elaboradas diretrizes no sentido de dirimir ou atenuar essas deficiências. Problema 1: Falta de recursos e falta de informação sobre obtenção de recursos A falta de recursos financeiros é a principal dificuldade que os municípios enfrentam para a elaboração de projetos, implantação e manutenção dos sistemas de esgotamento sanitário, uma vez que as fontes de recursos das prefeituras advêm principalmente das atividades econômicas dos municípios e do repasse do Fundo de Participação dos Municípios, que é proporcional ao número de habitantes. O fato é que a maior parte dos municípios mineiros possui menos de habitantes, desse modo, os recursos municipais são, em geral, insuficientes para suprir todas as suas necessidades. Este problema foi citado em 69 municípios, o que corresponde a 75% dos que foram submetidos à estatística. Outro fator que agrava essa situação é que a maioria dos gestores municipais mineiros apresenta deficiências no que diz respeito a informações sobre como pleitear recursos para investimento em saneamento básico junto ao governo federal e o procedimento para obtê-los. Esses municípios deixam de solicitar os recursos, e quando solicitam, muitas vezes têm seus projetos recusados por não atenderem os requisitos e normas. 100

116 Este problema foi citado em 17 municípios, o que corresponde a 18% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 1: Para que possam investir em saneamento, os municípios podem obter recursos da União, repassados por meio da Funasa e do Ministério das Cidades através do PAC. Porém, os municípios têm enfrentado dificuldades em obter tais recursos devido à burocracia e sobrecarga dos órgãos financiadores. Sugere-se que a responsabilidade do financiamento seja dividida com outros órgãos, principalmente estaduais, para facilitar o acesso dos municípios às verbas destinadas ao saneamento. É importante deixar o trâmite do processo de financiamento mais ágil, menos burocrático e de fácil acesso. Deve-se também fomentar a criação de agências e comitês de bacias para a implementação da cobrança pelo uso da água e geração de novos recursos para investimento na área de saneamento, além de fortalecer a atuação desses órgãos junto às prefeituras. Quanto ao pleito de recursos para projeto e obras de construção, expansão ou melhorias no sistema de esgotamento sanitário, junto aos órgãos responsáveis, foi elaborado pela FEAM o Guia de Capacitação de Recursos, que é uma cartilha de instrução para maior conhecimento sobre as modalidades de financiamentos e os passos para solicitar os recursos. Sugere-se a ampla divulgação desse Guia nos municípios para auxiliar os gestores na obtenção dos recursos a serem destinados ao saneamento básico. O Guia encontra-se no sítio eletrônico: e_recursos.pdf. O Quadro 7.1 apresenta um resumo referente ao Guia. 101

117 Quadro Resumo sobre as fontes de captação de recursos. Objetivo Critério Saiba mais FUNASA Ministério Das Cidades FHIDRO SEDRU BNDES Responsável por traçar as Melhorar a quantidade e diretrizes da política de Atua na formulação e qualidade dos recursos saneamento de Minas Gerais. Ela cooperação das políticas hídricos do território realiza: capacitação dos urbanas que tem por mineiro, através do suporte municípios para captação de finalidade a ampliação do financeiro a programas e recursos junto aos governos acesso aos serviços de projetos que promovam a estadual e federal, apoio e saneamento do país e a racionalização do uso e a suporte técnico na formação criação de condições para melhoria dos recursos (concepção de projetos), execução melhoria da qualidade da hídricos, quanto aos e acompanhamento das obras de prestação desses serviços. aspectos qualitativos e saneamento e monitoramento quantitativos. dos resultados. Oferece apoio técnico, financeiro e institucional. Atende municípios com até 50 mil habitantes. > Ações e Programas > Engenharia de Saúde Pública > Sistemas de Esgotamento Sanitário O Programa Saneamento para Todos atua em 11 modalidades com critérios diversos para elegibilidade. > Saneamento > Departamentos > DAGES Departamento de Água e Esgotos > Programa Saneamento para Todos Estão descritos no Edital SEMAD/IGAM nº 01/ o Beneficiam municípios que não são atendidos por abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto pela COPASA, COPANOR ou empresa privada e também municípios que não possuem 100% de tratamento final. > Convênios > Saneamento Apoiar projetos de investimentos, públicos ou privados, que contribuam para a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico e recuperação de áreas ambientalmente degradadas, a partir da gestão integrada dos recursos hídricos e de adoção das bacias hidrográficas como unidades básicas de planejamento. Valor mínimo de financiamento 10 milhões de reais. DES/bndes/bndes_pt/ > Apoio Financeiro > Produtos > BNDES Finem > Linhas de Financiamento > Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos 102

118 Problema 2: Ausência de corpo técnico especializado e falta de capacitação de técnicos e gestores A maioria dos municípios não possui, em seu quadro de funcionários, profissionais com formação na área de saneamento e meio ambiente, ou em áreas afins. A ausência de corpo técnico especializado é responsável pela má operacionalidade e até desativação de estações de tratamento de esgotos. Já a falta de conhecimento e capacitação dos gestores, também é vista como um entrave, pois esses profissionais poderiam elaborar, regularizar e validar projetos. Contudo, é importante considerar que projetos que não atendem aos requisitos e normas definidos nos editais inviabilizam a concessão de recursos. Esses profissionais também poderiam auxiliar e orientar os técnicos na gestão das ETEs. O problema de ausência de corpo técnico especializado foi citado em 42 municípios, o que corresponde a 46% dos municípios submetidos à estatística, e o de falta de capacitação de gestores foi citado em 15 municípios, o que corresponde a 16% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 2 O problema da falta de corpo técnico especializado nos municípios pode ser solucionado pela contratação, via concurso público, de profissionais capacitados nas áreas de saneamento e meio ambiente. Dessa maneira, quando ocorrer a mudança de gestão, esses profissionais permanecerão e poderão dar continuidade aos projetos já iniciados, não só na área de saneamento, mas em todas as áreas relativas ao meio ambiente. Sugere-se ainda que o governo estadual apoie os municípios na criação de secretarias municipais de meio ambiente, ou que as prefeituras realizem a concessão dos serviços de esgotamento sanitário para empresas privadas ou autarquias, acompanhando suas ações. A falta de capacitação de técnicos e gestores pode ser revertida também pela realização de cursos e treinamentos periódicos dos profissionais que realizam a manutenção e gestão das ETEs. Problema 3: Dificuldade na obtenção de terreno Alguns municípios apontaram a dificuldade na obtenção de terreno como um entrave à instalação das estações de tratamento de esgoto, pois, muitas vezes, essas áreas são 103

119 propriedades particulares e, caso não haja nenhuma outra solução viável ou local adequado pós estudos, podem ser desapropriadas. Assim, a negociação com o proprietário e a definição de um valor para a venda, bem como a resistência da vizinhança, já que a ETE pode produzir mau cheiro e desvalorizar a região são empecilhos para a implementação do empreendimento. Contribui-se ainda para isso, a questão do relevo do estado de Minas Gerais ser em grande parte montanhoso, dificultando a instalação da rede coletora e tornando necessária, por vezes, o uso de elevatórias para que o esgoto chegue até a ETE, o que encarece a manutenção e operação da estação. O problema de dificuldade na obtenção de terreno foi citado em 16 municípios, o que corresponde a 17% dos municípios submetidos à estatística, e os casos de topografia complexa foram citados em 13 municípios, o que corresponde a 14% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 3 Para a solução desse problema, sugere-se que os municípios realizem com responsabilidade o efetivo planejamento urbano, o qual é base para o crescimento ordenado em seus territórios. A Lei federal , de 10 de julho de 2001, em seu artigo 2º, delibera: A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais. Destaca-se o seu inciso IV: planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente. Dessa maneira, é de suma importância a escolha do melhor local para a construção das ETEs, visto que se trata de uma obra que deva atender ao interesse coletivo e ao bem estar da população, isto é, levando em conta um projeto que interfira o mínimo na vida dos moradores locais e que apresente qualidade de funcionamento. Quando houver a real necessidade de desapropriação, é necessário que ela ocorra de maneira não truculenta e que os valores de indenização sejam justos e condizentes com os valores negociados no mercado imobiliário local. Outra possibilidade a ser verificada no estudo 104

120 locacional para a implantação de ETE seria a viabilidade de sua construção próxima aos distritos industriais. Assim, a população de entorno afetada seria menor e a ETE ainda poderia ser utilizada como solução para o efluente industrial desse distrito. Problema 4: Falta de conscientização da população Uma parcela da população não conhece a importância e os benefícios do tratamento de esgotos, principalmente, pela falta de informação sobre o tema. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 23, enuncia as competências comuns da União, Estados e Municípios, dentre as quais se encontra, em seu inciso IX, a promoção da melhoria das condições de saneamento básico. O seu parágrafo único afirma: Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Portanto, é direito da população ter acesso ao saneamento básico e dever da União, Estados, Distrito Federal e Municípios fornecê-lo. Evidencia-se também como um relevante problema a falta de conscientização da população quanto a não aceitação da implantação de tarifação referente aos gastos públicos com a coleta e tratamento de esgoto. A tarifação é uma maneira de adquirir recursos para manutenção do sistema e implantação de novos empreendimentos e, cabe à população, uma vez conscientizada, cobrar daqueles que estão no poder um retorno nesse sentido. O problema de falta de conscientização da população foi citado em 26 municípios, o que corresponde a 28% dos municípios submetidos à estatística, e o de dificuldades em implantar a tarifação foi citado em 25 municípios, o que corresponde a 27% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 4 Uma das ações para combater a falta de informação e a falta de conscientização da população quanto à implantação de tarifas é a maior divulgação na mídia, jornais e revistas sobre o benefício da coleta e do tratamento de esgoto. Ressalta-se novamente a importância do fortalecimento dos comitês e agências de bacias hidrográficas que são órgãos de acesso direto e facilitado junto à comunidade. Os comitês e agências de bacias poderiam mobilizar ações como campanhas de educação ambiental em escolas, via 105

121 rádio, televisão, postos de saúde e ainda em conjunto com os agentes de saúde de combate à dengue. Nessas campanhas, além do incentivo às ações preventivas contra a poluição, é importante enfatizar os benefícios trazidos pela coleta e tratamento de esgoto no município como: redução de doenças, melhor qualidade do solo e da água, minimização da proliferação de vetores, melhor aspecto paisagístico e melhor qualidade de vida. Podem-se realizar também convênios entre prefeituras, órgãos ambientais e ONGs para intensificar as campanhas de conscientização e torná-las mais efetivas para abranger uma parcela maior da população. Neste contexto, destaca-se a participação da administração pública nesse processo, através do estudo da viabilidade de inclusão do tema ou de educação ambiental na grade curricular das escolas públicas municipais, bem como o fomento e a assessoria pelo Estado, por meio de seu órgão ambiental, às prefeituras. Neste caso, a FEAM assume importante papel, promovendo apoio técnico aos municípios através de sua Gerência de Monitoramento de Efluentes. Problema 5: Problemas de manutenção do sistema de esgotamento sanitário existente Neste problema, foram agrupadas as dificuldades informadas pelos representantes das prefeituras nas quais há falta de recursos e/ou ausência de corpo técnico necessário para prestar a manutenção devida. Também foi citada a ocorrência de entupimentos das redes por lançamento de materiais sólidos juntamente com o esgoto, o que dificulta o bom funcionamento da ETE, além de aumentar a necessidade e periodicidade da manutenção. De maneira geral, do ponto de vista da administração pública, parece haver um entendimento de que as obras de saneamento não precisam de manutenção, bem como a troca de peças e a existência de profissionais capacitados para executá-la. Esse é um ponto a se atentar, uma vez que não havendo uma manutenção periódica, os custos posteriores se tornam mais onerosos e, por vezes, a ETE acaba por se tornar inativa, já que pode ser difícil reverter a situação, ou simplesmente segue operando entregue ao funcionamento ocasional, até sua parada completa. Em relação à população, falta uma conscientização e entendimento do funcionamento da rede de esgotamento sanitário. Sendo assim, acabam por deteriorar o sistema por 106

122 mau uso, podendo-se citar os exemplos de descartes indevidos nos vasos sanitários, pias e ralos, que impactam todo o sistema de esgotamento sanitário. Caso houvesse um melhor conhecimento da população nesse sentido, estas ações poderiam ser praticadas como primeira etapa do tratamento de esgoto, funcionando como uma espécie de triagem na própria fonte geradora. Este problema foi citado em 17 municípios, o que corresponde a 18% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 5: Primeiramente, a população deve ser conscientizada a respeito de como evitar os problemas que têm causado na tubulação e, posterior a isso, notificada, caso continue ocorrendo entupimentos da rede coletora devido ao mau uso por parte desta. Ainda que não seja possível identificar uma rua ou um bairro cujos esgotos contribuam para determinada tubulação onde está o problema, a prefeitura ou autarquia/concessionária responsável pelos serviços de esgotamento sanitário do município deve proceder com uma nova campanha de conscientização da população. Destaca-se a importância dessa conscientização, uma vez que sozinha, constitui um dos problemas citados para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário nas bacias do estado de Minas Gerais. No tocante à administração pública, é necessário manter pessoal capacitado para identificar e solucionar problemas em todo o sistema de esgotamento sanitário. O Estado e comitês de bacias também poderiam atuar nessa capacitação de pessoal das prefeituras e operadores de ETE para que os sistemas recebam operação e manutenção necessárias para seu correto funcionamento. Uma importante iniciativa promovida pelo Estado foi a implementação das Oficinas para Capacitação na Área de Sistemas de Esgotamento Sanitário, que foi o resultado de um convênio estabelecido entre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Sisema e a Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, com apoio do Comitê de Bacia do Rio das Velhas - CBH- Velhas. Essa iniciativa configurou-se como uma das ações propostas no Projeto Estratégico de Revitalização da Bacia do Rio das Velhas: Meta As oficinas tiveram 107

123 como objetivo preparar profissionais na área operacional de sistemas de esgotamento sanitário e cada uma delas foi composta por quatro módulos distintos, sendo eles: a) Qualidade da água e controle da poluição (16 horas) b) Operação e manutenção de sistemas simplificados de tratamento de esgotos (16 horas) c) Amostragem, preservação e caracterização físico-química e microbiológica de esgoto (24 horas) d) Lodo gerado durante o tratamento de água e esgoto (16 horas) Módulos distintos foram oferecidos a cada trimestre e, portanto, uma oficina completa foi promovida a cada ano. Geralmente, cada módulo é oferecido em uma cidade-pólo diferente da bacia do rio das Velhas e são abertas 25 vagas para os operadores de ETE dos municípios próximos. Ressalta-se que as despesas dos participantes relativas ao transporte, hospedagem e alimentação foram custeadas pelo convênio estabelecido entre a UFMG e o Sisema. As capacitações, que tiveram início em dezembro de 2012, estavam previstas para acontecer até 2015, formando multiplicadores em todos os municípios da bacia do Velhas. Sugere-se que convênios desse tipo sejam multiplicados para beneficiar os municípios do estado de Minas Gerais. Ao longo das 72 horas das oficinas de capacitação sobre SES é possível instruir os operadores sobre conceitos básicos na área e também conscientizá-los acerca da importância da manutenção e operação adequada dos sistemas de tratamento de esgoto para a manutenção da qualidade dos corpos d água. Problema 6: Falta de vontade política As dificuldades para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário relacionadas à falta de vontade política englobam: falta de interesse e/ou investimento da administração local no saneamento básico; irregularidades na administração pública e/ou nas autarquias/concessionárias responsáveis pela coleta e tratamento de esgoto; falta de planejamento e de interesse por parte dos gestores municipais; problemas políticos de diversas ordens; e até mesmo a falta de pro-atividade e organização dos 108

124 gestores no que tange aos investimentos em saneamento. Este problema foi citado em 7 municípios, o que corresponde a 8% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 6: Diante deste tipo de problema, a população precisa estar consciente da importância do saneamento básico para que assim possa manifestar interesse e cobrar esse serviço por parte da administração pública, uma vez que os gestores municipais (prefeitos e vereadores) são seus representantes diretos no poder. Em caso de suspeitas de irregularidades, deve ser feita denúncia ao Ministério Público para que haja investigação. Cabe aqui citar a obrigatoriedade das prefeituras em implantar sistemas de esgotamento sanitário, já impostas em diversas leis estaduais e federais, como a Lei Estadual nº 2.126/1960 e as Leis Federais nº 6.938/1981 e 9.605/1998, que vedam o lançamento de efluentes não tratados nos cursos d água. O estado de Minas Gerais, particularmente, possuindo uma lei antiga, de 56 anos, já poderia ter uma situação não tão precária em relação ao saneamento. Portanto, cabe ao Estado verificar seu mecanismo de fiscalização e cumprimento das leis pelos municípios de forma a conseguir que as leis sejam de fato cumpridas e, quando for o caso, autuar devidamente àqueles que não se adequaram. Além disso, é imprescindível investir nas secretarias responsáveis e fortalecer as agências de bacias para que as mesmas tenham recursos humanos e financeiros suficientes para agir em todo o território estadual. Problema 7: Falta de planejamento urbano Dentro deste problema, identificou-se a falta de planejamento do município, bem como a ocupação desordenada. No que diz respeito ao primeiro, os relatos são no sentido de não haver prioridade para investimento de recursos humanos e financeiros na implantação e/ou desenvolvimento e manutenção dos sistemas de esgotamento sanitário, em detrimento às outras áreas em que a prefeitura precisa atuar. A segunda dificuldade relatada pode ser entendida como uma barreira técnica à implantação de rede de coleta de esgoto, que se torna mais complexa diante da 109

125 ocupação desordenada do território em relação à uma situação na qual o loteamento da área urbana tivesse sido planejado, onde é menos complicada e onerosa a instalação da rede. Este problema foi citado em 15 municípios, o que corresponde a 16% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 7: O governo federal, através da Lei nº , de 5 de janeiro de 2007, estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e orienta os municípios a praticarem o planejamento de suas ações, através da elaboração obrigatória do Plano Municipal de Saneamento Básico PMSB. Essa lei foi regulamentada pelo Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010 e em 21 de março de 2014 teve redação alterada pelo Decreto nº 8.211, definindo que após 31 de dezembro de 2015, a existência do Plano seria condição para o acesso a recursos orçamentários da União e financiamento geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico. Contudo, esse prazo foi prorrogado pelo Decreto nº 8.629, de 30 de dezembro de 2015, para 31 de dezembro de Sendo assim, a partir dessa data não será mais possível obter recursos orçamentários da União para financiamento dos sistemas de esgotamento sanitário. Esta medida visa proteger o recurso público de investimentos que não trarão benefícios para a população. De certa maneira, também tem o papel de incentivar os municípios a se organizarem para futuramente usufruir de forma correta dos recursos da União. Neste contexto, é de extrema relevância que a população se conscientize no sentido de participar mais efetivamente no processo de elaboração dos PMSB. Também percebese a importância do fortalecimento das Agências de Bacias, tanto no que diz respeito ao incentivo financeiro e prático com relação aos sistemas de esgotamento sanitário quanto na proximidade para uma melhor orientação e conscientização da população direta e indiretamente envolvida no processo. Além do PMSB, que é a ferramenta direta de planejamento do município em relação ao saneamento, é ainda de grande importância que na elaboração/reformulação do Plano 110

126 Diretor do município seja dada maior atenção às áreas prioritárias em relação aos investimentos no esgotamento sanitário e que hajam melhores alternativas para ocupações desordenadas, conforme mencionado no problema 4. Problema 8: Problemas com a mudança de gestão As dificuldades identificadas e relatadas pelos representantes dos municípios decorrentes da mudança de gestão são, em geral, a descontinuidade das ações, perda de recursos e de informações. Através das ligações aos representantes da área de meio ambiente das prefeituras e dos ofícios sem resposta devido à desvinculação dos profissionais do setor público sem comunicação aos seus substitutos, pode-se notar a constante troca de pessoal nas prefeituras do Estado. Diante desse quadro, há grande perda das informações e, consequentemente, as ações acabam por se interromper, já que os novos membros tem nenhum ou pouco acesso a estas. De alguma maneira, a comunicação é falha ou não ocorre nessa mudança de funcionários e/ou gestão, o que prejudica muito o cumprimento dos prazos, a realização de tarefas, bem como o desenvolvimento e bom andamento dos projetos, incluindo a universalização dos serviços de esgotamento sanitário. Este problema foi citado em 11 municípios, o que corresponde a 12% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 8: A fim de tentar contornar essas eventuais consequências da troca de gestão e de pessoal, sugere-se que o Estado faça a convocação de servidores público na área de meio ambiente por meio de concursos públicos. Para os cargos já existentes e eventualmente não ocupados através de concurso, sugere-se que haja curso de capacitação focado no saneamento, ministrado de quatro em quatro anos ou a cada troca de gestão, para treinar pessoal de várias instâncias de atuação dos serviços de esgotamento sanitário desde o prefeito, passando por secretários, gestores e funcionários em cargos relacionados ao meio ambiente, até o operador da ETE. Dessa maneira, seria possível fazer com que ocorram maior comunicação e integração de 111

127 forma continuada entre todos aqueles envolvidos na prestação desses serviços, para que o mesmo aconteça de forma mais eficiente e com menos perdas. Além dessa integração, outra maneira de minimizar as perdas de comunicação e informações com a saída/entrada de pessoal seria a criação de um banco de dados online fixo, onde todo o fluxo de serviços e informações relevantes para continuidade dos processos fosse registrado, facilitando seu acesso e evitando as perdas que atualmente ainda ocorrem. Nesse contexto, espera-se ainda que o Estado cumpra um papel informativo e formador de atores multiplicadores do saneamento, contribuindo diretamente para o cumprimento da legislação referente ao tema. Nestes termos, mesmo que o município possua o Plano Municipal de Saneamento Básico, é preciso que as pessoas que irão executá-lo, ano a ano, tenham orientação técnica contínua para conduzi-lo de forma eficiente. Problema 9: Empresa concessionária dos sistemas de esgotamento sanitário não realizou as obras nos prazos previstos em contrato Este problema foi relatado por diversas prefeituras, uma vez que as empresas concessionárias contratadas para realizar, desde as obras até a manutenção dos sistemas de esgotamento sanitário, não tem, por vezes, finalizado as obras, tampouco cumprido os prazos firmados em contrato. Este problema foi citado em 10 municípios, o que corresponde a 11% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 9: Para que esse problema possa ser sanado, orienta-se que as prefeituras fiscalizem e efetuem a cobrança da concessionária pela prestação dos serviços que foram firmados em contrato dentro do prazo estabelecido. Uma vez contratadas pelos municípios para realização de serviços de água e esgoto, as concessionárias e autarquias são obrigadas a realizarem as obras ao firmarem convênio mediante contrato, incluindo o cumprimento dos prazos, independente do seu lucro posterior ao término do empreendimento e do tamanho da ETE. 112

128 Problema 10: Falta de apoio dos governos estadual e federal. Relatado por grande parte dos municípios pesquisados, a falta de apoio dos governos estadual e federal está relacionada à carência de ações que auxiliem os municípios na implantação dos sistemas de esgotamento sanitário. Essa falta de apoio foi caracterizada principalmente como: investimentos insuficientes na área de esgotamento sanitário, grande burocracia para obtenção de recursos, falta de divulgação do ICMS Ecológico e de execução de campanhas de conscientização ambiental. Este problema foi citado em 30 municípios, o que corresponde a 33% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 10: Uma das ferramentas de maior ação efetiva, mesmo que a longo prazo, sobre a área de saneamento a ser oferecida pela União ou Estado, ainda é a educação e conscientização ambiental da população. A conscientização da população é fundamental para os municípios como forma de apoio na implantação da tarifação pela coleta e tratamento de esgoto, ligação das redes residenciais à rede coletora do município e redução das ligações clandestinas de esgoto à rede pluvial. Além de formar cidadãos mais críticos e ativos na preservação e sustentabilidade do meio ambiente. Apoiar os municípios na obtenção de recursos para implantação dos sistemas de esgotamento sanitário também se faz necessário, já que muitos não dispõem da renda necessária para construção desses. Uma forma de auxiliar os municípios seria através da capacitação do corpo técnico, para que tenham condições de solicitar os recursos já oferecidos por órgãos de fomento do Estado e União, bem como proporcionar a instrução de como realizar convênios e consórcios entre municípios para pleitear benefícios. Junto a essa proposta, é de grande importância o comprometimento das prefeituras e mobilização dos responsáveis técnicos em participar dos programas de capacitação oferecidos. Propõe-se também uma maior destinação de verbas para os órgãos de fomento de ações em saneamento, à fim de atender um maior número de municípios. 113

129 Além da capacitação técnica conjunta de municípios, sugere-se ainda a disponibilização de um profissional de cada órgão de fomento para prestação de assessoria especializada aos municípios sobre as metodologias utilizadas por cada órgão para solicitação de recursos. Esses assessores prestariam esse serviço mediante solicitação dos municípios interessados, minimizando os gastos por falta de adesão que muitas vezes ocorre nos programas conjuntos. Problema 11: Não adesão da rede coletora municipal por parte da população e ligação de rede domiciliar de esgoto à rede pluvial. Em municípios que já possuem a rede coletora de esgoto, alguns moradores ou mesmo condomínios inteiros apresentaram resistência em realizar a ligação domiciliar à rede coletora municipal. Na maioria dos casos, os moradores têm resistência em aderir à rede devido à cobrança de tarifas pela coleta e tratamento do esgoto e continuam lançando seu esgoto diretamente em cursos d água próximos ou clandestinamente nas redes pluviais, tornando as redes ociosas e estações subutilizadas. Outro problema que ocorre em alguns municípios é a existência de apenas uma rede coletora para esgoto e águas pluviais, chamada rede mista, aumentando o volume de efluente e sobrecarregando as ETEs sem necessidade, uma vez que a água pluvial não requer tratamento tão avançado quanto aos efluentes domésticos. O problema de não adesão da rede coletora municipal por parte da população foi citado em 12 municípios, o que corresponde a 13% dos municípios submetidos à estatística, e o de ligação de rede domiciliar de esgoto à rede pluvial foi citado em 22 municípios, o que corresponde a 24% dos municípios submetidos à estatística Diretriz para o problema 11: Em contrapartida a esse problema, recomenda-se um programa de conscientização da população; seja por meio de campanhas publicitárias, da rede municipal de ensino público, das Organizações não governamentais ONGs, etc.; para que entendam a importância e façam a ligação à rede coletora municipal, principalmente os moradores mais resistentes. Como forma de incentivo à adesão e futura economia no controle da poluição e saúde da população, sugere-se a diminuição no valor do Imposto Predial e 114

130 Territorial Urbano IPTU, por determinado período aos moradores que realizarem a correta ligação do esgoto residencial à rede coletora municipal. Propõe-se ainda a edição de lei estabelecendo a obrigatoriedade da ligação de seus domicílios às redes públicas coletoras de esgotos, a exemplo do Art. 7º do Decreto , de 12 de julho de 2012, do estado de São Paulo. Este decreto regulamenta a Lei nº , de 2 de janeiro de 2012, que instituiu o Programa Pró-Conexão, destinado a subsidiar financeiramente a execução de ramais intradomiciliares, com vista à efetivação de ligações à rede pública coletora de esgoto (SÃO PAULO, 2012). O programa tem por alvo famílias de baixa renda ou grupos domésticos, residentes em áreas eleitas como beneficiárias que disponham de redes públicas de coleta de esgotos, com encaminhamento para estações de tratamento. Este modelo de programa poderia ser implementado no estado de Minas Gerais, por força de convênio com a COPASA. Problema 12: Sistema de tratamento de esgoto precário ou mal dimensionado (insuficiente) O baixo percentual de tratamento apresentado em alguns municípios resulta de sistemas de tratamento precários, mal dimensionados ou funcionando fora das condições de projeto, nesse último caso, geralmente em sobrecarga. O problema de sistema de tratamento de esgoto precário ou mal dimensionado foi citado em 9 municípios, o que corresponde a 10% dos municípios submetidos à estatística, o de rede coletora precária foi citado em 3 municípios, o que corresponde a 3% dos municípios submetidos à estatística. Diretriz para o problema 12: Para o alcance dos resultados esperados pelos sistemas de tratamento de esgoto empregados nos municípios, sugere-se a contratação de um engenheiro sanitarista, civil ou ambiental, para avaliação da ETE e identificação das melhorias necessárias. Nos casos de sistemas operando em sobrecarga, sugere-se o investimento em ampliação do sistema ou criação de sistema paralelo para tratamento do efluente excedente. No site da FEAM, no endereço 115

131 _guia_captacao_de_recursos.pdf encontra-se disponível a cartilha Guia para Captação de Recursos para Investimento em Esgotamento Sanitário com instruções para obtenção de recursos junto aos órgãos de fomento: Funasa, Ministério das Cidades, Fhidro e Sedru. Após a conclusão das melhorias necessárias, deverão ser selecionados e capacitados funcionários para gerir, operar e realizar a manutenção da ETE, observando as especificações de projeto e com realização de automonitoramento, para averiguação da qualidade do efluente. Com relação aos operadores que já fazem parte do quadro de funcionários da prefeitura, recomenda-se o treinamento para operação do sistema implantado. Para auxiliar nesse processo, encontra-se disponível no site da FEAM no endereço _Cartilha_ETE_final_-_Vers%C3%A3o_2015.pdf a cartilha Orientações Básicas para Operação de ETE. Problema 13: Não cumprimento dos prazos estabelecidos pela DN 96/2006 e alterados pela DN 128/2008 Conforme DN COPAM nº 96/2006, os municípios do estado foram divididos em seis grupos populacionais mais os pertencentes à Estrada Real e convocados a realizar o licenciamento ambiental dos sistemas de tratamento de esgotos existentes ou implantálos até os prazos determinados por grupo. Os municípios do Grupo 7, composto por municípios com população menor que 20 mil habitantes, deveriam ainda enviar relatório técnico sobre a situação do esgotamento sanitário no município até março de Em 2008, por meio da DN COPAM 128/2008 nº foram prorrogados os prazos estabelecidos pela DN 96/2006. Apesar dessa prorrogação, verifica-se atualmente que dos 853 municípios do estado, 597 não tratam o esgoto ou atendem a menos de 1% da população com esgoto tratado, evidenciando a dificuldade dos municípios em implantar os sistemas de tratamento de esgoto exigidos pela DN 96/2006. Dos 735 municípios do Grupo 7, 546 não possuem nenhuma forma de tratamento de esgoto, e 485 atendem a DN 96/2006 apenas pelo envio de relatório técnico. 116

132 O não cumprimento dos prazos para implantação de sistema de tratamento e regularização destes se deve, em grande parte, à falta de recursos dos municípios para realização das obras. No entanto, em muitos casos, os municípios são contemplados com recursos oferecidos por órgãos de fomento e mesmo assim não conseguem cumprir os prazos, o que pode estar relacionado a fatores como atraso no pagamento dos benefícios e na execução das obras, ou a espera pela liberação dos recursos, muitas vezes pagos em parcelas. Na Tabela 7.3, são apresentados os órgãos de fomento pesquisados, os valores dos benefícios e o número de municípios contemplados por cada órgão. Verifica-se que a partir de 2013 foram aprovados R$ ,37 em recursos para municípios para investimento em esgotamento sanitário. Tabela Valores dos benefícios aprovados e liberados por órgãos de fomento do estado de Minas Gerais. Órgão Período Nº de municípios Valor total Valor liberado Funasa Desde R$ ,44 R$ ,16 Fhidro Não informado Não informado MC Desde R$ ,04 Não informado Sedru Desde R$ ,89 R$ ,82 A Funasa, responsável por atender municípios de até habitantes não inseridos nas regiões metropolitanas, apresentou o maior número de municípios beneficiados. No entanto, apenas 14,4% do valor aprovado foram liberados para os municípios, o que pode se dever ao pagamento parcelado mediante o cumprimento de etapas previamente estipuladas aos municípios. O Fhidro pode contemplar a elaboração de projetos de esgotamento sanitário e, no caso de obras de saneamento, somente para comunidades de até 200 habitantes. Sua última aprovação de recursos para saneamento ocorreu em 2009, não sendo informados os valores dos benefícios. O Ministério das Cidades atende aos municípios integrantes de Regiões Metropolitanas e aos municípios com mais de 50 mil habitantes ou integrantes de Consórcios Públicos com mais de 150 mil habitantes. Através do Programa de Aceleração do Crescimento PAC, o Ministério das Cidades aprovou o maior valor dentre os órgãos apresentados na Tabela 7.3, atendendo a 21 municípios, não sendo informados os valores liberados. 117

133 Número de municípios Milhões de R$ feam A Sedru se caracteriza majoritariamente como um órgão articulador e de apoio, embora também tenha recursos próprios, porém mais limitados. Este órgão atendeu a 18 municípios somando um valor total de R$ ,89 com liberação de R$ ,82 que, assim como na Funasa, pode se dever ao pagamento parcelado mediante o cumprimento de etapas previamente estipuladas aos municípios. As Agências de Bacia também podem contribuir para a implementação de sistemas de esgotamento sanitário dos municípios que a compõe. Estas são encarregadas de aplicar os recursos da cobrança pelo uso da água nas próprias bacias em que são arrecadados, de acordo com as ações necessárias para o cumprimento das metas estabelecidas em seus Planos de Bacias. Considerando-se os benefícios totais aprovados a partir de 2013 pelos órgãos mencionados na Tabela 7.3, é apresentada na Figura 7.3 a distribuição desses valores por bacia hidrográfica. A Bacia do Rio Grande foi a de maior número de municípios beneficiados (35) sem, no entanto, ser a de maior valor aprovado (R$ ,88). Já a Bacia do Rio São Francisco foi contemplada com o maior valor aprovado (R$ ,78), distribuído em 28 municípios. Munic. contemplados com recurso (a partir de 2013) Valor aprovado DO GD JQ PS PN PA SF LE Bacias Figura Distribuição dos recursos aprovados, a partir de 2013, pelos órgãos de fomento Funasa, Sedru e Ministério das Cidades, entre as bacias do Estado. 118

134 Diretriz para o problema 13: Diante do diagnóstico exposto na contextualização desse problema, recomenda-se uma maior destinação de recursos pela União e estados aos órgãos de fomento, à fim de que um maior número de municípios tenham a oportunidade de serem contemplados e assim proporcionar uma maior universalização do esgotamento sanitário. Também cabe lembrar que a Lei Nacional de Saneamento Básico, de n 1.445/2007, estabelece que as políticas de saneamento devem ser articuladas às outras políticas para promover o desenvolvimento urbano sustentável nos municípios, visando alcançar níveis adequados de saúde, reduzir a pobreza, melhorar a qualidade das moradias e conviver em harmonia com os recursos hídricos e com o meio ambiente. Problema 14: Problemas com a limpeza de tanques sépticos Em 2015, o estado de Minas Gerais contava com habitantes sem rede coletora de esgoto. Em muitos casos, a alternativa adotada pela população para suprir a inexistência desse serviço é a construção de tanques sépticos. No entanto, o uso desses tanques requer a retirada sistemática do lodo, usualmente realizada por meio de caminhões a vácuo, conhecidos como limpa fossa. A não coleta nos períodos corretos (respeitando um calendário de limpeza estabelecido no projeto do sistema) implica em disseminação de doenças, poluição da água e do solo, transbordamento do esgoto, diminuição do volume útil do tanque e do tempo de detenção hidráulica, o qual é fundamental para o processo de estabilização da matéria orgânica presente no efluente. O lançamento do lodo em cursos d água é uma prática comum, o que acarreta problemas de poluição e contaminação hídrica, representando um grave problema ambiental. Assim, a atividade limpa fossa mal executada, representa um grave problema que ainda não foi equacionado, sendo necessária a integração de ações do governo estadual e municipal para uma gestão eficiente do lodo séptico. Este problema foi citado em 8 municípios, o que corresponde a 9% dos municípios submetidos à estatística. 119

135 Diretriz para o problema 14: Baseado na necessidade de desenvolvimento de políticas públicas relacionadas à gestão do lodo de tanques sépticos, em 2013 a FEAM propôs à SEMAD, no âmbito do projeto Estratégico Meta 2014 Revitalização da Bacia do Rio das Velhas, a construção de uma metodologia de cadastro e controle de caminhões limpa fossa. Essa metodologia visou auxiliar os municípios no processo de regularização da atividade, evitando prejuízos ambientais e econômicos com a disposição inadequada do lodo e contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental dos corpos da água (FEAM, 2013). Nesse sentido, é de suma importância a criação de uma norma legal que regulamente a obrigatoriedade da prefeitura pela prestação/contratação desse serviço, tendo em vista que a titularidade dos serviços de saneamento ser de competência dos municípios. Ressalta-se que a contratação de empresas prestadoras desse serviço sejam devidamente regularizadas e cadastradas, e que haja fiscalização do serviço e da destinação correta do lodo. 7.2 Diretrizes específicas ao Sisema Na avaliação das principais dificuldades enfrentadas pelos municípios para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário e da proposição de suas diretrizes específicas, cabe considerar aquelas voltadas ao órgão ambiental do Estado, seja através de suas Superintendências Regionais de Meio Ambiente - SUPRAMs ou de sua Gerência de Monitoramento de Efluentes - GEDEF. Dessa forma, foram identificados os principais problemas que afetam os municípios mineiros no âmbito de atuação do Sisema. Problema 1: Percentual de Coleta e Percentual de Tratamento Embora a maior parte dos municípios mineiros realize coleta de esgotos gerados pela população urbana, segundo os dados levantados em 2015; ainda sim 12,66%, 2,58% e 10,55% dos municípios se enquadraram nas faixas, Médio, Ruim e Alarmante, respectivamente. Contudo, ao se comparar os percentuais daqueles que realizam o tratamento do esgoto gerado, observou-se uma situação preocupante, pois a maior parte dos municípios não realiza tratamento de esgotos ou atende a menos de 35% da população. 120

136 Diretrizes para o problema 1: Com o intuito de fomentar o aumento nos percentuais de coleta e tratamento de esgoto no Estado, o Sisema poderá promover maior divulgação junto aos municípios que ainda não possuem ETE e/ou apresentam baixo percentual de coleta de esgoto; das principais modalidades de financiamentos e os passos para solicitar os recursos. Também poderá prestar maior apoio aos Comitês de Bacias Hidrográficas e ao Estado, principalmente, através da continuidade dos seus estudos que permitem avaliar as áreas críticas e, consequentemente, prioritárias das ações, os principais problemas enfrentados pelos municípios e a proposição de ações que visem mitigá-los, otimizando, dessa forma, a gestão dos recursos técnico-financeiros para o atendimento por saneamento à população. Também é de relevante interesse público, que o órgão ambiental promova discussões acerca da gestão dos recursos junto às outras esferas do governo do Estado, como a Secretaria de Cidades e de Integração Regional (Secir), visando o alinhamento das dificuldades enfrentadas pelos municípios em implantar seu Sistema de Esgotamento Sanitário SES, identificadas neste estudo, com o planejamento e distribuição dos recursos financeiros para execução de obras de saneamento nesses municípios. Problema 2: Indicador de Percentual de Coleta Uma vez que rede coletora de esgoto não é passível de regularização ambiental no âmbito estadual, todas as informações desse indicador são autodeclaradas. Sendo assim, um ponto preocupante em relação ao levantamento dos dados sobre rede coletora e identificado nos Planos para Incremento do Percentual de Tratamento dos Esgotos PITEs nos anos anteriores, é o modo como essa informação é apurada. Verificou-se divergência na metodologia utilizada pelos municípios atendidos pela COPASA, que efetivamente contabiliza o percentual de população servida por rede coletora, e pelos atendidos pela própria prefeitura, nos quais podem ser considerados ligações prediais como rede coletora, superestimando os percentuais declarados pelos municípios e comprometendo a metodologia do IESM. 121

137 Outro fator de consideração do IESM é o peso atribuído ao indicador Percentual de Coleta - PC, igual a 34, que não reflete um ganho real do ponto de vista ambiental. A coleta do esgoto, sem seu devido tratamento, é tão prejudicial e inadequada quanto não coletar, pois concentra em um único ponto de lançamento a poluição/contaminação pelo efluente bruto. Vale lembrar que o peso do indicador Percentual de Tratamento equivale apenas a 37, comparativamente aos 34 relativos ao indicador PC. Associado ao percentual superestimado de coleta, o índice pode apresentar uma situação para o sistema de esgotamento sanitário muito melhor do que a realidade municipal. Diretrizes para o problema 2: Concernente às metodologias adotadas, é necessário verificar se o indicador percentual de coleta deverá ser excluído ou mantido. Optando-se pela manutenção, sugere-se tanto para o cálculo do indicador PC quanto ao registro do percentual de atendimento por rede coletora nos municípios, que sejam reavaliados, através de novos estudos pela GEDEF, os procedimentos adotados para quantificação e caracterização do Percentual de Coleta Declarado PCD e do indicador PC, para que estes reflitam mais adequadamente a realidade observada em campo. Problema 3: Regularização Ambiental De acordo com o diagnóstico no Estado, aproximadamente 17% das ETEs em operação estão em situação irregular, ou seja, com regularização ausente ou vencida. Outro ponto a ser avaliado é a quantidade de ETEs desativadas, com regularização ambiental vigente ou não, que acabam se tornando um passivo ambiental. Também há a questão da emissão da AAF que, segundo o Art. 14º- 1º do Decreto de Minas Gerais nº /2008, os empreendimentos sujeitos a este tipo de regularização devem obtê-lo previamente a instalação. Caso tenham iniciado a instalação ou estejam instalados, mas ainda não estejam regularizados, esses empreendimentos devem obter a AAF, em caráter corretivo. Contudo, por se tratar de uma autorização de funcionamento, pressupõe-se que deveria ser concedida para o início da operação do empreendimento. Com isso, verificou-se no desenvolvimento do trabalho um grande 122

138 número de ETEs em projeto, porém em vias de instalação que solicitaram a detenção de AAF para atender ao requisito da FUNASA para liberação de recurso para sua construção, acarretando distorções na análise pelo próprio órgão ambiental quanto a real condição da ETE (em projeto, em instalação ou em operação). Diretrizes para o problema 3: Primeiramente, cabe ao órgão ambiental intensificar a fiscalização junto aos municípios e solicitar a devida regularização ambiental dos empreendimentos que se encontram em situação irregular. Destaca-se a importância de se estabelecer uma estratégia de atuação da GEDEF, juntamente com as Superintendências de Regularização Ambiental e de Fiscalização Ambiental Integrada e as SUPRAMs para otimizar essa fiscalização, priorizando, por exemplo, as bacias com maior índice de empreendimentos com regularização ausente ou vencida. Concomitantemente à atividade de fiscalização, é necessária a análise do processo de Regularização Ambiental, de forma a rever os valores atualmente aplicados e verificar a possiblidade de redução nos custos para a regularização de ETE municipal, como forma a incentivar a normalização de sua situação frente ao órgão ambiental. Neste contexto, é importante considerar a Lei , de 21 de janeiro de 2016, que dispõe em seu Capítulo II sobre o novo modelo de Licenciamento Ambiental a ser adotado no estado de Minas Gerais. Contudo, como ainda não foi publicado o decreto que regulamente a referida lei, sugere-se uma discussão mais aprofundada pelo órgão ambiental dos entraves presentes no modelo atual de licenciamento e dos novos requisitos necessários à obtenção da regularização ambiental, especialmente no que diz respeito à Licença Ambiental Simplificada LAS, que substituirá a atual AAF. É imprescindível que sejam consideradas as lacunas existentes dentro do processo de obtenção da AAF, como a finalidade de sua concessão (projeto, instalação ou operação) e a inclusão de informações técnicas mínimas, porém, que melhor caracterizem o empreendimento. Caso não seja viável, recomenda-se a melhoria do relatório técnico, conforme exigência estabelecida na DN COPAM 96/

139 Destaca-se também a necessidade do Sisema em promover maiores discussões junto às reuniões dos Comitês de Bacias Hidrográficas e à administração pública sobre a importância da regularização ambiental e do acompanhamento da qualidade dos efluentes da ETE pelo empreendedor, pois, desta forma, ela estará apta a operar de acordo com todas as condições e parâmetros ambientais legalmente vigentes. Além disso, cabe lembrar que se trata de uma exigência legal e uma ferramenta do poder público para o controle ambiental. É através do licenciamento que o órgão ambiental estabelece regras, condições, restrições e medidas de controle ambiental ao empreendedor, que assume os compromissos para a manutenção da qualidade ambiental do local em que se instala. Em relação às ETEs desativadas, sugere-se que o Sisema entre em contato com os municípios para avaliar se há a intenção da administração pública em reativar esses empreendimentos e sua viabilidade técnica e financeira. Nestes casos, é importante enfatizar os impactos advindos desse passivo, tanto do ponto de vista ambiental quanto social, e verificar junto às prefeituras o seu conhecimento quanto às informações sobre os requisitos dos processos seletivos realizados por órgãos dos governos federal e estadual para repasses de recursos destinados a projetos e construção de ETE. Também é importante dar conhecimento à SEMAD da atual situação desses empreendimentos para a tomada de providências cabíveis. Problema 4: Atendimento à DN COPAM 96/2006 Como mencionado anteriormente, é preocupante a situação no estado de Minas Gerais em relação ao cumprimento do disposto na DN COPAM nº 96/2006, cujos prazos foram alterados pela DN COPAM nº 128/2008. No presente estudo, verificou-se que a maioria dos municípios ainda não dispõe de ETE regularizada ou não atende aos requisitos definidos na norma, como índice de atendimento e eficiência do sistema de tratamento. Os municípios dos Grupos 1 ao 6, que tiveram os prazos das referidas deliberações expirados, foram autuados pela FEAM por esse descumprimento. Entretanto, a Lei /2015, em seu Art. 6º, instituiu a remissão e anistia às penalidades aplicadas pelo Sisema, beneficiando diversos municípios desses grupos. 124

140 Outro fato preocupante é o prazo dos 735 municípios do Grupo 7, que se encerra em março de 2017 para implantação de ETE regularizada, e a grande maioria não dispõe de estação de tratamento de esgoto em operação. Uma vez que a deliberação convocou os municípios à regularização ambiental, um aspecto relevante são as concessões do serviço de esgotamento sanitário à COPASA, que em alguns casos ainda não implantou ETE regularizada. Desse modo, a demora da COPASA nessa implantação compromete e penaliza o município, responsável pelo atendimento das deliberações. Diretriz para o problema 4: Segundo o Art. 5º, em seu inciso VIII, do Decreto nº , de 20 de dezembro de 2011, compete a FEAM apoiar a SEMAD no processo de regularização ambiental, de fiscalização e na aplicação de sanções administrativas no âmbito de sua atuação. Neste contexto, é importante o apoio da GEDEF à Superintendência de Regularização Ambiental, à Superintendência de Fiscalização Ambiental Integrada e às SUPRAMs para que se possa, conjuntamente, intensificar a fiscalização e solicitar a devida regularização dos empreendimentos. Sugere-se também que o órgão ambiental, juntamente com o Ministério Público, firmem um Termo de Ajustamento de Conduta TAC com vistas à prevenção e/ou reparação do dano ambiental, visto que esses municípios continuam a poluir os corpos receptores com o lançamento de esgoto bruto, incorrendo nas penalidades previstas em lei. Outra alternativa seria a implementação de novos instrumentos de gestão, que venham fomentar o atendimento por tratamento esgoto de qualidade à população, como a proposição de assinatura de termo de compromisso entre o estado e os municípios, com o Ministério Público como interveniente. Esse termo de compromisso poderia, por exemplo, propor a pactuação de metas progressivas aos municípios para implantação de SES com a contrapartida de financiamento a prazos mais dilatados pelo Estado. Para os casos em que a COPASA obteve a concessão do serviço de saneamento, porém ainda não implantou sistema de esgotamento sanitário, cabe as prefeituras cobrar da 125

141 Companhia o cumprimento do contrato de prestação de serviço, bem como notificar a ARSAE-MG, caso seja ela a agência reguladora do serviço no município, o descumprimento das cláusulas de concessão pela companhia, para providências cabíveis. Problema 5: Falta de monitoramento de efluentes No estado de Minas Gerais, aproximadamente 52,6% dos municípios que possuem ETE em operação não realizam o monitoramento dos seus efluentes, que é importante para verificar o bom funcionamento e manutenção da estação. Isto porque, através do monitoramento, é possível avaliar a eficiência do tratamento por meio de análise dos parâmetros de qualidade, definidos pela DN Conjunta COPAM/CERH nº 1/2008. As ETEs que possuem LO devem apresentar periodicamente o relatório de monitoramento de efluentes à SEMAD como condicionante do processo de regularização, atendendo aos critérios estabelecidos pela Nota Técnica DIMOG nº 2/2005 elaborada pela FEAM. Já as ETEs que possuem AAF, devem realizar o monitoramento, mas não possuem um programa específico a seguir, bem como não têm a obrigatoriedade do envio ao órgão ambiental, excetuando os casos em que houver fiscalização e solicitação pelo mesmo. Sendo assim, muitos dos responsáveis por esses empreendimentos acabam não realizando o monitoramento. Diretriz para o problema 5: Conforme mencionado na diretriz anterior, cabe à GEDEF apoiar as Superintendências de Regularização Ambiental e de Fiscalização Ambiental Integrada, bem como as SUPRAMs na fiscalização de ETEs que não estão cumprindo as condicionantes estabelecidas em sua Licença de Operação LO ou que, nos casos de AAF, não realizam o acompanhamento da qualidade do efluente lançado nos corpos receptores. Vale lembrar que os empreendimentos que operam mediante AAF também estão sujeitos às obrigações legais e que o seu não cumprimento estará sujeito às sanções legais. Dessa forma, no intuito de tornar obrigatória a apresentação dos resultados do monitoramento de efluentes para as ETEs que possuem AFF ao órgão ambiental, foi 126

142 realizada uma pesquisa de opinião junto a profissionais experientes na área de saneamento para uma possível padronização dos parâmetros e frequências de análises. Sem essa padronização, fica inviável a exigência dos resultados, uma vez que cada município pode estabelecer diferentes parâmetros e periodicidade de amostragem para seu programa de monitoramento, conforme julgar necessário, enviando ao órgão relatórios com grandes diferenças de conteúdo, dificultando o cumprimento e fiscalização dos parâmetros de qualidade. Em posse das colaborações dos profissionais, através da pesquisa de opinião, sugere-se o aprofundamento desse estudo por meio da aplicação de um questionário mais avançado, como por exemplo, o que utiliza a metodologia Delphi. Esse aprofundamento da pesquisa daria base para chegar a uma padronização bastante segura para sua implementação, tornando possível exigir resultados de monitoramento nos empreendimentos regularizados por AFF, além da padronização dos parâmetros para as demais regularizações. A partir dessa padronização, tornar-se-ia viável a proposição de uma Deliberação Normativa para nortear os empreendimentos e servir de instrumento de gestão e fiscalização do Estado. Entretanto, até que seja finalizado o processo de padronização e obrigatoriedade da apresentação do automonitoramento pelos empreendimentos passíveis de AAF ou mesmo para o caso dessa obrigatoriedade não ser efetivada, sugere-se a exigência de, no mínimo, a declaração de carga poluidora da ETE, em conformidade com a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA nº 430, de 13 de maio de 2011, junto ao órgão ambiental. Finalmente, recomenda-se a concessão de incentivos aos municípios que acompanham o desempenho ambiental de suas ETEs através de campanhas periódicas de monitoramento do efluente, como, por exemplo, a redução de seus custos para obtenção de nova AAF ou REVLO. 127

143 Problema 6: Recebimento de ICMS Ecológico De acordo com o diagnóstico, a maioria dos municípios mineiros não satisfaz os requisitos para o recebimento do ICMS Ecológico. Em comparação ao ano de 2014, observou-se uma redução daqueles que recebem o ICMS, seja pelo não atendimento do percentual mínimo de 50% da população urbana e/ou não possuem regularização ambiental de suas ETEs, seja pela interrupção do funcionamento da ETE ou expiração do tempo máximo de recebimento, que é de 15 anos. Diretriz para o problema 6: Este problema está intimamente ligado aos demais citados, ou seja, o aumento do número de municípios em condições para recebimento do ICMS Ecológico depende do atendimento de, no mínimo, 50% da população urbana por ETE regularizada. Dessa forma, as diretrizes, anteriormente mencionadas, aplicam-se também neste caso, já que visam o apoio aos municípios para a regularização da sua situação. Há também que se considerar a possibilidade do aumento do percentual do ICMS Ecológico destinado aos municípios, conforme a Lei /2009, no que se refere ao critério Meio Ambiente, que hoje é de 1,1%. É importante que o Sisema leve essa discussão às demais áreas competentes dentro da esfera pública, de forma a demonstrar a necessidade de aumento nos investimentos na área de saneamento, que beneficiaria diretamente os municípios e à população, tendo em vista o aumento dos recursos para a gestão, manutenção e ampliação de suas ETEs. Neste contexto, é importante considerar também a retirada do tempo máximo de recebimento do recurso, já que a extinção do repasse ao completar os 15 anos de operação, afeta diretamente a manutenção da ETE e a qualidade de atendimento à população. Como contrapartida, seria interessante a inserção do fator de qualidade, referente aos resultados de monitoramento de efluentes das ETEs, no cálculo do repasse do ICMS Ecológico. Logicamente, essa inclusão somente seria viável mediante a implementação da padronização e sistematização do programa de automonitoramento para as ETEs dentro do Sisema, tornando-se, dessa forma, um fator condicionante para o 128

144 cumprimento do programa de monitoramento de efluentes pelo município e de incentivo para o aumento no repasse do ICMS Ecológico. Problema 7: Outras demandas No contexto do diagnóstico e da avaliação deste estudo, foi identificada a necessidade da continuidade dos PITEs para as bacias consideradas prioritárias, especialmente aquelas que apresentaram uma piora nos resultados do Índice de Qualidade de Água IQA, segundo o último relatório anual divulgado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas IGAM, e que possuem uma parcela considerável de municípios enquadrados na faixa Alarmante do Índice de Avaliação do Esgotamento Sanitário Municipal IESM. Diretriz para o problema 7: Para a resolução do problema 7, recomenda-se a proposição de novos estudos, no âmbito do PITE, prioritariamente, para as bacias dos rios Paranaíba do Sul, Grande e continuidade para a bacia do rio Doce, que apresentaram uma piora nos resultados de IQA e do IESM. Outro ponto relevante para a escolha dessas bacias foi o número de municípios inseridos nelas. Por se tratar de um avaliação mais específica, quando são realizadas visitas em todos os municípios e, desta forma, obtidas informações mais consistentes e atualizadas sobre o sistema de esgotamento sanitário, é possível fazer um diagnóstico mais robusto e estabelecer proposições de ações, além de instrumentos de gestão, voltados para as características e realidade de cada bacia, visando o fomento da universalização do saneamento e a minimização da situação precária ou inexistente de SES em inúmeros municípios. Ressalta-se que a adoção do Índice de Qualidade dos Serviços de Esgotamento Sanitário Municipal IQES, neste caso, torna-se mais indicada e pertinente à complexidade do estudo e da consolidação dos dados levantados, comparativamente ao IESM, pois neste não é considerado a qualidade do tratamento, já que o indicador Operacionalidade da ETE OP foi excluído do seu cálculo. Contudo, como mencionado anteriormente, é necessária a reavaliação dos indicadores e seus respectivos pesos, para o que o IQES 129

145 reflita de forma mais adequada a situação do município frente ao saneamento. Sugerese também, como norteador para ações e diretrizes futuras, a avaliação da prevalência de doenças de veiculação hídrica nos municípios e sua relação com a poluição causada pelo lançamento de esgoto não tratado nos corpos d água das bacias a serem estudadas. Ao discorrer sobre os problemas identificados e suas respectivas diretrizes, tanto para os municípios quanto para o Sisema, apresenta-se a Tabela 7.4 com o resumo dos principais pontos abordados. Tabela 7.4 -Tabela Resumo de Diretrizes Diretrizes Direcionadas aos Municípios Problemas identificados Falta de recursos e falta de informação sobre obtenção de recursos Ausência de corpo técnico especializado e falta de capacitação de técnicos e gestores Dificuldade na obtenção de terreno Falta de conscientização da população Principais diretrizes Facilitar o acesso às verbas destinadas ao saneamento; Fomentar a criação de agências e comitês de bacias; Consultar o Guia de Capacitação de Recursos da Feam. Contratação, via concurso público, de profissionais capacitados nas áreas de saneamento e meio ambiente; Apoio do governo estadual na criação de secretarias municipais de meio ambiente, ou a concessão dos serviços de esgotamento sanitário; Realização de cursos e treinamentos periódicos dos profissionais. Realizar com responsabilidade o efetivo planejamento urbano; Projeto que interfira o mínimo na vida dos moradores e que apresente qualidade de funcionamento; Possibilidade de construção da ETE próxima aos distritos industriais. Maior divulgação na mídia, jornais e revistas sobre o benefício da coleta e do tratamento de esgoto; Fortalecimento dos comitês e agências de bacias hidrográficas; Campanhas de educação ambiental em escolas, via rádio, televisão, postos de saúde e etc; 130

146 Problemas de manutenção do sistema de esgotamento sanitário existente Falta de vontade política Falta de planejamento urbano Problemas com a mudança de gestão Empresa concessionária dos sistemas de esgotamento sanitário não realizou as obras nos prazos previstos em contrato Falta de apoio dos governos estadual e federal Convênios entre prefeituras, órgãos ambientais e ONGs para intensificar as campanhas de conscientização. Conscientizar a população em como evitar os problemas que têm causado na tubulação e, posterior a isso, notificar, caso continue; Manter pessoal capacitado para identificar e solucionar problemas em todo o sistema de esgotamento sanitário; Multiplicar convênios para beneficiar os municípios do estado de Minas Gerais. Cobrar esse serviço por parte da administração pública; Denúncia ao Ministério Público, em caso de suspeitas de irregularidades; Investir nas secretarias responsáveis e fortalecer as agências de bacias. Elaboração obrigatória do Plano Municipal de Saneamento Básico PMSB; Participação efetiva da população na elaboração dos PMSB; Fortalecimento das Agências de Bacias; Maior atenção aos investimentos no esgotamento sanitário na elaboração/reformulação do Plano Diretor. Convocação de servidores público na área de meio ambiente por meio de concursos públicos; Cursos de capacitação focado no saneamento, de quatro em quatro anos ou a cada troca de gestão; Criação de banco de dados online. Fiscalizar e efetuar a cobrança da concessionária pela prestação dos serviços. Educação e conscientização ambiental da população; Apoiar os municípios na obtenção de recursos para implantação dos sistemas de esgotamento sanitário; 131

147 Não adesão da rede coletora municipal por parte da população e ligação de rede domiciliar de esgoto à rede pluvial Sistema de tratamento de esgoto precário ou mal dimensionado (insuficiente) Não cumprimento dos prazos estabelecidos pela DN 96/2006 e alterados pela DN 128/2008 Problemas com a limpeza de tanques sépticos Maior destinação de verbas para os órgãos de fomento de ações em saneamento; Disponibilização de um profissional de cada órgão de fomento para prestação de assessoria especializada aos municípios. Programa de conscientização da população; Diminuição no valor do Imposto Predial e Territorial Urbano IPTU, por determinado período aos moradores que realizarem a correta ligação do esgoto residencial à rede coletora municipal; Edição de lei estabelecendo a obrigatoriedade da ligação de seus domicílios às redes públicas coletoras de esgotos. Contratação de um engenheiro sanitarista, civil ou ambiental, para avaliação da ETE e identificação das melhorias necessárias; Nos casos de sobrecarga, sugere-se o investimento em ampliação do sistema ou criação de sistema paralelo para tratamento do efluente excedente; Treinamento de pessoal para operação do sistema implantado. Maior destinação de recursos pela União e estados aos órgãos de fomento; Articular as políticas de saneamento à outras políticas para promover o desenvolvimento urbano sustentável nos municípios. Utilizar metodologia de cadastro e controle de caminhões limpa fossa proposta pela Feam; Criação de uma norma legal que regulamente a obrigatoriedade da prefeitura pela prestação/contratação desse serviço; Regularizar e cadastrar empresas prestadoras e fiscalizar o serviço, e a destinação correta do lodo. 132

148 Diretrizes Específicas ao Sisema Problemas identificados Percentual de Coleta e Percentual de Tratamento Indicador de Percentual de Coleta Regularização Ambiental Atendimento à DN COPAM 96/2006 Principais diretrizes Promover maior divulgação das principais modalidades de financiamentos e os passos para solicitar os recursos junto aos municípios que ainda não possuem ETE e/ou apresentam baixo percentual de coleta de esgoto; Prestar maior apoio aos Comitês de Bacias Hidrográficas e ao Estado; Promover discussões acerca da gestão dos recursos junto às outras esferas do governo do Estado, como a Secretaria de Cidades e de Integração Regional (Secir). Verificar se o indicador percentual de coleta deverá ser excluído ou mantido; Caso mantido, reavaliar os procedimentos adotados pela GEDEF para quantificação e caracterização do Percentual de Coleta Declarado PCD. Intensificar a fiscalização junto aos municípios e solicitar a devida regularização ambiental dos empreendimentos; Estabelecer uma estratégia de atuação da GEDEF para otimizar a fiscalização; Analisar e rever o processo de Regularização Ambiental; Discussão mais aprofundada pelo órgão ambiental dos entraves presentes no modelo atual de licenciamento; promover maiores discussões junto aos Comitês de Bacias Hidrográficas e à administração pública; Entrar em contato com os municípios que possuem ETEs desativadas e avaliar possibilidades de reativá-las. Apoio da GEDEF à Superintendência de Regularização Ambiental, à Superintendência de Fiscalização Ambiental Integrada e às SUPRAMs para intensificar a fiscalização e solicitar a devida regularização dos empreendimentos; Firmar um Termo de Ajustamento de Conduta TAC entre o órgão ambiental, 133

149 Falta de monitoramento de efluentes Recebimento de ICMS Ecológico Outras demandas e o Ministério Público, com vistas à prevenção e/ou reparação do dano ambiental; Implementação de novos instrumentos de gestão que venham fomentar o atendimento por tratamento esgoto de qualidade à população. Apoio da GEDEF para as Superintendências de Regularização Ambiental e de Fiscalização Ambiental Integrada, bem como as SUPRAMs na fiscalização de ETEs que não estão cumprindo as condicionantes estabelecidas em sua licença ou AAF; Padronização dos parâmetros e frequências de análises para o monitoramento de ETEs com AAF; Proposição de uma DN para nortear os empreendimentos e servir de instrumento de gestão e fiscalização do Estado; Concessão de incentivos aos municípios que acompanham o desempenho ambiental de suas ETEs. Diretrizes anteriormente mencionadas aplicam-se também neste caso, já que visam o apoio aos municípios para a regularização da sua situação; Considerar possibilidade do aumento do percentual do ICMS Ecológico destinado aos municípios; Considerar também a retirada do tempo máximo de recebimento do recurso; Inserir fator de qualidade, referente aos resultados de monitoramento de efluentes das ETEs, no cálculo do repasse do ICMS Ecológico. Proposição de novos estudos, no âmbito do PITE, prioritariamente, para as bacias dos rios Paranaíba do Sul, Grande e continuidade para a bacia do rio Doce; Reavaliação dos indicadores do IQES e seus respectivos pesos, para que reflita de forma mais adequada a situação do município frente ao saneamento; Avaliação da prevalência de doenças de veiculação hídrica nos municípios e sua relação com a poluição causada pelo 134

150 lançamento de esgoto não tratado nos corpos d água das bacias a serem estudadas. 135

151 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AEGEA. A História do Saneamento Básico no Brasil. Disponível em:< Acesso em: 11 maio AGÊNCIA DA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL - AGEVAP. Plano Regional de Saneamento Básico: Caracterização do município projeto aplicado de comunicação e mobilização social. Taubaté, AGÊNCIA DA BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL - AGEVAP. Relatório de situação trienal. Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (2010/2011/2012). Disponível em: < Acesso em: 21 ago AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA. Bacia do Rio Paraíba do Sul: Livro da Bacia. [2015]. Disponível em: < dosul.pdf>. Acesso em 11 de ago AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS- ANA. Região hidrográfica do São Francisco: Águas que contribuem para o desenvolvimento de 521 municípios. Disponível em: < Acesso em: 03 ago AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ARSAE-MG. (Site Institucional). Objetivo Operacional e Competências Legais [2015]. Disponível em: < Acesso em: 05 maio BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Brasília, 5 out Disponível em: Acesso em: 07 mar BRASIL. Decreto no 7.217, de 21 de junho de Regulamenta a Lei no , de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. Brasília, 21 jun Disponível em: Acesso em: 01 mar BRASIL. Decreto no 8.211, de 21 de março de Altera o Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei nº , de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Brasília, 21 mar Disponível em: Acesso em: 01 mar

152 BRASIL. Decreto no 8.629, de 30 de dezembro de Altera o Decreto nº 8.211, de 21 de março de 2014, que regulamenta a Lei nº , de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Brasília, 30 dez Disponível em: Acesso em: 01 mar BRASIL. Lei Federal nº , de dezembro de 2004: Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública. Diário Oficial da União, 2004c. BRASIL. Lei Federal nº , de 5 de janeiro de 2007: Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial da União, BRASIL. Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial da União, BRASIL. Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997: Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de Diário Oficial da União, BRASIL. Lei Federal n o , de 10 de julho de Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Brasília, 10 jul Disponível em: Acesso em: 07 mar BRASIL. Lei Federal no 9.605, de 12 de fevereiro de Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Brasília, 12 fev Disponível em: Acesso em: 01 mar BRASIL. Portaria do Ministério da Saúde nº 1.288, de 17 de junho de 2009: Institui Grupo de Trabalho com a finalidade de revisar a Portaria nº 518/GM, de 25 de março de 2004, que aprova a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano. Diário Oficial da União, 2004b. BRASIL. Portaria do Ministério da Saúde nº 518, de 25 de março de 2004 (Revogada Totalmente): Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2004a. COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE CBH-DOCE. (Site Institucional). Disponível em: < Acesso em: 13 ago

153 COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE CBH-DOCE. Deliberação Normativa n 32 de 26 de abril de 2012: Institui o Plano de Aplicação Plurianual da Bacia Hidrográfica do Rio Doce para o período de 2012 a Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Doce, COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GRANDE- CBH-GRANDE. A Bacia [2015]. Disponível em:< Acesso em: 10 de ago COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARANOÁ- CBH-PARANOÁ. Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba (PRH-Paranaíba), Disponível em: < Acesso em: 19 ago COMITÊS DAS BACIAS HIDROGRÁFICA DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ- -CBH- PIRACICABA, CAPIVARI E JUNDIAÍ. Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia dos rios Piracicaba/Jaguari 2008/2009. Piracicaba: Disponível em: < Diretores BH/Piracicaba e Jaguari. pdf>. Acesso em: 14 ago COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO SABESP. Glossário. Disponível em: São Paulo. Acesso em 02 jun COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ - SANEPAR. Plano Municipal de Saneamento Básico, Disponível em: < COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS S. A. CEMIG. Programa Peixe Vivo, Disponível em < CEMIG e o futuro/sustentabilidade/nossos_programas/ambientais/peixe vivo paginas/rio pardo.aspx>. Acesso em: 13 ago COUTINHO, G. A. Políticas públicas e a proteção do meio ambiente. Âmbito Jurídico, v. XI, Disponível em: < Acesso em: 5 maio FERREIRA, V. O. Paisagem, recursos hídricos e desenvolvimento econômico na Bacia do Rio Jequitinhonha, em Minas Gerais f. Tese (Doutorado em Geografia) Departamento de Geografia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG, FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Elaboração de Metodologia para Cadastro e Controle de Caminhão Limpa Fossa. Belo Horizonte: FEAM, 2013a. 159 p. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Nota Técnica DIMOG nº 002, de 16 de novembro de Programa de monitoramento de efluentes líquidos, águas 138

154 superficiais e águas subterrâneas associadas à estação de tratamento de esgoto - ETE municipal. Belo Horizonte, 16 nov FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Nota Técnica FEAM nº 01, dezembro de Procedimentos para cadastramento de municípios no ICMS Ecológico, subcritério Saneamento Ambiental. Belo Horizonte, dez FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Orientações Básicas para Operação de Aterro Sanitário. Belo Horizonte. Disponível em: Acesso em 02 jun FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Plano de incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários da bacia hidrográfica do Rio Piranga. Belo Horizonte: (ainda não publicado), 2015a. 417 p. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Plano de incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários da bacia hidrográfica dos Rios Mogi-Guaçu e Pardo. Belo Horizonte: FEAM, 2015b. 238 p. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Plano de incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários das bacias hidrográfica de Minas Gerais: sumário executivo das bacias dos rios das Velhas, Paraopeba, Para, Piracicaba, Piranga e Mogi- Guaçu e Pardo. Belo Horizonte: FEAM, p. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Plano para incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários na bacia hidrográfica do Rio das Velhas. Belo Horizonte: FEAM, p. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Plano para incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários na bacia hidrográfica do Rio Paraopeba. Belo Horizonte: FEAM, p. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Plano para incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários na bacia hidrográfica do Rio Pará. FEAM, 2013b. 719 p. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - FEAM. Plano para incremento do percentual de tratamento de esgotos sanitários na bacia hidrográfica do Rio Piracicaba. Belo Horizonte: FEAM, 2013c. 347 p. GALVÃO-JUNIOR, A. D. C.; PAGANINI, W. D. S. Aspectos conceituais da regulação dos serviços de água e esgoto no Brasil. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 14, p , GERAES. Consolidação da gestão de recursos hídricos em Bacias Hidrográficas. Disponível em: < Acesso em: 02 jul

155 GÓMEZ-IBAÑEZ, J. A. Regulating infrastructure: monopoly, contracts, and discretion. US: Harvard University Press, p. 448, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo demográfico Rio de Janeiro: IBGE, 2010a. 156p. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Diagnóstico ambiental da bacia do rio Jequitinhonha. Salvador: 1ª divisão de geociências do nordeste, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico Rio de Janeiro: IBGE, 2010b. 219p. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO- IPT. Diagnóstico da situação dos recursos hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio Grande (BHRG) SP/MG. Relatório Síntese. São Paulo: IPT, p. INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS - IGAM. (Site Institucional). Disponível em: < Acesso em: 13 ago INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS- IGAM. Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) - Resumo Executivo. Belo Horizonte: IGAM, p. INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS- IGAM. Projeto para elaboração do plano diretor de recursos Hídricos das bacias hidrográficas do leste: Mucuri, São Mateus, Buranhém, Jucuruçu, Itanhém, Peruípe e Itaúnas. Belo Horizonte: IGAM, p. INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS- IGAM. Sistema Estadual de Informação sobre Recursos Hídricos, Disponível em: < Acesso em: 11 jun LEONETI, A. B.; PRADO, E. L.; OLIVEIRA, S. V. W. B. Saneamento básico no Brasil: considerações sobre investimentos e sustentabilidade para o século XXI. Revista de Administração Pública, v. 45, MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. 23ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 1990, p MINAS GERAIS. Decreto Estadual nº , de 25 de junho de Estabelece normas para licenciamento ambiental e autorização ambiental de funcionamento, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Decreto Estadual Nº , 20 de dezembro de Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Decreto Estadual Nº , 20 de dezembro de Contém o Estatuto da Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM. Diário do Executivo Minas Gerais,

156 MINAS GERAIS. Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01, de 05 de maio de Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Deliberação Normativa COPAM nº 128, de 27 de novembro de Altera os prazos estabelecidos pela Deliberação Normativa COPAM nº 96/2006 que convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 09 de setembro de 2004: Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual, determina normas para indenização dos custos de análise de pedidos de autorização e de licenciamento ambiental, e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Deliberação Normativa COPAM nº 96, de 12 de abril de Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 20 de junho 1994: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. (Revogação Total). Diário do Executivo - "Minas Gerais", MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 17 de julho de 1997: Altera a denominação do Departamento de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais - DRH/MG, para Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM, dispõe sobre sua reorganização e dá outras providências. Diário do Executivo - "Minas Gerais", MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 29 de janeiro de 1999: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, 1999b. MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 29 de janeiro de 1999: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, 1999a. MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 12 de janeiro de Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 12 de janeiro de 2009: Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios. Diário do Executivo Minas Gerais, 2009a. MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 3 de agosto de 2009: Estabelece normas relativas aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, cria a 141

157 Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais - ARSAE-MG - e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, 2009b. MINAS GERAIS. Lei Estadual no 9.605, de 20 de janeiro de Estabelece normas para o lançamento de esgotos e resíduos industriais nos cursos de águas. Belo Horizonte, 21 jan Disponível em: Acesso em: 01 mar MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 03 de agosto de 2015: Dispõe sobre a constituição de crédito estadual não tributário, fixa critérios para sua atualização, regula seu parcelamento, institui remissão e anistia e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, MINAS GERAIS. Lei Estadual nº , de 21 de janeiro de 2016: Dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Sisema e dá outras providências. Diário do Executivo Minas Gerais, MINISTÉRIO DAS CIDADES/SECRETARIA NACIONAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL - MC/SNSA. Panorama do Saneamento Básico no Brasil - Elementos conceituais para o saneamento básico. Ministério das Cidades, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. (Site Institucional). Plano Nacional de Saneamento Básico, Disponível em:< Acesso em: 07 maio MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA. Macro ZEE da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Disponível em: Acesso em: 31 jul NÚCLEO SUDESTE DE CAPACITAÇÃO E EXTENSÃO TECNOLÓGICA EM SANEAMENTO AMBIENTAL - NUCASE. Disponível em: Acesso em: 31 jul PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO - PNSB Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, p. PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO PLANSAB Brasília: p. PORTAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS. Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas/ Índice de Qualidade das Águas (IQA). Disponível em: Acesso em: 03 mar REDE NACIONAL DE CAPACITAÇÃO E EXTENSÃO TECNOLÓGICA EM SANEAMENTO AMBIENTAL - RECESA. Esgotamento sanitário: operação e manutenção de redes coletoras de esgotos: guia do profissional em treinamento: nível 2 / Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (org.). Brasília: Ministério das Cidades, p. 142

158 RIBEIRO, L. História do Saneamento Básico no Brasil, Disponível em: < Acesso em: 29 abr SANASA CAMPINAS - Norma Técnica 02. (2008). Sistemática de recebimento de esgoto doméstico via caminhão limpa fossa. Campinas: SANASA CAMPINAS, p. SÃO PAULO. Decreto Estadual nº , de 12 de julho de Regulamenta a Lei nº , de 2 de janeiro de 2012, que instituiu o Programa Pró-Conexão. Diário do Executivo São Paulo, SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS DE MINAS GERAIS - SEMAD. Caracterização Geral da bacia Hidrográfica do rio São Francisco. Disponível em: < Acesso em: 31 jul SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS DE MINAS GERAIS - SEMAD. Combate a incêndios florestais, ações para reverter a escassez de água e a erradicação de lixões, são, segundo Adriano Magalhães, as questões prioritárias a serem enfrentadas pelo Governo e sociedade. (Site Institucional) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Disponível em: < Acesso em: 12 maio SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS DE MINAS GERAIS - SEMAD. (Site Institucional). Disponível em: < Acesso em: 14 maio SILVA, M. K. A.; ROSA, R. Diagnóstico do meio físico da bacia hidrográfica do rio São Francisco, no Estado de Minas Gerais/ Brasil. In: Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal, Brasil, abril 2009, INPE, p Disponível em: < Acesso em: 10 ago TEIXEIRA, J.C; GUILHERMINO, R. L. Análise da associação entre saneamento e saúde nos estados brasileiros, empregando dados secundários do banco de dados indicadores e dados básicos para a saúde 2003 IDB Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, v.11, p. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV. Atlas Digital Das Águas De Minas 3ª ed., [2015]. Disponível em: < Acesso em: 13 ago

159 8 APÊNDICES 8.1 Ofício Circular FEAM 01/2015 INFORMAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Nome do Município: Endereço: Dados do município Telefone: Informações sobre o serviço em esgotamento sanitário Nome do responsável pelo preenchimento dos dados: Cargo/função: Informar o nome da prestadora de serviços em esgotamento sanitário que atua no município: Prefeitura Concessionária, qual Outras, qual Endereço do prestador de serviços: Telefone: Os serviços de esgotamento sanitário são tarifados? sim não Informar a situação do Plano Municipal de Saneamento: Em elaboração Não elaborado Concluído Data da conclusão / / Informar se ocorre o lançamento de esgoto bruto (esgoto que não passa por nenhum tipo de tratamento) em cursos d água: sim, citar o nome do curso d água não Informar o percentual de habitantes atendidos por rede coletora de esgotos: Informar o percentual de habitantes atendidos por tratamento de esgotos: Informar se cada item descrito está disponível na área urbana do município. Rede Coletora de Esgotos sim não Interceptores sim, informar quantidade: não Estação Elevatória de Esgoto sim, informar quantidade: não Fossas Negras sim, informar quantidade: não ETE(s) em Operação sim, informar quantidade: Em caso afirmativo responder a Tabela 1 não ETE(s) em Obras sim, informar quantidade: não 144

160 ETE(s) Fora de Operação Em caso afirmativo responder a Tabela 2 sim, informar quantidade: Em caso afirmativo responder a Tabela 3 não ETE(s) em Projeto sim, informar quantidade: não Comente as principais dificuldades enfrentadas pelo município para a universalização dos serviços de esgotamento sanitário (implantação, ampliação, manutenção, etc.). Usar o verso da folha se necessário. GLOSSÁRIO ATERRO CONTROLADO É um método de disposição de resíduos sólidos no solo, onde são cobertos por uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho. Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição localizada, pois não há impermeabilização de base (comprometendo a qualidade do solo e das águas subterrâneas), nem sistema de tratamento de percolado (chorume mais água de infiltração) ou de extração e queima controlada dos gases gerados. ATERRO SANITÁRIO Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, onde são confinados em uma menor área possível e reduzidos ao menor volume permissível. Esses resíduos são cobertos com uma camada de terra na conclusão de cada trabalho, ou intervalos menores, se necessário. Este método de disposição final dos resíduos deve contar com todos os elementos de proteção ambiental como sistema de impermeabilização de base e laterais; sistema de recobrimento diário e cobertura final; sistema de coleta e drenagem de líquidos percolados; sistema de coleta e tratamentos dos gases; sistema de drenagem superficial; sistema de tratamento de líquidos percolados e sistema de monitoramento. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO 145

161 É a instalação do sistema de saneamento, na qual a água ou esgoto são elevados por meio de bombas para tubulação ou a outra unidade do sistema em nível superior. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS ETE É o conjunto de instalações e equipamentos destinados a realizar o tratamento de esgotos. FOSSA NEGRA Consiste em uma escavação no solo sem revestimento interno, onde são lançados dejetos sem qualquer tratamento, sendo que parte do esgoto acaba se infiltrando no terreno e parte se decompõe na superfície de fundo. FOSSA SÉPTICA Caixa subterrânea de cimento ou alvenaria, onde são acumulados os esgotos de um ou vários imóveis. Nesse sistema é feito a separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto. INTERCEPTORES Canalização de maior diâmetro cuja função é interceptar e receber, ao longo do seu comprimento, o fluxo de esgoto dos coletores menores. Realizam o transporte dos esgotos gerados em uma sub-bacia para estações de tratamento. REDE COLETORA Entende-se por rede coletora de esgotos a tubulação subterrânea que recebe contribuição de esgotos em qualquer ponto ao longo de seu comprimento, também chamado coletor público. SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO É o conjunto de obras e instalações destinadas a realizar a coleta, o afastamento, o condicionamento, o tratamento e a disposição final do esgoto sanitário de uma comunidade. TARIFA DE ÁGUA E/OU ESGOTOS É o valor cobrado pelo prestador de serviço, geralmente por metro cúbico em virtude do abastecimento de água e/ou coleta e tratamento de esgotos. 146

162 TABELA 1 - INFORMAÇÕES SOBRE ETE EM OPERAÇÃO Nome da ETE: Localização da ETE: Rua: Bairro: CEP: Coordenadas Geográficas: Data de início de operação da ETE: / / Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: A ETE recebe efluente industrial? sim não A ETE recebe lixiviado de aterro? sim não Realiza programa de automonitoramento de efluentes: sim Eficiência média anual de remoção de DBO (%): não Vazão média afluente à estação: Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da sub-bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: A ETE está regularizada ambientalmente (AAF ou LO)? sim não Validade / / Número do processo administrativo Marque os tipos de tecnologias de tratamento de esgoto presentes na ETE: Fossa séptica Lodos ativados Lagoa, qual: Filtro biológico percolador Decantador secundário Outros, qual: Decantador Primário Filtro anaeróbio Disposição no Solo Reator UASB Informar qual é o destino do lodo removido na ETE. Lixão Aterro Controlado Aterro Sanitário Valas na área ETE Corpo d água, qual: Outros, qual: 147

163 TABELA 2 - INFORMAÇÕES SOBRE ETE EM OBRAS Nome da ETE: Localização da ETE Rua: Bairro: Coordenadas Geográficas: CEP: Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Data de Início das obras / / Data prevista para finalização das obras / / Eficiência média anual de remoção de DBO (%), de acordo com o projeto: Número de habitantes atendidos pela estação, de acordo com o projeto: Corpo d água receptor do efluente: Nome da sub-bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: A ETE está regularizada ambientalmente? sim Validade / / Número do processo administrativo não Marque os tipos de tecnologias de tratamento de esgoto presentes na ETE: Fossa séptica Lodos ativados Filtro biológico percolador Decantador secundário Decantador Primário Disposição no Solo Filtro anaeróbio Reator UASB Lagoa, qual: Outros, qual: Informar qual é o destino do lodo removido na ETE. Lixão Aterro Controlado Aterro Sanitário Valas na área da ETE Corpo d água, qual: Outros, qual: 148

164 TABELA 3 - INFORMAÇÕES SOBRE ETE FORA DE OPERAÇÃO Nome da ETE: Localização da ETE Rua: Bairro: Coordenadas Geográficas: Data de início de operação da ETE: / / CEP: Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Motivo da inativação da ETE: Data da inativação: / / A ETE irá ser reativada sim, previsão: / / não Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da sub-bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: Marque os tipos de tecnologias de tratamento de esgoto presentes na ETE: Fossa séptica Filtro biológico percolador Decantador Primário Filtro anaeróbio Lagoa, qual: Outros, qual: Lodos ativados Decantador secundário Disposição no Solo Reator UASB 149

165 8.2 Ofício Circular GEDEF/FEAM/SISEMA 02/2015 Belo Horizonte, novembro de Prezado(a) Senhor(a), A Fundação Estadual do Meio Ambiente, por intermédio da Gerência de Monitoramento de Efluentes GEDEF está desenvolvendo o Projeto Minas Trata Esgoto, que têm como principais objetivos elaborar um diagnóstico sobre a situação do sistema de esgotamento sanitário em Minas Gerais, e estabelecer as diretrizes e ações prioritárias nas bacias hidrográficas do Estado, de forma a promover a universalização do atendimento à população por tratamento de esgoto sanitário. Dessa forma, solicita-se a resposta à seguinte questão: Quais as dificuldades enfrentadas pelo município que impedem a universalização (implantação/manutenção) do sistema de esgotamento sanitário, composto por coleta e tratamento de esgoto? Na Tabela 1 foram listadas algumas dificuldades identificadas em diversos municípios, em projetos realizados anteriormente pela FEAM. Marque as dificuldades que também ocorrem em seu município, e coloque as observações que julgar necessárias. Na Tabela 2 escreva as dificuldades que ocorrem no município e que não foram citadas na Tabela 1. Para um melhor planejamento, solicitamos o envio das informações contidas no anexo, por meio de ofício a ser encaminhado à GEDEF/FEAM, no prazo de 15 dias a partir da data de recebimento deste. Em casos de dúvida no preenchimento, peço por gentileza entrar em contato nos telefones (31) / / no horário de 08:30 as 16:00. Atenciosamente, Ivana Carla Coelho Gerência de Monitoramento de Efluentes 150

166 Assinale as dificuldades enfrentadas pelo município para a universalização (implantação/manutenção) do sistema de esgotamento sanitário, composto por coleta e tratamento de esgoto. TABELA 1 DIFICULDADES IDENTIFICADAS ( ) Falta de recursos financeiros. Obs.: ( ) Falta de informação sobre obtenção de recursos. Obs.: ( ) Ausência de corpo técnico especializado. Obs.: ( ) Dificuldades em implantar a tarifação. Obs.: ( ) Dificuldades na obtenção de terreno. Obs.: ( ) Falta de conscientização da população. Obs.: ( ) Problemas de manutenção do sistema existente. Obs.: ( ) Falta de vontade política. Obs.: ( ) Falta de planejamento urbano. Obs.: ( ) Problemas com mudança de gestão. Obs.: ( ) Topografia complexa. Obs.: ( ) População não realiza a ligação de esgoto à rede coletora. Obs.: ( ) Empresa concessionária dos serviços de esgotamento sanitário não realizou as obras nos prazos previstos em contrato Obs.: ( ) Falta de apoio dos governos estadual e federal Obs.: ( ) Interligação de rede pluvial com a rede de esgotos Obs.: ( ) Sistema de tratamento de esgoto precário e mal dimensionado (insuficiente) Obs.: ( ) Falta de capacitação dos gestores Obs.: ( ) Problemas com a limpeza das fossas Obs.: 151

167 ( ) Não há dificuldades Obs.: TABELA 2 OUTRAS DIFICULDADES 152

168 8.3 Análise de Regressão Múltipla Variáveis resposta e explicativas do modelo proposto. Bacias Variável resposta Variáveis explicativas PTD Pref G7 Rio Doce 18,98% 77,89% 91,58 Rio Grande/Piracicaba e Jaguari 37,37% 65,28% 87,14 Rio Jequitinhonha 33,29% 44,07% 89,83 Rio Paraíba do Sul 7,51% 86,25% 87,5 Rio Paranaíba 64,37% 59,09% 77,27 Rio Pardo 52,49% 50,00% 91,67 Rio São Francisco 60,36% 54,05% 79,27 Rios do Leste 34,60% 41,67% 94,44 Resultados da análise de regressão múltipla: Dados do processo de acordo com o software Action. Tabela da Anova Fatores G.L. Soma de Quadrados Quadrado Médio Estat. F p-valor Pref 1 0, , , , G7 1 0, , , , Resíduos 5 0, , Análise exploratória (resíduos) Mínimo 1Q Média Mediana 3Q Máximo -0,1304-0, , ,554E-18 0, ,1516 Coeficientes Preditor Estimativa Desvio Padrão Estat.t P-valor Intercepto 2, , , , Pref -0, , , , G7-0, , , , Desvio Padrão dos Resíduos Desvio Padrão dos Resíduos Graus de Liberdade R^2 R^2 Ajustado 0, , ,

169 Teste de Normalidade Estatística p-valor Anderson-Darling 0, , Shapiro-Wilk 0, , Kolmogorov-Smirnov 0, , Ryan-Joiner 0, ,8387 Breusch Pagan Qui-Quadrado GL p-valor 0, , Teste de Independência - Durbin-Watson DW p-valor 1, ,

170 8.4 Tabela cálculo do IESM Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Abadia dos Dourados 30,60 0, ,60 Abaeté 34,00 24, ,05 Abre Campo 18,42 3, ,49 Acaiaca 34,00 0, ,00 Açucena 34,00 0, ,00 Água Boa 32,30 0, ,30 Água Comprida 34,00 0, ,00 Aguanil 30,60 0, ,60 Águas Formosas 27,20 0, ,20 Águas Vermelhas 18,03 19, ,64 Aimorés 32,64 25, ,54 Aiuruoca 34,00 0, ,00 Alagoa 29,85 0, ,85 Albertina 33,66 0, ,66 Além Paraíba 30,60 0, ,60 Alfenas 34,00 35, ,52 Alfredo Vasconcelos 0,00 0, ,00 Almenara 34,00 37, ,00 Alpercata 20,40 0, ,40 Alpinópolis 33,32 0, ,32 Alterosa 34,00 37, ,00 Alto Caparaó 21,08 0, ,08 Alto Jequitibá 33,32 0, ,32 Alto Rio Doce 24,70 0, ,70 Alvarenga 20,40 0, ,40 Alvinópolis 30,75 0, ,75 Alvorada de Minas 32,30 0, ,30 Amparo do Serra 30,28 0, ,28 Andradas 34,00 2, ,70 Andrelândia 30,60 0, ,60 Angelândia 29,87 0, ,87 Antônio Carlos 27,20 0, ,20 Antônio Dias 34,00 0, ,00 Antônio Prado de Minas 34,00 0, ,00 Araçaí 27,20 29, ,80 Aracitaba 34,00 0, ,00 Araçuaí 25,50 22, ,70 Araguari 31,96 4, ,08 155

171 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Arantina 33,66 0, ,66 Araponga 30,26 32, ,19 Araporã 34,00 29, ,60 Arapuá 34,00 0, ,00 Araújos 33,49 36, ,94 Araxá 32,87 35, ,64 Arceburgo 31,88 0, ,88 Arcos 32,30 27, ,68 Areado 34,00 0, ,00 Argirita 32,59 0, ,59 Aricanduva 32,30 0, ,30 Arinos 25,84 28, ,96 Astolfo Dutra 30,60 0, ,60 Ataléia 17,63 0, ,63 Augusto de Lima 5,10 5, ,65 Baependi 34,00 0, ,00 Baldim 27,88 0, ,88 Bambuí 32,30 0, ,30 Bandeira 16,21 0, ,21 Bandeira do Sul 34,00 0, ,00 Barão de Cocais 33,32 0, ,32 Barão de Monte Alto 33,66 0, ,66 Barbacena 30,58 3, ,56 Barra Longa 33,13 0, ,13 Barroso 28,90 3, ,60 Bela Vista de Minas 27,20 0, ,20 Belmiro Braga 30,60 0, ,60 Belo Horizonte 32,30 31, ,69 Belo Oriente 32,30 0, ,30 Belo Vale 34,00 0, ,00 Berilo 27,20 29, ,80 Berizal 20,40 0, ,40 Bertópolis 0,00 0, ,00 Betim 25,27 22, ,96 Bias Fortes 34,00 0, ,00 Bicas 34,00 0, ,00 Biquinhas 0,00 37, ,00 Boa Esperança 34,00 37, ,00 Bocaina de Minas 20,40 0, ,40 Bocaiúva 31,59 0, ,59 Bom Despacho 32,31 29, ,91 156

172 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Bom Jardim de Minas 33,66 0, ,66 Bom Jesus da Penha 34,00 0, ,00 Bom Jesus do Amparo 34,00 35, ,26 Bom Jesus do Galho 27,81 0, ,81 Bom Repouso 34,00 37, ,00 Bom Sucesso 33,32 36, ,58 Bonfim 22,84 0, ,84 Bonfinópolis de Minas 28,90 0, ,90 Bonito de Minas 0,00 0, ,00 Borda da Mata 34,00 0, ,27 Botelhos 28,90 0, ,90 Botumirim 17,00 18, ,50 Brás Pires 27,20 0, ,20 Brasilândia de Minas 8,64 0, ,64 Brasília de Minas 28,53 31, ,58 Brasópolis 32,64 0, ,64 Braúnas 11,39 0, ,39 Brumadinho 27,69 6, ,35 Bueno Brandão 30,77 0, ,77 Buenópolis 18,70 20, ,05 Bugre 34,00 0, ,00 Buritis 10,99 11, ,94 Buritizeiro 0,00 0, ,00 Cabeceira Grande 0,00 0, ,00 Cabo Verde 31,14 18, ,01 Cachoeira da Prata 34,00 14, ,80 Cachoeira de Minas 34,00 0, ,00 Cachoeira de Pajeú 24,68 0, ,68 Cachoeira Dourada 34,00 37, ,00 Caetanópolis 27,20 0, ,57 Caeté 30,60 1, ,71 Caiana 34,00 0, ,00 Cajuri 22,39 0, ,39 Caldas 31,28 0, ,28 Camacho 34,00 0, ,00 Camanducaia 29,24 0, ,24 Cambuí 34,00 2, ,48 Cambuquira 32,30 0, ,30 Campanário 34,00 0, ,00 Campanha 32,83 0, ,83 Campestre 13,60 0, ,60 157

173 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Campina Verde 33,66 31, ,11 Campo Azul 0,00 0, ,00 Campo Belo 33,66 0, ,66 Campo do Meio 30,60 33, ,90 Campo Florido 20,40 0, ,40 Campos Altos 34,00 0, ,00 Campos Gerais 34,00 0, ,00 Cana Verde 34,00 37, ,00 Canaã 30,60 0, ,60 Canápolis 34,00 0, ,00 Candeias 33,49 0, ,49 Cantagalo 34,00 0, ,00 Caparaó 32,81 0, ,81 Capela Nova 20,40 0, ,40 Capelinha 33,94 0, ,94 Capetinga 3,75 4, ,82 Capim Branco 2,92 0, ,92 Capinópolis 16,32 0, ,32 Capitão Andrade 34,00 37, ,00 Capitão Enéas 30,17 32, ,01 Capitólio 23,53 0, ,53 Caputira 32,30 0, ,30 Caraí 34,00 0, ,00 Caranaíba 34,00 22, ,20 Carandaí 33,29 2, ,59 Carangola 6,09 6, ,72 Caratinga 27,00 0, ,00 Carbonita 25,50 27, ,25 Careaçu 34,00 0, ,00 Carlos Chagas 28,41 30, ,33 Carmésia 34,00 36, ,92 Carmo da Cachoeira 34,00 0, ,00 Carmo da Mata 33,66 0, ,66 Carmo de Minas 33,32 0, ,32 Carmo do Cajuru 31,28 0, ,28 Carmo do Paranaíba 34,00 0, ,00 Carmo do Rio Claro 30,60 0, ,60 Carmópolis de Minas 34,00 25, ,90 Carneirinho 29,24 31, ,06 Carrancas 27,20 0, ,20 Carvalhópolis 33,66 0, ,66 158

174 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Carvalhos 23,80 0, ,80 Casa Grande 33,32 0, ,32 Cascalho Rico 23,12 0, ,12 Cássia 34,00 0, ,00 Cataguases 23,80 0, ,80 Catas Altas 34,00 36, ,26 Catas Altas da Noruega 29,24 0, ,24 Catuji 0,00 0, ,00 Catuti 33,66 19, ,90 Caxambu 32,16 34, ,15 Cedro do Abaeté 13,60 0, ,60 Central de Minas 34,00 0, ,00 Centralina 2,61 2, ,45 Chácara 34,00 0, ,00 Chalé 33,80 0, ,80 Chapada do Norte 17,00 0, ,00 Chapada Gaúcha 0,00 0, ,00 Chiador 29,24 11, ,34 Cipotânea 3,40 0, ,40 Claraval 32,98 0, ,98 Claro dos Poções 12,61 13, ,33 Cláudio 29,91 22, ,11 Coimbra 23,80 0, ,80 Coluna 30,60 0, ,60 Comendador Gomes 27,20 29, ,80 Comercinho 23,80 0, ,80 Conceição da Aparecida 30,60 33, ,90 Conceição da Barra de Minas 18,70 20, ,05 Conceição das Alagoas 30,93 0, ,93 Conceição das Pedras 34,00 0, ,00 Conceição de Ipanema 34,00 0, ,00 Conceição do Mato Dentro 26,50 28, ,34 Conceição do Pará 34,00 0, ,00 Conceição do Rio Verde 33,66 0, ,66 Conceição dos Ouros 33,32 0, ,32 Cônego Marinho 0,00 0, ,00 159

175 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Confins 34,00 37, ,00 Congonhal 31,96 0, ,96 Congonhas 27,20 0, ,20 Congonhas do Norte 34,00 0, ,00 Conquista 32,16 35, ,17 Conselheiro Lafaiete 29,35 14, ,53 Conselheiro Pena 32,98 4, ,31 Consolação 34,00 0, ,00 Contagem 29,55 32, ,70 Coqueiral 34,00 15, ,56 Coração de Jesus 12,79 13, ,71 Cordisburgo 18,70 20, ,05 Cordislândia 33,66 0, ,66 Corinto 23,35 25, ,76 Coroaci 32,98 0, ,98 Coromandel 32,30 0, ,30 Coronel Fabriciano 29,47 0, ,47 Coronel Murta 27,54 29, ,51 Coronel Pacheco 34,00 0, ,00 Coronel Xavier Chaves 34,00 0, ,00 Córrego Danta 0,00 0, ,00 Córrego do Bom Jesus 34,00 0, ,00 Córrego Fundo 28,90 31, ,35 Córrego Novo 30,60 0, ,60 Couto de Magalhães de Minas 27,20 0, ,20 Crisólita 27,20 0, ,20 Cristais 34,00 0, ,00 Cristália 28,31 30, ,12 Cristiano Otoni 30,31 0, ,31 Cristina 34,00 0, ,00 Crucilândia 32,30 0, ,30 Cruzeiro da Fortaleza 34,00 0, ,00 Cruzília 34,00 0, ,00 Cuparaque 28,90 0, ,90 Curral de Dentro 20,40 0, ,40 Curvelo 28,22 30, ,93 Datas 23,12 25, ,28 Delfim Moreira 27,20 0, ,20 Delfinópolis 34,00 0, ,00 Delta 28,80 0, ,80 160

176 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Descoberto 32,98 0, ,98 Desterro de Entre Rios 32,30 0, ,30 Desterro do Melo 27,20 29, ,80 Diamantina 26,46 0, ,46 Diogo de Vasconcelos 13,60 0, ,60 Dionísio 32,30 0, ,30 Divinésia 34,00 0, ,00 Divino 23,80 0, ,80 Divino das Laranjeiras 30,60 0, ,60 Divinolândia de Minas 33,32 0, ,32 Divinópolis 28,90 0, ,07 Divisa Alegre 1,70 0, ,70 Divisa Nova 32,30 0, ,30 Divisópolis 20,40 11, ,43 Dom Bosco 6,80 0, ,80 Dom Cavati 34,00 0, ,00 Dom Joaquim 31,96 0, ,96 Dom Silvério 34,00 0, ,00 Dom Viçoso 34,00 0, ,00 Dona Euzébia 33,02 0, ,02 Dores de Campos 33,66 0, ,66 Dores de Guanhães 34,00 0, ,00 Dores do Indaiá 34,00 37, ,00 Dores do Turvo 34,00 0, ,00 Doresópolis 34,00 37, ,00 Douradoquara 27,20 0, ,20 Durandé 34,00 0, ,00 Elói Mendes 34,00 0, ,00 Engenheiro Caldas 27,54 0, ,54 Engenheiro Navarro 32,30 19, ,44 Entre Folhas 28,90 0, ,90 Entre Rios de Minas 27,20 0, ,20 Ervália 23,80 0, ,80 Esmeraldas 11,90 0, ,90 Espera Feliz 23,80 0, ,80 Espinosa 20,40 0, ,40 Espírito Santo do Dourado 32,82 0, ,82 Estiva 33,66 0, ,66 Estrela Dalva 23,80 0, ,80 Estrela do Indaiá 17,34 0, ,34 161

177 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Estrela do Sul 34,00 0, ,00 Eugenópolis 34,00 0, ,00 Ewbank da Câmara 27,20 0, ,20 Extrema 29,45 0, ,58 Fama 17,68 0, ,68 Faria Lemos 34,00 0, ,00 Felício dos Santos 34,00 0, ,00 Felisburgo 27,20 7, ,60 Felixlândia 8,50 0, ,50 Fernandes Tourinho 34,00 37, ,00 Ferros 34,00 0, ,00 Fervedouro 30,60 0, ,60 Florestal 33,66 0, ,66 Formiga 34,00 0, ,00 Formoso 0,00 0, ,00 Fortaleza de Minas 34,00 0, ,00 Fortuna de Minas 20,40 18, ,90 Francisco Badaró 1,70 0, ,70 Francisco Dumont 31,91 34, ,63 Francisco Sá 28,66 0, ,66 Franciscópolis 30,60 0, ,60 Frei Gaspar 32,30 0, ,30 Frei Inocêncio 32,98 0, ,98 Frei Lagonegro 6,80 0, ,80 Fronteira 27,20 0, ,20 Fronteira dos Vales 28,19 0, ,19 Fruta de Leite 0,00 0, ,00 Frutal 34,00 37, ,00 Funilândia 27,20 29, ,80 Galiléia 32,30 0, ,30 Gameleiras 0,00 0, ,00 Glaucilândia 22,94 24, ,90 Goiabeira 34,00 37, ,00 Goianá 32,30 0, ,30 Gonçalves 27,88 30, ,22 Gonzaga 34,00 0, ,00 Gouveia 4,13 4, ,63 Governador Valadares 33,32 0, ,32 Grão Mogol 22,10 23, ,41 Grupiara 34,00 0, ,00 Guanhães 26,52 3, ,22 162

178 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Guapé 32,98 0, ,98 Guaraciaba 25,50 0, ,50 Guaraciama 0,00 0, ,00 Guaranésia 34,00 0, ,00 Guarani 34,00 0, ,00 Guarará 0,00 0, ,00 Guarda-Mor 34,00 37, ,00 Guaxupé 25,50 0, ,50 Guidoval 27,20 0, ,20 Guimarânia 34,00 0, ,00 Guiricema 34,00 0, ,00 Gurinhatã 34,00 37, ,00 Heliodora 0,00 0, ,00 Iapu 22,10 0, ,10 Ibertioga 34,00 29, ,60 Ibiá 31,28 0, ,28 Ibiaí 0,00 0, ,00 Ibiracatu 0,00 0, ,00 Ibiraci 31,28 0, ,28 Ibirité 29,58 0, ,58 Ibitiúra de Minas 32,30 0, ,30 Ibituruna 34,00 0, ,00 Icaraí de Minas 13,36 13, ,83 Igarapé 10,20 0, ,20 Igaratinga 34,00 7, ,40 Iguatama 0,00 0, ,00 Ijaci 27,20 29, ,80 Ilicínea 32,64 0, ,64 Imbé de Minas 30,60 0, ,60 Inconfidentes 33,32 0, ,32 Indaiabira 20,62 22, ,07 Indianópolis 33,66 0, ,66 Ingaí 34,00 0, ,00 Inhapim 19,38 0, ,38 Inhaúma 31,57 34, ,93 Inimutaba 23,80 0, ,80 Ipaba 28,90 0, ,90 Ipanema 30,60 0, ,60 Ipatinga 33,66 36, ,92 Ipiaçu 34,00 0, ,00 Ipuiúna 33,32 0, ,32 163

179 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Iraí de Minas 23,80 0, ,80 Itabira 33,66 19, ,90 Itabirinha 5,75 6, ,01 Itabirito 32,64 21, ,99 Itacambira 3,40 0, ,40 Itacarambi 10,00 10, ,67 Itaguara 34,00 37, ,00 Itaipé 30,60 0, ,60 Itajubá 33,66 32, ,35 Itamarandiba 26,31 0, ,31 Itamarati de Minas 0,00 0, ,00 Itambacuri 22,05 0, ,05 Itambé do Mato Dentro 33,83 36, ,65 Itamogi 34,00 0, ,00 Itamonte 32,84 0, ,84 Itanhandu 34,00 0, ,00 Itanhomi 27,20 1, ,05 Itaobim 15,26 16, ,86 Itapagipe 34,00 0, ,00 Itapecerica 31,86 31, ,35 Itapeva 34,00 0, ,00 Itatiaiuçu 34,00 0, ,00 Itaú de Minas 34,00 0, ,00 Itaúna 33,66 0, ,87 Itaverava 34,00 0, ,00 Itinga 30,60 33, ,90 Itueta 34,00 37, ,00 Ituiutaba 33,93 35, ,82 Itumirim 29,05 0, ,05 Iturama 34,00 37, ,00 Itutinga 28,29 0, ,29 Jaboticatubas 30,60 0, ,60 Jacinto 15,30 0, ,30 Jacuí 32,30 0, ,30 Jacutinga 33,66 0, ,66 Jaguaraçu 34,00 0, ,00 Jaíba 18,97 20, ,61 Jampruca 32,30 0, ,30 Janaúba 32,98 35, ,87 Januária 12,58 6, ,87 164

180 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Japaraíba 34,00 37, ,00 Japonvar 0,00 0, ,00 Jeceaba 28,90 0, ,90 Jenipapo de Minas 20,40 22, ,60 Jequeri 29,90 0, ,90 Jequitaí 34,00 37, ,00 Jequitibá 21,76 23, ,44 Jequitinhonha 26,24 0, ,24 Jesuânia 33,66 0, ,66 Joaíma 30,60 31, ,91 Joanésia 32,98 0, ,98 João Monlevade 33,66 0, ,87 João Pinheiro 33,70 36, ,38 Joaquim Felício 17,00 0, ,00 Jordânia 30,60 0, ,60 José Gonçalves de Minas 34,00 37, ,00 José Raydan 34,00 0, ,00 Josenópolis 34,00 37, ,00 Juatuba 23,80 11, ,90 Juiz de Fora 33,42 3, ,46 Juramento 20,40 22, ,60 Juruaia 17,00 0, ,00 Juvenília 0,62 0, ,29 Ladainha 33,66 36, ,29 Lagamar 34,00 0, ,00 Lagoa da Prata 33,66 0, ,66 Lagoa dos Patos 21,42 23, ,73 Lagoa Dourada 34,00 0, ,00 Lagoa Formosa 34,00 37, ,00 Lagoa Grande 23,80 0, ,80 Lagoa Santa 12,25 13, ,58 Lajinha 27,20 0, ,20 Lambari 28,56 0, ,56 Lamim 30,60 0, ,60 Laranjal 33,32 0, ,32 Lassance 0,00 0, ,00 Lavras 31,96 34, ,74 Leandro Ferreira 30,26 0, ,26 Leme do Prado 33,32 29, ,92 Leopoldina 30,60 0, ,60 165

181 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Liberdade 27,20 0, ,20 Lima Duarte 20,40 0, ,40 Limeira do Oeste 33,66 36, ,29 Lontra 23,80 0, ,80 Luisburgo 34,00 0, ,00 Luislândia 0,00 0, ,00 Luminárias 34,00 0, ,00 Luz 34,00 37, ,00 Machacalis 16,59 0, ,59 Machado 30,60 0, ,60 Madre de Deus de Minas 32,30 0, ,30 Malacacheta 27,88 28, ,00 Mamonas 22,10 0, ,10 Manga 0,00 0, ,00 Manhuaçu 34,00 0, ,00 Manhumirim 30,60 0, ,60 Mantena 34,00 30, ,45 Mar de Espanha 32,98 0, ,98 Maravilhas 34,00 37, ,00 Maria da Fé 34,00 0, ,00 Mariana 32,08 0, ,08 Marilac 34,00 0, ,00 Mário Campos 23,80 0, ,80 Maripá de Minas 22,10 0, ,10 Marliéria 23,80 0, ,80 Marmelópolis 33,72 0, ,72 Martinho Campos 23,80 7, ,20 Martins Soares 0,00 0, ,00 Mata Verde 25,86 28, ,01 Materlândia 32,07 0, ,07 Mateus Leme 20,06 0, ,06 Mathias Lobato 34,00 0, ,00 Matias Barbosa 34,00 0, ,00 Matias Cardoso 0,00 0, ,00 Matipó 22,10 0, ,10 Mato Verde 32,98 0, ,98 Matozinhos 23,58 24, ,68 Matutina 34,00 0, ,00 Medeiros 32,43 0, ,43 Medina 29,92 0, ,92 166

182 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Mendes Pimentel 10,20 0, ,20 Mercês 23,80 0, ,80 Mesquita 20,40 0, ,40 Minas Novas 8,31 4, ,24 Minduri 33,66 0, ,66 Mirabela 33,79 14, ,64 Miradouro 32,88 0, ,88 Miraí 34,00 0, ,00 Miravânia 0,00 0, ,00 Moeda 34,00 0, ,00 Moema 30,60 33, ,90 Monjolos 3,40 0, ,40 Monsenhor Paulo 34,00 0, ,00 Montalvânia 1,06 1, ,21 Monte Alegre de Minas 32,64 0, ,64 Monte Azul 0,00 0, ,00 Monte Belo 27,20 0, ,20 Monte Carmelo 34,00 24, ,05 Monte Formoso 34,00 0, ,00 Monte Santo de Minas 34,00 0, ,00 Monte Sião 30,60 0, ,60 Montes Claros 33,14 36, ,20 Montezuma 30,60 33, ,90 Morada Nova de Minas 34,00 0, ,00 Morro da Garça 27,20 0, ,20 Morro do Pilar 0,00 0, ,00 Munhoz 34,00 0, ,00 Muriaé 33,32 18, ,86 Mutum 23,80 0, ,80 Muzambinho 34,00 0, ,00 Nacip Raydan 34,00 0, ,00 Nanuque 23,80 0, ,80 Naque 33,32 0, ,32 Natalândia 20,40 22, ,60 Natércia 34,00 0, ,00 Nazareno 30,60 0, ,60 Nepomuceno 33,32 0, ,32 Ninheira 10,20 0, ,20 Nova Belém 34,00 0, ,00 167

183 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Nova Era 32,30 0, ,30 Nova Lima 8,01 8, ,73 Nova Módica 30,60 0, ,60 Nova Ponte 34,00 37, ,00 Nova Porteirinha 16,30 17, ,03 Nova Resende 0,00 0, ,00 Nova Serrana 32,30 35, ,45 Nova União 33,32 0, ,32 Novo Cruzeiro 8,26 0, ,26 Novo Oriente de Minas 20,40 0, ,40 Novorizonte 0,00 0, ,00 Olaria 20,40 0, ,40 Olhos-d'Água 0,00 0, ,00 Olímpio Noronha 34,00 0, ,00 Oliveira 34,00 0, ,00 Oliveira Fortes 27,20 0, ,20 Onça de Pitangui 32,30 0, ,30 Oratórios 34,00 0, ,00 Orizânia 34,00 0, ,00 Ouro Branco 31,28 24, ,24 Ouro Fino 32,30 0, ,30 Ouro Preto 28,90 0, ,97 Ouro Verde de Minas 33,32 0, ,32 Padre Carvalho 0,00 0, ,00 Padre Paraíso 32,50 0, ,50 Pai Pedro 0,00 0, ,00 Paineiras 0,00 0, ,00 Pains 30,33 0, ,33 Paiva 34,00 0, ,00 Palma 32,30 0, ,30 Palmópolis 33,32 0, ,32 Papagaios 32,30 35, ,45 Pará de Minas 27,20 29, ,80 Paracatu 30,60 33, ,90 Paraguaçu 34,00 37, ,00 Paraisópolis 34,00 0, ,00 Paraopeba 28,90 0, ,90 Passa Quatro 25,50 0, ,50 Passa Tempo 33,32 0, ,32 Passabém 27,20 0, ,20 168

184 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Passa-Vinte 34,00 0, ,00 Passos 33,97 24, ,87 Patis 0,00 0, ,00 Patos de Minas 33,18 0, ,18 Patrocínio 34,00 35, ,75 Patrocínio do Muriaé 28,90 0, ,90 Paula Cândido 27,20 0, ,20 Paulistas 34,00 0, ,00 Pavão 34,00 0, ,00 Peçanha 28,90 0, ,90 Pedra Azul 29,92 18, ,42 Pedra Bonita 34,00 0, ,00 Pedra do Anta 32,30 0, ,30 Pedra do Indaiá 32,98 0, ,98 Pedra Dourada 34,00 33, ,30 Pedralva 34,00 34, ,13 Pedras de Maria da Cruz 0,00 0, ,00 Pedrinópolis 33,32 36, ,58 Pedro Leopoldo 19,04 0, ,04 Pedro Teixeira 0,00 0, ,00 Pequeri 22,15 0, ,15 Pequi 17,00 12, ,95 Perdigão 32,30 0, ,30 Perdizes 34,00 37, ,00 Perdões 33,32 0, ,32 Periquito 34,00 37, ,00 Pescador 23,80 0, ,80 Piau 6,80 0, ,80 Piedade de Caratinga 32,64 35, ,16 Piedade de Ponte Nova 30,60 0, ,60 Piedade do Rio Grande 30,60 0, ,60 Piedade dos Gerais 0,00 0, ,00 Pimenta 30,60 1, ,45 Pingo-d'Água 34,00 0, ,00 Pintópolis 0,00 0, ,00 Piracema 17,00 0, ,00 Pirajuba 34,00 0, ,00 Piranga 18,01 2, ,47 169

185 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Piranguçu 34,00 0, ,00 Piranguinho 18,70 0, ,70 Pirapetinga 34,00 0, ,00 Pirapora 18,70 20, ,05 Piraúba 32,93 0, ,93 Pitangui 26,52 0, ,52 Piumhi 33,66 36, ,29 Planura 33,66 36, ,29 Poço Fundo 34,00 0, ,00 Poços de Caldas 33,66 0, ,40 Pocrane 34,00 0, ,00 Pompéu 30,60 0, ,38 Ponte Nova 30,60 0, ,60 Ponto Chique 34,00 0, ,00 Ponto dos Volantes 20,40 0, ,40 Porteirinha 10,20 11, ,30 Porto Firme 29,75 24, ,80 Poté 28,22 0, ,22 Pouso Alegre 32,98 35, ,87 Pouso Alto 34,00 0, ,00 Prados 27,88 0, ,88 Prata 32,30 0, ,30 Pratápolis 25,84 0, ,84 Pratinha 34,00 5, ,55 Presidente Bernardes 23,80 0, ,80 Presidente Juscelino 30,60 0, ,60 Presidente Kubitschek 33,32 36, ,58 Presidente Olegário 33,32 0, ,32 Prudente de Morais 10,20 0, ,20 Quartel Geral 34,00 0, ,00 Queluzito 23,80 7, ,20 Raposos 25,16 0, ,16 Raul Soares 27,43 1, ,69 Recreio 34,00 5, ,71 Reduto 30,60 0, ,60 Resende Costa 2,72 0, ,72 Resplendor 30,60 18, ,14 Ressaquinha 27,20 0, ,20 Riachinho 0,00 0, ,00 Riacho dos Machados 15,30 16, ,95 Ribeirão das Neves 33,81 35, ,70 170

186 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Ribeirão Vermelho 33,32 0, ,32 Rio Acima 30,60 7, ,00 Rio Casca 26,18 0, ,18 Rio do Prado 29,24 0, ,24 Rio Doce 34,00 37, ,00 Rio Espera 25,93 3, ,61 Rio Manso 0,00 0, ,00 Rio Novo 0,00 0, ,00 Rio Paranaíba 20,40 37, ,40 Rio Pardo de Minas 30,60 11, ,70 Rio Piracicaba 33,66 3, ,75 Rio Pomba 28,90 0, ,90 Rio Preto 30,60 0, ,60 Rio Vermelho 32,30 0, ,30 Ritápolis 30,60 0, ,60 Rochedo de Minas 34,00 0, ,00 Rodeiro 34,00 3, ,33 Romaria 34,00 0, ,00 Rosário da Limeira 25,50 0, ,50 Rubelita 20,40 22, ,60 Rubim 34,00 7, ,40 Sabará 23,70 0, ,70 Sabinópolis 28,90 0, ,90 Sacramento 34,00 37, ,00 Salinas 28,90 31, ,35 Salto da Divisa 32,30 0, ,30 Santa Bárbara 33,66 0, ,66 Santa Bárbara do Leste 23,80 0, ,80 Santa Bárbara do Monte Verde 27,20 0, ,20 Santa Bárbara do Tugúrio 27,20 0, ,20 Santa Cruz de Minas 30,60 0, ,60 Santa Cruz de Salinas 30,87 33, ,47 Santa Cruz do Escalvado 34,00 6, ,84 Santa Efigênia de Minas 23,80 0, ,80 Santa Fé de Minas 34,00 0, ,00 171

187 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Santa Helena de Minas 27,20 27, ,95 Santa Juliana 34,00 0, ,00 Santa Luzia 28,63 31, ,80 Santa Margarida 30,60 27, ,35 Santa Maria de Itabira 34,00 0, ,00 Santa Maria do Salto 30,60 0, ,60 Santa Maria do Suaçuí 31,28 0, ,28 Santa Rita de Caldas 30,94 0, ,94 Santa Rita de Ibitipoca 34,00 0, ,00 Santa Rita de Jacutinga 34,00 0, ,00 Santa Rita de Minas 34,00 0, ,00 Santa Rita do Itueto 27,20 0, ,20 Santa Rita do Sapucaí 27,20 29, ,80 Santa Rosa da Serra 13,60 0, ,60 Santa Vitória 33,66 0, ,66 Santana da Vargem 32,91 35, ,72 Santana de Cataguases 25,50 0, ,50 Santana de Pirapama 17,00 0, ,00 Santana do Deserto 30,60 0, ,60 Santana do Garambéu 34,00 0, ,00 Santana do Jacaré 34,00 0, ,00 Santana do Manhuaçu 27,20 0, ,20 Santana do Paraíso 31,43 0, ,43 Santana do Riacho 0,00 0, ,00 Santana dos Montes 32,04 0, ,04 Santo Antônio do Amparo 30,60 20, ,35 Santo Antônio do Aventureiro 30,60 0, ,60 Santo Antônio do Grama 25,50 0, ,50 Santo Antônio do Itambé 25,50 0, ,50 Santo Antônio do Jacinto 30,60 0, ,60 Santo Antônio do Monte 31,20 27, ,78 172

188 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Santo Antônio do Retiro 34,00 37, ,00 Santo Antônio do Rio Abaixo 30,60 0, ,60 Santo Hipólito 0,00 0, ,00 Santos Dumont 30,60 0, ,60 São Bento Abade 32,93 0, ,93 São Brás do Suaçuí 0,00 0, ,00 São Domingos das Dores 32,30 35, ,45 São Domingos do Prata 31,62 0, ,62 São Félix de Minas 27,20 25, ,10 São Francisco 16,47 16, ,06 São Francisco de Paula 33,32 0, ,32 São Francisco de Sales 20,40 0, ,40 São Francisco do Glória 28,90 0, ,90 São Geraldo 24,09 0, ,09 São Geraldo da Piedade 26,52 0, ,52 São Geraldo do Baixio 34,00 0, ,00 São Gonçalo do Abaeté 34,00 0, ,00 São Gonçalo do Pará 32,30 0, ,30 São Gonçalo do Rio Abaixo 34,00 0, ,00 São Gonçalo do Rio Preto 33,32 0, ,32 São Gonçalo do Sapucaí 33,32 0, ,32 São Gotardo 33,32 0, ,32 São João Batista do Glória 34,00 0, ,00 São João da Lagoa 0,00 0, ,00 São João da Mata 34,00 0, ,00 São João da Ponte 6,98 6, ,03 São João das Missões 27,20 0, ,20 São João Del Rei 28,97 31, ,50 São João do Manhuaçu 23,80 0, ,80 173

189 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE São João do Manteninha 34,00 0, ,00 São João do Oriente 25,50 0, ,50 São João do Pacuí 0,00 0, ,00 São João do Paraíso 30,07 32, ,79 São João Evangelista 14,28 0, ,28 São João Nepomuceno 34,00 0, ,00 São Joaquim de Bicas 33,42 13, ,20 São José da Barra 34,00 0, ,00 São José da Lapa 20,83 22, ,11 São José da Safira 27,20 0, ,20 São José da Varginha 17,00 0, ,00 São José do Alegre 25,50 0, ,50 São José do Divino 32,30 0, ,30 São José do Goiabal 34,00 0, ,00 São José do Jacuri 29,24 0, ,24 São José do Mantimento 33,66 0, ,66 São Lourenço 33,86 0, ,86 São Miguel do Anta 28,90 0, ,90 São Pedro da União 33,66 0, ,66 São Pedro do Suaçuí 34,00 0, ,00 São Pedro dos Ferros 27,20 0, ,20 São Romão 8,25 0, ,25 São Roque de Minas 30,60 0, ,60 São Sebastião da Bela Vista 34,00 0, ,00 São Sebastião da Vargem Alegre 30,60 0, ,60 São Sebastião do Anta 10,20 0, ,20 São Sebastião do Maranhão 25,84 0, ,84 São Sebastião do Oeste 33,32 0, ,32 São Sebastião do Paraíso 33,66 0, ,66 São Sebastião do Rio Preto 0,00 0, ,00 São Sebastião do Rio Verde 34,00 0, ,00 São Thomé das Letras 34,00 0, ,00 174

190 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE São Tiago 24,48 26, ,12 São Tomás de Aquino 34,00 0, ,00 São Vicente de Minas 32,30 0, ,30 Sapucaí-Mirim 30,90 0, ,90 Sardoá 30,32 0, ,32 Sarzedo 25,50 2, ,46 Sem-Peixe 34,00 0, ,00 Senador Amaral 32,30 0, ,30 Senador Cortes 34,00 0, ,00 Senador Firmino 19,04 0, ,04 Senador José Bento 34,00 0, ,00 Senador Modestino Gonçalves 27,20 29, ,80 Senhora de Oliveira 30,60 29, ,20 Senhora do Porto 34,00 37, ,00 Senhora dos Remédios 30,60 0, ,60 Sericita 27,20 0, ,20 Seritinga 34,00 0, ,00 Serra Azul de Minas 29,92 0, ,92 Serra da Saudade 17,34 0, ,34 Serra do Salitre 34,00 0, ,00 Serra dos Aimorés 12,08 13, ,23 Serrania 34,00 37, ,00 Serranópolis de Minas 0,00 37, ,00 Serranos 25,50 0, ,50 Serro 23,80 25, ,70 Sete Lagoas 33,15 3, ,85 Setubinha 28,22 0, ,22 Silveirânia 34,00 0, ,00 Silvianópolis 34,00 0, ,00 Simão Pereira 23,80 0, ,80 Simonésia 34,00 0, ,00 Sobrália 34,00 0, ,00 Soledade de Minas 32,30 0, ,30 Tabuleiro 34,00 0, ,00 Taiobeiras 29,54 32, ,69 Taparuba 20,40 0, ,40 Tapira 34,00 0, ,00 Tapiraí 34,00 0, ,00 Taquaraçu de Minas 27,20 0, ,20 Tarumirim 23,80 0, ,80 175

191 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Teixeiras 30,60 0, ,60 Teófilo Otoni 28,56 24, ,35 Timóteo 34,00 0, ,00 Tiradentes 25,51 0, ,51 Tiros 33,66 36, ,92 Tocantins 34,00 0, ,00 Tocos do Moji 32,30 0, ,30 Toledo 27,20 0, ,20 Tombos 34,00 0, ,00 Três Corações 31,65 12, ,60 Três Marias 28,90 28, ,65 Três Pontas 33,86 0, ,23 Tumiritinga 11,90 12, ,85 Tupaciguara 32,33 0, ,33 Turmalina 25,70 27, ,68 Turvolândia 32,98 0, ,98 Ubá 30,65 0, ,65 Ubaí 0,00 0, ,00 Ubaporanga 30,60 0, ,60 Uberaba 33,49 27, ,87 Uberlândia 34,00 37, ,00 Umburatiba 33,66 0, ,66 Unaí 30,26 32, ,19 União de Minas 34,00 37, ,00 Uruana de Minas 34,00 0, ,00 Urucânia 23,80 10, ,16 Urucuia 20,40 11, ,50 Vargem Alegre 34,00 0, ,00 Vargem Bonita 32,30 35, ,45 Vargem Grande do Rio Pardo 0,00 0, ,00 Varginha 33,01 35, ,93 Varjão de Minas 34,00 37, ,00 Várzea da Palma 5,10 5, ,65 Varzelândia 4,51 4, ,42 Vazante 30,60 33, ,90 Verdelândia 3,06 0, ,06 Veredinha 34,00 37, ,00 Veríssimo 34,00 0, ,00 Vermelho Novo 20,40 0, ,40 Vespasiano 24,16 25, ,93 176

192 Indicadores/Subindicadores Municípios 34,00 37,00 13,00 6,00 6,00 4,00 IESM PC PT ER DN ME IE Viçosa 31,96 0, ,74 Vieiras 27,54 0, ,54 Virgem da Lapa 23,80 0, ,80 Virgínia 17,00 18, ,50 Virginópolis 30,60 0, ,60 Virgolândia 32,30 35, ,45 Visconde do Rio Branco 34,00 0, ,00 Volta Grande 32,77 0, ,77 Wenceslau Braz 34,00 0, ,00 177

193 8.5 Formulário da pesquisa de opinião Governo do Estado de Minas Gerais SISEMA - Sistema Estadual de Meio Ambiente FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente DGQA - Diretoria de Gestão da Qualidade Ambiental GEDEF - Gerência de Monitoramento de Efluentes Projeto: Minas Trata Esgoto Bolsistas responsáveis: kamila.santos@meioambiente.mg.gov.br; sara.santos@meioambiente.mg.gov.br Endereço: Rod. Prefeito Américo Gianetti, s/n, Serra Verde, Edifício Minas - Belo Horizonte/MG Tel.: (31) Introdução: O Minas Trata Esgoto - MTE é um programa criado pelo Governo de Minas Gerais em 2006, com o objetivo principal de realizar a gestão estratégica da implantação de sistemas de tratamento de esgotos sanitários, permitindo a universalização e melhoria desse serviço. O tipo de regularização ambiental a que cada empreendimento está sujeito é definido na Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004 e no Decreto Estadual nº /2008. A deliberação divide os empreendimentos em seis classes (1 ao 6) de acordo com seu porte e potencial poluidor/degradador, o qual é estabelecido após a conjugação dos potenciais impactos nos meios físico, biótico e antrópico. Já o Decreto Estadual estabelece normas para o licenciamento ambiental e a autorização ambiental de funcionamento, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades. De acordo com o disposto na DN COPAM nº 74/2004: Art. 1º - Os empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente sujeitas ao licenciamento ambiental no nível estadual são aqueles enquadrados nas classes 3, 4, 5 e

194 Art. 2 - Os empreendimentos e atividades (...) enquadrados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nível estadual, mas sujeitos obrigatoriamente à Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF), pelo órgão ambiental estadual competente, mediante cadastro iniciado pelo requerente junto à Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SUPRAM) competente, acompanhado de Termo de Responsabilidade, assinado pelo titular do empreendimento e de Anotação de Responsabilidade Técnica ou equivalente do profissional responsável. Por exercer uma atividade de médio potencial poluidor, as estações de tratamento de esgoto podem enquadrar-se somente nas classes 1 (AAF), 3 e 5 (LO), de acordo com o porte do empreendimento. De acordo com estudos desenvolvidos pela FEAM, uma parcela considerável das estações de tratamento de esgotos (ETE) detentoras de AAF tem operado em condições inadequadas. Essa realidade está diretamente relacionada ao fato do Programa de Monitoramento não ser uma exigência legal para empreendimentos com esse tipo de regularização ambiental, o que dificulta a garantia da adequada operação desses sistemas e, consequentemente, do lançamento de efluentes tratados com a qualidade esperada. Com o objetivo de melhorar as condições operacionais desses empreendimentos, propõem-se o estabelecimento e a padronização para o automonitoramento das ETE detentoras de AAF, já que ainda não existe nenhum tipo de referência para esta. Dessa forma, pretende-se viabilizar o automonitoramento nas unidades que se enquadram nessa categoria de regularização e avaliar os parâmetros já exigidos nos casos de Licença de Operação (LO), classes 3 e 5 (conforme Deliberação Normativa Copam 74, de 9 de setembro de 2004), para proposição de possíveis mudanças, se necessário. A opinião dos especialistas da área de esgotamento sanitário será de grande importância na determinação dos parâmetros e frequência a serem utilizados no automonitoramento das ETE em operação no estado de Minas Gerais. 179

195 Para tanto, apresenta-se na Tabela 1 os parâmetros e frequências atualmente exigidos nos casos de LO classes 3 e 5, conforme Nota Técnica DIMOG 002/2005, que podem ser usados como base e/ou referência na padronização proposta. Apesar de não haver exigência de apresentação do monitoramento ao órgão ambiental, nos casos de ETE regularizadas por AAF (empreendimentos classe 1), a Nota Técnica DIMOG 002/2005 também define períodos de referência. Tabela 1: Parâmetros e frequências de monitoramento de efluentes para empreendimentos detentores de AAF e LO (classes 1, 3 e 5). Parâmetros Unidade Frequência AAF Licença - classe 3 Licença - classe 5 Cádmio mg/l Cd Semestral Semestral Trimestral Chumbo mg/l Pb Semestral Semestral Trimestral Cloreto mg/l Cl Semestral Semestral Trimestral Cobre mg/l Cu Semestral Semestral Trimestral Condutividade elétrica μs/cm Bimestral Bimestral Mensal DBO * mg O 2/L Bimestral Bimestral Mensal DQO * mg O 2/L Bimestral Bimestral Mensal E. coli NMP Bimestral Bimestral Mensal Fósforo total mg/l P Semestral Semestral Trimestral Nitrogênio amoniacal mg/l N Semestral Semestral Trimestral Óleos e graxas mg/l Semestral Semestral Trimestral ph - Bimestral Bimestral Mensal Sólidos sedimentáveis * ml/l Bimestral Bimestral Mensal Substâncias tensoativas mg/l LAS Semestral Semestral Trimestral Teste de toxicidade aguda - Anual Anual Anual Zinco mg/l Zn Semestral Semestral Trimestral Nitrato mg/l - Semestral Trimestral Vazão média mensal L/s - Bimestral Mensal Turbidez UNT Bimestral - - Sulfetos mg/l Semestral - - clorofila-a ** µg/l Semestral Semestral Trimestral Cianobactérias ** Cel/mL Semestral Semestral Trimestral * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Para verificação das condições sanitárias e ambientais dos corpos de água que recebem os efluentes das ETE, a Nota Técnica DIMOG 002/2005 determina o programa de monitoramento do corpo hídrico receptor (córrego, ribeirão, rio ou lago) a ser realizado a montante e a jusante dos lançamentos de acordo com a frequência apresentada na Tabela

196 Tabela 2: Programa de monitoramento do corpo hídrico para empreendimentos detentores de AAF e LO (classes 1, 3 e 5). Parâmetros Unidade Frequência AAF Licença - Classe 3 Licença - Classe 5 Cádmio mg/l Cd Semestral Semestral Trimestral Chumbo mg/l Pb Semestral Semestral Trimestral Cianobactéria * Cel/mL Semestral Semestral Trimestral Cloreto mg/l Cl Semestral Semestral Trimestral Clorofila a * µg/l Semestral Semestral Trimestral Cobre mg/l Cu Semestral Semestral Trimestral Condutividade elétrica μs/cm Bimestral Bimestral Mensal DBO mg O 2/L Bimestral Bimestral Mensal DQO mg O 2/L Bimestral Bimestral Mensal E. coli NMP Bimestral Bimestral Mensal Fósforo total mg/l P Semestral Semestral Trimestral Nitrogênio amoniacal mg/l N Semestral Semestral Trimestral Óleos e graxas mg/l Semestral Semestral Trimestral Oxigênio dissolvido mg/l Bimestral Bimestral Mensal ph - Bimestral Bimestral Mensal Substâncias tensoativas mg/l LAS Semestral Semestral Trimestral Sulfetos mg/l Semestral Semestral Trimestral Turbidez UNT Bimestral Bimestral Mensal Zinco mg/l Zn Semestral Semestral Trimestral * Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Assim como proposto para o monitoramento da qualidade da água dos corpos hídricos receptores de efluentes de ETE, a Nota Técnica DIMOG 002/2005 também apresenta um programa para verificação das condições ambientais do lençol subterrâneo associado aos sistemas de tratamento de efluentes, conforme apresentado na Tabela 3. Deverá ser realizada a avaliação das condições físico-químicas e bacteriológicas de poços de monitoramento localizados a montante (pelo menos um poço) e a jusante (pelo menos dois poços) das ETE que possuem lagoas ou utilizam sistemas de tratamento com aplicação de efluentes no solo. Tabela 3: Programa de monitoramento do lençol subterrâneo após o lançamento de efluentes de ETE regularizadas por AAF e LO (Classes 1, 3 e 5). Frequência Parâmetros Unidade Licença - Classe Licença - Classe AAF 3 5 Cádmio mg/l Cd Anual Anual Anual Chumbo mg/l Pb Anual Anual Anual 181

197 Cobre mg/l Cu Anual Anual Anual Condutividade elétrica μs/cm Anual Anual Anual DBO mg O 2/L Anual Anual Anual DQO mg O 2/L Anual Anual Anual E. coli NMP Anual Anual Anual Fósforo total mg/l P Anual Anual Anual Nitrogênio amoniacal mg/l N Anual Anual Anual Nível de água Anual Anual Anual Óleos e graxas mg/l Anual Anual Anual ph - Anual Anual Anual Substâncias tensoativas mg/l LAS Anual Anual Anual Turbidez UNT Anual Anual Anual Zinco mg/l Zn Anual Anual Anual Clorofila-a * µg/l Semestral Semestral Trimestral Cianobactérias * Cel/mL Semestral Semestral Trimestral * Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Cadastro Nome Instituição Cargo INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO Questão 1) Você considera os parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005, importantes para avaliar a qualidade do monitoramento dos efluentes provenientes das ETE? Note que há opção para avaliação da importância dos parâmetros quanto a sua exigência para as modalidades de AAF Autorização Ambiental de Funcionamento e LO Licença de Operação. Parâmetros Cádmio Chumbo Cloreto Cobre Condutividade elétrica Importante para o monitoramento dos efluentes de ETE regularizadas *** por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) Sim Não Sim Não Sim Não 182

198 Parâmetros Importante para o monitoramento dos efluentes de ETE regularizadas *** por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) Sim Não Sim Não Sim Não DBO * DQO * E. coli Fósforo total Nitrogênio amoniacal Óleos e graxas ph Sólidos sedimentáveis * Substâncias tensoativas Teste de toxicidade aguda Zinco Nitrato Vazão média mensal Turbidez Sulfetos Clorofila-a ** Cianobactérias ** * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. *** Regularização segundo DN Copam nº 74/2004. Sugestões: Parâmetros Sugeridos Importante para o monitoramento dos efluentes de ETE regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) * Regularização segundo DN Copam nº 74/

199 Questão 2) Caso a ETE não receba contribuições de efluentes industriais, quais os parâmetros você consideraria dispensáveis de monitoramento? Parâmetros Cádmio Chumbo Cloreto Cobre Condutividade elétrica DBO * DQO * E. coli Fósforo total Nitrogênio amoniacal Óleos e graxas ph Sólidos sedimentáveis * Substâncias tensoativas Teste de toxicidade aguda Zinco Nitrato Vazão média mensal Turbidez Sulfetos Clorofila-a ** Cianobactérias ** Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos * Parâmetro também monitorado no afluente. AAF *** LO (Classe 3) *** LO (Classe 5) *** Manter Dispensar Manter Dispensar Manter Dispensar ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. *** Regularização segundo DN Copam nº 74/2004. Comentários (opcional) 184

200 Questão 3) A respeito dos parâmetros propostos por esse questionário, ou sugeridos por você, para o monitoramento dos efluentes das ETE, indique com qual frequência deveriam ser monitorados, quando regularizados por AAF Autorização Ambiental de Funcionamento e LO Licença de Operação para as classes 3 e 5. Frequência sugerida para o monitoramento dos Parâmetros efluentes de ETE, regularizadas *** por: LO (Classe 3) LO (Classe 5) AAF Cádmio Chumbo Cloreto Cobre Condutividade elétrica DBO * DQO * E. coli Fósforo total Nitrogênio amoniacal Óleos e graxas ph Sólidos sedimentáveis * Substâncias tensoativas Teste de toxicidade aguda Zinco Nitrato Vazão média mensal Turbidez Sulfetos Clorofila-a ** Cianobactérias ** Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. *** Regularização segundo DN Copam nº 74/

201 Comentários (opcional) Questão 4) Para verificação das condições sanitárias e ambientais dos corpos de água que recebem os efluentes das ETE, o corpo hídrico receptor (córrego, ribeirão, rio ou lago) deverá ser monitorado a montante e a jusante dos lançamentos. Quais parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005 você considera importante para avaliar a qualidade da água do corpo hídrico após o lançamento de efluentes provenientes das ETE? Importante para o monitoramento do corpo hídrico receptor após o lançamento de Parâmetros efluentes de ETE regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) Sim Não Sim Não Sim Não Cádmio Chumbo Cianobactéria Cloreto Clorofila a Cobre Condutividade elétrica DBO DQO E. coli Fósforo total Nitrogênio amoniacal Óleos e graxas Oxigênio dissolvido ph Substâncias tensoativas Sulfetos Turbidez Zinco Clorofila-a ** Cianobactérias ** * Regularização segundo DN Copam nº 74/2004. ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento 186

202 Sugestões: Parâmetros Sugeridos Importante para o monitoramento da qualidade da água do corpo hídrico receptor após o lançamento de efluentes de ETE regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) * Regularização segundo DN Copam nº 74/2004. Questão 5) A respeito dos parâmetros propostos por esse questionário, ou sugeridos por você, para o monitoramento da qualidade da água do corpo hídrico após o lançamento de efluentes das ETE, indique com qual frequência deveriam ser monitorados, quando as ETE forem regularizadas por AAF Autorização Ambiental de Funcionamento e LO Licença de Operação para as classes 3 e 5. Parâmetros Cádmio Chumbo Cloreto Cobre Condutividade elétrica DBO DQO E. coli Fósforo total Nitrogênio amoniacal Óleos e graxas Oxigênio dissolvido ph Substâncias tensoativas Sulfetos Frequência sugerida para o monitoramento da qualidade da água do corpo hídrico receptor após o lançamento de efluentes de ETE, regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) 187

203 Frequência sugerida para o monitoramento da qualidade da água do corpo hídrico receptor Parâmetros após o lançamento de efluentes de ETE, regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) Turbidez Zinco Clorofila-a** Cianobactérias** Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos * Regularização segundo DN Copam nº 74/2004. ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Comentários (opcional) Questão 6) Para verificação das condições ambientais do lençol subterrâneo associado aos sistemas de tratamento de efluentes, deverá ser realizada a avaliação das condições físicoquímicas e bacteriológicas de poços de monitoramento localizados a montante (pelo menos um poço) e a jusante (pelo menos dois poços) dos empreendimentos. Quais parâmetros você considera importantes para avaliar a qualidade das águas subterrâneas associadas a sistemas de tratamento de efluentes? Ressalta- se que esta etapa da pesquisa é aplicável apenas para ETE que possuem lagoas ou utilizam sistemas de tratamento com aplicação de efluentes no solo. Cádmio Chumbo Parâmetros Importante para o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETE regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) Sim Não Sim Não Sim Não 188

204 Importante para o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associadas a Parâmetros efluentes de ETE regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) Sim Não Sim Não Sim Não Cobre Condutividade elétrica DBO DQO E. coli Fósforo total Nitrogênio amoniacal Nível de água Óleos e graxas ph Substâncias tensoativas Turbidez Zinco Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos * Regularização segundo DN Copam nº 74/2004. Questão 7) A respeito dos parâmetros propostos por esse questionário, ou sugeridos por você, para o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETE, indique com qual frequência deveriam ser monitorados, quando regularizados por AAF Autorização Ambiental de Funcionamento e LO Licença de Operação para as classes 3 e 5. Parâmetros Cádmio Chumbo Cobre Condutividade elétrica DBO DQO E. coli Frequência sugerida para o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETE, regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) 189

205 Frequência sugerida para o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associadas a Parâmetros efluentes de ETE, regularizadas * por: AAF LO (Classe 3) LO (Classe 5) Fósforo total Nitrogênio amoniacal Nível de água Óleos e graxas ph Substâncias tensoativas Turbidez Zinco Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos Parâmetros sugeridos * Regularização segundo DN Copam nº 74/

206 8.6 Pesquisa de opinião A pesquisa de opinião entre os profissionais renomados, no que tange ao esgotamento sanitário, foi realizada com a intenção de padronizar os parâmetros e as frequências de monitoramento das ETEs para as regularizações por AAF, LO Classe 3 e LO Classe 5, bem como tornar obrigatória a apresentação dos resultados do monitoramento de efluentes para as ETEs regularizadas por AAF. Em posse dos 22 questionários dos profissionais que aderiram à pesquisa, fez-se a análise da porcentagem que cada parâmetro e frequência recebeu em relação ao total de participantes. Para os três tipos de regularização, foram considerados mais relevantes os parâmetros em que 50% ou mais participantes marcaram como importantes nas questões, destacados em azul nas Tabelas. Isso não quer dizer que os demais parâmetros sejam dispensáveis, é preciso uma análise mais criteriosa e métodos de pesquisa como Delphi para que possam ser de fato definidos quais manter ou não. Na Tabela 1, são apresentados os resultados referentes à Questão 1 do questionário da pesquisa de opinião que dizia: Você considera os parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005, importantes para avaliar a qualidade do monitoramento dos efluentes provenientes das ETE? Note que há opção para avaliação da importância dos parâmetros quanto a sua exigência para as modalidades de AAF Autorização Ambiental de Funcionamento e LO Licença de Operação. Na regularização por AAF, os parâmetros que obtiveram maior recorrência na escolha dos profissionais, isto é, aqueles em que mais de 50% dos participantes apontaram como importantes no monitoramento dos efluentes de ETE foram: Cloreto, Condutividade elétrica, DBO, DQO, E. Coli, Fósforo total, Nitrogênio amoniacal, Óleos e Graxas, ph, Sólidos sedimentáveis, Substâncias tensoativas, Vazão média mensal e Sulfetos. Na regularização por LO Classe 3, esses parâmetros foram: Cádmio, Chumbo, Cloreto, Cobre, Condutividade elétrica, DBO, DQO, E. Coli, Fósforo total, Nitrogênio amoniacal, Óleos e Graxas, ph, Sólidos sedimentáveis, Substâncias tensoativas, Toxicidade aguda, Zinco, Nitrato, Vazão média mensal, Sulfetos, Clorofila-a e Cianobactérias. 191

207 Na regularização por LO Classe 5, esses parâmetros foram: Cádmio, Chumbo, Cloreto, Cobre, Condutividade elétrica, DBO, DQO, E. Coli, Fósforo total, Nitrogênio amoniacal, Óleos e Graxas, ph, Sólidos sedimentáveis, Substâncias tensoativas, Toxicidade aguda, Zinco, Nitrato, Vazão média mensal, Turbidez, Sulfetos, Clorofila-a e Cianobactérias. Tabela 1 - Percentual dos participantes da pesquisa de opinião que consideraram importantes para o monitoramento dos efluentes provenientes das ETEs, os parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005. Parâmetros AAF LO classe 3 LO classe 5 Cádmio 42,9% 81,8% 90,9% Chumbo 42,9% 81,8% 90,9% Cloreto 59,1% 77,3% 90,9% Cobre 42,9% 81,8% 90,9% Condutividade elétrica 61,9% 68,2% 86,4% DBO * 100,0% 100% 100% DQO * 100,0% 100% 100% E. coli 85,7% 90,9% 90,9% Fósforo total 90,5% 90,9% 90,9% Nitrogênio amoniacal 95,5% 95,5% 95,5% Óleos e graxas 100,0% 100% 100% ph 100,0% 100% 100% Sólidos sedimentáveis* 95,5% 95,5% 95,5% Substâncias tensoativas 59,1% 72,7% 100,0% Toxicidade aguda 23,8% 68,2% 72,7% Zinco 42,9% 77,3% 86,4% Nitrato 42,9% 57,1% 76,2% Vazão média Mensal 100% 100% 100% Turbidez 38,1% 45,5% 54,5% Sulfetos 57,1% 86,4% 95,5% Clorofila-a** 45,5% 72,7% 72,7% Cianobactérias** 45,5% 77,3% 77,3% Parâmetros Sugeridos pelo Participantes Sólidos totais 9,1% 9,1% 9,1% Sólidos suspensos 13,6% 13,6% 13,6% Nitrogênio total 4,5% 4,5% 4,5% Temperatura 9,1% 13,6% 13,6% Vazão 4,5% 4,5% 4,5% E. coli ou Coliformes Termotolerantes 4,5% 4,5% 4,5% Sólidos suspensos totais 9,1% 9,1% 9,1% NTK 4,5% 4,5% 4,5% Alcalinidade 4,5% 4,5% 4,5% Carbono Orgânico Total 4,5% 4,5% 4,5% 192

208 Parâmetros AAF LO classe 3 LO classe 5 Toxicidade crônica - 4,5% 4,5% Ácido orgânicos voláteis - - 4,5% * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. *** Regularização segundo DN Copam nº 74/2004. Na Tabela 2, são apresentados os resultados referentes à Questão 2 do questionário da pesquisa de opinião que dizia: Caso a ETE não receba contribuições de efluentes industriais, quais os parâmetros você consideraria dispensáveis de monitoramento? Os parâmetros já contemplados na Nota Técnica DIMOG 002/2005 para o programa de monitoramento de efluentes de empreendimentos detentores de AAF, que foram considerados dispensáveis pela maior parte dos especialistas, caso a ETE não receba efluentes industriais, são: Cádmio, Chumbo, Cloreto, Cobre Condutividade elétrica, Toxidade aguda, Zinco, Nitrato, Turbidez e Clorofila-a. Na regularização por LO Classe 3, esses parâmetros são: Cádmio, Chumbo, Cloreto, Cobre, Toxidade aguda, Zinco, e Turbidez. Já na regularização por LO Classe 5, apenas o parâmetro Turbidez foi considerado dispensável pela maioria. Tabela 2 - Parâmetros considerados dispensáveis pelos participantes da pesquisa de opinião nos casos em que a ETE não recebe efluentes industriais. Parâmetros AAF LO Classe 3 LO Classe 5 Cádmio 95,5% 86,36% 45,5% Chumbo 86,4% 77,27% 40,9% Cloreto 81,8% 54,55% 31,8% Cobre 95,5% 81,82% 45,5% Condutividade elétrica 54,5% 45,45% 27,3% DBO * 0,0% 0,00% 0,0% DQO * 0,0% 0,00% 0,0% E. coli 13,6% 9,09% 9,5% Fósforo total 18,2% 13,64% 14,3% Nitrogênio amoniacal 9,1% 4,55% 4,8% Óleos e graxas 9,1% 4,55% 4,8% ph 0,0% 0,00% 0,0% Sólidos sedimentáveis* 4,5% 4,55% 4,8% Substâncias tensoativas 45,5% 33,33% 5,0% Toxicidade aguda 61,9% 52,38% 42,9% Zinco 95,5% 77,27% 40,9% Nitrato 59,1% 40,91% 23,8% 193

209 Parâmetros AAF LO Classe 3 LO Classe 5 Vazão média Mensal 4,5% 4,55% 4,8% Turbidez 59,1% 59,09% 61,9% Sulfetos 40,9% 27,27% 23,8% Clorofila-a** 54,5% 50,00% 33,3% Cianobactérias** 50,0% 45,45% 28,6% * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETE que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Nas Tabelas 3, 4 e 5, são apresentados os resultados referentes à Questão 3 do questionário da pesquisa de opinião que dizia: A respeito dos parâmetros propostos por esse questionário, ou sugeridos por você, para o monitoramento dos efluentes das ETE, indique com qual frequência deveriam ser monitorados, quando regularizados por AAF Autorização Ambiental de Funcionamento e LO Licença de Operação para as classes 3 e 5. Nesta questão, a maioria das frequências sugeridas pelos especialistas nas regularizações por AAF, LO Classe 3 e LO Classe 5 seguiu a tendência da Nota Técnica DIMOG 002/2005. No entanto, não houve um consenso das frequências de parâmetros como Nitrato, DQO e Sólidos sedimentáveis na AAF; Nitrogênio amoniacal e Sulfetos na LO Classe 3, o que pode sugerir estudos mais aprofundados para determina-las. Vale ressaltar também que a frequência de alguns parâmetros foi sugerida pelos especialistas como se pode observar na tabela abaixo. 194

210 Tabela 3 - Frequências de monitoramento dos efluentes das ETEs, quando regularizados por AAF, indicadas pelos participantes. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 19,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 4,8% 47,6% 23,8% Chumbo 19,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 4,8% 47,6% 23,8% Cloreto 14,3% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% 4,8% 57,1% 19,0% Cobre 19,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 4,8% 47,6% 23,8% Condutividade elétrica 4,8% 0,0% 0,0% 0,0% 14,3% 19,0% 14,3% 47,6% 0,0% DBO * 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 52,4% 28,6% 9,5% 9,5% 0,0% DQO * 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 38,1% 33,3% 4,8% 4,8% 0,0% E. coli 4,8% 0,0% 0,0% 0,0% 42,9% 28,6% 9,5% 14,3% 0,0% Fósforo total 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 4,8% 14,3% 61,9% 0,0% Nitrogênio amoniacal 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 14,3% 4,8% 19,0% 61,9% 0,0% Óleos e graxas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 4,8% 14,3% 71,4% 0,0% ph 0,0% 23,8% 0,0% 0,0% 42,9% 19,0% 9,5% 4,8% 0,0% Sólidos sedimentáveis* 0,0% 23,8% 0,0% 0,0% 33,3% 23,8% 14,3% 4,8% 0,0% Substâncias tensoativas 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 9,5% 19,0% 52,4% 4,8% AAF Toxicidade aguda 19,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% 4,8% 9,5% 61,9% Zinco 19,0% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 4,8% 0,0% 47,6% 23,8% Nitrato 28,6% 0,0% 0,0% 0,0% 14,3% 0,0% 4,8% 28,6% 23,8% Vazão média Mensal 0,0% 28,6% 0,0% 0,0% 42,9% 9,5% 4,8% 4,8% 9,5% Turbidez 47,6% 0,0% 0,0% 0,0% 33,3% 4,8% 4,8% 9,5% 0,0% Sulfetos 4,8% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 23,8% 14,3% 38,1% 14,3% Clorofila-a** 14,3% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 0,0% 4,8% 66,7% 4,8% Cianobactérias** 14,3% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 0,0% 4,8% 66,7% 4,8% Parâmetros sugeridos pelos participantes Toxicidade crônica ,5% Sólidos totais ,1% Sólidos suspensos ,3% 4,5% - - Temperatura - 18,2% NTK ,2% - Alcalinidade* ,2% Fenóis ,5% - 195

211 Tabela 4 - Frequências de monitoramento dos efluentes das ETEs, quando regularizados por LO classe 3, indicadas pelos participantes. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 4,8% 61,9% 4,8% Chumbo 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 4,8% 61,9% 4,8% Cloreto 5,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 15,0% 10,0% 60,0% 5,0% Cobre 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 4,8% 61,9% 4,8% Condutividade elétrica 4,8% 0,0% 0,0% 0,0% 23,8% 47,6% 9,5% 14,3% 0,0% DBO * 0,0% 0,0% 4,8% 19,0% 47,6% 19,0% 0,0% 9,5% 0,0% DQO * 0,0% 0,0% 23,8% 0,0% 47,6% 28,6% 0,0% 0,0% 0,0% E. coli 0,0% 0,0% 4,8% 19,0% 38,1% 23,8% 9,5% 4,8% 0,0% Fósforo total 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% 19,0% 28,6% 19,0% 28,6% 0,0% Nitrogênio amoniacal 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% 19,0% 23,8% 19,0% 33,3% 0,0% Óleos e graxas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 23,8% 19,0% 38,1% 0,0% ph 0,0% 23,8% 0,0% 0,0% 52,4% 19,0% 0,0% 4,8% 0,0% Sólidos sedimentáveis* 0,0% 23,8% 0,0% 0,0% 52,4% 19,0% 0,0% 4,8% 0,0% Substâncias tensoativas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 14,3% 19,0% 19,0% 47,6% 0,0% Toxicidade aguda 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 4,8% 9,5% 0,0% 14,3% 61,9% LO Classe 3 Zinco 4,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 4,8% 66,7% 4,8% Nitrato 4,8% 0,0% 4,8% 0,0% 4,8% 14,3% 9,5% 52,4% 9,5% Vazão média Mensal 0,0% 33,3% 0,0% 0,0% 47,6% 14,3% 0,0% 0,0% 4,8% Turbidez 52,6% 0,0% 0,0% 0,0% 26,3% 10,5% 5,3% 5,3% 0,0% Sulfetos 5,0% 0,0% 0,0% 0,0% 30,0% 20,0% 10,0% 30,0% 5,0% Clorofila-a** 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 4,8% 9,5% 66,7% 0,0% Cianobactérias** 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 4,8% 9,5% 66,7% 0,0% Parâmetros sugeridos pelos participantes Sólidos totais - - 4,5% - 4,5% Sólidos suspensos ,7% - 9,1% Nitrogênio total - - 4,5% Temperatura - 18,2% - - 4,5% NTK ,2% - Alcalinidade* ,2% Ácido orgânicos voláteis* ,2% Fenóis ,5%

212 Tabela 5 - Frequências de monitoramento dos efluentes das ETEs, quando regularizados por LO classe 5, indicadas pelos participantes. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 9,5% 52,4% 23,8% 4,8% Chumbo 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 9,5% 52,4% 23,8% 4,8% Cloreto 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 14,3% 4,8% 52,4% 23,8% 4,8% Cobre 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 9,5% 52,4% 23,8% 4,8% Condutividade elétrica 4,8% 0,0% 4,8% 0,0% 57,1% 9,5% 19,0% 4,8% 0,0% DBO * 0,0% 0,0% 14,3% 19,0% 57,1% 0,0% 4,8% 4,8% 0,0% DQO * 0,0% 0,0% 38,1% 0,0% 57,1% 4,8% 0,0% 0,0% 0,0% E. coli 0,0% 0,0% 14,3% 19,0% 47,6% 14,3% 4,8% 0,0% 0,0% Fósforo total 0,0% 0,0% 9,5% 0,0% 33,3% 9,5% 47,6% 0,0% 0,0% Nitrogênio amoniacal 0,0% 0,0% 9,5% 0,0% 33,3% 4,8% 47,6% 4,8% 0,0% Óleos e graxas 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% 33,3% 4,8% 42,9% 14,3% 0,0% ph 0,0% 23,8% 9,5% 0,0% 61,9% 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% Sólidos sedimentáveis* 0,0% 23,8% 9,5% 0,0% 61,9% 0,0% 0,0% 4,8% 0,0% Substâncias tensoativas 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 33,3% 9,5% 42,9% 14,3% 0,0% Toxicidade aguda 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 14,3% 0,0% 0,0% 19,0% 57,1% LO Classe 5 Zinco 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 9,5% 14,3% 52,4% 19,0% 4,8% Nitrato 4,8% 0,0% 4,8% 0,0% 19,0% 4,8% 42,9% 14,3% 9,5% Vazão média Mensal 0,0% 33,3% 4,8% 0,0% 52,4% 4,8% 0,0% 0,0% 4,8% Turbidez 47,4% 0,0% 5,3% 0,0% 31,6% 5,3% 10,5% 0,0% 0,0% Sulfetos 0,0% 0,0% 0,0% 20,0% 25,0% 10,0% 20,0% 20,0% 5,0% Clorofila-a** 9,5% 0,0% 0,0% 0,0% 19,0% 0,0% 47,6% 23,8% 0,0% Cianobactérias** 14,3% 0,0% 0,0% 0,0% 14,3% 0,0% 47,6% 23,8% 0,0% Parâmetros sugeridos pelos participantes Sólidos totais - - 4,5% - 4,5% Sólidos suspensos ,7% - 9,1% Nitrogênio total - - 4,5% Temperatura - 18,2% - - 4,5% NTK ,2% - - Alcalinidade* ,2% Ácido orgânicos voláteis* ,2% Fenóis ,5%

213 * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETEs que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Na Tabela 6, são apresentados os resultados referentes à Questão 4 do questionário da pesquisa de opinião que dizia: Para verificação das condições sanitárias e ambientais dos corpos de água que recebem os efluentes das ETEs, o corpo hídrico receptor (córrego, ribeirão, rio ou lago) deverá ser monitorado a montante e a jusante dos lançamentos. Quais parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005 você considera importante para avaliar a qualidade da água do corpo hídrico após o lançamento de efluentes provenientes das ETEs? Na regularização por AAF, os parâmetros que obtiveram maior recorrência na escolha dos profissionais, isto é, aqueles em que mais de 50% dos participantes apontaram como importantes no monitoramento dos corpos receptores do esgoto tratado foram: Cloreto, Condutividade elétrica, DBO, DQO, E. Coli, Fósforo total, Nitrogênio amoniacal, Óleos e Graxas, Oxigênio Dissolvido, ph, Substâncias tensoativas, Sulfetos, Turbidez, Clorofila-a e Cianobactérias. Na regularização por LO Classe 3 e Classe 5, todos os parâmetros foram considerados importantes no monitoramento por mais de 50% dos profissionais, excetuando-se os sugeridos pelos próprios participantes. Tabela 6 - Percentual dos participantes da pesquisa de opinião que consideraram importantes os parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005 para o monitoramento da qualidade da água do corpo hídrico após o lançamento de efluentes de ETE. Parâmetros AAF LO classe 3 LO classe 5 Cádmio 18,8% 64,7% 76,5% Chumbo 25,0% 70,6% 76,5% Cloreto 50,0% 64,7% 76,5% Cobre 35,3% 64,7% 82,4% Condutividade elétrica 76,5% 82,4% 88,2% DBO 93,8% 100% 100% DQO 93,8% 94,1% 94,1% E. coli 100% 94,1% 94,1% Fósforo total 94,1% 94,1% 94,1% Nitrogênio amoniacal 100% 100% 100% Óleos e graxas 94,1% 94,1% 100% Oxigênio dissolvido 94,1% 100% 100% 198

214 Parâmetros AAF LO classe 3 LO classe 5 ph 93,8% 94,1% 94,1% Substâncias tensoativas 81,3% 94,1% 94,1% Sulfetos 62,5% 70,6% 76,5% Turbidez 82,4% 88,2% 88,2% Zinco 37,5% 76,5% 82,4% Clorofila-a** 75,0% 82,4% 88,2% Cianobactérias** 70,6% 76,5% 82,4% Parâmetros sugeridos pelos participantes Toxicidade crônica 4,5% 4,5% 4,5% Metais (Cu, Cd, As, Hg, Pb) nos sedimentos 4,5% 4,5% 4,5% Temperatura 4,5% 4,5% 4,5% Série de Sólidos 4,5% 4,5% 4,5% Nitrogênio Total 9,1% 9,1% 9,1% Sólidos totais 4,5% 4,5% 4,5% Sólidos suspensos 4,5% 4,5% 4,5% COR (pigmentos e corantes de origem antrópica) 4,5% 4,5% 4,5% * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETEs que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Nas Tabelas 7, 8 e 9 são apresentados os resultados referentes à Questão 5 do questionário da pesquisa de opinião, relacionada às frequências de monitoramento da qualidade da água do corpo hídrico após o lançamento de efluentes das ETEs, dos parâmetros da questão 4. Na regularização por AAF (Tabela 7), pode-se observar que o monitoramento nas frequências Diário, Semanal e Quinzenal não foram considerados necessários pelos participantes para todos os parâmetros atualmente presentes na Nota Técnica DIMOG 002/2005. No entanto, para as frequências Mensal, Bimestral, Trimestral, Semestral, Anual e Não Monitorar, não houve um consenso entre as frequências de monitoramento de cada parâmetro. Apenas os parâmetros Cloreto, Óleos e Graxas, Clorofila-a e Cianobactérias na frequência Semestral foram considerados por mais de 50% dos profissionais. Na regularização por LO Classe 3 (Tabela 8), somente o monitoramento na frequência Quinzenal não foi considerado necessário pelos participantes para todos os parâmetros atualmente presentes na Nota Técnica DIMOG 002/2005. Em todas as demais frequências não houve um consenso de monitoramento de cada parâmetro. 199

215 Apenas os parâmetros Cádmio, Chumbo, Cloreto, Cobre, Zinco, Clorofila-a e Cianobactérias na frequência Semestral foram considerados por mais de 50% dos profissionais. Na regularização por LO Classe 5 (Tabela 9), tanto o monitoramento na frequência Diária quanto na Quinzenal, não foram considerados necessários pelos participantes para todos os parâmetros atualmente presentes na Nota Técnica DIMOG 002/2005. Em todas as demais frequências não houve um consenso de monitoramento de cada parâmetro. Os parâmetros DBO, DQO, E. Coli, Oxigênio dissolvido e ph na frequência Semestral e Cádmio, Chumbo, Cloreto, Cobre, Zinco e Cianobactérias na frequência Trimestral foram considerados por mais de 50% dos profissionais. Dessa maneira, por não haver um consenso geral entre as frequências de monitoramento de cada parâmetro nos três tipos de regularização ambiental, sugerese um aprofundamento da metodologia de pesquisa e continuidade dos estudos. 200

216 Tabela 7 - Frequências de monitoramento em corpo hídrico, após o lançamento de efluentes das ETEs, indicadas pelos participantes da pesquisa. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 26,7% 0% 0% 0% 0% 13,3% 0% 40,0% 20,0% Chumbo 26,7% 0% 0% 0% 0% 13,3% 0% 40,0% 20,0% Cloreto 11,8% 0% 0% 0% 5,9% 5,9% 0% 58,8% 17,6% Cobre 26,7% 0% 0% 0% 0% 13,3% 0% 40,0% 20,0% Condutividade elétrica 6,3% 0% 0% 0% 18,8% 31,3% 6,3% 37,5% 0% DBO 0% 0% 0% 0% 17,6% 35,3% 23,5% 23,5% 0% DQO 5,9% 0% 0% 0% 17,6% 41,2% 23,5% 11,8% 0% E. coli 0% 0% 0% 0% 18,8% 56,3% 12,5% 12,5% 0% Fósforo total 0% 0% 0% 0% 11,8% 23,5% 23,5% 41,2% 0% Nitrogênio amoniacal 0% 0% 0% 0% 11,8% 23,5% 23,5% 41,2% 0% Óleos e graxas 0% 0% 0% 0% 11,8% 11,8% 23,5% 52,9% 0% Oxigênio dissolvido 0% 6% 0% 0% 23,5% 29,4% 23,5% 17,6% 0% ph 0% 0% 0% 0% 23,5% 35,3% 29,4% 11,8% 0% Substâncias tensoativas 0% 0% 0% 0% 6,3% 18,8% 18,8% 43,8% 12,5% AAF Sulfetos 6,3% 0% 0% 0% 6,3% 25,0% 6,3% 37,5% 18,8% Turbidez 5,9% 0% 0% 0% 23,5% 29,4% 17,6% 23,5% 0% Zinco 20,0% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 6,7% 33,3% 20,0% Clorofila-a** 0% 0% 0% 0% 17,6% 23,5% 0% 52,9% 5,9% Cianobactérias** 5,9% 0% 0% 0% 17,6% 11,8% 0% 58,8% 5,9% Parâmetros sugeridos pelos participantes Temperatura ,5% Toxicidade crônica Metais nos sedimentos Nitrogênio Total ,5% 4,5% - Série de Sólidos ,5% - - Sólidos totais ,5% - Sólidos suspensos ,5% - Cor ,5% Nitrato ,5% 201

217 Tabela 8 - Frequências de monitoramento em corpo hídrico, após o lançamento de efluentes das ETEs, indicadas pelos participantes da pesquisa. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 6,3% 0% 0% 0% 6,3% 6,3% 0% 68,8% 12,5% Chumbo 6,3% 0% 0% 0% 6,3% 6,3% 0% 68,8% 12,5% Cloreto 5,9% 0% 0% 0% 11,8% 0% 5,9% 64,7% 11,8% Cobre 6,3% 0% 0% 0% 6,3% 6,3% 0% 68,8% 12,5% Condutividade elétrica 5,9% 0% 0% 0% 29,4% 23,5% 5,9% 35,3% 0% DBO 0% 0% 5,9% 0% 29,4% 41,2% 5,9% 17,6% 0% DQO 5,9% 0% 5,9% 0% 29,4% 47,1% 5,9% 5,9% 0% E. coli 0% 0% 6,3% 0% 31,3% 43,8% 12,5% 6,3% 0% Fósforo total 0% 0% 5,9% 0% 11,8% 41,2% 17,6% 23,5% 0% Nitrogênio amoniacal 0% 0% 5,9% 0% 11,8% 41,2% 17,6% 23,5% 0% Óleos e graxas 0% 0% 5,9% 0% 11,8% 29,4% 17,6% 35,3% 0% Oxigênio dissolvido 0% 5,9% 0% 0% 29,4% 47,1% 5,9% 11,8% 0% ph 0% 0% 5,9% 0% 29,4% 47,1% 5,9% 11,8% 0% Substâncias tensoativas 0% 0% 0% 0% 11,8% 35,3% 17,6% 29,4% 5,9% LO - Classe 3 Sulfetos 6,3% 0% 0% 0% 12,5% 31,3% 12,5% 25,0% 12,5% Turbidez 5,9% 0% 0% 0% 29,4% 41,2% 0% 23,5% 0% Zinco 6,3% 0% 0% 0% 12,5% 6,3% 6,3% 62,5% 6,3% Clorofila-a** 0% 0% 0% 0% 23,5% 17,6% 5,9% 52,9% 0% Cianobactérias** 5,9% 0% 0% 0% 23,5% 5,9% 5,9% 58,8% 0% Parâmetros sugeridos pelos participantes Temperatura 4,5% Toxicidade crônica 4,5% Metais nos sedimentos 4,5% Nitrogênio Total 4,5% 4,5% Série de Sólidos 4,5% Sólidos totais 4,5% Sólidos suspensos 4,5% Cor 4,5% Nitrato 4,5% 202

218 Tabela 9 - Frequências de monitoramento em corpo hídrico, após o lançamento de efluentes das ETEs, indicadas pelos participantes da pesquisa. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 5,9% 0% 0% 0% 0% 5,9% 58,8% 23,5% 5,9% Chumbo 5,9% 0% 0% 0% 0% 5,9% 58,8% 23,5% 5,9% Cloreto 5,9% 0% 0% 0% 5,9% 0% 58,8% 23,5% 5,9% Cobre 5,9% 0% 0% 0% 0% 5,9% 58,8% 23,5% 5,9% Condutividade elétrica 5,9% 0% 5,9% 0% 41,2% 5,9% 29,4% 11,8% 0% DBO 0% 0% 5,9% 0% 52,9% 17,6% 17,6% 5,9% 0% DQO 0% 0% 6,3% 0% 62,5% 18,8% 6,3% 6,3% 0% E. coli 0% 0% 0% 0% 62,5% 18,8% 12,5% 6,3% 0% Fósforo total 0% 0% 0% 0% 35,3% 23,5% 35,3% 5,9% 0% Nitrogênio amoniacal 0% 0% 0% 0% 35,3% 23,5% 35,3% 5,9% 0% Óleos e graxas 0% 0% 0% 0% 29,4% 29,4% 35,3% 5,9% 0% Oxigênio dissolvido 0% 0% 5,9% 0% 58,8% 11,8% 17,6% 5,9% 0% ph 0% 0% 5,9% 0% 58,8% 11,8% 17,6% 5,9% 0% Substâncias tensoativas 0% 0% 0% 0% 29,4% 17,6% 41,2% 5,9% 5,9% LO - Classe 5 Sulfetos 0% 0% 0% 0% 37,5% 6,3% 25,0% 12,5% 18,8% Turbidez 5,9% 0% 5,9% 0% 41,2% 11,8% 29,4% 5,9% 0% Zinco 5,9% 0% 0% 0% 11,8% 0% 58,8% 17,6% 5,9% Clorofila-a** 0% 0% 0% 0% 47,1% 0% 41,2% 11,8% 0% Cianobactérias** 5,9% 0% 0% 0% 23,5% 0% 58,8% 11,8% 0% Parâmetros sugeridos pelos participantes Temperatura 4,5% Toxicidade crônica 4,5% Metais nos sedimentos 4,5% Nitrogênio Total 4,5% 4,5% Série de Sólidos 4,5% Sólidos totais 4,5% Sólidos suspensos 4,5% Cor 4,5% Nitrato 4,5% 203

219 * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETEs que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. Pode-se observar, na Tabela 10, os resultados referentes à Questão 6 do questionário da pesquisa de opinião que dizia: Quais parâmetros você considera importantes para avaliar a qualidade das águas subterrâneas associadas a sistemas de tratamento de efluentes? Ressalta- se que esta etapa da pesquisa é aplicável apenas para ETEs que possuem lagoas ou utilizam sistemas de tratamento com aplicação de efluentes no solo. Os parâmetros já contemplados na Nota Técnica DIMOG 002/2005 para o programa de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETEs regularizadas detentoras de AAF, que foram considerados indispensáveis pela maior parte dos especialistas são: Chumbo, Condutividade elétrica, DBO, DQO, E.coli, Fósforo total, Nitrogênio amoniacal, Nível de água, Óleos e graxas, ph e Turbidez. Todos os parâmetros foram considerados indispensáveis, tanto para os empreendimentos detentores de regularização por LO Classe 3, quanto para os detentores de LO Classe 5. Vale destacar que alguns parâmetros foram sugeridos para enriquecer e fortalecer o programa de monitoramento, o que pode ser observado na tabela abaixo. Tabela 10 - Percentual dos participantes da pesquisa de opinião que consideraram importantes os parâmetros propostos pela Nota Técnica DIMOG 002/2005 para o monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associado aos efluentes de ETEs. Parâmetros AAF LO Classe 3 LO Classe 5 Cádmio 33,3% 60,0% 73,3% Chumbo 53,3% 80,0% 86,7% Cobre 33,3% 60,0% 73,3% Condutividade elétrica 93,3% 93,3% 93,3% DBO 60,0% 66,7% 73,3% DQO 86,7% 80,0% 86,7% E. coli 86,7% 86,7% 86,7% Fósforo total 80,0% 80,0% 80,0% Nitrogênio amoniacal 80,0% 80,0% 80,0% Nível de água 100,0% 100,0% 100,0% Óleos e graxas 60,0% 60,0% 66,7% ph 86,7% 86,7% 86,7% Substâncias tensoativas 46,7% 66,7% 66,7% Turbidez 53,3% 60,0% 60,0% 204

220 Parâmetros AAF LO Classe 3 LO Classe 5 Zinco 33,3% 73,3% 85,7% Parâmetros sugeridos pelos participantes Cloreto 18,2% 22,7% 22,7% Amônia 4,5% 4,5% 4,5% Nitrato 18,2% 18,2% 18,2% Temperatura 4,5% 4,5% 4,5% Toxicidade aguada 4,5% 4,5% 4,5% Nitrito 9,1% 9,1% 9,1% Sólidos dissolvidos 9,1% 9,1% 9,1% Ferro e Manganês 4,5% 9,1% 9,1% Carbono Orgânico Total 4,5% 4,5% 4,5% Sulfato 4,5% 4,5% 4,5% Sólidos totais 4,5% 4,5% 4,5% Fosfato 4,5% 4,5% 4,5% Nas Tabelas 11, 12 e 13 são apresentados os resultados referentes à Questão 7 do questionário da pesquisa de opinião, relacionada às frequências de monitoramento da qualidade das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETEs, dos parâmetros sugeridos na Questão 6. Na regularização por AAF (Tabela 11), pode-se observar que o monitoramento nas frequências Diário, Semanal, Quinzenal e Mensal não foram considerados necessários pelos participantes para todos os parâmetros atualmente presentes na Nota Técnica DIMOG 002/2005. No entanto, para as frequências Bimestral, Trimestral, Semestral, Anual, 18 Meses e Não Monitorar, não houve um consenso entre as frequências de monitoramento de cada parâmetro. Apenas os parâmetros Chumbo, Cobre e E. Coli na frequência Anual foram considerados por 50% ou mais dos profissionais. Na regularização por LO Classe 3 (Tabela 12), pode-se observar que o monitoramento nas frequências Diário, Semanal, e Quinzenal não foram considerados necessários pelos participantes para todos os parâmetros atualmente presentes na Nota Técnica DIMOG 002/2005, enquanto nas demais frequências, não houve um consenso. Para a regularização por AAF, foi sugerido por um dos participantes da pesquisa a frequência de 18 meses para monitoramento dos parâmetros da DIMOG. Apenas os parâmetros 205

221 Condutividade elétrica, Nitrogênio amoniacal e ph na frequência Anual foram considerados por mais de 50% dos profissionais. Assim como na Classe 3, na regularização por LO Classe 5 (Tabela 13), o monitoramento nas frequências Diário, Semanal, e Quinzenal não foram considerados necessários pelos participantes para todos os parâmetros atualmente presentes na Nota Técnica DIMOG 002/2005 e nenhuma frequência nova foi sugerida, enquanto nas demais frequências, não houve um consenso. Não houveram parâmetros considerados por mais de 50% dos profissionais em nenhuma das frequências. Dessa maneira, por não haver um consenso geral entre as frequências de monitoramento de cada parâmetro nos três tipos de regularização ambiental, sugerese um aprofundamento da metodologia de pesquisa e continuidade dos estudos. 206

222 Tabela 11 - Frequências de monitoramento das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETEs, indicadas pelos participantes da pesquisa de opinião. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual 18 meses Cádmio 21,4% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 28,6% 42,9% 7,1% Chumbo 21,4% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 21,4% 50,0% 7,1% Cobre 21,4% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 21,4% 50,0% 7,1% Condutividade elétrica 6,7% 0% 0% 0% 0% 13,3% 6,7% 20,0% 46,7% 6,7% DBO 28,6% 0% 0% 0% 0% 7,1% 7,1% 14,3% 35,7% 7,1% DQO 13,3% 0% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 26,7% 33,3% 6,7% E. coli 6,7% 0% 0% 0% 0% 13,3% 13,3% 6,7% 53,3% 6,7% Fósforo total 13,3% 0% 0% 0% 0% 13,3% 13,3% 13,3% 40,0% 6,7% Nitrogênio amoniacal 6,7% 0% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 20,0% 46,7% 6,7% Nível de água 0,0% 0% 0% 0% 0% 20,0% 6,7% 20,0% 46,7% 6,7% Óleos e graxas 20,0% 0% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 20,0% 33,3% 6,7% ph 6,7% 0% 0% 0% 0% 13,3% 13,3% 13,3% 46,7% 6,7% Substâncias tensoativas 20,0% 0% 0% 0% 0% 6,7% 6,7% 20,0% 40,0% 6,7% Turbidez 33,3% 0% 0% 0% 0% 13,3% 6,7% 13,3% 26,7% 6,7% AAF Zinco 21,4% 0% 0% 0% 0% 14,3% 0% 14,3% 42,9% 7,1% Parâmetros sugeridos pelos participantes Cloreto ,5% 18,2% - Amônia ,5% - Nitrato ,5% 4,5% 9,1% - Temperatura Toxicidade aguda Nitrito ,5% - 4,5% - Sólidos dissolvidos ,5% - 4,5% - Ferro ,5% - 4,5% - Manganês ,5% Sulfato ,5% - Sólidos totais ,5% - Fosfato ,5% - Cromo ,5% - 207

223 Tabela 12 - Frequências de monitoramento das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETEs, indicadas pelos participantes da pesquisa de opinião. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 14,3% 0% 0% 0% 0,0% 7,1% 0,0% 42,9% 35,7% Chumbo 14,3% 0% 0% 0% 0,0% 7,1% 0,0% 35,7% 42,9% Cobre 14,3% 0% 0% 0% 0,0% 7,1% 0,0% 35,7% 42,9% Condutividade elétrica 6,7% 0% 0% 0% 13,3% 20,0% 0,0% 6,7% 53,3% DBO 28,6% 0% 0% 0% 0,0% 21,4% 0,0% 14,3% 35,7% DQO 7,1% 0% 0% 0% 0,0% 28,6% 7,1% 28,6% 28,6% E. coli 6,7% 0% 0% 0% 0,0% 33,3% 0,0% 13,3% 46,7% Fósforo total 7,1% 0% 0% 0% 0,0% 35,7% 7,1% 7,1% 42,9% Nitrogênio amoniacal 6,7% 0% 0% 0% 0,0% 26,7% 6,7% 6,7% 53,3% Nível de água 0,0% 0% 0% 0% 6,7% 26,7% 6,7% 13,3% 46,7% Óleos e graxas 14,3% 0% 0% 0% 0,0% 28,6% 7,1% 7,1% 42,9% ph 6,7% 0% 0% 0% 13,3% 20,0% 0,0% 6,7% 53,3% Substâncias tensoativas 14,3% 0% 0% 0% 0,0% 21,4% 7,1% 14,3% 42,9% Turbidez 28,6% 0% 0% 0% 7,1% 21,4% 0,0% 7,1% 35,7% LO - Classe 3 Zinco 14,3% 0% 0% 0% 0,0% 21,4% 0,0% 28,6% 35,7% Parâmetros sugeridos pelos participantes Cloreto ,5% - 4,5% 9,1% Amônia ,5% Nitrato ,5% - 4,5% 9,1% Temperatura ,5% Toxicidade aguda ,5% Nitrito ,5% - - 4,5% Sólidos dissolvidos ,5% - - 4,5% Ferro ,5% - - 4,5% Manganês ,5% Sulfato ,5% Sólidos totais ,5% Fosfato ,5% Cromo ,5% 208

224 Tabela 13 - Frequências de monitoramento das águas subterrâneas associadas a efluentes de ETEs, indicadas pelos participantes da pesquisa de opinião. Regularização Parâmetros Não monitorar Diário Semanal Quinzenal Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Cádmio 13,3% 0% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 33,3% 33,3% Chumbo 13,3% 0% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 26,7% 40,0% Cobre 13,3% 0% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 26,7% 40,0% Condutividade elétrica 6,7% 0% 0% 0% 20,0% 13,3% 6,7% 13,3% 40,0% DBO 28,6% 0% 0% 0% 7,1% 14,3% 7,1% 14,3% 28,6% DQO 7,1% 0% 0% 0% 14,3% 14,3% 14,3% 28,6% 21,4% E. coli 6,7% 0% 0% 0% 20,0% 13,3% 0% 26,7% 33,3% Fósforo total 7,1% 0% 0% 0% 21,4% 14,3% 7,1% 21,4% 28,6% Nitrogênio amoniacal 6,7% 0% 0% 0% 13,3% 13,3% 13,3% 20,0% 33,3% Nível de água 0% 0% 0% 0% 13,3% 20,0% 13,3% 26,7% 26,7% Óleos e graxas 14,3% 0% 0% 0% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 28,6% ph 6,7% 0% 0% 0% 20,0% 13,3% 6,7% 20,0% 33,3% Substâncias tensoativas 14,3% 0% 0% 0% 7,1% 14,3% 21,4% 14,3% 28,6% Turbidez 28,6% 0% 0% 0% 14,3% 14,3% 7,1% 7,1% 28,6% LO - Classe 5 Zinco 13,3% 0% 0% 0% 6,7% 13,3% 6,7% 26,7% 33,3% Parâmetros sugeridos pelos participantes Cloreto ,5% 4,5% 9,1% 4,5% Amônia ,5% - Nitrato ,5% ,6% - Temperatura ,5% - Toxicidade aguda ,5% - Nitrito ,5% - - 4,5% - Sólidos dissolvidos ,5% Ferro ,5% - - 4,5% - Manganês ,5% Sulfato ,5% - Sólidos totais ,5% - Fosfato ,5% - Cromo ,5% - 209

225 * Parâmetro também monitorado no afluente. ** Parâmetro aplicável apenas em ETEs que possuem lagoas na composição do seu sistema de tratamento. 210

226 9 ANEXOS 9.1 Deliberação Normativa COPAM nº 96 de 12 de abril de 2006 Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos e dá outras providências. O Secretário-Executivo do Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista a delegação de competência contida na Deliberação COPAM nº 133, de 30 de dezembro de 2003, e tendo em vista o disposto no artigo 5º, inciso I, da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, o artigo 3º e 4º, inciso II, da Lei nº , de 17 de julho de 1997 e os artigos 3º e 4º, inciso I, do Decreto nº , de 22 de abril de 2003 e; Considerando que a maioria dos municípios no Estado de Minas Gerais lança os esgotos sanitários in natura em corpos d água; Considerando que o lançamento de esgotos sanitários in natura em corpos d água provoca a degradação da qualidade das águas prejudicando usos à jusante, possibilitando a proliferação de doenças de veiculação hídrica e provocando a geração de maus odores; Considerando que dos 853 (oitocentos e cinquenta e três) municípios do Estado, cerca de 97% (noventa e sete por cento) lançam os esgotos brutos nos corpos d água e que a Lei Estadual nº 2.126/60 e as Leis Federais nº 6.938/81 e 9.605/98 vedam o lançamento de efluentes não tratados nos cursos d água; DELIBERA: Art. 1º - Ficam convocados para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos os municípios com população urbana superior a (trinta mil) habitantes (Censo 2000) e os municípios, Serro, Tiradentes, Conceição do Mato Dentro e Ouro Branco cortados pela Estrada Real, definida no Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real criado pela Lei nº , de 20 de janeiro de 2005, na forma que se segue: 1º - Conformando o Grupo 1, municípios com população superior (cento e cinquenta mil) habitantes, conforme Anexo Único e de acordo com o seguinte cronograma: I - até junho de 2006, deve ser protocolado o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento - FCEI; II - até abril de 2007, deve ser formalizado o processo de Licença Prévia, incluindo a apresentação de estudos de alternativas de localização, conforme inciso I, artigo 5º da Resolução CONAMA 1, de 23 de janeiro de 1986; 211

227 III - até abril de 2008, deve ser formalizado o processo de Licença de Instalação; IV - até abril de 2010, deve ser formalizado o processo de Licença de Operação. 2º - Conformando o Grupo 2, municípios com população entre (trinta mil) habitantes e (cento e cinquenta mil) habitantes, com índice de coleta de esgotos superior a 70% (setenta por cento) da população urbana, conforme Anexo Único e de acordo com o seguinte cronograma: I - até junho de 2006, deve ser protocolado o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento - FCEI; II - até fevereiro de 2007, deve ser formalizado o processo de Licença Prévia/Licença de Instalação, incluindo a apresentação de estudos de alternativas de localização, conforme inciso I, artigo 5,º da Resolução CONAMA 1, de 23 de janeiro de 1986; III - até abril de 2009, deve ser formalizado o processo de Licença de Operação. 3º - Conformando o Grupo 3, municípios com população entre (cinquenta mil) habitantes e (cento e cinquenta mil) habitantes com índice de coleta de esgotos inferior a 70% (setenta por cento) da população urbana, conforme Anexo Único e de acordo com o seguinte cronograma: I - até setembro de 2006, deve ser protocolado o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento - FCEI; II - até setembro de 2007, deve ser formalizado o processo de Licença Prévia/Licença de Instalação, incluindo a apresentação de estudos de alternativas de localização, conforme inciso I, artigo 5,º da Resolução CONAMA 1, de 23 de janeiro de 1986; III - até setembro de 2010, deve ser formalizado o processo de Licença de Operação. 4º - Conformando o Grupo 4, municípios com população entre (trinta mil) habitantes e (cinquenta mil) habitantes com índice de coleta de esgotos inferior a 70% (setenta por cento) da população urbana, conforme Anexo Único e de acordo com o seguinte cronograma: I - até setembro de 2006, deve ser protocolado o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento - FCEI; II - até setembro de 2007, deve ser formalizado o processo de Licença Prévia/Licença de Instalação, incluindo a apresentação de estudos de alternativas de localização, conforme inciso I, artigo 5,º da Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986; 212

228 III - até setembro de 2009, deve ser formalizado o processo de Licença de Operação. 5º - Conformando o Grupo 5, municípios de Serro, Tiradentes, Conceição do Mato Dentro e Ouro Branco cortados pela Estrada Real, conforme Anexo Único e de acordo com o seguinte cronograma: I - até junho de 2006, deve ser protocolado o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento - FCEI; II - até junho de 2008, deve ser formalizado o processo de Autorização Ambiental de Funcionamento. 6º - Conformando o Grupo 6, municípios com população entre (vinte mil) habitantes e (trinta mil) habitantes, conforme Anexo Único e de acordo com o seguinte cronograma: I - até março de 2007, deve ser protocolado o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento FCEI (para atendimento mínimo de 20% da população urbana com eficiência de tratamento de 40%); II - até março de 2009, deve ser formalizado o processo de Autorização Ambiental de Funcionamento; III - até março de 2010, deve ser protocolado novo Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento FCEI (para atendimento mínimo de 60% da população urbana com eficiência de tratamento de 50%); IV - até março de 2012, deve ser formalizado o processo de Autorização Ambiental de Funcionamento; V - até março de 2015, deve ser protocolado o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento FCEI (para atendimento mínimo de 80% da população urbana com eficiência de tratamento de 60%); VI - até março de 2017, deve ser formalizado o processo de Autorização Ambiental de Funcionamento. 7º - Conformando o Grupo 7, municípios com população inferior a (vinte mil) habitantes, conforme Anexo Único e de acordo com o seguinte cronograma: I - até março de 2008, devem providenciar cadastramento mediante preenchimento de formulário específico a ser disponibilizado e Relatório Técnico; II - até março de 2017, deve ser formalizado o processo de Autorização Ambiental de Funcionamento, para atendimento mínimo de 80% da população urbana com eficiência de tratamento de 60%. 8º - Ficam excluídos da incidência das normas deste artigo os municípios que já possuem a Licença de Operação, com índice de atendimento mínimo de 80% da população urbana. 213

229 9º - Para os processos de licenciamento em tramitação deverão ser observados como máximos os prazos previstos neste artigo para as fases seguintes à que se encontrarem na data de publicação desta Deliberação Normativa. Art. 2º - Todos os municípios convocados por essa Deliberação Normativa do Estado de Minas Gerais devem implantar sistema de tratamento de esgotos com eficiência mínima de 60% e que atendam no mínimo 80% da população urbana. Art. 3º - O descumprimento das obrigações referidas nesta Deliberação Normativa implicará a aplicação das sanções previstas na legislação ambiental vigente. Art. 4º - Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 12 de Abril de (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 23/05/2006) José Carlos Carvalho Secretário de Estado de Meio Ambiente de Desenvolvimento Sustentável 214

230 9.2 Deliberação Normativa COPAM nº 128, de 27 de novembro de Altera prazos estabelecidos pela Deliberação Normativa COPAM 96/2006 que convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema de tratamento de esgotos e dá outras providências (Publicação Diário do Executivo Minas Gerais 29/11/2008). O CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL - COPAM, no uso das atribuições que lhe confere o art. 5º, I, da Lei nº 7.772,de 8 de setembro de 1980, e tendo em vista o disposto no art. 214, SS 1º, IX, da Constituição do Estado de Minas Gerais, e nos termos do art. 4º, I e II, da Lei Delegada nº 178, de 29 de janeiro de 2007, e seu Regulamento, Decreto nº , de 3 de dezembro de 2007, art. 4º, II. Considerando que a maioria dos municípios no Estado de Minas Gerais lança os esgotos sanitários "in natura" em corpos d'água, o que causa degradação da qualidade das águas, prejudica usos à jusante, possibilita a proliferação de doenças de veiculação hídrica e a geração de maus odores; Considerando que cerca de 82% (oitenta e dois por cento) dos municípios enquadrados nos Grupos 1 ao 5 definidos na Deliberação Normativa COPAM nº 96/2006 iniciaram, a partir de sua publicação, a formalização de processos de regularização ambiental para as Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs; Considerando que os municípios que possuem Licença de Instalação para construção de ETEs necessitam buscar recursos em fontes financiadoras e que tal processo demanda tempo; DELIBERA: Art. 1º Ficam prorrogados os prazos estabelecidos no Artigo 1.o da Deliberação Normativa COPAM n.o96, de 12/04/2006, publicada em 25/05/2006, para formalização dos processos de Licença Prévia, Licença de Instalação, Licença de Operação e Autorização Ambiental de Funcionamento para as Estações de Tratamento de Esgoto 215

231 dos municípios mineiros, conforme quadro contido no Anexo Único desta Deliberação Normativa. Art. 2º O descumprimento das obrigações referidas nesta Deliberação Normativa implicará a aplicação das sanções previstas na legislação ambiental vigente. Art. 3º Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, 27 de novembro de Shelley de Souza Carneiro Secretário-Adjunto de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Secretário Executivo do COPAM 216

232 ANEXO ÚNICO Deliberação Normativa COPAM nº 128/2008 Prazos para formalização dos processos de Regularização Ambiental do sistema de tratamento de esgotos Grupo População Urbana (CENSO 2000) Grupo 5 Classe DN nº 74/2004 Número de municípios LP LI LP + LI LO Percentual da população urbana/mg 1 pop. = 150 mil /11/08 30/04/ /10/10 * 39,4 2 30mil = pop.< 150mil Índice de coleta de esgotos > 70% /11/08 28/08/10 9, mil = pop. = 150mil Índice de coleta de esgotos < 70% /11/08 30/09/10 * 13, mil = pop < 50mil. Índice de coleta de esgotos < 70% /11/08 28/08/10 5,75 População Urbana (CENSO 2000) Municípios Estrada Real Classe DN nº 74/2004 Número de municípios 6 20mil = pop. < 30mil pop. < 20mil Requisito FCEI AAF % da pop. Estado /04/09 0,40 20 % população atendida, com eficiência de tratamento de 40% 60% população atendida, com eficiência de tratamento de 50% 80% população atendida, com eficiência de tratamento de 60% 80% população atendida, com eficiência de tratamento de 60% 31/03/09 31/10/09 5,30 31/03/10 * 31/03/12 * 31/03/15 * 31/03/17 * Cadastrar pelo preenchimento do Relatório Técnico até 31/03/09 31/03/17 * 26,25 Legenda: (*) Prazos fixados pela DN 96/2006 que permanecem inalterados. LP = Licença Prévia; LI = Licença de Instalação; LO = Licença de Operação; FCEI = Formulário de Caracterização do Empreendimento Integrado; AAF = Autorização Ambiental de Funcionamento. 217

233 9.3 Ofício Circular GEDEF.FEAM.SISEMA 01/2013 Prezado Senhor Prefeito, Belo Horizonte, 02 de janeiro de A Fundação Estadual do Meio Ambiente, por intermédio da Gerência de Monitoramento de Efluentes GEDEF, está desenvolvendo um banco de dados sobre a situação do sistema de esgotamento sanitário nos 853 municípios mineiros. O anexo 1 é composto por quatro tabelas contendo os dados a serem preenchidos pelos técnicos da prefeitura, sendo que as tabelas 2, 3 e 4 serão exclusivas aos municípios que se enquadrarem na situação de Estações de Tratamento de Esgotos: em operação, em obras e fora de operação, respectivamente. Ressalta-se que para cada ETE presente no município deve ser preenchido uma tabela. Portanto, para um melhor planejamento solicitamos o envio dessas informações contidas no anexo 1, por meio de ofício a ser encaminhado à GEDEF/FEAM, no prazo de 30 dias a partir da data de recebimento deste. Em casos de dúvida no preenchimento, peço por gentileza entrar em contato no telefone no horário de 13:30 as 16:30. Atenciosamente, Ivana Carla Coelho Gerência de Monitoramento de Efluentes 218

234 TABELA 1 - INFORMAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Nome do Município: Endereço: Telefone: Nome do responsável pelo preenchimento dos dados: Informar o nome da prestadora de serviços em esgotamento sanitário que atua no município: Prefeitura Concessionária, qual Outras, qual Informar a situação do Plano Municipal de Saneamento: Em elaboração Não elaborado Concluído Data da conclusão ---/---/--- Informar se ocorre o lançamento de esgoto bruto (esgoto que não passa por tratamento prévio) em cursos d água: sim, citar o nome do curso d água não Informar se cada item descrito está disponível na área urbana do município. Rede Coletora de Esgotos Interceptores Estação Elevatória de Esgoto Fossas Negras ETE(s) em Operação ETE(s) em Obras ETE(s) Fora de Operação ETE(s) em Projeto sim sim, informar quantidade, sim, informar quantidade, sim, informar quantidade, sim, informar quantidade, Em caso afirmativo responder a Tabela 2 sim, informar quantidade, Em caso afirmativo responder a Tabela 3 sim, informar quantidade, Em caso afirmativo responder a Tabela 4 sim, informar quantidade, não não não não não não não não Informar o percentual de habitantes atendidos por rede coletora de esgotos: Informar o percentual de habitantes atendidos por tratamento de esgotos: 219

235 Nome da ETE: TABELA 2- INFORMAÇÕES SOBRE ETE EM OPERAÇÃO Localização da ETE: Rua: Bairro: CEP: Coordenada Geográfica: Data de início de operação da ETE: ---/---/--- Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Eficiência média anual de remoção de DBO (%): Vazão média afluente à estação: Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: A ETE está regularizada ambientalmente? sim Validade ---/---/--- Número do processo administrativo não Citar o sistema de tratamento de esgoto presente: Informar qual é o destino do lodo removido na ETE. Lixão Aterro Controlado Aterro Sanitário Aterro no Interior da ETE Corpo d água, qual: Outros, qual: 220

236 TABELA 3- INFORMAÇÕES SOBRE ETE EM OBRAS Nome da ETE: Localização da ETE Rua: Bairro: CEP: Coordenada Geográfica: Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Data de Início das obras ---/---/--- Data de Finalização das obras ---/---/--- Eficiência média anual de remoção de DBO (%), de acordo com o projeto: Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: A ETE está regularizada ambientalmente? sim Validade ---/---/--- Número do processo administrativo Citar o sistema de tratamento de esgoto que será implantado: não Informar qual é o destino do lodo removido na ETE. Lixão Aterro Controlado Aterro Sanitário Aterro no Interior da ETE Corpo d água, qual: Outros, qual: Nome da ETE: TABELA 4 - INFORMAÇÕES SOBRE ETE FORA DE OPERAÇÃO Localização da ETE Rua: Bairro: Coordenada Geográfica: Data de início de operação da ETE: ---/---/--- CEP: Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Motivo da inativação da ETE: Data da inativação: A ETE irá ser reativada sim, informar data ---/---/--- não Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: Citar o sistema de tratamento de esgoto que estava presente: 221

237 9.4 Ofício Circular GEDEF.FEAM.SISEMA 02/2013 Prezado Senhor Prefeito, Belo Horizonte, 02 de janeiro de A Fundação Estadual do Meio Ambiente, por intermédio do Conselho Estadual de Política Ambiental COPAM, convocou por meio das Deliberações Normativas nº 96/06 e 128/08, os municípios com população inferior a habitantes a encaminhar o Relatório Técnico com informações referentes ao sistema de esgotamento sanitário do município, até 31/03/2009. No entanto até a presente data, não acusamos o recebimento do relatório técnico. Desta forma, com o intuito de regularizar essa situação solicito o envio das informações contidas no Anexo 1. Esclareço que este é composto por quatro tabelas, sendo que as tabelas 2, 3 e 4 serão exclusivas aos municípios que se enquadrarem na situação de Estações de Tratamento de Esgotos: em operação, em obras e fora de operação, respectivamente. Em casos de dúvida no preenchimento do Anexo 1, peço por gentileza entrar em contato no telefone (31) no horário de 13:30 as 16:30. Ressalto que o não cumprimento das DN s 96/06 e 128/08, sujeitará os infratores à aplicação das penalidades e sanções previstas em lei. Atenciosamente, Ivana Carla Coelho Gerência de Monitoramento de Efluentes 222

238 TABELA 1 - INFORMAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Nome do Município: Endereço: Telefone: Nome do responsável pelo preenchimento dos dados: Informar o nome da prestadora de serviços em esgotamento sanitário que atua no município: Prefeitura Concessionária, qual Outras, qual Informar a situação do Plano Municipal de Saneamento: Em elaboração Não elaborado Concluído Data da conclusão ---/---/--- Informar se ocorre o lançamento de esgoto bruto (esgoto que não passa por tratamento prévio) em cursos d água: sim, citar o nome do curso d água não Informar se cada item descrito está disponível na área urbana do município. Rede Coletora de Esgotos sim não Interceptores Estação Elevatória de Esgoto sim, informar quantidade, sim, informar quantidade, não não Fossas Negras sim, informar não quantidade, ETE(s) em Operação sim, informar não quantidade, Em caso afirmativo responder a Tabela 2 ETE(s) em Obras sim, informar não quantidade, Em caso afirmativo responder a Tabela 3 ETE(s) Fora de Operação sim, informar não quantidade, Em caso afirmativo responder a Tabela 4 ETE(s) em Projeto sim, informar quantidade, não Informar o percentual de habitantes atendidos por rede coletora de esgotos: Informar o percentual de habitantes atendidos por tratamento de esgotos: 223

239 Nome da ETE: TABELA 2- INFORMAÇÕES SOBRE ETE EM OPERAÇÃO Localização da ETE: Rua: Bairro: CEP: Coordenada Geográfica: Data de início de operação da ETE: ---/---/--- Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Eficiência média anual de remoção de DBO (%): Vazão média afluente à estação: Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: A ETE está regularizada ambientalmente? sim não Validade ---/---/--- Número do processo administrativo Citar o sistema de tratamento de esgoto presente: Informar qual é o destino do lodo removido na ETE. Lixão Aterro Controlado Aterro Sanitário Aterro no Interior da ETE Corpo d água, qual: Outros, qual: 224

240 TABELA 3- INFORMAÇÕES SOBRE ETE EM OBRAS Nome da ETE: Localização da ETE Rua: Bairro: CEP: Coordenada Geográfica: Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Data de Início das obras ---/---/--- Data de Finalização das obras ---/---/--- Eficiência média anual de remoção de DBO (%), de acordo com o projeto: Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: A ETE está regularizada ambientalmente? sim não Validade ---/---/--- Número do processo administrativo Citar o sistema de tratamento de esgoto que está sendo implantado: Informar qual será o destino do lodo removido na ETE. Lixão Aterro Controlado Aterro Sanitário Aterro no Interior da ETE Corpo d água, qual: Outros, qual: TABELA 4 - INFORMAÇÕES SOBRE ETE FORA DE OPERAÇÃO Nome da ETE: Localização da ETE Rua: Bairro: CEP: Coordenada Geográfica: Data de início de operação da ETE: ---/---/--- Responsável pela estação: Prefeitura Concessionária, qual: Outros, qual: Motivo da inativação da ETE: Data da inativação: A ETE irá ser reativada sim, informar data ---/---/--- não Número de habitantes atendidos pela estação: Corpo d água receptor do efluente: Nome da bacia hidrográfica na qual o corpo d água receptor insere-se: Citar o sistema de tratamento de esgoto que estava presente: 225

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